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UNILA

2021.6
ECO0018 - SOCIEDADE, ESTADO E MERCADO
Empresas transnacionais e cadeias globais de valor
Ramos, Leonardo “A Sociedade Civil em Tempos de Globalização: Uma Perspectiva
Neogramsciana”. Dissertação de mestrado, Programa de Pós-Graduação em Relações Internacionais
da PUC-Rio, 2005. Cap. 3 (“A Reconstrução do Materialismo Histórico nos Estudos
Internacionais: As Perspectivas Neogramscianas da Economia Política Internacional”).

Podemos dividir o ciclo das cadeias de processo em três pontos, primeiro o processo de formação de
consenso interestatal concernente às necessidades ou requerimentos da economia mundial que toma
lugar dentro de uma estrutura ideológica comum. O segundo a participação na formação desse
consenso é algo hierarquicamente estruturado. Terceiro as estruturas internas dos Estados são
ajustadas de tal forma que cada uma passa a transformar o consenso global em política nacional,
estruturas internas dos Estados aqui entendidas tanto como a máquina governamental quanto como o
bloco histórico que sustenta o Estado (em seu sentido ampliado).
Em um esquema de ascensão da ideia neoliberal que aconteceu no sec. XX, houve uma explosão na
acumulação da riqueza nos países onde ela fluía entre o Estado para os bancos e depois para empresas
que terminava com os cidadãos desses países que a parti de seu consumo e acumulação fazia o
dinheiro rodar em um ciclo.
Este ciclo econômico era de grandes interesses para as empresas e países com pequenos territórios
geográficos que podiam importar matéria e mão de obra a custos menores, através de uma série de
coalizões baseadas em interesses compartilhados e conceitos hegemônicos acerca de “como o mundo
deve funcionar”, tal fração transnacional da classe capitalista passa a ocupar, cada vez mais, o centro
de um emergente bloco histórico transnacional. É interessante notar que o caso da União Econômica e
Monetária Européia (EMU) com base neste conceito de bloco histórico transnacional. A pertinência
de tal abordagem se daria devido ao fato deste bloco histórico transnacional neoliberal ter uma base
muito significativa na Europa e, além disso, de ser este bloco o promotor da reestruturação neoliberal
que vem ocorrendo na Europa e o sustentador da EMU.
A ideia transnacional partia de uma base em consenso comum onde para os nacionalistas de diversos
países era visto como traição a pátria. Isto se deve a forma de integração formada entre divergentes
regiões o que levou a dificuldades de manter o sistema devido a ausência de uma coerência entre os
indivíduos levando a uma ruptura solidaria entre os membros. As empresas transnacionais ela atua em
fragmentação em países a partir de políticas favoráveis aos capitalistas que passa, a forma blocos
econômicos que diminuem os custos e aumenta a supremacia de seus produtos.

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