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Previdenciário
Componente curricular na modalidade de educação a distância
Alcione Ziliotto
Possui graduação em Filosofia (2002) e Direito (2010) e Especialização em Ética
e Filosofia Política, pela Unochapecó (2003), cursando Mestrado em Educação
na Unochapecó. Atualmente, é Procuradora Institucional na Universidade
Comunitária da Região de Chapecó. Tem experiência na área de Crimes Virtuais,
Rotinas Trabalhistas, Direito Previdenciário, Plágio, Educação Ambiental e Trabalho
de Conclusão de Cursos. Tem material didático publicado nas áreas de Direito
Previdenciário, Plágio e Educação Ambiental.
Cristiano Tessaro
Possui graduação em Direito, pela Universidade Comunitária da Região de Chapecó
(2007), Especialização em Direito Processual Civil, pela Universidade Comunitária
da Região de Chapecó (2008), Mestrado em Direito pela Universidade Comunitária
da Região de Chapecó (2017). Atualmente, é professor titular da Universidade
Comunitária da Região de Chapecó, vinculado à Área de Ciências Humanas e
Jurídicas. Tem experiência na área de Direito Trabalhista, sócio do escritório Tessaro
& Stein Advogados. Participa como pesquisador do grupo de pesquisa Relações
Internacionais da Universidade Comunitária da Região de Chapecó.
Chapecó, 2017
Reitor
Claudio Alcides Jacoski
Vice-Reitor de Administração
José Alexandre de Toni
Coordenação: Rosane Natalina Meneghetti Silveira Coordenador Geral: Paulo Sergio Jordani
Secretaria: Marcos Domingos Robal dos Santos
Revisão: Juliane Fernanda Kuhn de Castro
Comercial: Luana Paula Biazus
Assistente editorial: Caroline Kirschner Assistente Administrativo: Manon Aparecida Pereira de
Jesus
Conselho Editorial: (2016-2018) Titulares: Murilo Cesar Capa: Marcela do Prado, Juliane Fernanda Kuhn de Castro
Costelli (presidente), Clodoaldo Antônio de Sá (vice-
presidente), Celso Francisco Tondin, Rosane Natalina Diagramação: Marcela do Prado
Meneghetti Silveira, Cesar da Silva Camargo, Silvana Muraro
Wildner, Ricardo Rezer, Rodrigo Barichello, Mauro Antonio
Dall Agnol, Vagner Dalbosco, Claudio Machado Maia.
Suplentes: Arlene Renk, Fátima Ferretti, Fernando Tosini,
Hilário Junior dos Santos, Irme Salete Bonamigo, Maria
Assunta Busato.
Ficha catalográfica
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Terra, Guilhermina de Melo
T323r Representação temática III / Guilhermina de Melo Terra. --
Chapecó, SC : Argos, 2017.
128 p. : il. ; 28 cm. -- (EaD; 38)
Inclui bibliografias
CDD 23 -- 025.43
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Catalogação elaborada por Daniele Lopes CRB 14/989
Biblioteca Central da Unochapecó
Não estão autorizadas nenhuma forma de reprodução, parcial ou integral deste material, sem autorização expressa do autor e do Núcleo de
Educação a Distância - UnochapecóVirtual
CARTA AO ESTUDANTE
Seja bem-vindo!
Você está recebendo o livro do componente curricular de Direito Trabalhista e
Previdenciário.
No atual cenário educacional, em que, cada vez mais, as pessoas buscam por
uma formação complementar e há a inserção massiva das tecnologias de informação
e comunicação, a modalidade de educação a distância é vislumbrada como uma
importante contribuição à expansão do ensino superior no país, que permite formas
alternativas de geração e disseminação do conhecimento.
A educação a distância tem sido importante para atingir um grande contingente
de estudantes de vários locais, com disponibilidade de tempo para o estudo diversa,
além daqueles que não têm a possibilidade de deslocamento até uma instituição de
ensino superior todos os dias. Desta forma, a Unochapecó, comprometida com o
desenvolvimento do ensino superior, vê a educação a distância como um aporte para
a transformação dos métodos de ensino em uma proposta inovadora.
Levando em consideração o pressuposto da necessidade de autodesenvolvimento
do estudante da modalidade de educação a distância, este material foi elaborado de
forma dialógica, baseada em uma linguagem clara e pertinente aos estudos, além de
permitir vários momentos de aprofundamento do conteúdo ao estudante, através da
mobilidade para outros meios (como filmes, livros, sites).
Temos como princípio a responsabilidade e o desafio de oferecer uma formação
de qualidade, para tanto, a cada novo material, você está convidado a encaminhar
sugestões de melhoria para nossa equipe, sempre que julgar relevante.
Lembre-se: a equipe da UnochapecóVirtual estará à disposição sempre que
necessitar de um auxílio, pois assumimos um compromisso com você e com o
conhecimento.
APRESENTAÇÃO................................................................................ 11
UNIDADE 1 JUSTIÇA DO TRABALHO.................................................. 13
1 INTRODUÇÃO.................................................................................... 15
2 HISTÓRIA GERAL DO DIREITO DO TRABALHO.................................... 15
2.1 O Trabalho e o mundo do trabalho............................................ 15
2.2 Sociedade pré-industrial............................................................. 17
2.3 Sociedade Industrial e trabalho assalariado.............................. 21
2.4 Primeiras leis trabalhistas........................................................... 22
2.5 Período contemporâneo, a sociedade pós-industrial................. 23
3 HISTÓRIA DO DIREITO DO TRABALHO NO BRASIL............................. 23
3.1 Surgimento da Consolidação das Leis Trabalhistas – CLT........... 26
3.2 A Constituição Brasileira de 1988 e a Proteção ao Trabalho...... 28
4 JUSTIÇA DO TRABALHO..................................................................... 28
4.1 Direito do Trabalho..................................................................... 30
4.2 Princípios do Direito do Trabalho............................................... 30
4.3 Princípios específicos do Direito do Trabalho............................. 31
4.3.1 Da proteção do hipossuficiente econômico...................... 31
4.3.2 Da irrenunciabilidade de direitos ..................................... 32
4.3.3 Da continuidade da relação de emprego.......................... 32
4.3.4 Da primazia da realidade................................................... 33
4.3.5 Da irredutibilidade salarial................................................ 34
4.3.6 Outros princípios gerais..................................................... 34
REFERÊNCIAS ....................................................................................... 35
UNIDADE 2 CONTRATO DE TRABALHO.............................................. 39
1 INTRODUÇÃO.................................................................................... 41
2 CARACTERÍSTICAS DO CONTRATO DE TRABALHO............................. 41
3 FORMA DO CONTRATO DE TRABALHO.............................................. 43
4 PRAZO DO CONTRATO DE TRABALHO............................................... 44
4.1 Contrato por prazo indeterminado............................................ 44
4.2 Contrato por prazo determinado............................................... 45
4.3 Contrato de experiência............................................................. 46
5 ALTERAÇÕES NO CONTRATO DE TRABALHO...................................... 47
6 SUSPENSÃO E INTERRUPÇÃO DO CONTRATO DE TRABALHO............ 48
7 CONDIÇÕES DE VALIDADE................................................................ 50
8 REQUISITOS PARA A CONFIGURAÇÃO DO VÍNCULO EMPREGATÍCIO.51
9 TRABALHO A TEMPO PARCIAL........................................................... 53
Bom estudo!
Alcione Ziliotto
Cristiano Tessaro
Objetivo:
• O objetivo desta unidade será lhe apresentar as características da expressão
trabalho, além dos conceitos, requisitos e peculiaridades que constituem um
empregado e um empregador. Os temas serão abordados individualmente para
que você possa compreender de forma detalhada e objetiva.
Conteúdo programático:
• História geral do Direito do Trabalho;
• História do Direito do Trabalho no Brasil;
• Justiça do Trabalho.
Faça aqui seu planejamento de estudos
Nesta primeira unidade você vai se deparar com muitos conceitos e uma
linguagem um pouco técnica, acontece que este é um assunto que demanda esta
linguagem e os conceitos são necessários para que você possa tomar posse do
conhecimento e poder, mais tarde, estudar outros assuntos relacionados com mais
facilidade, pois a teoria já estará impregnada em sua mente.
No entanto, mesmo com os termos um tanto complicados, não desanime nunca,
lembre-se de que tem o tutor e o professor da disciplina para tirar as suas dúvidas e
pode dividir seu aprendizado com o restante da turma, bons estudos!
Do suor do teu rosto comerás o teu pão, até que te tornes à terra; porque
dela foste tomado; porquanto és pó e em pó te tornarás (Gênesis, 3:19).
Figura 1 - Tripalium
Explica Martins (2012, p.3-4), No início da Bíblia o trabalho foi visto como um
castigo, tanto é que a origem da palavra trabalho vem do latim tripallium, que foi um
instrumento de tortura e por muitos povos o trabalho tinha um sentido pejorativo,
desonroso, salvo raras exceções.
Naquele tempo era consolidada uma cultura, uma ideologia, enfim, um sistema
socioeconômico de escravidão, esta era considerada e justificada como absolutamente
lícita, justa e necessária ao desenvolvimento da civilização.
O trabalho não tinha o significado de realização pessoal. As necessidades da vida
tinham características servis e deveriam ser desempenhadas pelos escravos, ficando
as atividades mais nobres, como a política, aos cidadãos livres.
Não podemos, assim, negar a grande importância que a escravidão teve
no desenvolvimento dos povos, desde a construção das grandes pirâmides até a
colonização das novas terras das Américas.
Muitos escravos vieram, mais tarde, a se tornar livres, não só porque os senhores
os libertavam como gratidão a serviços relevantes ou em sinal de regozijo em dias
festivos, como também ao morrer declaravam livres os escravos prediletos.
Ganhando a liberdade, esses homens não tinham outro direito senão o de
trabalhar nos seus ofícios habituais ou alugando-se a terceiros, mas com a vantagem de
ganhar o salário para si próprio. Foram esses os primeiros trabalhadores assalariados.
Reflita
Para refletir sobre a história do trabalho é muito importante que você assista
ao filme “GERMINAL”.
Nos primórdios do direito do trabalho, esse foi confundido com política social.
Era estudado pelos cientistas sociais e por aqueles com ideias revolucionárias.
Até mesmo a Igreja passou a preocupar-se com o assunto. A Encíclica Rerum
Novarum, de 1891, traça regras para a intervenção do Estado na relação entre
trabalhador e patrão. Aos poucos os reformadores (parlamentares e pensadores)
foram substituídos pelos juristas voltados para o estudo da própria norma.
A partir do término da Primeira Guerra Mundial surge o que se pode chamar de
Constitucionalismo Social, que é a inclusão, nas constituições, de preceitos relativos à
defesa social da pessoa, de normas de interesse social e de garantia de certos direitos
fundamentais, incluindo o Direito do Trabalho.
A primeira Constituição que tratou do tema foi a do México de 1917, que
dedicou 30 artigos aos direitos sociais do trabalhador, e depois a Constituição de
Weimar (Alemanha), em 1919.
Também o surto industrial nas primeiras décadas do Século 20, com grandes
fábricas e grandes concentrações operárias urbanas.
Importante
Como se viu, não se pode falar em história do direito do trabalho sem falarmos
no Presidente Getúlio Vargas. Ninguém pode negar que a grande maioria das normas
trabalhistas que estão hoje em vigência no Brasil têm origem no período em que
Getúlio Vargas esteve no poder.
Por sua vez, a Constituição de 1946 é considerada uma norma democrática,
rompendo com o corporativismo da constituição anterior. Nela encontramos a
participação dos trabalhadores nos lucros (Art. 157, IV), repouso semanal remunerado
(Art.157, VI), estabilidade (Art. 157, XII), direito de greve (Art. 158) e outros direitos
que se encontravam na anterior e a inclusão da Justiça do Trabalho entre os órgãos
do Poder Judiciário.
Também a legislação ordinária começa a instituir novos direitos, como:
a. repouso semanal remunerado (Lei n. 605/49);
b. regulamentação das atividades dos empregados viajantes, vendedores e pracistas
(Lei n. 3207/57);
c. o 13º salário (Lei n. 4090/62);
d. salário-família (Lei n. 4266/63).
Reflita
4 JUSTIÇA DO TRABALHO
Arnaldo Süssekind, um dos membros da Comissão que elaborou a CLT, diz que
Princípio acolhido pela CLT, em seus artigos 9º, 468, 477, dentre outros, que
retira do trabalhador a prerrogativa da renúncia prévia, antes ou durante a vigência
do contrato de trabalho, de direitos previamente assegurados.
Diferencia-se aqui renúncia de transação, esta última denominada conciliação
– acordo entre as partes homologado em juízo – e recebe amparo também na CLT nos
seus artigos 831 e 846, facultando-se às partes abdicar daquilo que, pressupostamente,
lhe pertence em prol de um acordo.
Por este princípio, ao trabalhador não é permitida a renúncia de direitos, ou
seja, não pode ficar sem férias, não pode “abrir mão” do aviso prévio, não pode “não
querer” que a CTPS não seja assinada etc.
É relativizado em Juízo (ratificação pessoal de acordos ou desistências, por
exemplo) ou sob certos requisitos (assistência sindical, por exemplo).
• Art. 9º CLT - Serão nulos de pleno direito os atos praticados com o objetivo de
desvirtuar, impedir ou fraudar a aplicação dos preceitos contidos na presente
consolidação. Ou seja, não é dado ao empregado dispor (renunciar ou transacionar)
direito trabalhista, sendo nulo qualquer ato jurídico praticado com essa disposição;
• Art. 468 - Nos contratos individuais de trabalho só é lícita a alteração das respectivas
condições por mútuo consentimento, e, ainda assim, desde que não resultem em,
direta ou indiretamente, prejuízos ao empregado, sob pena de nulidade da cláusula
infringente desta garantia.
Síntese
REFERÊNCIAS
CAMINO, Carmen. Direito individual do trabalho. 4. ed. rev. ampl. e atual. Porto
Alegre: Síntese, 2004. 570 p.
DELGADO, Mauricio Godinho. Curso de Direito do Trabalho. 3. ed. São Paulo: LTr,
2004. 1471 p.
MARTINS, Sérgio Pinto. Direito do trabalho. 19. ed. atual. São Paulo: Atlas, 2004.
895 p.
NASCIMENTO, Amauri Mascaro. Curso de Direito do Trabalho. 19. ed. rev. e atual.
São Paulo: Saraiva, 2004. 1199 p.
SUSSEKIND, Arnaldo. Instituições de direito do trabalho. 21. ed. atual. São Paulo:
LTr, 2003.
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Objetivo:
• O objetivo desta unidade é fazer você perceber a importância de um contrato
de trabalho, pois, como diz o ditado popular, “o que é combinado não sai
caro”, porém, muitas vezes as pessoas não atentam para a importância de um
contrato, sem saber que ele faz lei entre as partes, estabelece obrigações e
direitos, ou seja, aquilo que cada parte deve fazer, bem como o que elas têm
direito a receber.
Conteúdo programático:
• Características do contrato de trabalho;
• Forma do contrato de trabalho;
• Prazo do contrato de trabalho;
• Alterações no contrato de trabalho.
Faça aqui seu planejamento de estudos
Dando continuidade aos nossos estudos, a partir de agora você conhecerá outro
assunto muito importante relacionado às rotinas trabalhistas, o contrato de trabalho,
suas características, forma, prazo, alterações, suspensão e interrupção.
Pode até passar despercebido, mas todos os dias executamos diversos contratos,
seja ao abastecer o automóvel, ao fazer compras de supermercado, ou até mesmo
ao pagar o filho do vizinho para cortar a grama de casa, por isso da importância de
se ater a este assunto.
Podemos dizer que existe um contrato de trabalho estabelecido sempre que
uma pessoa física se obrigar a realizar atos, executar obras ou prestar serviços para
outra sob dependência e subordinação desta, durante um período determinado ou
indeterminado de tempo, mediante o pagamento de uma remuneração.
Saiba mais
Oneroso
Consensual
O contrato de trabalho
deve ser: Comutativo
Sinalagmático
De trato sucessivo
Fonte: elaborado pelos autores.
Não há, necessariamente, uma forma para que o contrato de trabalho seja
realizado. A CLT, em seu Art. 443, diz que o contrato individual de trabalho pode ser
acordado tácita ou expressamente, escrito ou verbal. É expresso quando há a clara
manifestação da vontade das partes. É tácito quando não está declarado, mas que
subentende.
O contrato escrito, normalmente, se dá na própria Carteira de Trabalho e
Previdência Social (CTPS) do empregado, conforme exigido pela lei trabalhista.
O contrato verbal é frequentemente utilizado nos contratos por prazo
indeterminado quando não existem condições especiais a ser observadas pelas partes,
ficando a relação contratual regida pela legislação trabalhista e, eventualmente, por
regulamentos internos do contratante. Empregador e empregado negociam a execução
dos serviços, salário e horário, mas não se efetiva o registro na carteira de trabalho.
Reflita
Atenção: essa forma de contratação é muito comum, mas traz riscos, pois não
se cumpre a legislação trabalhista.
O Art. 443 da CLT, em seu § 1º, considera contrato de trabalho por prazo
determinado, o contrato cuja vigência dependa de termo prefixado ou da execução
de serviços especificados, ou, ainda, da realização de certo acontecimento suscetível
de previsão aproximada.
Importante
A CLT prevê que as relações contratuais de trabalho podem ser objeto de livre
estipulação das partes interessadas, ou seja, é livre. Porém, expressa que estas não
poderão ir contra as disposições de proteção ao trabalho, aos contratos coletivos que
lhes sejam aplicáveis e às decisões das autoridades competentes.
No quesito alteração do contrato de trabalho, prevê a CLT que nos contratos
individuais de trabalho só é lícita a alteração das respectivas condições por:
a. Mútuo consentimento;
b. Desde que não resultem, direta ou indiretamente, prejuízos ao empregado, sob
pena de nulidade da cláusula infringente desta garantia.
Você pode pensar que esses termos possam ter o mesmo significado, porém,
não é bem assim. A suspensão é a cessão provisória e total dos efeitos do contrato
de trabalho, ou seja, na suspensão, o contrato continua em pleno vigor, todavia,
não terá como ser contado o tempo de serviço e também não haverá remuneração.
Na interrupção há a cessão parcial e provisória do contrato de trabalho e, assim,
como a cessão é parcial, o tempo de serviço continua sendo contado e também há o
pagamento da remuneração.
São exemplos de hipóteses de suspensão:
• Licença não remunerada.
• Exercício de cargo público.
• Mandato Sindical.
• Aposentadoria provisória por invalidez.
• Auxílio doença após 15 dias (o INSS é quem paga).
• Aborto Criminoso.
• Greve legal/legítima. Art. 7° da Lei n° 7.783/89.
• Cargo Eletivo - Súmula 269 TST.
7 CONDIÇÕES DE VALIDADE
Importante
Considera-se trabalho a tempo parcial aquele cuja duração não exceda 25 horas
semanais (Art. 58-A da CLT).
O trabalhador comum terá módulo semanal de 44 horas. O trabalhador a tempo
parcial prestará serviços por, no máximo, 25 horas por semana.
Isso corresponde a 5 horas por dia vezes 5 dias úteis, totalizando 25 horas por
semana.
O Estágio é um ato educativo, bem como também pode ser considerado como
procedimento didático-pedagógico, sendo que deverá ser sempre supervisionado e
deve ter previsão curricular, além de ser assumido intencionalmente pela instituição
de ensino, que deverá incluir as diversas modalidades de estágios no seu projeto
pedagógico e no plano curricular do curso.
REFERÊNCIAS
CAMINO, Carmen. Direito individual do trabalho. 4. ed. rev. ampl. e atual. Porto
Alegre Síntese: 2004. 570 p.
DELGADO, Mauricio Godinho. Curso de Direito do Trabalho. 3. ed. São Paulo: LTr,
2004, 1471 p.
MARTINS, Sérgio Pinto. Direito do trabalho. 19. ed. atual. São Paulo: Atlas, 2004.
895 p.
NASCIMENTO, Amauri Mascaro. Curso de Direito do Trabalho. 19. ed. rev. e atual.
São Paulo: Saraiva, 2004. 1199 p.
SÜSSEKIND, Arnaldo. Instituições de direito do trabalho. 21. ed. atual. São Paulo:
LTr, 2003.
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Objetivo:
• O objetivo desta unidade será explicar e exemplificar alguns casos de
responsabilidade civil. É importante você conhecer este assunto, pois existem
vários riscos aos quais o empregado é submetido e, em caso de lesão referente
ao seu trabalho, poderá receber indenizações de acordo com o dano que sofrer,
além de alguns aspectos introdutórios sobre a sucessão de empregadores e
empresas.
Conteúdo programático:
• Responsabilidade civil – O nexo causal, as teorias do risco, o dano e as espécies
de dano;
• Sucessão de empregadores ou de empresas.
Faça aqui seu planejamento de estudos
Saiba mais
2 CONCEITOS INTRODUTÓRIOS
Saiba mais
Importante
Toda empresa precisa pagar um seguro para a Previdência Social para que os
acidentados possam receber o auxílio quando sofrem o acidente. Este é um benefício
previdenciário, devido pelo acidente em si. No entanto, quando o acidente decorre
de culpa do empregador, além do benefício acidentário, o empregado pode receber
uma indenização pela responsabilidade civil, movendo uma ação contra a empresa.
Até 1976, a empresa somente responderia por dolo ou culpa grave, ou seja,
uma negligência absoluta, como, por exemplo, o não fornecimento de EPI. A legislação
foi alterada e hoje qualquer culpa é considerada suficiente (mesmo que leve).
O importante é que a indenização acidentária paga pelo INSS é devida
independentemente da culpa da empresa no acidente. Mas, havendo a culpa,
de qualquer tipo, o empregado pode também mover uma ação civil para a
responsabilidade, até porque o INSS não pagará danos morais, danos estéticos, por
exemplo, e sim um valor tabelado conforme o acidente e o dano causado.
Conforme a legislação, mais especificamente a Consolidação das Leis Trabalhistas,
configura-se como responsabilidade civil objetiva:
Há, além disso a responsabilidade civil objetiva pautada na teoria do risco, que
subdivide-se em:
• Teoria do risco proveito: aquele que se beneficia da atividade deve responder
pelos danos que seu empreendimento acarreta. Quem se aproveita do bônus deve
suportar o ônus. O problema é restringir a reparação à efetiva existência do proveito
econômico.
• Teoria do risco criado: a reparação do dano é devida pela simples criação do risco.
• Teoria do risco profissional: relacionada diretamente aos acidentes de trabalho, o
dever de indenizar decorre do risco da atividade profissional da vítima.
• Teoria do risco excepcional: o dever de indenizar se faz presente sempre que a
atividade desempenhada pelo lesado constituir-se em risco acentuado ou excepcional
pela sua natureza perigosa.
• Teoria do risco integral: o dever de indenizar decorre unicamente do dano, sendo
desnecessário, inclusive, o nexo causal com um ato imputável ao agente.
Quanto a este quesito, segundo o Código Civil: “Art. 927 - Parágrafo único.
Haverá obrigação de reparar o dano, independentemente de culpa, nos casos
especificados em lei, ou quando a atividade normalmente desenvolvida pelo autor
do dano implicar, por sua natureza, risco para os direitos de outrem”.
Saiba mais
Saiba mais
JURISPRUDÊNCIA
“RESPONSABILIDADE CIVIL- ACIDENTE DE TRABALHO - PROVA DA CULPA DO
EMPREGADOR – NECESSIDADE. Responsabilidade civil - Acidente de trabalho
- Ato ilícito - Indenização de direito comum - Culpa do empregador não
demonstrada - Recurso provido. A obrigação de indenizar do empregador,
por acidente de trabalho, somente se corporifica quando caracterizados o
dano, sofrido pelo empregado, o dolo ou a culpa do empregador e o nexo
etiológico entre ambos. Não logrando o obreiro demonstrar que o evento
resultou de ação culposa atribuível ao empregador, improcede a ação
indenizatória, permanecendo o fato dentro da esfera do risco próprio da
atividade empresarial, coberto pelo seguro social.”(Ac un da 4.ª C Civ do TA
PR - PR 38.377-7 – Rel. Juiz Mendes Silva, Convocado - j 21.08.91 - DJ PR
06.09.91).
“...Disse o acórdão regional que a vítima sofreu o acidente quando estava,
na qualidade de empregado, executando um trabalho de interesse do
empregador, não havendo dúvida, portanto, de que o acidente teve relação
com o vínculo de emprego. Destacou, ainda, que a atuação culposa da
empresa ficou evidenciada pelo fato de ter permitido que um funcionário
seu, sem qualificação específica, realizasse um serviço de alto risco, sem
disponibilizar os equipamentos que garantissem a sua integridade física...”
PROC TST RR-566/2005-038-12-00.1.
“...No caso sub judice, o perito da Previdência Social, através do laudo de
fls. 122, concluiu que a recorrente é portadora de tendinite calcificante do
ombro, existindo incapacidade laborativa temporária em face desta doença,
mas que a mesma não poderia ser enquadrada como doença do trabalho,
posto não haver nexo causal entre o aparecimento da moléstia e as atividades
exercidas pela autora em seu trabalho. Tanto isso é verdade, que foi
concedido à segurada benefício de auxílio-doença, conforme se observa do
citado laudo...” PROC. N.º TRT - 01792-2002-010-06-00-4.
Em caso de dano moral por assédio moral na empresa, esta é responsável por
oferecer condições de trabalho adequadas a todos os trabalhadores. Se o trabalhador
individual ou coletivamente, for vítima de situações constrangedoras, humilhantes
Deveres do empregador
Cabe à empresa custear e implementar programa de prevenção, proteção,
informação, formação, segurança contra as práticas de assédio moral.
Compor equipe multidisciplinar de:
• representante da empresa;
• CIPA;
• médico do trabalho;
• psicólogo;
• sociólogo;
• assistente social;
• advogado trabalhista;
• representante do Sindicato;
• acompanhamento do Ministério do Trabalho - DRT.
Cabe à equipe multidisciplinar elaborar código de ética que vise coibir toda
manifestação de discriminação (etnia/racial, sexual, idade, gênero) e de práticas nocivas
a saúde física/mental e a segurança dos trabalhadores, em particular o assédio moral
Para alguns autores, o tema deveria ser tratado como sucessão de empresas e
outros como sucessão de empregadores.
A expressão sucessão de empresas, no sentido estrito, designa todo
acontecimento em virtude do qual há alteração na titularidade/propriedade da
empresa, o que ocorre nos casos de incorporação, transformação, fusão, cisão,
trespasse, doação e arrendamento.
• Incorporação é a operação pela qual uma ou mais sociedades são absorvidas por
outra já existente, que lhes sucederá em todos os direitos e obrigações comerciais,
fiscais ou trabalhistas (mudança na propriedade da empresa).
Desaparecem as sociedades incorporadas, passando a sociedade incorporadora a
responder por todas as obrigações das incorporadas, dessa forma, todos os credores
terão seus direitos garantidos pela obrigação da sociedade incorporadora.
• Transformação é a operação pela qual uma sociedade passa de uma espécie para
outra. Exemplo: Frigorífico Saudável Ltda. para Frigorífico Saudável S/A (muda-se
a estrutura jurídica).
• Doação: Nos termos do art. 538 do Código Civil, “Considera-se doação o contrato
em que uma pessoa, por liberalidade, transfere do seu patrimônio bens ou vantagens
para o de outra”.
Art. 10. Qualquer alteração na estrutura jurídica da empresa não afetará os direitos
adquiridos por seus empregados.
Art. 468. Nos contratos individuais de trabalho só é lícita a alteração das respectivas
condições por mútuo consentimento, e ainda assim desde que não resultem, direta ou
indiretamente, prejuízos ao empregado, sob pena de nulidade da cláusula infringente
desta garantia.
Responsabilidade do sucessor
A responsabilidade do novo empregador pelos contratos de trabalho celebrados
pelo antigo, em razão da sucessão, sempre existirá e será de forma exclusiva.
A lei não prevê qualquer hipótese de responsabilidade solidária ou subsidiária
entre o sucedido e o sucessor, sendo exclusivamente deste a responsabilidade pelas
obrigações advindas dos contratos individuais de trabalho existentes, se existirem
débitos para com os ex-empregados.
Não raras vezes uma pessoa adquire uma empresa, altera-lhe o nome e recebe
uma citação para responder a uma reclamatória trabalhista movida por um ex-
empregado da “empresa anterior”. Ao procurar um advogado este informa que não
há defesa e que subsiste ao empresário responsabilidade naquele processo.
A responsabilidade do sucessor decorre da lei (CLT, art. 448), caso em que é
totalmente inoperante, ou seja, nula de pleno direito, cláusula entre os empresários
com o intuito de afastar ou limitar eventual responsabilidade do sucessor. Assim, é
inválida a cláusula pactuada entre vendedor e adquirente no sentido de que este recebe
o estabelecimento livre e desembaraçado de quaisquer ônus, inclusive os trabalhistas.
O novo empregador, que sucede, não é obrigado a aceitar os empregados contratados
pelo antigo. Contudo, deve pagar as verbas rescisórias pela despedida sem justa causa,
constituindo presunção absoluta que é do novo empregador a iniciativa rescisória.
Exemplo
Art. 117. Os contratos bilaterais não se resolvem pela falência e podem ser
cumpridos pelo administrador judicial se o cumprimento reduzir ou evitar
o aumento do passivo da massa falida ou for necessário à manutenção e
preservação de seus ativos, mediante autorização do Comitê.
§ 1º O contratante pode interpelar o administrador judicial, no prazo de até
90 (noventa) dias, contado da assinatura do termo de sua nomeação, para
que, dentro de 10 (dez) dias, declare se cumpre ou não o contrato.
§ 2º A declaração negativa ou o silêncio do administrador judicial confere ao
contraente o direito à indenização, cujo valor, apurado em processo ordinário,
constituirá crédito quirografário.[...]
Pelo teor do artigo 117 da nova Lei de Falências os contratos bilaterais celebrados
pela empresa falida não se resolvem pela falência, entende a doutrina que a cessação
de suas atividades e a consequente extinção dos contratos de trabalho de seus
empregados assegura a estes últimos todos os direitos decorrentes de sua dispensa
sem justa causa.
A DECRETAÇÃO DA FALÊNCIA EXTINGUE O CONTRATO DE TRABALHO?
Observação
REFERÊNCIAS
CAMINO, Carmen. Direito individual do trabalho. 4. ed. rev. ampl. e atual. Porto
Alegre Síntese: 2004. 570 p.
SUSSEKIND, Arnaldo. Instituições de direito do trabalho. 21. ed. atual. São Paulo:
LTr, 2003.
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Objetivo:
• O objetivo desta unidade será demonstrar como se dão os registros na Carteira
de Trabalho e Previdência Social, a chamada CTPS. É importante você conhecer
este assunto, pois a CTPS é um documento obrigatório aqui no Brasil para todo
cidadão que oferece os seus serviços profissionais.
Conteúdo programático:
• Identificação profissional - a Carteira de Trabalho e Previdência Social (CTPS);
• Cessação do Contrato de Trabalho;
• Aviso Prévio.
Faça aqui seu planejamento de estudos
Você sabia que ainda hoje no Brasil existem cidades que não possuem órgãos
emissores da CTPS? Pois é, infelizmente essa é uma realidade a ser enfrentada em
pleno século XXI. E na sua cidade existe órgão emissor da CTPS? Procure descobrir.
Em localidades que não existam órgãos emissores da CTPS, pode o empregado
ser admitido sem a apresentação da mesma, desde que assuma o compromisso
de regularizar a situação em 30 dias. Assim, fica a empresa obrigada a permitir o
comparecimento do empregado ao posto de emissão mais próximo.
Nessa situação, o empregador é obrigado a entregar ao empregado, no ato de
admissão, um documento especificando a data de admissão, a natureza do trabalho,
o salário e a forma de seu pagamento. Caso o empregado seja dispensado antes
mesmo de obter a CTPS, o empregador deverá fornecer-lhe um atestado, constando
o histórico da relação empregatícia (CLT, Art. 13, §§ 3º e 4º).
A CLT, em seu Art. 29, § 4º, com a redação dada pela Lei nº 10270/2001,
determinou a proibição do empregador em efetuar anotações desabonadoras à
conduta do empregado em sua CTPS.
Esta é uma norma de proteção ao trabalhador e impede que o empregador,
ao dispensar o empregado, por exemplo, descreva qualquer aspecto negativo de sua
conduta. Tal proibição impede, por exemplo, que o empregador descreva na CTPS do
empregado a falta grave que tenha dado motivo para a sua dispensa, mesmo que
por justa causa.
Dependendo da gravidade das anotações, ou da prática discriminatória,
caracterizada pela intenção de causar dano ou constrangimento ao trabalhador, este
poderá solicitar reparação por danos morais.
De qualquer forma, mesmo não sendo caracterizada como dano moral, a
anotação desabonadora submeterá o empregador ao pagamento de multa prevista
no Art. 52 da CLT.
Saiba mais
• Por decisão do empregador, que compreenderá a dispensa por justa causa e com
justa causa;
• Por decisão do empregado, que comporta o pedido de demissão, a rescisão indireta
ou aposentadoria;
• Por desaparecimento de uma das partes, como a morte do empregador pessoa
física, do empregado, ou extinção da empresa;
• Por mútuo consentimento entre as partes;
• Por advento do termo do contrato;
• Por força maior.
Dispensa do empregado
Dispensa é a ruptura do contrato de trabalho por ato unilateral e imediato do
empregador, independente da vontade do empregado.
A relação de emprego extingue-se por ato do empregador com a dispensa do
empregado, que será com ou sem justa causa, esta implicando a redução dos seus
direitos, suprimidas as verbas rescisórias.
Será também de iniciativa do empregador a ruptura do contrato decorrente
da extinção deliberada da empresa.
a. ato de improbidade
É a falta de probidade, mau caráter, desonestidade, a falta de retidão ou
honradez do empregado no modo de se conduzir na vida.
Basta cometer a falta grave uma única vez para que fique caracterizada a justa
causa.
Trata-se de procedimento do empregado contrário às regras morais ou jurídicas
que disciplinam a vida em sociedade.
A lei não exige, para a caracterização da falta, que o ato de improbidade
seja cometido em serviço ou que esteja com ele relacionado. Assim, a desonestidade
e a má fé podem ser praticadas em serviço ou fora dele, podendo ocorrer inclusive
durante a interrupção ou suspensão do contrato de trabalho. Como exemplo, citamos
o empregado que durante o gozo de férias, associado a assaltantes, rouba a empresa
onde trabalha.
Caracterizam-se como ato de improbidade, dentre outras:
• Marcar cartão de ponto de colega ausente;
• Justificar faltas ao serviço com atestados médicos falsificados;
• Cobrador que recebe dinheiro do cliente e não presta contas ao respectivo
empregador;
• Prática de roubo;
• Prática de furto.
i. abandono de emprego
Para que seja caracterizado a justa causa por abandono de emprego é necessário
que o empregado falte injustificadamente ao serviço durante certo tempo e manifeste
sua intenção de não mais retornar ao emprego. É preciso que haja prova de abandono,
em função do princípio da continuidade da relação de emprego. Por analogia ao Art.
474 da CLT, e a jurisprudência trabalhista.
A Súmula n. 32 do TST dispõe que:
Menor aprendiz
O contrato de aprendizagem extinguir-se-á no seu termo ou quando o
aprendiz completar 18 anos, ou ainda antecipadamente, entre outras hipóteses, pelo
cometimento de falta disciplinar grave por parte do aprendiz (Art. 433, II, da CLT).
Também nos casos de ausência às aulas do curso de aprendizagem, sem
justificativa.
Estivador
Os operários estivadores que paralisarem serviços, quando ocorrerem dúvidas
entre estes e a entidade estivadora, incorrem em falta grave (Art. 269, parágrafo único
da CLT).
Enunciado do TST
4 AVISO PRÉVIO
Aviso prévio é a comunicação que uma parte faz a outra de que pretende
rescindir o contrato sem justa causa, sob pena de pagar uma indenização substitutiva
equivalente ao salário mensal. Não há aviso prévio na justa causa praticada por
qualquer das partes.
A CLT disciplina o aviso prévio nos Artigos 487 a 491, capítulo VI, Título IV, que
trata do contrato individual de trabalho.
A Constituição Federal de 1988, pela primeira vez, tratou do aviso prévio no
Artigo 7º, Inciso XXI, e revogou o Inciso I do Artigo 487 da CLT, que prevê prazo de 8
dias para o aviso prévio do empregado que recebe por semana. A partir de 05/10/1988
o prazo de duração do aviso prévio é de, no mínimo, 30 (trinta) dias, nos termos da
Lei n. 12.506, de 11/10/2011.
O prazo do aviso prévio dado num dia começa a fluir a partir do dia seguinte,
mesmo que este dia não seja útil. Terá o seu vencimento, do mesmo modo, quando
completar 30 dias, independente se caiu em sábado, domingo ou feriado. A data
para pagamento das verbas trabalhistas rescisórias é que terá lugar no primeiro dia
útil seguinte (Art. 477, § 6º, alínea “a” e “b”), sob pena de pagamento de uma multa
prevista no mesmo Artigo 477, § 8º.
Porém, nos termos da Instrução Normativa n. 3/2002, o prazo para pagamento
será até o décimo dia, contado da data da notificação da demissão, no caso de
ausência de aviso prévio, indenização deste ou dispensa de seu comprimento, e,
nessas hipóteses, se o dia do vencimento recair em sábado, domingo ou feriado, o
termo final será antecipado para o dia útil imediatamente anterior.
O aviso prévio, inclusive quando indenizado, integra o tempo de serviço para
todos os efeitos legais. Se o cômputo do aviso prévio indenizado resultar em mais de
1 (um) ano de serviço do empregado, é devida a assistência à rescisão.
Na falta do aviso prévio por parte do empregador, o empregado terá direito ao
salário correspondente ao prazo do aviso, que será, no mínimo, de 30 (trinta) dias.
A lei não estabelece a forma de aviso prévio, porém, nos termos da IN 03/2002,
a comunicação deverá ser formalizada por escrito.
Efeitos
Síntese
REFERÊNCIAS
CAMINO, Carmen. Direito individual do trabalho. 4. ed. rev., ampl. e atual. Porto
Alegre: Síntese, 2004. 570 p.
DELGADO, Mauricio Godinho. Curso de Direito do Trabalho. 3. ed. São Paulo: LTr,
2004. 1471 p.
MARTINS, Sérgio Pinto. Direito do trabalho. 19. ed. atual. São Paulo: Atlas, 2004.
895 p.
SUSSEKIND, Arnaldo. Instituições de Direito do Trabalho. 21. ed. atual. São Paulo:
LTr, 2003.
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Objetivo:
• Compreender o que a CLT reza como sendo Jornada de Trabalho, as formas
de realização e as principais implicâncias na seara trabalhista em caso de
inflações.
Conteúdo programático:
• Fontes constitucionais;
• Consolidação das leis do trabalho (CLT);
• Trabalho noturno;
• Intervalos para descanso;
• Repouso semanal remunerado.
Faça aqui seu planejamento de estudos
A Constituição Federal, no inciso XIII, do Art. 7º, assegura aos empregados “[...]
duração do trabalho normal não superior a oito horas diárias e quarenta e quatro
semanais, facultada a compensação de horários e a redução de jornada, mediante
acordo ou convenção coletiva de trabalho”.
Costumam ser empregados três nomes para denominar a matéria em estudo:
jornada de trabalho, duração do trabalho e horário de trabalho.
A jornada de trabalho diz respeito ao número de horas diárias de trabalho que
o trabalhador presta à empresa. Esta é, como vemos, de no máximo oito horas diárias.
O horário de trabalho é o espaço de tempo em que o empregado presta serviços
ao empregador, contado do momento em que se inicia até seu término, não se
computando, porém, o tempo de intervalo. O horário de trabalho do empregado seria,
por exemplo, das 8h às 12h e das 13h às 17h. O horário de trabalho dos empregados
deve, porém, constar de um quadro e ficar em local bem visível na empresa.
A duração do trabalho tem um aspecto mais amplo, podendo envolver as férias
e o descanso semanal remunerado. O módulo semanal será no máximo de quarenta
e quatro horas.
2 FONTES CONSTITUCIONAIS
Como se vê, opera-se a inversão do ônus da prova. A empresa deve juntar nos
autos do processo os comprovantes de horários cumpridos pelo empregado. Porém,
pode suprir, através de outros meios, inclusive testemunhas, a falta do referido
documento, e se não o fizer prevalecerá o horário pedido pelo empregado.
Observa-se que para as empresas com menos de dez empregados não há
obrigatoriedade na manutenção de registro de horário, e, nesse caso, compete ao
trabalhador o ônus de provar o horário de trabalho efetivamente praticado.
De acordo com o Art. 58. “(...) § 2º: O tempo despendido pelo empregado
até o local de trabalho e para o seu retorno, por qualquer meio de transporte, não
será computado na jornada de trabalho, salvo quando, tratando-se de local de difícil
acesso ou não servido por transporte público, o empregador fornecer a condução”
(Acrescentado pela Lei n. 10.243, de 19/06/2001) (BRASIL, 1944).
Mas se o transporte público regular cobre “[...] parte do trajeto percorrido
em condução da empresa, as horas in itinere remuneradas se limitam ao trecho não
alcançado pelo transporte público.” (Súmula n. 90 do TST, com a nova redação dada
pela Resolução n. 129/2005, DJ 20/04/2005).
• HORAS “IN ITINERE”. TEMPO DE SERVIÇO. (incorporadas as Súmulas nºs 324 e
325 e as Orientações Jurisprudenciais nºs 50 e 236 da SDI-1) - Res. 129/2005 - DJ
20.04.2005.
• I - O tempo despendido pelo empregado, em condução fornecida pelo
empregador, até o local de trabalho de difícil acesso, ou não servido por transporte
público regular, e para o seu retorno é computável na jornada de trabalho. (ex.:
Súmula nº 90 - RA 80/78, DJ 10.11.1978)
• II - A incompatibilidade entre os horários de início e término da jornada do
empregado e os do transporte público regular é circunstância que também gera o
direito às horas in itinere. (ex.: OJ nº 50 - Inserida em 01.02.1995)
• III - A mera insuficiência de transporte público não enseja o pagamento de horas
in itinere. (ex.: Súmula nº 324 - RA 16/1993, DJ 21.12.1993)
• IV - Se houver transporte público regular em parte do trajeto percorrido em condução
da empresa, as horas in itinere remuneradas limitam-se ao trecho não alcançado
pelo transporte público. (ex-Súmula nº 325 RA 17/1993, DJ 21.12.1993)
• V - Considerando que as horas in itinere são computáveis na jornada de trabalho,
o tempo que extrapola a jornada legal é considerado como extraordinário e
sobre ele deve incidir o adicional respectivo. (ex.: OJ nº 236- Inserida em 20.06.2001):
Jurisprudência TRT/SC: HORAS IN ITINERE. INCOMPATIBILIDADE ENTRE OS HORÁRIOS
DE TRANSPORTE PÚBLICO E A JORNADA DE TRABALHO. “A incompatibilidade entre
os horários de início e término da jornada do empregado e os do transporte público
regular é circunstância que também gera o direito às horas in itinere” (Súmula nº
90, II, do Eg.TST). (RO 0001075-63.2012.5.12.0012, SECRETARIA DA 2A TURMA,
TRT12, ROBERTO BASILONE LEITE, publicado no TRTSC/DOE em 26/04/2017).
O Art. 244 da CLT, que trata do ferroviário, prevê que as estradas de ferro poderão
ter empregados de sobreaviso ou de prontidão para executarem serviços imprevistos
ou para substituições de outros empregados que faltem à escala organizada.
O § 2º do Art. 244 da CLT considera de “sobreaviso” o empregado efetivo que
permanecer em sua própria casa, aguardando, a qualquer momento, o chamado para
o serviço. Cada escala de “sobreaviso” será, no máximo, de 24 horas. As horas de
“sobreaviso”, para todos os efeitos, serão contadas à razão de 1/3 do valor da hora
normal.
O sobreaviso caracteriza-se pelo fato de o empregado ficar em sua casa (e não
em outro local) aguardando ser chamado para o serviço.
Permanece em estado de expectativa durante seu descanso, aguardando
ser chamado a qualquer momento. Não tem o empregado condições de assumir
compromissos, pois pode ser chamado de imediato, comprometendo até seus afazeres
familiares, pessoais ou até seu lazer. Assim, se o empregado não estiver aguardando
em sua casa o chamado do empregador, a princípio não seria hora de sobreaviso. É
importante que o empregado seja cientificado de que estará de sobreaviso.
Na prática, a hora de sobreaviso, que era aplicada exclusivamente aos
ferroviários, acabou sendo estendida, por analogia, a outros tipos de empregados,
desde que estes permaneçam em sua residência, aguardando a qualquer momento
o chamado para o serviço.
A partir do momento em que o empregado atende ao chamado do empregador,
fica à sua disposição, sendo considerada como jornada de trabalho, pois se trata de
tempo à disposição do empregador (Art. 4º da CLT).
Distingue-se o sobreaviso do regime de prontidão, em que o § 3º do Art. 244 da
CLT considera como “prontidão” o empregado que ficar nas dependências da estrada,
aguardando ordens. A escala de prontidão será, no máximo, de 12 horas. As horas
de prontidão serão, para todos os efeitos, contadas à razão de 2/3 do salário-hora
normal.
No regime de prontidão, o empregado não fica em casa, mas nas dependências
da estrada de ferro, aguardando ordens, estando, portanto, à disposição do
empregador (Art. 4º da CLT).
Em razão da evolução dos meios de comunicação, o empregado tanto pode ser
chamado pelo telefone ou pelo telégrafo (como ocorria nas estradas de ferro), como
também por BIP, pagers, laptop ligado à empresa, telefone celular etc. O Art. 244 da
CLT foi editado exclusivamente para os ferroviários, pois, na época, os últimos meios
de comunicação ainda não existiam.
O Direito do Trabalho passa, assim, a ter de enfrentar essas novas situações para
considerar se o empregado está ou não à disposição do empregador, principalmente
quanto à liberdade de locomoção do obreiro.
No caso de uso de BIP, pagers ou laptop ligado à empresa ou telefone celular,
não caracteriza sobreaviso, nos termos da Orientação Jurisprudencial n. 49 da SBDI-
4 TRABALHO NOTURNO
O adicional noturno terá por base o salário da hora diurna (caput do Art. 73
da CLT). O salário-hora normal é básico para o cálculo do valor do adicional noturno,
das horas extras, bem como a ausência parcial à jornada etc.
Assim, conforme a jornada de trabalho do empregado, os divisores serão:
• 220, para os trabalhadores com duração semanal de 44 horas semanais, o qual
pode ser substituído por 110 (para os que recebem por quinzena), 44 (para os que
recebem por semana) ou 7,333 (para os que recebem por dia);
• 200, para os trabalhadores com duração semanal de 40 horas semanais (8 horas
diárias, de segunda a sexta-feira, conforme acordo ou convenção coletiva);
• 180, para os trabalhadores com jornada de 6 (seis) horas = 6 x 30 dias = 180 horas
mensais;
• 150, para os trabalhadores com jornada de 5 (cinco ) horas = 5 x 30 dias = 150
horas mensais.
Importante
Art. 71. Em qualquer trabalho contínuo, cuja duração exceda 6 (seis) horas,
é obrigatória a concessão de um intervalo para repouso ou alimentação, o
qual será, no mínimo, de 1 (uma) hora e, salvo acordo escrito ou contrato
coletivo em contrário, não poderá exceder de 2 (duas) horas.
§ 1º Não excedendo de 6 (seis) horas o trabalho, será, entretanto, obrigatório
um intervalo de 15 (quinze) minutos quando a duração ultrapassar 4 (quatro)
horas.
§ 2º Os intervalos de descanso não serão computados na duração do trabalho.
§ 3º O limite mínimo de 1 (uma) hora para repouso ou refeição poderá ser
reduzido por ato do Ministro do Trabalho quando, ouvida a Secretaria de
Segurança e Medicina do Trabalho, se verificar que o estabelecimento atende
integralmente às exigências concernentes à organização dos refeitórios e
quando os respectivos empregados não estiverem sob regime de trabalho
prorrogado a horas suplementares.
§ 4º Quando o intervalo para repouso e alimentação, previsto neste artigo, não
for concedido pelo empregador, este ficará obrigado a remunerar o período
correspondente com um acréscimo de no mínimo cinqüenta por cento sobre
o valor da remuneração da hora normal de trabalho.
Serviços de mecanografia
Dispõe o Art. 72 da CLT (BRASIL, 1944): “Nos serviços permanentes de
mecanografia (datilografia, escrituração ou cálculo), a cada período de 90 (noventa)
minutos consecutivo corresponderá um repouso de 10 (dez) minutos não deduzidos
da duração normal do trabalho”.
Note-se, ainda, que, dado o avanço da tecnologia, outras atividades vão
surgindo, que se assemelham ao trabalho do mecanógrafo, postulando o mesmo
tratamento, como, hoje em dia, o caso dos digitadores. Nesse caso, há que se aplicar
a analogia.
Serviços em frigoríficos
Também o Art. 253 da CLT (BRASIL, 1944) estabelece:
Mineiros
Os mineiros devem ter um intervalo de 15 minutos para repouso após cada
período de três horas consecutivas de trabalho (Art. 298 da CLT). Esse intervalo também
será computado na duração normal, sendo considerado como tempo de serviço à
disposição do empregador.
6.2 Remuneração
Síntese
REFERÊNCIAS
CAMINO, Carmen. Direito individual do trabalho. 4. ed. rev. ampl. e atual. Porto
Alegre: Síntese, 2004. 570 p.
DELGADO, Mauricio Godinho. Curso de Direito do Trabalho. 3. ed. São Paulo: LTr,
2004, 1471 p.
MARTINS, Sérgio Pinto. Direito do trabalho. 19. ed. atual. São Paulo: Atlas, 2004.
895 p.
NASCIMENTO, Amauri Mascaro. Curso de Direito do Trabalho. 19. ed. rev. e atual.
São Paulo: Saraiva, 2004. 1199 p.
SUSSEKIND, Arnaldo. Instituições de direito do trabalho. 21. ed. atual. São Paulo:
LTr, 2003.
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Objetivo:
• Nesta unidade adentramos no tema de mais um benefício dos
trabalhadores, as férias, tão esperadas ao longo de um ano intenso de
serviço.
Conteúdo programático:
• Férias;
• Férias na modalidade de regime de tempo parcial;
• Perda do direito a férias;
• Época de férias;
• Férias coletivas;
• Salário (formas e composição).
Faça aqui seu planejamento de estudos
2 FÉRIAS
A proporcionalidade das férias poderá ser estabelecida à razão 1/12 de 30, 24,
18 ou 12 dias, por mês de serviço ou fração superior a 14 dias, conforme demonstra
o Quadro 6:
a. Dezoito dias, para a duração do trabalho semanal superior a vinte e duas horas,
até vinte e cinco horas;
b. Dezesseis dias, para a duração do trabalho semanal superior a vinte horas, até vinte
e duas horas;
c. Quatorze dias, para a duração do trabalho semanal superior a quinze horas, até
vinte horas;
d. Doze dias, para a duração do trabalho semanal superior a dez horas, até quinze
horas;
e. Dez dias, para a duração do trabalho semanal superior a cinco horas, até dez horas;
f. Oito dias, para a duração do trabalho semanal igual ou inferior a cinco horas.
O empregado contratado sob o regime de tempo parcial que tiver mais de sete
faltas injustificadas ao trabalho, ao longo do período aquisitivo, terá o seu período
de férias reduzido à metade.
Saiba mais
Assim, fazendo jus o empregado a trinta dias, tem um terço de trinta dias; já
quando por faltas fizer jus a dezoito dias o terço sobre os dezoito dias será calculado.
• Prescrição das férias: A prescrição para reclamar férias tem início no fim do período
concessivo ou no dia da cessação do contrato de trabalho (Art. 149. CLT). O prazo
é de cinco anos, durante a vigência do contrato de trabalho, ou de dois anos, após
sua extinção.
3 SALÁRIO
O contrato de trabalho deve especificar a forma como vai ser pago o salário ao
empregado. O salário poderá ser pago por unidade-tempo e por unidade-produção.
Assim, o salário poderá ser fixado em função do tempo, do resultado do
trabalho, ou pela combinação de ambos.
Primeiro, o salário não pode ser totalmente pago em utilidades. Pelo menos 30% do
salário deverá ser pago em dinheiro.
Segunda, a CLT não enumera todas as utilidades. É exemplificativa. Não é taxativa.
Outras utilidades, além das previstas pelo Art. 458 da CLT, podem ser acrescentadas.
Terceira, os percentuais máximos das utilidades, para efeito de descontos nos
salários, são regidos pela CLT, Art. 458. Devem ser justos e razoáveis. De acordo com o
mesmo texto legal, com as alterações da Lei n. 8860, de 1994, é de 20% o percentual
correspondente à alimentação e 25% o de habitação. Esses percentuais incidem sobre
o salário contratual.
Tais parcelas, a fim de que sejam integradas ao salário, devem ser ajustadas
expressamente, ou devem ser pagas habitualmente, em razão de que passam a fazer
parte da remuneração do empregado.
A título de exemplo, a moradia para o empregado que trabalha na construção
de uma estrada, cedida pelo empregador, em um acampamento de obra, longe
da civilização, é meio indispensável para o trabalho e não integra o salário. Já o
empregador que paga o aluguel de uma casa na cidade para um empregado que
exerça funções burocráticas está evitando uma despesa ao empregado, que por sua
conta deveria correr. Portanto, esta utilidade integra seu salário, vez que o empregado
a recebe pelo trabalho.
Enfim, tudo que o empregador fornecer ao empregado para o trabalho
não será considerado salário, tudo o que for fornecido pelo trabalho será salário,
devendo incidir no pagamento de férias, 13º salário, aviso prévio, depósitos do FGTS
e recolhimentos previdenciários.
a) Adiantamentos
Os adiantamentos são aqueles efetuados em dinheiro ao empregado, para ser
descontados do salário. Como adiantamento, temos também os chamados “Vales”, que
os empregados comumente fazem junto à empresa, para satisfazer suas necessidades
mais urgentes.
A legislação não estabelece limite do adiantamento. Portanto, o empregador
poderá limitá-lo, o que é aconselhável, pois se for adiantado todo o salário antes do
prazo de vencimento do mesmo, não será possível efetuar os demais descontos que
porventura existam.
d) Assistência médica
O Tribunal Superior do Trabalho firmou entendimento de que os descontos
salariais efetuados pelo empregador, com a autorização prévia e por escrito do
empregado, para ser integrado em planos de assistência odontológica, médico-
hospitalar, de seguro, de previdência privada ou de entidade cooperativa, cultural ou
recreativa associativa dos seus trabalhadores, em seu benefício e dos seus dependentes,
b) Adicionais legais
Adicional, no sentido comum, significa algo que se acrescenta. No sentido
jurídico, adicional é um acréscimo salarial que tem como causa o trabalho em condições
mais gravosas para quem o presta.
Em nosso direito são compulsórios os adicionais por horas extraordinárias (Art.
59), por serviços noturnos (Art. 73), insalubres (Art. 192), perigosos (Art. 193, § 1º),
e, ainda, por transferência de local de serviço (Art. 469, § 3º).
Salvo os adicionais de insalubridade e periculosidade entre si, os demais, bem
como esses, são cumuláveis (Art. 193, § 2º). A CF de 88 (Art. 7º, XXIII) criou o adicional
para atividades penosas.
O adicional de insalubridade:
a. É devido ao empregado que presta serviços em ambiente considerado insalubre
e é de 10%, 20% ou 40%, conforme o grau de insalubridade, mínimo, médio ou
máximo, de acordo com a Art. 192 da CLT, calculado com base no salário mínimo;
b. O adicional de insalubridade devido a empregado que, por força de lei, convenção
coletiva ou sentença normativa, percebe salário profissional será sobre este calculado
(Súmula n. 17 do TST, restaurada em 21/11/2003);
c. Integra a remuneração-base do empregado para todos os fins.
O adicional de periculosidade:
a. É devido ao empregado que presta serviços em contato permanente com inflamáveis
em condições de risco acentuado (Art. 193);
b. Foi estendido para atividades com explosivos, energia elétrica e radiações ionizantes;
c. É de 30% sobre o salário contratual e integra a remuneração do empregado, salvo
para fins de gratificações, prêmios e participação nos lucros (Art. 192, § 1º);
d. Em relação aos eletricitários, o cálculo do adicional de periculosidade deverá ser
efetuado sobre a totalidade das parcelas de natureza salarial (Súmula n. 191 do TST).
O adicional de transferência:
a. É devido ao empregado transferido pelo empregador para outra localidade e o seu
valor é de 25% do salário contratual (Art. 469, § 3º);
b. É indevido nas transferências definitivas, desde que nestas tenha sido pactuadas
condições salariais mais vantajosas para o empregado e a transferência tenha
resultado do consentimento do trabalhador.
c) Comissões
É frequente nos empregos do comércio, a retribuição com base em percentuais
sobre os negócios que o vendedor efetua, ou seja, o salário por comissão.
Em nosso direito, as comissões:
a. São admitidas como forma exclusiva ou não de retribuição;
b. Não se confundem com a percentagem nem com a participação nos lucros;
c. Não se tornam um direito antes da aceitação da venda pela empresa (Art. 466, CLT);
d. Não são prejudicadas com a cessação da relação de emprego e a inexecução do
negócio, salvo a insolvência do cliente (Art. 466, § 2º, CLT).
d) Gratificações
Gratificações são, na sua origem, liberalidades do empregador que pretende
obsequiar o empregado por ocasião das festas de fim de ano.
São somas de dinheiro de tipo variável, outorgadas voluntariamente pelo patrão
ou seus empregados, a título de prêmio ou incentivo, para lograr mais dedicação e
perseverança destes. Por sua etimologia, gratificação equivale a demonstração de
agradecimento, de reconhecimento, sendo, portanto, um ato não obrigatório, fruto
de espontaneidade.
Há controvérsias quanto à exata caracterização das gratificações salariais.
Provado ou comprovado o caráter habitual, geral, invariável e periódico da gratificação,
este perde a sua voluntariedade característica, para se converter em obrigatória; então,
deixa de ser liberalidade para se transformar em direito exigível pelo trabalhador e
inescusável para o empregador.
Há diversas classificações das gratificações:
a. Quanto à periodicidade do pagamento, as gratificações são mensais, bimestrais,
semestrais ou anuais;
b. Quanto ao valor, são fixas ou variáveis;
c. Quanto ao tipo de ajuste serão expressas, verbais ou escritas, e tácitas quando o
consentimento não for expresso;
d. Quanto à causa, classificam-se em:
• Gratificações de função – que têm como causa o exercício de uma determinada
função, daí porque, cessada a causa, cessa o efeito, podendo ser suprimidas desde
que o empregado deixe de exercer a função que as originou;
• Gratificações de balanço – cuja causa são os lucros acusados em balanço, se
deferidas anualmente, de acordo com a praxe adotada pela empresa, em condições
uniformes, constituirão salário e não poderão ser supridas, cabendo aos respectivos
empregados o direito de cobrá-las judicialmente;
• Gratificações de festas – cuja causa é a ocorrência das festas de fim de ano ou outras.
e) Gorjetas
Gorjeta é a denominação encontrada nos diversos países para exprimir a entrega
de dinheiro, pelo cliente de uma empresa, ao empregado desta que a serviu, como
testemunho da satisfação pelo tratamento recebido.
Em algumas atividades, o trabalhador conta com a gorjeta para a sua substância
e recebe salários ínfimos do empregador em face da possibilidade de completar o seu
ganho com as gorjetas.
Existem duas modalidades de gorjetas: as obrigatórias (sistema alemão), quando
fixadas na nota de despesa, e as facultativas (sistema latino), quando espontâneas.
As gorjetas, no Brasil, não podem ser aproveitadas pelo empregador para
complementação do salário mínimo e integram a remuneração para todos os fins,
f) Prêmios
Não estão previstos em nossa lei, mas são encontrados nos costumes como
forma de pagamento de empregados. Prêmios são um salário vinculado a fatores de
ordem pessoal do trabalhador, como a produção, a eficiência etc. Não podem ser
forma única de pagamento.
Não se confundem com a participação nos lucros, uma vez que a sua causa não
é a percepção de lucros pela empresa, mas o cumprimento, pelo empregado, de uma
condição preestabelecida. Nem com a gratificação, cujas causas dependem mais de
atos ou acontecimentos objetivos e externos à vontade do empregado, enquanto os
prêmios estão diretamente ligados ao esforço, ao rendimento do empregado. Também
não são confundíveis com comissões, porque estas têm por base um negócio fechado
pelo empregado, enquanto os prêmios têm como causa um aumento de produção
ou de eficiência.
Quanto às pessoas beneficiadas, os prêmios são individuais ou coletivos.
Quanto à causa:
a. Prêmios de produção;
b. Prêmios de assiduidade;
c. Prêmios de antiguidade.
Salário igual para trabalho igual, sem distinção de sexo. Trabalho igual em
quantidade e qualidade. Dessa forma, o empregador não poderá pagar salários
distintos para empregados que exerçam idênticas funções, salvo se entre o empregado
paradigma e o empregado equiparado existir uma diferença de mais de dois anos
de tempo de serviço prestado para o mesmo empregador relativamente às funções
exercidas.
Requisitos
As regras de equiparação salarial resultantes dos artigos 7º da CF e 461 da CLT
são as seguintes:
a. A equiparação é feita entre empregados da mesma empresa e não entre empregados
de empresas diferentes;
b.Limita-se à mesma localidade, portanto, não são equiparáveis empregados de
localidades diferentes, ainda que da mesma empresa;
c. Pressupõe empregados que exerçam a mesma função não superior a dois anos;
d. Cabe entre empregados que tenham a mesma perfeição técnica, assim, entendida
a qualidade de serviço, e a mesma produtividade, isto é, quantidade de serviço.
Efeitos
Preenchidos os requisitos legais e doutrinários, o empregado equiparado terá
direito ao mesmo salário do paradigma, excluídas as vantagens pessoais deste. O
adicional por tempo de serviço é uma vantagem pessoal. Depende da antiguidade do
paradigma do emprego e que pode ser maior. A diferença de tempo para equiparação
é medida na função e não no emprego.
Salário do substituto
O substituto, enquanto durar a substituição, tem direito ao salário do substituído.
Não se trata de equiparação, mas de garantia de salário igual por trabalho igual.
O direito não é conferido se a substituição é eventual. Só o é em se tratando de
substituições não eventuais, que se prolongam e que não são por alguns dias apenas.
A substituição do chefe pelo subordinado durante as férias não é eventual. Se o chefe
não comparece ao serviço em um ou alguns dias, a substituição será eventual.
Anote
Ex.: O valor total do 13° salário será a soma da média dos salários variáveis
mais o salário fixo do mês do pagamento, seja da 1ª ou 2ª parcela.
Até o dia 10 de janeiro é refeito o cálculo da remuneração variável com a
inclusão da remuneração do mês de dezembro, efetuando ao empregado o
pagamento da diferença, se houver.
Anote
Saiba mais
Informações Gerais:
• A Gratificação Natalina poderá ser antecipada em 50% (cinquenta por
cento) de seu valor por ocasião do afastamento decorrente de férias., sempre
que este o requerer no mês de janeiro do correspondente ano (Art. 2º, §
2º da Lei 4749/65);
• Art. 2º, § 1º. O empregador não estará obrigado a pagar o adiantamento,
no mesmo mês, a todos os seus empregados;
• As horas extras habituais também repercutem no cálculo da gratificação
natalina;
• O FGTS incide sobre o 13º salário como um todo, ou seja, sobre a primeira
e a segunda parcela;
• Há incidência de desconto de Imposto de Renda Retido na Fonte (IRRF)
sobre o valor correspondente à gratificação natalina, por ocasião do
pagamento da segunda parcela. Essa tributação ocorre exclusivamente
na fonte, separadamente dos demais rendimentos recebidos no mês pelo
beneficiário;
• Em caso de rescisão sem justa causa do contrato de trabalho, o
empregado terá direito ao recebimento da gratificação natalina, calculada
sobre a remuneração do mês da rescisão;
• No caso de demissão por justa causa, o empregado perde seu direito
ao recebimento do 13º salário. Nessa situação, caso já tenha sido efetuado
o pagamento da 1ª parcela da gratificação natalina, a lei autoriza que o
pagamento seja compensado com outro crédito trabalhista. Ressalvado
Convenção 132 OIT;
• Em caso de rescisão por culpa recíproca, o empregado tem direito a 50%
do valor do 13º salário, conforme Súmula 14 do TST;
Aos empregados que se encontram afastados do serviço gozando de
benefício previdenciário, deverá ser paga pelo empregador a gratificação
natalina referente aos 15 primeiros dias de afastamento. Todo o período
restante será pago pela Previdência Social.
Total 600,00 -
Fonte: elaborado pelos autores.
* Está sendo paga a 2ª parcela, efetuando, desta forma, os descontos legais, que
veremos em breve.
R$ 1.200,00 (valor integral do 13º salário) – R$ 600,00 (adiantamento da 1ª parcela)
– 108 (INSS**) = R$ 492,00.
** O INSS é calculado sobre o valor integral, ou seja, 1200 x 9% (faixa do INSS que
veremos mais tarde) = R$ 108,00
Total 300,00 -
Fonte: elaborado pelos autores.
Síntese
CAMINO, Carmen. Direito individual do trabalho. 4. ed. rev. ampl. e atual. Porto
Alegre: Síntese, 2004. 570 p.
DELGADO, Mauricio Godinho. Curso de Direito do Trabalho. 3. ed. São Paulo: LTr,
2004. 1471 p.
MARTINS, Sérgio Pinto. Direito do trabalho. 19. ed. atual. São Paulo: Atlas, 2004.
895 p.
NASCIMENTO, Amauri Mascaro. Curso de Direito do Trabalho. 19. ed. rev. e atual.
São Paulo: Saraiva, 2004. 1199 p.
SUSSEKIND, Arnaldo. Instituições de direito do trabalho. 21. ed. atual. São Paulo:
LTr, 2003.
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Objetivo:
• Nesta unidade estudaremos as horas extras e o banco de horas.
Conteúdo programático:
• Classificação das Horas Extraordinárias;
• Acordo de prorrogação de horas;
• Sistema de compensação de horas;
• Reflexos das horas extras trabalhadas.
Faça aqui seu planejamento de estudos
Importante
Isso quer dizer que tais empregados não têm direito a horas extras e ao
respectivo adicional.
Também os empregados domésticos não têm direito a horas extras (Parágrafo
único do Art. 7º da CF e Lei n. 5.859/72).
3 DIVISOR 220
Veja o que traz o Art. 7º da Constituição Federal sobre a duração da jornada
de trabalho: “XIII – Duração do trabalho normal não superior a oito horas diárias e
44 semanais, facultada a compensação de horários e a redução da jornada, mediante
acordo ou convenção coletiva de trabalho”.
Segundo este dispositivo, a duração normal do trabalho em qualquer atividade
não poderá ser superior a oito horas diárias e 44 semanais. A lei, porém, faculta a
compensação de horários e permite que o empregado opte, por exemplo, por qualquer
dos horários a seguir expostos: oito horas diárias de segunda a sexta-feira e quatro
horas aos sábados, perfazendo um total de 44 horas semanais.
Se o empregador necessitar da mesma quantidade de horas de trabalho de
segunda a sábado, poderá optar por uma jornada diária de 7 horas e 20 minutos:
6 dias (Segunda a Sábado) x 7 h .................................... = 42 h
6 dias (Segunda a Sábado) x 20 min .............................. = 2 h
44 h
Com a redução para 44 horas semanais, o número de horas por mês do
mensalista é de 220 horas e não mais 240 horas.
Exemplo:
7h20min por dia = 440 min x 30 dias = 13.200 min por mês
13.200 min ÷ 60 min = 220 h
Lembrete
REFERÊNCIAS
CAMINO, Carmen. Direito individual do trabalho. 4. ed. rev. ampl. e atual. Porto
Alegre: Síntese, 2004, 570 p.
DELGADO, Mauricio Godinho. Curso de Direito do Trabalho. 3. ed. São Paulo: LTr,
2004, 1471 p.
MARTINS, Sérgio Pinto. Direito do trabalho. 19. ed. atual. São Paulo: Atlas, 2004.
895 p.
NASCIMENTO, Amauri Mascaro. Curso de Direito do Trabalho. 19. ed. rev. e atual.
São Paulo: Saraiva, 2004. 1199 p.
SUSSEKIND, Arnaldo. Instituições de direito do trabalho. 21. ed. atual. São Paulo:
LTr, 2003. 2 v.
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Objetivo:
• O objetivo desta unidade será demonstrar alguns aspectos sobre o trabalho
do menor de idade, do estagiário e da mulher, sua proteção e vedações no
âmbito da legislação constitucional, trabalhista, além de leis esparsas.
Conteúdo programático:
• Maioridade trabalhista;
• A tutela do trabalho infantil e do menor;
• Efeitos do trabalho do menor e suas correntes;
• Jornada de trabalho do menor;
• Contrato de Estágio;
• Aprendiz;
• Trabalho da mulher;
• Período Gestacional;
• Parto.
Faça aqui seu planejamento de estudos
2 TRABALHO DO MENOR
Saiba mais
Primeira corrente:
• Contrato nulo: Não há contrato de trabalho.
• Aplica o Código Civil, art.606, parte final.
• Os valores pagos não se restituem.
• A compensação considera o valor normalmente pago pelo serviço e não o parâmetro
“salário mínimo” (“compensação razoável”)
No entanto, segundo o Art. 606: “[...] Mas se deste resultar benefício para a
outra parte, o juiz atribuirá a quem o prestou uma compensação razoável, desde que
tenha agido com boa-fé”.
Segunda corrente:
• Reconhece o contrato de trabalho como válido;
• basta caracterizar os requisitos do art. 3º da CLT;
• Devidos todos os direitos trabalhistas, inclusive anotação CTPS;
Terceira corrente:
• Contrato anulável;
• Enquanto não é declarado anulado, gera efeitos;
Quarta corrente:
• Contrato nulo;
• Enquanto não é declarado nulo, gera efeitos;
• Devidos todos os direitos trabalhistas enquanto perdurou a relação, pagos como
indenização, posto que não é contrato de trabalho;
• Não registra CTPS.
Importante
Saiba mais
• O trabalho noturno é vedado ao menor, conforme expressa na CLT: “CLT, art. 404
- Ao menor de 18 (dezoito) anos é vedado o trabalho noturno, considerado este
o que for executado no período compreendido entre as 22 (vinte e duas) e as 5
(cinco) horas”.
• CLT, Art. 408: “Ao responsável legal do menor é facultado pleitear a extinção do
contrato de trabalho, desde que o serviço possa acarretar para ele prejuízos de
ordem física ou moral”.
• Doutrina e jurisprudência:
• Não requer assistência do responsável legal:
• Se o menor pode contratar, igualmente pode tratar do distrato.
• O CLT, art.439 não limita o recebimento da comunicação do aviso prévio nem
sua concessão.
Saiba mais
Nesse sentido, a CLT aponta que em seu art. 439 que, “tratando-se, porém, de
rescisão do contrato de trabalho, é vedado ao menor de 18 (dezoito) anos dar, sem
assistência dos seus responsáveis legais, quitação ao empregador pelo recebimento
da indenização que lhe for devida.”
• Afastar os menores sob sua responsabilidade de empregos que diminuam o tempo
de estudo, reduzam repouso e prejudiquem a sua educação moral;
• Podem postular a rescisão do contrato se ocorrer essas hipóteses. “CLT, Art. 424 -
É dever dos responsáveis legais de menores, pais, mães, ou tutores, afastá-los de
empregos que diminuam consideravelmente o seu tempo de estudo, reduzam o
tempo de repouso necessário à sua saúde e constituição física, ou prejudiquem a
sua educação moral”. (BRASIL, 1944).
CLT, Art. 404. § 2º O trabalho exercido nas ruas, praças e outros logradouros
dependerá de prévia autorização do Juiz de Menores, ao qual cabe verificar se a
ocupação é indispensável à sua própria subsistência ou à de seus pais, avós ou
irmãos e se dessa ocupação não poderá advir prejuízo à sua formação moral.
Atenção
Quanto à jornada de trabalho que o menor pode seguir, tem-se como regra
que é proibido prorrogar a jornada normal diária. Tendo esta algumas exceções:
• regime de compensação de horário, por mais 2 horas/dia;
• força maior, em jornada máxima de 12 horas/dia, se o trabalho for imprescindível;
• entre a jornada normal e a extraordinária: 15 minutos de intervalo.
Além desses preceitos legais, temos outras regras a ser seguidas, um exemplo
disso é se menor trabalha em dois estabelecimentos, a duração total do trabalho é
somada.
CLT, Art. 414 - Quando o menor de 18 (dezoito) anos for empregado em mais
de um estabelecimento, as horas de trabalho em cada um serão totalizadas.
→ Não pode permanecer no local de trabalho durante o intervalo de repouso.
CLT, Art. 409 - Para maior segurança do trabalho e garantia da saúde dos
menores, a autoridade fiscalizadora poderá proibir-lhes o gozo dos períodos
de repouso nos locais de trabalho. (BRASIL, 1944)
Temos que levar em consideração, ainda, que as férias devem ser concedidas
de uma só vez, e devem coincidir com férias escolares, segundo o Art. 134 da CLT:
“§ 2º - Aos menores de 18 (dezoito) anos e aos maiores de 50 (cinquenta) anos de
idade, as férias serão sempre concedidas de uma só vez” (BRASIL, 1944).
2.5 Aprendiz
Curiosidade
A CLT, em seu Art. 372 ao 400, também traz algumas vedações legais que
protegem o trabalho da mulher:
Parte da jurisprudência entende que o art. 384 da CLT viola o disposto nos
artigos 5º, incisos I e II, e 7º, XXX, da Constituição Federal, uma vez que os dispositivos
constitucionais estabelecem a igualdade entre homens e mulheres e, portanto, não
haveria razão para a concessão dos 15 (quinze) minutos de intervalo para a mulher
no caso de prorrogação de jornada de trabalho.
Quanto a esse artigo, vejamos o atual posicionamento no TST – Constitucionalidade
do art. 384 da CLT:
3.3 Parto
3.4 Estabilidade
Síntese
REFERÊNCIAS
CAMINO, Carmen. Direito individual do trabalho. 4. ed. rev. ampl. e atual. Porto
Alegre: Síntese, 2004, 570 p.
DELGADO, Mauricio Godinho. Curso de Direito do Trabalho. 3. ed. São Paulo: LTr,
2004, 1471 p.
MARTINS, Sérgio Pinto. Direito do trabalho. 19. ed. atual. São Paulo: Atlas, 2004.
895 p.
NASCIMENTO, Amauri Mascaro. Curso de Direito do Trabalho. 19. ed. rev. e atual.
São Paulo: Saraiva, 2004. 1199 p.
SUSSEKIND, Arnaldo. Instituições de direito do trabalho. 21. ed. atual. São Paulo:
LTr, 2003. 2 v.
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