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PAPA ( já existiram 265 papas)

“Habemus papa”(Pedro apóstolo príncipe dos apóstolos )

– Papam, habemus papam. Este “M” final denota o acusativo, o caso do objeto
direto. Temos papa.

Mas de onde veio esse título?

– Nos inícios da Igreja Católica ele se aplicava a todos os bispos; depois passou a
designar somente o bispo de Roma. Veio do Grego papas, “bispo, sacerdote”, uma
variante de pappas, “pai”.

– E bispo?

– Vem do Latim episcopus, do Grego episkopos, formado por epi-, “sobre”, mais
skopéo, “eu vejo, eu olho”. Enfim, um supervisor.

– E o arcebispo?

– É do Grego arkhiepiskopos, um bispo com poderes maiores, de arkhon, “chefe,


líder”.

E antes que você pergunte, já vou informando que cardeal deriva da expressão
latina cardinalis ecclesiae romanae, “príncipe, chefe da Igreja”, de cardinalis,
“principal, essencial, chefe”, de cardo, “eixo, peça ao redor da qual algo gira”,
originalmente “dobradiça de porta”. A ideia era mostrar a importância desse
cargo na Igreja. Mas não dá para negar que houve pelo menos um cardeal com
quinze anos.

– Tinha um parente muito próximo comandando a coisa. Mas vamos deixar isso de
lado e falar na origem, de outra palavra que anda aí pelos jornais, o camerlengo.

– Isso me faz pensar em algum tipo de camelo assustador, de onde vem?

– Não é nenhum monstro, não. Veio do Baixo Latim camarlengus,  do antigo
Alemão chamarlinc, do Latim camara, aqui significando “fisco, tesouro público”.
Ele é o cardeal que é indicado para supervisionar as finanças da Igreja e o
encarregado de administrar a eleição de um novo Papa através de um conclave.

– Conclave vem da expressão latina camera cum clave, “quarto chaveado”,


literalmente “quarto com chave”. As reuniões para essa eleição são feitas na
ausência de público, para não haver interferências externas na votação.

– Mas nem sempre foi assim.  Inicialmente as reuniões não eram reservadas.
No século XIII, na cidade de Viterbo, na Itália, houve uma escolha papal que
demorou quase três anos. As brigas pelo poder eram tão intensas que nunca surgia
um resultado. Lá pelas tantas, os magistrados da cidade se incomodaram para
valer, trancaram os cardeais no Palácio a pão e água e se diz até que mandaram
remover o teto dele.

O eleito, Gregório X, para evitar situação tão escandalosa, promulgou leis que
até hoje são seguidas nessas ocasiões.

E a história do tal de anel que se quebra?

– Inicialmente, também lá pelo século XIII, tratava-se de um anel com sinete em


relevo; ele era pressionado contra cera quente, lacre ou chumbo que se usava para
autenticar certos documentos. Esse era um procedimento comum na época;
comerciantes e reis também o usavam.

O anel é destruído após a morte do seu portador seguindo as tradições que


obrigavam a isso para que não se pudesse fazer alguma falsificação. Há um bom
tempo, no entanto, que as autenticações não dependem desse método.

sinete…

– Essa palavra vem do Francês signet, do Latim signetum, de signum, “sinal”.

– Já vi usarem o título de pontífice para o Papa, de onde vem?

– O consenso geral aponta para o Latim, de pons, “ponte” (originalmente


“caminho”), mais facere, “fazer”. O pontífice era o título mais elevado do Colégio
Pontifical, sendo considerado a posição mais alta na religião romana. Isso levou
alguns a dizerem que o nome do cargo deriva do fato de ele fazer uma ligação, uma
“ponte” entre as pessoas e as divindades.

A mim parece mais provável que, na visão da época, só uma pessoa com poderes
religiosos elevados é que teria o poder de providenciar meios de se cruzar os rios,
dos quais muitos eram considerados divindades.

– Que complicado…

Báculo papal? Trata-se de um bastão que é usado por todos os bispos. Ele é
longo, mais alto do que uma pessoa, e tem a extremidade superior recurvada.

Vem do Latim bacculus, “bastão, vara”, e representa o bastão que os patores usam
para tanger os seus rebanhos.

Agora, preste atenção: quando um bispo usa o seu báculo, sua parte curva é levada
apontando para a frente. Exceto quando ele se encontra na presença do Bispo de
Roma, o Papa; nesta ocasião, a curvatura fica para trás, em sinal de respeito.

 
Embora se trate de um título tão conhecido, suas origens ainda são discutidas. O
consenso geral aponta para o Latim, de PONS, “ponte” (originalmente
“caminho”), mais FACERE, “fazer”. 

O Pontífice  era o título mais elevado do Colégio Pontifical, sendo considerado a


posição mais alta na religião romana. Isso levou alguns a dizerem que o nome do
cargo deriva do fato de ele fazer uma ligação, uma “ponte” entre as pessoas e as
divindades.

Parece mais provável que, na visão da época, só uma pessoa com poderes religiosos
elevados é que teria o poder de providenciar meios de se cruzar os rios, dos quais
muitos eram considerados divindades.

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