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Elaine Vieira Pinheiro

CONHECIMENTO ESPECÍFICOS

Prof. Ma. Elaine Vieira Pinheiro


Diretrizes Nacionais para a Educação Básica
(Pareceres e Resoluções em vigor do CNE/CEB –
Ministério da Educação, que versam sobre a
Educação Básica Lei de Diretrizes e Bases da
Educação Nacional, a Educação no Campo, a
Educação Especial, a Educação Infantil, o Ensino
Fundamental e as Relações Étnico-Raciais)

Base Nacional Comum Curricular


Diretrizes Nacionais Gerais para a Educação Básica
Pareceres e Resoluções em vigor do CNE/CEB – Ministério da Educação,
que versam sobre a Educação Básica Lei de Diretrizes e Bases da Educação
Nacional, a Educação no Campo, a Educação Especial, a Educação Infantil,
o Ensino Fundamental e as Relações Étnico-Raciais).

As Diretrizes Curriculares Nacionais


(DCNs) são normas obrigatórias para a
Educação Básica que orientam o
planejamento curricular das escolas e
dos sistemas de ensino. Elas são
discutidas, concebidas e fixadas pelo
Conselho Nacional de Educação (CNE).
Art. 1º A presente Resolução define Diretrizes Curriculares Nacionais
Gerais para o conjunto orgânico, sequencial e articulado das etapas e
modalidades da Educação Básica, baseando-se no direito de toda
pessoa ao seu pleno desenvolvimento, à preparação para o exercício
da cidadania e à qualificação para o trabalho, na vivência e convivência
em ambiente educativo, e tendo como fundamento a responsabilidade
que o Estado brasileiro, a família e a sociedade têm de garantir a
democratização do acesso, a inclusão, a permanência e a conclusão
com sucesso das crianças, dos jovens e adultos na instituição
educacional, a aprendizagem para continuidade dos estudos e a
extensão da obrigatoriedade e da gratuidade da Educação Básica.
OBJETIVOS :
Art. 2º Estas Diretrizes Curriculares Nacionais Gerais para a Educação Básica
têm por objetivos:
I - sistematizar os princípios e as diretrizes gerais da Educação Básica
contidos na Constituição, na Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional
(LDB) e demais dispositivos legais, traduzindo-os em orientações que
contribuam para assegurar a formação básica comum nacional, tendo como
foco os sujeitos que dão vida ao currículo e à escola. (alunos, professores, pais,
responsáveis etc.)
II - estimular a reflexão crítica e propositiva que deve subsidiar a formulação,
a execução e a avaliação do projeto político-pedagógico da escola de Educação
Básica;
III - orientar os cursos de formação inicial e continuada de docentes e demais
profissionais da Educação Básica, os sistemas educativos dos diferentes entes
federados e as escolas que os integram, indistintamente da rede a que
pertençam. (graduações, licenciaturas, cursos de capacitação etc.)
Art. 3º As Diretrizes Curriculares Nacionais específicas para as etapas e
modalidades da Educação Básica devem evidenciar o seu papel de indicador
de opções políticas, sociais, culturais, educacionais, e a função da
educação, na sua relação com um projeto de Nação, tendo como referência os
objetivos constitucionais, fundamentando-se na cidadania e na dignidade da
pessoa, o que pressupõe igualdade, liberdade, pluralidade, diversidade,
respeito, justiça social, solidariedade e sustentabilidade.

Verifica-se que sua existência está


condicionada a um movimento de
atualização das políticas educacionais que
consubstanciem o direito de todo brasileiro
à formação humana e cidadã e à formação
profissional, na vivência e convivência em
ambiente educativo, conforme preconizado
pela Constituição Federal e pela Lei de
Diretrizes e Bases da Educação Nacional.
Art. 4º As bases que dão sustentação ao projeto nacional de educação
responsabilizam o poder público, a família, a sociedade e a escola pela garantia
a todos os educandos de um ensino ministrado de acordo com os princípios de:
I - igualdade de condições para o acesso, inclusão, permanência e sucesso na
escola;
II - liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar a cultura, o pensamento,
a arte e o saber;
III - pluralismo de ideias e de concepções pedagógicas;
IV - respeito à liberdade e aos direitos;
V - coexistência de instituições públicas e privadas de ensino;
VI - gratuidade do ensino público em estabelecimentos oficiais;
VII - valorização do profissional da educação escolar;
VIII - gestão democrática do ensino público, na forma da legislação e das
normas dos respectivos sistemas de ensino;
IX - garantia de padrão de qualidade;
X - valorização da experiência extraescolar;
XI - vinculação entre a educação escolar, o trabalho e as práticas sociais
Art. 5º A Educação Básica é direito universal e alicerce indispensável para o exercício
da cidadania em plenitude, da qual depende a possibilidade de conquistar todos os
demais direitos, definidos na Constituição Federal, no Estatuto da Criança e do
Adolescente (ECA), na legislação ordinária e nas demais disposições que consagram as
prerrogativas do cidadão.

Art. 6º Na Educação Básica, é necessário considerar as dimensões do educar e do cuidar,


em sua inseparabilidade, buscando recuperar, para a função social desse nível da
educação, a sua centralidade, que é o educando, pessoa em formação na sua essência
humana. (questão histórica: cuidar(classes baixas)/ educar (elites)

Art. 7º vai reafirmar o regime de colaboração e o papel das DCN´S como elemento
articulador, entre os sistemas de ensino autônomos dos entes federativos como um sistema
orgânico, sequencial e articulado.
“§ 2º O que caracteriza um sistema é a atividade intencional e organicamente
concebida, que se justifica pela realização de atividades voltadas para as mesmas
finalidades ou para a concretização dos mesmos objetivos.”

Art. 42. São elementos constitutivos para a


operacionalização destas Diretrizes: o projeto
político-pedagógico e o regimento escolar; o
sistema de avaliação; a gestão democrática e
a organização da escola; o professor e o
programa de formação docente.
Art. 8º A garantia de padrão de qualidade, com pleno acesso, inclusão e
permanência dos sujeitos das aprendizagens na escola e seu sucesso, com
redução da evasão, da retenção e da distorção de idade/ano/série, resulta
na qualidade social da educação, que é uma conquista coletiva de todos os
sujeitos do processo educativo.

Padrão de qualidade que versa a LDB 9.394/96:


Qualidade social da educação se dá como resultado de  pleno acesso,
inclusão, e permanência dos sujeitos e das aprendizagens na escola e seu
sucesso. Bem como, com o fim da evasão escolar, da distorção
idade/ano/série.

Art. 9º A escola de qualidade social adota como centralidade o


estudante e a aprendizagem, [...]
A escola com Qualidade social , deve contemplar:

I - revisão das referências conceituais quanto aos diferentes espaços e tempos educativos, abrangendo
espaços sociais na escola e fora dela; (escola, família e sociedade educam, não só a escola)
II - consideração sobre a inclusão, a valorização das diferenças e o atendimento à pluralidade e à
diversidade cultural, resgatando e respeitando as várias manifestações de cada comunidade; (respeito)
III - foco no projeto político-pedagógico, no gosto pela aprendizagem e na avaliação das aprendizagens
como instrumento de contínua progressão dos estudantes; (Avaliação Formativa)
IV - inter-relação entre organização do currículo, do trabalho pedagógico e da jornada de trabalho do
professor, tendo como objetivo a aprendizagem do estudante; (relação ativa)
V - preparação dos profissionais da educação, gestores, professores, especialistas, técnicos, monitores e
outros; (formação de qualidade )
VI - compatibilidade entre a proposta curricular e a infraestrutura entendida como espaço formativo dotado
de efetiva disponibilidade de tempos para a sua utilização e acessibilidade; (estrutura física e material da
escola)
VII - integração dos profissionais da educação, dos estudantes, das famílias, dos agentes da comunidade
interessados na educação; (participação de todos, integração visando todo o processo)
VIII - valorização dos profissionais da educação, com programa de formação continuada, critérios de acesso,
permanência, remuneração compatível com a jornada de trabalho definida no projeto político-pedagógico;
(PPP deve contemplar as propostas detalhando como e onde esses cursos serão oferecidos)
IX - realização de parceria com órgãos, tais como os de assistência social e desenvolvimento humano,
cidadania, ciência e tecnologia, esporte, turismo, cultura e arte, saúde, meio ambiente. (diferentes áreas
podem contribuir para o desenvolvimento humano)
Educação Especial

Art. 29. A Educação Especial, como modalidade transversal a todos os


níveis, etapas e modalidades de ensino, é parte integrante da educação
regular, devendo ser prevista no projeto político-pedagógico da unidade
escolar. (modalidade de ensino transversal)
§ 1º Os sistemas de ensino devem matricular os estudantes com deficiência,
transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades/superdotação nas
classes comuns do ensino regular e no Atendimento Educacional Especializado
(AEE), complementar ou suplementar à escolarização, ofertado em salas de
recursos multifuncionais ou em centros de AEE da rede pública ou de instituições
comunitárias, confessionais ou filantrópicas sem fins lucrativos.
§ 2º Os sistemas e as escolas devem criar condições para que o professor da
classe comum possa explorar as potencialidades de todos os estudantes,
adotando uma pedagogia dialógica, interativa, interdisciplinar e inclusiva e,
na interface, o professor do AEE deve identificar habilidades e
necessidades dos estudantes, organizar e orientar sobre os serviços e
recursos pedagógicos e de acessibilidade para a participação e
aprendizagem dos estudantes.
 Igualdade de acesso e permanência, (adequar e adaptar as estruturas escolares Ex:
rampas, banheiros adaptados, elevadores, AEE etc.)
 Transversal a todos os níveis, etapas e modalidades,
 AEE: deficiências, transtornos globais do desenvolvimento, altas habilidades ou
superdotação,
 Público alvo:
I – Deficiência: limitações no âmbito físico, intelectual, mental ou sensorial
II - Transtornos Globais do Desenvolvimento(TGD): alterações no desenvolvimento
neuropsicomotor (coordenação motora), atrasos simultâneos que comprometam as
relações sociais, a comunicação ou estereotipias motoras. Ex: Autismo, Síndrome de
Asperger, síndrome de Rett, psicoses etc.
III – Altas Habilidades (AH) ou Superdotação: potencial elevado de desenvolvimento
das áreas de conhecimento humano isoladas ou combinadas: intelectual, liderança,
psicomotora, artes e criatividade.

 AEE é oferecido em salas de recursos multifuncionais alocadas dentro da escola regular, que
possuem equipamentos, mobiliários e materiais didáticos e pedagógicos para atender a esse
público.
 Ações que visam o atendimento de modo complementar ou suplementar dos conceitos em que
não conseguiram acompanhar a turma que frequentam. O suplementar é mais voltado aos
alunos com superdotação e o complementar é voltado aos demais.
Atenção: o aluno frequenta o regular e as salas de recursos em períodos diferentes!! (contraturno).
Art. 58. Entende-se por educação especial, para os efeitos desta Lei, a
modalidade de educação escolar oferecida preferencialmente na rede regular
de ensino, para educandos com deficiência, transtornos globais do
desenvolvimento e altas habilidades ou superdotação. (Redação dada pela Lei
nº 12.796, de 2013)
§ 1º Haverá, quando necessário, serviços de apoio especializado, na escola
regular, para atender às peculiaridades da clientela de educação especial.
(cuidadores p/ higiene pessoal, alimento etc.)
§ 2º O atendimento educacional será feito em classes, escolas ou serviços
especializados, sempre que, em função das condições específicas dos alunos,
não for possível a sua integração nas classes comuns de ensino regular.
§ 3º A oferta de educação especial, nos termos do caput deste artigo, tem
início na educação infantil e estende-se ao longo da vida, observados o
inciso III do art. 4º e o parágrafo único do art. 60 desta Lei. (Redação dada
pela Lei nº 13.632, de 2018) (EJA)
Diretrizes Curriculares para a Educação Infantil

Art. 3°- O currículo da Educação Infantil é concebido como um conjunto de práticas que buscam
articular as experiências e os saberes das crianças com os conhecimentos que fazem parte
do patrimônio cultural, artístico, ambiental, científico e tecnológico, de modo a promover o
desenvolvimento integral de crianças de 0 a 5 anos de idade.

Art. 5°- A Educação Infantil, primeira etapa da Educação Básica, é oferecida em creches e pré-
escolas, às quais se caracterizam como espaços institucionais não domésticos que
constituem estabelecimentos educacionais públicos ou privados que educam e cuidam de
crianças de 0 a 5 anos de idade [...] (4 ou 5 anos completos até 31 de março)

Jornada de horas:
• É considerada Educação Infantil em tempo PARCIAL , a jornada de, no mínimo, quatro
horas diárias.
• Em tempo integral, a jornada com duração mínima de sete horas diárias.
• Vagas próximas a residência (ECA 8.069/70)

***Quem atende: Profissional com formação específica em Pedagogia.


Art. 6° - As Propostas Pedagógicas das Instituições de Educação
Infantil, devem respeitar os seguintes Fundamentos Norteadores:
A. Princípios Éticos: justiça, da Autonomia, da Responsabilidade, da Solidariedade
e do Respeito ao Bem Comum
B. Princípios Políticos: dos Direitos e Deveres de Cidadania, do exercício da
criticidade e do respeito à ordem democrática
C. Princípios Estéticos: da Sensibilidade, da criatividade, da ludicidade e da
diversidade de manifestações artísticas e culturais

Objetivos da Proposta Pedagógica:

“A proposta pedagógica das instituições de Educação Infantil deve ter


como objetivo garantir à criança acesso a processos de apropriação,
renovação e articulação de conhecimentos e aprendizagens de
diferentes linguagens, assim como o direito à proteção, à saúde, à
liberdade, à confiança, ao respeito, à dignidade, à brincadeira, à
convivência e à interação com outras crianças.” (BRASIL, 2010)
O PPP das instituições devem garantir a Função sociopolítica e pedagógica
da EI:
c
 Assumindo a responsabilidade de compartilhar e complementar a educação
e cuidado das crianças com as famílias; (primeiro espaço de educação
coletiva fora do ambiente familiar. Ex: presença dos pais nos primeiros dias
de aula...)
 Possibilitando tanto a convivência entre crianças e entre adultos e crianças
quanto à ampliação de saberes e conhecimentos de diferentes naturezas;
(construção da identidade/espaço de saberes. Ex: atividades envolvendo
familiares na escola)
 Promovendo a igualdade de oportunidades educacionais entre as crianças
de diferentes classes sociais no que se refere ao acesso a bens culturais e às
possibilidades de vivência da infância; (práticas educativas iguais a todos os
alunos, independente de sua classe social. Ex. Leitura)
 Construindo novas formas de sociabilidade e de subjetividade
comprometidas com a ludicidade, a democracia, a sustentabilidade do planeta
e com o rompimento de relações de dominação etária, socioeconômica,
étnico racial, de gênero, regional, linguística e religiosa. (contexto
social/globalização)
Práticas pedagógicas/garantir experiências que:

Eixo central da Educação Infantil: “INTERAÇÕES E BRINCADEIRAS”

 Promovam o conhecimento de si e do mundo por meio da ampliação de


experiências sensoriais, expressivas, corporais que possibilitem movimentação ampla,
expressão da individualidade e respeito pelos ritmos e desejos da criança;
 Favoreçam a imersão das crianças nas diferentes linguagens e o progressivo domínio
por elas de vários gêneros e formas de expressão: gestual, verbal, plástica, dramática e
musical;
 Possibilitem às crianças experiências de narrativas, de apreciação e interação com a
linguagem oral e escrita, e convívio com diferentes suportes e gêneros textuais orais e
escritos;
 Recriem, em contextos significativos para as crianças,
 Ampliem a confiança e a participação das crianças nas atividades individuais e
coletivas;
 Possibilitem situações de aprendizagem mediadas para a elaboração da autonomia
das crianças nas ações de cuidado pessoal, auto-organização, saúde e bem-estar;
 Possibilitem vivências éticas e estéticas com outras crianças e grupos culturais, que
alarguem seus padrões de referência e de identidades no diálogo e conhecimento da
diversidade;
Incentivem a curiosidade, a exploração, o encantamento, o questionamento, a
indagação e o conhecimento das crianças em relação ao mundo físico e social,
ao tempo e à natureza;
Promovam o relacionamento e a interação das crianças com diversificadas
manifestações de música, artes plásticas e gráficas, cinema, fotografia, dança,
teatro, poesia e literatura;
Promovam a interação, o cuidado, a preservação e o conhecimento da
biodiversidade e da sustentabilidade da vida na Terra, assim como o não
desperdício dos recursos naturais;
Propiciem a interação e o conhecimento pelas crianças das manifestações e
tradições culturais brasileiras;
Possibilitem a utilização de gravadores, projetores, computadores, máquinas
fotográficas,

Resumindo: O papel da educação infantil é de promover interações


e brincadeiras que levem a criança desenvolver uma imagem
positiva de si, estimulando capacidades de ordem física, cognitiva e
afetiva. Bem como, desenvolver a socialização em um ambiente
acolhedor, com a finalidade de ampliar o espaço de atuação da
criança e sua percepção do mundo.
Avaliação na Educação Infantil

As instituições de Educação Infantil devem


criar procedimentos para acompanhamento
do trabalho pedagógico e para avaliação do
desenvolvimento das crianças, sem objetivo
de seleção, promoção ou classificação,
garantindo:

 Utilização de múltiplos registros realizados por adultos e crianças (relatórios,


fotografias, desenhos, álbuns etc.);
 A continuidade dos processos de aprendizagens por meio da criação de
estratégias adequadas aos diferentes momentos de transição vividos pela
criança (transição casa/instituição de Educação Infantil, transições no interior
da instituição, transição creche/pré-escola e transição pré-escola/Ensino
Fundamental);
 Documentação específica que permita às famílias conhecer o trabalho da
instituição junto às crianças e os processos de desenvolvimento e
aprendizagem da criança na Educação Infantil;
 A não retenção das crianças na Educação Infantil, em hipótese alguma!!
Ensino Fundamental de 9 anos
Fundamentos (Art. 2º e 3º das DCN´s)
• Direito à educação (CF 1988, LDB 9,394/93 – público e subjetivo)
• Oferta de uma educação com qualidade social,
 Relevante  aprendizagem significativa;
 Pertinente  atender as necessidades e características de cada
aluno;
 Equitativa  partir do ponto desigual, alunos com diferentes níveis de
aprendizagem.

 Princípios norteadores:
 Éticos, Políticos e Estéticos (igual a EI)
Composto por duas fases sequenciais com características próprias, chamadas de
ANOS INICIAIS, com 5 (cinco) anos de duração, (crianças de 6 a 10 anos) e
ANOS FINAIS (de 11 a 14 anos)

Projeto Político Pedagógico deverá contemplar:


 Projeto educativo coerente, articulado e integrado
 Gestão democrática e participativa (Art. 14 LDB 9.394/96)
 Relevância dos conteúdos, integração e abordagens do currículo,
 As articulações do Ensino Fundamental e a continuidade da trajetória escolar dos
alunos (articulações entre EF e EM)
 A entrada de crianças de 6 (seis) anos no Ensino Fundamental
 Ciclo de alfabetização: 3 anos iniciais
 800h divididas em 200 dias letivos (mínimo obrigatório).

Proposta de escola em tempo integral, Art. 36 e 37:


 7h mínimo de permanência,
 Ampliação de tempos, espaços e oportunidades educativas, chamando a sociedade
(áreas afins, família), sob a coordenação da escola e de seus professores, visando
alcançar melhorias na qualidade da aprendizagem e convívio social. (devem estar
previstos no PPP)
Currículo do Ensino Fundamental

Parte Diversificada: Retoma os


Base Nacional Comum – parte conceitos estabelecidos no Parecer
comum a todos os currículos!! 07/2010.
Componentes curriculares: Temas como saúde, sexualidade e
I – Linguagens: gênero, vida familiar e social, assim
a) Língua Portuguesa como os direitos das crianças e
adolescentes, de acordo com o
b) Língua materna, para populações
indígenas Estatuto da Criança e do
Adolescente (Lei nº 8.069/90),
c) Língua Estrangeira Moderna
permeiam preservação do meio ambiente, nos
d) Arte termos da política nacional de
e) Educação Física educação ambiental (Lei nº
II – Matemática 9.795/99), educação para o
III – Ciências da Natureza consumo, educação fiscal, trabalho,
IV – Ciências Humanas: ciência e tecnologia, e diversidade
cultural devem permear o
a) História
desenvolvimento dos conteúdos da
b) Geografia base nacional comum e da parte
V – Ensino Religioso (facultativo ao diversificada do currículo.
aluno)
Atenção: Música é obrigatória como componente curricular disciplina de artes,
Educação física é obrigatória, contudo o aluno será dispensado se:
jornada de trabalho igual ou superior a seis horas; maior de trinta anos de
idade; que estiver prestando serviço militar inicial ou que, em situação
similar, estiver desobrigado à prática da educação física; que tenha prole
(filhos), alunos portadores das afecções (qualquer alteração patológica do
corpo.) com laudo médico.

Os três anos iniciais do Ensino Fundamental devem assegurar:


a) a alfabetização e o letramento (leitura, escrita e cálculo)
b) o desenvolvimento das diversas formas de expressão, incluindo o aprendizado
da Língua Portuguesa, a Literatura, a Música e demais artes, a Educação Física,
assim como o aprendizado da Matemática, de Ciências, de História e de
Geografia
c) a continuidade da aprendizagem, tendo em conta a complexidade do processo
de alfabetização e os prejuízos que a repetência pode causar no Ensino
Fundamental como um todo, e, particularmente, na passagem do primeiro para o
segundo ano de escolaridade e deste para o terceiro ano. (1º e 2º ano não deve
haver reprovação)
Objetivos gerais para o EF:

I – o desenvolvimento da capacidade de aprender, tendo como meios básicos o


pleno domínio da leitura, da escrita e do cálculo;
II – a compreensão do ambiente natural e social, do sistema político, das artes, da
tecnologia e dos valores em que se fundamenta a sociedade;
III – a aquisição de conhecimentos e habilidades, e a formação de atitudes e
valores como instrumentos para uma visão crítica do mundo;
IV – o fortalecimento dos vínculos de família, dos laços de solidariedade humana e
de tolerância recíproca em que se assenta a vida social.

***Porque o ensino fundamental foi ampliado


para 9 anos? (Art. 32, Lei 11.274 de 2006)
 Assegurar a todas as crianças um tempo mais
longo de convívio escolar , maiores oportunidades
de aprender e, com isso uma aprendizagem de
maior qualidade.
EDUCAÇÃO DO CAMPO
Art. 35. Na modalidade de Educação Básica do Campo, a educação para a
população rural está prevista com adequações necessárias às peculiaridades
da vida no campo e de cada região, definindo-se orientações para três
aspectos essenciais à organização da ação pedagógica:
I - conteúdos curriculares e metodologias apropriadas às reais necessidades e interesses
dos estudantes da zona rural;
II - organização escolar própria, incluindo adequação do calendário escolar às fases do
ciclo agrícola e às condições climáticas;
III - adequação à natureza do trabalho na zona rural.

Art. 36. A identidade da escola do campo é definida pela vinculação com as


questões inerentes à sua realidade, com propostas pedagógicas que contemplam
sua diversidade em todos os aspectos, tais como sociais, culturais, políticos,
econômicos, de gênero, geração e etnia.
Parágrafo único. Formas de organização e metodologias pertinentes à realidade do campo
devem ter acolhidas, como a pedagogia da terra, pela qual se busca um trabalho
pedagógico fundamentado no princípio da sustentabilidade, para assegurar a
preservação da vida das futuras gerações, e a pedagogia da alternância, na qual o
estudante participa, concomitante e alternadamente, de dois ambientes/situações de
aprendizagem: o escolar e o laboral (trabalho), supondo parceria educativa, em que
ambas as partes são corresponsáveis pelo aprendizado e pela formação do estudante.
(aluno trabalhador do campo).
EDUCAÇÃO ESCOLAR INDÍGENA
Art. 37. A Educação Escolar Indígena ocorre em unidades
educacionais inscritas em suas terras e culturas, as quais têm uma
realidade singular, requerendo pedagogia própria em respeito à
especificidade étnico-cultural de cada povo ou comunidade e
formação específica de seu quadro docente, observados os princípios
constitucionais, a base nacional comum e os princípios que orientam a
Educação Básica brasileira.
Parágrafo único. Na estruturação e no funcionamento das escolas
indígenas, é reconhecida a sua condição de possuidores de normas e
ordenamento jurídico próprios, com ensino intercultural e bilíngue, visando
à valorização plena das culturas dos povos indígenas e à afirmação e
manutenção de sua diversidade étnica.
Art. 38. Na organização de escola indígena, deve ser considerada a
participação da comunidade, na definição do modelo de organização e
gestão, bem como:
I - suas estruturas sociais;
II - suas práticas socioculturais e religiosas;
III - suas formas de produção de conhecimento, processos próprios e
métodos de ensino aprendizagem;
IV - suas atividades econômicas;
V - edificação de escolas que atendam aos interesses das
comunidades indígenas;
VI - uso de materiais didático-pedagógicos produzidos de acordo com o
contexto sociocultural de cada povo indígena.
EDUCAÇÃO ESCOLAR QUILOMBOLA
Art. 41. A Educação Escolar Quilombola é desenvolvida em unidades educacionais inscritas
em suas terras e cultura, requerendo pedagogia própria em respeito à especificidade étnico-
cultural de cada comunidade e formação específica de seu quadro docente, observados os
princípios constitucionais, a base nacional comum e os princípios que orientam a Educação
Básica brasileira.
Parágrafo único. Na estruturação e no funcionamento das escolas quilombolas, bem com
nas demais, deve ser reconhecida e valorizada a diversidade cultural.

 Para pensar nas diretrizes para educar as relações étnico-raciais em


comunidades quilombolas sugere que nós pensemos a partir das próprias
comunidades.(Quilombos e escolas que atendem estudantes oriundos de
territórios quilombolas)
 É uma Modalidade de ensino da Educação Básica
 O vínculo entre educar e formar são ancestrais, não são atributos exclusivos da
escola.
 Produzir uma formação humana na qual não caibam estereótipos, discriminação
e preconceito. O desafio da educação é contribuir para emancipar.
 Inclui a área de conhecimento: Ciências e saberes quilombolas

Currículo deve contemplar: Oralidade, cultura, tradições, memória, ancestralidade,


mundo do trabalho, estética (traços próprios), lutas pela terra e pelo território.
Pontos comuns a população do campo, indígenas e quilombolas:

Art. 40 O atendimento escolar às populações do campo, povos indígenas e


quilombolas requer respeito às suas peculiares condições de vida e a utilização
de pedagogias condizentes com as suas formas próprias de produzir
conhecimentos, observadas as Diretrizes Curriculares Nacionais Gerais para a
Educação Básica (Parecer CNE/CEB nº 7/2010 e Resolução CNE/CEB nº
4/2010).
§ 1º As escolas das populações do campo, dos povos indígenas e dos
quilombolas, ao contar com a participação ativa das comunidades locais nas
decisões referentes ao currículo, estarão ampliando as oportunidades de:
I – reconhecimento de seus modos próprios de vida, suas culturas, tradições e
memórias coletivas, como fundamentais para a constituição da identidade das
crianças, adolescentes e adultos;
II – valorização dos saberes e do papel dessas populações na produção de
conhecimentos sobre o mundo, seu ambiente natural e cultural, assim como as
práticas ambientalmente sustentáveis que utilizam;
III – reafirmação do pertencimento étnico, no caso das comunidades quilombolas
e dos povos indígenas, e do cultivo da língua materna na escola para estes
últimos, como elementos importantes de construção da identidade; (ensino
bilíngue)
IV – flexibilização, se necessário, do calendário escolar, das rotinas e
atividades, tendo em conta as diferenças relativas às atividades econômicas
e culturais, mantido o total de horas anuais obrigatórias no currículo;
V – superação das desigualdades sociais e escolares que afetam essas
populações, tendo por garantia o direito à educação;(emancipação do
sujeito)
§ 2º Os projetos político-pedagógicos das escolas do campo, indígenas e
quilombolas devem contemplar a diversidade nos seus aspectos sociais,
culturais, políticos, econômicos, éticos e estéticos, de gênero, geração
e etnia.
§ 3º As escolas que atendem a essas populações deverão ser devidamente
providas pelos sistemas de ensino de materiais didáticos e educacionais que
subsidiem o trabalho com a diversidade, bem como de recursos que
assegurem aos alunos o acesso a outros bens culturais e lhes permitam
estreitar o contato com outros modos de vida e outras formas de
conhecimento. (previstas pelas legislações nacionais)
§ 4º A participação das populações locais pode também subsidiar as redes
escolares e os sistemas de ensino quanto à produção e à oferta de materiais
escolares e no que diz respeito a transporte e a equipamentos que atendam
as características ambientais e socioculturais das comunidades e as
necessidades locais e regionais.(líderes das etnias participam do processo
decisório)
DCN Educação das Relações Étnico-Raciais

“[...] reeducação das relações entre negros e brancos [...]”

Parecer 03/2004, de 10 de
março, do Conselho Pleno do
CNE, aprovando o projeto de
resolução nº 1, de 17 de junho
de 2004, destas diretrizes. Os
princípios norteadores são:
consciência política e histórica
da diversidade, fortalecimento
da identidade e de direitos,
ações educativas de combate
ao racismo e à discriminação.

Vídeo: https://www.youtube.com/watch?v=lryL8ZAMq-E
“Entenda o que é racismo estrutural”
“O parecer procura oferecer uma resposta, entre outras, na área da
educação, à demanda da população afrodescendente, no sentido de
políticas de ações afirmativas, isto é, de políticas de reparações, e de
reconhecimento e valorização de sua história, cultura, identidade.
Trata, ele, de política curricular, fundada em dimensões históricas,
sociais, antropológicas oriundas da realidade brasileira, e busca
combater o racismo e as discriminações que atingem particularmente
os negros.”(p.10)

“Reconhecimento requer a adoção de políticas educacionais e de


estratégias pedagógicas de valorização da diversidade, a fim de
superar a desigualdade étnico racial presente na educação escolar
brasileira, nos diferentes níveis de ensino.”
São princípios da educação étnico-racial:
• Consciência Política e Histórica da Diversidade;
• Fortalecimento de Identidades e de Direitos
• Ações Educativas de Combate ao Racismo e a Discriminações
• Tais princípios se desenvolverão no cotidiano das escolas,
particularmente nas disciplinas de: Educação Artística, Literatura
e História do Brasil, sem prejuízo das demais.
• Datas importantes:
• 13/05 Dia Nacional da Denúncia Contra Racismo
• 20/11 Dia da Consciência Negra.

É preciso despertar o envolvimento cognitivo e afetivo do indivíduo,


fazendo-o sentir que a educação propicia consciência para entender e
modificar as realidades de seu meio. O desenvolvimento da visão crítica
nos jovens é fundamental para a incorporação de valores democráticos e
para a participação política significativa. O nível de desigualdade e de
problemas de um país está associado ao nível de educação e cultura de
seu povo.
Ações afirmativas: conjuntos de ações políticas dirigidas à correção
de desigualdades raciais e sociais, orientadas para oferta de
tratamento diferenciado com vistas a corrigir desvantagens e
marginalização criadas e mantidas por estrutura social excludente e
discriminatória.

Baseiam-se:
Programa Nacional de Direitos
Humanos;
Convenção da UNESCO de
1960;
Conferência Mundial de
Combate ao Racismo,
Discriminação Racial, Xenofobia
e Discriminações Correlatas de
2001.
Práticas:

 Eduque as crianças para o respeito à


diferença. Ela está nos tipos de brinquedos,
nas línguas faladas, nos vários costumes entre
os amigos e as pessoas de diferentes culturas,
raças e etnias. As diferenças enriquecem
nosso conhecimento.
 Valorize e incentive o comportamento
respeitoso e sem preconceito em relação à
diversidade étnico-racial.
 Ensinar sobre a história e a cultura da
população negra e sobre como enfrentar o
racismo.
 Proporcione e estimule a convivência de
crianças de diferentes raças e etnias nas
brincadeiras, nas salas de aula, em casa ou
em qualquer outro lugar.
 Não deixe de denunciar. A discriminação é
uma violação de direitos. Oriente as crianças.
DCN´s Gerais para Educação Básica:
http://portal.mec.gov.br/index.php?option=com_docman&view=download&alias=6704-rceb004-10-
1&category_slug=setembro-2010-pdf&Itemid=30192
DCN´s para Educação Infantil:
https://ndi.ufsc.br/files/2012/02/Diretrizes-Curriculares-para-a-E-I.pdf
DCN´s para o Ensino Fundamental de 9 anos:
http://portal.mec.gov.br/index.php?option=com_docman&view=download&alias=7246-rceb007-
10&category_slug=dezembro-2010-pdf&Itemid=30192
DCN´s Educação no Campo:
http://pronacampo.mec.gov.br/images/pdf/bib_educ_campo.pdf
DCN´s Educação Indígena:
http://portal.mec.gov.br/index.php?option=com_docman&view=download&alias=10806-pceb013-12-
pdf&category_slug=maio-2012-pdf&Itemid=30192
DCN´s Educação Quilombola:
http://portal.mec.gov.br/index.php?option=com_docman&view=download&alias=11963-rceb008-12-
pdf&category_slug=novembro-2012-pdf&Itemid=30192
Educação Étnico-racial:
http://portal.inep.gov.br/documents/186968/484184/Diretrizes+curriculares+nacional+para+a+educa%
C3%A7%C3%A3o+das+rela%C3%A7%C3%B5es+%C3%A9tnico-
raciais+e+para+o+ensino+de+hist%C3%B3ria+e+cultura+afro-brasileira+e+africana/f66ce7ca-e0c8-
4dbd-8df3-4c2783f06386?version=1.2
O que diferencia a BNCC dos antigos referenciais curriculares?
Antes da BNCC, o Brasil já possuía dois outros documentos orientadores para a etapa:
o Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil (RCNEI/1998), e as
Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Infantil (DCNEI/2009). A BNCC foi
elaborada à luz do que diz as DCN´s, que serviam como um referencial curricular não
obrigatório. Além disso, a Base determina com mais clareza os objetivos de
aprendizagem propostos do que os documentos anteriores e é um marco regulatório
(obrigatória).

Tem referências/base:
 Constituição Federal /1988 – Educação como direito de todos (Art. 205)

 Lei de Diretrizes e Bases/1996 – Currículo e conteúdos (Art. 26)

 DCN´s – Princípios éticos, estéticos e políticos para educação

 Plano Nacional de Educação (PNE) – reafirmar a importância de uma base nacional


comum, para fomentar a qualidade da educação.
 Segundo o Ministério da Educação (MEC), a Base Nacional Comum Curricular
(BNCC) “[...] é um documento de caráter normativo que define o conjunto orgânico
e progressivo de aprendizagens essenciais que todos os alunos devem
desenvolver ao longo das etapas e modalidades da Educação Básica. de modo a
que tenham assegurados seus direitos de aprendizagem e desenvolvimento, em
conformidade com o que preceitua o Plano Nacional de Educação(PNE).
(BRASIL,2017,p.7).”
São objetivos da BNCC...

1.Superar a fragmentação das políticas educacionais, possibilitando a chamada


formação básica comum;
2. Fortalecer o regime de colaboração entre as três esferas de governo – federal,
estadual e municipal – todos com um objetivo comum de construir uma sociedade
justa, democrática e inclusiva através da Educação;
3. Seja balizadora da qualidade da educação, permitindo que toda e qualquer
escola no território brasileiro tenha as diretrizes para uma educação que forme
cidadãos qualificados para o mercado de trabalho e aptos a exercer a sua
cidadania.
A Base estava prevista na Constituição de 1988 e também no Plano
Nacional de Educação (PNE), como uma estratégia para fomentar a
qualidade da Educação Básica. Para isso, o documento estabelece
competências gerais que devem orientar todas as etapas de ensino,
competências específicas das áreas de conhecimento, campos de
experiência, direitos de aprendizagem e desenvolvimento, objetos de
conhecimento e habilidades. Nos próximos tópicos, vamos explicar os
conceitos que se aplicam à Educação Infantil.
A BNCC preconiza que a educação deve ser integral,

Na verdade, a educação integral diz respeito à necessidade de a escola


desenvolver aspectos e capacidades que ultrapassam a dimensão
acadêmica. A escola deve expandir a capacidade do aluno nos
seguintes âmbitos ou dimensões:

- Dimensão intelectual; Desenvolver o aluno em seus aspectos


- Dimensão Física; biopsicosociais  ECA/Lei 8.069/90
- Dimensão Emocional;
- Dimensão social e cultural.
BNCC - EDUCAÇÃO INFANTIL
A BNCC estabelece os direitos de aprendizagem para as crianças de zero a cinco anos, e
reconhece a educação infantil como essencial para o pleno desenvolvimento e construção
da identidade da criança. Os direitos de aprendizagem de acordo com a BNCC são seis:

1- Conviver: com outras crianças e adultos, em pequenos e grandes grupos, utilizando diferentes
linguagens, ampliando o conhecimento de si e do outro, o respeito em relação à cultura e às
diferenças entre as pessoas. Proposta: jogos, organização para convivência, organização das
refeições, dos brinquedos, (interações que envolvam o coletivo)

2- Brincar: diariamente, diversas formas, em diferentes espaços e tempos, com diferentes parceiros
(crianças e adultos), ampliando e diversificando seu acesso a produções culturais, seus
conhecimentos, sua imaginação, sua criatividade, suas experiências emocionais, corporais,
sensoriais, expressivas, cognitivas, sociais e relacionais. Proposta: disponibilizar diversos materiais
com objetivo e planejamento que conduzam a novas e diferentes experiências, e após dialogar sobre
o que a criança observou ao longo das brincadeiras...etc.

3- Participar: ativamente, com adultos e outras crianças, tanto do planejamento da gestão da escola
e das atividades propostas pelo educador quanto da realização das atividades da vida cotidiana, tais
como a escolha das brincadeiras, dos materiais e dos ambientes, desenvolvendo diferentes
linguagens e elaborando conhecimentos, decidindo e se posicionando. Proposta: Deixar a criança
escolher as brincadeiras, matérias e ambientes, o professor oferta a criança diferentes formas de
participar ativamente do processo. (Construir um brinquedo com materiais recicláveis)

4- Explorar: movimentos, gestos, sons, formas, texturas, cores, palavras, emoções, transformações,
relacionamentos, histórias, objetos, elementos da natureza, na escola e fora dela, ampliando seus
saberes sobre a cultura, em suas diversas modalidades: as artes, a escrita, a ciência e a tecnologia.
Proposta: oportunizar a exploração de objetos concretos e simbólicos para a criança sozinha
realizar as descobertas. (mistura de cores)
5- Expressar: como sujeito dialógico, criativo e sensível, suas necessidades,
emoções, sentimentos, dúvidas, hipóteses, descobertas, opiniões, questionamentos,
por meio de diferentes linguagens. Proposta: Roda de conversa, momentos de
fala, após uma história, brincadeira etc.

6- Conhecer-se: e construir sua identidade pessoal, social e cultural, constituindo


uma imagem positiva de si e de seus grupos de pertencimento, nas diversas
experiências de cuidados, interações, brincadeiras e linguagens vivenciadas na
instituição escolar e em seu contexto familiar e comunitário. Proposta: uso de
espelho, nos momentos de alimentação do bebê comunicar-se com ele nomeando
as partes do processo, ir nomeando as partes do corpinho dele (trocas de fraldas),
músicas é uma elemento que pode ser explorado (Cabeça, ombro, joelho e pé)

“[...] concepção de criança como ser que observa, questiona,


levanta hipóteses, conclui, faz julgamentos e assimila valores
e que constrói conhecimentos e se apropria do conhecimento
sistematizado por meio da ação e nas interações com o
mundo físico e social não deve resultar no confinamento
dessas aprendizagens a um processo de desenvolvimento
natural ou espontâneo. Ao contrário, impõe a necessidade de
imprimir intencionalidade educativa às práticas pedagógicas
na Educação Infantil, tanto na creche quanto na pré-escola”.
(BNCC – etapa educação infantil).
Afim de garantir os direitos de aprendizagem, a BNCC apresenta também os
Campos da experiência na educação infantil, como proposta de
organização curricular:

1. O EU, O OUTRO E O NÓS: Demonstrar imagem positiva de si e confiança em sua capacidade


para enfrentar dificuldades e desafios. Ex.: trabalhar com espelhos, rodas de conversa, etc.

2. CORPO, GESTOS E MOVIMENTOS: Deslocar seu corpo no espaço, orientando-se por noções
como em frente, atrás, no alto, embaixo, dentro, fora etc., ao se envolver em brincadeiras e
atividades de diferentes naturezas. Ex.: Jogos de imitação, músicas, danças, etc.

3. TRAÇOS, SONS, CORES E FORMAS: Explorar sons produzidos com o próprio corpo e com
objetos do ambiente (senso crítico e estético). Ex.: tintas, modelagens, formas etc.

4. ESCUTA, FALA, PENSAMENTO E IMAGINAÇÃO: Produzir suas próprias histórias orais e


escritas (escrita espontânea), em situações com função social significativa (contato com as diferentes
linguagens que formam nossa cultura. Ex.: leitura de livros e contação de histórias, parlendas, rimas,
visitas a biblioteca, listas de compras, contato com jornal, etc.

5. ESPAÇO, TEMPO, QUANTIDADES, RELAÇÕES E TRANSFORMAÇÕES: Manipular materiais


diversos e variados para comparar as diferenças e semelhanças entre eles. Ex.: animais, plantas,
relações de parentesco, diferenciar manhã, tarde e noite, fases da natureza etc.

**Lembrando que os campos tem relações entre si e podem e devem ser trabalhados em conjunto
Tome nota: Na BNCC dentro de cada um desses
Os objetivos e as campos, existem os objetivos de
habilidades da BNCC são aprendizagem e desenvolvimento,
as aptidões desenvolvidas que são atrelados a três grupos etários.
ao longo de cada etapa de
ensino e que contribuem
para o desenvolvimento das
Por isso, das páginas 45 a 52 do
competências gerais e
documento (acesse a Base Nacional
específicas da Base.
Comum Curricular aqui), os campos de
experiência e seus respectivos objetivos
de aprendizagem são divididos em três
colunas, referentes a cada um dos
grupos etários.

Como ler os códigos da BNCC?


Os códigos alfanuméricos (exemplo:
EI01TS01) servem para identificar os
objetivos de aprendizagem. Eles ajudam a
contextualizar qual é a etapa de ensino, a
faixa etária e o campo de experiência
relacionado ao objetivo.

Fonte: https://novaescola.org.br/conteudo/18881/guia-para-
usar-a-bncc-de-educacao-infantil
Exemplo códigos da BNCC:
O EF é dividido em duas etapas:
Anos Iniciais – 1º ao 5° ano**
Anos Finais – 6º ao 9° ano

A BNCC Ensino Fundamental para anos iniciais corresponde aos alunos que estão entre
o 1º e o 5º ano. Para eles, que estão acabando de sair da Educação Infantil, a BNCC
acredita que:

“[…] ao valorizar as situações lúdicas de aprendizagem, aponta para a


necessária articulação com as experiências vivenciadas na Educação Infantil.
Tal articulação precisa prever tanto a progressiva sistematização dessas
experiências quanto o desenvolvimento, pelos alunos, de novas formas de
relação com o mundo, novas possibilidades de ler e formular hipóteses sobre
os fenômenos, de testá-las, de refutá-las, de elaborar conclusões, em uma
atitude ativa na construção de conhecimentos.”

Com essa compreensão os dois primeiros anos do Ensino Fundamental são


voltados à alfabetização das crianças.

**Aqui abordaremos apenas os Anos Iniciais conforme o edital**


A organização estrutural da BNCC no Ensino Fundamental como um todo se dá por áreas do
conhecimento. Tal organização busca favorecer a comunicação entre os conhecimentos e
aprendizagens das inúmeras disciplinas, agora chamadas de componentes curriculares.

 As áreas do conhecimento previstas pela BNCC são:

Áreas do conhecimento** Componente curricular

Língua Portuguesa
Arte
1) Linguagens
Educação Física
Língua Inglesa

2) Matemática Matemática

3) Ciências da Natureza Ciências


4) Ciências Humanas Geografia e História
5) Ensino Religioso Ensino Religioso

Atenção: cada uma das áreas têm competências específicas de área – reflexo das dez
competências gerais da BNCC – que devem ser promovidas ao longo de todo o Ensino
Fundamental.
Unidades Temáticas/Objetos de conhecimento/
Habilidades
Para garantir o desenvolvimento das competências especificas, cada
componente curricular (“disciplina”) apresenta um conjunto de habilidade,
habilidades relacionadas a diferentes objetos de conhecimento (conteúdos,
conceitos e processos) organizados por unidades temáticas.

“As habilidades expressam as aprendizagens essenciais que devem


ser asseguradas aos alunos nos diferentes contextos escolares.”
(BNCC)

Competência é definida como a mobilização de conhecimentos


(conceitos e procedimentos), habilidades (práticas, cognitivas e
socioemocionais), atitudes e valores para resolver demandas complexas
da vida cotidiana, do pleno exercício da cidadania e do mundo do
trabalho.
COMPETÊNCIAS GERAIS DA BASE NACIONAL COMUM CURRICULAR

A Base Nacional Comum Curricular determina um conjunto de dez competências


gerais que sumarizam os direitos de aprendizagem e de desenvolvimento dos
estudantes. Essas competências devem ser trabalhadas ao longo de toda a
Educação Básica e compreendem todas as dimensões do indivíduo: não apenas a
cognitiva, mas também as dimensões física, social, emocional e cultural.

1- Conhecimento: Valorizar e utilizar os conhecimentos historicamente construídos


sobre o mundo físico, social, cultural e digital para entender e explicar a realidade,
continuar aprendendo e colaborar para a construção de uma sociedade justa,
democrática e inclusiva.

2- Pensamento crítico, científico e criativo: Exercitar a curiosidade intelectual e


recorrer à abordagem própria das ciências, incluindo a investigação, a reflexão, a
análise crítica, a imaginação e a criatividade, para investigar causas, elaborar e
testar hipóteses, formular e resolver problemas e criar soluções (inclusive
tecnológicas) com base nos conhecimentos das diferentes áreas.

3- Repertório cultural: Valorizar e fruir as diversas manifestações artísticas e


culturais, das locais às mundiais, e também participar de práticas diversificadas da
produção artístico-cultural.
4- Comunicação Utilizar diferentes linguagens – verbal (oral ou visual-motora,
como Libras, e escrita), corporal, visual, sonora e digital –, bem como
conhecimentos das linguagens artística, matemática e científica, para se expressar
e partilhar informações, experiências, ideias e sentimentos em diferentes contextos
e produzir sentidos que levem ao entendimento mútuo.

5- Cultura e comunicação digitais: Compreender, utilizar e criar tecnologias


digitais de informação e comunicação de forma crítica, significativa, reflexiva e
ética nas diversas práticas sociais (incluindo as escolares) para se comunicar,
acessar e disseminar informações, produzir conhecimentos, resolver problemas e
exercer protagonismo e autoria na vida pessoal e coletiva.

6- Cidadania e projeto de vida: Valorizar a diversidade de saberes e vivências


culturais e apropriar-se de conhecimentos e experiências que lhe possibilitem
entender as relações próprias do mundo do trabalho e fazer escolhas alinhadas ao
exercício da cidadania e ao seu projeto de vida, com liberdade, autonomia,
consciência crítica e responsabilidade.

7- Argumentação: Argumentar com base em fatos, dados e informações


confiáveis, para formular, negociar e defender ideias, pontos de vista e decisões
comuns que respeitem e promovam os direitos humanos, a consciência
socioambiental e o consumo responsável em âmbito local, regional e global, com
posicionamento ético em relação ao cuidado de si mesmo, dos outros e do
planeta.
8- Autoconhecimento e cuidado consigo mesmo: Conhecer-se, apreciar-se e
cuidar de sua saúde física e emocional, compreendendo-se na diversidade
humana e reconhecendo suas emoções e as dos outros, com autocrítica e
capacidade para lidar com elas.

9- Empatia e colaboração: Exercitar a empatia, o diálogo, a resolução de conflitos


e a cooperação, fazendo-se respeitar e promovendo o respeito ao outro e aos
direitos humanos, com acolhimento e valorização da diversidade de indivíduos e
de grupos sociais, seus saberes, identidades, culturas e potencialidades, sem
preconceitos de qualquer natureza.

10- Saber se relacionar com o mundo e com a sociedade: Agir pessoal e


coletivamente com autonomia, responsabilidade, flexibilidade, resiliência e
determinação, tomando decisões com base em princípios éticos, democráticos,
inclusivos, sustentáveis e solidários.
Fixando os conceitos:

Fonte: https://www.somospar.com.br/?utm_source=conteudo&utm_medium=pdf&utm_campaign=infografico-entendendo-a-estrutura-da-bncc
Fonte: https://www.somospar.com.br/?utm_source=conteudo&utm_medium=pdf&utm_campaign=infografico-entendendo-a-
estrutura-da-bncc

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