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UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE

CAMPUS UNIVERSITÁRIO PROF. ALBERTO CARVALHO


DFCI – DEPARTAMENDO DE FÍSICA

Andeson Andrade Torres

I RELATÓRIO DE LABORATÓRIO DE FÍSICA B:

1ª Lei de Ohm

Itabaiana/SE
2018
Sumário
I. INTRODUÇÃO.............................................................................................................1
II. OBJETIVOS .................................................................................................................2
III. MATERIAIS E METODOS .............................................................................................2
Materiais ....................................................................................................................................... 2
Métodos........................................................................................................................................ 2
IV. RESULTADOS ..........................................................................................................4
V. DISCUSSÃO .............................................................................................................. 12
VI. CONCLUSÃO ......................................................................................................... 13
VII. REFERÊNCIAS ....................................................................................................... 14
I. INTRODUÇÃO
As Leis de Ohm, postuladas pelo físico alemão Georg Simon Ohm (1787-1854) em
1827, determinaram a resistência elétrica dos condutores.
Dessa maneira, além de definir o conceito de resistência elétrica, com sua experiência,
Georg Ohm demostrou que no condutor, a corrente elétrica é diretamente proporcional à
diferença de potencial aplicada, postulando assim, a Primeira Lei de Ohm [1].
Quando uma corrente flui em um condutor, surge uma resistência a passagem da
corrente, isso ocorre devido ao “choque” dos elétrons nos átomos durante a movimentação. O
efeito causado por essa oposição é o calor. Determinados átomos oferecem maior resistência à
passagem dos elétrons, produzindo mais calor. Devido a essa resistência quando um potencial
é aplicado em um condutor, os elétrons inicialmente aceleram, mas rapidamente a velocidade
se mantem constante. Essa fase inicial é chamada de transiente.
Para materiais ditos ôhmicos a corrente é proporcional ao potencial aplicado.
I= (1)

A unidade de resistência elétrica é o (Ohm) Ω.


1 ohm = (2)

Essa resistência elétrica consiste na capacidade que um condutor tem de se opor à


passagem de corrente elétrica. Ou seja, a função da resistência elétrica é de dificultar a
passagem de corrente elétrica.
Os resistores são dispositivos eletrônicos cuja função é a de transformar energia
elétrica em energia térmica (calor), por meio do efeito joule. Quando as cargas transferem
energia para os átomos do condutor, temos a transformação de energia térmica em energia
elétrica que é chamado de efeito joule. Com ele a corrente elétrica ao circular no condutor
transfere energia em forma de calor. Dessa maneira, os resistores ôhmicos, são aqueles que
obedecem a primeira lei de ohm (3), donde a intensidade (I) da corrente elétrica é diretamente
proporcional a sua diferença de potencial (ddp), chamada também de voltagem.
A Primeira Lei de Ohm postula que um condutor ôhmico (resistência constante),
mantido à temperatura constante, a intensidade (I) de corrente elétrica será proporcional à
diferença de potencial (ddp) aplicada entre suas extremidades, ou seja, sua resistência elétrica
é constante. É representada pela seguinte fórmula:
= ou = . (3)

1
Onde:
Resistencia (R) > 0
V = Diferença de potencial (Tensão) (V)
i = Intensidade da corrente (A)

II. OBJETIVOS
O objetivo desta atividade prática é contribuir para a compreensão da 1ª Lei de Ohm é
introduzir as noções básicas relacionadas a medição de grandezas elétricas, traçar a curva
características em função de tensão e corrente.

III. MATERIAIS E METODOS


Materiais
Os materiais necessários para esse experimento são:
 Dois Resistores Ôhmicos
 Multímetro
 Placa de Circuito
 Fonte de Tensão

Métodos
 Primeiramente ligamos os instrumentos de medições (Fonte, Multímetro);
 Verificamos a configuração do multímetro, colocando em Volt (V) para medir tensão
e outro em Ampère (A);
 Conectamos os cabos na fonte e no multímetro;
 E verificamos se estava funcionando corretamente;
 A partir da figura 2 abaixo realizamos a leitura nominal de cada resistor;

2
Figura 1 - Valores de banda

 Após a leitura nominal, comparamos com a leitura feita no aparelho digital regulando
o multímetro para Ohm (); De acordo com a tabela 1.0
 Em seguida, montamos o circuito em série de acordo com a imagem (2);

Figura 3 - Multímetro
Figura 2 - Circuito em serie

 Regulamos o Multímetro para medir a corrente (A) e conectamos ao circuito.


 Fizemos 1 medida de corrente para cada resistor usado;

Figura 4 - Resistores 1 e 2 respectivamente

3
Figura 5 - Tensão

IV. RESULTADOS
Segue abaixo os resultados coletados durante a realização do experimento da leitura
nominal e digital de cada resistor, fizemos uma medidas para cada resistor:
Tabela 1.0 – Dados coletados
Resistor 1 Resistor 2
Leitura Nominal: 1000 ± 1  Leitura Nominal: 180,0 ± 0,1 
Tolerância Nominal: 5% Tolerância Nominal: 5%
R () R ()
Medida 973 Medida 176,7

Através das medidas para se obter os resultados mais próximos da realidade foi
necessário fazer os seguintes cálculos: Média, desvio padrão da Medida, (Incerteza do tipo A,
), incerteza instrumental (Incerteza do tipo B, ) e a incerteza combinada (Incerteza do
tipo c ):
 Média

= , (3)
Sendo “n” o número de medidas realizadas e “x” o valor de cada medida.
Geralmente, ao se realizar um experimento, várias medidas de um mesmo objeto em
questão são feitas para garantir um intervalo mais preciso da medição. Por conseguinte, a
média representa a melhor estimativa do valor real desejado.

 Desvio padrão da medida


∑ ( )
= (4)

Faz-se necessário aplicar o conceito estatístico do desvio padrão da medida, para


quantificar o grau de dispersão das medidas em relação ao valor médio.

4
 Incerteza do tipo A ( )
= (5)

A incerteza do Tipo A utiliza conceito estatístico que se associa ao valor médio. É


estimado pelo desvio padrão da média e ainda, se torna mais exato, quanto maior for o
número de medidas envolvidas.

 Incerteza instrumental ( )
Por ser um aparelho digital a incerteza instrumental é o menor algarismo presente no
visor, nesse caso:
±0,1, para a fonte (Tensão V)
±0,01 para o Multímetro (intensidade de corrente A)

 Incerteza combinada ( )
= + (6)
A incerteza Combinada representa o valor total das incertezas associadas às medidas, ou seja,
relaciona tanto a incerteza do tipo A quanto a do tipo B.
Obtendo os seguintes valores para média e suas incertezas:
Tabela 2.0 – Valores da Média e suas incertezas
Resistor 1 Resistor 2
Média 973 Média 176,7
Desvio Padrão 0,00 Desvio Padrão 0,00
0,00 0,00
1 0,1
1 0,1
Resultado 973 ± 1 Resultado 176,7 ± 0,1

Com base nos resultados acima conseguimos verificar de forma experimental e eficaz
através da comparação das leituras nominais e digitais, que todos eles descrevem de forma
satisfatória seus valores, mas temos entre eles uma pequena diferença, onde as mesmas
podem ser relevadas por estarem contidas no intervalo de tolerância explicito na Tabela 1.0.
Em seguida, foi construído o primeiro circuito em serie da forma ilustrada abaixo:

5
Figura 6 - Esboço do circuito montado

Onde A nesse circuito representa o multímetro configurado para medir a corrente em


Ampere, V a tensão em Volts, R o resistor, + e - o positivo e negativo da fonte. É sabido que
o sentido da correte no condutor segue sempre do positivo para o negativo (+ até -).
Através das medidas para se obter os resultados mais próximos da realidade foi
necessário fazer os seguintes cálculos: média, desvio padrão da medida, (Incerteza do tipo A,
), incerteza instrumental (Incerteza do tipo B, ) e a incerteza combinada (Incerteza do
tipo c ):
 Média

= , (3)
Sendo “n” o número de medidas realizadas e “x” o valor de cada medida.
Geralmente, ao se realizar um experimento, várias medidas de um mesmo objeto em
questão são feitas para garantir um intervalo mais preciso da medição. Por conseguinte, a
média representa a melhor estimativa do valor real desejado.

 Desvio padrão da medida


∑ ( )
= (4)

Faz-se necessário aplicar o conceito estatístico do desvio padrão da medida, para


quantificar o grau de dispersão das medidas em relação ao valor médio.

 Incerteza do tipo A ( )
= (5)

A incerteza do tipo A utiliza conceito estatístico que se associa ao valor médio. É


estimado pelo desvio padrão da média e ainda, se torna mais exato, quanto maior for o
número de medidas envolvidas.

6
 Incerteza instrumental ( )
Por ser um aparelho digital a incerteza instrumental é o menor algarismo presente no
visor, nesse caso:
±0,1, para a fonte (Tensão V)
±0,01 para o Multímetro (intensidade de corrente A)

 Incerteza combinada ( )
= + (6)
A incerteza Combinada representa o valor total das incertezas associadas às medidas,
ou seja, relaciona tanto a incerteza do tipo A quanto a do tipo B.
Segue abaixo as tabelas com os dados obtidos:
Tabela 3.0 – Dados coletados
Resistor 1
Intensidade da corrente (A) X 10-3
Tensão Medida (V)
0,9 0,01 Medida 1 0,93
1,5 0,01 Medida 2 1,41
2,0 0,01 Medida 3 1,88
2,5 0,01 Medida 4 2,61
3,0 0,01 Medida 5 3,07
3,5 0,01 Medida 6 3,58
4,0 0,01 Medida 7 4,14
4,5 0,01 Medida 8 4,62
5,0 0,01 Medida 9 5,13
Resistor 2
Intensidade da corrente(A) X 10-3
Tensão Medida (V)
1,0 0,01 Medida 1 5,50
1,5 0,01 Medida 2 8,08
2,0 0,01 Medida 3 10,98
2,5 0,01 Medida 4 13,34
3,0 0,01 Medida 5 16,23
3,5 0,01 Medida 6 18,80
4,0 0,01 Medida 7 22,60
4,5 0,01 Medida 8 25,40
5,0 0,01 Medida 9 28,00

7
Resistor 1
Tensão Medida (V) Tensão Medida No Circuito (V)
0,9 0,01 Medida 1 0,92
1,5 0,01 Medida 2 1,39
2,0 0,01 Medida 3 1,85
2,5 0,01 Medida 4 2,57
3,0 0,01 Medida 5 3,03
3,5 0,01 Medida 6 3,52
4,0 0,01 Medida 7 4,08
4,5 0,01 Medida 8 4,55
5,0 0,01 Medida 9 5,05
Resistor 2
Tensão Medida (V) Tensão Medida No Circuito (V)
1,0 0,01 Medida 1 0,99
1,5 0,01 Medida 2 1,45
2,0 0,01 Medida 3 1,96
2,5 0,01 Medida 4 2,39
3,0 0,01 Medida 5 2,92
3,5 0,01 Medida 6 3,39
4,0 0,01 Medida 7 4,06
4,5 0,01 Medida 8 4,57
5,0 0,01 Medida 9 5,03

Para a construção do gráfico da tensão (V) versus corrente (A) foi feita a seguinte
analise comparadora:
Sendo,
= . (2)
Observa-se que o R (resistência) cumpre o mesmo papel do coeficiente angular (a) da
equação do primeiro grau
= + (7)
e contém coeficiente linear (b) igual a zero. Portanto o R (resistência) será realmente
descoberto através da construção do gráfico de V x . Com os seguintes pares ordenados:

Tabela 3.0 – Pares ordenados para resistor 1 [V x ]


Resistor 1
Tensão (V) ± Corrente ( ) ±
0,92 0,01 0,93 0,01
1,39 0,01 1,41 0,01
1,85 0,01 1,88 0,01
2,57 0,01 2,61 0,01
3,03 0,01 3,07 0,01
3,52 0,01 3,58 0,01

8
4,08 0,01 4,14 0,01
4,55 0,01 4,62 0,01
5,05 0,01 5,13 0,01
Tabela 4.0 – Pares ordenados para o resistor 2 [V x ]
Resistor 2
Tensão (V) ± Corrente ( ) ±
0,99 0,01 5,50 0,01
1,45 0,01 8,08 0,01
1,96 0,01 10,98 0,01
2,39 0,01 13,34 0,01
2,92 0,01 16,23 0,01
3,39 0,01 18,80 0,01
4,06 0,01 22,60 0,01
4,57 0,01 25,40 0,01
5,03 0,01 28,00 0,01

Usando papel milimetrado para a construção dos gráficos podemos constatar que
devido a escala não é possível visualizar as respectivas incertezas dos resistores 1 e 2. Diante
disso pegamos pontos específicos de modo que as incertezas pudessem ser visível no gráfico
dos resistores 1 e 2 conforme tabela a seguir.
Tabela 5.0 – Pares ordenados para resistor 1 [V x ]
Resistor 1
Tensão (V) ± Corrente ( ) ±
2,57 0,01 2,61 0,01
3,03 0,01 3,07 0,01
3,52 0,01 3,58 0,01
4,08 0,01 4,14 0,01
Resistor 2
Tensão (V) ± Corrente ( ) ±
2,92 0,01 16,23 0,01
3,39 0,01 18,8 0,01
4,06 0,01 22,6 0,01

9
Gráfico 1.0 – Tensão (V) x Corrente (A) do Resistor 1

10
Gráfico 2.0 - Tensão (V) x Corrente (A) do Resistor 2

11
A partir dos gráficos (1) e (2) confeccionado foi possível obter os valores dos
coeficientes angulares das retas, bem como as suas respectivas incertezas, sendo que:
a=R (8)
Foi possível encontrar o valor da resistência dos dois resistores a partir do coeficiente
angular da reta. Abaixo temos os valores da leitura nominal, medida e o calculado dos dois
resistores:

Tabela 6 – Resultados
Leitura Tolerância Leitura
Calculado
Nominal Nominal Medida
Resistor
1000  ± 5% 973  ±1 987  ± 63
1
Resistor
180  ± 5% 176,7  ± 0,1 176  ± 20
2

Comparando os valores, percebesse que mesmo dentro do intervalor das incertezas os


valores são bem próximos tanto da Leitura Nominal, assim como está da Medida.
Podemos concluir que as medidas de corrente registradas pelo o multímetro está de
acordo com a 1º Lei de Ohm e mantém certas proporcionalidades a partir dos valores da
tensão.

V. DISCUSSÃO
De acordo com a Primeira Lei de Ohm, espera-se que o comportamento do Gráfico V
x I para os resistores seja uma reta, e a inclinação dessa reta deve corresponder ao valor da
resistência elétrica do material.

(9)

Os formatos da inclinação obtidos nos dois gráficos foram de uma linha reta, onde a
corrente elétrica (I) dos resistores é diretamente proporcional à tensão (V), ou seja, eles
obedecem a 1ª lei de ohm. O coeficiente angular das retas representa a resistência, conforme
foi apresentado na tabela 6 de resultados.
12
VI. CONCLUSÃO
Foi possível compreender com mais clareza os estudos sobre a 1ª Lei de Ohm. Por
meio dos gráficos de V x I foi possível verificarmos que o procedimento obtido para os dois
resistores foi o esperado, pois o comportamento da curva foi da forma de uma reta, assim
demonstramos a proporcionalidade entre a tensão e a corrente elétrica.
Comparando os valores das medidas, percebemos que mesmo dentro do intervalo das
incertezas, os valores foram bem próximos. Constatamos que as medidas de corrente
registradas pelo multímetro estão de acordo com a 1º Lei de Ohm e mantém certas
proporcionalidades a partir dos valores da tensão.
Com base nos resultados experimentais chegamos à conclusão que, de fato, tem sido
satisfatório compreender tais fenômenos e, que os mesmos nos deram a prova de que a Lei de
Ohm é válida.

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VII. REFERÊNCIAS

[1]HALLIDAY, RESNICK, WALKER. Fundamentos de Física. Vol. 3. 10ed. – Rio de


Janeiro: Editora LTC, 2016.
[2]<http://etec-mecatronica.weebly.com/uploads/1/2/9/3/12933882/3589276_orig.gif>,
acessado em 09/12/2018.
[3]SANTOS, Marco Aurélio da Silva. "A lei de Ohm"; Brasil Escola. Disponível em
<http://brasilescola.uol.com.br/fisica/a-lei-ohm.htm>. Acessado em 11 de Dezembro de 2018.

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