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Unidade Tatuapé I

NORDESTE DOS NORDESTES

SÃO PAULO
MAIO DE 2015

Unidade Tatuapé I

Alessandra de LP Rodrigues R.A 1421869

Hélio Antonio Alves Ferreira R.A 1423154

Ireneide Alves R.A 1323994

Isaias Albertino Florêncio R.A 1423715

Maria Zita Calixto Cruz R.A 1422127

Wilson Francelino da Silva R.A 1422613

NORDESTE DOS NORDESTES

Pesquisa científica apresentado à disciplina Geografia


Regional ministrada pela professora Camila Canuto, para
obtenção parcial de avaliação no curso de graduação em
Geografia da Faculdade Sumaré.

SÃO PAULO
MAIO DE 2015

SUMÁRIO

Resumo 01.

Introdução 02.

Desenvolvimento 04.

Considerações finais 05.

Referências 06.
Resumo

Este trabalho tem como finalidade de avaliar o potencial econômico emergente da


Região Nordeste nos últimos anos com enormes investimentos e desconstruir a ideia
esteriotipada de um local destinado a miséria.
INTRODUÇÃO

É demasiadamente comum, na esfera do senso comum e dos meios de comunicação, o


ato de entender a região do Nordeste como o sinônimo da seca, da miséria e da pobreza.
Isso cria um estereótipo sobre a população nordestina, estimulando preconceitos e
discriminações de toda ordem e reduzindo toda pluralidade étnica dessa população a
uma única representação. De fato, essa construção é uma visão muito simplista da
realidade. Na verdade, podemos dizer, é a existência de vários “nordestes” dentro de
um mesmo Nordeste. Isso é simbólico não somente das questões climáticas e naturais,
mas também das relações culturais, econômicas, sociais e étnicas, representando uma
elevada gama de riquezas naturais e humanas. Além de que, sempre houve um exagero
sobre a dimensão do problema da seca no Nordeste. Compreendemos que esse problema
existe e que ele é uma das questões mais sérias a serem enfrentadas no Brasil. No
entanto, em função da chamada “indústria das secas”, a fim de se explorar a
miserabilidade local.
Desenvolvimento

Historicamente, o problema da seca na região nordestina não se resume apenas à falta


de água, mas sim à ausência do poder público. As acusações giram em torno de outra
questão que se junta à indústria das secas: a indústria dos votos, uma vez que muitos
políticos, em tese, beneficiam-se das condições de miséria de parte da população para
lhe conceder bens materiais de breve duração – como cestas básicas – em troca de apoio
eleitoral. Essa situação é secular desde os tempos do Brasil colônia, devido a
desigualdade de renda, concentração fundiária das oligarquias e o problema recorrente
das secas. O Nordeste foi à primeira região brasileira a ser explorada e povoada por
colonos europeus, nos séculos XVI e XVII, um grande crescimento econômico e
populacional. Neste período histórico a região Nordeste poderia ser considerada uma
área de atração populacional em decorrência da ascensão da atividade canavieira. No
entanto, no século XVII, com a descoberta das minas de ouro e diamantes nas "Gerais",
é que o eixo econômico e político da até então colônia portuguesa foram desviados para
o Sudeste, ainda hoje a região mais importante do Brasil. A partir desse período o
Nordeste passa a ser considerada uma área de repulsão populacional em decorrência da
decadência da atividade canavieira, o “nordeste açucareiro”, atividade que se espalhou
pela faixa litorânea dos atuais estados de Pernambuco, Paraíba, Rio Grande do Norte e
Alagoas – e tinha em Recife seu principal polo urbano, entrando em decadência no final
do século XVII.

Ao longo de quatro séculos, essas evoluções econômicas deixaram como herança


enormes desigualdades sociais, uma estrutura fundiária marcada pelo predomínio do
latifúndio, especialmente nas regiões canavieiras e no Sertão, e o enraizamento do poder
de oligarquias regionais. As oligarquias nordestinas preservaram seus interesses mesmo
após a abolição da escravidão, ingressando no período republicano como elites regionais
secundárias. O Nordeste configurou a principal área repulsora de população do país.
Nos séculos XIX e XX, milhões de nordestinos migraram – e não só das áreas atingidas
pelas secas – rumo a outras regiões, buscando escapar da miséria e erguer um futuro
diferente para seus filhos.
A fragilidade da economia do Nordeste se intensificou com a concentração de atividade
na região Sudeste no século XX, acentuando os fluxos migratórios. Para reverter esse
desequilíbrio, foi criada nos anos 60 a SUDENE (Superintendência do
Desenvolvimento do Nordeste). Abrigando quase um terço da população, o Nordeste
em termos brasileiros é bem povoado e a população nativa, embora permanecesse em
crescimento, teve uma perda de importância relativa em relação às outras regiões. A
partir da década de 60 a elite política passou a relacionar a pobreza com o atraso
industrial da região. A miséria e o problema da seca continuam a ser uma das marcas
mais importantes do Nordeste quando vista no contexto nacional. Por muito tempo foi
considerada a região mais pobre do Brasil, com os piores indicadores socioeconômicos
do país, que levaram a crença de que o Nordeste é a “região-problema”, na qual enfrenta
os maiores contrastes sociais como: miséria, pobreza absoluta, insuficiência alimentar,
altos índices de natalidade e mortalidade, trabalho infanto-juvenil e outras dificuldades
não só encontradas nesta região, mas em todas as outras regiões brasileiras. O que
explica a existência de vários nordestes dentro do Nordeste nada mais é do que as
intensas mudanças que vem sofrendo a região de maiores dificuldades sociais do Brasil.

Entretanto a pobreza ainda continua sendo o obstáculo mais antigo que o


desenvolvimento econômico ainda não conseguiu alterar significativamente.Assim, bem
mais do que uma questão histórica, vemos uma questão política, no qual o abandono
social e tecnológico levou a migração de vários nordestinos, a busca de melhores
condições de trabalho e remuneração digna. Tudo isso contribuiu para a marginalização
da população do Nordeste. Os políticos extraem e distribuem de modo inadequado às
riquezas da região, o aproveitamento que se tem do Nordeste é apenas da tradicional
atividade agropecuária, que nesta visão retrógrada leva a região ao atraso industrial.
Esse quadro passou a mudar radicalmente com a refundação da SUDENE em 2007
(havia sido extinta em 2001 devido a corrupção que imperava no órgão) com
investimentos financeiros à região, buscando estabelecer desenvolvimento econômico
em diversos seguimentos.

Um fenômeno detectado com essa transformação foi a retenção populacional migratória


para o Sudeste e demais regiões.
.

“Além de apresentar menor migração, diminuindo o número de


pessoas que saem, o Nordeste começa a atrair população, com
uma rede social melhor. Enquanto isso, o Sudeste, que já não
recebia mais tantas pessoas, passa a ser também emissor, não só
de migrantes, como também de quem é originário e está
deixando essa região”, afirma Antônio Tadeu Ribeiro de
Oliveira, IBGE. (site G1)

Enquanto São Paulo e Rio de Janeiro começaram a receber menos imigrantes na


última década, estados antes considerados de grande evasão começaram a perder menos
população, como Piauí e Alagoas. Já Bahia e Maranhão continuaram a ser classificados
como regiões “expulsoras”, mas também diminuíram o fluxo.
Na economia, o Nordeste vem passando por uma linha de industrialização e
ampliação de desenvolvimento. Por esse motivo, as taxas de emigração vêm
diminuindo, muito em função do processo de demestropolização no Brasil e da
diminuição da concentração populacional atualmente em curso na região Sudeste do
país.
Os índices sócio-econômicos nordestino nos últimos são os maiores entre as
regiões brasileiras, inclusive do gigante Sudeste. Graças as esses índices positivos, o
Nordeste é sempre notícia nos principais cadernos de economia do país.
Existem ainda muitos quadros de miserabilidade, mas essa situação esta
mudando gradativamente se os indicadores sócio-econômicos continuarem a progredir
nesse patamar. O Nordeste agora é visto com outros olhos.
.
Considerações Finais

O regionalismo nordestino apresentado pelas elites resiste a mudanças em


sua base de sustentação política e social. E isso acentua as desigualdades da
distribuição de renda.
O nordeste mudou, mas essa mudança não atingiu a maioria da população.
A maioria do povo tanto no campo como na cidade não melhorou de vida.
REFERÊNCIAS:

G1, Google Analytics. Disponível <http://g1.globo.com/brasil/noticia/2011/07/nordeste-


e-regiao-com-maior-retorno-de-migrantes-segundo-ibge.html> acesso em 27/05/2015

O POVO ONLINE, Google Analytics. Disponível


<http://www.opovo.com.br/app/opovo/economia/2015/04/03/
noticiasjornaleconomia,3417429/enquanto-brasil-fica-estagnado-nordeste-cresce-3-
7.shtml>acesso em27/05/2015

BRASIL ESCOLA, Google Analytics. Disponível


<http://www.brasilescola.com/brasil/o-nordeste-so-seca.htm> acesso em 28/05/2015

REVISTA MUNDO PANGEA, Google Analytics. Disponível


http://www.clubemundo.com.br/pages/Integra.aspx?materia=1179 acesso em
28/05/2015

TODA MATERIA, Google Analytics. Disponível


http://www.todamateria.com.br/economia-da-regiao-nordeste/ acesso em 28/05/2015

G1, Google Analytics. Disponível


http://g1.globo.com/globo-reporter/noticia/2015/05/mercado-da-uva-cresce-e-cria-
empregos-no-nordeste-e-sudeste.html acesso em 29/05/2015

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