Pontifícia Universidade Católica De Minas Gerais

QUESTIONÁRIO DE TREFILAÇÃO
João Paulo Oliveira Pereira

1) Explique o processo de trefilação de arames.

O processo de trefilação consiste em forçar a passagem de uma barra através
de uma fieira mediante a aplicação de uma força de tração à saída desta fieira.
Na produção de arames, emprega-se o tipo de máquina rotativa, o material
deforma-se à medida que atravessa a fieira e, desta maneira, tem seu diâmetro
reduzido.

2) Explique o processo de trefilação de barras.

O processo de trefilação consiste em forçar a passagem de uma barra através
de uma fieira mediante a aplicação de uma força de tração à saída desta fieira.
A barra deve ser apontada e inserida através da fieira, sendo, em seguida,
presa por garras de tração usualmente impulsionadas através de corrente sem
fim.

3) Faça um desenho de uma fieira e explique a função de cada parte.

Região de entrada: por onde entra o material que será trefilado.

Região de redução: onde acontece a redução da área de contato para realizar
a trefilação do material na forma escolhida, além disso, é responsável pela
recuperação de forma do material no regime elástico.
Região de calibração: responsável por manter a forma do material trefilado.
2β: ângulo utilizado para fazer a redução na região de redução.
di: diâmetro inicial do material.
df: diâmetro final do material.

4) O que é deformação homogênea em trefilação?

O método da deformação homogênea parte do princípio de que as
deformações ocorridas no processo de conformação mecânica são todas
homogêneas, ou seja, que não existam deformações por atrito ou redundantes
presentes. Conhecendo-se a deformação associada ao processo de
conformação plástica, pode-se calcular facilmente a energia consumida, por
unidade de volume, simplesmente pela determinação área sobre a curva
tensão versus deformação, ou seja, pela integração da tensão pela deformação
infinitesimal.

5) De acordo com o método dos blocos, qual o valor da tensão de trefilação?

Explique cada componente desta equação.

Y= Tensão de escoamento

B= μ*cot (α)
μ= Coeficiente de atrito
α= semiângulo da fieira
df== diâmetro final
do= diâmetro inicial

6) O que é trabalho redundante?

No trabalho redundante o material sofre um processo interno de deformações
cisalhantes, além daquele necessário para sua deformação homogênea, e que
não contribui para as mudanças dimensionais da barra trefilada. Pode-se
considerar que é uma energia mal utilizada, uma vez que a deformação poderia
ter ocorrido com sem essa energia.
7) Porque industrialmente o efeito do trabalho redundante pode ser desprezado
na avaliação das tensões de trefilação?
Foi experimentalmente demonstrado que, para uma ampla faixa de materiais e
lubrificantes, esta dependência, quando existente, não afeta de forma sensível
o trabalho redundante, o qual dependeria somente da geometria do processo.
Assim, o trabalho redundante torna-se mais notável quanto maior for o ângulo
da fieira.

8) O que é ângulo ótimo de trefilação? Explique. Faça um gráfico do

semiângulo da fieira em função das energias dissipadas?
Para ângulos pequenos da matriz, predomina o efeito do atrito, acarretando um
elevado valor para a tensão total. Para ângulos ótimos de trefilação, á medida
que o ângulo da matriz aumenta, o efeito do atrito diminui drasticamente, de
modo que, apesar do aumento do trabalho redundante, existe uma diminuição
na tensão total.

9) O que é descascamento em trefilação?

O descascamento se produz quando, em consequência do grande ângulo de
trefilação utilizado, a zona morta já não consegue aderir à matriz e começa a
deslizar para trás. Este processo é, em essência, uma operação de corte de
metal durante a qual o núcleo da barra não se deforma, movendo-se através da
matriz com velocidade de entrada igual à de saída.
10) O que são rupturas centrais em trefilação? Explique como elas acontecem?
É um modo de deformação, caracterizado pela formação de pequenos buracos
no interior do produto, de difícil detecção, podendo causar fraturas no produto
já em serviço. Este fenômeno pode ocorrer a partir de uma deformação do
campo esférico de velocidade. À medida que se aumenta o ângulo da matriz,
as duas superfícies que delimitam a zona de deformação plástica tendem a
abandonar a forma esférica e a se aproximar uma da outra.