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Orientadores
Carlos Rodrigo de Melo Roesler
Patrícia Ortega Cubillos
Equipe
Jurandir Coelho Junior - 14104352 - jurajunior2012@gmail.com
Marcos Hisashi Napoli Nishioka - 14100744 - mhnishioka@gmail.com
Florianópolis
29 de Abril de 2016
1. Introdução
2
Quando se faz necessário num projeto mecânico um estudo sobre as tensões que agem num
determinado ponto do material, o que é mais interessante para o projetista é ter uma análise clara das
tensões principais desta região específica e como controla-las para melhor projetar o componente. A
construção do chamado Círculo de Mohr faz o trabalho de catalisador desta informação, fornecendo
também o valor das tensões cisalhantes que agem no material.
O relatório descrito é referente ao experimento realizado no Laboratório em Propriedades
Mecânicas feito numa viga em balanço usando três extensômetros alinhados no arranjo do tipo roseta. O
método do ensaio é descrito abaixo.
2. Método do Ensaio
Para que fosse realizado o objetivo principal do ensaio (traçar o círculo de Mohr), a viga em
balanço foi instrumentada com três strain gages com uma distribuição em roseta. O arranjo foi colado de
forma que um extensômetro ficasse na direção longitudinal da barra (denominado extensômetro a), um na
transversal (denominado extensômetro c) e o outro entre eles, a 45º (denominado extensômetro b). Os
strain gages foram conectados numa ponte de Wheatstone, com o objetivo de se obter um melhor sinal de
medição de deformação. A ponte em si é composta por um extensômetro e mais três resistências elétricas
de igual valor ao do extensômetro, e esta é ligada a uma fonte de alimentação (Vin) com voltagem
medida em sala de aula de 4.91V.
Referindo-se agora mais especificamente à ponte montada, esta está equipada com um ganho, que
melhora a medição de Voutamp (que é a medida da diferença de potencial imposta à ponte pela diferença
na resistência dos extensômetros), amplificando seu sinal. O ganho pode ser calculado segundo a equação
abaixo, sendo a resistência do resistor do amplificador medido igual à 14.8 Ω .
50000
G=1+ Equação I
R ganho
Calculado o ganho, é possível encontrar uma medida de deformação do extensômetro, quando
combinada ao gage factor (k) do extensômetro, juntamente com a voltagem de alimentação e o ganho
previamente calculado, através da equação:
4 ∙ Vout amp
ε= Equação
V¿∙k ∙G
II
Para traçar corretamente o Círculo de Mohr, é necessário descobrir também o valor da
deformação cisalhante que o corpo está submetido. A geometria dos extensômetros fortalece a hipótese
de um estado plano de tensões. Isso causa uma relação geométrica estritamente dependente do plano
formado pelos eixos x (definido como o eixo longitudinal da barra) e z (definido como o eixo que está no
plano horizontal na direção transversal à barra). É importante ressaltar que, pelo efeito do coeficiente de
Poisson, há uma deformação no plano perpendicular aos dois eixos, porém ela não é relevante para o
estudo que está sendo feito agora. As equações que calculam ε xx , ε zz (deformações longitudinal e
transversal, respectivamente) e ε xz (deformação cisalhante) em função de ε a, ε b e ε c são descritas abaixo:
2
3
ε xx =ε a
ε zz=ε c
εa + εc
ε xz =ε b−
2
Tendo tais deformações, é possível traçar o círculo de Mohr através da relação:
(ε−ε m)2 +ε xz 2=R2
( )
2
ε xx−ε zz
2 2
Onde: R = +ε xz
2
ε xx + ε zz
E ε m=
2
E tendo o círculo de Mohr traçado, é possível calcular as deformações principais, que são
calculadas como:
ε 1=ε m + R
ε 2=ε m −R
No experimento anterior, foi possível calcular também o módulo de Young e o coeficiente de
Poisson do material e compará-los com os valores teóricos. Esses dados servirão no presente experimento
para calcular as tensões associadas às deformações. Da mesma forma que foi calculada no experimento
anterior, também é calculada uma tensão experimental de flexão no corpo ensaiado. Por consequência da
relação entre E e ε, é possível calcular, através da lei de Hooke generalizada, as tensões que agem no eixo
x , no eixo z e também as tensões cisalhantes. As equações para as tensões são descritas abaixo:
E
σ xx = (ε a + ν∗ε c )
( 1−ν 2 )
E
σ zz = (ε c +ν∗ε a)
( 1−ν 2 )
E ε a+ ε c
σ xz = ∗(ε b− )
(1+ ν ) 2
De maneira análoga ao que foi feito com as deformações, é possível traçar o círculo de Mohr para
as tensões através das mesmas relações postas acima, substituindo-se os termos de deformação ( ε) pelos
termos correspondentes às mesmas direções de tensão (σ).
Para efeito de comparação, como deduzido no relatório anterior, pode se calcular analiticamente a
tensão, através da equação à baixo.
6 ∙m ∙ g ∙ x
σ= 2 Equação
b∙h
III
3
4
Foram desconsiderados efeitos térmicos para os cálculos, e os dados recolhidos serão expostos na
próxima seção.
3. Resultados Obtidos
A partir dos dados obtidos através do experimento, e utilizando as equações I e II, é possível
calcular as deformações, as tabelas 1, 2, 3 e 4 mostram as dimensões da barra e outros dados usados nos
cálculos para deformação, as deformações nos extensomêtros a,b e c.
Tabela 1. Dados dimensionais e de entrada
b (mm) h (mm) x (mm) y (mm) m k VIN (V ) G
g ( )
s2
32.58 4.88 328 2.44 9.78 2.07 4.91 910.091
Percebe-se ainda que no momento dos cálculos, percebeu que os polos do sistema de aquisição de
dados estavam invertidos, visto que no extensômetro a, onde o ocorre tração a deformação estava
negativa, enquanto no extensômetro c, onde ocorre a compressão, a deformação estava positiva, por esse
motivo a tabela a seguir já se encontra com os valores invertidos da voltagem de saída amplificada.
Tabela 2. Dados obtidos à partir do extensômetro a
MASSA (Kg) VZERO (V ) VOUT AMPLIFICADA (V ) VOUT AMPLIFICADA CORRIGIDA (V ) mm
εa ( )
mm
0.2956 0.072 -0.084 0.156 6.74603E-05
0.4901 0.140 -0.125 0.265 0.000114596
0.6847 0.036 -0.2989 0.335 0.000144823
0.8331 0.030 -0.413 0.443 0.00019157
1.0279 0.072 -0.491 0.563 0.000243462
4
5
Com as deformações nos três extensômetros calculadas, utiliza-se das relações anteriores para
construir o círculo de mohr, e encontrar as deformações principais e as deformações máximas cisalhantes.
O circulo de mohr correspondente as primeiras medições de cada extênsometro que se encontra expresso
na figura à baixo. Analogamente foram calculados para as outras 4 medições e os resultados colocados na
tabela 5.
As deformações colocadas no ciclo de Mohr para facilitar a visualização foram transfomadas para
nm
nanometro por milímetro ( ¿.
mm
5
6