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Portuguesa- Seminário
Portugal foi o império das grandes navegações, e por todas as suas conquistas foi
estabelecida uma posição de centro do imperialismo. Com as grandes navegações o
país se tornou o grande desbravador da Europa. A Literatura de Camões transporta
Portugal para longe da periferia geográfica de “porto da Europa”. A navegação foi
uma porta de saída para Portugal se erguer dentro do imaginário de nação e império.
Segundo a autora, é este episódio que traz “o maior fantasma e a maior fantasia da
mitologia portuguesa” e nele se concentra “a mais profunda imagem de Portugal
como periferia — na imagem da nação chegada ao fim — e a mais exorbitante
imagem de centro, pela possibilidade de reimaginar a nação desejada,
consubstanciada na miragem de `voltar a ser'” (RIBEIRO. Margarida Calafate.
Uma História de Regressos: Império, Guerra Colonial e Pós-Colonialismo. Rio
de Janeiro: Mobile,22-84p. 41).
A partir da queda do império português e fuga da Família Real para o Brasil, Portugal
é reduzido à periferia, pois perde forças e não consegue se sustentar ficando à margem
de outros países, assumindo um lugar de insignificância na Europa, que passou a ter a
Inglaterra como grande liderança.
Existe uma imagem de centro que é construída por Portugal, internamente como
império. É como Portugal se enxerga, no entanto, Portugal é colocado como periferia
da Europa, reduzido à histórias e o que restou delas. Com a perda da independência
nacional, Portugal perdeu a sua nobreza e poder, tornando- se um alvo fácil para as
potências imperiais emergentes. Portugal existia por ser império, por ele era centro,
mas com a ruína do império Portugal é “rebaixado” à periferia.