Título de minha resposta: Imaginação Sociológica e a prática docente via projetos.

O autor em destaque define o pensamento sociológico como uma prática criativa que dá ao
indivíduo condição(s) de perceber-se dentro de um sistema social. Desta forma, a pessoa
possui condições de verificar e analisar a realidade social ao seu redor. Nenhum ato que o
indivíduo fizer (de consequências boas ou não) será um ato isolado, mas terá consequências
sociais. E à isto, o autor Wright Mills convencionou chamar de Imaginação Sociológica.

Atendo-se a questão principal; se os livros didáticos – presentemente editados e oferecidos à

rede pública e privada de ensino (fund/médio/superior) possui o condão de fornecer ao
indivíduo discente condições de pensar/refletir sobre seu papel na sociedade, devemos
entender que a Sociologia tem como meta estudar a sociedade, sua organização social e as
interações e conflitos havidos entre indivíduos em grupos, instituições e associações diversas.
Obrigatório admitir que em um passado não muito distante, professores em sala de aula e
pesquisadores sempre procuraram chegar à um denominador comum educacional dentre os
diversos matizes discentes que encontram-se em uma mesma sala de aula. Livros didáticos
sempre trataram de temas como a escravatura, êxodos regionais, estudos indígenas e outros.
Assuntos pouco relevantes neste momento de mundo e educacional. Dada a precariedade da
organização escolar, horário exíguo (grade das aulas) ao ensino da Sociologia e um ambiente
que prima pelo resultado da aprovação imediata, mesmo os melhores livros didáticos (e
mesmo quando utilizados para projetos definidos em cada escola) não conseguem suprir esta
necessidade PERMANENTE de convencer o aluno(a) a ver-se como parte integrante da
sociedade, não uma ilha isolada em um oceano de pessoas que possuem um sistema de
valores, ideologia, visão de mundo e opiniões (específicas) e que não conseguem encontrar um
ponto em comum na qual esta sociedade (desde a sala de aula), dita plural; possa desenvolver-
se e prosperar para o bem comum.

Fernando L. P. Tavares

Ra: 20149167-5