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1ª QUESTÃO
“O Curso conheceu uma fortuna extraordinária para um texto de Linguística, já que foi amplamente
reconhecido pelo seu valor para as Ciências Humanas. Exemplo mais conhecido dessa fortuna é o
estruturalismo, movimento intelectual que ultrapassou os limites da Linguística para produzir efeitos no
pensamento das Ciências Humanas, como, por exemplo, na Antropologia e na Psicanálise”
Relatar que o Estruturalismo ultrapassou os limites da Linguística significa que a língua somente é estudada a partir
RESPOSTA: da relação com outras áreas do conhecimento, como a Antropologia e a Psicanálise.
2ª QUESTÃO
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Os dois textos apresentam uma variação linguística muito comum entre falantes de algumas comunidades.
Amparados na teoria da variação linguística, leia as assertivas que seguem:
I. Ao observar uma característica comum nos dois textos, verifica-se que palavras bonitas e bem escritas no
tempo de Camões, como "frauta" e "pranta", hoje são consideradas inadequadas, como "bicicreta" e
'pranta".
II. A troca do /l/ pelo /r/ em palavras como bicicreta (ao invés de bicicleta) e pranta (ao invés de planta) é
um fenômeno denominado rotacismo e as pessoas que usam essa variedade são, geralmente, vítimas de
preconceito linguístico.
III. Comparando o texto 1, do século XVI, com o texto 2, explica-se que dizeres considerados adequados de
outrora podem vir a ser inadequados atualmente e isso significa que a língua está em constante processo de
variação e mudança.
IV. Pelo fato de o rotacismo ser uma regularidade de pessoas que, geralmente, pertencem a grupos de
pouca escolaridade, recomenda-se que essa variação não seja levada para discussão em aulas de leitura e
produção textual.
3ª QUESTÃO
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“O signo linguístico vai unir duas imagens mentais e não um nome e um objeto. Ou seja, você tem uma
experiência de árvore, uma experiência de casa, uma experiência de medo, de liberdade, de democracia,
qualquer uma no seu mundo. Essa experiência é conceptualizada, segundo Saussure, no seu cérebro e mais,
associada a uma representação sonora”. (Linguista Cristina Altman, Universidade de São Paulo - USP).
Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=9LA-8nzO9XE>. Acesso em: 17 jun. 2016.
RESPOSTA: I, II e III.
4ª QUESTÃO
Para Saussure, a língua é um sistema de signos que não se concebe a partir da união de um nome atrelado
à coisa que esse nome designa, ou seja, pela teoria saussuriana, a língua é um sistema de signos que une o
significado (o conceito) ao significante (a imagem acústica). Outra característica atribuída ao signo
linguístico, enquanto unidade de duas faces inseparáveis, é que ele é considerado arbitrário. A partir dos
conceitos estudados, o termo “o arbitrário da língua” significa:
5ª QUESTÃO
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...
. A nova disciplina dava ênfase à descrição científica das línguas, numa perspectiva sincrônica.
...
. Joaquim Mattoso Câmara Junior, aluno de Roman Jakobson nos EUA, foi o grande pioneiro da linguística
descritiva no Brasil.
...
. Colocando-nos no cenário dos anos 60, podemos perceber a importância dos livros e traduções de Câmara
Jr. para viabilizar o ensino da linguística nos cursos de Letras, a partir de 1963”.
VANDRESEN, Paulino. A Língüística no Brasil. Disponível em:< https://www.comciencia.br/dossies-1-
72/reportagens/linguagem/ling15.htm>. Acesso em: 23 mar. 2018.
Texto II
Para além da mera apresentação de autores e obras que fizeram parte da implantação da linguística no
Brasil, os interesses de classes (geralmente, quem decide é a elite dominante de cada época) também
influenciam nas questões políticas e acadêmicas sobre a implantação de uma ciência que tinha como
objetivo tratar de questões específicas sobre a língua e de forma desapegada da gramática tradicional.
SILVA, Vera Lucia da. Linguística I. Maringá: NEAD/UNICESUMAR, 2018.
6ª QUESTÃO
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Leia a citação saussuriana sobre a dicotomia língua e fala: “Existe, pois, interdependência da língua e da fala;
aquela é ao mesmo tempo instrumento e o produto desta. Tudo isso, porém, não impede que sejam duas
coisas absolutamente distintas”.
SAUSSURE, F. Curso de Linguística Geral. Tradução de Antônio Chelini, José Paulo Paes e Izidoro Blikstein.
20 ed. São Paulo: Cultrix, 1995, p. 27.
Já que a dicotomia língua e fala é considerada a mais importante, diante do conjunto de dicotomias
apresentadas por Saussure, leia e reflita sobre as asserções a seguir:
I) Saussure definiu a língua como um sistema empregado para a comunicação de uma comunidade. Por isso,
ela é a parte essencial da linguagem, depositada, virtualmente, nos cérebros de um conjunto de falantes que
pertencem a uma mesma comunidade linguística. Essa concepção saussuriana reforça a compreensão da
língua enquanto componente que não pertence ao indivíduo.
PORQUE
II) Apesar do seu caráter social, não se constitui como propriedade individual de cada falante, pois esse tem
o poder de criar outras línguas, bem como, alterá-la conforme sua vontade.
RESPOSTA: A primeira asserção é uma proposição verdadeira e a segunda é uma proposição falsa.
7ª QUESTÃO
Em relação às dicotomias, especificamente sobre as relações dicotômicas da língua pelos eixos
sintagmáticos e paradigmáticos, a língua constitui um sistema e que, portanto, é preciso saber definir como
os elementos desse sistema estabelecem relações entre si. Ao ler uma oração, percebe-se que os elementos
que a constituem se organizam em uma determinada ordem (a sintagmática) e tais elementos podem ser
comutados a fim de obter novos significados (o paradigmático). Diante disso, leia a manchete a seguir
retirada de um jornal e, considerando a teoria da dicotomia sintagma e paradigma, avalie as asserções e a
relação proposta entre elas.
I. A manchete segue uma ordem linear de acordo com uma regra pré-definida e convencionada pela língua
portuguesa brasileira, justificando seu caráter sintagmático que se relaciona com o eixo paradigmático.
PORQUE
II. Os elementos podem ser comutados por: "Em manifestação, educadores marcam ato na câmara”, pois os
elementos podem ser substituíveis conforme as normas estabelecidas pela língua.
8ª QUESTÃO
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Nesta disciplina, tivemos a oportunidade de estudar as dicotomias saussureanas e entender como elas são
importantes para os estudos linguísticos atuais. Sobre essa perspectiva teórica, leia as assertivas que
seguem:
9ª QUESTÃO
Leia os textos, considere a dicotomia diacronia e sincronia:
Por meio da dicotomia diacronia se estuda a evolução histórica da língua, através do tempo e pela sincronia
se estuda a língua em um momento específico.
b) A origem do xadrez e do seu tabuleiro geram controvérsias. Alguns historiadores dizem que ele veio do
Antigo Egito ou da China Dinástica, mas a vertente mais consolidada é que surgiu na Índia, por volta do
século VI, denominado como Chaturanga. Com o passar do tempo, chegou à Pérsia, denominado como
Xatranje. Ele difundiu pela Europa e foram precisos cerca de 500 anos para o Xatranje começar a se parecer
com o xadrez que conhecemos hoje.
II. O texto I é um exemplo de como se estuda, sincronicamente, a língua hoje, pois define o jogo de xadrez
na atualidade.
III. O texto II é um exemplo de como se estuda, diacronicamente, a língua no passado, pois conta a evolução
histórica do jogo de xadrez.
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10ª QUESTÃO
Segundo Guimarães (2012), na língua portuguesa, assim como em qualquer outro idioma, os falantes
precisam percorrer dois ‘eixos’ para construir enunciados: o da seleção e o da combinação.
GUIMARÃES, Thelma de Carvalho. Comunicação e linguagem. São Paulo: Pearson, 2012
Pautando-se nessa ideia, analise as frases que seguem:
a) Cuidado! O cachorrinho fugiu!
b) Olha lá! O cãozinho escapou!
c) E agora! O danadinho sumiu!
Considerando o contexto acima apresentado, analise a aplicabilidade da dicotomia sintagma e paradigma:
I) O nível da seleção, ou paradigma, se explica pelos diferentes modos como se refere ao animal de
estimação: cachorrinho, cãozinho e danadinho e também pelo verbo de ação praticado pelo animalzinho:
fugiu, escapou, sumiu.
II) A ação verbal utilizada para descrever a ação do animalzinho foi apresentada de diferentes maneiras:
fugiu, escapou, sumiu. O fenômeno é explicado pela dicotomia saussuriana sintagma e paradigma e, o caso
apresentado, pode ser utilizado para explicar o paradigma (ou seleção/escolha) que o falante faz nas suas
relações sociais.
III) O sintagma (ou combinação) é um aspecto importante para explicar que não há possibilidades infinitas
de combinação dentro das regras que compõe a formação da língua portuguesa brasileira. Por exemplo: não
se coloca o artigo (no exemplo: a vogal “o”) posterior ao substantivo (no exemplo: cachorrinho, cãozinho,
danadinho). A explicação esclarece que não se fala ou escreve “cachorrinho o fugiu”.
IV) A dicotomia saussuriana “sintagma e paradigma” pode ser utilizada pelo professor de língua portuguesa
brasileira como ferramenta explicativa para orientar os alunos sobre a base que justifica o fato de que os
elementos não apresentam uma distribuição aleatória, mas sim uma distribuição organizada e ordenada. Por
exemplo: posso escrever/dizer “o cachorrinho fugiu”, mas há a perda de sentido em “fugiu cachorrinho o”,
comprovando que a nossa língua é formada por um conjunto de regras definidas pelo sistema.
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