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Aula3b

Cartografia hidrogeológica

Ricardo Hirata
Instituto de Geociências
rhirata@usp.br

O nível de água em aqüíferos livres é função


de:
•  recarga do aqüífero
(incluindo características da
zona não-saturada e
topografia)

•  nível de base do rio

•  condutividade
hidráulica do aqüífero

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•  Linhas equipotenciais: define
as cargas hidráulicas do meio;
•  Linhas de fluxo: define o
caminhamento da água no
aqüífero;
•  Tubo de fluxo: volume
compreendido entre duas
linhas de fluxo

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Três condições de contorno

•  Relação entre as linhas equipotenciométrica e as


condições de contorno
•  (a) impermeável
•  (b) carga conhecida
•  (c) recarga

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Problemas mais comuns no mapeamento das
águas subterrâneas

•  Posição de filtros em poços


•  Corpos de água superficial
•  Heterogeneidade do meio aqüífero
•  Exagero vertical
•  Densidade de informação

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(Saines 1981)

Interpretação incorreta das


linhas de fluxo ocasionado
pela posição dos filtros dos
poços de monitoramento

Hirata 2005

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(Saines 1981)

Mapa corrigido, excluindo-se poços com filtros mal


posicionados
Hirata 2005

Altitude da
superfície
do Lago

Incorreto
(Davis & DeWiest 1966)

Altitude da
superfície
do Lago Interação lago-aqüífero
O lago conectado ao
aqüífero define uma linha
Correto
potenciométrica
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lha
fa
de
na
Zo

lha
Fa

“Cachoeira” de
água subterrânea
em zona de falha
Presença de falhas
geológicas ou outra
descontinuidade
(Davis & DeWiest 1966)

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Traçado das linhas equipotenciométricas em situações de


heterogeneidade e anisotropia da condutividade hidráulica

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sobre datum padrão
Elevação em pés
20.000 pés
Exagero vertical = 2X

Elevação em pés sobre datum padrão

20.000 pés
Sem exagero vertical

(Tóth, 1962) Problemas de escala: exagero vertical

Hirata 2005

Problema de densidade de informação

0 200m

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Cartografia hidrogeológica: casos reais fornecidos
pela Servmar Ambiental

•  Auto Posto Led Zeppelin


•  Auto Posto Black Sabat
•  Auto Posto Doors
•  Auto Posto Queen
•  Auto Posto U2

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Led Zeppelin

•  Área de planície litorânea constituída por areias finas a


média.
•  Problema observado: o fluxo da água subterrânea
deveria dirigir-se para a costa, mas flui em direção ao
centro do empreendimento.

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Linha de costa
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Black Sabat

•  Aterro até 0,8m constituído de áreas finas a médias


de cor marrom
•  Unidades litológicas: a) argila pouco arenosa, muito
compacta de 0,70-3,10m; b) areia fina a média,
argilosa, coloração cinza amarelada, espessura
variando de 1,10- 1,80m; e c) areia fina, coloração
amarela apresentando espessura entre 2,50-3,80m.
Ambiente de sedimentação fluvial meandrante

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Aqüífero inferior

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Residência

PA-01

PM-07 Poço de monitoramento


Portão Portão 97,79 Carga hidraúlica
PM-09
CP PM-01 Poço de monitoramento pré-existente
97,50 Carga hidraúlica
Rampa para troca de óleo
PA-01 Poço de abastecimento
PM-05
SAO Tanque subterrâneo
Sala de
(97,60 Maqu.
)
Tanque subterrâneo desativados
o

Cozinha
sit

PM-01 Borracharia
De

Restaurante Ilha de abastecimento


DC

97,50
Loja Escritório
Filtro de óleo diesel
PM-08
(97,70) 97,69 SAO Caixa separadora água/óleo
PM-02 PM-04 PM-07 Depósito
97,82 97,79 Projeção da cobertura
DA GA
(97,80)
GC GC Canaleta perimetral
PM-06
DC

(97,90)
Cerca
GC

DC

DC
GA

(98,00) DC DC
Canteiro
DC

)
(98,10 Tubulação subterrânea
DC

(98, 20) DC DC
F Vala de escoamento a céu aberto
)
,30
(98
) Valeta de troca de óleo CP Caixa de passagem
,40
(98
) PM-11 Linhas equipotenciais definidas
,50
(98 PM-03
) 98,56 Linhas equipotenciais inferidas
,60 PM-10
(98
98,60 Sentido do fluxo subterrâneo

Escala Gráfica
0 10 20(m)

Rodovia
Aqüífero superior

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Hirata 2005

Hirata 2005

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Black Sabat

•  Planície aluvionar marinho, constituído de areias


diversas. Porção superficial apresenta um aterro de
areia e argilas.
•  Aqüífero livre e raso.

•  Problema: fluxo de água subterrânea em sentido oposto


à linha de costa.

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Black Sabat
Linha da costa

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Linha de costa

Black Sabat

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Queen
•  Aterro: areia fina a média com matriz argilosa de cor
marrom avermelhada, com porções de argila preta. É
freqüente a presença de fragmentos de concreto,
tijolos e pedaços de madeira. A espessura pode variar
de 1,0-1,5m.

•  Geologia: caracterizada por aluviões fluviais


cenozóicos de idade quaternária representados por
argila, areia e cascalho da planície do rio Tietê.

•  Problema: fluxo da água subterrânea escoa para o


centro do empreendimento, sem motivo aparente
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Queen

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U2

Área de Estudo
•  Empreendimento em área de planície. O aqüífero livre
ocorre em material arenoso de grande homogeneidade.

•  Característica: o fluxo da água subterrânea é bastante


homogêneo, denotado pela distribuição das linhas
equipotenciais igualmente espaçadas.

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U2

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Bibliografias

•  Hidrogeologia básica

Freeze, A. & Cherry, J. 1971. Groundwater. Prentice Hall, Englewood Cliffs,


NJ. 604pp.
Domenico, P. & Schwartz, F. 1990. Physical and chemical hydrogeology. John
Wiley & Sons. New York. 824 pp.
Fetter, C. 2001. Applied hydrogeology. Prentice Hall, Londres, UK. 598 pp.
Cleary, R. 1989. Águas subterrâneas. In Ramos, F. et al. 1989. Engenharia
hidrológica. ABRH e Editora UFRJ. Cap. 5. Rio de Janeiro. 291-404 pp.

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