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Curso de Engenharia Elétrica 1/98

UNIVERSIDADE FEDERAL DO PAMPA


CURSO DE ENGENHARIA ELÉTRICA

AL 0082
Planejamento Operação e Controle de
Sistemas Elétricos de Potência

Parte 1 – Fundamentos de SEP

José Wagner Maciel Kaehler


Professor Dr. Eng.

wagnerkaehler@gmail.com
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Plano de Ensino

Dados de Identificação
Campus: Alegrete Curso: Engenharia Elétrica
Componente Curricular: Planejamento, Operação e Controle de Sistemas Elétricos Código: AL0082
de Potência
Pré-requisito(s):
Docente: José Wagner Maciel Kaehler Turma(s): T30
Ano Letivo / Semestre: 2013/02 Turno: Tarde
Carga Horária: 60 Créditos Teóricos: 45 Créditos Práticos: 15
Sala: Lab 5 Segunda-Feira: 15:30 – 17:30 Sexta-Feira: 15:30 – 17:30

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Plano de Ensino
Dados de Identificação
Campus: Alegrete Curso: Engenharia Elétrica
Componente Curricular: Planejamento, Operação e Controle de Sistemas Elétricos Código: AL0082
de Potência
Pré-requisito(s):
Docente: José Wagner Maciel Kaehler Turma(s): T30
Ano Letivo / Semestre: 2013/02 Turno: Tarde
Carga Horária: 60 Créditos Teóricos: 45 Créditos Práticos: 15
Sala: Lab 5 Segunda-Feira: 15:30 – 17:30 Sexta-Feira: 15:30 – 17:30

Ementa
Planejamento de longo prazo: perspectiva de expansão. Planejamento de curto prazo:
perspectiva de operação. Estabilidade e segurança do sistema.

Objetivos
Geral:
Adquirir conhecimentos sobre o funcionamento global de sistemas elétricos de potência,
proporcionando ao aluno uma base para compreender seu regime normal de operação e as
situações de contingência, bem como é feito o seu planejamento.
Específicos:
 Ter noções sobre o mercado de energia elétrica, sua segmentação e representatividade
 Compreender os aspectos associados ao planejamento de longo, médio e curto prazo;
 Perceber o compromisso entre desenvolvimento e a sustentabilidade energética;
 Conhecer as situações de instabilidade e determinar ações de controle;
 Identificar situações de operação do sistema (normal, alerta, emergência);
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Plano de Ensino
Metodologia de Ensino
VI.I – Estratégias:
Aulas expositivas e dialogadas, com ênfase na compreensão e visualização dos conceitos,
associadas com práticas de simulação. Fóruns de discussão, Wikis e questionários no Moodle.
VI.II – Recursos:
Laboratório de informática. Quadro branco e recursos de multimídia, computadores com softwares
de simulação de sistemas elétricos de potência; disciplina no Moodle AL0082-2013/02,
(http://www.cta.unipampa.edu.br/moodle/)

Visita Técnica
Centro de Operações do Sistema da CEEE – GT em Porto Alegre – RS

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Aula Data Conteúdo

Plano de 1 08/nov Sistemas Elétricos de Potência: Fundamentos e Histórico

Ensino 2 11/nov O Sistema Interligado Nacional e seus agentes

3 15/nov Feriado

4 18/nov Previsão de Demanda: estudos de curto, médio e longo prazo; variáveis de influência

5 22/nov Previsão de Demanda: estudos de curto, médio e longo prazo; variáveis de influência

6 25/nov Fontes de energia, sua disponibilidade, vantagens e desvantagens

7 29/nov Planejamento da Transmissão

8 02/dez Plano Nacional de Energia: 2030

9 06/dez Plano Decenal de Expansão de Energia: 2010-2019

10 09/dez Aspectos de confiabilidade: técnicas probabilísticas e análise estrutural

11 13/dez Aspectos de confiabilidade: técnicas probabilísticas e análise estrutural

12 16/dez Plano de Ampliações e Reforços (PAR) do ONS

13 20/dez 1ª Avaliação Escrita

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Aula Data Conteúdo


Planejamento da operação de Sistemas Hidro-Térmicos: horizontes de estudo, variáveis
14 20/jan
e modelos empregados
Planejamento da operação de Sistemas Hidro-Térmicos: horizontes de estudo, variáveis
15 24/jan
e modelos empregados
Planejamento da operação de Sistemas Hidro-Térmicos: definição do despacho
16 27/jan

Plano de 17 31/jan
hidroelétrico - custo da água e Custo Marginal de Operação
Planejamento da operação de Sistemas Hidro-Térmicos: definição do despacho
hidroelétrico - custo da água e Custo Marginal de Operação

Ensino
18 03/fev Influência de congestionamentos na transmissão na formação do preço da energia

19 07/fev Influência de congestionamentos na transmissão na formação do preço da energia

20 10/fev Despacho econômico de termogeradores

21 14/fev Despacho econômico de termogeradores

Aspectos de Segurança de Sistemas Elétricos de Potência: custo x segurança, reserva


22 17/fev
girante, blecautes
Aspectos de Segurança de Sistemas Elétricos de Potência: custo x segurança, reserva
23 21/fev
girante, blecautes
COS - Centro de Operação do Sistema: estados de operação, níveis de carregamento
24 24/fev
e tensão
Estabilidade Eletromecânica de SEP: tipos de instabilidade e sua classificação,
25 28/fev
aspectos de controle
Estabilidade Eletromecânica de SEP: tipos de instabilidade e sua classificação,
26 03/mar
aspectos de controle
Análise de estabilidade: critério das áreas iguais aplicado à perturbações mecânicas e
27 07/mar
elétricas, determinação do ângulo crítico
Análise de estabilidade: critério das áreas iguais aplicado à perturbações mecânicas e
28 10/mar
elétricas, determinação do ângulo crítico

29 14/mar Análise de Estabilidade Transitória e Dinâmica

30 17/mar Análise de Estabilidade Transitória e Dinâmica

31 21/mar 2ª Avaliação

32 24/mar Apresentação de Trabalhos


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33 28/mar Apresentação de Trabalhos
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Plano de Ensino
Avaliação do Processo de Ensino e Aprendizagem
A nota será composta pela média ponderada dos trabalhos práticos individuais e da nota do relatório
técnico, conforme segue:
NF = 0,7*(1ª.AvalEsc+2ª.AvalEsc)/2 + 0,3 * (TPRAT + TREA)/2
Onde:
 NF: Nota Final [0 a 10];
 1ª.AvalEsc – Primeira Avaliação Escrita [0 a 10];
 2ª.AvalEsc – Segunda Avaliação Escrita [0 a 10];
 TPRAT – Trabalho Prático Individual de SEP [0 a 10];
 TREA – Trabalhos Em Aula e Participação Ativa nas Atividades em Classe [0 a 10];
O aluno estará aprovado se atender simultaneamente os seguintes critérios:
 nota m aior ou igual a 6,0;
 no m ínim o 75% de frequência nas aulas e visitas técnicas.

Atividades de Recuperação Preventiva do Processo de Ensino e Aprendizagem


Atendim ento pessoal:
Horário de atendimento exclusivo aos alunos será nas Segundas-feiras, das 8:30 às 10:30, na sala
332, do Campus Alegrete.
Dúvidas, críticas e sugestões, por favor, entrem em contato através do e-mail
josekaehler@unipampa.edu.br e na UNIPAMPA, sala 109.
Aulas teóricas e práticas:
Grupos de estudos; Seminários.

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Plano de Ensino
Referências Básicas (Leituras Obrigatórias)
Monticelli, A. e A. Garcia, “Introdução a Sistemas de Energia Elétrica”, Campinas, SP:
Unicamp, 2003.
Zanetta Jr, C.L., “Fundamentos de Sistemas Elétricos de Potência”, 1ª Ed., Editora Livraria da
Física, 2006.
Lora, E.E.S. e M.A.R. Nascimento, “Geração termelétrica: Planejamento, Projeto e Operação”,
Interciência, 2004.

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Plano de Ensino
Referências Complementares
Tolmasquim, M.T. “Geração de energia elétrica no Brasil”, Interciência, 2005.
Bayliss, C.R. “Transmission and distribution electrical engineering”, 3ª ed. Elsevier, 2007.
Wood, A.J. “Power generation, operation, and control”, 2ª ed., John Wiley & Sons, 1996.
Kundur, P. “Power system stability an control”, McGraw-Hill, 1994.
Momoh, J.A. “Electric power system applications of optimization”, 2ª ed., CRC Press, 2009.
Kirschen, D.S. “Fundamentals of power system economics”, John Wiley & Sons, 2004.
Masters, G.M. “Renewable and efficient electric power systems”, John Wiley & Sons, 2004.
Mello, F.P. “Dinâmica e controle da geração”, Editora UFSM, 1979.
Brells, W.F. “Operação econômica e planejamento”, Editora UFSM ,1979.

Material de Apoio
http://moodle.unipampa.edu.br/course/
ONS - Operador Nacional do Sistema Elétrico ( www.ons.org.br )
EPE – Empresa de Planejamento Energético ( www.epe.gov.br
ANEEL - Agência Nacional de Energia Elétrica ( www.aneel.gov.br )
CCEE - Câmara de Comercialização de Energia Elétrica ( www.ccee.org.br )
Ambiente Energia ( www.ambienteenergia.com.br )

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Sistemas Elétricos de Potência

Oferta x Demanda

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Objetivo dos SEP

Produzir e transportar a energia elétrica


em larga escala

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Por que Planejar ?


 “A Plan is nothing. Planning is everything”
– Sir Winston Churchill

 “Investimento é, na essência, sacrifício no presente


para benefício no futuro. Mas o presente é
relativamente bem conhecido, enquanto o futuro é
sempre um enigma. Então, investimento é um
sacrifício certo por um benefício incerto.”
- Hirshleifer, J.
(Investment Decision under Uncertainty - Choice Theoretic Approaches, The
Quarterly Journal of Economics, Vol. 74, 1965)

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Por que Planejar ?


 “À medida que a complexidade aumenta,
as declarações precisas perdem relevância
e as declarações relevantes perdem
precisão”
- Lotfi Zadeh

 “Planejar significa definir estratégias para


melhor enfrentar o futuro”

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Inacreditável!
 “Heavier than air flying machines are
impossible” – (voo do 14bis: 1906)
 Lord Kelvin, matemático, físico e pres. da Brit. Royal Society,
1895
 “I think there is a world market for about 5
computers”
 Thomas Watson, presidente da IBM, 1943
 “Não há razão para um indivíduo ter um
computador em sua casa”
 Ken Olsen, Presidente da Digital Equipment
Corporation, 1977

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Balanços de Energia
Oferta x Demanda

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Balanços Energéticos
 Unidades de Comparação dos Energéticos
 O tep (tonelada equivalente de petróleo)
 Padrão de unidade de medida utilizada para os diversos
energéticos, baseando-se em que os derivados de petróleo são os
de maior utilização na atualidade, a fim de viabilizar estudos
comparativos
– 1 ton de petróleo = 1 tep
– 1 ton de petróleo médio no Brasil contém 10.800 Mcal
– 1Mcal = 1/10.800 tep = 9,26 . 10-5 tep
 eletricidade:
– 1MWh = 860Mcal = 860*9,26.10-5 tep = 0,0796 tep = 0,08
tep/MWh

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Produção de Energia Primária

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Oferta Interna de Energia

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Oferta Interna de Energia

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Consumo Final por Fonte

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Consumo Final por Fonte

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Dependência Externa de Energia

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Sistema Elétrico de Potência


Linhas de Transmissão Transmissora
Usinas

Linhas de
Subtransmissão SE’s
Particulares

SE’s
Distribuidoras
Indústria (AT)

Rede Primária
23.000V - 13.800V
Clientes

TR’s
Rede Secundária TR’s Particulares
Distribuição Postes
380/220V - 220/127V
Residencial
Comercial/Industrial - MT
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Oferta Interna de Energia Elétrica por Fonte – 2012

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Composição Setorial do Consumo de Eletricidade

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Mercado de Energia

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Oferta Interna de Energia / PIB / População

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Oferta Interna de Energia / PIB / População

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Consumo
Final
Energético

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Consumo Final de
Energia do Setor /
PIB do Setor

tep (toe) /106 US$ (*)

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Consumo Residencial de Eletricidade


GWh

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Consumo Residencial de Eletricidade


GWh

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Consumo Residencial de Eletricidade


GWh

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Consumo Residencial de Eletricidade


GWh

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Consumo Residencial de Eletricidade


%

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Produção
Potência Potência
Gerador Síncrono
Mecânica Elétrica

 Fontes:
 Térmica (Gás, Carvão, Biomassa, Sol, etc.)
 Gravidade (Água)
 Nuclear (Fissão, Fusão)

 Cinética (Vento, Marés) CC – Síncronos – Assíncronos


 Eletrônica (Fotovoltaica) *CC
 Química (Célula Combustível, Eletrólitos) *CC
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Geração do SIN

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Geração do SIN

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Geração do SIN

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Capacidade Instalada de Geração Elétrica


MW

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Capacidade Instalada de Geração Elétrica


MW

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Capacidade Instalada de Geração Elétrica


MW

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Capacidade Instalada de Geração Elétrica


MW

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Capacidade Instalada de Geração Elétrica


%

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Reservas Provadas e Potencial Hidráulico

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Reservas Provadas e Potencial Hidráulico

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Reservas Provadas e Potencial Hidráulico

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Reservas Provadas e Potencial Hidráulico

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Aproveitamento do Potencial Hidrelétrico no Mundo


% do potencial tecnicamente aproveitado
Congo 1

Indonésia 4

Peru 6

Rússia 11

China 16

Colômbia 18

Índia 21

BRASIL 28

Canadá 37

Itália 45

Suécia 55

Estados Unidos 60

Noruega 61

Japão 64

Alemanha 83

França 100

Observ ações: 0 20 40 60 80 100


1. Baseado em dados do World Energy Council, considerando usinas em operação e em construção, ao final de 1999.
2. Para o Brasil, dados do Atlas de Energia Elétrica do Brasil, da ANEEL, referentes a j aneiro de 2002.
3. Os países selecionados detém 2/3 do potencial hidráulico desenvolvido do mundo.
4. O potencial tecnicamente aproveitável corresponde a cerca de 35% do potencial teórico média mundial.

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Potencial Hidráulico Brasileiro


Norte
Potencial: 111 396 MW
Explorado: 8.9% Nordeste
Potencial : 26 268 MW
Explorado: 40.4%

SE/CO Brasil
Potencial: 78 716 MW Potencial técnico
Explorado: 41.0% 258 410 MW
Explorado: 28.2%

Sul
Potencial: 42 030 MW
Explorado: 47.8%
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Aproveitamento Hidráulico

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Níveis de Tensão e Classes de Consumo

Produção
60 Hz
Transmissão 230kV - Nível A1 = Industrial

138kV - Nível A2 = Industrial

69kV - Nível A3 = Industrial e Comercial

< 69kV - Nível A4 = Industrial e Comercial

13,8kV
110V ou 220V

Industrial
Distribuição
Iluminação
Residencial Pública Comercial
Industrial Condomínios
Comercial

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Processo de Planejamento da Expansão


Visão Estratégica Plano
Estudos de Longo Prazo Nacional de
(20 a 30 anos) Energia

referências diretrizes informações referências


diretrizes

Visão Tática Plano


Estudos de Curto/Médio Prazo Decenal de
(10 a 15 anos) Expansão

Projeto
Estudos de Estudo de Licitação e Projeto
Executivo Operação
Inventário Viabilidade Concessão Básico
Construção

CICLO DE PLANEJAMENTO E IMPLANTAÇÃO DO EMPREENDIMENTO – LONGO PRAZO DE MATURAÇÃO

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Sistema Elétrico Brasileiro

Histórico

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“Povo que não conhece a própria


história está fadado a repeti-la”

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Histórico do SEB
 1879
 D. Pedro II concedeu a Thomas Edison o direito
de introduzir no país aparelhos e processos
destinados à utilização da eletricidade na
iluminação pública
 Inaugurada, na então Estação Central da Estrada
de Ferro D. Pedro II (Central do Brasil), a primeira
instalação de iluminação elétrica permanente (à
arco)

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Histórico do SEB
 1881
 Instalação da primeira iluminação pública (à arco)
a céu aberto no país, em trecho da atual Praça da
República, no Rio de Janeiro
 Primeira demonstração das lâmpadas
incandescentes tipo Edison

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Histórico do SEB
 1883
 Entrou em operação a primeira usina hidrelétrica
do país, localizada no Ribeirão do Inferno, na
cidade de Diamantina/MG
 Inaugurado, na cidade de Campos/RJ, o primeiro
serviço público municipal de iluminação elétrica
do Brasil e da América do Sul
 Inaugurada, em Niterói/RJ, a primeira linha de
bondes elétricos do país

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Histórico do SEB
 1887
 Entrou em operação a usina termelétrica da
Companhia Fiat Lux com o objetivo de iluminar
Porto Alegre, primeira capital brasileira com
iluminação pública elétrica (160 kW)
 1889
 Companhia Mineira de Eletricidade (CME)
inaugurou UHE Marmelos-Zero, a primeira usina
hidrelétrica de grande porte do país (3 x 125 kW)

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Histórico do SEB
 1890
 Primeira usina no Paraná, em Curitiba, com duas
máquinas à vapor usando lenha como
combustível
 1893
 Entra em operação a 2ª hidrelétrica do país, em
São Paulo
 1896
 Primeira hidroelétrica do RJ, com 85 m de queda
possuía quatro geradores de 648 kW

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Histórico do SEB
 1899
 Criada em Toronto (Canadá) a São Paulo Light,
marcando a entrada do capital estrangeiro no
setor
 1903
 Primeiro texto de Lei que disciplina o uso de
energia elétrica no país e na sequência surge o
esboço das concessões de aproveitamentos
aplicados aos serviços federais

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Histórico do SEB
 1934
 Promulgado o Código de Águas, assegurando ao
poder público a possibilidade de controlar
rigorosamente as concessionárias de energia
elétrica
 A propriedade dos rios, que antes era do proprietário da
terra, passa a ser do município, Estado ou União
 Atribuição à União de poder concedente para o
aproveitamento de potencial hidrelétrico
 As tarifas passam a ser fixadas segundo os custos de
operação e o valor histórico dos investimentos,
garantindo um retorno anual aos investidores de 10%

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Histórico do SEB
 1943
 Criação da Comissão Estadual de Energia Elétrica
(CEEE) no RS, para exploração do potencial
hidráulico e carbonífero do estado, virando
Companhia em 1963
 1945
 Primeira empresa de eletricidade pública de
âmbito federal: CHESF – Companhia Hidro
Elétrica do São Francisco

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Histórico do SEB
 A 1ª Crise Energética
 Código de Águas reduziu as expectativas de lucro
dos investidores privados
 tarifas com base em custos históricos
 lucro máximo de 10% ao ano
 caducidade das concessões
 Redução do investimento privado na expansão
 Avanço da urbanização e industrialização, com
consequente aumento da demanda
 Estabelecido o racionamento que se estendeu por
toda a década de 50

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Histórico do SEB
 1957
 Criada a Central Elétrica de Furnas
 Exploração do potencial hidrelétrico do rio Grande e
solucionar a crise de energia da Região Sudeste
 1960
 Criado o Ministério das Minas e Energia
 1961
 Criação da Centrais Elétricas Brasileiras S/A
(Eletrobrás)
 coordenação técnica, financeira e administrativa do
setor de energia elétrica no Brasil
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Histórico do SEB
 Centrais Elétricas Brasileiras S/A (Eletrobrás)
 Subsidiárias (1948 – 1974):
 CHESF
 FURNAS
 ELETROSUL
 ELETRONORTE
 metade do capital de Itaipu Binacional
 Cepel
 CGTEE
 Eletronuclear
 Distribuição (Acre, Amazonas, Rondônia, Roraima, Piauí e
Alagoas)

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Histórico do SEB
 1962
 Brasil, Banco Mundial, EUA e Canadá formaram o
Consórcio CANAMBRA para levantamento do
potencial elétrico da Região Centro-Sul do Brasil
 Instituição do empréstimo compulsório para a
Eletrobrás
 1963
 Entrada em operação da UHE de Furnas permitiu
a interligação de RJ, MG e SP

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Histórico do SEB
 1965
 Criado o Departamento Nacional de Águas e Energia
(DNAE), encarregado da regulamentação dos
serviços de energia elétrica no país
 em 1969 foi transformado em DNAEE – Departamento
Nacional de Águas e Energia Elétrica
 Adoção do plano nacional de unificação de
frequência em
60 Hz, concluído em 1970

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Histórico do SEB
 1973
 Criação de Itaipu Binacional
 Criação da Nuclebrás – Empresas Nucleares
Brasileiras S.A
 1974
 Criação do Centro de Pesquisas de Energia
Elétrica (CEPEL), ligado ao sistema Eletrobrás

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Histórico do SEB
 1979
 Compra do Grupo Light pelo governo federal
 Autorização para implantação do sistema Nacional
de Supervisão e Coordenação da Operação - SINSC

 1984
 Entrada em operação de Itaipu
 Entrada em operação de Tucuruí
 Conclusão do sistema de transmissão da
interligação “Norte” -Nordeste, permitindo a
transferência de energia elétrica da bacia
amazônica (Tucuruí) para a Região Nordeste
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Histórico do SEB
 1986
 Criação do sistema de transmissão interligado
Sul – Sudeste
 1988
 Criada a Revisão Institucional de Energia Elétrica
– REVISE
 embrião das alterações promovidas no setor de energia
elétrica durante a década de 1990
 1989
 Entrada em operação da primeira etapa da
interligação Norte – Sul
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Histórico do SEB
 1990
 Lei nº 8.031 – Programa Nacional de
Desestatização (PND) e criação do Sistema
Nacional de Transmissão de Energia Elétrica
(SINTREL)
 viabilização da competição

 1993
 Extinção da equalização tarifária
 Saneamento financeiro das empresas do setor
elétrico
 forte inadimplência originada na crise financeira de 80
 aporte de cerca de US$ 20 bilhões pelo Tesouro Nacional
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Histórico
do SEB
 Privatizações
 1995-2000

Fonte:
ABRADEE
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Histórico do SEB
 1997-1998
 Criação da ANEEL e ONS
 Lei 9.648 estabelece os fundamentos da restruturação
do SEB
 2000
 Início do funcionamento do Mercado Atacadista de
Energia
 2001
 Racionamento
 Criação da Câmara de Gestão da Crise

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Histórico do SEB
 2002
 Criação do Comitê de Revitalização do SEB (RE-
SEB)
 2004
 Lei 10.848 Estabelece as diretrizes para o atual
modelo do SEB

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Histórico do SEB

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Histórico do SEB

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Modelo Atual do SEB

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Modelo Atual do SEB


 CNPE - Conselho Nacional de Política
Energética
 Órgão de assessoramento do Presidente da
Republica para formulação de políticas nacionais
e diretrizes de energia, visando, dentre outros, o
aproveitamento natural dos recursos energéticos
do país, rever periodicamente a matriz energética
e estabelecer diretrizes para programas
específicos. É órgão multiministerial presidido
pelo Ministro de Estado de Minas e Energia.

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Modelo Atual do SEB


 MME - Ministério de Minas e Energia
 Encarregado de formulação, do planejamento e
implementação de ações do Governo Federal no
âmbito da política energética nacional
 CMSE - Comitê de Monitoramento do Setor
Elétrico
 Constituído no âmbito do MME e sob sua coordenação
direta, com a função precípua de acompanhar e avaliar
permanentemente a continuidade e a segurança do
suprimento eletro energético em todo o território

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Modelo Atual do SEB


 EPE – Empresa de Pesquisa Energética
 Vinculada ao MME, presta serviços na área de
estudos e pesquisas destinadas a subsidiar o
planejamento do setor energético, como projeções da
matriz energética brasileira, planejamento integrado
de recursos energéticos, planejamento de expansão
da G & T de curto, médio e longo prazos, realização
de análises de viabilidade técnico-econômica e sócio-
ambiental de usinas, bem como a obtenção da licença
ambiental prévia para aproveitamentos hidrelétricos e
de transmissão de energia elétrica

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Modelo Atual do SEB


 CCEE - Câmara de Comercialização de
Energia Elétrica
 Pessoa jurídica de direito privado, sem fins
lucrativos, sob regulação e fiscalização da
ANEEL, com finalidade de viabilizar a
comercialização de energia elétrica no Sistema
Interligado Nacional - SIN. Administra os
contratos de compra e venda de energia elétrica,
sua contabilização e liquidação

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Modelo Atual do SEB


 ONS - Operador Nacional do Sistema Elétrico
 Pessoa jurídica de direito privado, sem fins
lucrativos, sob regulação e fiscalização da
ANEEL, tem por objetivo executar as atividades
de coordenação e controle da operação de
geração e transmissão, no âmbito do SIN

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Modelo Atual do SEB


 ANEEL - Agência Nacional de Energia
Elétrica
 Autarquia sobre regime especial, vinculada ao
MME, com finalidade de regular a fiscalização a
produção, transmissão, distribuição e
comercialização de energia elétrica, em
conformidade com as políticas e diretrizes do
Governo Federal.

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Agentes do Sistema

Geradores

Planejador
$

MW $
Mercado Transmissão
Regulador
Atacadista
Comercializador

DistribuiçãoLivres
Cativos
Livres
Operador

Consumidores

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Mercado de Energia Elétrica Brasileiro


Geração Transmissão Distribuição Consumidores
92.257 MW (Rede Básica) 400 TWh 65 Milhões = 70 GW

ELETROBRÁS 35,2% ELETROBRÁS 56% AES E letropaulo 12,10% Industrial 46%


Itaipu 7,6% Conces. Estaduais 20% Cemig 8,06% Residencial 25%
Cesp 8,1% Outros 24% Copel 7,05% Comercial 15%
CPF L 7,01%
Cemig 7,0% Outros 14%
Light 6,57%
Tractebel Energia 7,0%
Celesc 5,25%
Copel 4,9% Coelba 4,64%
Tiete 2,9% E lektro 3,93%
Outras 27,3% Celpe 3,27%
Bandeirante 3,04%
Outras 37,86%

20% Privado 40% Privado 70% Privado

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Os Agentes e Seus Papéis


 Geradores
 Atividade aberta à competição
 Não regulada economicamente
 Garantia de livre acesso ao sistema de
transmissão

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Os Agentes e Seus Papéis


 Transmissão
 Permitir o livre acesso a todos os geradores do
mercado
 Não discriminatória
 Atividade monopolista – regulação técnica e
econômica
 Sinalização econômica eficiente:
estimular o ingresso de novos geradores e
consumidores (mais eficientes)
orientar a expansão do sistema de forma eficiente

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Os Agentes e Seus Papéis


 Distribuição
 Liberdade de acesso aos agentes do mercado
 Não discriminatória
 Prestação de um serviço – a distribuição de
energia
 Atividade regulada técnica e economicamente
 Qualidade/Confiabilidade
 Equilíbrio econômico/mitigar prática de poder de
mercado/controle de preços para consumidores
 Encargos devem estimular o uso eficiente da rede

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Os Agentes e Seus Papéis


 Mercado e Comercialização
 Compra e venda de energia
 Contratos de longo prazo x Mercado SPOT
 Aberta à competição – preços e contratos
 Competência na previsão e interpretação dos
indicadores do mercado
 Preços “negociados” de acordo com o montante
de energia

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Composição da Tarifa

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Tarifas por Subsistema

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Conclusões
 A estrutura político-operativa do SEB já
passou por várias mudanças radicais
 A falta de planejamento pode ser desastrosa
 Políticas energéticas equivocadas já levaram
a mais de uma crise
 O modelo atual mescla diretrizes políticas
com monitoração e operação estritamente
técnicas

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Conclusões
 O SEB é composto por um misto de
empresas públicas e privadas, com forte
regulação técnica e econômica, com exceção
da geração, que é aberta a livre competição
 Grande parte da tarifa de energia elétrica é
composta por tributos e pelo transporte de
energia

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Contato:
Prof. Dr. Eng. José Wagner Maciel Kaehler
Fone: (55) 55-3421.8400 R: 3014
Celular: (55) 55-9685.1948 (55) 55-9680.1505

E-mail: josekaehler@unipampa.edu.br;

wagnerkaehler@gmail.com;

kaehlerj@terra.com.br

CV LATTES: http://lattes.cnpq.br/6563881267809751
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