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Análise Matemática de
Sinais e Sistemas
Instituto Superior para Tecnologias de Informação e Comunicação - ISUTIC
CAPÍTULO 2
INTRODUÇÃO À TEORIA DE SINAIS E SISTEMAS
O Curso de Sinais e Sistemas tem por objetivo permitir ao aluno a associação dos
conceitos matemáticos com os fenômenos da natureza, para a compreensão e a análise
do comportamento de sinais e sistemas lineares.
Os conhecimentos adquiridos neste curso são básicos para o aprendizado e análise
de vários conteúdos essenciais à formação de um engenheiro.
Neste Capítulo 1 serão introduzidos os conceitos fundamentais e as operações
básicas da teoria de sinais e sistemas, sobretudo no domínio do tempo. Nos demais
capítulos serão enunciados os conceitos e ferramentas de análise de sinais e sistemas no
domínio do tempo e da freqüência.
A metodologia de aprendizado utilizada neste curso é apresentar a teoria de sinais
e sistemas de maneira integrada e, sempre que possível, visualizar os fenômenos físicos
existentes na natureza como a origem da teoria e não o contrário.
1
María Esmeralda Ballestero-Alvarez, Organização, Sistemas e Métodos. São Paulo: McGraw Hill, 1990.
2
“Modelo é o conjunto de hipóteses sobre a estrutura ou o comportamento de um fenômeno físico pelo
qual se procura explicar ou prever, dentro de uma teoria científica, as propriedades deste fenômeno”.
(Aurélio, 1986)
3
Considerando T o intervalo de amostragem e n um inteiro, amostrando f(t) nos instantes t = nT resulta
uma amostra de valor f(nT). Por conveniência de representação escreve-se: f[n] = f(nT), n = 0, ± 1, ± 2, ....
Então um sinal discreto no tempo é representado por uma sequência de números, ..., f[-1], f[0], f[1], f[2],
.…
f * (t ) f R (t ) jf I (t ) . (2.3)
Quando f (t ) é um sinal conjugado simétrico, temos:
f * (t ) f (t ) . (2.4)
O sinal complexo, f (t ) , também pode ser escrito pela representação vetorial, ou
seja:
f (t ) f (t ) e j(t ) , (2.5)
onde:
f (t ) f R2 (t ) f I2 (t ) , e, (2.6)
f (t )
(t ) arctg I . (2.7)
f R (t )
Fig.2.5.a-Sinais determinísticos.
Fig.2.5.b-Sinais aleatórios.
p(t ) v 2 (t ) i 2 (t ) f 2 (t ) , (2.12)
onde f(t) é um sinal de corrente ou tensão.
Para um sinal qualquer f(t), podendo ser este complexo, a energia normalizada (a
um resistor de 1()) é definida como:
E | f (t ) |2 dt . (2.13)
Fig.2.6.a-Sinais de energia.
Fig.2.6.b-Sinais de potência.
r (t t0 ) T [ f (t t0 )] . (2.16)
A saída de um sistema invariante no tempo depende da diferença de tempo e não
dos valores absolutos de tempo. Ou seja, as condições dinâmicas do sistema não mudam
com o passar do tempo. Qualquer sistema que não satisfaça esta condição é denominado
de variante no tempo (também chamados de sistemas com parâmetros variáveis).
um sinal de amplitude limitada em sua entrada, sua saída divergirá com o passar do
tempo, ou seja, a amplitude do sinal de saída tenderá a crescer indefinidamente.
Exercício Proposto 2.2. Mostre que:
df (t )
a)um sistema descrito pela equação diferencial: 3 f (t ) r (t ) é linear;
dt
b)um sistema que possui a relação entrada-saída: r (t ) f 2 (t ) é não-linear.
r (t ) f (at ) . (2.22)
Se a 1 , r (t ) será a versão comprimida de f (t ) e se 0 a 1 , r (t ) será a versão
expandida de f (t ) . A Fig.1.7 mostra exemplos desta operação.
Fig.2.7.a-Sinal original.
O2.Reflexão
Esta operação também é conhecida como orientação reversa ou operação
“espelho”, cuja expressão matemática é a seguinte:
r (t ) f (t ) . (2.23)
O sinal r (t ) representará uma versão refletida do sinal f (t ) em relação ao eixo das
ordenadas. É um caso especial da operação anterior, mostrado na Fig.1.8.
O3.Deslocamento no Tempo
Esta operação é comumente utilizada para representar sinais de mesma forma,
porém deslocados em relação ao eixo da variável independente (tempo). O
deslocamento pode ser feito em termos de atraso ou avanço em relação ao sinal original,
sendo a orientação do eixo t positiva ou negativa. Sua operação pode ser assim expressa
pelas seguintes expressões:
r (t ) f (t t0 ) , (2.24.a)
Fig.2.9.a-Sinal original.
t
d) r4 (t ) f ;
2
e) r5 (t ) f (t ) ;
f) r6 (t ) 2 f (t 2) ;
g) r7 (t ) f (2t 1) ;
h) r8 (t ) f (2t ) f (t ) ;
i) r9 (t ) f (t ) 2 f (t 1) ;
j) r10 (t ) 2 f (2t 2) ;
k) r11(t ) f (t ) f (2t ) .
l) r12 (t ) f (t )dt .
2.5.SINAIS ELEMENTARES
O objetivo deste item é analisar, no domínio do tempo, a dinâmica de alguns
sinais elementares mais usuais:
sinais senoidais (ou harmônicos);
sinais exponenciais;
sinal degrau unitário;
sinal rampa unitária;
sinal impulso unitário (ou delta de Dirac).
A análise destes sinais será feita independentemente ou de forma associada, quando
houver correspondências entre eles.
2.5.1.SINAIS SENOIDAIS
Os sinais senoidais ou harmônicos são expressos de uma forma geral por:
f (t ) y y0 Asen0t , (2.26)
ou,
f (t ) y y0 A cos0t , (2.27)
onde:
y 0 – é o valor médio4 do sinal (no período). O cálculo da área de um dado sinal, em um
dado intervalo, pode ser feito através da integral do sinal no intervalo considerado. Isto
é, o valor da área S sob o sinal pode ser calculado, resultando em um número bem
determinado. Uma vez conhecido o valor da área S é sempre possível achar um
retângulo cuja base é o intervalo de tempo utilizado para o cálculo da área do sinal com
a mesma área S. O valor da altura desse retângulo é o valor médio do sinal no intervalo
de tempo considerado. Matematicamente, temos:
4
Fisicamente, o valor médio de uma função representa o resultado líquido da variação de uma grandeza
física como deslocamento, temperatura, tensão, corrente, etc.
d T
1
y0
T f (t )dt,
d
d ; (2.28)
O valor eficaz é também conhecido por valor rms (do inglês root mean square). Para os
sinais senoidais, o valor eficaz é calculado por:
A
yrms . (2.33)
2
O valor quadrático médio (ou valor médio quadrático) de um sinal que é dado por:
d T
1
yms f (t )dt , d .
2
(2.34)
T d
5
A freqüência é o número de ciclos completos contidos na unidade de tempo.
Fig.2.10-Sinal senoidal.
3
Exercício Proposto 2.4. Dado o sinal: f (t ) cos 2 3t , determine seu valor médio,
2
sua pulsação, sua freqüência, seu período e esboce seu gráfico.
Exercício Proposto 2.5. Dado o sinal f (t ) (sen2t ) 2 (cos2t ) 2 , determine seu valor
médio, seu período e esboce seu gráfico.
Exercício Proposto 2.6. Seja o sinal definido por: f (t ) asen2t bsen5t . Sabendo
2
que f(t) tem valor médio igual a 10 e que a e b são constantes reais positivas, onde
a 2b , determine os valores das constantes a e b.
2.5.2.SINAIS EXPONENCIAIS
Os sinais exponenciais podem ser classificados em sinais reais e sinais complexos.
O sinal exponencial real é descrito pela seguinte expressão genérica:
f (t ) Be at B, a , (2.35)
onde:
B é a amplitude do sinal em t 0 ;
a é a razão de decaimento de x(t ) quando a 0 ou é a razão de crescimento de x(t )
quando a 0 .
O sinal é constante com amplitude igual a B quando a 0 .
O sinal exponencial complexo é descrito pela seguinte expressão genérica:
f (t ) Be j (0t ) B cos(0t ) jBsen(0t ) , (2.36)
Note que ele é descontínuo no ponto t 0 . De maneira similar, podemos ter o sinal
degrau unitário deslocado no tempo:
0, ta
u (t a) U 1 (t a) . (2.39)
1, ta
Nesse caso a descontinuidade ocorre no ponto t a , conforme mostra a Fig.2.12.
O degrau pode ainda ser multiplicado por uma constante A. Nesse caso ele deixa
de ser unitário e passa a ter amplitude A, conforme mostra a expressão a seguir:
0, t0
Au (t ) AU 1 (t ) . (2.40)
A, t 0
Quando trabalhamos com sinais causais (que só existem a partir de t 0 ), eles
são descritos em termos do sinal degrau unitário. Ou seja, para se utilizar um sinal a
partir de t 0 , multiplicamos o sinal por u (t ) . Veja o sinal exponencial e atu (t )
mostrado na Fig.2.13.
O sinal degrau unitário também é útil para definir em uma única expressão (válida
para todo t) um sinal com diferentes descrições matemáticas em intervalos de tempo
distintos. Por exemplo, o sinal pulso retangular que se estende do instante t 2 ao
instante t 4 , mostrado na Fig.2.14, pode ser expresso por: f (t ) u(t 2) u(t 4) .
Um número infinito de outros sinais pode ser obtido a partir do sinal degrau
unitário por integrações e derivações sucessivas.
Exercício Proposto 2.7. Construir o gráfico dos seguintes sinais:
a) f1 (t ) u(t 2) ; b) f 2 (t ) 2u(t ) ;
c) f 3 (t ) 3u(t 1) ; d) f 4 (t ) u(t ) u(t 4) ;
e) f 5 (t ) u(t ) ; f) f 6 (t ) u(t ) u(t 1) 2u(t 2) 2u(t 4) ;
g) f 7 (t ) t [u(t 2) u(t 4)] ; h) f8 (t ) (t 1) [u(t ) u(t 4)] .
ou
0, t0
r (t ) U 2 (t ) . (2.42)
t, t0
Na Fig.2.15 está representado o sinal rampa unitária e na Fig.2.16 o sinal rampa
unitária atrasado de a, a saber:
0, t a
r (t a) U 2 (t a) , (2.43)
t a, t a
ou, de acordo com a equação 2.41:
r (t a) (t a)u(t a) . (2.44)
g
T (t )dt 1, T 0 . (2.47)
Quando T tender a zero, resultará, no limite, um “pulso” de área unitária, base zero e
amplitude infinita. A esse “pulso” limite denomina-se impulso unitário. Assim,
(t ) lim gT (t ) . (2.48)
T 0
6
Paul A. Maurice Dirac (1902 -1984) físico inglês
Fig.2.19-Sinal impulso.
(t )dt 1 ,
(2.50)
0
Da mesma forma:
(t t 0 ) 0, t t 0
, (2.52)
(t t 0 )dt 1
e, também,
7
Na verdade, essa foi a maneira pela qual Dirac definiu o impulso.
t0
(t t )dt 1 .
0 (2.53)
t0
x(t )(t t
0 )dt x(t 0 ) . (2.54)
Essa integral é facilmente verificada, uma vez que (t t0 ) 0 para t t 0 . Portanto,
Da mesma forma,
O módulo presente no divisor da equação 2.60 ocorre pelo fato do impulso ter simetria
par, isto é,
(t ) (t ) . (2.61)
Em outras palavras, o fator de escala a só altera o valor da área do impulso.
Uma observação importante é destacar a relação existente entre o degrau unitário
e o impulso unitário. Para tal, consideremos as Figs.2.21 e 2.22.
Fig.2.21-Sinal fu(t).
Fig.2.22-Sinal fi(t).
t
f u (t ) f (u)du .
i (2.63)
b)
c)
d)
2.6.SINAIS PERIÓDICOS
Como vimos, um sinal periódico é aquele para o qual, existe uma constante
inteira T 0 , tal que:
f (t ) f (t T ) , (2.67)
para qualquer t, onde T é o período do sinal.
Denominamos onda qualquer trecho da curva representativa de um sinal periódico
compreendendo um período.
Exercício Proposto 2.11. Construa o gráfico das seguintes sinais definidos a seguir:
a) f (t ) 10 t , 0 t 5 e f (t ) f (t 5) ;
b) f (t ) et , para 0 t 2 e f (t ) f (t 2) ;
t
c) f (t ) 2e , para 2 t 2 e f (t ) f (t 4) ;
t
2, 2 t 0
d) f (t ) 2 , f (t ) f (t 4) ;
t
2, 0 t 2
2
0, 2 t
e) f (t ) t , t , f (t ) f (t 4) .
0, t 2
f (t )dt f (t )dt ,
a b
onde a e b são constantes reais quaisquer.
Exercício Proposto 2.12. Um sinal periódico f(t) é composto pela soma de cinco outros
sinais periódicos cujos períodos são: 2, 3, 4, 5 e 15. Determine o período do sinal f(t).
Exercício Proposto 2.13. Um sinal periódico f(t) tem período 3. Utilizando as
propriedades dos sinais periódicos, determine o período dos sinais dados a seguir,
obtidos a partir do sinal f(t):
a) a(t ) 10 f (t ) ;
b) b(t ) 2 f (t 4) ;
c) h(t ) 2 9 f (t ) ;
d) g (t ) 30 30 f (5t ) ;
e) r (t ) f (5t 5) ;
t
f) o(t ) 30 30 f .
10
8
Esta propriedade não se aplica à multiplicação ou à divisão de funções periódicas.
a a 0
P2. P(t )dt 2 P(t )dt 2 P(t )dt , a R .
a 0 a
P3.O produto entre sinais com simetria par gera um sinal com simetria par, ou seja,
P1 (t ) P2 (t ) P(t ) .
P4.A divisão entre sinais com simetria par gera um sinal com simetria par, ou seja,
P1 (t ) / P2 (t ) P(t ) .
P5.O produto entre sinais com simetria ímpar gera um sinal com simetria par, ou seja,
I 1 (t ) I 2 (t ) P(t ) .
P6.A divisão entre sinais com simetria ímpar gera um sinal com simetria par, ou seja,
I 1 (t ) / I 2 (t ) P(t ) .
P7.O produto entre um sinal com simetria par e um sinal com simetria ímpar gera um
sinal com simetria ímpar, ou seja, P1 (t ) I1 (t ) I (t ) .
P8.A divisão entre um sinal com simetria par e um sinal com simetria ímpar gera um
sinal com simetria ímpar, ou seja, P1 (t ) / I1 (t ) I (t ) .
P9.A divisão entre um sinal com simetria ímpar e um sinal com simetria par gera um
sinal com simetria ímpar ou seja, I1 (t ) / P1 (t ) I (t ) .
P10.A derivada de um sinal com simetria ímpar gera um sinal com simetria par e vice-
versa.
Se um sinal f (t ) não tem simetria par nem simetria ímpar dizemos que ele é um
sinal nem par nem ímpar e pode ser decomposto em duas componentes: uma
componente par e uma componente ímpar, ou seja:
f (t ) f P (t ) f I (t ) , (2.70)
onde:
f (t ) f (t )
f P (t ) , é a componente par do sinal f (t ) , e, (2.71)
2
f (t ) f (t )
f I (t ) , é a componente ímpar do sinal f (t ) . (2.72)
2
Exercício Proposto 2.16. Seja o sinal f(t) dado por:
0, t 0
t, 0 t 2
f (t ) t 1, 2 t 3 .
t 5, 3 t 5
0, t 5
a)Determine o gráfico do sinal f(t);
b)Determine o gráfico da componente par do sinal f(t);
c)Determine o gráfico da componente ímpar do sinal f(t).
Exercício Proposto 2.17. Dado o sinal g (t ) 2u(t 2) 3u(t 2) , determine:
a)o gráfico do sinal g(t);
b)o gráfico da componente par do sinal g(t);
c)o gráfico da componente ímpar do sinal g(t).
Exercício Proposto 2.18. Seja o sinal k ( t ) definido por:
k (t ) (2b cos 2t ) 2 (a sen 3t ) 2 .
Sabendo que a soma das constantes reais positivas: a e b é igual a 3, determine o valor
das constantes a e b para que o sinal k ( t ) tenha valor médio nulo.
Exercício Proposto 2.19. Seja o sinal f(t) dado a seguir:
f (t ) (3b cos 2t ) 2 (2a sen 4t ) 2 .
Sabendo que a e b são constantes reais positivas, determine:
a)uma relação entre as constantes a e b para que o sinal f (t ) tenha valor médio nulo;
2.8.CONVOLUÇÃO
A convolução é uma importante operação matemática entre duas funções. Ela
pode ser aplicada em várias situações na engenharia e na matemática, especialmente no
estudo de sinais e sitemas. Existem diferentes ferramentas matemáticas para a solução
da operação de convolução. O símbolo é usado para denotar a operação. Nós
escrevemos f1 (t ) f 2 (t ) e lemos “ f1 (t ) convoluída (ou convolvida) com f 2 (t ) ”. A
convolução de f1 (t ) com f 2 (t ) é definida como
f 1 (t ) f 2 (t ) f ( ) f
1 2 (t )d . (2.73)
A convolução de dois sinais finitos, por exemplo, x(t ) com duração Lx e h(t ) com
duração Lh , resultará num sinal, y (t ) , com duração Lx Lh . Considerando, ainda, que
o sinal x(t ) esteja contido no intervalo [ I x , Fx ] , e que o sinal h(t ) esteja contido no
intervalo [ I h , Fh ] , o sinal resultante da convolução desses dois sinais finitos estará
contido no intervalo [ I x I h , Fx Fh ] .
Vamos apresentar, a partir de agora, exemplos da operação de convolução de
sinais contínuos no tempo que podem ter duração infinita e finita. Para tal, vamos
utilizar a definição matemática da operação.
Na convolução de dois sinais com duração infinita, vamos utilizadas duas funções
exponenciais decrescentes: x(t ) 2e t u(t ) e h(t ) e 3t u(t ) . Os sinais trabalhados para
realizar a operação, através da troca de variáveis de t para , da operação de reflexão e o
deslocamento no sinal h são dados por: x() 2e u() e h(t ) e3(t ) u(t ) .
Para realizar a operação de convolução pela definição é necessário, normalmente,
o auxílio de gráficos que permitam verificar a interação entre os sinais para a
determinação das condições de integração. Na interpretação da convolução, um sinal
permanece na sua posição original e o outro sinal que sofreu a reflexão e o
deslocamento é posicionado em t sendo deslocado até t para realizar a
integral da convolução.
As etapas da operação de convolução para os sinais desse exemplo são
apresentadas na Fig. 1.23.
Para exemplificar a convolução para sinais contínuos finitos, vamos utilizar dois
pulsos retangulares x(t ) e h(t ) , apresentados nas Figs.2.25(a) e 2.25(b),
respectivamente. Estes sinais são definidos pelas seguintes equações:
x(t ) u(t ) u(t 2) e h(t ) 2u(t ) 2u(t 4) . Como regra prática para a execução da
convolução, a operação é simplificada se for escolhido o sinal mais simples para ser
refletido e deslocado. Como a operação tem a propriedade de ser comutativa, optou-se
por deslocar e refletir o sinal x(t ) .
ou seja, a convolução resulta na função constante y(t ) 4 , obtida do produto das duas
funções multiplicado pela largura do sinal x(t ) .
A partir do instante t 4 , o sinal x(t ) não está mais completamente
sobreposto pelo sinal h() , sendo necessárias novas condições de análise. A Fig.2.26(f)
apresenta esta situação, sendo que o limite ocorre para t 6 . Para a análise no intervalo
4 t 6 , o intervalo de integração varia de 2 t até 4. O desenvolvimento da
integral resulta em:
4
y (t ) 2 1d 12 2t .
2t
t
y (t ) 2e 2 d 1 e 2t .
0
2e
2
y (t ) d e 2t (e6 1) .
3t
A convolução das funções x(t ) e h(t ) resulta em uma função y (t ) apresentada pela
equação (1.77).
0, t 0
y (t ) 1 e 2t , 0 t 3 . (2.77)
e 2t (e 6 1), t 3
A forma gráfica do resultado é apresentada na Fig.2.30.
y(t )dt
x(t )dt h(t )dt ,
(2.79)
Vamos admitir que h(t ) seja a função que representa a resposta desse sistema a
uma excitação do impulso unitário no instante t 0 , conforme mostra a Fig.2.32.
Considerando que o peso (área) do impulso não seja mais unitário, mas sim igual a um
número dado por, digamos, f () , teremos o que mostra a Fig.2.34.
f ()h(t )d .
Recordando a definição de convolução, temos:
f 1 (t ) f 2 (t ) f ( ) f
1 2 (t )d . (2.81)
Note que a expressão da entrada bem como a expressão da saída do nosso sistema são
duas convoluções:
f (t ) (t ) f ()(t )d ,
(2.82)
e,
f (t ) h(t ) f ()h(t )d .
(2.83)
Exercício Proposto 2.22. Um SLIT tem como resposta ao impulso unitário, h(t), o
gráfico dado a seguir. Na entrada do sistema é colocado um pulso retangular de
amplitude três e que se estende de t 0 (s) a t 4(s) . Esboce o gráfico do sinal de
saída do sistema linear.
h( t)
t (s)
0 1
Créditos e Referências:
Instituto Nacional de Telecomunicações: INATEL