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Teoria da anulabilidade de

Kelsen: a decisão tem eficácia


constitutiva; por regra o vício de
inconstitucionalidade é aferido
no plano da eficácia; por regra,
decisão que reconhece a
inconstitucionalidade produz
efeitos ex nunc; a lei
inconstitucional é ato anulável;
lei provisoriamente válida,
produzindo efeito até a sua
anulação.

Teoria da nulidade de Marshall:


a decisão tem eficácia
declaratória de situação
preexistente; por regra, o vício
de inconstitucionalidade é
aferido no plano da validade; por
regra, decisão que declara a
inconstitucionalidade produz
efeitos ex tunc; a lei
inconstitucional é ato nulo,
ineficaz, desprovido de força
vinculativa; invalidação ab initio
dos atos praticados, atingindo
no berço,por ter nascido morta a
lei nunca produziu efeito.

A mitigação do princípio da
nulidade no controle difuso: ao
declarar a inconstitucionalidade
de lei ou ato normativo, e tendo
em vista razões de segurança
jurídica ou de excepcional
interesse social, poderá o STF
por maioria de 2/3 de seus
membros, restringir os efeitos
daquela declaração ou decidir
que ela só tenha eficácia a partir
de seu trânsito em julgado ou de
outro momento que venha a ser
fixado.

A mitigação do princípio da
nulidade no controle difuso: a
regra geral do artigo 27 da lei
9.868/99, em casos particulares,
também tem sido aplicada, por
analogia ao controle difuso.

Vício material (nomoestática):


diz respeito a matéria, ao
conteúdo do ato normativo.
Aquele ato normativo que
afrontar qualquer preceito ou
princípio da lei maior, deverá ser
declarado inconstitucional por
possuir um vício material.
Espécies de
inconstitucionalidade: por ação
ou omissão. Por ação pode tem:
Vício Formal (nomodinâmica)
verifica-se qd a lei ou ato
normativo infraconstitucional
contiver algum vício em sua
forma, ou seja, em seu processo
de formação, em razão de sua
elaboração por autoridade
incompetente. Formal orgânica
decorre da inobservância da
competência legislativa para
elaboração do ato, EX: lei
Municipal que discipline o cinto
de segurança, é competência da
união.

Formal Propriamente dita


decorre da inobservância do
devido processo legislativo,
divide-se em vício formal
subjetivo (verifica-se na fase
iniciativa. E vício formal objetivo
(verificam-se nas demais fases
do processo legislativo,
posteriores à fase iniciativa).
Formal por violação a
pressupostos objetivos do ato
normativo refere-se aos
chamados pressupostos,
constitucionalmente
considerados como elementos
determinantes de competência
dos órgãos legislativos em
relação a certas matérias.

Momentos de controle: pode


ser: Prévio é o controle realizado
durante o processo legislativo
de formação do ato normativo,
pode ser realizado pelo
legislativo que verificará através
de suas comissões de
constituição e justiça, se o
projeto de lei, que poderá virar
lei, contém algum vício a ensejar
a inconstitucionalidade.Pelo
executivo, o veto se dar qd o
chefe do executivo considerar o
projeto de lei inconstitucional ou
contrária ao interesse público.
Pelo judiciário, o controle nesse
caso é pela via de exceção, em
defesa de direito de parlamentar.
Controle posterior será realizado
sobre a lei, pode ser: Político
verifica-se pelo Estado onde o
controle é exercido por um
órgão distinto dos três
poderes,órgão esse garantidor
da supremacia da Constituição,
comum nos países da Europa.
Controle jurisdicional é realizado
pelo Poder Judiciário, tanto
através de um único órgão
(controle concentrado), como
por qualquer juiz ou tribunal
(controle difuso), no Brasil
adotou o sistema jurisdicional
misto. Controle híbrido tem uma
mistura dos outros dois
sistemas.

Controle Posterior exercido pelo


legislativo: 1° exceção é o artigo
49, V, CF/88. “sustar os atos
normativos do poder Executivo
que exorbitam do poder
regulamentar ou dos limites de
delegação legislativa. 2°
exceção: artigo 62, CF/88. “em
caso de relevância e urgência, o
Presidente poderá adotar
medidas provisórias, com força
de lei,devendo submetê-las de
imediato ao Congresso
Nacional.

Controle posterior exercido pelo


TCU: auxilia o Congresso
Nacional no controle externo,
assim, ao exercer as suas
atividades poderá, sempre no
caso concreto e de modo
incidental, apreciar a
constitucionalidade de uma lei, e
se for o caso deixar de aplicá-la.

O controle difuso verifica-se em


um caso concreto, e a
declaração de
inconstitucionalidade dá-se de
forma incidental (incidenter
tantun), prejudicialmente ao
exame do mérito. Pede-se algo
ao juízo, fundamentando-se na
inconstitucionalidade de uma lei
ou ato normativo, ou seja, a
alegação de
inconstitucionalidade será “a
causa de pedir processual”.

Controle difuso nos tribunais:


somente pelo voto da maioria
absoluta de seus membros ou
dos membros do respectivo
órgão especial poderão os
tribunais declarar a
inconstitucionalidade de lei ou
ato normativo do Poder Público.
A chamada Cláusula de reserva
do plenário.

Efeitos da decisão para as


partes: os efeitos de qualquer
sentença valem somente para as
partes que litigaram em juízo,
não extrapolando os limites
estabelecidos na lide. No
momento da sentença declara
que a lei é inconstitucional,
produz efeitos pretéritos,
atingindo a lei desde a sua
edição, tornando-a nula de pleno
direito, produz efeitos
retroativos.Serão Inter partes e
ex tunc.

Como se dar o procedimento


depois que o STF declara
inconstitucional a lei? Será feita
a comunicação, logo após a
decisão, à autoridade ou órgão
interessado, bem como depois
do trânsito em julgado, ao
Senado Federal, para seus
efeitos, onde é competência
privativa do Senado Federal,
mediante o instrumento de
resolução, suspender a
execução, no todo ou em parte,
de lei declarada inconstitucional
por decisão definitiva do STF.

O senado é obrigado a
suspender os efeitos? Não está
obrigado a suspender a
execução de lei declarada
inconstitucional por decisão
definitiva do STF, trata-se de
discricionariedade política,
tendo o STF total liberdade de
cumprir o artigo 52,X, CF/88.
Caso contrário, estaríamos
diante de afronta ao princípio da
separação de poderes.

Controle difuso em sede de ação


civil pública: a regra geral na
ação civil pública não pode ser
ajuizada como sucedâneo de
ação direta de
inconstitucionalidade, pois, em
caso de produção de efeitos
erga omnes, estaria provocando
verdadeiro controle concentrado
de constitucionalidade,
ursupando competência do STF.

ADI genérica: o que se busca na


ADI é o controle de
constitucionalidade de ato
normativo em tese, abstrato,
marcado pela generalidade,
impessoalidade e abstração, tem
por objeto principal a declaração
de inconstitucionalidade da lei
ou ato normativo impugnado,
manifestando-se o judiciário de
forma específica sobre o aludido
objeto.

Atos normativos: Qualquer ato


revestido de indiscutível caráter
normativo pode ser objeto de
controle. Súmulas: a súmula de
jurisprudência não possui o
grau de normatividade
qualificada, não podendo, ser
questionada pelo controle
concentrado,mesmo no caso da
súmula ser vinculante não pode
ser questionada, por não
possuir generalidade e
abstração, diferentemente do
que acontece com as leis.

Emendas constitucionais pode


ser objeto de controle. Medidas
provisórias: como a medida tem
força de lei pode ser alvo de
controle, já que ato estatal, em
plena vigência. Sendo ela
convertida em lei, ou tendo
perdido a sua eficácia por
decurso do prazo, considerar-se
prejudicada a ADI pela perda do
objeto da ação, o autor da ADI,
deverá aditar o seu pedido à
nova lei de conversão.

E os requisitos constitucionais
de relevância e urgência podem
ser objeto de controle
jurisdicional?
Excepcionalmente, o STF
decidiu serem possíveis de
controle, os requisitos
constitucionais legitimadores da
edição de medidas provisórias,
vertidos nos conceitos jurídicos
indeterminados de relevância e
urgência, apenas em caráter
excepcional se submetem ao
Poder Judiciário, por força da lei
da separação dos poderes.

E os requisitos constitucionais
de imprevisibilidade e urgência
da Medida Provisória que abre
crédito extraordinário podem ser
objeto de controle jurisdicional?
O STF mostra-se bastante
relevante, freando o
desvirtuamento dado pelo
executivo às medidas
provisórias referente a crédito
extraordinário.

Os regulamentos ou decretos
expedidos pelo executivo e
demais atos normativos
secundários poderiam ser objeto
de controle concentrado de
constitucionalidade? Em regra
não, referidos atos não estão
revestidos de autonomia jurídica
a fim de qualificá-los como atos
normativos suscetíveis de
controle, não devendo assim,
sequer ser conhecida a ação,
trata-se de questão de
legalidade, serão ilegais e não
constitucionais.

Tratados internacionais: Fases:


1° - Celebração do tratado
internacional pelo órgão do
Poder Executivo; 2° - Aprovação
por decreto legislativo; 3° -
Troca ou depósito dos
documentos de ratificação pelo
órgão do Poder Executivo; 4° -
Promulgação por decreto
presidencial, seguida de
publicação.

Normas Constitucionais
originárias: não se admite
controle concentrado ou difuso
de constitucionalidade de
normas produzidas pelo poder
constituinte originário.

Como deverá será verificação da


constitucionalidade de lei, ou ato
normativo anterior à constituição?
Não pode ser objeto de controle, o
que se verificará é se foi
recepcionada ou não pela
constituição.

Atos estatais de efeitos concreto


não estão sujeitos ao controle
abstrato de constitucionalidade, na
medida em que ação direta CE
inconstitucionalidade não constitui
substituição da ação popular
constitucional.

Busque delimitar o significado de


Bloco de constitucionalidade e
apresente a ampliação desse bloco
trazida pela EC 45/2004: O bloco
de constitucionalidade deverá
servir de parâmetro para que se
possa realizar a confrontação e
aferir a constitucionalidade, na
medida que se passa a ter um
novo parâmetro (norma formal e
materialmente constitucional), “Os
tratados e convenções
internacionais sobre direitos
humanos que forem aprovados,
em cada casa do Congresso
Nacional, em 2 turnos, por 3/5 dos
votos dos respectivos membros,
serão equivalentes as emendas
constitucionais.
O que significa a Teoria da
transcendência dos motivos
determinantes? Mostre a distinção
das expressões obter dictum e
ratio decidendi: É o efeito
vinculante que o STF vinha
atribuindo não somente ao
dispositivo da sentença, mas,
também, aos fundamentos
determinantes da decisão. Obter
dictum (coisa dita de passagem),
são comentários laterais, que não
influem na decisão, sendo
perfeitamente dispensáveis, Teoria
do transbordamento, não se falaria
em irradiação de obter dictum, com
efeito vinculante, para fora do
processo. Ratio decidendi é a
fundamentação essencial que
ensejou aquele determinado
resultado da ação, aceita a Teoria
dos efeitos irradiantes, a razão da
decisão passaria a vincular outros
julgamentos.

Analise a chamada “teoria da


inconstitucionalidade por
arrastamento ou atração, ou
inconstitucionalidade
conseqüente de preceitos não
impugnados, ou
inconstitucionalidade
conseqüencial ou
inconstitucionalidade
conseqüente ou derivada.
Aparece ligado aos limites
objetivos da coisa julgada e á
produção dos efeitos erga
omnes, se em determinado
processo de controle
concentrado de
constitucionalidade for julgada
inconstitucional a norma
principal, em futuro processo
outra norma depende daquela
que foi declarada
inconstitucional em processo
anterior, tendo em vista a
relação de instrumentalidade
que entre elas existem, também
estará eivada pelo vício de
inconstitucionalidade.

A questão do prazo em dobro


para a defensoria pública, a ação
civil ex delicto ajuizada pelo MP,
são normas em trânsito para
inconstitucionalidade.
Inconstitucionalidade
circunstancial busca-se diante
de uma lei formalmente
constitucional, identificar que,
circunstancialmente a sua
aplicação caracterizaria uma
inconstitucionalidade.

Admite-se o efeito vinculante em


ADI e ADC para o legislativo?Na
linha de interpretação dada pelo
STF, não atingi o Poder
Legislativo, produzindo eficácia
contra todos e efeito vinculante,
relativamente aos demais
órgãos do Poder Judiciário e à
administração Pública direta e
indireta, nas esferas federal,
estadual e municipal.
(Inconcebível fenômeno da
fossilização da constituição).

O que se entende por


inconstitucionalidade chapada,
enlouquecida e desvairada?
Caracteriza uma
inconstitucionalidade mais do
que evidente, clara, flagrante,
não restando qualquer dúvida
sobre o vício, seja formal, seja
material.

Explique como se deu a


declaração de
inconstitucionalidade da lei que
criou o município de Luis
Eduardo Magalhães? Deu-se
pela violação do artigo 18,
parágrafo 4° da CF/88, na
medida que: O município foi
criado em ano de eleições
municipais; não existia lei
federal fixando período para
criação de municípios; a nova lei
estadual violou o regime
democrático, na medida em que
a consulta prévia plebiscitária
não foi realizada com a
totalidade da população
envolvida no processo de
emancipação; os estudos de
viabilidade municipal forma
publicados em momento
posterior ao plebiscito.

Qd se dar o início da eficácia da


decisão que reconhece a
inconstitucionalidade da lei? O
STF entende que a decisão
passa a valer a parti da
publicação da ata de julgamento
no DJU, sendo desnecessário
aguardar o trânsito em julgado,
exceto nos casos excepcionais a
serem examinados pelo
presidente do tribunal, de
maneira a garantir a eficácia da
decisão.

COMPETÊNCIA: lei ou ato


normativo federal/estadual que
contrariar a CF – STF; Lei ou ato
normativo estadual/municipal
que contrariar a CE – TJ local;
lei ou ato normativo municipal
em face da CF (não existirá
controle concentrado por ADI,
só difuso. Há, contudo, a
possibilidade de ajuizamento da
argüição de descumprimento de
preceito fundamental tendo por
objeto lei municipal confrontada
perante a CF. Lei municipal em
face da lei orgânica do
município, não e um caso de
controle de constitucionalidade
e sim de simples controle de
legalidade.

Quem possui legitimidade para


questionar a constitucionalidade
de lei ou ato normativo?
Presidente da República
(neutro), Mesa do Senado
Federal (neutro), Mesa da
Câmara dos Deputados (neutro),
Mesa de Assembléia legislativa
de Estado ou pela Mesa da
Câmara Legislativa do Distrito
Federal (interessado),
Governador de Estado ou do
Distrito Federal (interessado),
PGR (neutro), Conselho Federal
da Ordem dos Advogados do
Brasil (neutro), Partido Político
com Representação no
Congresso Nacional (neutro),
Confederação Sindical ou
Entidade de classe de âmbito
nacional (interessado).

Como se dará o procedimento?


A ação será proposta por um
dos legitimados, que deverá
indicar na petição inicial o
dispositivo da lei ou ato
normativo impugnado e os
fundamentos jurídicos do
pedido em relação a cada uma
das impugnações, bem como o
pedido, com suas
especificações. Deverá conter
cópias da lei ou ato normativo
impugnado e dos documentos
necessários para comprovar a
impugnação. O relator pedirá
informações aos órgãos ou
autoridades das quais emanou a
lei ou ato normativo impugnado,
terão os prazos de 30 dias para
apresentar essas informações.
Decorrido o prazo das
informações, serão ouvidos
sucessivamente, o AGU e o
PGR, que deverão manifestar-se
no prazo de 15 dias. O relator
lançara o relatório, com cópia a
todos os ministros, e pedirá dia
para julgamento.

Amicus curiae: o relator que dará


admissão ou não do amicus curiae,
não cabe recurso da decisão
interlocutória que admite ou não a
presença do amigo da corte, seus
requisitos são a relevância da
matéria e representatividade dos
postulantes, o relator que dará o
prazo.

É possível a admissão do amicus


curiae na ADC? Não é possível na
ADC, sendo possível na ADI. Cabe
amicus curiae na ADPF?
Excepcionalmente e dede que
configuradas as hipóteses de
cabimento, admitida será a
presença d AC.

Quais são os efeitos da decisão?


Produzirá efeitos contra todos,
erga omnes, também terá efeito
retroativo, ex tunc, retirando do
ordenamento jurídico o ato
normativo ou lei incompatível com
a CF, trata-se de ato nulo.

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