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Apresentação
Terra é uma visão inspiradora: uma gloriosa Este guia foi preparado para ajudar o
celebração de um planeta com sorte e também educador na criação de materiais para
uma experiência educacional única. Preparado agregar valor educacional adicional à Terra
para instigar a curiosidade e a imaginação do em sua própria região. As atividades estão
aluno com sua dimensão e seus aspectos agrupadas para diferentes faixas etárias e
dramáticos, o filme fornece uma apresentação todas podem ser adaptadas de acordo com
espetacular de importantes temas de estudo a faixa etária para se adequar às exigências
de ciência e geografia. curriculares locais. Da mesma forma, nossa
intenção é que os educadores escolham
O guia do educador aprofunda temas dentre as atividades sugeridas as que mais
apresentados no filme, fornecendo materiais e se encaixam no contexto educacional no qual
observações adicionais para o estudo. Cinco serão usadas.
tópicos foram selecionados: A Terra e o Sol,
As Grandes Migrações, Adaptação e Habitat, Terra dá aos alunos uma oportunidade
Predadores e Presas e Os Ciclos de Vida. Cada única permitindo que eles viagem pelo nosso
um deles é apoiado por atividades e jogos, que planeta e testemunhem a fabulosa variedade
vão desde jogos com fichas “só para divertir” e beleza da vida no mundo em que eles
com foco educacional até projetos científicos habitam e o qual herdarão.
completos que levam os alunos a fazer trabalho
de campo em sua própria localidade.
AS GRANDES MIGRAÇÕES . . . . . . . . . . . . . . . 20
A Trilha do Caribu........................................... . . . . . . . . . 21
A Jornada de 6437 km da Baleia Jubarte . . . . . . . . . . . . 23
Além do Topo do Mundo: O Grou Demoiselle . . . . . . . . . 25
Atividades . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 22
ADAPTAÇÃO E HABITAT . . . . . . . . . . . . . . . . . . 28
O Urso Polar . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 29
O Elefante Africano . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 31
A Baleia Jubarte . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 33
Atividades . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 35
PREDADORES E PRESAS . . . . . . . . . . . . . . . . . 39
Os Leões de Chobe . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 40
A Caçada do Guepardo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 42
O Grande Tubarão Branco . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 43
Atividades . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 44
CICLOS DA VIDA . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 46
O Elefante Africano . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 47
O Urso Polar . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 48
A Baleia Jubarte . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 50
O Marreco Mandarim . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 51
A Ave do Paraíso . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 52
Atividades . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 53
© BBC Worldwide Limited 2007. Terra é uma co-produção entre BBC Worldwide Ltd e Greenlight Media AG
OUTONO E INVERNO
Com o encurtamento do dia as temperaturas
começam a cair durante o outono, a clorofila
nas folhas de uma árvore decídua começa a se
quebrar revelando tons alaranjados, amarelos
e vermelhos. Esse processo é o que causa
a magnífica exibição de cores nas florestas
decíduas durante o outono. As árvores
perdem as folhas para se protegerem da
invasão de bactérias e fungos a que estariam
FATOS SOBRE LATITUDES suscetíveis se congelassem. Diferentemente
INTERMEDIÁRIAS - FLORESTAS das coníferas da Taiga, elas podem perder suas
DECÍDUAS … folhas e passam por uma longa temporada
• a floresta temperada decídua é um dos de crescimento. As folhas caem no solo da
maiores biomas da Terra floresta e formam uma “camada humífera” que
gradualmente se decompõe e aduba o solo.
• decíduo significa que as folhas “caem”
• florestas decíduas são encontradas PRIMAVERA E VERÃO
principalmente nos EUA, Canadá, Europa, Com os dias mais longos na primavera as
Rússia, China e Japão árvores absorvem mais energia do sol e
suas folhas começam a crescer novamente
• a vegetação pode ser dividida em 5 e a fazer fotossíntese. O verão é uma época
camadas a partir do solo: liquens e movimentada. Com suas folhas largas, as
musgos, plantas de folhas largas, arbustos, árvores captam a energia solar e a convertem
pequenas árvores e mudas, árvores altas de em alimento. Uma parte desse alimento é usada
até 30 metros (100 pés) no crescimento e outra parte é armazenada nas
• temperaturas médias de 10 °C (50 °F) raízes para a próxima primavera.
• todo ano 40.000 km³ (9.500 milhas³) de água Uma parte da água que volta à superfície da
evapora dos oceanos e cai sobre a terra Terra é absorvida pelo solo, uma parte dela
Terra mostra em uma escala espetacular fica presa entre as camadas de rochas e é
o ciclo da água no planeta em operação, conhecida como águas subterrâneas. A maior
das enormes nuvens do céu até a neve dos parte flui pelas montanhas formando riachos,
Himalaias e as enormes quedas d’água dos lagos, rios, antes de finalmente retornar aos
maiores rios do planeta. oceanos. Rios podem levar água da chuva e
neve derretida por enormes distâncias.
O CICLO
O ciclo da água é a trajetória circular que A água que cai como neve demora mais para
a água faz da superfície da Terra até sua voltar ao oceano, pois fica sobre o solo até
atmosfera e a volta. Na maior parte, o sol que a energia do calor do sol a derreta. A neve
é o motor que mantém o ciclo da água que cai nos picos das montanhas permanece
em funcionamento; apenas uma pequena lá por longo tempo porque a temperatura no
parte de vapor d’água é transferida para a topo das montanhas é muito baixa. Lá ela
atmosfera pelas folhas das plantas. pode virar gelo e formar geleiras. Centenas de
anos podem se passar antes que a água que
O sol aquece a água dos rios, lagos, riachos cai em forma de neve nas montanhas derreta
e oceanos até que ela mude de estado, e inicie sua jornada de volta aos oceanos.
evaporando e se tornando vapor d’água.
CAÇANDO PARA COMER O urso polar não faz isso só no inverno. Ele pode
O urso polar prefere caçar sua principal fonte fazer isso a qualquer momento se a comida se
de alimentação, a foca-anelada, no mar de tornar escassa. Ao fazer isso, ele é capaz de
gelo do Ártico. Os ursos pegam as focas sobreviver a um período de fome no mar gelado.
quando elas emergem de buracos no gelo para
procriar ou dar à luz. Os ursos polares estão ANDANDO NO GELO
bem adaptados a esse estilo de caça. Seu pelo Um urso polar passa a vida patrulhando um
branco atua como uma eficiente camuflagem reino de gelo e suas patas são particularmente
quando eles se deitam para esperar a presa. adaptadas para fazer isso. As solas têm
O urso chega a cobrir o nariz negro com as fissuras. Elas agem como ventosas que
patas para que as focas não o vejam! Quando permitem que o urso se fixe. Elas funcionam
a foca aparece, o urso polar é capaz de se em combinação com grandes garras não-
mover muito rapidamente. Ele a ataca com retráteis que o urso possui, uma em cada
as enormes patas dotadas de garras afiadas. pata. Muito parecidas com pegadores de gelo,
Ao comer, o urso polar é capaz de consumir elas também evitam que o urso escorregue.
uma enorme quantidade de comida. Isso dá
e ele a energia necessária para sobreviver em O Urso do Mar
um clima tão frio e também todo o líquido que Durante os meses de verão quando o mar de
precisa para não precisar beber água. gelo derrete, grande parte do mundo gelado
do urso polar se transforma em água e ele
HIBERNAÇÃO precisa nadar - e não andar. Seus grandes
Os ursos polares são adaptados para membros superiores e patas o ajudam a
sobreviver à escassez de comida. A fêmea nadar entre ilhas e pedaços de gelo em busca
grávida passa o inverno numa toca. Elas não de presas. Há inúmeras ilhas no Ártico. Os
hibernam totalmente, já que dão à luz durante ursos de Terra foram filmados em Kong Karls
esse período. Porém, entram em um estado Land, no arquipélago de Svalbard, no norte
de letargia dentro da toca quando o coração da Noruega. Os ursos polares são fortes
bate mais vagarosamente e elas dormem nadadores. Usando as patas dianteiras para
profundamente, podendo ser facilmente impulsioná-los e as traseiras para controlar
despertadas. Machos e outras fêmeas a direção, eles conseguem nadar longas
passam pelo estado de semi-hibernação. distâncias e já foram vistos a
O metabolismo dos ursos se altera para um 100 km (62,14 milhas) da costa.
estado de hibernação que conserva a energia
e possibilita que eles passem dias sem comer.
UM ANIMAL SOCIAL
Elefantes são animais sociais. Eles possuem
algumas adaptações que os ajudam na
comunicação. Sua audição sensível lhes
permite manter contato a longas distâncias.
Eles também usam as orelhas para sinalizar,
muitas vezes alertando a manada sobre a
aproximação de algum perigo. O sentido
bem desenvolvido do tato em suas trombas
é usado não só na alimentação, mas também
UMA TROMBA MULTIFUNCIONAL para propósitos de socialização.
A alimentação é apenas uma das muitas
funções dessa notável adaptação A VIDA EM UM CLIMA QUENTE
multifuncional do elefante: a tromba. Os Os elefantes africanos estão adaptados
elefantes comem todo tipo de vegetação, para sobreviver ao intenso calor do sol
incluindo grama, folhagem e casca de árvore africano. Sua área de superfície é pequena se
e pequenos galhos. Um elefante manipula a comparada com a massa total. Isso dificulta
comida e a leva até a boca usando a tromba. a perda em excesso de calor corporal. A
A tromba tem diversos pequeninos músculos forma triangular de suas enormes orelhas,
que permitem ao elefante agarrar ramos e parecidas com as pás de ventiladores, agem
pequenos galhos. O elefante usa a tromba como um sistema de refrigeração. Elas são
tanto quanto o ser humano usa a mão. Ele tem cheias de vasos sanguíneos. Ao mantê-las
técnicas diferentes para lidar com cada tipo de erguidas ao vento ou ao sacudi-las, o elefante
comida em seus variados habitats: arrancar consegue aumentar o movimento do ar
grama mais longa com a tromba; desprender e sobre suas orelhas e resfriar o sangue que
colocar grama curta em uma pilha com a pata corre dentro delas, regulando, dessa forma, a
dianteira antes de comê-la usando a tromba. temperatura do corpo. Eles também recorrem
O elefante africano consegue ter um controle à tromba para se refrescar com água, lama
eficiente com sua tromba porque ela tem duas ou poeira quando estão se banhando (o que
projeções na ponta que agem como dois eles gostam de fazer e são vistos fazendo
dedos. Ele também usa a tromba para sugar com entusiasmo em Terra ) e espalhando
água e esguichá-la em sua boca para beber. O a mistura pelo corpo. Isso também mantém
elefante não bebe diretamente da tromba. a pele do elefante em boas condições. Sua
grossa pele o protege de ataques de insetos
PRESAS que podem espalhar doenças, do solo áspero
As presas de marfim dos elefantes são, na e dos arbustos espinhosos encontrados nos
verdade, dentes alongados. Eles os usam habitats dos elefantes.
para cavar a terra e retirar os minerais que
precisam em sua dieta e para fazer buracos Devido a seu tamanho e peso, não é fácil
de água nos leitos secos dos rios. Esses para um elefante passar despercebido!
buracos, cavados com a tromba, dentes Almofadas elásticas e esponjosas na
e pés podem chegar a muitos metros de base dos pés ajudam. Elas agem como
profundidade. Imagina-se que sua localização amortecedores e auxiliam o elefante a se
é conhecida através de interações sociais. mover mais silenciosamente.
Terra – Guia Educacional 28
Adaptação e Habitat
A BALEIA JUBARTE
FATOS SOBRE A BALEIA JUBARTE …
• as baleias jubarte são encontradas em • a camada adiposa de uma jubarte é a mais
todos os oceanos do mundo. espessa de todas as baleias.
• o nome em latim da jubarte é Megaptera • uma baleia jubarte tem aproximadamente 330
novaeangliae; megaptera que significa pares de barbas de baleia (placas flexíveis)
“asas grandes”. em vez de dentes em seus maxilares.
• as nadadeiras da jubarte são maiores do • os pequenos olhos das baleias jubarte
que as de qualquer baleia e chegam a medir as ajudam a suportar a pressão a que
um terço do comprimento de seu corpo. são submetidas quando dão mergulhos
profundos no mar.