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São normas que impedem que determinados fatos ou situações sejam tributadas. Mas isso não
seria uma isenção tributária? Ela também atua dessa maneira, mas existem algumas distinção
entre imunidade e isenção. Elas tem algo em comum que é o fato de que estando diante de um
fato imune ou isento, não haverá a tributo. Mas o caminho que leva a essa isenção ou
imunidade é diferente.
IMUNIDADE
Quando tenho uma norma de imunidade, ela impede que haja competência tributária
para alcançar uma determinada situação, pessoa ou fato. Ela sempre terá foro constitucional.
Se aquela desoneração estiver na legislação infraconstitucional, estou diante de uma isenção,
independente do nome que esta tiver.
A competência tributária não é dada para o ente político. Ou seja, nem se o ente
politico quiser tributar aquela situação ele não pode, porque uma norma constitucional já
determinou o campo de competência que ele tem.
As imunidades são mais importantes que a norma de isenção, pois na isenção o
município detém a competência para tributar determinado tributo, mas ele pode optar pode
não tributar. Nos casos das imunidades, você não possui essa autodeterminação, pois sequer
este poder foi dado aos entes políticos.
ISENÇÃO
Nos casos das isenções, a CR da competência para o ente político tributa. Mas este,
através de sua legislação própria, resolve auto delimitar essa competência.
Exemplo: a união tem competência para tributar o imposto de renda. Tem uma lei da
união que determina que não vai tributar o imposto de renda de aposentadoria de pessoas
que sofrem de doenças graves.
Quais são essas pessoas ou fatos que estão fora da tributação dos entes políticos. Mas
quais são as razoes que fazem com que o constituinte tenha feito essa restrição de tributação?
1. Em razão do principio constitucional do estado federal
2. Algumas por politicas econômicas
3. Algumas para garantir a liberdade religiosa
4. Etc..
Todavia, na realidade, essa imunidade tem sido alargada pelo Supremo Tribunal
Federal. Começou em um caso dos correios. Dizendo que os correios devem ser
imunes, pois desenvolvem atividade de monopólio, onde não há competitividade.
O STF entendeu pela imunidade dos correios.
Os correios conseguiram outra decisão de imunidade mesmo nos serviços que
possuem concorrência em razão da tese do subsídios cruzado.
Tese de subsídios cruzado – as atividades que são exclusivas do correio não geram
lucro (postagem de cartas). Então, o lucro das que não são exclusivas compensam
aquelas que não geram lucro, motivo pelo qual o correio possui imunidade total,
independentemente do serviço.
o Importante saber como funciona essa imunidade reciproca em relação aos tributos
indiretos (aqueles que são pagos por um contribuinte de direito, mas que são
suportados pelo contribuinte de fato suportados na condição de consumidor final
– ICMS e IPI) – um ente politico pode estar na condição final? Sim. A união quando
compra um carro. Será que nessa operação tem imunidade ou não tem? A União
terá imunidade no ICMS? Quem vende o carro (o contribuinte de direito) não é
imune, logo, essa operação não será imune.
o Logo, para o supremo, o raciocínio é: o contribuinte de direito é imune. Se não for,
não importa se o contribuinte de fato seja.
1. Para que uma entidade seja sem fins lucrativos ela não pode distribuir lucros nem
qualquer parcela do seu patrimônio, o que não a impede de cobrar pelos serviços
prestados, pagar pela remuneração dos trabalhos (Diretores, funcionários,
professores). O que não pode é distribuir lucro.
A FUMEC cobra pelo serviço que presta? Sim. Pode remunerar diretores? Sim. Mas
o código diz que não pode haver distribuição de lucro para os associados,
diretores, etc.
Outra coisa importante: Deve ter nos estatutos sociais dessas entidades, constando
que em caso de dissolução da sociedade, os bens serão revertidos para outras
entidades com a mesma finalidade ou para o Estado. Tem que ter essa previsão. Se
não tiver essa previsão, não terá essa imunidade, pois será uma forma de
distribuição do patrimônio.
2. Tem que investir o dinheiro em suas atividades fins e no Brasil. Ou seja, essas
entidades não podem mandar dinheiro para fora.
As decisões do supremo nos últimos tempos relativizaram essa exigência do código
de só desenvolver as atividades fins. Exemplo: um estacionamento no centro da
cidade. O município queria cobrar IPTU. Mas a defesa disse que embora seja um
estacionamento, todos os recursos são revertidos em prol de uma igreja (atividade
fim).
3. Exige que essas entidades mantenham escrituração fiscal regular – Ou seja, tem
que cumprir a obrigação acessória, tem que ter contabilidade.
Pergunta: essas entidades tem que declarar alguma coisa ao fisco? Sim, pois temos
a obrigação tributária principal (pagar o tributo), e a obrigação acessória (entregar
declarações, manter livros fiscais, etc). Mesmo que não tenha a obrigação principal
de pagar o tributo, não exclui a obrigação acessória.
Nem sempre o valor de bens e direitos que constam na declaração de imposto de renda, ou
que consta no valor do IPTU são os mesmo valores que uso para fazer a declaração de bens e
direitos do ITCD, seja na doação, seja na causa mortis. Ou seja, as vezes o estado avalia o
imóvel em um valor diferente do que consta no IPTU ou no IMPOSTO DE RENDA.
Quando há doação ou sucessão causa mortis envolvendo quotas de empresa: o estado
faz uma analise de IPL (de patrimônio liquido). Mas o que é patrimônio liquido? Ativo
menos passivo.
01/12/2016
Há ainda algo muito importante dentro dessas hipóteses que são os casos em que há
cisão ou venda de fundo de comércio, de estabelecimento comercial nas falências ou na
recuperação judicial.
Nessa hipótese, se permite que seja vendida parte do negocio (Seja através de uma
cisão parcial, etc), sem que o débito tributário acompanhe que pedaço que está sendo
vendido.
Essa foi uma alteração incluída pelo art. 132 do CTN. Isso foi feito para adequar a
legislação tributária a lei de falências.
O que a lei de falência trouxe? Que no momento da falência, se a empresa que faliu é
grande, para tentar preservar emprego, para tentar arrecadar alguma coisa para pagar
os credores, seria possível que a massa falida se desfizesse de algum patrimônio seu, e
vendesse esse patrimônio para outras empresas sem que o débito tributário da massa
acompanhasse esse patrimônio, porque do contrario ninguém compraria.
Logo, pode-se vender uma unidade da empresa sem que o débito da massa falida seja
transferida pelo adquirente.
Mas o próprio artigo do código traz uma lembrança: quem compra isso não pode ser
vinculado a empresa que faliu. Não pode ser um “laranja” do cara que faliu, não pode
ser parente, etc. O artigo traz uma série de regras a serem respeitadas.
TRANSFERÊNCIA DE RESPONSABILIDADE DO ART. 134 do CTN.
Parece trazer uma responsabilidade solidária, mas não é solidária e sim subsidiária,
pois se cobrar de um e este não conseguir pagar ai sim você pode cobrar do outro.
Logo, primeiro você tem que cobrar o tributo do representado (que é efetivamente o
contribuinte). Caso esse contribuinte não tenha pago o tributo, e caso esse não
pagamento tenha sido por ação ou omissão do representante, ai sim posso cobrar o
tributo do representante. Apenas nas hipóteses em que ele agiu ou omitiu em nome
do representado.
O simples sócio, nas hipóteses normais, não e responsável pelo débitos tributários da
pessoa jurídica, porque esse sujeito não tem o poder de agir ou de omitir que leve a
decisão de pagar o tributo.
Se esse representante que tinha o dever de agir, deixa de fazê-lo, e eu não consigo receber o
tributo do contribuinte, eu posso transferir a responsabilidade a ele. Obviamente, se de fato
tinha o dever de fazer e não fez.
Art. 135 da CTN: fala que são pessoalmente responsáveis os diretos, representante,
etc. quando esse cara age com infração a lei, ao contrato social ao estatuto. COMO PARTE DA
DOUTRINA ENTENDE? Esse artigo aborda a possibilidade quando o sócio representante age
contra o estautdo social ou a lei para prejudicar a empresa. Ele prejudica não só o fisco, mas
tamem a pessoa jurídica que ele deveria representar. Nesse hipótese, ele deve ser
pessoalmente responsável.
A fazenda publica usa nos processos dela esse artigo para dizer que esse arigo que o
sócio gerente é pessoalmente responsável quando ele age com infração a lei tributária. Pelo
raciocínio do fisco, quando a pessoa jurídica deixa de pagar o tributo, há infração da lei, e
haverá responsabilidade dos sócios. Mas essa leitura não é correta, inclusive já foi reconhecido
pelo STJ que a infração a leis que determinam deveres de representação, e não a lei tributária,
pois se fosse toda lei tributária, implicaria na transferência da responsabilidade.
Nem o art. 135 e nem o art 134 tratam da hipótese da transferência da
responsabilidade para os sócios..
Outro problema: a fazenda sempre coloca o nome do sócio na CDA. Mas, o ônus da prova de
provar que ele não deveria estar ali é dele. Se a empresa não tiver patrimônio, já era. Vai ter
que provar que não causou a dissolução irregular.
E o caso em que o sujeito é sócio-gerente só pra constar? É muito difícil comprovar.