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• MARROCOS
27 curiosidades sobre Marrocos

Sofia Cruz

À solta pelo mundo...

As duas semanas que passámos em Marrocos


foram tão intensas que é difícil organizar as
ideias e tecer considerações gerais sobre o país e
o seu povo. Há, porém, uma série de curiosidades
que fomos registando pelo caminho que o
poderão surpreender.

1. Quando visitar Marrocos, lembre-se desta


filosofia árabe: “Marquei um encontro com um
amigo às 9. Cheguei às 10. Se ele não vier às 11,
às 12 vou-me embora.”

2. E também deste provérbio árabe: “O visitante


está sobre as regras do visitado”;

3. Quando um marroquino, mesmo que seja uma


criança, se aproxima de um estrangeiro, 99,9%
das vezes não o faz desinteressadamente. O
intuito é ganhar algum dinheiro. Por isso, já sabe:
quando um marroquino se dirigir a si, ele vai-lhe
pedir dinheiro. Se não lhe pedir dinheiro, é porque
não é marroquino;

Homem com “djellaba”, o traje tradicional


marroquino

4. Nas zonas antigas das cidades (medinas), não


há sinais exteriores de riqueza. As paredes altas
e envelhecidas das habitações escondem muitas
vezes riquezas interiores, como tivemos
oportunidade de ver nos palácios abertos ao
público e nos “riads” (casas tradicionais
marroquinas) onde ficámos alojados em Fez e
Marraquexe. São também uma forma das
mulheres salvaguardarem a sua privacidade;

5. Os gatos estão em todo o lado;

6. As crianças brincam na rua, mesmo depois do


anoitecer;

Interior do Palácio Dar Jamaï em Meknes

7. Não estranhe se alguém gritar “No photo! No


photo!”, ainda que tenha a câmara desligada e
pendurada, em repouso, no pescoço;

8. Os “souks” (mercados) são um emaranhado de


ruelas estreitas cheias de pessoas, onde tudo se
transporta com a ajuda de burricos, carrinhos de
mão, bicicletas ou motas. Gritos de “Balak!”
significam “Cuidado!” e o melhor é desviarmo-
nos para deixar passar;

9. A hora mais concorrida nos “souks” é ao


anoitecer, altura em que uma grande parte da
população sai de casa e os vendedores
ambulantes regateiam os seus produtos (fruta,
peixe, pão, louça, de tudo um pouco). É a altura
ideal para observar a vida de todos os dias e
sentir o pulsar das localidades;

Porta Bab Boujloud em Fez

10. As favas e o grão de bico cozidos são


vendidos como petiscos na rua, tal como as
castanhas por cá;

11. Alguns vendedores ambulantes também


vendem frutos dos catos. Descascam-nos com
três golpes de facão e o sabor é delicioso, ainda
que as sementes sejam um pouco duras.
Enquanto que por cá se encontram a 9€ o Kg (de
qualidade duvidosa), lá custam
aproximadamente 20 cêntimos a unidade;

12. Se quiser agradecer, a palavra árabe é


“Shukran”;

Pormenores do “souk”

13. “Azul” é a palavra berbere para “Olá” cujo


significado literal é “Vem ao meu coração”;

14. Cinco vezes por dia (à noite, antes do sol


nascer, ao meio-dia, durante a tarde e depois do
pôr-do-sol) ouve-se o chamamento dos fiéis a
partir dos minaretes das mesquitas. Em Fez, foi
onde o apelo à oração mais nos impressionou,
com as vozes vibrantes de vários “muezzin” a
pairar sobre a cidade. Vale a pena acordar às 5
da manhã para presenciar este espetáculo, se
ficar num alojamento com terraço;

15. Na região sul, vimos mulheres a


cumprimentarem-se com um aperto de mão,
beijando de seguida as costas da mão uma da
outra;

Nascer do sol em Fez, com vista sobre a medina

16. Alguns homens marroquinos passeiam de


mão dada – é um símbolo de amizade;

17. A “Mão de Fátima” simboliza os cinco pilares


do Islão: a fé, o jejum no Ramadão, a
peregrinação a Meca, a oração e a caridade;

18. O vestuário das mulheres berberes varia de


região para região. Por exemplo, na zona do Rif,
usam saias vermelhas cruzadas e chapéus de
palha com enfeites de lã; perto do deserto os
vestidos são totalmente pretos com alguns
bordados coloridos, enquanto a caminho de
Agoudal vimos vestidos alegres com rendas
brancas a tiracolo;

Trajes típicos das mulheres em Tétouan

19. As refeições são acompanhadas com


azeitonas e pão deliciosos que os restaurantes
normalmente não cobram. As batatas e o arroz
são muito raros como acompanhamento. Por
exemplo, um dos pratos tradicionais, as “tajines”
(espécie de guizado) são geralmente comidas
com pão e diretamente com as mãos;

20. O pão é cozido em fornos comunitários de


lenha, uma das cinco comodidades presentes em
todos os bairros, a par da mesquita, do
“hammam” (casa de banhos), da fonte e do
jardim de infância;

21. Quando não há qualquer coisa num


restaurante, arranja-se, nem que seja noutro ou
num café ao lado. Por diversas vezes, nos
trouxeram café de outro estabelecimento;

Azeitonas variadas no mercado

22. O café, sempre servido num pequeno copo


de vidro, é bem bom. Se o quiser com leite, peça
um café “cassé”; sem leite, café “noir”;

23. Apesar do álcool ser proibido pelo Islão,


produz-se vinho em Marrocos;

24. A maioria dos táxis entre cidades são


Mercedos dos anos 70. Muitas vezes levam sete
pessoas, mais a carga no tejadilho. Devido ao
grande peso que transportam, muitos circulam
inclinados para um dos lados. Também é comum
ver motos com mais do que dois passageiros;

Rebanho em Chefchaoen a comer o que


consegue encontrar

25. A única regra de trânsito que é cumprida são


os limites de velocidade;

26. Marrocos fica a apenas 13 km da Europa;

27. Ao atravessar o Estreito de Gibraltar, corre o


risco de ver golfinhos aos saltos.

! Reservar alojamento em Marrocos

Casa de banho pública. O balde é o autoclismo.

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Bósnia-Herzegovina

3 Comentários

1. Pete
em Novembro 2, 2015 às 10:38 pm
• Responder

Gosto muito desta crónica, o que


mais me surpreendeu foi a
alegada falta de pontualidade.
se rezam 5 vezes por dia e se
cada vez que rezam demorarem
30 min, só trabalham 5,5 h. Que
rica vida. Agora a sério, do
contacto que tive com a cultura
islâmica na Tunísia achei que são
muito diferentes da imagem que
nos passam os media. Como diz
na crónica o cumprimento "azul"
é sentido. Os casamentos
tradicionais tem por vezes várias
centenas de pessoas, porque
durante a festa todos os que
aparecerem são bem vindos e
tem que comer e beber enquanto
tiverem vontade. Os 5 pilares do
islão contempla s caridade
também conhecida por corda, em
que todos contribuem para a
comunidade que se encarrega de
ajudar quem tem dificuldades.
Enfim, é uma cultura muita rica,
muitas vezes desprezada por ser
diferente. Um abraço aos amigos
que nos trazem estas lindas
reportagens.

2. Viagens marrocos
em Novembro 4, 2015 às 10:54 am
• Responder

Blog muito bom muitas


informações imagens lindas
parabéns. vou deixar meu links si
precisam de mais informações
sobre viagens em Marrocos
http://www.viagens-em-
marrocos.com
Abraços

Omar

3. Unknown
em Novembro 5, 2015 às 7:29 pm
• Responder

Muito bom!! Exatamente assim q


sentimos ao visitar Marrocos!!!

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