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CNPq- PIBIC
São Paulo
2020
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SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO...........................................................................................................3
1.1. Objetivos..........................................................................................................5
1.2. Justificativa......................................................................................................5
2. MATERIAL E MÉTODOS........................................................................................6
4. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS......................................................................8
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1. INTRODUÇÃO
Asteraceae Bercht. & J. Presl é conhecida por ser uma das maiores famílias botânicas dentro
das Angiospermas, possui aproximadamente 24.000 espécies distribuídas em 1.600 gêneros (Funk
et al. 2009) e ocorrência cosmopolita, podendo ser encontradas em todos os continentes, exceto na
Antártica (Barroso et al. 1991, Judd et al. 1999). Para o Brasil são referidos cerca de 290 gêneros e
2.099 espécies, representando cerca de 7% de todas as Angiospermas brasileiras (Flora do Brasil
2020, em construção) com ocorrência desde as regiões mais frias e úmidas, como as serras do
Sudeste e Sul, até as áreas mais secas, presentes na região do semiárido nordestino, sendo menos
comum nas formações florestais (Pereira, 1989) e com predomínio nas formações campestres,
principalmente no Cerrado (Nakajima et al. 2016).
A família Asteraceae possui flores pequenas com corola gamopétala, actinomorfa (tubulosa,
campanulada, infundibuliforme ou hipocrateriforme) ou zigomorfa (ligulada ou bilabiada), de cores
variadas e em geral, contendo cinco lobos. O androceu é formado por cinco estames epipétalos, com
filetes curtos ou longos e livres; as anteras possuem 2 tecas rimosas e introrsas, concrescidas entre
si, formando um tubo pelo qual passa o estilete (Barroso 1991). Possui ovário ínfero, bicarpelar,
unilocular com apenas um óvulo de placentação basal, o estilete é filiforme e bífido. Os frutos são
secos, de formatos variados, denominados cipselas (Souza 2007).
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A família sempre foi considerada como um grupo natural com base na morfologia e
atualmente com as filogenias moleculares o monofiletismo do grupo foi comprovado (Jansen &
Palmer 1988, Funk et al. 2009 e Panero & Crozier 2016) e a classificação infragenérica alterada,
passando a ser dividida em 12 subfamílias e 43 tribos (Funk et al. 2009).
Cichorieae Lam. & DC. é uma das 43 tribos de Asteraceae, morfologicamente todos os
representantes dessa tribo compartilham entre si as folhas em geral alternas, muitas vezes dispostas
em rosetas, lâmina inteira, lobada a pinatissecta, raramente espinescente (Scolymus L.). Capítulos
distribuídos em inflorescências diversas ou capítulos solitários. Os capítulos são ligulados e
homógamos; brácteas involucrais em uma única série ou imbricadas em várias séries; receptáculo
geralmente epaleáceo, glabro, raramente escamoso-cerdoso ou paleáceo (Hypochaeris L.). Flores
bissexuais, corola ligulada, lígula 5-lobada, amarela, branca, azul ou lilás; apêndice das anteras com
conectivo alongado e obtuso, calcaradas e caudadas; estilete delgado, geralmente com ramos longos
e finos, pilosidade no eixo do estilete e ramos. Cipselas e pápus de formatos variados, as vezes
rostradas (Schneider 2017).
O gênero Hieracium está representado por plantas com indumento constituído de muitos
tricomas ramificados, folhas em roseta basal ou alternas, inteiras ou raramente pinatífidas; as flores
possuem corola amarela e as cipselas são cilíndricas (não comprimidas) e glabras, lisas na parte
superior e o pápus com cerdas escabrosas (Flora do Brasil, 2020 em construção). No Brasil está
representado por quatro espécies nativas, das quais duas (H. commersonii Monnier e H. ignatianum
Baker) ocorrem no Estado de São Paulo (Schneider 2017).
As espécies que compõem o gênero Picrosia são ervas com folhas lanceoladas, basais
rosuladas a subrosuladas e com poucas folhas caulinares; as flores possuem corola branca ou rosada
e as cipselas são cilíndricas (não comprimidas), fusiformes e costeladas com pápus de cerdas
escabrosas (Flora do Brasil, 2020, em construção). São referidas duas espécies para o Brasil e P.
longifolia D.Don ocorre no Estado de São Paulo (Schneider 2017).
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O gênero Sonchus possui espécies constituídas por ervas com folhas em rosetas basais e
folhas alternas ao longo do caule; as flores têm corola amarela e cipselas comprimidas, lisas na
parte superior e sem rostro; o pápus é formado por cerdas escabrosas (Flora do Brasil, 2020, em
construção). Este gênero é representado no Brasil por duas espécies (S. asper (L.) Hill e S.
oleraceus L), sendo as mesmas referidas para o Estado de São Paulo (Schneider 2017).
O Estado de São Paulo, local do presente estudo, estende-se entre as latitudes 19°47’ e
25°19’S e as longitudes 53°06’ e 44°10’W e, possui uma área total de 248.256km2, sendo cortado
pelo Trópico de Capricórnio. Apresenta variações de altitude desde o nível do mar até seu ponto
mais alto, a Pedra da Mina, na Serra da Mantiqueira com 2770m. A vegetação é muito
diversificada, estando presentes praticamente todos os biomas do Brasil. Pela posição geográfica
estratégica do estado, ocorrem associados elementos de floras tipicamente tropicais e de floras mais
características de regiões subtropicais (Wanderley et al. 2016).
1.1. Objetivos
1.2. Justificativa
O projeto Flora Fanerogâmica do Estado de São Paulo é uma das maiores contribuições em
andamento para o conhecimento da diversidade da flora brasileira, gerando dados para o
conhecimento da ampla diversidade paulista, disponibilizando-os para serem utilizados em
pesquisas de outras áreas da botânica. A Flora do Estado de São Paulo representa cerca de 23% da
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Como Asteraceae é a segunda família com maior diversidade no Estado de São Paulo,
representada por 676 espécies (Wanderley et al. 2011), ainda são necessários diversos estudos para
a finalização das monografias, dessa maneira, estudos que venham contribuir para ampliar o
conhecimento do grupo se tornam essenciais e urgentes.
2. MATERIAL E MÉTODOS
O Estado de São Paulo apresenta uma grande diversidade vegetal, estando representado por
praticamente todos os biomas brasileiros. Encontra-se a Floresta Atlântica na Serra do Mar
(“Floresta Ombrófila Densa”), que se estende para o planalto interior em variadas formas de
Florestas Mesófilas Semidecíduas; as áreas abertas da região central e do oeste são dominadas pelos
Cerrados, incluindo várias formas, desde os Campos Sujos até Cerradões; destacam-se, também,
áreas menores com outros tipos de vegetação, especialmente na região costeira, as restingas, dunas
e manguezais, e na Serra da Mantiqueira, as Florestas Montanas, acima de 1.500m e os Campos de
Altitude que ocorrem acima de 2.000m. Possui área total de 248.256km 2 e estende-se entre as
latitudes 19°47’ e 25°19’S e as longitudes 53°06’ e 44°10’W (Wanderley et al. 2016).
Elaboração de chave de
identificação das espécies e
finalização das descrições
Montagem das pranchas com
imagens das espécies
Padronização das descrições
e imagens para a preparação
da monografia
Redação e entrega do
relatório
Apresentação na Semana do
PIBIC
4. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Barroso, G.M. 1991. Sistemática de angiospermas do Brasil. Vol. 3. Viçosa, UFV Imprensa
Universitária.
Flora do Brasil 2020 (em construção). Jardim Botânico do Rio de Janeiro. Disponível em:
http://floradobrasil.jbrj.gov.br/reflora/floradobrasil/FB55 (Acesso em: 10 de fevereiro 2020).
Funk, V.A., Susanna, A., Stuessy, T.F., Robinson, H. 2009. Classification of Compositae. In:
Funk, V.A. et al. (Eds.). Systematics, Evolution, and biogeography of Compositae. Vienna,
Austria: International Association for Plant Taxonomy. p. 171-189.
Jansen, R.K.; Palmer, J.D. 1987. A chloroplast DNA inversion marks and ancient evolutionary
split in the sunflower family (Asteraceae). Evolution 84: 5818-5822.
Judd, W.S. et al. 1999. Plants Systematics - A Phylogenetic Approach. Sunderland. Massachusetts,
Sinauer Associates.
Nakajima, J.N. et al. 2016. Asteraceae. In: Forzza, R.C. et al. (Org.). Lista de Espécies da Flora do
Brasil. Rio de Janeiro: Jardim Botânico do Rio de Janeiro. Disponível em:
<http://floradobrasil.jbrj.gov.br/jabot/floradobrasil/FB55>. Acesso em: 10 de fevereiro de 2020.
Panero, J.L. & Crozier, B.S. 2016. Macroevolutionary dynamics in the early diversification of
Asteraceae. Molecular Phylogenetics and Evolution 99: 116–132.
Pereira, R.C.A. 1989. A tribo Heliantheae Cassini (Asteraceae) no estado de Pernambuco, Brasil.
Dissertação de Mestrado. Universidade Federal Rural de Pernambuco, Recife, 306p.
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Roque, N. & Baustista, H.P. 2008. Asteraceae: caracterização e morfologia floral. 1. ed. Salvador,
EDUFBA.
Schneider, A.A. 2017. A tribo Cichorieae Lam. & DC. In N. Roque, A.M. Teles & J.N. Nakajima
(orgs.). A Família Asteraceae no Brasil, classificação e diversidade. EDUFBA, Salvador, p.89-
96.
Souza, F.O. 2007. Asteraceae no Parque Estadual da Ilha do Cardoso, Cananéia, SP. 2007. 147 f.
Dissertação de Mestrado. Instituto de Botânica (IBt), São Paulo.
Wanderley et al. 2011. Checklist das Spermatophyta do Estado de São Paulo, Brasil. Biota
Neotrop. 11: 191-388.
Wanderley, M.G.L., Shepherd, G.J., Melhem, T.S., Giulietti, A.M. Martins, S.E. 2017. Flora
Fanerogâmica do Estado de São Paulo, vol. 8. Instituto de Botânica, São Paulo, 414.