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Banking as a Service

na prática
Introdução 3
Pix como oportunidade 4
Pix como pagamento 4
Pix como saque e troco 6
Benefícios para varejistas e clientes finais 6
Segurança do Pix 7

Bancos de nicho 8
Oportunidades no mercado de nichos 8
Possibilidades no mundo gamer 9

Corretora de Investimentos 11
Open Banking e Open Insurance 13
Como o Open Banking vai funcionar no Brasil? 13
Open Insurance 14
Contextualizando o mercado 15
Dores e oportunidades do setor 16

Benefícios Flexíveis 18
O mercado 18

Conclusão 21
Referências 22
Introdução
Sabemos o quanto o mercado financeiro é dinâmico e que sempre estão surgindo
novas oportunidades e modelos de negócio, como o Banking as a Service, por
exemplo.

Aqui no Bankly, nossa missão é descentralizar a oferta de serviços financeiros para


que ela não seja mais exclusiva dos grandes bancos, mas sim uma oportunidade de
aumento de portfólio e customer engagement a qualquer empresa que deseja
adicionar serviços financeiros a sua oferta de valor.

O mercado de embedded finance prevê movimentar cerca de U$7 trilhões até 2030
e cabe aos players adotarem estratégias para abocanharem uma parte dessa fatia.
Pensando nisso, separamos alguns casos de uso de Banking as a Service e a palavra
de alguns especialistas, para desmistificar este modelo de negócio e exemplificar
oportunidades.

Confira nos próximos capítulos.


Pix como oportunidade
O Pix, meio de pagamento instantâneo lançado pelo Banco Central do Brasil em
2020, tem revolucionado o mercado de pagamentos. Desde então, outros tipos de
transação como TED, DOC, boletos e cheques estão ficando para trás enquanto o
Pix está decolando em número e volume de transações, como ilustrado no gráfico
abaixo:

Fonte: Banco Central do Brasil

Desde que foi lançado, foram mais de 313 milhões de chaves cadastradas e 973
milhões de transferências realizadas, somando mais de 530 bilhões de reais
transacionados. Porém, o fato de 74% das transações serem P2P (peer-to-peer ou
pessoa a pessoa) está chamando a atenção do mercado, que tem visto com bons
olhos a oportunidade de impulsionar a utilização do Pix em outros serviços, de forma
que todos consigam desfrutar ao máximo de tudo o que o Pix pode prover dentro
do arranjo de pagamentos.

Pix como pagamento


Uma das maiores oportunidades com o Pix está no seu uso como forma de
pagamento nos pontos de venda e e-commerce. Como mencionado anteriormente,
cerca de 74% das transações feitas com o Pix ainda são P2P e este percentual abre
uma margem de atuação nos mercados B2B e B2C, principalmente levando em
consideração a ineficiência de alguns meios de pagamento quando aplicados no e-
commerce, como é o exemplo do débito.

Sendo assim, a quantidade de transações no débito no terceiro trimestre de 2020


caiu, enquanto o Pix começou a subir, como pode ser observado no gráfico a seguir:
Fonte: Banco Central do Brasil

Market Fit Benefícios


Facilitadores de pagamentos; Taxas menores quando
Varejistas e comerciantes no geral; comparado a cartões;
E-commerce; Melhor fluxo de caixa
(recebimento instantâneo);

Quando um cliente opta por realizar o pagamento de uma compra online com o seu
cartão de débito, geralmente é necessário fazer um checkout para entrar na
plataforma do banco do cliente, o que pode tornar o processo burocrático e
ineficiente para alguns públicos.

O que chama a atenção é o fato de que aproximadamente 28% das perdas de


carrinhos devem-se a estes checkouts complicados que geram experiências
insatisfatórias aos clientes.

Utilizar o Pix como meio de pagamento ataca diretamente este ponto, já que apenas
com a leitura de um QR code, o cliente pode debitar o dinheiro de sua conta
corrente ou carteira digital e em poucos segundos efetuar o pagamento. Outro
benefício, este mais vantajoso para o varejista, é o tempo de liquidação da compra.
Enquanto uma compra no débito pode levar em média até 2 dias para ser liquidada,
uma compra no Pix leva cerca de 10 segundos, o que se mostra um facilitador do
controle e gestão do fluxo de caixa.

O tempo de liquidação de uma compra com o Pix também abre oportunidades no


seu uso como recorrência de pagamento. Sendo assim, algumas empresas que
lidam com cobranças recorrentes podem usar o Pix como forma de liquidar os
boletos recorrentes com mais rapidez. Além de diminuir a inadimplência, tendo em
vista que um pagamento via QR Code com Pix não tem um vencimento específico, o
Pix possibilita o pagamento imediato e a qualquer momento por parte do cliente.
Pix como saque e troco
Quando os primeiros bancos digitais foram lançados no mercado, havia uma grande
desconfiança sobre eles, principalmente no que se refere a transações com dinheiro
em espécie. Era um grande mistério para as pessoas o fato de um banco não ter
agência física, tornando comum perguntas como: “E se eu precisar sacar dinheiro?”.
Sendo assim, não é novidade que o Pix trouxe um grande impulso para os bancos
digitais quando pensamos na rapidez e baixas tarifas.

É aí que entra uma nova funcionalidade lançada pelo Banco Central em novembro
de 2021, chamada Pix Saque. Ele é uma nova modalidade que possibilita a
realização de saques sem a necessidade de um caixa eletrônico.

Com o Pix Saque, o cliente pode sacar seu dinheiro em espécie em


estabelecimentos que optem por trabalhar com esta modalidade, como padarias,
supermercados e lojas de departamento, por exemplo. Isso garante mais
comodidade para quem precisa do dinheiro em espécie, já que não precisará mais
procurar por caixas eletrônicos do banco para fazer seus saques.

Outra modalidade que também já está disponível é o Pix como troco, que funciona
de forma similar ao saque, mas no Pix troco o cliente paga com um Pix em um valor
superior ao valor de sua compra e recebe o valor sobressalente em espécie.

Benefícios para varejistas e clientes finais


As duas modalidades de Pix trazem inúmeros benefícios para o mercado. Para os
clientes finais, podemos destacar o aumento da facilidade no saque de valores,
tirando a dependência dos caixas eletrônicos e flexibilizando o saque em regiões que
carecem de agências bancárias e caixas eletrônicos.

Para os varejistas, os benefícios vão além! Com as novas funcionalidades, a instituição


bancária envolvida na transação via Pix deve pagar uma taxa já estabelecida de
R$0,25 a R$0,95 ao varejista. Além desta rentabilidade, não podemos esquecer que
para fazer um saque, o cliente precisa entrar no estabelecimento, o que abre a
possibilidade de que ele consuma ou compre algum produto.

Outro benefício é a segurança e a diminuição de custos, tendo em vista que é mais


seguro para o varejista lidar o mínimo possível com dinheiro em espécie em seu
caixa, prevenindo roubos ou até mesmo desvios de caixa, o que também gera uma
economia
economia com o transporte de valores, já que o dinheiro ficará armazenado em uma
conta em alguma instituição bancária e não no espaço físico do estabelecimento.

Segurança do Pix
O Pix é um produto extremamente seguro, pois apesar de ser uma inovação,
também é o resultado de todo um aprendizado do Banco Central do Brasil com
todos os produtos financeiros consolidados já lançados no mercado.

Quando falamos de segurança no Pix, há diversos ferramentas para garantir a


segurança do produto como por exemplo as chaves de Pix. Elas atuam como uma
ferramenta de segurança para validação do seu banco, de forma que o cliente se
certifica de que está realmente transferindo um valor para a conta desejada, já que a
chave Pix é uma chave única.

Além disso, recentemente o Banco Central do Brasil restringiu os valores que podem
ser transferidos via Pix durante a noite, com o objetivo de garantir ainda mais
segurança e evitar crimes como o de sequestro. Essa restrição não tira o propósito
do produto, tendo em vista que estudos do Bacen antes da implementação
apontaram que 90% das transações feitas no período noturno já eram feitas de
valores abaixo do limite estabelecido de R$1.000,00. Caso o cliente deseje, ele tem a
opção de contatar sua instituição financeira e solicitar o aumento do seu limite neste
período. Desta forma o Pix se tornou um produto mais seguro, mas que continua a
atender as necessidades de todos os clientes.

"O Bankly oferece para seus clientes o Pix como produto, e o


nosso principal propósito é cuidar de toda a complexidade
tecnológica e regulatória para que você possa focar no seu
negócio."

Victor Papi - Gerente de Growth do Bankly


Bancos de nicho
"O mercado financeiro está cada vez mais competitivo com a
entrada de novos players e soluções. Com isso, uma
estratégia interessante que pode ser utilizada pelas empresas
é focar em soluções para os seus nichos de mercado"

Fernando Seguim - Lead Engineer do Bankly

Construir soluções financeiras pode ser algo bastante complexo, além do tempo e
custos demandados, há também o processo de regulação e qualificação para a
construção de um banco, por isso, pensar na criação de bancos direcionados a um
público específico era quase inimaginável até pouco tempo atrás.

Com a chegada e ascensão das fintechs, o Banking as a Service (BaaS) se


popularizou no mercado, garantindo a possibilidade de desenvolvimento de serviços
financeiros para uma empresa independentemente do seu modelo de negócio. Ou
seja, BaaS conecta por meio de APIs empresas que querem oferecer serviços
financeiros com empresas que já oferecem esse serviço.

Com um BaaS oferecendo toda a estrutura tecnológica e regulatória, a empresa que


fica responsável somente pela personalização do serviço para o seu cliente, o que
abre um universo de oportunidades para a criação de bancos de nicho, que são
acessíveis para todos, mas direcionados e personalizados para um público específico.

Oportunidades no mercado de nichos


A pandemia da Covid-19 impactou os mais diversos setores de mercado e no
mundo das Fintechs não foi diferente. Houve crescimento financeiro maior que o
esperado e a procura dos clientes por alternativas que suprissem as agências
fechadas aumentou devido à restrição de circulação e o receio causado pela alta
transmissão do vírus. Um exemplo de crescimento durante a pandemia é o do
Nubank, fintech que cresceu de 12 milhões para 40 milhões de clientes durante este
período.
além da criação da conta para utilizar os serviços e funcionalidades oferecidas. É aí
que entra o potencial dos bancos de nicho, pois a oferta de serviços personalizados,
direcionada especialmente a um nicho de mercado, aumenta as chances de
fidelização do cliente.

Apesar de atingirem um público menor do que os grandes bancos, que oferecem


soluções mais generalistas, os bancos de nicho acabam por ser uma excelente
oportunidade de conquistar uma clientela ativa e fiel, já que a proposta de valor é
maior do que apenas o produto oferecido.

Os bancos de nicho já são um case de sucesso, temos bancos como a Voltz, conta
digital da Energisa, empresa de distribuição de energia elétrica, que tem inúmeros
clientes, e passou a ofertar abertura de contas para pessoas físicas e jurídicas além de
novas opções e condições para o pagamento de faturas e boletos e já conta com
milhares de clientes.

Outro exemplo é o Will Bank, banco digital que surgiu com o objetivo de
descomplicar as finanças para as classes C, D e E e ser um banco acessível e
democratizado, utilizando termos menos complexos com uma interface simples e
intuitiva, para que pessoas antes desbancarizadas e com pouco acesso à tecnologia
consigam usufruir de um banco digital.

Muito mais do que um serviço, os bancos de nicho visam oferecer para seus usuários
a sensação de pertencimento e de identificação. Foi assim que surgiu o Pride Bank,
com a ideia de financiar uma ONG de acolhimento de pessoas LGBTQIA+ e se
tornou o primeiro banco do mundo voltado para este público. Além de ofertar seus
serviços bancários, a fintech também reverte parte de suas receitas para ONGs de
acolhimento ao público LGBTQIA+, causando um impacto que vai muito além dos
serviços financeiros oferecidos.

Apesar de já existirem bancos de nicho direcionados a diversos grupos, o mercado é


gigantesco e cheio de oportunidades, principalmente em setores nos quais as
pessoas criam relações que vão além do de consumo business to consumer (B2C).

Possibilidades no mundo gamer


Um setor que vem crescendo exponencialmente, principalmente desde o início da
pandemia é o de games, segundo a Pesquisa Game Brasil, 75% dos usuários
jogaram mais durante o isolamento social e 42% afirmaram que gastaram mais com
games. Durante o período de isolamento social e em 2021 o setor gerou cerca de
bilhões. Além disso, o mercado de games tem ótimas projeções para os próximos
anos, segundo pesquisa da PWC, em 2023 o gasto do consumidores com games
pode chegar a U$1,463 bilhões, o que torna o mercado de games um mercado
muito promissor para a criação de bancos de nicho direcionados a este público.

De acordo com a VISA, o ticket médio no mercado de games gira em torno dos
R$56,00 e embora seja um mercado dominado pelas classes A e B, o público é
bastante diversificado e tem crescido não só na quantidade de novos gamers, mas
também com o surgirmento de empregos.

Este crescimento acelerado abre inúmeras possibilidades e oportunidades para a


criação de bancos de nicho e serviços financeiros direcionados ao público gamer.
Serviços como o de pagamento e recorrência com o Pix, cashback e até mesmo a
criação de um espaço que garanta uma gestão financeira pode ser um diferencial
para estes bancos. Como uma boa parte deste público são jovens menores de
idade, com o Banking as a Service é possível criar soluções multicontas para garantir
que os pais tenham mais controle sobre os gastos dos filhos nos games,
estabelecendo limites e aprovação de compras, por exemplo.

O céu é o limite quando pensamos nas oportunidades trazidas pelos bancos de


nicho e as embedded finances são excelentes aliadas para criar soluções modulares
e flexíveis, com a cara do público-alvo.
Corretora de
investimentos
No ano de 2020, o mercado observou um aumento na busca por plataformas de
investimentos e conteúdos relacionados à educação financeira. De acordo com
dados cedidos pelas próprias corretoras, a busca por corretoras de investimento no
1° semestre cresceu cerca de 74%, ou seja, elas chegaram perto de dobrar a sua
base de clientes.

Mesmo com maior interesse nas plataformas de investimento, a saúde financeira do


brasileiro ainda é uma grande preocupação, já que a educação financeira no Brasil
ainda é extremamente precária e, por diversos motivos, ainda é pequena a parcela
de pessoas que investem o dinheiro que sobra no fim do mês. Muito disso, tem
relação com o fato do tema parecer complexo e não gerar engajamento para as
pessoas estudarem e aprenderem como investir o seu dinheiro. O resultado pode ser
observado nas figuras abaixo:

Cenário Atual
Educação financeira precária; Metade dos brasileiros usam 2 ou
Apenas 3% dos brasileiros mais cartões;
investem seu dinheiro; Salários acima de R$10 mil:
Saldo médio de R$140k; 15% comprometido;
No máximo 50% do capital está sob Penetração massiva de pix;
custódia em corretoras de investimento;

Hoje, o core business das corretoras gira em torno dos investimentos e de algumas
taxas cobradas como a corretagem e alavancagem, existem outras oportunidades
com o anking as a Service, como o de ofertar serviços financeiros como o de crédito,
por exemplo.
O cartão de crédito é um dos meios de pagamento com maior aderência no
mercado brasileiro. Além disso, o crédito também abre a possibilidade da
implementação de cashback como investimento. Quando a corretora alia um
produto com recorrência com um produto que traz resultado, naturalmente há a
tendência de elevar a confiança na corretora, fazendo com que essa confiança
transborde para o uso de outros serviços de investimento já ofertados.

Além disso, outra oportunidade para a corretora é rentabilizar os juros cobrados no


cartão com uma taxa atrativa para os clientes, já que a média de juros do mercado é
bem elevada. As corretoras também podem ofertar serviços bancários por meio de
uma plataforma de Banking as a Service como o Bankly. Dessa forma, é possível
encaixar o produto que mais faça sentido baseado na estratégia da corretora,
rentabilizando com transações de PIX, TED, boleto, transferências internas e saque.

Por fim, também existe a possibilidade da corretora ofertar a própria conta digital
utilizando as soluções do Bankly. Com uma estrutura que inclui licença como
instituição de pagamento e banco liquidante próprio, o Bankly consegue garantir
que qualquer cliente da corretora tenha uma conta individualizada no seu nome.

Com as soluções de Banking as a Service, corretoras que antes só ofertavam


investimentos, poderão diversificar a sua oferta com serviços financeiros. Com isso, o
core business continua sendo os investimentos, mas abrangendo um público muito
maior com uma estrutura robusta para que os clientes se sintam confortáveis de
aplicar seu dinheiro ali.

"As corretoras de investimento têm a possibilidade de


aumentar sua proposta de valor e garantir novas linhas de
receita ao utilizarem soluções de Banking as a Service."

Pedro Drummond - Head de Desenvolvimento de Negócios


do Bankly
Open Banking e
Open Insurance
"O Open Banking é o primeiro passo para um ecossistema
muito maior, que vai revolucionar a relação entre instituições
financeiras e seus usuários."

Nathália Sena - Product Tribe Leader do Bankly

Antes do surgimento do Open Banking, havia uma grande dúvida sobre quem era o
dono dos dados financeiros do cliente. Mas quando a Lei Geral de Proteção de
Dados Pessoais (LGPD) entrou em vigor, ficou claro que o cliente precisa estar no
controle de suas informações e o Open Banking surgiu justamente para orquestrar
essa operação.

Hoje, se o cliente deseja criar uma conta em um banco diferente do que já é cliente,
dificilmente ele consegue uma oferta interessante, já que o novo banco não o
conhece e não tem seu histórico de crédito. É aí que entra o Open Banking, que
padroniza o compartilhamento de dados entre as instituições promovendo uma
melhor oferta de produção de serviços e ele é só o primeiro passo de um

Como o Open Banking vai funcionar


no Brasil?
Liderada pelo Banco Central do Brasil (Bacen), a implementação do Open Banking
no Brasil teve início em 2021 e o processo foi dividido em 4 etapas:
01 02 03 04
Compartilhamento Consumidores Consumidores Ampliação do
padronizado das terão o controle conseguirão iniciar conceito para incluir
informações, para compartilhar uma transação fora mais opções de
produtos e serviços os dados do aplicativo do seu dados que poderão
financeiros banco ser compartilhados

A primeira fase do Open Banking também é conhecida como Open Data, em que as
instituições começam a compartilhar entre si informações sobre produtos, serviços e
taxas cobradas, além do compartilhamento de canais de atendimento e outros canais
utilizados para dialogar com seus clientes.

Já na segunda fase, começa de fato o coração do Open Banking, em que as


instituições começam o movimento escalonado de compartilhamento e o usuário
passa a ficar, de fato, no controle de seus dados e tem a opção de compartilhar os
dados entre as instituições participantes. Sendo assim, o cliente pode compartilhar
dados como informações cadastrais, informações de transações em contas, cartões
de crédito e outros produtos financeiros cadastrados.

Na terceira fase, o usuário final pode iniciar uma transição fora do aplicativo, podendo
solicitar inúmeras propostas de empréstimo, crédito e financiamentos em várias
instituições por meio de diversos aplicativos e ambientes eletrônicos. Assim, o cliente
terá a possibilidade de comparar serviços e escolher o que mais se adeque às suas
necessidades.

Na fase quatro, o foco é o compartilhamento de investimentos e é também quando


começa o compartilhamento de informações de seguros, dando início ao Open
Insurance.

Open Insurance
O Open Insurance surgiu com o objetivo de abrir o mercado de seguros. Com sua
implementação, as seguradoras poderão atuar de forma parecida com os bancos no
Open Banking, possibilitando que os clientes compartilhem seus dados com quem
desejarem. Quem está liderando este movimento é a Superintendência de Seguros
Privados (SUSEP) e eles dividiram a implantação em três fases:
01 02 03
Compartilhamento Implementação dos Implementação dos
de dados abertos dados abertos serviços de seguros

As fases definidas pela SUSEP são bastante parecidas com as fases do Open
Banking. Na primeira fase, o objetivo é o compartilhamento de dados abertos, em
que as corretoras e empresas reguladas pela SUSEP começam a compartilhar seus
produtos ofertados.

Já na segunda fase, começa o compartilhamento de apólice dos seguros ofertados,


em que o cliente consegue solicitar de fato o compartilhamento para a empresa em
que ele está cotando seu seguro.

Por fim, na terceira fase está prevista a efetivação dos serviços e a inserção das
Sociedades Iniciadoras de Serviços de Seguros (SISS), que são um componente
fundamental do Open Insurance e responsáveis por trazer mais eficiência e inovação
para o setor de tecnologia, o que inclui também o uso dos dados compartilhados
que serão parte importante da criação de novos serviços que melhor se adequem às
necessidades dos consumidores.

Contextualizando o mercado
O mercado de seguros é um mercado tradicional no Brasil e que tem tido um
crescimento exponencial ao longo dos anos. Só entre o segundo semestre de 2020
e o primeiro semestre de 2021, o crescimento deste mercado foi de quase 20%, o
que mostra o quanto ele se manteve aquecido mesmo durante a pandemia.

O setor de seguros arrecada aproximadamente R$400 bilhões por ano, o que


representa aproximadamente 6.5% do PIB do Brasil. Porém, ainda é um mercado
extremamente concentrado, ou seja, 75% do mercado é representado por apenas
10 grandes seguradoras.
Fonte: InsurTechReport_20

Dores e oportunidades do setor


A evolução tecnológica tem sido uma dor deste setor, embora as Insurtechs estejam
impulsionando uma evolução tecnológica, é comum que ainda haja dificuldade para
as seguradoras trazerem eficiência para a jornada do cliente. Ainda existe muita
fricção desde a cotação de um seguro até o momento de pagamento de um
sinistro.

A evolução tecnológica também está ligada, principalmente, à baixa oferta de


produtos personalizados. A partir do momento em que as seguradoras não tem
acesso às informações do cliente, dificilmente elas irão ofertar o produto certo e com
uma precificação coerente.

Sendo assim, é comum que algumas seguradoras ainda ofereçam produtos de


seguro como um pacote adicional de outros que nem sempre fazem parte do perfil
de consumo daquele cliente. Todas essas dores ficam evidentes quando olhamos a

Evolução
tecnológica

Baixa eficiência na
jornada do cliente
Baixa penetração no setor:
- 85% das residências não possuem
seguro no país;
Baixa oferta de - 70% da frota de carros do país não
produtos é assegurada;
- 80% da população ativa não tem
Fonte: InsurTechReport_20
personalizados seguros;
Para auxiliar as Insurtechs prepararem o terreno para o Open Insurance, o Bankly
possui um sistema aberto de APIs padronizadas que visa melhorar a experiência na
jornada do cliente.

Com várias APIs de pagamento, o Bankly também pode proporcionar para as


Insurtechs uma automatização de processos, onde a Insurtech consegue cobrar
tarifas, fazer recorrência de pagamentos e vários outros serviços que podem
melhorar a eficiência na jornada do cliente.

Dessa forma, com as informações recebidas por meio do Open Insurance e do


Open Banking, novos modelos de negócio surgirão e as informações poderão ser
trabalhadas pelas Insurtechs por meio de sistemas de inteligência de dados.

Dores Oportunidade APIs do Bankly


Primeiro passo Serviços bancários:
Evolução
para o - API de onboarding
tecnológica
Open Insurance e KYC;
- API de pix
- API de boleto
Baixa eficiência na Automatização - API transferência
jornada do cliente de processos - Interna
- API de tarifas

Baixa oferta de
produtos Inteligência de Open Banking
personalizados dados as a Service
Benefícios flexíveis
A ideia do benefício flexível é dar para as empresas uma escolha personalizada do
tipo de produto que elas poderão oferecer aos seus colaboradores. Com isso, a
empresa passa a ter uma gama maior de possibilidades para atender a necessidade
e a realidade de seus colaboradores.

Na visão do colaborador, ele consegue ter um produto que atende exatamente às


suas necessidades e com isso, tem a certeza de que a empresa entrega exatamente
o que ele precisa naquele momento, trazendo mais motivação e safistação com os
benefícios de sua empresa.

Liberdade Flexibilidade Inovação

O mercado

Fonte: Willis Watson, Guia Nacional de Benefícios 2021,  Aon’s UK Trend 


Há diversas oportunidades no mercado de benefícios flexíveis, principalmente
levando em conta que 73,8% das empresas brasileiras não possuem benefícios
flexíveis para seus colaboradores, o que mostra a oportunidade de crescimento
neste setor.

Além disso, segundo pesquisa do Guia Nacional de Benefícios 2021, atualmente


apenas 45% das empresas oferecem auxílio home-office. Este número vem subindo,
já que com a pandemia da COVID19 a tendência é o teletrabalho, a expectativa é
que o auxílio home office seja cada vez mais oferecido pelas empresas.

Outro dado que chama a atenção é de que apenas 5% das empresas oferecem Vale
Cultura, um benefício que pode ser usado para aquisição de serviços de cultura em
todo o país como livros e instrumentos musicais, ou até mesmo a compra de
ingressos para museus, shows, peças de teatro e outras atividades culturais. O Vale
Cultura é um benefício que agrega muito valor à experiência do colaborador, porém
ainda é pouco explorado no mercado, o que abre uma oportunidade no setor de
benefícios flexíveis.

Atualmente, o mercado de benefícios ajuda as empresas a atenderem demandas


particulares de colaboradores, porém atender às necessidades pontualmente e de
forma ágil nem sempre é uma tarefa fácil, ainda mais em um mercado que
movimenta cerca de R$150 Bilhões e que tem 90% dos clientes concentrados em
apenas quatro grandes players.

Em outros países como os Estados Unidos, por exemplo, essa realidade já é um


pouco diferente. Em uma pesquisa feita pela maior empresa de benefícios flexíveis
dos Estados Unidos, cerca de 78% dos colaboradores que recebem este tipo de
benefício tendem a permanecer em seus empregos, comprovando que eles
realmente aumentam a satisfação do colaborador com a empresa, conforme

Fonte: Willis Watson, Guia Nacional de Benefícios 2021,  Aon’s UK Trend 


Segundo apontado na pesquisa do Guia Nacional de Benefícios 2021, 30% dos
empregadores não realizam pesquisa e nem escutam seus colaboradores antes de
oferecerem algum benefício. Porém, um dado animador é que 26% das empresas
desejam oferecer benefícios flexíveis, o que é mais um indicativo positivo sobre o
potencial do setor e mostra que muitos empregadores também já entenderam que
eles podem ser um diferencial muito grande para as empresas, ajudando até mesmo
na retenção e engajamento dos colaboradores.

“O auxílio home office cresceu dinamicamente por uma


necessidade específica, e ter uma solução de benefícios
flexíveis conectado em uma plataforma como o Bankly pode
ajudar a dar uma maior agilidade e uma velocidade para
colocar um produto no ar respondendo os anseios do
mercado de forma rápida e modular.”

Tiago Costa - Diretor de Produtos e Tecnologia do Bankly


Conclusão
Ao longo deste e-book, apresentamos várias possibilidades trazidas pelas
embedded finances e mostramos como elas podem ser uma oportunidade para a
criação de produtos e serviços para os mais variados modelos de negócio, sejam eles
do varejo, indústria, tecnologia, benefícios flexíveis, entre outros.

Com as APIs do Bankly como Pix, TED, Boleto, recorrência, conta digital com licença
de instituição de pagamento e o próprio banco liquidante, o parceiro fica livre para
personalizar seus serviços e oferecer a melhor experiência possível para seu público
final.

Este mercado não para de crescer e as soluções modulares do Bankly podem ser
suas aliadas para transformar o seu negócio e gerar e linhas de receita. Para saber
mais sobre as nossas APIs e como elas podem impulsionar o seu negócio, entre em
contato.
Referências
Fintechs de Nicho: Bancos Digitais Apostam e Segmentação Estratégica. Cubos
Tecnologia, 2021. Disponível em: https://blog.cubos.io/fintechs-de-nicho-bancos-
digitais-apostam-em-segmentacao-estrategica/#. Acesso em: 03/02/2022.

Open Banking e Open Finance: Entenda Tudo Sobre!. Riconnect, 2021. Disponível
em: https://riconnect.rico.com.vc/blog/open-banking-e-open-finance. Acesso em:
03/02/2022.

Negherbon, Rafael. Fases do Open Banking: Como Está o Calendário de


Implementação. Transfeera, 2021. Disponível em: https://transfeera.com/blog/fases-
open-banking/. Acesso em 03/02/2022.

Vale-Cultura: O que é, Como Funciona e Quais os Benefícios. Onze, 2020. Disponível


em: https://www.onze.com.br/blog/vale-cultura/. Acesso em: 03/02/2022.

Guia Nacional de Benefícios, 2021. Disponível em: https://


f.hubspotusercontent40.net/hubfs/5441594/
Guia%20Nacional%20de%20Benef%C3%ADcios%202021.pdf. Acesso em:
03/02/2022.

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