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Os Mohawks em aço alto

Joseph Mitchell
(resumo)

Nome: Mariana Maria | Número De Aluno: 93872| Turma: LAA1 | Docente: Jorge Branco
Os índios Mohawk encontravam-se na Reserva Caughnawaga, a qual ficava no
Quebec (Canadá). Existiam três mil, dos quais pelo menos seiscentos e cinquenta e
cinco passavam mais tempo nas cidades dos Estados Unidos do que nessa reserva.

A maior comunidade encontrava-se em Brooklyn onde se misturaram com a população


branca onde compraram casa. A igreja presbiteriana aprendeu o dialeto desta tribo e
realizava o culto mensalmente. As mulheres faziam o pão típico k-na-ta-rak e
utilizavam a farinha de milho Quaker White e todas as lojas começaram a tela para
usufruto dos índios.

Era na vila de Caughnawaga, que estavam os escritórios, onde se debatiam assuntos


sobre os índios a igreja protestante, a escola, os supermercados e as lojas, eram
pontos de referência para os mais velhos conviverem. Antes os anciãos mohawk não
moravam em tendas, mas sim em cascas de árvores, que tinham o nome de casas
longas. Os índios ao lidarem com a civilização branca adotaram nomes ingleses
(Jacobs e Mary).

As residências estavam eletrificadas, as famílias possuíam rádios e telefones, porém


não havia abastecimento de água potável, esta era obtida em bombas públicas. A
igreja de São Francisco Xavier era jesuíta e as missas eram proferidas em mohawk.
No verão, este local era um ponto turístico muito visitado, onde estavam os ossos de
Kateri Tekakwitha, uma virgem índia que morreu em Caughnawaga em 1680,
pensava-se que muitas doenças, incluindo o cancro, tinham sido curadas pela
intercessão de Kateri, deste modo as pessoas doentes e aflitas faziam peregrinações
à igreja e rezavam perante as relíquias de Kateri. Na parte sul da vila, existiam dois
cemitérios. Um era para católicos, o outro era para protestantes e pagãos. Todos os
Caughnawaga eram católicos, mas no início dos anos 20, alguns converteram-se a
outras religiões. Os chamados pagãos eram conhecidos como o povo das casas
compridas. O profeta deles, Handsome Lake, teve uma visão na qual os espíritos
falaram com ele e nos seus sermões, ele recitou, o que os espíritos lhe tinham
revelado. Muitos dos sermões foram transmitidos de boca em boca e constituíram o
evangelho da religião. A religião de Handsome Lake espalhou-se nos Estados Unidos
e no Canadá, exceto em Caughnawaga que chegou só após a Primeira Guerra
Mundial. Em 1830 o governo canadiano tornou a reserva isenta de impostos, dividindo
uma propriedade para cada família e deixando outras, chamadas Commons, para o
uso das gerações futuras. Um Caughnawaga podia alugar as suas terras para
qualquer pessoa, mas só podia vender ou dar, apenas a outro membro da tribo.

Os jesuítas tentaram fazer com que os Caughnawaga se tornassem agricultores, mas


não conseguiram. No verão, enquanto as mulheres cultivavam, eles pescavam. No
outono e inverno, eles caçavam. No ano de 1700, alguns dos jovens que nasceram em
Caughnawaga aceitaram empregos no comércio francês de peles. Quando o comércio
de peles declinou no Canadá, os homens de Caughnawaga foram forçados a
encontrar outros empregos, alguns mudaram-se para a indústria de rafting em
madeira, outros tornaram-se agricultores e outros foram para o circo. Em 1886, a
Dominion Bridge Company iniciou a construção de uma ponte ferroviária,
atravessando a vila franco-canadiana de Lachine, na costa norte, até um ponto logo
abaixo da vila de Caughnawaga na costa sul. Ao obter o direito de usar o terreno da
reserva para construir o pilar da ponte, o Pacífico Canadiano prometeu que daria
emprego sempre que possível aos Caughnawagas.

Ficou claro que os índios eram pessoas fora do vulgar, eles andavam em barras de
ferro estreitas em elevadas altitudes e eram imunes ao barulho dos rebites. Os
brancos decidiram ensinar a alguns índios, para verem o que eles eram capazes de
fazer e o resultado foi maravilhoso, constituíram um grupo de quatro homens cada um
tinha a sua função- um aquecedor, um adesivo, um bucker-up e um rebitador. Em 29
de agosto de 1907, durante a construção da ponte de Quebec, uma barra de ferro
desabou, e faleceram noventa e seis homens, dos quais trinta e cinco eram
Caughnawagas. Na altura as pessoas pensaram que o desastre levaria à desistência
dos índios nas construções, mas aconteceu o oposto, o acontecimento trágico levou a
que os índios se orgulhassem de realizar um trabalho tão perigoso. O desastre foi um
golpe terrível para as mulheres, deixaram de permitir que os índios trabalhassem
juntos, pois se acontecesse outra tragédia, muitas mulheres da reserva ficariam
viúvas.

No bairro de North Gowanus, os Caughnawagas conseguiram alojamentos. No início


dos anos 30, começaram a mudar-se para apartamentos, desse mesmo bairro. Em
1949, existem oitenta e três Caughnawagas no local do Brooklyn e quarenta e dois no
local de Manhattan (ambas as cidades dos E.U.A).  Estes índios andavam
constantemente a mudar de emprego, pois o trabalho acabava, porém eles iam
sempre ver as suas famílias. Quando os índios recebiam a novidade de que iria existir
um novo local de trabalho que lhes daria melhores condições de vida, estes largavam
tudo e não esperavam para receber o seu salário atual, isso ficava ao critério de um
outro índio que depois mais tarde lhes entregaria.

Uma familia típica consistia num marido e numa mulher, dois filhos e uma ou mais
parentes do sexo feminino. Depois de eles terminarem a escola na reserva, muitas
meninas Caughnawaga foram trabalhar para fábricas e mais tarde casaram-se com
brancos, apesar dos tabus que existiam devido à conservação da raça índia.

Ao contrário dos outros Caughnawagas, Orvis Diabo não negava nem minimizava o
seu sangue branco. O autor desta obra apercebeu-se que os índios não apreciavam a
vida calma e pacífica da reserva, após ter uma conversa com Orvis Diabo.

Havia famílias que estavam em conflito, os velhos gostavam de abordar essas


questões e de falar sobre a religião ou uma outra cura milagrosa sobre a qual tinham
ouvido falar, e discutiam também sobre os prós e contras do sistema de
abastecimento de água. O prato nacional de Mohawk era o oenen sto, ou sopa de
milho.

O autor deste livro, quando estava sentado numa floresta de vigas de aço observou
índios a dançarem e a cantarem cânticos em mohawk, os quais foram feitos ainda no
tempo dos índios antigos.
Referências
Mitchell, Joseph, 1949, The Mohawks in the High Steel

Website: http://www.columbia.edu/itc/journalism/j6075/edit/Mitchell.html

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