Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
PREDICADOS COMPLEXOS
Preliminares
E s s e s p r e d i c a d o s s ã o d e n o m i n a d o s v e r b o - n o m i n a i s p e l a g r a m á t i c a tradi-
c i o n a l . O q u e caracteriza e s s e s e u estatuto é a p r e s e n ç a d e u m v e r b o intransitivo
o u transitivo a c o m p a n h a d o por u m p r e d i c a t i v o . E s s e c o n s t i t u i n t e é a p r e s e n t a d o
pelos gramáticos quando falam dos termos essenciais, sujeito e predicado, e
c a r a c t e r i z a m o s tipos d e p r e d i c a d o s : o s p r e d i c a d o s n o m i n a i s e v e r b o - n o m i n a i s
a p r e s e n t a m u m p r e d i c a t i v o . N o entanto, n ã o s e i n v e s t e , e m n e n h u m m o m e n t o ,
na d e f i n i ç ã o d e p r e d i c a t i v o . O s g r a m á t i c o s r e c o n h e c e m - n o c o m o u m t e r m o d a
o r a ç ã o , m a s n ã o o d e f i n e m n e m l h e atribuem u m a p o s i ç ã o e s p e c í f i c a na
c l a s s i f i c a ç ã o d o s d e m a i s t e r m o s ( e s s e n c i a i s , integrantes e a c e s s ó r i o s ) .
122
Revista Letras, Curitiba, n. 53, p. 109-123. jan./jun. 2000. Editora da UFPR
FOLTRAN, M. J. Predicados complexos
Aspectos teóricos
128 Revista Letras, Curitiba, n. 53, p. 127-139. jan./jun. 2000. Editora da UFPR
FOLTRAN, M. J. Predicados complexos
128 Revista Letras, Curitiba, n. 53, p. 127-139. jan./jun. 2000. Editora da UFPR
FOLTRAN, M. J. Predicados complexos
128
127 Revista Letras, Curitiba, n. 53, p. 127-139. jan./jun. 2000. Editora da UFPR
FOLTRAN, M. J. Predicados complexos
128 Revista Letras, Curitiba, n. 53, p. 127-139. jan./jun. 2000. Editora da UFPR
FOLTRAN, M. J. Predicados complexos
132 Revista Letras, Curitiba, n. 53, p. 127-139. jan./jun. 2000. Editora da UFPR
FOLTRAN, M. J. Predicados complexos
( 8 ) a. * 0 m e n i n o c h e g o u i n t e l i g e n t e .
b. * P e d r o e n c o n t r o u o livro d i f í c i l . 1
( 9 ) a. O m e n i n o c h e g o u triste.
b. P e d r o e n c o n t r o u o livro aberto.
( 1 1 ) a. J o ã o é o m e u m e l h o r a m i g o .
b. * J o ã o c h e g o u o m e u m e l h o r a m i g o .
c. * E u encontrei C a r l o s o m e u m e l h o r a m i g o .
( 1 2 ) a. P e d r o c h e g o u c a n s a d o - P e d r o c h e g o u .
b. J o ã o c o m p r o u o carro q u e b r a d o - J o ã o c o m p r o u o carro.
U m outro f a t o a s e levantar é o s e g u i n t e : s e o p r e d i c a d o s e c u n d á r i o n ã o
é subcategorizado pelo verbo, qualquer verbo permite a ocorrência de u m
p r e d i c a d o s e c u n d á r i o ? N o s s o s e s t u d o s m o s t r a m , aí, u m a restrição: o s v e r b o s
e s t a t i v o s s ã o p o u c o p r o p e n s o s a admitir u m a d j e t i v o p r e d i c a t i v o , c o m o m o s t r a
(13).
133 Revista Letras, Curitiba, n. 53, p. 127-139. jan./jun. 2000. Editora da UFPR
FOLTRAN, M. J. Predicados complexos
( 1 4 ) O d e i o m e u c a f é gelado.
Predicados resultativos
134 Revista Letras, Curitiba, n. 53, p. 127-139. jan./jun. 2000. Editora da UFPR
FOLTRAN, M. J. Predicados complexos
135 Revista Letras, Curitiba, n. 53, p. 127-139. jan./jun. 2000. Editora da UFPR
FOLTRAN, M. J. Predicados complexos
Mini-orações complementos
139
Revista Letras, Curitiba, n. 53, p. 127-139. jan./jun. 2000. Editora da UFPR
FOLTRAN, M. J. Predicados complexos
N a s m i n i - o r a ç õ e s c o m p l e m e n t o s p o d e m o s ter s i n t a g m a s n o m i n a i s o c o r -
rendo c o m o predicado. V i m o s q u e e s s a o c o r r ê n c i a é bastante restrita entre o s
predicados s e c u n d á r i o s .
( 2 4 ) E u c o n s i d e r o Maria [ m i n h a m e l h o r amiga]sN
D i f e r e n t e m e n t e d o s p r e d i c a d o s s e c u n d á r i o s , o adjetivo q u e aparece aí é
o que atribui u m a propriedade d o tipo individual levei. A possibilidade d e u m
sintagma n o m i n a l n e s s a p o s i ç ã o c o m p r o v a isso: s i n t a g m a s n o m i n a i s são predi-
c a d o s individual levei.
( 2 6 ) a. * M a r i a c o n s i d e r a o livro rasgado.
b. Maria c o n s i d e r a o livro d i f í c i l .
( 2 7 ) a. J o ã o j u l g a Pedro.
b. J o ã o j u l g a Pedro i n o c e n t e .
c. J o ã o j u l g a ser P e d r o i n o c e n t e .
d. J o ã o j u l g a q u e Pedro é i n o c e n t e .
( 2 8 ) a. * J o ã o acredita Pedro.
b. * J o ã o acredita Pedro i n o c e n t e .
c. J o ã o acredita ser Pedro i n o c e n t e .
d. J o ã o acredita q u e P e d r o é i n o c e n t e .
( 2 9 ) a. * J o ã o s u p õ e Pedro.
b. J o ã o s u p õ e Pedro i n o c e n t e .
c. J o ã o s u p õ e ser Pedro i n o c e n t e .
d. J o ã o s u p õ e q u e P e d r o é i n o c e n t e .
132 Revista Letras, Curitiba, n. 53, p. 127-139. jan./jun. 2000. Editora da UFPR
FOLTRAN, M. J. Predicados complexos
Conclusão
RESUMO
O presente artigo tem como objetivo mostrar que estruturas diferentes integram
os predicados complexos e apontar as características sintáticas e semânticas dessas
estruturas. Os predicados complexos são divididos em predicados secundários e mini-
orações complementos. Os predicados secundários recebem, por sua vez, uma subclas-
133
Revista Letras, Curitiba, n. 53, p. 127-139. jan./jun. 2000. Editora da UFPR
FOLTRAN, M. J. Predicados complexos
ABSTRACT
REFERÊNCIAS
CARLSON, G. A unified analysis of the English bare plural. Linguistics and Philosophy,
Dordrecht, v. 1, p. 413-457, 1977.
CHOMSKY, N. Lectures on government and binding. Dordrecht: Foris, 1981.
FOLTRAN, M.J. As construções de predicação secundária no português do Brasil:
aspectos sintáticos e semânticos. São Paulo, 1999. Tese de doutorado - Universidade de
São Paulo.
134 Revista Letras, Curitiba, n. 53, p. 127-139. jan./jun. 2000. Editora da UFPR