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Nº:

MEMORIAL DESCRITIVO MD-TMZ2020-VOAH-001


CLIENTE: FOLHA:
INFRATEC ENGENHARIA 1 de 15
PROGRAMA:
VERIFICAÇÃO DE ESTRUTURA EXISTENTE COM EXPANSÃO VERTICAL
AREA:
VILA OSVALDO ACTIVE HEALTHCARE

TÍTULO:
RECUPERAÇÃO DE ESTRUTURAS – PROCEDIMENTOS E MATERIAIS
PROJETO:
PROJETO VILA OSVALDO ACTIVE HEALTHCARE
RESP. TÉCNICO:
Marco Aurélio Tomaz CREA-MG:
156348/D
Nº PROJETO:
- DISCIPLINA:
Civil

ÍNDICE DE REVISÕES

REV. DESCRIÇÃO E/OU FOLHAS ATINGIDAS

0 PARA APROVAÇÃO

REV. 0 REV. A REV. B REV. C REV. D REV. E REV. F REV. G REV. H


DATA 22/07/2020
PROP. EMISSÃO MARCO
EXECUÇÃO MARCO
VERIFICAÇÃO DANIEL
APROVAÇÃO MARCO
AS INFORMAÇÕES DESTE DOCUMENTO SÃO PROPRIEDADE DA LOGUM, SENDO PROIBIDA A UTILIZAÇÃO FORA DA SUA FINALIDADE.
Nº: REV.
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TITULO:
RECUPERAÇÃO DE ESTRUTURAS – PROCEDIMENTOS E MATERIAIS

ÍNDICE

1 OBJETIVO 3

2 PREPARO DA REGIÃO A SER REPARADA 3

2.1 Definição da região de reparo 4


2.2 Remoção do material 5
2.3 Limpeza das armaduras e do substrato 7

3 PROCEDIMENTOS DE REPARO 7

3.1 Fissuras superficiais 8


3.2 Inibidor de corrosão das armaduras 8
3.3 Reparo em pequenas áreas 9
3.4 Reparo em grandes áreas 11
3.5 Cura 13

4 ACRÉSCIMO OU SUBSTITUIÇÃO DE BARRAS 14

5 CONTROLE DE RECEBIMENTO DO REPARO 15

6 REFERÊNCIAS 15
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RECUPERAÇÃO DE ESTRUTURAS – PROCEDIMENTOS E MATERIAIS

1 OBJETIVO

O objetivo deste documento é apresentar as operações e os métodos para a recuperação


da estrutura do antigo prédio do ReiMassas.

As técnicas apresentadas constituem um conjunto de ações baseadas em bibliografia


consagrada, fundamentada por pesquisas e pesquisadores, uma vez que, não há norma
brasileira que trata do assunto.

Helene (2019) define que recuperação é o conjunto de operações destinadas a corrigir


anomalias existentes em uma edificação, para manutenção do desempenho do sistema. O
reparo estrutural é uma das ações que integram as ações de recuperação. Seu intuito é
devolver o aspecto normal das peças mediante restauração da sua área degradada.

Dessa maneira, não faz parte deste documento nenhuma especificação relacionada a
reforço estrutural, que objetiva incrementar resistência ao sistema

Os materiais apresentados fazem parte do sistema Sika® de reparo de estruturas. Na


impossibilidade de utilizar qualquer um dos materiais, deve-se substituir todo o sistema por
materiais equivalentes de uma mesma empresa. Esta recomendação evita que materiais
de empresas concorrentes sejam utilizados para um mesmo trabalho.

Não é permitido utilizar materiais de empresas diferentes em uma mesma ação de


recuperação. Em caso de dúvidas, não executar os serviços sem consulta prévia aos
engenheiros responsáveis.

2 PREPARO DA REGIÃO A SER REPARADA

A primeira etapa a ser cumprida antes de aplicar os procedimentos de reparo é a


preparação do substrato. Os procedimentos de preparo e limpeza garantem a perfeita
ancoragem do material a ser aplicado na superfície e são divididos nas seguintes etapas:
• Definição da região de recuperação;
• Preparo do substrato;
• Limpeza do substrato.
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2.1 Definição da região de reparo

A demarcação da área a reparar, como mostra a Figura 1, será feita pelos engenheiros
responsáveis acompanhados do pessoal técnico do empreendimento de acordo com os
critérios que seguem:
• Áreas que apresentem som cavo mediante ensaio de percussão com martelo de
borracha;
• Áreas que visualmente apresentem destacamento;
• Áreas que indicam ter sofrido algum tipo de intervenção de maneira incorreta.

Figura 1 – Exemplo de demarcação de área a ser recuperada

O corte da área deverá ser feio ortogonalmente à superfície da peça com uso de disco-de-
corte. Deve-se evitar cortes em zig-zag, em curvas e cortes que atinjam as armaduras. Os
cortes devem delimitar figuras geométricas retangulares.

O objetivo da demarcação com disco-de-corte é o de evitar bordas fracas com acabamento


em ângulos agudos que comprometeria o desempenho dos materiais utilizados para o
preenchimento no local da recuperação. Assim, as bordas devem apresentar aspecto
semelhando ao apresentado na Figura 2.

Em caso de armadura com baixo cobrimento, deve-se evitar cortá-las prevendo uma
camada extra de revestimento de argamassa que assegure o cobrimento mínimo protetor
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para a armadura, conforme as diretrizes apresentadas pela norma brasileira NBR 6118,
tabela 7.2.

Figura 2 – Exemplo de arremate das bordas

2.2 Remoção do material

Após a demarcação da área, é preciso remover o material deteriorado até no mínimo a


profundidade atingida pelo corte. A escarificação deverá retirar todo material solto ou de
baixa resistência, eliminando todo o material ao redor das armaduras corroídas, de
maneira que os dedos da mão caibam por trás das armaduras, Figura 3.

Essa etapa requer cuidado para não afetar as áreas adjacentes à delimitada, para isso,
não deve ser utilizado martelete eletromecânico com potência superior de 1.500 W.

Figura 3 – Exemplo de remoção do material ao redor das armaduras


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Para pilares, recomenda-se escarificar ao longo da altura de forma a descobrir, no máximo,


dois espaçamentos entre estribos. Havendo necessidade de descobrir uma área maior nos
pilares, deve ser feita uma análise prévia considerando duas possibilidades:
• Executar a recuperação da área em mais de uma etapa;
• Executar a recuperação procedendo previamente o escoramento do pilar.

A superfície escarificada deverá resultar aproximadamente plana, sem cavidades nem


protuberâncias exageradas com rugosidade próxima a rugosidade apresentada pelas
situações CSP7, CSP8 e CSP9 da Figura 4.

Figura 4 – Condições de superfície do substrato

Estando a peça estrutural com seu interior exposto, recomenda-se executar o ensaio de
carbonatação por aspersão de fenolftaleína juntamente com o ensaio de potencial de
corrosão. Os ensaios são orientativos para a necessidade de substituição das armaduras.

Não há norma brasileira para o ensaio de potencial de corrosão, assim, o ensaio e seus
resultados devem seguir a norma americana ASTM C876.

Para pilares, a área residual após o corte e a remoção de material não pode ser menor do
que 85% da seção original. Se houver necessidade de grande remoção de área, deve-se
elaborar outro processo de recuperação não apresentado neste documento.
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2.3 Limpeza das armaduras e do substrato

Todo produto de corrosão formado sobre a superfície das barras deverá ser removido,
tanto para as barras longitudinais quanto para as barras transversais (estribos).

A limpeza poderá ser executada manualmente com escovas de aço ou mecanicamente


com escova de aço acoplada a uma furadeira. Esta limpeza deve aproximar-se do padrão
de “metal-branco”.

A limpeza do substrato consiste na aplicação de jato de água potável com pressão sobre a
superfície do concreto escarificado e das armaduras lixadas. A pressão deve ser ajustada
para remover resíduos, poeira, partículas soltas, óleos e contaminantes

Depois de limpas, deve-se medir a perda de seção com paquímetro. Caso a perda de
seção seja superior a 15% da área inicial, Souza e Ripper (1998) recomendam que as
armaduras devem ser complementadas ou substituídas conforme indicado pela norma
brasileira NBR 6118 e apresentado pela seção 4. A Tabela 1 apresenta os valores
residuais mínimos das áreas de aço.

Tabela 1 – Correspondência entre diâmetro inicial e diâmetro residual mínimo


ϕ inicial (mm) Área inicial (mm2) ϕ residual (mm) Área residual (mm2)
5.0 19,6 ≥ 4,61 ≥ 16,7
6.3 31,2 ≥ 5,81 ≥ 26,5
8.0 50,3 ≥ 7,38 ≥ 42,7
10.0 78,5 ≥ 9,22 ≥ 66,8
12.5 122,7 ≥ 11,52 ≥ 104,3
16.0 201,1 ≥ 14,75 ≥ 170,9

Após essa etapa, é preciso proteger as armaduras por meio de uso de primers específicos.

3 PROCEDIMENTOS DE REPARO

As técnicas de reparo foram divididas em:


• Fissuras superficiais;
• Inibidor de corrosão das armaduras
• Recuperação superficial;
• Recuperação profunda;
• Cura.
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3.1 Fissuras superficiais

Fissuras superficiais são aquelas que permeiam toda a superfície da estrutura, mais
especificamente na superfície do reboco. Sua causa está relacionada com a exposição da
estrutura às intempéries e ao sol, pois, como constatado no laudo de inspeção, a estrutura
não possui revestimento em pintura ou cerâmica.

Para esses casos, consideram-se que as fissuras não trazem prejuízos estruturais, dessa
maneira, deve-se aplicar tinta impermeabilizante elastomérica. Em caso de detecção de
som cavo, é necessário avaliação para adoção de outro método de recuperação.

Se a opção for deixar a estrutura aparente, estas fissuras deverão ser calafetadas e,
posteriormente, deve-se aplicar material hidrofugante resistente à ação dos raios solares e
à alcalinidade do concreto, como Sika Silicone® ofertado pela Sika®.

O hidrofugante deve ser reaplicado sobre a superfície de tempos em tempos para garantir
a manutenção da estrutura, conforme indicação do fabricante.

3.2 Inibidor de corrosão das armaduras

SikaTop Armatec-180® é uma argamassa pré-dosada, de base cimentícia, polimérico e


bicomponente, indicado para inibir a corrosão das armaduras de aço e como ponte de
aderência para reparos estruturais.

As armaduras devem estar limpas, isentas de ferrugem e outras incrustações, como


indicado em 2.3.

Se a corrosão ocorreu devido a ataques de cloretos, o aço deve ser lavado por
hidrojateamento de alta pressão imediatamente após o jateamento abrasivo, garantido
assim, a remoção dos produtos de corrosão e cloretos das cavidades e imperfeições. O
substrato de concreto deverá ser lavado nestas circunstâncias.

Devem ser observadas as recomendações do fabricante relativas à estocagem, ao preparo


e a aplicação do produto.

As ações devem seguir as especificações do fabricante conforme as seguintes


orientações:
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• Aplicar na forma de pintura, utilizando trincha de cerdas médias. As barras devem


ser revestidas em todo perímetro, para facilitar o acesso, utilizar pincel pequeno e
estreito;
• Aplicar primeira demão até atingir espessura de 0,50 mm.
• Aplicar segunda demão após 2 horas até atingir espessura final de 1,0 mm.
• Demais serviços de reparo devem ser executados após 24 horas não excedendo 72
horas.

3.3 Reparo em pequenas áreas

Reparo e/ou reconstituição de estrutura de concreto em espessura máxima de 100 mm,


aplicada em camadas de até 20 mm.

O substrato deve estar limpo, sem partes soltas ou desagregadas e com alta rugosidade
(apicoada), conforme indicado em 2.2. O corte deve apresentar uma figura geométrica
quadrada ou retangular, como indicado pela demarcação realizada previamente. As
armaduras existentes devem ser limpas e isentas de corrosão, de acordo como indicado
em 2.3.

O material recomendado é o SikaRepair-222 BR®, cujas características estão


apresentadas no Quadro 1.
Quadro 1 – Características do material
Ensaio Resultado esperado Unidade
Resistência à compressão 1 dia ≥ 15 MPa
Resistência à compressão 3 dias ≥ 22 MPa
Resistência à compressão 7 dias ≥ 28 MPa
Resistência à compressão 28 dias ≥ 38 MPa
Trabalhabilidade (25ºC) 40 Minutos
Adição de água por saco de 25 kg 3,25 Litros
Temperatura ambiente para aplicação 10 a 30 ºC
Fonte: Manual do produto - Sika

SikaRepair-222 BR® é uma argamassa para reparo monocomponente, composta por


cimento Portland, agregados finos selecionados, aditivos especiais, polímeros e fibras que,
quando misturados, resultam em uma argamassa de consistência tixotrópica, de elevado
poder de adesão, baixa permeabilidade e excelente resistência.

Devem ser observadas as recomendações do fabricante relativas à estocagem, ao


preparo, à aplicação do produto e às restrições de uso.
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As ações devem seguir as especificações do fabricante conforme as seguintes


orientações:
• Antes da aplicação do SikaRepair-222 BR®, molhe bem a superfície preparada, até
que fique saturada, porém sem brilho superficial (Superfície Saturada Seca). Esse
preparo deve ser feito com aspersão de água, podendo ser utilizado borrifadores
e/ou bomba costal;
• Aplicar em camadas sequenciais com espessura máxima de 20 mm (especificação
do fabricante) até o preenchimento total da área;
• Posicionar e pressionar a argamassa com as mãos (empregando luvas) de forma a
preencher a região de recuperação (Figura 5), no sentido do centro para as bordas;
• Todo cuidado deve ser tomado para que não fiquem falhas no preenchimento;
• Argamassa aplicada imediatamente após o seu preparo;
• Quando aplicado por camadas deve esperar por um intervalo de tempo entre elas
para que não solte do substrato devido ao peso próprio (ver especificação do
fabricante);
• Deve-se deixar a superfície entre camadas irregular ou riscada para facilitar a
aderência e reduzir os riscos de retração exagerada;
• Dar acabamento com desempenadeira de madeira ou esponja;
• Efetuar cura húmida por pelo menos 7 dias. Não utilizar cura química a base de
solvente.

Em reparos de maiores dimensões superficiais, utilizar ponte de aderência com o Sika


Bond PVA® aplicando sobre o substrato saturado e superfície seca uma camada de
aproximadamente 1,5 mm do produto e, antes da secagem, aplicar o SikaRepair-222 BR®
como indicado.

Na impossibilidade de aplicar o produto descrito, deve-se substituir por produto equivalente


com as mesmas características relativas à aplicação e resistências.
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Figura 5 – Exemplo de aplicação da argamassa com as mãos

3.4 Reparo em grandes áreas

Reparo e/ou reconstituição de estrutura de concreto em espessura entre 10 mm e 50 mm


para grandes áreas sem adição de brita. Em espessuras de maior profundidade, entre 50
mm até 150 mm, deve-se adicionar brita 0. A adição de brita 0 deve seguir as
recomendações do fabricante.

O substrato deve estar limpo, sem partes soltas ou desagregadas e com alta rugosidade
(apicoada), conforme indicado em 2.2. O corte deve apresentar uma figura geométrica
quadrada ou retangular, como indicado pela demarcação realizada previamente. As
armaduras existentes devem ser limpas e isentas de corrosão, de acordo como indicado
em 2.3.

O material recomendado é o SikaGrout-250N®, cujas características estão apresentadas


no Quadro 2.
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Quadro 2 – Características do material (sem adição de brita)


Ensaio Resultado esperado Unidade
Resistência à compressão 1 dia 26 MPa
Resistência à compressão 3 dias 35 MPa
Resistência à compressão 7 dias 42 MPa
Resistência à compressão 28 dias 50 MPa
Trabalhabilidade (25ºC) 30 Minutos
Adição de água por saco de 25 kg 3,0 Litros
Temperatura ambiente para
10 a 30 ºC
aplicação
Fonte: Manual do produto - Sika

SikaGrout-250N® é um graute composto por cimento Portland, areia de quartzo


selecionadas e aditivos especiais que convenientemente dosados proporciona elevada
resistência mecânica.

Devem ser observadas as recomendações do fabricante relativas à estocagem, ao


preparo, à aplicação do produto e às restrições de uso. Não é recomendado o
fracionamento da embalagem do SikaGrout-250N®.

Para essa técnica de recuperação, é preciso utilizar fôrmas. Estas devem ser estanques,
devido a fluidez do produto, e providas de cachimbo para preenchimento e saída de ar,
conforme Figura 6. As fôrmas devem ser mantidas por um período mínimo de 24 horas.

Figura 6 – Exemplo de posicionamento da forma para pilares (medidas mínimas)

O topo do substrato deve apresentar certa inclinação para facilitar seu preenchimento total
e o escape de ar.

As ações devem seguir as especificações do fabricante conforme as seguintes


orientações:
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• Antes da aplicação do SikaGrout-250N®, molhe bem a superfície preparada, até que


fique saturada, porém sem brilho superficial (Superfície Saturada Seca). Esse
preparo deve ser feito com aspersão de água, podendo ser utilizado borrifadores
e/ou bomba costal;
• O lançamento do SikaGrout-250N® deve ser efetuado dentro do prazo máximo
determinado pela fabricante. O graute deve ainda apresentar fluidez adequada para
o seu emprego;
• Recomenda-se misturar os materiais com misturador de baixa rotação;
• A recuperação dever ser preenchida de forma contínua e ininterrupta. Qualquer
interrupção eventual não deverá superar o tempo de 10 minutos;
• O preenchimento dever ser realizado até completar a fôrma, deixando extravasar
material para a remoção da camada mais alta referente ao volume do cachimbo;
• Não deve haver adensamento por vibradores de parede ou de imersão, sendo o
graute auto-nivelante;
• Pode ser conveniente utilizar um martelo de borracha para bater lateralmente às
fôrmas e assim ajudar no preenchimento das seções e expulsar o ar que porventura
fique retido na parte superior;
• Caso sejam observadas pequenas falhas de preenchimento, faz-se seu
complemento com emprego de argamassa polimérica de base cimentícia;
• Remoção do concreto deteriorado e/ou contaminado;
• Efetuar cura húmida por pelo menos 7 dias. Não utilizar cura química a base de
solvente.

Na impossibilidade de aplicar o produto descrito, deve-se substituir por produto equivalente


com as mesmas características relativas à aplicação, resistências e fluidez.

3.5 Cura

A cura tem a função de manter a umidade das peças reparadas evitando a evaporação da
água de amassamento. O início da cura é imediatamente após a aplicação da argamassa
ou do graute cimentício e deve durar um período mínimo de 7 dias.

Recomenda-se aplicar na superfície das regiões recuperadas material retentor de umidade


como geotêxteis, mantas ou estopas. Esse cuidado visa evitar a incidência direta do sol e
do vento sobre a superfície.
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Alternativamente pode-se empregar o uso de CURAcreto PA 20®, ofertado pela Viapol. O


uso dessa alternativa fica condicionado ao acabamento final, pois o produto tem coloração
branca.

4 ACRÉSCIMO OU SUBSTITUIÇÃO DE BARRAS

A decisão de acrescentar ou substituir uma barra na estrutura é tomada considerando o


percentual de perda de seção, como apresentado pela Tabela 1, e os resultados obtidos
pelo ensaio de potencial de corrosão.

Se uma barra apresentar baixa perda de seção transversal e alto risco de corrosão
determinado por meio do ensaio, a mesma deve ser substituída por outra barra equivalente
respeitando as dimensões apresentadas pela Figura 7.

Figura 7 – Exemplo do posicionamento das barras complementares

O diâmetro da barra complementar deve ser igual ou maior do que o diâmetro da barra
original e os valores de ancoragem (e) devem seguir conforme Tabela 2. Os valores
apresentados são valores mínimos para o caso de barras comprimidas (situação típica de
pilares). Para o caso de vigas, os valores de e estarão contidos em projeto específico.

Tabela 2 – Comprimento e mínimo


ϕ complementar (mm) e (cm)
5.0 15,0
6.3 15,0
8.0 20,0
10.0 20,0
12.5 20,0
16.0 24,0

Se o comprimento total da barra complementar ultrapassar 60 cm, devem ser previstos


estribos adicionais, chumbados na estrutura existente, para auxiliar na ancoragem e
garantir seu correto posicionamento dentro da peça.

Essa etapa de trabalho deve preceder as etapas de reparo.


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5 CONTROLE DE RECEBIMENTO DO REPARO

A superfície acabada deve ter o mesmo alinhamento, prumo, nível, textura e esquadro da
peça recuperada e sem ondulações visíveis.

A aderência do material de reparo na estrutura tem que ser observada, de forma que o
resultado final seja uma estrutura sólida e monolítica. Recomenda-se execução de ensaio
de arrancamento, norma brasileira NBR 13528-1, em regiões que foram aplicadas grandes
quantidades de material para recuperação.

Após 7 dias da execução das atividades, deve-se verificar a presença de som cavo por
meio do ensaio de percussão utilizando martelo de borracha. Este ensaio é um indicativo
de que o serviço não foi executado de maneira satisfatória, sendo assim, deve-se refazer
todo o serviço. Fissuras nas bordas ou no corpo da recuperação também indicam a
necessidade prévia de refazer o trabalho.

6 REFERÊNCIAS

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS (2014). ABNT NBR 6118 Projeto


de estruturas de concreto – Procedimento. Rio de Janeiro: ABNT 2014.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS (2019). ABNT NBR 13528-1


Revestimento de paredes de argamassas inorgânicas – Determinação da resistência
de aderência à tração. Parte 1: Requisitos gerais. Rio de Janeiro: ABNT 2019.

BOLINA, F. L.; TUTIKIAN, B. F.; HELENE, P. R. L. Patologia de estruturas. São Paulo,


SP: Editora Oficina de Textos, 2019. 320 p.

HELENE, P. R. L. Manual para Reparo, Reforço e Proteção de Estruturas de Concreto.


São Paulo, SP: Editora Pini, 1992. 218 p.

SANTOS, P. M. D.; JÚLIO, E. N. B. S. A state-of-the-art review on roughness quantification


methods for concrete surfaces. Construction and Building Materials. v. 38 (janeiro
2013), p 912-923.

SOUZA, V. C. M.; RIPPER, T. Patologia, recuperação e reforço de estruturas de


concreto. São Paulo, SP: Editora Pini, 1998. 262p.

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