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Disciplina: Saneamento

Drenagem Urbana
UIA 3

Prof.ª Adriane Lisboa

APRESENTAÇÃO PARA FINS DIDÁTICOS. PUBLICAÇÃO EM MEIOS DIGITAIS FORA DA INSTITUIÇÃO


ACADÊMICA NÃO AUTORIZADA
Efeitos da
urbanização

O processo de urbanização tem trazido profundas modificações no uso do solo, que por sua vez causa marcas
permanentes nos processos de infiltração e drenagem de áreas urbanizadas. Assim, torna-se fundamental a existência de
sistemas de drenagem de águas superficiais que funcionem eficientemente, garantindo o rápido escoamento das águas, a
segurança e o bem estar da população.

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ACADÊMICA NÃO AUTORIZADA
APRESENTAÇÃO PARA FINS DIDÁTICOS. PUBLICAÇÃO EM MEIOS DIGITAIS FORA DA INSTITUIÇÃO
ACADÊMICA NÃO AUTORIZADA
Principais
problemas
enfrentados

Fonte: SMDU, 2012, p.14


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ACADÊMICA NÃO AUTORIZADA
Principais problemas enfrentados

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ACADÊMICA NÃO AUTORIZADA
Sistemas de
Drenagem Urbana

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ACADÊMICA NÃO AUTORIZADA
Rede de drenagem de águas
pluviais

A rede de águas pluviais deve ser


dimensionada como um sistema
separador.

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Microdrenagem
❑ O conjunto de meio-fio e sarjetas compõe o
primeiro elemento da rede de microdrenagem,
responsável por receber as águas pluviais que
incidem sobre as vias públicas e lotes que não se Sarjeta
comunicam com a rede por ramais prediais.

❑ O meio-fio é constituído de blocos de concreto ou


de pedra, situados entre a via pública e o passeio,
com sua face superior nivelada com o passeio, Bueiro
formando uma faixa paralela ao eixo da via Meio-fio
pública.

❑ Os bueiros (bocas de lobo) são estruturas


destinadas à captação das águas superficiais
transportadas pelas sarjetas; em geral, situam-se
sob o passeio ou sob a sarjeta. A abertura máxima
de uma boca de lobo deve ser de 0,15 m (bueiro
de guia).
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MICRODRENAGEM

❑ O dimensionamento das galerias é realizado com


base nas equações hidráulicas de movimento
uniforme, como a de Manning.

❑ Escolhendo uma seção de escoamento, circular,


quadrada ou retangular é possível determinar a
dimensão principal com base na vazão e nas outras
variáveis como declividade e rugosidade.

❑ Acima do diâmetro de 1,00 m usam-se aduelas de


concreto padronizadas pela norma da ABNT NBR
15396/2018.

❑ Os comprimentos dos tubos normalmente são de


1,00m, mas podem ser de 1,50m.

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Lembrete
Equação de Manning
• A equação mais conhecida para dimensionamento de condutos livres usada no Brasil e nos Estados Unidos e
demais países de língua inglesa, é a equação experimental do engenheiro irlandês R. Manning (1816-1897)
elaborada em 1891 (TOMAZ, 2011).

• O escoamento em galerias, canais e sarjetas devem ser calculados pela fórmula de Manning. Dessa forma, a
equação de Manning para qualquer seção de canal ou tubulação é a seguinte

𝟏 𝟐
𝑸 = . 𝑹𝟑 . 𝑨. 𝑺𝟎,𝟓
𝒏

Q= vazão (m³/s); A= área molhada da seção (m²); R= raio hidráulico (m); S= declividade (m/m); n = coeficiente de
rugosidade de Manning (não é um adimensional – sua unidade é TL-1/3).

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MICRODRENAGEM

Poços de visita: tem a função primordial de permitir o acesso às


canalizações para limpeza e inspeção, de modo que se possam
mantê-las em bom estado de funcionamento. Sua localização é
sugerida nos pontos de mudanças de direção, cruzamento de ruas
(reunião de vários coletores), mudanças de declividade e mudança
de diâmetro.

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MACRODRENAGEM

Localização dos reservatórios no


sistema principal de drenagem

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MACRODRENAGEM

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MACRODRENAGEM

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Medidas estruturais não convencionais

Fonte: Notas de Aula: EPUSP. Departamento de Engenharia Hidráulica e Ambiental PHA 2537 – Água em Ambientes Urbanos

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Chuvas intensas (chuva de projeto)
➢ As equações das chuvas intensas para o cálculo da chuva de projeto são elaboradas a partir de estudos
estatísticos aplicados as séries hidrológicas existentes para a região de projeto.
𝒂. 𝑻𝒏
𝒊=
(𝒕 + 𝒃)𝒎
Onde: a, b, m, n são parâmetros de ajuste; T= tempo de recorrência ou tempo de retorno (anos); t= tempo de duração da chuva (minutos); i=
intensidade da chuva ou precipitação (mm/h).

➢ Os aspectos fundamentais para a elaboração da chuva de projeto são: área de abrangência (que se refere a área
de drenagem que recebe a chuva), tempo de duração e probabilidade de ocorrência.

➢Equação das chuvas intensas para o Distrito Federal

Fonte: PDDU-DF (2018)

Onde: T é o tempo de retorno em anos, t é a duração em minutos e I é a intensidade em mm/h.

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Tempo de recorrência ou tempo de retorno (Tr)

➢ O tempo de recorrência de uma chuva é definido como o período de tempo em que determinado
evento poderá ser igualado ou superado, ao menos uma vez, sendo relacionado à frequência de
ocorrência desse evento (f).
𝟏
𝑻𝒓 =
𝒇
Onde: Tr= tempo de recorrência (anos); f= probabilidade de ocorrência do evento Tr em um ano.

➢ Quanto maior o tempo de recorrência escolhido, maior será a segurança do sistema, ainda que
maiores sejam os investimentos de construção das estruturas.

➢ A escolha do Tr a ser escolhido está diretamente relacionada ao risco a ser assumido e poderá ser
adotado de acordo com a região de instalação do sistema de drenagem.

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Método racional
➢ O método racional é um método indireto, de transformação de chuva em vazão.

➢ É usado para calcular a vazão de pico de uma determinada bacia, considerando uma seção de
estudo. A equação do método racional é a seguinte:

𝑸 = 𝑪. 𝒊. 𝑨
Sendo: Q= vazão de pico; C= coeficiente de escoamento superficial/runnof/deflúvio (varia de 0 a 1); I=
intensidade da chuva; e A= área da bacia.

➢ O uso do método racional é muito difundido, sendo bastante prático, de forma geral, embora muito
simplificado e adequado a pequenas bacias.

➢ O método racional deve ser aplicado somente em pequenas bacias, ou seja, com área de drenagem
igual ou inferior a 2 km² (ou 200 ha) (Tucci, 2009).

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Exercício 1
Calcule o diâmetro para tubulação de concreto (galeria de drenagem a seção plena) sob uma rua
em área comercial, em Brasília, com declividade de 0,007 m/m, coeficiente de rugosidade igual a
0,014. Antes, será necessário estimar a vazão máxima pelo Método Racional, cuja equação é dada
por Q=C.I.A/360, em que Q é a vazão (m³/s), C é o coeficiente de escoamento superficial, I é a
intensidade da chuva na região (mm/h) e A é a área da bacia hidrográfica (ha). A intensidade da
chuva na região deverá ser calculada pela equação das chuvas intensas de Brasília-DF. Além dos
dados apresentados, ainda, dispõem-se das seguintes informações:

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Exercício 2
Visando o dimensionamento de um bueiro, o engenheiro encarregado do estudo hidrológico optou pela
utilização do Método Racional, cuja equação é dada por Q=C.I.A, em que Q é a vazão, C é o
coeficiente de escoamento superficial, I é a intensidade da chuva na região e A é a área da bacia
hidrográfica. Nesse estudo, foram coletadas as seguintes informações:

•Em 30% da área da bacia, o valor de C a ser adotado é igual a 0,5 e, no restante da área, 0,80;
•A intensidade da chuva na região (em mm/h) é obtida pela equação I = 500 .Tr /( t + 10 )
em que Tr é o tempo de recorrência ou período de retorno (em anos), adotado igual a 10 anos; t é o
tempo de duração da chuva ou tempo de concentração (em minutos), estimado em 12 minutos, em
razão das características da bacia hidrográfica.

•A área da bacia hidrográfica é igual a 0,01 km².

A partir dos dados coletados no estudo hidrográfico, calcule a vazão Q (L/s) de projeto para o
dimensionamento do bueiro.

R≅ 448L/s

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Fontes de consulta (algumas)

• Unidade de Interação e Aprendizagem 3 – Saneamento EAD – Centro Universitário IESB.


• Canholi, A. P. (2005). Drenagem urbana e controle de enchentes. São Paulo. Oficina de textos, 2005.
(Disponível na biblioteca do IESB)
• Miguez, G. M.; Verol, A.P.; Rezende, O. M. (2016). Drenagem Urbana: do projeto tradicional à
sustentabilidade. 1ª edição. Rio de Janeiro. Elsevier, 2016.
• Plano Diretor de Drenagem Urbana do Distrito Federal - PDDU (2018).
• Plínio Tomaz (2011). Curso de Manejo de Águas Pluviais – Capítulo 50 – Fórmula de Manning e Canais.
• Plínio Tomaz (2013). Curso de Manejo de Águas Pluviais – Capítulo 5 – Microdrenagem.

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