Você está na página 1de 8

White Paper

Como Testar Conforme a


TIA/EIA-568-B.2-10
O que todo instalador precisa saber sobre a nova norma
para Categoria 6 Aumentada de cabeamento.
A Associação da Indústria das Telecomunicações

aprovou uma nova norma de cabeamento publicada

como a emenda 10 da TIA/EIA-568-B.2. Esta é


Índice
uma nova e importante norma, uma vez que ela

documenta e especifica um aumento da capacidade Introdução . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2


de transmissão do cabeamento de 100 ohms e 4 Visão geral da nova norma - objetivo e
pares para suportar aplicações de alta velocidade, escopo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2

incluindo 10 Gbps Ethernet sobre canais de até 100 O desempenho Interno ao canal depende de
cada componente do cabeamento . . . . . . . . . 3
metros de comprimento. O presente documento
Experiências que destacam os desafios. . . . . 3
inclui tudo que você precisa saber para certificar que Uma análise da medição de NEXT . . . . . . . . . . 3
o cabeamento vai ao encontro desta nova norma que Especificações dos Componentes . . . . . . . . . . 4
define desempenho de transmissão de cabeamento O Modelo de Teste de Enlace Permanente. . . . 5
para 500 MHz e de teste para Alien Crosstalk. E quanto à certificação do Canal?. . . . . . . . . . . 7

Teste do Alien Crosstalk . . . . . . . . . . . . . . . . . . 7

As duas fases da certificação do cabeamento .8

Conclusão. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 8
White Paper
Introdução
O comitê técnico TR-42 da Associação da Indústria das Telecomunicações (TIA) aprovou a norma para cabeamento categoria 6
aumentada (Cat.6A) em fevereiro de 2008, em uma reunião em Tampa, Flórida/EUA, a ser publicada como a emenda 10 ao documento
ANSI/TIA/EIA-568-B.2 (abreviado como TIA/EIA-568-B.2-10).

O desenvolvimento de uma nova norma exige mais do que a definição do desempenho de transmissão (testes e limites) para os enlaces
permanentes ou canais instalados. Normas também definem o desempenho dos componentes, tais como cabo, componentes de hardware
de conexão e patch cords. Este documento explica o melhor método para certificar os enlaces de cabeamento instalados de forma a obter
a garantia de que eles atendem o nível estabelecido de performance e que os jacks modulares de 8 pinos satisfazem as especificações da
norma. A compatibilidade desses jacks com os padrões promove a viabilidade em longo prazo da instalação. A compatibilidade também
oferece interoperabilidade e uma arquitetura aberta.

A revisão B do padrão TIA/EIA-568 define dois modelos de enlace: o enlace permanente e o canal. A certificação em campo utilizando o
modelo de enlace permanente, com adaptadores de testes de alta performance, é crucial, porque assegura que o cabeamento instalado
cumpre com o desempenho especificado na norma.

Visão geral da nova norma - objetivo e escopo


O desenvolvimento dessa norma foi uma resposta às novas aplicações de rede de alta velocidade, como 10GBASE-T (10 Gbps Ethernet),
ao longo de um canal completo de 100 metros de cabeamento de par trançado. Esta norma especifica as exigências e recomendações para
enlaces de cabeamento, cabos, fios, conexões e hardwares de conexão de 100 ohms e _4 pares de categoria 6 aumentada (Cat.6A). Ela
amplia a faixa de freqüência até 500 MHz e acrescenta o Alien Crosstalk aos parâmetros de desempenho especificados na norma ANSI/
TIA/EIA-568-B.2.

Os parâmetros de teste para o desempenho de cada enlace de cabeamento instalado continuam a ser os mesmos que para Cat.5e e Cat.6,
mas alguns foram renomeados. A Tabela 1 mostra esses parâmetros com os seus antigos e novos nomes, assim como as suas abreviaturas.
Nós os chamamos de parâmetros de desempenho internos ao canal. Um certificador Cat.6A deve ser capaz de medir os parâmetros de
desempenho ao longo da faixa de freqüência de 1 MHz até 500 MHz.

Parâmetros de teste – Nome ‘Antigo’ Parâmetros de teste – Nome ‘Novo’


Perda de Inserção (IL) Perda de Inserção (IL)
Near End Crosstalk (NEXT) Near End Crosstalk (NEXT)
Power Sum Near End Crosstalk (PSNEXT) Power Sum Near End Crosstalk (PSNEXT)
Attenuation to Crosstalk Ratio (ACR) Attenuation to Crosstalk Ratio – Extremidade Próxima (ACRN)
Power Sum Attenuation to Crosstalk Ratio – Extremidade Próxima
Power Sum Attenuation to Crosstalk Ratio (PSACR)
(PSACR-N)
Far End Crosstalk (FEXT) Far End Crosstalk (FEXT)
Equal Level Far End Crosstalk (ELFEXT) Attenuation to Crosstalk Ratio – Extremidade Distante (ACRF)
Power Sum Attenuation to Crosstalk Ratio – Extremidade Distante
Power Sum Equal Level Far End Crosstalk (PSELFEXT)
(PSACRF)
Perda de Retorno (RL) Perda de Retorno (RL)
Malha Elétrica Malha Elétrica
Atraso de Propagação Atraso de Propagação
Desvio do Retardo Desvio do Retardo
Comprimento Comprimento
Tabela 1 – Os parâmetros de teste internos ao canal para Cat.6A são os mesmos que os de Cat.5e e Cat.6. Alguns parâmetros foram renomeados.

Em adição aos parâmetros de desempenho internos ao canal, aplicações de alta velocidade, tais como 10GBASE-T, exigem que o
acoplamento do sinal seja controlado entre cabos adjacentes e dentro de patch panels. Há dois novos parâmetros de teste para
caracterizar o “Alien Crosstalk”: Power Sum Alien NEXT (PSANEXT) e Power Sum Alien Attenuation to Crosstalk Ratio da Extremidade
Distante (PSAACRF).

Uma certificação apropriada de campo deve incluir um teste dos parâmetros internos ao canal para cada enlace instalado, acrescido
de um teste para Alien Crosstalk (AXTalk) em uma amostragem de enlaces.

Fluke Networks 2 www.flukenetworks.com/br


White Paper

O desempenho Interno ao canal depende de cada componente do cabeamento

Experiências que destacam os desafios


Você já testou um canal e, em seguida, inverteu um patch cord e mediu o mesmo canal de novo? A mudança nos dados da medição
o surpreendeu? Você pode ter observado que o enlace forneceu resultados de teste marginais ou até mesmo uma falha e, depois de
invertido o patch cord, o enlace passou com uma margem respeitável de dois ou mais dB. Ou, então, você já observou que muitos enlaces
curtos de Cat.6A falham ou mostram resultados marginais ao passarem, enquanto um enlace mais longo, construído com componentes do
mesmo fabricante, exibe resultados melhores? Esses comportamentos são o resultado do desempenho de componente e da variabilidade
no desempenho dos componentes.

A performance do enlace depende do desempenho de transmissão do cabo e das conexões - o desempenho elétrico acoplado de
cada plugue e jack. Por exemplo, instalar um jack Cat.5 em um enlace Cat.6A cria um problema porque o jack Cat.5 não entregará o
desempenho acoplado desejado sobre a escala de frequências de 1 MHz até 500 MHz. É muito importante perceber que o desempenho
acoplado de um jack e um plugue modulares de 8 pinos pode mudar significativamente com as variações no desempenho de um ou
outro componente. As variações nas conexões acopladas de plugues e jacks produzem variações nos resultados de teste de enlace. Os
jacks modulares não são criados iguais, já que nenhum processo de fabricação pode entregar itens absolutamente idênticos. Plugues
também variam, de modo que as extremidades de um patch cord não exibem o desempenho acoplado idêntico com um jack. Enquanto as
especificações dos componentes nas normas estabelecem escalas aceitáveis de desempenho, só o teste apropriado irá mostrar que cada
componente no enlace corresponde às suas especificações.

Uma análise da medição de NEXT


Para apreciar exatamente como o desempenho dos componentes afeta a performance de um enlace, vamos examinar o Near End Crosstalk
(NEXT) em maior profundidade.

PONTA PRÓXIMA
Distante PONTA

Transmite 100 Ω

100 Ω
Recebe

Perturbado

A C B
Figura 1. Regra de Proximidade do NEXT: o sinal acoplado mais perto da extremidade próxima contribui significativamente mais ao NEXT observado devido
à perda de sinal (atenuação) no enlace de transmissão.

A Figura 1 mostra o acoplamento NEXT entre dois pares de fios: o par perturbador e o par perturbado. A medição de NEXT captura a
soma de toda energia acoplada no fio perturbado que viaja de volta para a extremidade a partir do qual o sinal de estímulo é transmitido
(a “extremidade próxima” ou “near end”).

O sinal acoplado no par perturbado a uma distância maior da extremidade deve percorrer uma distância mais longa, e sua contribuição
para o valor medido de NEXT é menor devido à atenuação que ocorre na transmissão. Considere a diferença de distância percorrida entre
os três caminhos identificados na Figura 1:

1) Caminho A: Acoplamento de crosstalk através do jack na extremidade próxima,

2) Caminho B: Acoplamento de crosstalk através do jack na extremidade remota (distante), e

3) Caminho C: Acoplamento de crosstalk através de um ponto no meio do enlace.

Fluke Networks 3 www.flukenetworks.com/br


White Paper
O comprimento do caminho A é muito curto e, conseqüentemente, a energia que se acopla através deste caminho contribui com quase
100% do sinal acoplado (após atenuação muito pequena) para o distúrbio de NEXT. O comprimento do caminho B é o caminho mais longo
possível para o NEXT. O sinal acoplado terá viajado o comprimento do enlace, ida e volta - duas vezes o seu comprimento. Ele terá sido
sujeito a uma quantidade significativa de perda ou atenuação e, em função do comprimento do enlace, contribuirá com uma pequena
quantidade para o valor medido de NEXT. Se o enlace é mais longo do que 40m (130 pés), o montante do distúrbio de NEXT a partir
da extremidade distante torna-se muito insignificante. O distúrbio de NEXT contribuído pelo cabo é um acúmulo de muitas pequenas
contribuições que acontecem em cada centímetro ao longo da extensão, como o caminho C na Figura 1. Um ponto-chave é que um
distúrbio de NEXT a uma distância mais próxima da extremidade de onde nós estamos medindo contribui mais ao resultado do enlace do
que o mesmo nível de distúrbio a uma maior distância removida do final.

A física da medição de NEXT também se aplica à medição da perda do retorno.

Estas características físicas conduzem-nos a uma série de regras:

1. A certificação do cabeamento exige que parâmetros, como NEXT e Perda de Retorno, sejam medidos a partir de ambas
extremidades do enlace. Os testadores atuais, como o Fluke Networks DTX Series, executam estes testes automaticamente a partir
de ambas as extremidades. A unidade Principal e a Remota sincronizam entre si para realizar os testes e todos os resultados são
transmitidos automaticamente à unidade Principal para a análise, visualização e armazenamento.

2. 2. A qualidade e o desempenho dos patch cords têm um enorme impacto sobre o desempenho de um canal de cabeamento.
Os patch cords são afinal os primeiros componentes no canal em ambos os sentidos. Os principais parâmetros são a Perda de
Retorno do cabo do patch cord e a Perda de Retorno e o NEXT acoplado entre o plugue do patch cord e o jack nas extremidades
do enlace permanente. O parâmetro FEXT continua a ser muito importante também, mas a maioria dos sistemas de cabeamento
não tem dificuldade em atender ao desempenho de FEXT. A regra de proximidade, que relaciona a magnitude do distúrbio à
distância da extremidade do enlace, não se aplica ao acoplamento de FEXT.

3. A qualidade do hardware de conexão tem uma influência significativa sobre o desempenho do enlace ou do canal. Canais curtos
podem falhar em NEXT e RL com mais freqüência do que os canais longos. Quando um canal é curto, o distúrbio do NEXT e/ou
do RL da conexão acoplada na extremidade distante do enlace perfaz uma maior contribuição para o resultado do enlace do que
o mesmo nível de distúrbio que é posicionado a uma distância maior (enlace de cabeamento mais longo). Se os componentes
forem marginais ao atenderem à especificação da norma ou se o serviço de instalação for ruim, canais mais curtos falham em
NEXT e/ou RL com mais freqüência do que enlaces mais longos. Nós declaramos anteriormente que, em enlaces com mais de 40m,
os distúrbios do NEXT e RL da extremidade distante podem se tornar insignificantes.

A norma para a categoria 6 aumentada eleva significativamente o padrão de desempenho para todos os parâmetros de teste até
freqüências muito mais elevadas do que as normas anteriores exigiam. A diferença entre o desempenho de um componente típico e o
mínimo padrão é, na maioria dos casos, pequena. Outra maneira de dizer a mesma coisa: os desenhos dos componentes oferecem pouca
margem e o serviço de instalação é crítico para obter os enlaces que passam nos testes. Nem todos os novos modelos que chegam ao
mercado oferecem igualdade de desempenho. Alguns componentes podem cumprir as especificações com melhores margens. Outros
podem atender às especificações com menores margens, porém com mais consistência. Os últimos criariam menos variabilidade e talvez
mais resultados positivos de teste de enlace. Como você pode medir o enlace e o nível de performance de componentes instalados?
Discutiremos como o modelo de teste de enlace permanente fornece a resposta.

Especificações dos Componentes


Os padrões definem o desempenho elétrico de cada um dos componentes de conexão, tais como o plugue modular de 8 pinos e o
jack modular de 8 pinos, bem como o seu desempenho elétrico acoplado. Cada componente deve cair dentro da escala definida de
desempenho. A variabilidade de cada componente deve ser controlada para atingir um nível de passagem mínimo de desempenho para
todas as combinações de plugues e jacks compatíveis. Esta também se torna uma condição prévia se as normas estão para oferecer
interoperabilidade.Definir um método de medição para avaliar o desempenho elétrico de cada parte de uma conexão acoplada sempre
foi um desafio. Normas anteriormente definiam um método estatístico de desincorporação para selecionar os dispositivos de referência
com os quais seriam testados os componentes. A reprodutibilidade desta metodologia de laboratório para laboratório era limitado. A
Fluke Networks propôs uma técnica de sondagem direta durante o desenvolvimento da norma Cat.6 que foi ainda mais refinada durante o
desenvolvimento do Cat.6A.

Fluke Networks 4 www.flukenetworks.com/br


White Paper
Como resultado deste trabalho, a emenda 10 referencia um plugue modular de 8 pinos que emprega a fiação da placa de circuito impresso
como um exemplo de um plugue de referência para o teste de NEXT, FEXT e Perda de Retorno de jacks modulares de 8 pinos. A Fluke
Networks desenvolveu esse plugue de referência de exemplo que é mostrado no documento das normas [Secção G.3.9.2 Construção de
plugue de teste para o teste de perda de retorno - Fig G.11 Exemplo de um plugue de teste que usa substrato PCB]. Este mesmo plugue
está incorporado ao novo adaptador de Enlace Permanente da Fluke Networks - o DTX-PLA002 - que foi lançado há vários meses para
suportar a certificação em campo das instalações em categoria 6 aumentada.

Figura 2. Adaptador de Enlace Permanente Fluke Networks DTX-PLA002 para testes Cat.6A. O plugue adaptador é implementado em uma placa de circuito, o
que propicia um desempenho de plugue extremamente reproduzível no centro da escala das especificações do plugue da Cat.6A

O Modelo de Teste de Enlace Permanente


A Figura 3 retrata o modelo de enlace permanente, tal como definido na norma. Os valores dos parâmetros de teste devem ser relatados
nas extremidades mostradas na figura. Em outras palavras, a contribuição dos adaptadores de teste, entre as unidades de teste e o enlace,
deve ser totalmente transparente, com a exceção da interação entre o plugue ao final do adaptador e o jack ao final do enlace sob teste.
É preciso incluir esta interação, a fim de estabelecer que os jacks modulares de 8 pinos ao final do enlace irão apresentar um desempenho
suficiente. Note que o desempenho acoplado do plugue e do jack é o primeiro elemento do enlace permanente e que o plugue ao final do
adaptador deve ser um plugue de referência de teste para avaliar o desempenho dos jacks modulares de 8 pinos Cat.6A.

Enlace Permanente

Patch CP TO
Panel

Sala de Telecomunicações Área de Trabalho

Figura 3. O modelo de enlace permanente termina com a inclusão de um acoplamento plug-jack no patch panel e um na tomada de telecomunicações (TO).
O enlace permanente pode conter uma conexão opcional chamada de “Ponto de Consolidação”. O cabo de interface ou o adaptador de teste, desde o plugue
até o testador, tem que ser totalmente transparente às medições.

Com base na discussão anterior sobre a regra de proximidade para NEXT e Perda de Retorno, a contribuição do desempenho acoplado
plugue-jack aos resultados de teste do enlace permanente é muito elevada.

Os adaptadores de enlace permanente da Fluke Networks, com esses plugues de referência de testes Cat.6A, oferecem diversas vantagens:

1. A variabilidade entre os diferentes adaptadores de enlace permanente é muito pequena. Todos os plugues caem dentro de uma
escala restrita de desempenho no centro da faixa permitida. Isto significa que os resultados dos testes obtidos por um enlace, ao
se alterar os seus adaptadores, variam apenas um pouco.

Fluke Networks 5 www.flukenetworks.com/br


White Paper
2. Se os jacks instalados no enlace atendem à norma e o serviço (terminação dos pares do fio) é de alta qualidade, o NEXT e o RL
acoplados com um plugue de referência de teste apresentarão os melhores valores (e margens) que podem ser alcançados.

3. Resultados positivos de testes de enlace permanente garantem que o cabeamento permanentemente instalado atende ao
nível esperado de desempenho e que os jacks e as terminações cumprem com as especificações de desempenho. Essa garantia
proporciona benefícios ao longo de toda a vida do sistema de cabeamento. Um instalador de cabeamento normalmente não
instala os patch cords que completam o enlace entre os dispositivos de rede. Além disso, patch cords podem ser alterados uma
série de vezes durante a vida do sistema de cabeamento, enquanto a maior parte dos enlaces permanentes permanece estático,
com a exceção de um pequeno número de grandes projetos de mudanças, adições e modificações. Uma vez que a certificação
de enlace permanente proporciona a garantia de que os jacks que o terminam atendem ou excedem às especificações dos
componentes, os canais também passarão na especificação de limite de teste se você usar patch cords compatíveis.

4. O novo padrão protege a compatibilidade retroativa, o que garante que o teste com o plugue de teste Cat.6A centralizado
também assegura o desempenho de componente de Cat.6 e Cat.5e. O oposto não é verdade, claro. Se você está certificando
enlaces Cat.6A, você deve usar o adaptador de enlace permanente do Cat.6A, e não um adaptador de enlace permanente Cat.6.

Se o teste de enlace permanente executado com plugues de teste de referência passa e você adiciona patch cords compatíveis ao
enlace permanente, você tem a garantia de um canal compatível – o enlace de ponta a ponta – sobre o qual os dispositivos de rede se
comunicam. Esse benefício vitalício deste teste o poupará tempo, dinheiro e preocupações.

Os benefícios do enlace permanente dependem de duas condições extremamente importantes: (1) os Adaptadores de Enlace Permanente
devem usar um plugue de referência de teste e (2) o cordão do adaptador deve exibir características muito boas de perda de retorno ao
longo do tempo.

O plugue de referência de teste. Obter este desempenho de referência com um plugue modular de 8 pinos com fios é extremamente
difícil. Portanto, podemos dizer com segurança que os Adaptadores de Enlace Permanente feitos com cabos e plugues normalmente
disponíveis não podem alegar que um teste de Enlace Permanente que tenha passado garanta a compatibilidade de componentes.

Você pode executar apenas algumas experiências simples para observar a variabilidade dos resultados dos testes quando se utilizam
patch cords convencionais. Os testadores DTX Series CableAnalyzer™ Series lhe permitem executar um teste de enlace permanente com
adaptadores de canais e patch cords normalmente disponíveis no mercado. Isso não é de forma alguma um endosso dessa configuração
para a certificação de um sistema de cabeamento. Mas se você usasse esta configuração e medisse um enlace permanente diversas vezes
com diversos patch cords aleatórios, você veria resultados de testes muito variados para o NEXT e o RL do enlace.

Testar o enlace permanente com patch cords comerciais aleatórios também compromete o benefício de que patch cords intercambiáveis
garantem o desempenho de canal. Vale a pena neste ponto enfatizar que, a fim de obter as vantagens destacadas na Figura 4, todos
os patch cords usados devem ser realmente compatíveis com a norma. Não confie na impressão na embalagem do patch cord. Compre
cordões de um fabricante conhecido e estabelecido de sistemas de cabeamento ou tenha certeza de que você certifica os patch cords. O
DTX Series CableAnalyzer tem a capacidade de certificar os patch cords com os adaptadores apropriados de teste de patch cords.

Enlace Permanente Compatível


+ Patch Cords Compatíveis
= Canal Compatível
Figura 4. O instalador certifica o enlace permanente usando um adaptador que termina em um plugue de teste centralizado. Um resultado positivo de
certificação permite ao usuário conectar patch cords bons (testados) e ter a segurança de que o canal – o enlace inteiro de ponta a ponta – é compatível.

Fluke Networks 6 www.flukenetworks.com/br


White Paper
O cordão do adaptador de teste. Uma segunda característica muito importante do adaptador de teste de enlace permanente é a
perda de retorno do cabo deste adaptador. A contribuição do RL do cordão deve ser transparente para as medições do enlace, como
discutido anteriormente. O RL do cabeamento de par trançado deteriora após o cabeamento ser enrolado e desenrolado várias vezes. Os
procedimentos de teste de laboratório mostraram que o valor do RL dos patch cords comerciais cai em 10 dB ou mais depois de serem
enrolados e desenrolados de 150 a 200 vezes. Os cabos dos adaptadores de teste, muitas vezes, são regularmente sujeitos a esta ação
de enrolamento, uma vez que são embalados entre uma obra e outra. Você não espera que cordões em condições normais de utilização
sejam afetados por essa ação. Até mesmo os cordões proprietários de alta performance utilizados nos Adaptadores de Enlace Permanente
da Fluke Networks vão sofrer algumas alterações após vários meses de uso. Por isso, a Fluke Networks oferece um simples procedimento
de calibração do adaptador que pode ser executado no escritório com o módulo DTX-PLCAL sob controle de um utilitário no software
LinkWare. Para equipamentos de teste de uso pesado, este procedimento é recomendado semestralmente.

E quanto à certificação do Canal?


Um canal inclui patch cords que suportam a rede operacional. Se você certifica um canal e ele é aprovado, esse canal suportará os
requisitos de transmissão de todas as aplicações correspondentes ao nível da certificação (p.ex. Cat.5e, Cat.6 ou Cat.6A), bem como as
aplicações suportadas pelas categorias inferiores.

Se, após certificar o canal, você substituir ou trocar um patch cord, tudo mudará. Você não pode garantir que o patch cord substituto
oferece a mesma performance acoplada que o original. A execução apropriada da certificação do Enlace Permanente é algo diferente. O
plugue utilizado para testar o enlace é o plugue de referência para a categoria. Ele assegura que o canal passa se bons patch cords são
adicionados.

Aplicação de rede Taxa de transmissão Categoria Mínima de Canal


10GBASE-T 10 Gigabit/seg Cat.6 (distância limitada)
Cat.6A (até 100 m) 1 Gigabit/sec Cat 5e
1000BASE-T 1 Gigabit/seg Cat.5e
100BASE-TX 100 Megabit/seg (2 fios) Cat.5
ATM-155 155 Megabit/seg Cat.5
Token Ring 16 Megabit/seg Cat.5
Token Ring 4 Megabit/seg Cat.3
100BASE-T4 100 Megabit/seg (4 fios) Cat.3
10BASE-T 10 Megabit/seg Cat.3

Tabela 2. Aplicações de rede, suas taxas típicas de transmissão e categoria mínima correspondente de cabeamento para o canal.

O modelo de teste de canal é valioso se você pode garantir que os patch cords usados durante o teste permanecerão no local para a
operação da rede. Infelizmente, esse raramente é o caso para a certificação inicial dos enlaces de cabeamento. O modelo do canal pode
ser muito útil para a solução de problemas de enlaces.

Por último, a maioria dos fabricantes garante seu sistema de cabeamento. Você deveria perguntar ao fabricante a respeito dos termos
detalhados dessa garantia. Enquanto algumas garantias cobrem apenas o desempenho do canal, você deve requerer que a certificação do
teste de enlace permanente sirva para a cobertura da garantia do sistema de cabeamento.

Teste do Alien Crosstalk


Como mencionado anteriormente, as exigências de desempenho do cabeamento para suportar taxas de dados elevadas como 10
Gigabits por segundo (10 Gbps) incluem especificações para o acoplamento do sinal que ocorre entre pares de enlaces adjacentes. Este
acoplamento do sinal, de enlace para enlace, chamado de Alien Crosstalk, aumenta nas freqüências mais altas exigidas para transmitir
e receber com sucesso os dados da rede. Os eletrônicos para transmissões em alta velocidade, como 1000BASE-T e 10GBASE-T, usam
técnicas de Processamento Digital de Sinais (DSP) para melhorar o desempenho interno ao canal do cabeamento para NEXT e Perda de
Retorno. No entanto, um transmissor não tem conhecimento da sinalização externa aos quatro pares de um enlace e, por conseguinte,
não tem meios para executar a mitigação, o cancelamento de crosstalk ou melhorar o desempenho contra uma fonte de ruído de Alien
Crosstalk. O sistema de cabeamento deve - e somente o sistema de cabeamento pode – fornecer o desempenho de Alien Crosstalk exigido
para obter uma transmissão confiável e sem erros ao implantar essas aplicações de rede de altas taxas de transmissão.

Fluke Networks 7 www.flukenetworks.com/br


White Paper
Uma declaração por parte de alguns fabricantes de cabeamento sobre o teste de Alien Crosstalk é: “Você não tem que gastar tempo neste
teste, uma vez que nós exaustivamente testamos as condições dos piores casos em nossos laboratórios.” É importante que os fabricantes
de hardware de cabeamento de edifícios cuidadosamente avaliem o desempenho dos seus produtos no laboratório. No entanto, testes
laboratoriais ignoram o serviço de instalação. Isso é extremamente importante para sistemas de cabeamento blindados. A eficácia de
RF da instalação blindada só pode ser avaliada em campo por meio da execução dos testes de Alien Crosstalk. Testes de blindagem
executados durante a fase de testes interna ao canal somente testam a continuidade DC da blindagem. Isto não é nenhuma indicação
de sua eficácia em altas freqüências.
Uma vez que a operação da rede confia, em última análise, na capacidade do sistema de cabeamento para satisfazer os padrões de
desempenho do Alien Crosstalk, testes deveriam ser realizados para garantir que a instalação do mundo real preencha esses requisitos.
Discutiremos uma técnica de amostragem para poupar tempo nos testes, mas para obter um nível elevado de confiança que o sistema de
cabeamento instalado atenda ao desempenho do Alien Crosstalk.

Outra razão para realizar testes de desempenho de Alien Crosstalk antes que a rede esteja instalada é o fato de que testar após a rede
estar funcionando até pode ser proibitivamente caro e difícil.

As duas fases da certificação do cabeamento


A certificação de uma nova instalação deverá incluir um teste completo de cada Enlace Permanente (ou canal) por si própria. Nós nos
referimos a esses testes como testes de desempenho internos ao canal. A tabela 1 fornece uma lista de parâmetros de teste internos ao
canal. A segunda fase da certificação em campo de uma instalação de cabeamento categoria 6 aumentado (Cat.6A) envolve testes de
Alien Crosstalk.

O teste da interação entre todos os enlaces de cabeamento para Alien Crosstalk não é prático. Exige uma quantidade excessiva de tempo
e não é necessário. As experiências de campo e laboratório têm demonstrado que enlaces do cabeamento em feixes separados não
interagem uns com os outros. Mesmo quando esses feixes não estiverem separados por mais do que um centímetro, os testes de Alien
Crosstalk não mostrarão qualquer acoplamento mensurável. O Alien Crosstalk deve, conseqüentemente, ser analisado feixe a feixe. A
técnica de amostragem proposta permite que você selecione os enlaces mais propensos ao distúrbio de Alien Crosstalk para uma avaliação
completa e compatível com as normas.

A metodologia de teste e a técnica de amostragem para avaliar o Alien Crosstalk do sistema do cabeamento instalado estão descritas em
um documento separado da Fluke Networks. Por favor, consulte www.flukenetworks.com/10gigpaper.

Conclusão
Um dos importantes benefícios do teste de certificação do Enlace Permanente é que ele determina (1) que o enlace entrega o
desempenho da transmissão prescrito pela categoria e (2) que os componentes do enlace satisfazem as especificações mensuráveis
correspondentes. Este último proporciona a garantia de que, quando você trocar os patch cords, em qualquer momento, por patch
cords testados, o recém-criado canal continuará a cumprir o desempenho da categoria. Isso pode ser mais importante para a categoria
6 aumentada, uma vez que os requisitos de transmissão das aplicações de rede de alta velocidade para as quais ela foi projetada para
suportar demandam até a última gota de desempenho que o cabeamento fornece. O adaptador de Enlace Permanente da Fluke Networks
para Cat.6A (DTX-PLA002) proporciona todos os benefícios de um teste de Enlace Permanente. O plugue na extremidade deste adaptador é
o que a norma define como um plugue centralizado de referência Cat.6A.

O teste de Enlace Permanente é o teste recomendado para todas as instalações em Cat.6A. Somente durante a procura por defeitos em um
canal específico é que faria sentido selecionar o teste de canal.

Além disso, parece muito prudente obter, como parte da certificação do cabeamento, uma indicação verdadeira do desempenho dos
enlaces instalados no que diz respeito ao desempenho de Alien Crosstalk. Desempenho que só pode ser fornecido pelo cabeamento
instalado. As técnicas sofisticadas de DSP no transceptor eletrônico não podem mitigar um
problema de Alien Crosstalk no cabeamento. A Fluke Networks propõe um método muito eficaz
N E T W O R K S U P E R V I S I O N
para amostra dos enlaces para análise do Alien Crosstalk. Efetuar a análise desses enlaces em
Fluke do Brasil Ltda.
plena conformidade com a norma através da inclusão de todos os perturbadores para cada Av. Major Sylvio de Magalhães Padilha, 5200
enlace perturbado. Estas recomendações de teste aplicam-se tanto para soluções de cabeamento Edifício Philadelphia - 4º andar
Jd. Morumbi - CEP 05693-000
blindadas quanto não blindadas. A eficácia de RF da instalação blindada só é testada por meio da Fone: (11) 3759-7600 - Fax: (11) 3759-7630
execução dos testes de Alien Crosstalk. Testes de blindagem executados durante a fase de testes e-mail: info@fluke.com.br

internos ao canal apenas testam a continuidade DC da blindagem. Continuidade não fornece uma ©2008 Fluke Corporation. All rights reserved.
Printed in U.S.A. 04/2008 3276566 D-ENG-N Rev A
indicação da eficácia em altas freqüências.

Fluke Networks 8 www.flukenetworks.com/br

Você também pode gostar