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2021
A reprodução parcial ou integral do conteúdo apresentado
nesta apostila é proibida em qualquer meio de difusão
sem autorização prévia da Eu me banco Educação Ltda.
Em parceria com seu pai, Paulo Louzada, profissional com mais de 30 anos de atuação
no Bradesco, e sua esposa, Francielly Vieira Louzada, que atuava no Private do Bradesco,
fundou a escola Eu Me Banco em março de 2019.
Os órgãos normativos determinam regras gerais para o bom funcionamento do sistema. As entidades
supervisoras trabalham para que os integrantes do sistema financeiro sigam as regras definidas pelos
órgãos normativos. Os operadores são as instituições que ofertam serviços financeiros, no papel de
intermediários (fonte: Bacen).
Neste capítulo vamos apresentar os agentes normativos e supervisores que integram o mercado e suas
principais atribuições.
Como as relações entre países acontecem a partir de transações econômicas em ordem monetária,
existe a necessidade de estabelecer instrumentos de pagamentos.
De maneira geral, podemos dizer que as diversas ordens monetárias abordam os seguintes pontos:
- Padrão-ouro
Nesta fase o valor da moeda era diretamente ligado ao ouro, sendo permitido, sem im-
plicações, a importação e exportação desse metal. Vigorou entre 1816 e 1933, período no
qual os países-membros fixavam uma quantidade específica de ouro pela qual sua moeda
podia ser livremente convertida por meio de seus bancos centrais.
A conferência de Bretton Woods, que contou com a participação de 45 países, foi realiza-
da para definir a nova ordem econômica após a Segunda Guerra Mundial. No encontro, o
padrão escolhido foi o padrão-dólar, conhecido também como padrão monetário interna-
cionalmente puro.
Neste padrão, as taxas de conversão passaram a ser fixas, com possibilidade de ajustes
somente quando necessário.
O padrão-dólar funcionou com sucesso até os anos 1960. Na década seguinte, apresentou
problemas que fizeram os Estados Unidos levar o mundo a implementar o Acordo Smith-
soniano, em 1971, que defendia a livre concorrência do mercado sem a intervenção do
estado.
Com a especulação contra o dólar dos Estados Unidos em 1973, e a crise do petróleo em
1976, o Grupo dos 201 se reuniu e definiu o Acordo da Jamaica, que tem como principais
características:
Atualmente, o Sistema Financeiro Internacional possui como base um tripé bem definido por mais de
180 países, sendo constituído pelo Banco Mundial, o Fundo Monetário Internacional (FMI) e diversos
bancos centrais em todo o mundo.
O Banco Mundial teve origem durante a Segunda Guerra Mundial, em Bretton Woods, no estado de
New Hampshire (EUA). Inicialmente, seu principal papel era auxiliar na reconstrução da Europa após a
guerra. Apesar do trabalho de reconstrução ser uma atividade importante do Banco Mundial, hoje seu
foco de atuação é a redução da pobreza no mundo em desenvolvimento.
Dedicado ao auxílio de países e pessoas mais pobres, o Banco Mundial utiliza recursos financeiros pró-
prios, conta com profissionais treinados e ampla base de conhecimento para ser uma poderosa fonte
de assistência.
1 Grupo dos 20: fórum de cooperação internacional que reúne as 19 maiores economias do mundo mais a União Europeia.
Outra atribuição do Banco Mundial é ajudar os países a atrair e reter investimento privado, oferecendo
grande experiência internacional em diversas áreas de desenvolvimento. O Banco Mundial:
O grupo do Banco Mundial é constituído por cinco instituições estreitamente relacionadas e sob uma
única presidência: o BIRD, a AID, a IFC, a AMGI e o Ciadi.
Criada em 1960, conta com 164 membros e desempenha um importante papel na missão
do Banco Mundial, que é a redução da pobreza. A assistência da AID é concentrada nos
países mais pobres, aos quais proporciona empréstimos sem juros e outros serviços.
A IFC proporciona tanto empréstimos quanto participação acionária em negócios nos paí-
ses em desenvolvimento.
A AMGI também proporciona assistência técnica para ajudar os países a divulgar informa-
ções sobre oportunidades de investimento.
O Fundo Monetário Internacional (FMI) é uma organização multilateral criada sob os auspícios das
Nações Unidas, na conferência realizada entre 01 e 22 de julho de 1944, na cidade de Bretton Woods,
no estado de New Hampshire (EUA). Seus objetivos são:
Outro ponto importante a ser ressaltado é que o FMI tem a função de fornecer empréstimos de úl-
tima instância para países que apresentam déficits nas contas externas decorrentes de conjunturas
internacionais adversas.
Por fim, vamos falar sobre o conceito de centros financeiros, que são cidades especializadas na prestação
de serviços financeiros internacionais, intermediando o fluxo financeiro entre países.
Essa intermediação é feita pelos mercados financeiros e empresas neles instaladas. Os centros finan-
ceiros podem ser classificados de acordo com sua ordem hierárquica, em:
I. Centros financeiros globais: oferecem vários serviços, especialmente nos mercados atacadis-
tas, para uma clientela mundial. Existem três centros financeiros globais: Londres, New York e
Tóquio. Cada um deles é o maior na área de seu fuso horário;
II. Centros financeiros regionais internacionais: prestam serviços financeiros a uma região e fa-
zem a intermediação dos fluxos financeiros dos centros globais e de outros centros regionais e
nacionais. Os principais centros desse tipo são: Amsterdã, Frankfurt, Luxemburgo, Milão, Paris e
Zurique (na Europa); Hong Kong, Singapura, Sydney, Manila, Seul, Shangai e Taipei (na Ásia-Pa-
cífico); Chicago, Boston, Los Angeles e Toronto (na América do Norte);
III. Centros offshore: são centros de comércio internacional que fazem a intermediação entre flu-
xos financeiros com pouca ligação com o sistema financeiro do país em que estão situados. Em
geral, a denominação aplica-se a lugares como as Ilhas Caimã, Bahamas, Antilhas Holandesas e
Ilhas do Canal;
É o conjunto de entidades e instituições públicas e privadas, que promovem dois principais serviços.
O principal papel do Sistema Financeiro Nacional é ser intermediário entre dois agentes: superavitário
e deficitário.
É considerado um agente superavitário aquele que possui dinheiro em caixa, e que ao pagar suas obri-
gações e honrar seus compromissos ainda dispõe de recursos e busca, assim, rentabilizar seu capital.
O agente deficitário é o oposto. Não possui recursos suficientes para pagar suas dívidas e honrar
compromissos, e necessita, portanto, de recursos de terceiros.
Assim, cria-se a necessidade de intermediadores financeiros para regular a troca de recursos. Dentro
do Sistema Financeiro Nacional existem órgãos normativos, reguladores e operacionais capazes de
realizar esse serviço.
PINHEIRO, Juliano Lima. Mercado de capitais: fundamentos e técnicas. 9ª edição. São Paulo: Atlas, 2019.
Porto Editora – Conferência de Bretton Woods na Infopédia. Acessado em ago. 2021. Disponível em
https://www.infopedia.pt/$conferencia-de-bretton-woods.
LOUZADA, Fabio. Apostila CEA. São Paulo: EMB Editora, 2021.
O Conselho Monetário Nacional é o órgão deliberativo máximo do Sistema Financeiro Nacional, com-
posto pelo ministro da Economia (que preside o CMN), pelo presidente do Banco Central do Brasil e
pelo secretário especial de Fazenda do Ministério de Economia.
O Banco Central é uma autarquia vinculada ao Ministério da Economia e o principal órgão executivo
do Sistema Financeiro Nacional. O Bacen faz cumprir todas as determinações do CMN e é através dele
que o governo intervém diretamente no sistema financeiro.
A diretoria colegiada é composta por nove membros: 1 presidente + 8 diretores (todos nomeados pelo
presidente da República e sujeitos à aprovação no Senado).
Quando a taxa da inflação fica além do limite estipulado, é dever do presidente do Banco Central divul-
gar em carta aberta ao ministro da Economia os motivos do descumprimento, as providências a serem
tomadas e os devidos prazos.
A CVM é uma autarquia federal vinculada ao governo através do Ministério da Economia, administrada
por 1 presidente e 4 diretores (todos nomeados pelo presidente da República).
É um órgão normativo voltado para o desenvolvimento do mercado de títulos e valores mobiliários (que
integra ações, debêntures, bônus de subscrição e opções de compra e venda de mercadorias).
A Susep é uma autarquia federal vinculada ao Ministério da Economia. É o órgão responsável pelo
controle e fiscalização dos mercados de seguro, previdência privada aberta, capitalização e resseguro.
Compete à Susep:
A Previc é o órgão público que atua na execução de políticas relacionadas aos planos de benefícios
operados pelas entidades fechadas de previdência complementar (mercado de previdência comple-
mentar não aberto ao público) ou seja, regula as organizações administradoras de fundos de pensão.
O BNDES foi criado em 20 de junho de 1952, pela Lei n.º 1.628, como autarquia federal,
dispondo de autonomia administrativa e personalidade jurídica própria. Surgiu da decisão
do governo de executar um plano orgânico de reaparelhamento de serviços básicos de
infraestrutura (transportes ferroviários, energia e portos) que representavam, até então,
fatores de inibição da economia nacional, impedindo a utilização adequada dos meios de
produção e dos recursos naturais.
Depósitos a prazo;
Depósitos interfinanceiros; Depósitos interfinanceiros;
Financiamento de capital fixo; Empréstimos externos;
Financiamento de capital de giro; Empréstimos de instituições financeiras oficiais;
Repasses de empréstimos externos; Operações de crédito ou contribuições do setor pú-
blico;
Cédulas de debêntures;
Suas principais fontes de recursos são depósitos, obrigações por empréstimos no país ou no exterior,
recursos repassados para aplicação (fundo de participação no PIS/Pasep) e recursos próprios.
Em 12 de janeiro de 1861, através de um decreto do imperador Dom Pedro II, foi criada
a Caixa Econômica e Monte de Socorro. Seu propósito era incentivar a poupança e con-
ceder empréstimos sob penhor, com a garantia do governo imperial. Essa característica
diferenciava a instituição de outras da época, que agiam no mercado sem dar segurança
aos depositantes ou cobravam juros excessivos dos devedores. Desse modo, a Caixa ra-
pidamente passou a ser procurada pelas camadas sociais mais populares, incluindo os
escravos, que podiam economizar para suas cartas de alforria. Assim, desde o início, a
empresa estabeleceu seu foco no social.
O Decreto-lei n.º 759, de 12 de agosto de 1969, constituiu a Caixa Econômica Federal como
instituição financeira, sob a forma de empresa pública do governo federal brasileiro, com
patrimônio próprio e autonomia administrativa com sede em Brasília (DF), e com filiais em
todo o território nacional. É um órgão vinculado ao Ministério da Fazenda do Brasil.
Atualmente, a Caixa Econômica Federal (também conhecida como Caixa Econômica, Cai-
xa ou CEF), como um banco múltiplo, é responsável pela operacionalização das políticas
do governo federal para a habitação popular e saneamento básico, utilizando os recursos
de cadernetas de poupança e depósitos judiciais para o financiamento de habitações por
meio do Sistema Financeiro da Habitação (SFH). Como gestora dos recursos do Fundo de
Garantia do Tempo de Serviço (FGTS), direciona seus recursos para o saneamento e a in-
fraestrutura urbana.
A CEF é o maior banco público da América Latina, focado também em grandes operações
comerciais, mas ainda assim não perdendo seu lado social, uma vez que é centralizadora
de operações como o FGTS, o Programa de Integração Social (PIS) e de habitação popular
(Programa de Arrendamento Residencial – PAR), Carta de Crédito, entre outros.
O Banco do Brasil é um banco múltiplo que opera em parceria com o governo federal na
execução de serviços bancários.
I. Atuar como autoridade monetária com função de agente financeiro do governo e como
banco comercial;
II. Executar por conta do Bacen a compensação de cheques e outros papéis;
III. Dar execução à política de comércio exterior;
IV. Executar o serviço da dívida pública e os serviços ligados ao Orçamento Geral da União;
V. Executar a política de preços mínimos da atividade agrícola.
Os financiamentos oficiais concedidos pelo BNB têm como funding o Fundo Constitucio-
nal de Financiamento do Nordeste (FNE). Este fundo tem como objetivo financiar os seto-
res produtivos privados, promovendo o desenvolvimento, a geração de emprego e renda e
a modernização da área tecnológica do Nordeste.
É sua atribuição:
É sua atribuição:
✓ Bancos comerciais
Os bancos comerciais são a base do sistema monetário. São intermediários financeiros que recebem
recursos de quem tem (captação) e os distribuem através do crédito seletivo a quem necessita de re-
cursos (aplicação), criando moeda através do efeito multiplicador do crédito.
Com foco em capital de giro, o objetivo destas instituições é fornecer crédito de curto e médio prazo
para pessoas físicas, comércio, indústria e empresas prestadoras de serviços.
✓ Bancos múltiplos
Os bancos múltiplos são instituições financeiras privadas ou públicas que realizam as operações ativas,
passivas e acessórias das diversas instituições financeiras, por intermédio das seguintes carteiras:
comercial, de investimento e/ou de desenvolvimento, de crédito imobiliário, de arrendamento mercantil
e de crédito, financiamento e investimento.
O banco múltiplo deve ser constituído com, no mínimo, duas carteiras, sendo uma delas, obrigatoria-
mente, comercial ou de investimento, e ser organizado sob a forma de sociedade anônima.
✓ Bancos de investimentos
São instituições criadas para conceder créditos de médio e longo prazo para empresas. Com foco em
capital fixo, os bancos de investimentos são instituições de natureza privada, reguladas e fiscalizadas
pelo Bacen e pela CVM.
✓ Bancos de desenvolvimento
Os bancos de desenvolvimento são instituições financeiras controladas pelos governos estaduais, e têm
como objetivo precípuo proporcionar o suprimento oportuno e adequado dos recursos necessários ao
financiamento, a médio e a longo prazo, de programas e projetos que visem a promoção do desenvol-
vimento econômico e social do respectivo estado.
As operações passivas são depósitos a prazo, empréstimos externos, emissão ou endosso de cédulas
hipotecárias, emissão de cédulas pignoratícias de debêntures e de Títulos de Desenvolvimento
Econômico (TDE).
✓ Cooperativas de crédito
Cooperativa de crédito é uma instituição financeira formada pela associação de pessoas para prestar
serviços financeiros exclusivamente aos seus associados.
Os cooperados são ao mesmo tempo donos e usuários da cooperativa, participando de sua gestão e
usufruindo de seus produtos e serviços.
Os associados têm poder igual de voto independentemente da sua cota de participação no capital social
da cooperativa. O cooperativismo não visa lucros, os direitos e deveres de todos são iguais e a adesão
é livre e voluntária.
Nas cooperativas de crédito, os associados encontram os principais serviços disponíveis nos bancos,
como conta corrente, aplicações financeiras, cartão de crédito, empréstimos e financiamentos.
As cooperativas de crédito são autorizadas e supervisionadas pelo Banco Central, ao contrário dos
outros ramos do cooperativismo, tais como transporte, educação e agropecuária.
A SCI é constituída na forma de sociedade anônima e é supervisionada pelo Banco Central. Deve constar
de sua denominação social a expressão “Crédito Imobiliário”.
✓ Companhias hipotecárias - CH
A CH não recebe depósitos de poupança. Seus recursos provêm, entre outras fontes, de letras hipotecá-
rias, debêntures, empréstimos, financiamentos no país e no exterior e letras de crédito imobiliário (LCI).
Considerada uma instituição financeira, a CH é autorizada e supervisionada pelo Banco Central e re-
gulada não só por esta autarquia, como também pelo Conselho Monetário Nacional. Deve ser consti-
tuída sob a forma de sociedade anônima e a expressão “Companhia Hipotecária” deve constar de sua
denominação social.
✓ Corretoras e distribuidoras
Constituídas sob a forma de S.A., as corretoras de títulos e valores mobiliários (CTVM) e distribuidoras
de títulos e valores mobiliários (DTVM) dependem da autorização da CVM para funcionar.
Estas instituições são especializadas em compra, venda e distribuição de títulos e valores mobiliários
por conta ordem e de terceiros. Nelas, os investidores não operam diretamente nas bolsas. Na prática
não há diferença entre CTVM e DTVM.
Corretoras podem:
Embora sejam fiscalizadas pelo Banco Central e realizem operações com características de um financia-
mento, as sociedades de arrendamento mercantil não são consideradas instituições financeiras, mas,
sim, entidades equiparadas a instituições financeiras.
As operações de arrendamento mercantil podem ser divididas em duas modalidades: leasing financeiro
e leasing operacional. A diferença básica é que no leasing financeiro o prazo é usualmente maior e o
arrendatário tem a possibilidade de adquirir o bem por um valor preestabelecido. Ao final do contrato, o
arrendatário tem as opções de efetivar a aquisição do bem arrendado ou devolvê-lo. Ao final do leasing
financeiro, em geral o cliente já terá pagado a maior parte do valor do bem, não sendo a devolução,
embora possível, financeiramente vantajosa.
2. CLEARINGS E SISTEMAS
2.1 Desenho do novo SPB: conceitos
Em 22 de abril de 2002, foi implantado o novo modelo do Sistema de Pagamentos Brasileiro, que per-
mite transferências de recursos, o processamento e a liquidação de pagamentos para pessoas, empre-
sas, governo, Banco Central e instituições financeiras.
Sua função básica é permitir a transferência de fundos interbancários próprios ou de terceiros que
é feita em tempo real, transferência de recursos financeiros, o processamento e liquidação de paga-
mentos para pessoas físicas, jurídicas e entre governamentais com a consequente redução do risco
sistêmico.
Toda a estrutura de operações e procedimentos do SPB está interligada ao Banco Central, que garante
formas de pagamentos e transferências mais seguras para quem envia e para quem recebe recursos,
como alternativa aos antigos cheques e DOCs que transitam pela Câmara de Compensação. A rapidez
também é uma característica, viabilizando a realização de transferências de recursos em tempo real e
permitindo ao favorecido a utilização quase que imediata do dinheiro recebido.
O SPB funciona a partir da Rede do Sistema Financeiro Nacional (RSFN) e suas Infraestruturas do Mer-
cado Financeiro (IMF) - entidades por trás do sistema que garantem a realização das transações finan-
ceiras. No que se refere a pagamentos de cheques e outros papéis, são realizados através da Câmara
de Compensação (Compe) e da Câmara Interbancária de Pagamentos (CIP).
✓ Pix
Pix é o pagamento instantâneo brasileiro. Através do meio de pagamento criado pelo Banco Central as
transações financeiras são concluídas instantaneamente, 24 horas por dia, sete dias por semana. O Pix
conta com estrutura ampla de participação, possibilitando pagamentos entre instituições distintas,
robustez de mecanismos e medidas para garantir a segurança das transações.
As IMFs estão sujeitas à confirmação e supervisão do Banco Central do Brasil, que tem como intuito
assegurar estabilidade financeira e adequação do interesse público.
Os sistemas de pagamentos garantem que as operações, após realizadas, sejam irrevogáveis e concluí-
das de maneira instantânea. Não há a possibilidade de pagamento a descoberto.
Como ponto central do SPB, o Sistema de Transferência de Reservas é responsável pela liquidação final
de todas as obrigações financeiras no Brasil. O STR, regulamentado pela Resolução BCB 105/2021, é
um sistema que faz liquidação bruta em tempo real (LBTR) e liquida transação por transação.
As operações são liquidadas com lançamentos nas contas de propósito específico que as instituições
participantes diretas do sistema mantêm no Bacen, denominadas Contas Pagamentos Instantâneos
(Contas PI).
Banco Central do Brasil - O que é Pix?. Acessado em ago. 2021. Disponível em https://www.bcb.gov.br/
estabilidadefinanceira/pix.
Banco Central do Brasil - Sistema de Transferência de Reservas (STR). Acessado em ago. 2021. Disponível
em https://www.bcb.gov.br/estabilidadefinanceira/str.
LOUZADA, Fabio. Apostila CEA. São Paulo: EMB Editora, 2021.
2.2 Clearings
✓ Clearing houses
Uma clearing house realiza o registro, aceitação, compensação, liquidação e gerenciamento do risco
de contraparte de operações do mercado de derivativos financeiros, de commodities e de renda variá-
vel, dos mercados à vista de ouro, de renda variável e de renda fixa privada, realizadas em mercado de
bolsa e em mercado de balcão organizado, bem como de operações de empréstimo de ativos.
I. O sistema de segurança das bolsas é responsabilidade de uma clearing house, que atua como
câmara de compensação, assumindo a posição de contraparte em todos os contratos negocia-
dos e garantindo seu cumprimento;
II. Para não ficar exposta, a clearing house exige garantias por parte de seus membros;
III. É um departamento da bolsa responsável pelo registro dos negócios e monitoramento das
posições.
O Sistema Brasileiro de Pagamentos também traz à luz a operacionalidade das clearings de derivativos
da BM&F, da Central Brasileira de Liquidação e Custódia (CBLC), dos sistemas da Central de Custódia e
de Liquidação Financeira de Títulos (Cetip) e da Câmara de Câmbio.
O Selic, gerido pelo Banco Central, é uma IMF. Como infraestrutura do mercado financeiro, o Selic faz
parte do Sistema de Pagamentos Brasileiros, promovendo estabilidade financeira e condições para
cuidar dos canais que promovem a política monetária.
O sistema Selic tem papel de prevenção de possíveis casos de falência ou insolvência de instituições
financeiras. Com a liquidação em tempo real e o registro das transações com títulos públicos federais,
o Selic consegue reprimir fraudes que podem transacionar e prejudicar outras instituições da rede.
✓ Clearings da B3
Além dos tradicionais títulos de renda fixa, atualmente a Cetip também se responsabiliza por derivativos
de balcão organizado, Certificados de Operações Estruturadas (COE) e cotas de fundos de investimento.
No SPB ela tem a função de ser a receptora dos recursos financeiro provenientes de TEDs e DOCs e
encaminhar o valor para a outra conta indicada sem fazer com que ela se perca pelo caminho.
Todos os processos de custódia de títulos e ações do mercado de capitais do Brasil são custodiados
pela câmara de ações, garantindo a veracidade e segurança das transações de renda variável, além de
um alto nível de velocidade e eficiência.
Onze - Bolsa de valores para iniciantes: tudo o que você precisa saber para começar a investir. Acessado
em ago. 2021. Disponível em https://www.onze.com.br/blog/bolsa-de-valores-para-iniciantes/.
LOUZADA, Fabio. Apostila CEA. São Paulo: EMB Editora, 2021.
3. QUESTÕES | MÓDULO 01
1. Das alternativas abaixo sobre o Banco Mundial, qual está incorreta?
2. Os centros financeiros podem ser conceituados como cidades especializadas na prestação de serviços
financeiros em seus mercados financeiros e instituições. Das alternativas abaixo, qual está incorreta
sobre os centros financeiros?
a) Os centros financeiros globais ofertam muitos serviços, especialmente nos mercados atacadistas,
para uma clientela mundial.
b) Os centros financeiros regionais internacionais prestam serviços financeiros a um país e intermediam
os fluxos financeiros dos centros globais e de centros nacionais.
c) Os centros offshore são centros de comércio internacional que fazem a intermediação de fluxos
financeiros com pouca ligação com o sistema financeiro do país em que estão situados. Em geral, a
denominação se aplica a lugares como as Ilhas Caimã, Bahamas, Antilhas Holandesas e Andorra.
d) Centros financeiros nacionais são aqueles que atendem às necessidades nacionais ou regionais,
atuando em serviços de varejo e comércio bilateral entre a própria economia e outras economias.
5. Das funções listadas a seguir, qual não representa as de um sistema financeiro na economia?
a) Promover a poupança.
b) Solucionar problemas políticos.
c) Arrecadar e concentrar a poupança em grandes volumes.
d) Transformar a poupança em créditos especiais.
a) Comissionadas ou brokers.
b) Intermediários financeiros.
c) Mediadoras ou dealers.
d) Market makers.
a) Bancos comerciais.
b) Caixa Econômica Federal.
c) Cooperativa de crédito.
d) BNDES.
10. Sobre os bancos múltiplos, não é correto o que se afirma em qual das alternativas abaixo?
a) Surgiram através da Resolução n.º 1.524 do Conselho Monetário Nacional de 21 de setembro de 1988.
b) São bancos que podem operar simultaneamente, com autorização do Banco Central, carteiras de
banco comercial, de investimento, de crédito imobiliário, de crédito, financiamento e investimento, de
arrendamento mercantil (leasing) e de desenvolvimento.
c) Foram os antepassados dos conglomerados.
d) A criação dessas instituições permitiu a redução da burocracia das operações financeiras por con-
centrar em uma única razão social diversas carteiras de atividades.
a) CVM e Bacen.
b) Bancos comerciais e bancos de investimentos.
c) Financeiras e seguradoras.
d) Sociedades corretoras de títulos e valores mobiliários, distribuidoras de títulos e valores mobiliários
e agentes autônomos de investimento.
12. As clearing houses também são de grande ajuda dentro do Sistema Brasileiro de Pagamentos. Po-
demos afirmar que as clearing houses:
a) São responsáveis por garantir a segurança no mercado financeiro, certificando a segurança e a vali-
dação de diversos ativos no mercado de capitais.
b) Fazem a dedução periódica do imposto de renda retido na fonte dos ativos financeiros que são por
elas custodiados.
c) São coordenadas pelos bancos comerciais ou múltiplos com carteira comercial, e tem seu sistema
completamente interligado.
d) São intermediadores financeiros que tem como função fornecer liquidez imediata. Custodia apenas
títulos públicos federais com prazo de até 5 anos.
14. Os sistemas que integram o Sistema de Pagamentos Brasileiro NÃO incluem o Sistema:
Neste capítulo, você será apresentado aos principais conceitos relacionados a finanças corporativas
com probabilidade de cobrança nos exames da certificação CNPI.
✓ Estatística aplicada
✓ Medidas de dispersão
Medidas de dispersão são parâmetros estatísticos usados para determinar o grau de variabilidade dos
dados de um conjunto de valores, tornando a análise de uma amostra mais confiável. Confira os prin-
cipais parâmetros a seguir.
A variância e o desvio padrão medem a dispersão em torno da média e o quanto o resultado está dis-
tante da média.
Variância: mede o grau de dispersão de um conjunto de dados e é dada pelos desvios em relação à
média desse conjunto.
Desvio padrão: a variância possui um problema de construção como medida de dispersão de dados,
pois apresenta uma unidade de medida igual ao quadrado da unidade de medida dos dados originais.
Esse problema é resolvido extraindo a raiz quadrada da variância – e o resultado é chamado de desvio
padrão.
Covariância: é uma medida que avalia como as variáveis X e Y se inter-relacionam de forma linear, ou
seja, como Y se comporta em relação a uma determinada variação de X. Quando a covariância é po-
sitiva, duas variáveis tendem a mesma direção, isto é, se uma sobe, a outra tende a subir e vice-versa.
Quando a covariância é negativa, duas variáveis assumem direções opostas, isto é, se uma sobe a outra
tende a cair e vice-versa. Quanto mais próxima de zero for a covariância, menor a possibilidade de se
identificar um comportamento interdependente entre as variáveis.
- Distribuição normal
O chamado intervalo de confiança em uma distribuição normal é usado para indicar a confiabilidade
de uma estimativa. Os intervalos de confiança podem ser usados para descrever o quão confiável são
os resultados de uma pesquisa, como no exemplo que você confere na sequência.
Exemplo
De acordo com uma pesquisa sobre intenção de votos, 40% dos entrevistados
pretendem votar em um partido. É possível calcular um intervalo de confiança
de 99% para a proporção de toda a população com a mesma intenção de voto,
que pode ficar entre 30% e 50%.
O risco de um investimento pode ser considerado como a medida de uma incerteza, ou seja, a proba-
bilidade de o retorno obtido em um investimento ser diferente do esperado.
Todo investimento em ativos com volatilidade maior do que zero corre risco de mercado, portanto,
apenas os investimentos prefixados podem ser considerados livres de risco de mercado (considerando
a taxa básica de juros que não muda).
A princípio, todo investimento em ativos financeiros tem risco de crédito. Os investimentos em ativos
reais podem correr risco de crédito se o custodiante não for o próprio detentor dos ativos.
A princípio, todo investimento tem risco de liquidez, uma vez que não existe garantia da compra ou
venda de seus ativos a qualquer momento a um preço justo.
Um investimento terá risco operacional se houver algum processo envolvido desde a contratação até
a sua liquidação.
Dentro do risco de taxa de juros, é importante explicar que duration (Duration de Macaulay e Duration
Modificada) é o nome dado ao tempo que um título de renda fixa prefixado leva para gerar o rendimento
prometido ao investidor. O risco de taxa de juros representa a possibilidade de variação nos preços dos
ativos de renda fixa devido a flutuações nas taxas de juros. Títulos prefixados perdem valor com altas
de juros e vice-versa.
Duration de Macaulay: prazo médio das operações ponderado pelo valor presente dos fluxos de caixa
e descontado à taxa de juros de mercado. Compreende a somatória de todos os fluxos futuros do títu-
lo, multiplicados pelos respectivos períodos até o vencimento e descontados ao seu valor presente (
, onde PV é o valor presente dos fluxos de caixa do título e n equivale aos períodos).
Duration Modificada: serve para avaliar quanto o preço do título vai subir ou cair se a taxa de juros
subir ou cair. Quanto maior a Duration Modificada, maior a oscilação de preços causada pelos juros.
Atenção! A convexidade de títulos com a mesma duration pode apresentar comportamentos diferentes
frente à mesma mudança da taxa de juros. O papel com maior convexidade é menos afetado por estas
mudanças, pois quanto maior a convexidade, menor será o risco de mercado. No conceito, os títulos
de renda fixa têm representação gráfica em formato convexo entre seu preço e rendimento. Veja no
gráfico a seguir.
Quando falamos em imunização, a ideia é ter uma carteira imune às variações das taxas de juros. Para
isso, combina-se a duração dos ativos e passivos de forma que quando as taxas se movimentam, os dois
lados da balança são afetados da mesma maneira, mantendo o valor presente inalterado.
Mercado: capacidade de comprar e vender um ativo sem afetar substancialmente seu preço, ou seja,
de liquidar a preço justo.
Ativo: para mitigar o risco de liquidez o gestor deve comprar ativos de primeira linha, com bom histórico
de liquidez e evitar concentração em um único emissor.
A partir dessa estratégia sobre a precificação, a liquidez no mercado secundário é definida pela liquidez
dos ativos.
A dificuldade de negociar reflete na queda dos preços dos ativos. São medidas que proporcionam
controle de risco:
- Risco de crédito
I. Risco-país: é o risco soberano, que indica o grau de confiança dos investidores em um país;
II. Riscos de mercado externo: possibilidade de perdas pelo não cumprimento dos termos acor-
dados por um emissor fora do país;
III. Oscilações nas taxas de câmbio;
IV. Mudanças no cenário econômico internacional;
V. Questões legais, regulatórias e tributárias específicas de um país.
✓ Classificação de risco
Estas agências classificam papéis e países, de modo a atestar ou não o grau de investimento3. Quando
o risco de crédito aumenta, os juros sobem e o preço do papel cai.
O risco de mercado absoluto indica a probabilidade de perdas em carteiras não comparadas ou re-
lacionadas a índices de mercado ou benchmarks, ou seja, a exposição ao risco em termos absolutos
percentuais ou monetários (outubro – 0,50%; novembro -0,65%).
Uma carteira bem diversificada terá o risco total menor do que a soma do risco individual de cada um
de seus ativos. A diversificação pode diluir o chamado risco diversificável. Lembre-se: quanto maior a
quantidade de ativos diferentes agregados ao portfólio, menor tende a ser o risco.
Aprenda no gráfico abaixo os conceitos de risco diversificável e de risco sistemático (não diversifi-
cável).
O beta é um indicador do risco sistemático de uma ação medindo a sensibilidade de um ativo em relação
ao comportamento do mercado.
O indicador permite diferenciar ativos defensivos de ativos agressivos e é utilizado para medir o risco
não diversificável, ou seja, fatores de mercado que afetam todas as empresas, como guerras ou crises
internacionais.
- Medidas de performance
Índice de Sharpe – original: mede a relação de risco versus retorno de cada ativo, ou seja, quanto de
retorno um ativo está gerando para cada unidade de risco assumida.
Índice de Sharpe – modificado: é a relação entre o retorno excedente dividido pelo Value at Risk (VaR). O
Índice de Sharpe – modificado é indicado para carteiras cuja distribuição de retornos não seja distribuída
de forma estatisticamente normal, já que quando as carteiras apresentam grandes oscilações de ganhos
ou perdas o Índice de Sharpe – original não atende a análise de performance.
Índice de Treynor: é uma medida similar ao Índice de Sharpe, quanto maior, melhor. A diferença é que
ao invés de usar o desvio padrão como risco, o Índice de Treynor usa o coeficiente beta b.
Índice de Modigliani: o Índice de Modigliani é uma medida de retorno ajustado pelo risco usado na
análise de carteiras de investimento, no qual o retorno do fundo é ajustado para sua volatilidade. Ao
contrário do Índice de Sharpe, ele utiliza o retorno absoluto do fundo e não o retorno relativo à taxa
livre de risco.
A fronteira eficiente pode ser obtida representando num gráfico de retorno esperado versus desvio
padrão todas as combinações de ativos e reconhecendo que os investidores são racionais, ou seja,
sempre irão preferir mais riqueza a menos riqueza para o mesmo nível de risco.
O Capital Asset Pricing Model - CAPM é uma equação que expressa o retorno requerido por um ativo/
investimento em função do beta desse ativo. É utilizado para definir se um ativo está supervalorizado
(caro) ou subvalorizado (barato) no momento da sua negociação no mercado.
A fórmula do CAPM é:
O modelo CAPM equaciona a relação entre risco não diversificável e o retorno exigido para o conjunto de
ativos. Uma vez que o risco diversificável não interessa para o investidor, pois é passível de eliminação,
será utilizada uma nova medida de mensuração do risco não diversificável. O custo de capital corres-
ponde à taxa de rentabilidade exigida pelos investidores como compensação pelo risco de mercado
ao qual estão expostos. Num mercado competitivo, o prêmio de risco varia proporcionalmente ao β.
O modelo prevê que o prêmio de risco esperado, dado pelo retorno esperado acima da taxa isenta de
risco, é proporcional ao risco não diversificável, o qual é medido pela covariância do retorno do ativo
com o retorno do portfólio composto por todos os ativos no mercado ou pelo β, que mede a contribuição
do ativo para a variância dos retornos do portfólio de mercado.
Todos os investidores têm idênticas expectativas quanto às médias, variâncias e covariâncias dos retor-
nos dos diferentes ativos no fim do período, isto é, têm expectativas homogêneas quanto à distribuição
conjunta dos retornos.
I. Os investidores são indivíduos com aversão ao risco e que maximizam a utilidade esperada da
sua riqueza;
II. Os investidores são tomadores de preço e têm expectativas homogêneas sobre o retorno dos
ativos que possuem uma distribuição normal conjunta;
III. Existe uma taxa livre de risco na qual os investidores podem captar e aplicar quantidades
ilimitadas de recursos;
IV. As quantidades de ativos são fixas;
V. Todos os ativos são comercializáveis e perfeitamente divisíveis;
VI. Os mercados não têm fricção e a informação é gratuita e simultaneamente disponibilizada a
todos os investidores;
VII. Não existem imperfeições de mercado como impostos, regulamentações e restrições a ven-
das a descoberto.
O modelo APT surgiu como uma alternativa ao CAPM, representando uma generalização deste na me-
dida em que possibilita a relação do retorno de um ativo com múltiplos fatores de riscos, e não apenas
ao retorno do portfólio de mercado.
A Capital Market Line é a carteira eficiente, composta pela combinação de ativos com risco e um ativo
livre de risco, o que maximiza a relação de risco e retorno do investidor.
A CML tem seu intercepto na taxa livre de risco e sua inclinação representando o coeficiente de recom-
pensa para variabilidade. Quanto maior a inclinação, melhor a relação de risco e retorno da carteira.
A carteira de risco ótima consiste na melhor combinação de ativos de risco para se relacionar com ati-
vos seguros e formar uma carteira completa. Esse coeficiente de recompensa (inclinação da CML) é o
que tangencia a fronteira eficiente.
✓ Alfa de Jensen
Analisando o parâmetro alfa (a) da regressão do modelo CAPM, conhecido como a de Jensen, há a se-
guinte interpretação: quando o desempenho da carteira de ativos está em equilíbrio com o desempenho
da carteira de mercado, a = 0. Quando a carteira de ativos tem um desempenho superior à carteira de
mercado, a > 0. Caso contrário, a < 0.
✓ Modelo de Gordon
O modelo de Gordon foi criado em 1956. por Myron J. Gordon e Eli Shapiro, para auxiliar investidores
na precificação de ações.
A fórmula de Gordon é utilizada para calcular os crescimentos constantes dos dividendos pagos por
uma empresa, trazendo esse fluxo de dividendos ao valor presente para descobrir o preço justo da ação.
A bolsa de valores é fiscalizada pelo Bacen e pela CVM, tendo como características, segundo a Instrução
CVM 461/2007:
É considerado sistema centralizado e multilateral aquele em que todas as ofertas relativas a um mesmo
valor mobiliário são direcionadas a um mesmo canal de negociação, ficando expostas a aceitação e
concorrência por todas as partes autorizadas a negociar no sistema.
✓ Constituição
Segundo a Resolução 2690/2000 do Bacen, que consolida normas que disciplinam a organização e
funcionamento das bolsas de valores, as bolsas de valores podem ser constituídas como associações
civis ou sociedades anônimas, tendo por objeto social:
Um mercado organizado de valores mobiliários será considerado pela CVM como de bolsa ou de balcão
organizado dependendo, principalmente, das seguintes questões:
Apesar de ambas serem fiscalizadas pelo Bacen e pela CVM, a principal diferença se deve à flexibilida-
de das normas de funcionamento.
Na bolsa de valores as negociações são realizadas por meio de sistemas que possibilitam a interação
de ofertas, tendo como intermediário a instituição responsável pelo ambiente.
Já no mercado de balcão organizado, os valores mobiliários são negociados diretamente entre as par-
tes envolvidas devendo, necessariamente, ser registrados em sistemas centralizados. O mercado de
balcão organizado se responsabiliza também por negociações que não estão registradas na bolsa de
valores.
Portanto, é na B3 que investidores emitem ordens de compra e venda, acompanham índices de merca-
do, gerenciam seus ativos financeiros e atuam no mercado de balcão organizado.
- Ativos negociados
I. Ativos de renda fixa públicos e privados e cotas de fundos (Tesouro Direto, Letras de Crédito
Imobiliário - LCI, Letras de Crédito do Agronegócio - LCA, fundos de investimento, entre outros);
II. Derivativos de balcão (algumas operações de opções, swap e mercado a termo);
III. Derivativos listados (opções e mercado futuro);
IV. Mercados à vista, de renda variável, ouro e câmbio (são realizadas transações de compra e
venda desses ativos cujos valores são estabelecidos em pregão com base na oferta e na deman-
da).
✓ Mercado à vista
Liquidação física: trata-se da entrega dos títulos vendidos e ocorre no segundo dia útil (D+2) após a
negociação em bolsa. A transação é feita através da clearing house, que recebe os títulos e os repassa
para o investidor.
Liquidação financeira: consiste nos pagamentos e recebimentos dos respectivos valores definidos na
negociação na bolsa. Assim como na liquidação física, é liquidado em D+2. Na prática, primeiro vem a
liquidação financeira e em seguida a liquidação física.
✓ Mercado a termo
Neste mercado, no contrato firmado diretamente entre o comprador e o vendedor são formalizados a
quantidade do ativo, o preço acordado e os prazos da liquidação em data futura. Os prazos permitidos
para liquidação dessas operações são preestabelecidos de maneira a encobrir 30, 60, 90, 120, 150 e
180 dias. Ainda que estabelecidos alguns desses períodos, a operação pode ser liquidada a qualquer
momento antes do vencimento, após a decisão do comprador.
✓ Margem de garantia
A bolsa, através de uma métrica estabelecida por ela mesma e definida com base na volatilidade e liqui-
dez do papel negociado, exige uma determinada quantia em valor monetário com o intuito de encobrir
possíveis faltas. O valor é depositado na bolsa pelos investidores e é periodicamente revisto de acordo
com as mudanças de mercado.
✓ Cobertura
A cobertura consiste no depósito dos títulos que são objetos da operação na bolsa pelo vendedor.
Quando o vendedor oferece os títulos negociados como garantia, não é necessário oferecer nenhum
outro tipo de margem.
✓ Lançamento a descoberto
O lançamento a descoberto é o nome dado quando o vendedor entra na negociação sem ter o título
negociado. O termo alavancado também é utilizado para descrever esse contexto.
Taxa de corretagem: é definida pela corretora. Pode ser isenta, constituída por um valor fixo ou um
percentual sobre o valor da transação.
Taxa de custódia: a taxa de custódia é cobrada mensalmente pela corretora, podendo ser isenta ao
investidor. Trata-se da cobertura dos gastos da empresa junto à bolsa de valores.
Emolumentos: também conhecido como taxa de negociação, emolumentos são taxas fixas cobradas
pela B3 por transação. Variam de acordo com o tipo de operação, tipo de investidor e montante investido.
✓ Day trade
Diretamente ligado a volatilidade, o day trade consiste na compra e venda de ativo no mesmo dia, com
o intuito de ganhar com a alta ou queda de preço e proporcionar ganhos ao investidor em um curto
espaço de tempo. Geralmente a estratégia do day trade é balizada por análise técnica.
Alíquota de IR – 20%.
IR retido na fonte – 1%.
✓ Swing trade
Swing trade consiste na compra e venda de um ativo em um prazo de dias ou semanas, também com o
objetivo de ganho em um curto espaço de tempo. Nesta operação, o investidor se baseia em posições
gráficas para mapear os pontos de entrada e saída do ativo.
Alíquota de IR – 15%.
IR retido na fonte – 0,005%.
✓ Position trade
O position trade aproveita tendências de altas ou baixas, mantendo a operação até que o ativo sinalize
uma inversão de tendência. Geralmente é acionado o mecanismo de stop loss (venda automática) para
minimizar as perdas e proteger um determinado nível de preço.
Alíquota de IR – 15%
IR retido na fonte – 0,005%
A operação buy and hold é utilizada com o intuito de obter ganhos a longo prazo. Nela, o investidor
adquire as ações quando o preço está baixo e, após um longo prazo, as vende a preços maiores. Nessa
estratégia é levado em conta os fundamentos e o gerenciamento das empresas investidas, além da
diversificação dos ativos.
Alíquota de IR – 15%.
IR retido na fonte – 0,005%.
Quem investe em ações está emprestando dinheiro com expectativa de devolução em uma data futura,
com ganho financeiro. Quem tem ações, portanto, pode se considerar sócio da empresa emissora.
As ações se diferenciam segundo os seguintes critérios: empresa emissora, espécie, forma de circula-
ção e classe.
I. É um título patrimonial;
II. Não representa uma obrigação perante terceiros.
✓ Ações preferenciais
As ações preferenciais têm como característica fundamental a prioridade sobre as ações ordinárias no
recebimento de dividendos e de receber, em caso de falência ou liquidação da empresa, a restituição
do capital investido.
Podem existir diversas classes de ações preferenciais (classe A, classe B etc.), dependendo das van-
tagens ou restrições que elas apresentam. As vantagens ou preferências, bem como as restrições que
essas ações possuem, devem constar claramente nos estatutos da companhia.
✓ Ações ordinárias
As ações ordinárias têm como característica principal o direito ao voto. Numa sociedade anônima, é
por meio do voto que o acionista tem o direito legal de controle da organização.
São nas assembleias gerais de acionistas e nas convocações especiais que o acionista ordinário vota,
sendo o peso do seu voto correspondente à quantidade de ações que possui, podendo assim partici-
par das decisões, dos lucros e dos riscos do negócio, decidindo o seu destino.
✓ Ações units
As units são certificados de depósitos que podem combinar diferentes tipos de ativos para negociação
em conjunto. Dessa forma, mais de uma classe de ativos pode ser comprada e vendida no mercado
como uma unidade.
Os ativos são negociados por lotes e/ou unidades, e cada unidade contém tipos diferentes de ativos.
As units podem ser formadas por ações ordinárias, preferenciais, bônus de subscrição etc. e são iden-
tificadas pelo dígito
11 no seu código.
✓ Direitos
O investimento em ações concede aos seus proprietários uma série de direitos e responsabilidades,
havendo apenas uma obrigação. Caso o investidor tenha subscrito ações de um aumento de capital
(a prova é o boletim de subscrição), ele é obrigado a integralizar sua parte no capital, ou seja, pagar o
valor das ações que subscreveu.
No Brasil, a Lei n.º 6.404/76, que regulamenta o funcionamento das sociedades anônimas, confere uma
série de direitos que nem o estatuto social, nem a assembleia geral, podem tirar do acionista - conforme
você verá a seguir.
Direito a participação nos lucros: o lucro de uma empresa em um exercício se se destina, em primeiro
lugar, a compensar as perdas dos anos anteriores, se existirem, e depois devem ser pagos os impostos
correspondentes. A parte restante poderá ser destinada a reservas e dividendos.
As reservas são a parte do lucro que se mantém na sociedade com objetivo de aumentar a capacidade
econômica da empresa e financiar, com recursos próprios, os investimentos produtivos previstos. O
dividendo é a parte do lucro que a companhia distribui entre seus proprietários/acionistas.
Como se pode concluir, o valor dos dividendos depende do resultado de cada companhia, assim como de
sua política de distribuição de lucros. Por isso, as ações são consideradas um produto de renda variável.
O mais habitual é que as empresas paguem dois dividendos ao ano a seus acionistas (anual e semestral).
Direito a informações: os direitos dos acionistas não se restringem apenas às distribuições. A lei lhes
assegura o acesso a todas as informações que dizem respeito à empresa e que possam afetar seus
interesses como sócios.
A empresa é obrigada por lei a divulgar balanços, balancetes e diversos outros demonstrativos contábeis,
acompanhados de notas explicativas, relatórios da diretoria e pareceres dos auditores independentes
e do conselho fiscal. Esse conjunto de informações deve ser divulgado amplamente ao público. A pe-
riodicidade é estabelecida pela CVM.
Por outro lado, o conteúdo dos documentos divulgados, bem como sua forma, deve abranger todos os
atos e os fatos importantes ocorridos durante o período, mostrar a real posição econômica da empresa,
com clareza e exatidão, de modo que seja possível, aos investidores em geral e aos acionistas, avaliar
a situação atual dos negócios e as perspectivas futuras da empresa.
A empresa deve informar, também, todas as decisões tomadas por assembleias gerais ordinárias ou
extraordinárias e qualquer fato importante que possa afetar o preço ou o futuro de suas ações no mer-
cado (fatos relacionados com a gestão dos negócios).
Direito de preferência na subscrição de novas ações: este direito determina que os acionistas de
uma companhia têm preferência na compra de novas ações emitidas por ela. O direito de preferência
na subscrição é assegurado por lei e consiste na prioridade comum a todos (acionistas ordinários e
preferenciais) de adquirir, pelo preço de emissão, uma parcela das novas ações proporcionais às já ad-
quiridas. Geralmente, os aumentos de capital por meio de subscrições ocorrem quando as condições do
mercado são favoráveis, de modo que os acionistas, subscrevendo as ações novas, ganham a diferença
entre seu preço de mercado e seu valor de emissão.
O acionista deve exercer o direito de preferência de subscrição em período não inferior a trinta dias,
determinado pelo estatuto ou pela assembleia geral. Em qualquer aumento do capital de uma socie-
dade anônima, os acionistas têm o direito de subscrever ações na proporção do capital que possuem.
Além de garantir a possibilidade de manter a participação no capital total, esse direito pode significar
ganho adicional, dependendo das condições de lançamento. Se não exercido, o direito de subscrição
pode ser vendido a terceiros em pregão da bolsa, e as sobras de ações não subscritas pelos atuais acio-
nistas podem ser oferecidas aos demais investidores.
No que se refere à subscrição, o acionista corre o risco de perder o direito caso não o exerça dentro do
prazo estipulado pela assembleia geral extraordinária.
Direito de retirada (recesso): o direito de retirada ou recesso consiste na faculdade assegurada aos
acionistas minoritários de, caso discordem de certas deliberações da assembleia geral, nas hipóteses
expressamente previstas em lei, retirar-se da empresa, recebendo o valor das ações de sua proprieda-
de. O objetivo desse direito é proteger os acionistas minoritários contra determinadas alterações na
estrutura da empresa ou contra redução nos direitos assegurados por suas ações, desobrigando-os de
permanecer sócios de uma empresa diferente daquela à qual se associaram ao adquirir as ações.
O acionista dissidente tem o direito de se retirar da companhia, mediante o reembolso do valor de suas
ações, se o reclamar à companhia no prazo de trinta dias contados da publicação da ata da assembleia
geral.
O estatuto pode estabelecer normas para determinação do valor de reembolso, que, em qualquer
caso, não será inferior ao valor patrimonial das ações, de acordo com o último balanço aprovado pela
assembleia geral.
Direito ao voto: os acionistas ordinários têm direito ao voto na assembleia geral da empresa. A assem-
bleia geral é a reunião entre os acionistas que ocorre, ordinariamente, uma vez ao ano (no mínimo),
e extraordinariamente em determinadas circunstâncias, para tomar decisões sobretudo relativas à
empresa, assim como aprovar exercícios concluídos, nomeações etc. Os acionistas têm direito ao voto
com uma simples restrição: só podem votar diretamente aqueles que reúnam o número mínimo de
ações. Os acionistas que possuam um número inferior de ações podem se unir para cobrir esse mínimo
e votar conjuntamente.
Direito de requerer a convocação e o adiamento de assembleias gerais: a Lei das S.A. estabelece as
regras sobre a competência para a convocação das assembleias gerais das sociedades anônimas. No
entanto, a assembleia geral poderá ser convocada também por iniciativa dos acionistas minoritários
nas seguintes hipóteses:
I. Convocação por acionista individual (nos casos em que a lei ou o estatuto a imponham);
II. Convocação por acionistas que representam 5% do capital social;
III. Convocação para deliberar sobre a instalação do conselho fiscal;
IV. Convocação para deliberar sobre a proposta de nova avaliação da empresa.
Direito de participar de oferta pública por alienação de controle de companhia aberta (tag along):
nos casos em que ficar caracterizada a alienação de controle da empresa aberta, o novo controlador
tem a obrigação de realizar oferta pública para adquirir as ações pertencentes aos acionistas minoritá-
rios com direito a voto. Essa é uma maneira de os acionistas minoritários com participação no capital
votante obterem direito ao tag along (possibilidade atribuída ao minoritário de alienar suas ações ao
novo controlador, por ocasião da transferência do controle de empresa aberta).
Os elementos que tornam obrigatória a realização da oferta pública para aquisição das ações perten-
centes aos acionistas minoritários são:
I. Que os integrantes do bloco de controle cedam suas ações para terceiro e este assuma posição
dominante na empresa, isto é, que o resultado da operação institua a presença de um novo acio-
nista controlador ou grupo de controle;
II. Que a transparência do controle apresente caráter oneroso, ou seja, que os antigos controla-
dores recebam algum pagamento pela cessão das ações que compõem o bloco de controle.
Direito de transmissão: todo acionista tem direito a receber a parte proporcional que lhe correspon-
da resultante da liquidação da sociedade. Isso não significa que tenha direito a solicitar à sociedade
que lhe devolva o valor de seu investimento em qualquer momento. Sem dúvida, todo acionista tem
o direito de transmitir suas ações, sempre e quando encontre um comprador. No caso das ações que
são negociadas em bolsa, a transmissão está praticamente assegurada, dado que uma das principais
funções da bolsa é precisamente dar liquidez aos valores negociados.
✓ Classes de ações
Durante a emissão, as ações também podem ter diferentes classes em função dos objetivos específicos
a que se propõem ou restrições quanto a sua posse. Cada classe reúne ações cujos titulares têm os
mesmos direitos e restrições.
O acordo de acionistas é um contrato que tem a finalidade de determinar os deveres, direitos e respon-
sabilidades de todos aqueles que possuem ações de uma empresa. Funciona como um instrumento
jurídico na constituição de sociedades anônimas abertas ou fechadas.
Este instrumento jurídico é disciplinado pela Lei 6.404 de 1976, conhecida popularmente como Lei das
S.A.
Entende-se por acionista controlador a pessoa natural ou jurídica, ou o grupo de pessoas vinculadas
por acordo de voto ou sob controle comum, que é titular de direitos de sócio que lhe assegurem, de
modo permanente:
I. A maioria dos votos nas deliberações da assembleia geral e o poder de eleger a maioria dos
administradores da companhia;
II. O uso efetivo do seu poder para dirigir as atividades sociais e orientar o funcionamento dos
órgãos da companhia.
O acionista controlador deve usar o poder com o fim de fazer a companhia realizar o seu objeto e cum-
prir sua função social. Tem deveres e responsabilidades para com os demais acionistas da empresa, os
que nela trabalham e para com a comunidade em que atua, cujos direitos e interesses deve lealmente
respeitar e atender.
✓ Responsabilidade
Art. 117. O acionista controlador responde pelos danos causados por atos pra-
ticados com abuso de poder.
e) Induzir, ou tentar induzir, administrador ou fiscal a praticar ato ilegal, ou, des-
cumprindo seus deveres definidos na Lei 6.404 de 1976 e no estatuto, promo-
ver, contra o interesse da companhia, sua ratificação pela assembleia geral;
• § 2º. No caso da alínea e do § 1º, o administrador ou fiscal que praticar o ato ilegal responde soli-
dariamente com o acionista controlador.
• § 3º. O acionista controlador que exerce cargo de administrador ou fiscal tem também os deveres
e responsabilidades próprios do cargo.
✓ Acordo de acionistas
Art. 118. Os acordos de acionistas, sobre a compra e venda de suas ações, prefe-
rência para adquiri-las, ou exercício do direito de voto, deverão ser observados
pela companhia quando arquivados na sua sede.
• § 1º. As obrigações ou ônus decorrentes desses acordos somente serão oponíveis a terceiros,
depois de averbados nos livros de registro e nos certificados das ações, se emitidos.
• § 2°. Esses acordos não poderão ser invocados para eximir o acionista de responsabilidade no
exercício do direito de voto (artigo 115) ou do poder de controle (artigos 116 e 117).
• § 3º. Nas condições previstas no acordo, os acionistas podem promover a execução específica
das obrigações assumidas.
• § 4º. As ações averbadas nos termos deste artigo não poderão ser negociadas em bolsa ou no
mercado de balcão.
• § 5º. No relatório anual, os órgãos da administração da companhia aberta informarão à assem-
bleia geral as disposições sobre política de reinvestimento de lucros e distribuição de dividen-
dos, constantes de acordos de acionistas arquivados na companhia.
✓ RCA
O Recibo de Carteira de Ações (RCA) é um produto desenhado e normatizado pela Bolsa de Valores do
Rio de Janeiro, com o objetivo de oferecer a investidores de variados portes um instrumento simples e
diversificado para aplicar em ações.
✓ ADR
O American Depositary Receipts (ADR) é um recibo representativo de uma ação de empresa estrangeira
que se encontra depositada em um banco no país de origem, negociado nos Estados Unidos. Um progra-
ma de ADR é viabilizado por iniciativa da própria empresa, com nova emissão de ações ou aproveitando
ações que estejam em poder do mercado.
Para ter um ADR, determinado lote de ações é depositado em um banco do próprio país em que está
sediada a empresa - o banco custodiante. Com lastro nesses depósitos, um banco no exterior, o chamado
banco depositário ou emissor, emite o ADR, que é negociável no mercado norte-americano. Para todos
os efeitos, o ADR tem exatamente os direitos iguais as das ações depositadas: dividendos, bonificações,
desdobramentos e um valor cotado pelo mercado.
Nível I: é o método mais simples de lançamento de ADR. Nesse nível, não há colocação de ações novas
e, portanto, a empresa não capta recursos. Os ADR são negociados no mercado de balcão, o que diminui
Outro aspecto que simplifica bastante a emissão de ADR no nível I é a isenção de registro na Securities
Exchange Commission (SEC). A implementação após a entrega dos documentos é de seis a oito semanas.
Os lançamentos de programas de ADR no nível I são utilizados como primeira etapa (menos dispendiosa
e trabalhosa) para empresas que desejam ter acesso ao mercado de capitais norte-americano.
Nível II: para um lançamento de ADR no nível II, é exigido registro completo na SEC - CVM norte-ameri-
cana. Além disso, não há emissão de ações e, consequentemente, não há levantamento de capital por
parte da empresa emissora. Por esses dois motivos, o programa nesse nível é o menos utilizado, pois
seus custos são mais elevados que os do nível I, e os benefícios são menores que os do nível III.
Nessa modalidade, os ADR já não são negociados no mercado de balcão, e sim nas bolsas de valores.
O prazo estimado para implementação de um programa nível II é de cerca de 15 semanas.
Nível III: as exigências legais para se montar um lançamento de ADR nesse nível são as mesmas do nível
II - registro completo na SEC e consequente cumprimento de suas rigorosas determinações (tradução
e conversão de moeda das demonstrações financeiras, representadas segundo as regras contábeis
americanas etc.).
As diferenças principais entre os programas nos níveis II e III são a forma de oferta (que é pública, ao
contrário dos dois primeiros tipos, que são lançamentos privados) e o levantamento de recursos por
parte da empresa, pois nesse caso o lançamento é lastreado por ações novas.
Nível 144-A: o nível 144-A, ou nível intermediário, é um nível pelo qual as empresas obtêm permissão
para fazer uma captação de recursos, mas apenas no mercado de balcão. Com o intuito de acompanhar
a globalização do mercado de capitais, a regra 144-A foi criada para regular as condições básicas para a
venda de papéis (bonds) ou ações no mercado primário ou secundário norte-americano por empresas
estrangeiras.
Para que o sistema de registro dos papéis permitisse atender tanto ao euromercado como ao mercado
doméstico norte-americano, foi desenvolvido o Depositary Trust Co. (DTC), que é o sistema postal para
registro eletrônico das operações de balcão, cujo funcionamento é supervisionado pela SEC.
✓ BDR
A partir da Resolução CMN n.º 2.318 de 26 de setembro de 1996, foi criado um mecanismo semelhante
ao ADR para empresas estrangeiras que desejem lançar seus títulos no mercado brasileiro. Os Brazi-
lian Depositary Receipt (BDR) são certificados representativos de valores mobiliários de emissão de
companhia aberta ou assemelhada, com sede no exterior e emitidos por instituição depositária no Brasil.
✓ Dividendos
Os dividendos são valores representativos de parte dos lucros da empresa, que são distribuídos aos
acionistas, em dinheiro, na proporção da quantidade de ações possuídas. Normalmente, é resultado
dos lucros obtidos por uma empresa, no exercício corrente ou em exercícios passados.
Permanecendo na empresa, o dividendo é creditado ao acionista, mesmo que ele não vá recebê-lo.
Passados cinco anos, caso o acionista não tenha reclamado o recebimento, sua parcela de dividendo
será incorporada a um fundo de reserva da empresa.
A lei permite às empresas a fixação, em seus estatutos, de um dividendo a ser distribuído anualmente
a seus acionistas. Estabelece, porém, a porcentagem mínima de 25% do lucro líquido. Dentro desse
limite, a empresa optará pela política que melhor se adapte às suas peculiaridades.
Quando uma empresa adota uma política de redução do percentual do lucro pago em forma de divi-
dendo (pay-out), uma proporção maior do lucro será reinvestida. Entretanto, quando a política adota-
da for de redução, deve-se observar a regra de que a fixação de dividendos só pode ser inferior a 25%
quando for aprovada por todos os acionistas em assembleia. Aqueles que discordarem terão o direito
de recesso, e a empresa será obrigada a comprar suas ações pelo valor patrimonial, caso a cotação em
bolsa seja inferior a esse valor.
Os juros sobre capital próprio são uma forma de remuneração ao acionista da empresa, originada pelo
lucro retido em períodos anteriores. Geralmente essa remuneração é paga em dinheiro pela empresa
aos seus sócios.
Os juros se baseiam nas reservas de lucro, ou seja, nos lucros apresentados nos anos anteriores e que
ficaram retidos na empresa. Para a empresa, a principal vantagem da distribuição de juros sobre o ca-
pital em vez de dividendos, é que o valor pago aos acionistas é contabilizado como custo e, portanto,
reduz o montante do imposto de renda pago pela companhia.
Depois do lançamento das ações, a companhia pode fazer desdobramentos ou agrupamentos em fun-
ção de suas necessidades
✓ Bonificação
A recompra de ações é quando uma instituição compra as ações no mercado para custodiá-las em sua
tesouraria ou cancelá-las. Normalmente este processo é feito quando a companhia considera que o
preço de suas ações está desvalorizado.
A Lei das S.A. é uma lei especial que integra parte de um agrupamento de normas composto por leis fe-
derais, leis ordinárias, resoluções, instruções normativas e demais atos normativos do direito societário,
sobretudo que regem o exercício das sociedades anônimas – as chamadas S.A. – a primeira sociedade
regulamentada por lei no Brasil.
Segundo o artigo 109 (abaixo), nem o estatuto social nem a assembleia geral poderão privar o acionista
dos direitos de:
• § 1º. As ações de cada classe conferirão iguais direitos aos seus titulares.
• § 2º. Os meios, processos ou ações que a Lei n.º 6.404/1976 confere ao acionista para assegurar
os seus direitos não podem ser elididos pelo estatuto ou pela assembleia geral.
• § 3º. O estatuto da sociedade pode estabelecer que as divergências entre os acionistas e a com-
panhia, ou entre os acionistas controladores e os acionistas minoritários, poderão ser soluciona-
das mediante arbitragem, nos termos em que especificar.
✓ Swing trade
Às operações de swing trade que excedem o limite de vendas de R$ 20 mil dentro de um mês, a alíquota
do imposto de renda sobre os lucros é de 15%. Na fonte há o recolhimento de 0,005%.
Fica isenta do imposto de renda em ações a pessoa física que vende os ativos no valor limite de R$ 20
mil no mês corrente, independentemente do lucro das operações, desde que sejam vendas comuns.
✓ Day trade
Nas operações de day trade ocorre cobrança de alíquota equivalente a 20% de imposto de renda quando
houver lucro. Na fonte há recolhimento de 1%.
As debêntures são títulos (dívidas) de renda fixa emitidos por S.A. não financeira de capital aberto ou
fechado, podendo a empresa de capital aberto realizar oferta pública de suas emissões.
Para que ocorra a oferta pública é necessária a autorização da Comissão de Valores Mobiliários (CVM).
Após a autorização, as debêntures chegam ao mercado por bancos de investimentos, corretora de va-
lores mobiliários (CTVM) e distribuidora de valores mobiliários (DTVM).
Como visto acima, as debêntures não possuem garantia do FGC, porém, como você verá a seguir, con-
tam com garantias específicas.
Garantia real: possui alienação fiduciária, ou seja, a empresa emissora coloca uma garantia real física
pela oferta de debêntures. Exemplo: a companhia aérea Azul pode emitir debêntures e deixar como
garantia o hangar de Viracopos.
Garantia flutuante: a empresa emissora também oferta a debênture com um lastro real, mas esse lastro
pode mudar no decorrer da operação. Exemplo: a companhia aérea Azul emite debêntures e coloca o
hangar de Viracopos como garantia. Após alguns meses de operação, decide por alterar a garantia para
as ações da companhia.
Garantia quirografária: é uma garantia mais arriscada para o investidor em relação às demais apre-
sentadas porque não conta com lastro real. Exemplo: caso aconteça algo com a companhia aérea Azul,
ela pode vender o hangar de Viracopos para pagar quem possui debêntures com garantia real, pode
vender ações da companhia para pagar quem possui garantia flutuante e caso sobre dinheiro em caixa,
poderá pagar quem possui a garantia quirografária.
Garantia subordinada: esta última é a mais arriscada para o investidor (lembre-se que quanto maior
o risco, maior será a rentabilidade esperada), visto que não há lastro real e o investidor fica sujeito/
subordinado a todos os outros em relação ao recebimento.
Essas quatro garantias possuem caráter obrigatório. Ao emitir uma debênture o emissor deve obriga-
toriamente colocar uma das garantias no prospecto.
Ainda temos mais uma garantia ao investidor que pode surgir de forma opcional e adicional que é a
garantia fidejussória, na qual o sócio controlador entra como garantia.
I. Debênture simples: o investidor aporta recursos na data zero (inicial) e recebe seu capital
aportado mais juros após um prazo determinado. O recebimento se dá em dinheiro;
II. Debênture conversível em ações: nesta operação o investidor aporta recursos e no venci-
mento não recebe dinheiro, mas sim, ações da companhia;
III. Debêntures incentivadas: neste caso, o emissor (empresa que capta recursos) utiliza o di-
nheiro para realizar projetos de infraestrutura. Assim, temos algumas características específicas:
a) O prazo mínimo de emissão do título é de 48 meses;
b) O prazo mínimo para resgate é de 24 meses;
c) Investidor pessoa física fica isento de imposto de renda;
d) Investidor pessoa jurídica fica sujeito a 15% fixo de imposto de renda.
As debêntures ficam registradas e cadastradas no Sistema Nacional de Debêntures (SND), que faz parte
da CETIP.
As debêntures e notas promissórias são títulos emitidos por S.A. não financeira de capital aberto e
fechado, mas possuem sim características diferentes, sendo a principal delas a forma de captação.
As debêntures são emitidas pelas empresas quando buscam recursos de terceiros para médio e longo
prazo. Já as notas promissórias são utilizadas como capital de giro, visto que possuem como característica
ser de curto prazo.
As notas promissórias podem ser emitidas por empresas de capital aberto e fechado, com prazo má-
ximo de 360 dias.
A assembleia de debenturistas é a reunião com investidores que possuem capital aportado em debên-
tures para deliberar sobre assuntos de seus interesses.
A assembleia reúne apenas investidores da mesma série de debêntures, ou seja, se uma empresa faz a
emissão para vencimentos diferentes, haverá assembleias diferentes.
São legitimados a convocar a assembleia: o agente fiduciário, a empresa emissora, a CVM ou os deben-
turistas que tenham, no mínimo, 10% dos papéis.
Precisamos observar também a chamada repactuação de debêntures. Por meio dela (quando descrito
na escritura da emissão), a empresa emissora pode alterar durante a operação o prazo e a rentabilidade
com o objetivo de readequar a sua dívida. Para isso, deve-se realizar a reunião de repactuação com a
participação de um agente fiduciário (instituição financeira) para defender os direitos dos debenturis-
tas. Caso não haja aceite da proposta, a empresa emissora fica responsável, obrigatoriamente, pela
recompra dos títulos no primeiro prazo e rentabilidade acordados.
Os bônus de subscrição são emitidos por sociedade por ações, que conferem aos seus titulares, nas
condições constantes do certificado, o direito de subscrever (incorporar para si) ações da companhia.
Há ainda uma vantagem adicional aos subscritores, que podem subscrever, assim, debêntures.
É importante ressaltar que quando dizemos que um investidor pode subscrever um ativo, isto se refere
a um direito, e não a uma obrigação. Ele pode subscrever (comprar) mais títulos da companhia, muitas
vezes, por um valor menor que o negociado no mercado.
Como ativos financeiros de renda fixa, as debêntures e notas promissórias estão sujeitas à tributação
de Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) quando necessário, ou seja, em caso de resgates até o
vigésimo nono dia, e tributação de imposto de renda que segue a tabela regressiva.
Exemplo
Bruno comprou dívidas de uma empresa por meio de debêntures simples, nas
seguintes condições: aportou R$ 1.000,00 e após 3 anos resgatou R$ 1.350,00.
Neste caso, o imposto de renda devido será retido na fonte pela instituição fi-
nanceira intermediadora, que atuará como agente de custódia.
A mesma tributação citada no exemplo é válida para notas promissórias, e no caso de subscrição de
debêntures haverá uma tributação de 15% fixo retido na fonte.
5. REGULAMENTAÇÃO SOCIETÁRIA
5.1 Companhias abertas e fechadas
A companhia (empresa) será aberta ou fechada a depender da negociação ou não de seus títulos e
valores mobiliários publicamente.
A companhia aberta possui títulos e valores mobiliários (tais como ações, debêntures, partes benefi-
ciárias, contratos de debêntures e bônus de subscrição) negociados publicamente em bolsas de valo-
res e mercado de balcão.
Já a companhia fechada não negocia publicamente seus títulos e valores mobiliários, portanto, deve
vender suas ações de forma privada e direta ao interessado.
O processo de abertura de capital é chamado de Initial Public Offering (IPO) - em português, oferta
pública inicial.
Para que uma companhia fechada inicie o processo de abertura de capital, visando negociar seus títu-
los e valores mobiliários publicamente, deve-se primeiramente protocolar um pedido de registro na
Comissão de Valores Mobiliários. Além disso, de forma simultânea, é necessário que a empresa solicite
sua listagem na B3.
• Devem ser observados também os requerimentos específicos dos segmentos de listagem esco-
lhido.
Após o envio dos documentos requeridos, a CVM terá 30 dias para analisar o processo de abertura de
capital da empresa. É permitida uma interrupção neste prazo, caso seja necessário rever documentos
e informações.
Quando a empresa realiza a abertura de capital pelo processo de IPO e o valor da venda dos títulos e
valores mobiliários vai direto para o caixa da empresa, temos a distribuição primária.
Na distribuição secundária o dinheiro não vai para o caixa da empresa, visto que é uma negociação
feita entre investidores no mercado secundário (via home broker, normalmente).
O processo de oferta pública inicial é regulamentado pela Comissão de Valores Mobiliários com intuito
de manter participação igualitária de todos os investidores.
Durante um processo de IPO temos muitas instituições financeiras envolvidas, as quais você confere
abaixo.
Coordenador líder: realiza a organização do processo com relação às instituições, prestando garantia
e serviços de marketing.
Banco mandatário: é responsável pela confirmação financeira, ou seja, faz a reserva dos players.
Market maker: tem a responsabilidade de formar preços e trazer liquidez ao mercado. Atua comprando
e vendendo ações para equilibrar o mercado e o preço.
Agentes de rating: classifica os títulos de renda fixa de acordo com o risco da empresa.
O IPO é uma opção de geração de recurso financeiros. Consiste na abertura de capital da empresa com
o intuito de atrair novos investidores, e os investidores, por sua vez, têm a possibilidade de se tornarem
sócios da companhia.
✓ Ofertas primárias
Representam a venda de ações novas e o recurso obtido vai diretamente para o caixa da empresa. Ocor-
rem por meio do aumento do capital social e trazem recursos novos para a companhia.
✓ Ofertas secundárias
Diferente das ofertas primárias, as ofertas secundárias consistem na comercialização de ações que já
existiam e pertenciam aos que já eram sócios da empresa. O recurso obtido fica com o sócio anterior e
o caixa da companhia não é impactado de maneira alguma no processo.
O processo de colocação de ações possui algumas etapas, desde pesquisa de levantamento de intenções
dos investidores em relação ao público até a colocação dos ativos, de fato, para veiculação no merca-
do. Por se tratar de uma captação de poupança pública, a CVM fiscaliza todo o processo, garantindo a
segurança do investidor.
✓ O que é bookbuilding?
O bookbuilding é um excelente calibrador do mercado. Por meio dele, é possível entender a expectativa
do mercado e dos investidores com relação às ações que serão lançadas.
Nada mais é que o equilíbrio entre a expectativa da empresa emissora com a comercialização dos pa-
péis, e a expectativa do que o público acha justo pagar por elas após ter acesso às características da
empresa e dos papéis.
✓ O que é rateio?
O rateio funciona por meio da divisão das ações de maneira proporcional à quantidade de ações que
se estimava comprar. Lembrando que o rateio não é realizado sobre o valor das ações, mas sim pela
quantidade de papéis emitidos.
O rateio de IPO funciona a partir da divisão das ações que a empresa está disposta a emitir pela quan-
tidade de investidores interessados.
A oferta pública de aquisição de ações (OPA) é o caminho inverso do IPO. Ocorre quando ao invés de
colocar as ações à disposição do público no mercado, a companhia vai atrás de tomar para si novamente
tais ações. Para isso, é lançada uma proposta por parte da empresa para compra das ações no mercado.
✓ OPA’s obrigatórias
Reguladas pela Lei 6404/76, as OPA’s obrigatórias ocorrem quando há cancelamento de registro de
companhia aberta, aumento na participação societária de algum acionista controlador que afete a
liquidez do papel, e em caso de alienação de controle acionário.
Cancelamento do registro: processo de retirada total das ações do mercado com o intuito de fechar
a companhia.
Aumento de participação do acionista controlador que afete a liquidez: neste caso, a OPA visa ga-
rantir a liquidez dos acionistas minoritários de uma companhia aberta. Quando ocorre o aumento da
participação do acionista controlador, há uma consequente redução de ações em circulação, o que
diminui a liquidez do título.
✓ OPA’s voluntárias
Não existem normas específicas para OPA’s voluntárias, elas são realizadas unicamente por vontade do
ofertante de realizar a aquisição por oferta pública. Isso pode acontecer quando a companhia quiser
diminuir o nível de governança corporativa ou quando determinar que suas ações estão sendo nego-
ciadas a valores muito baixos.
A OPA sempre será direcionada sem distinção aos titulares de ações de mesma espécie e classe daqueles
objetos da oferta pública de aquisição de ações, e deve ser realizada de maneira a garantir tratamento
equitativo a todos os investidores.
A regulação da recuperação judicial, extrajudicial e a falência de sociedade empresarial é feita pela Lei
11.101/2005.
A recuperação judicial tem o intuito de evitar a falência de uma empresa que está passando por dificul-
dades para se recuperar de dívidas, trata-se de um acordo entre empresa e credores. Cabe ressaltar que
o acordo não suspende os negócios da empresa, apenas alonga os prazos de pagamento aos credores
com revisão das condições.
Após efetivada a recuperação judicial, os negócios com os ativos da empresa na B3 são suspensos pelo
período de 30 dias, podendo este prazo ser prolongado. Nesse período, o investidor não pode negociar
seus títulos até o encerramento do prazo determinado. A suspensão da negociação dos valores mobi-
liários em caso de recuperação judicial também é uma determinação da Instrução CVM 461/07.
Caso a empresa tenha sucesso e quite suas dívidas, poderá tocar seus negócios e os acionistas poderão,
novamente, negociar suas ações – que voltarão, inclusive, a serem lucrativas.
Quando não há êxito na recuperação judicial, ou seja, quando a empresa não apresenta o plano de
ação no prazo de 60 dias ou os credores não aceitam as soluções oferecidas, a recuperação judicial se
transforma em falência da sociedade. À vista disso, os credores recebem de volta o dinheiro que inicial-
mente foi emprestado para a empresa - a ser pago através da liquidação das garantias oferecidas para
casos como esse. Após o pagamento junto aos detentores da dívida de crédito, os acionistas recebem
um valor proporcional à participação no capital social.
6. RATING
6.1 Conceitos
Do ponto de vista do mercado financeiro, rating é uma classificação, uma nota de risco atribuída a um país
e empresas de acordo com seu risco, ou seja, avalia a capacidade de cada país em honrar suas dívidas.
A classificação de risco atribuída a um país ou empresa é feita pelas agências de rating, que avaliam
diversos aspectos financeiros, econômicos e políticos. Existem várias agências que fazem essa classifi-
cação de risco, sendo as três principais Standard e Poor’s (S&P), Moody’s e Fitch.
• Fluxo de caixa;
• Demonstrações contábeis, como o balanço patrimonial e a demonstração de resultado do exer-
cício;
• Taxas de juros;
• Momento político atual do país.
As notas são atribuídas de AAA (melhor avaliação, ou seja, menor risco) até DDD (muito risco, possi-
bilidade de falência). Quanto menor a nota, maior será a taxa de juros exigida pelos investidores em
função do risco daquele emissor.
As notas atribuídas pelas agências não são definitivas. Elas podem ser alteradas caso haja uma mudança
no quadro financeiro dos agentes econômicos.
✓ Soberano
O rating de crédito soberano avalia a qualidade do crédito do governo dos países num horizonte de longo
prazo, ou seja, a capacidade do país emissor honrar suas dívidas com moeda doméstica ou estrangeira.
É o risco geral, o qual pode ser chamado de risco sistemático (risco do sistema com um todo). Contudo,
ele não leva em consideração o risco do setor privado e as empresas de infraestrutura.
Esta classificação pode ser feita tanto de forma qualitativa (considerando o risco político, estabilidade e
participação popular no âmbito político) quanto quantitativa (relacionada ao desempenho econômico
e financeiro).
✓ Corporativo
O rating corporativo avalia a qualidade do crédito das instituições privadas no longo prazo, ou seja, a
capacidade da empresa honrar com suas dívidas. Da mesma forma que o rating soberano, são avaliados
aspectos quantitativos a partir da análise das demonstrações contábeis, e aspectos qualitativos, como:
No rating corporativo também é levada em consideração a reputação da empresa, pois esse critério
interfere diretamente na performance financeira e na capacidade de crescimento e de pagamento de
dívidas.
✓ Operações estruturadas
O rating de operações estruturadas demonstra a qualidade do crédito de uma empresa ou grupo eco-
nômico que realiza operações estruturadas, ou seja, mensura o risco da contraparte relacionado às suas
obrigações nos contratos financeiros.
7. FUNDOS DE INVESTIMENTO
7.1 Conceitos e tipos de fundos
A propriedade dos ativos de um fundo de investimento é do condomínio. A cada um, cabe a fração ideal
representada pelas cotas.
Cada fundo de investimento tem um CNPJ único, e como seus ativos pertencem aos cotistas, os fundos
não contam com a garantia do Fundo Garantidor de Créditos (FGC).
• Regulamento;
• Declaração de adequação à legislação;
• Registro em cartório;
• Nome do auditor independente;
• Inscrição do CNPJ;
• Lâmina de informações essenciais.
✓ Transferência de titularidade
A cota de um fundo de investimento aberto só pode ser objeto de cessão ou transferência de titulari-
dade em casos atípicos.
✓ Chinese wall
O chinese wall é um conjunto de medidas que uma instituição financeira toma para separar a gestão
dos seus próprios recursos em relação aos recursos e interesses de terceiros. São seus objetivos:
• Demonstrações contábeis;
• Substituição do administrador, gestor ou custodiante;
• Fusão ou incorporação;
• Aumento da taxa de administração;
• Alteração da política de investimento;
• Emissão de novas cotas;
• Alteração do regulamento do fundo de investimento.
A convocação para a assembleia geral de cotistas deve ser feita por correspondência, a ser encaminha-
da para cada cotista com pelo menos 10 dias de antecedência em relação a data de realização.
A Assembleia geral poderá ser instalada com a presença de qualquer número de cotistas.
Em regra, as deliberações serão tomadas por maioria de votos, cabendo a cada cota um
voto.
_
Fonte: Portal do Investidor | “Assembleia geral de cotista”.
✓ AGO x AGE
Assembleia geral ordinária (AGO): é realizada anualmente para deliberar as demonstrações contábeis
do fundo em até 120 dias após o término do exercício social.
Assembleia geral extraordinária (AGE): reunião de acionistas, realizada conforme especificado na lei
e/ou estatuto da companhia. A convocação não é obrigatória.
O cotista deve ser informado acerca do objetivo, política, taxas e carência do fundo de investimento.
• Os investimentos em fundos não são garantidos pelo administrador, ou por qualquer mecanis-
mo de seguro, ou pelo FGC;
Fundos fechados: há uma definição quanto ao término do prazo de duração ou data de vencimento
específica para saída.
Atenção!
Os fundos de investimento podem ter ou não carência.
Gestor: é o responsável pela compra e venda de títulos, bem como pela estratégia do fundo de inves-
timento.
Auditor independente: analisa a contabilidade do fundo e emite um parecer dizendo se está tudo em
ordem, garantindo transparência às cotas.
✓ Taxas
Taxa de administração: é um percentual pago pelos cotistas; expressa ao ano e deduzida diariamente;
a cobrança afeta o valor da cota; a rentabilidade divulgada é sempre livre da taxa de administração.
Taxa de performance: supera o benchmark; é cobrada após as despesas e taxa de administração; utiliza
a metodologia chamada de Linha D’Água4; tem periodicidade semestral.
Taxa de ingresso ou saída: taxa cobrada por alguns fundos no momento da aplicação e no momento
do resgate. Não é mais comum.
✓ Documentos do fundo
Lâmina de informações essenciais: atualizada até o dia 10 de cada mês, a lâmina informa de maneira
concisa as principais características do fundo, tais como público-alvo, restrições de investimento, ca-
rência, condições de resgate, composição da carteira, classificação de risco etc.
Termo de adesão e ciência de risco: no documento o cotista atesta que teve acesso ao inteiro teor do
regulamento, da lâmina e do formulário de informações complementares.
✓ Estratégias de gestão
Aplicação x resgate: gestão ligada à utilização de novos aportes do fundo para compra de novos ativos.
4 Linha D’Água: é o próprio benchmark ou índice de referência. A taxa de performance só poderá ser cobrada quando
o fundo tiver uma rentabilidade maior do que a linha d’água.
Fundo passivo (indexado) x fundo ativo: a gestão passiva tem como objetivo replicar o desempenho
do benchmark, enquanto a gestão ativa tem como objetivo superar o benchmark.
Fundo alavancado (superior ao PL): este tipo de estratégia é utilizado por fundos de investimentos
que utilizam dinheiro emprestado para aplicar em ativos financeiros.
O administrador poderá suspender novas aplicações no fundo, desde que isso se aplique tanto aos
novos investidores quanto aos cotistas atuais.
Fundos de renda fixa: tem 80% de seu patrimônio líquido aplicado em ativos de renda fixa expostos
à variação da taxa de juros ou a um índice de preços. Quando adicionada a expressão “longo prazo”, o
prazo médio da carteira deve ser superior a 365 dias. Nos fundos de renda fixa é vedada a cobrança de
taxa de performance.
Fundos de renda fixa de curto prazo: apresentam menos volatilidade (principalmente pós-fixado),
aplicam em título público federal ou privado de baixo risco, com prazo máximo de 375 dias e prazo
médio da carteira inferior a 60 dias. Nos fundos de renda fixa de curto prazo é vedada a cobrança de
taxa de performance.
Fundos de renda fixa referenciados: devem manter no mínimo 95% de seu patrimônio líquido inves-
tido em ativos que acompanhem o indicador e ter no mínimo 80% do patrimônio representado por
títulos públicos federais, ativos de renda fixa considerados de baixo risco de crédito ou cotas de fundos
de índice que invistam em ativos com essas características. Nos fundos de renda fixa referenciados é
vedada a cobrança de taxa de performance.
Fundos de renda fixa simples: devem manter no mínimo 95% de seu patrimônio em títulos públicos
federais, operações compromissadas neles lastreadas ou títulos de emissão de instituições financeiras
de risco de crédito no mínimo equivalente ao risco soberano. Dispensa o termo de adesão e ciência de
risco.
Fundos de renda fixa dívida externa: mantêm no mínimo 80% de seu patrimônio líquido em títulos
representativos da dívida externa de responsabilidade da União. Investem em papéis brasileiros nego-
ciados no exterior (exclusivos para essa modalidade de fundo). Os fundos de renda fixa dívida externa
podem cobrar taxa de performance.
Fundos cambiais: mantêm no mínimo 80% de seu patrimônio líquido ligado ao preço de moeda es-
trangeira ou variação do cupom cambial. A aplicação é feita em real (R$) e os fundos cambiais não
acompanham a cotação do dólar.
Fundos de ações: investem no mínimo 67% de seu patrimônio líquido em ações negociadas no mercado
à vista e trata-se de um investimento com vistas para o longo prazo. Os fundos de ações podem cobrar
taxa de performance.
Macro trading é uma estratégia voltada para investimentos mais curtos, no cur-
to prazo, e mais exposta a sensibilidades de precificação.
Fundos multimercados: estão expostos a vários fatores de risco, podem usar derivativos para alavan-
cagem e podem cobrar taxa de performance.
Fundos de crédito privado: mantêm mais de 50% de seu patrimônio líquido em crédito privado, de-
vem conter a expressão “crédito privado” em sua nomenclatura. No regulamento, prospecto e material
de venda do fundo devem constar, em destaque, o alerta de que o fundo está sujeito a risco de perda
substancial de seu patrimônio líquido em caso de eventos que acarretem o não pagamento dos ativos
integrantes de sua carteira.
Exchanged traded funds (ETF): são fundos de investimento em índice, com cotas negociáveis somente
em bolsa, que mantêm no mínimo 95% de seu patrimônio aplicado em valores mobiliários ou ativos
de renda variável autorizados pela CVM, na proporção em que estes integram o índice de referência,
ou em posições compradas no mercado futuro do índice de referência, de forma a refletir a variação
da rentabilidade de tal índice. Ao investir em um ETF você está investindo, ao mesmo tempo, em uma
carteira de ações de diferentes companhias. 7
Exemplos de ETF
BOVA11 – Ibovespa
BRAX11 – IBrX-100
SMAL11 – Small Cap
PIBB11 – IBrX-50
Fundos de investimento em direitos creditórios (FIDC): tipo de aplicação em que a maior parte dos
recursos é destinada à aquisição de direitos creditórios. Os direitos creditórios vêm dos créditos que
uma empresa tem a receber, como duplicatas, cheques, contratos de aluguel, entre outros. O direito
de recebimento desses créditos é negociável, ou seja, a empresa o cede a terceiros e isso é feito por
meio de um FIDC.
Risco FIDC
- Benefícios do FIDC
- Tipos de cotas
Cota sênior: aquela que não se subordina às demais para efeito de amortização e resgate.
Cota subordinada: aquela que se subordina à cota sênior.
Fundos de investimentos em participações (FIP): são constituídos sob a forma de condomínio fechado
e não há aplicação mínima. Os FIP foram criados para se investir ativamente por meio da compra de
participações em empresas ou empreendimentos específicos. O acesso às aplicações em FIP é restrito
a investidores qualificados (instituições financeiras, companhias seguradoras e sociedades de capita-
lização, entidades abertas e fechadas de previdência complementar etc.).
O fundo deverá participar do processo decisório da companhia investida, com efetiva influência na
definição de sua política estratégica e gestão por meio da indicação de membros do conselho de ad-
ministração. O FIP deve manter no mínimo 90% de seu patrimônio investido em ações, debêntures,
bônus de subscrição ou outros títulos e valores mobiliários conversíveis ou permutáveis em ações de
emissão de companhias, abertas ou fechadas, que o fundo tenha por objetivo participar do processo
decisório, podendo incluir na sua carteira compromissos de investimento para posteriores chamadas
de aporte de capital.
Fundos off-shore: investem recursos no exterior, sendo sua sede formalmente localizada no exterior
e o gestor localizado no Brasil.
• Até 100% do patrimônio líquido do fundo pode estar investido em ativos de emissão da União,
como os títulos do Tesouro Nacional, pós e prefixados.
• No máximo 20% do patrimônio líquido do fundo podem ser aplicados em ativos de emissão de
instituições financeiras, como bancos e outras instituições autorizadas a funcionar pelo Bacen.
• No máximo 10% do patrimônio líquido do fundo podem ser aplicados em ativos de emissão de
companhias abertas ou fundos de investimento.
✓ Carteira administrada
Gestão discricionária: permite delegar a gestão da totalidade ou de parte dos ativos a uma equipe
profissional e experiente.
Gestão não discricionária: mesmo que um fundo ou recursos de uma carteira seja administrado por
terceiros, o investidor é o gestor dos recursos, tomando todas as decisões de acordo com a sua vontade.
Carteira administrada: voltada para quem tem maior volume de recursos e menos tempo disponível
para administrá-los.
Fundos de investimento: voltados para quem tem menos recursos e mais familiaridade com o mercado.
Objetivos
Os principais documentos dos fundos de investimento que devem ser elaborados e divulgados pelo
administrador são:
Cabe também ao administrador o registro das fichas de cadastro e do termo de adesão e ciência de
risco assinado pelo cotista ao ingressar no fundo.
Além desses documentos, os administradores devem divulgar aos cotistas informações periódicas e
eventuais.
É importante frisar que para divulgar rentabilidade, o administrador deve ter, no mínimo, seis meses de
registro na CVM, e que a marcação a mercado é obrigatória para fundos abertos e cabe ao administrador
divulgar a versão simplificada de como executa o apreçamento de ativos.
A marcação a mercado consiste em registrar todos os ativos, para efeito de valorização e cálculo de
cotas dos fundos de investimento, pelos respectivos preços negociados no mercado em casos de ativos
líquidos ou, quando este preço não é observável, por uma estimativa adequada de preço que o ativo
teria em uma eventual negociação feita no mercado.
A MaM tem como principal objetivo evitar a transferência de riqueza entre os cotistas dos fundos de
investimento, além de dar maior transparência aos riscos embutidos nas posições, uma vez que as
oscilações de mercado dos preços dos ativos, ou dos fatores determinantes destes, estarão refletidas
nas cotas, melhorando assim a comparabilidade entre duas performances.
Além disso, a MaM evita que as aplicações e resgates de cotas de fundos sejam feitos com a precificação
dos ativos fora do valor de risco.
Portal do Investidor – Fundos de investimento renda fixa. Acessado em set. 2021. Disponível em https://
www.investidor.gov.br/menu/Menu_Investidor/fundos_investimentos/rendafixa.html.
Portal do Investidor – Principais documentos e informações dos fundos de investimentos. Acessado em
set. 2021. Disponível em https://www.investidor.gov.br/menu/Menu_Investidor/fundos_investimentos/
documentos_informacoes.html.
Bússola do Investidor - Assembleia geral extraordinária (AGE). Acessado em set. 2021. Disponível em
https://www.bussoladoinvestidor.com.br/abc_do_investidor/assembleia_geral_extraordinaria_age/.
Suno - Como o Chinese Wall evita o conflito de interesses nas instituições financeiras?. Acessado em
set. 2021. Disponível em https://www.suno.com.br/artigos/chinese-wall/.
Anbima - Guia para publicidade e divulgação de material técnico de fundos de investimento. Acessado
em set. 2021. Disponível em https://www.anbima.com.br/Gerador_Publicidade/cvm.asp.
LOUZADA, Fabio. Apostila CEA. São Paulo: EMB Editora, 2021.
8. QUESTÕES | MÓDULO 02
1. Qual o retorno exigido de uma carteira de mercado considerando que a taxa livre de risco é de 3%, o
prêmio de risco é 4% e o beta da carteira é de 1,5?
a) 9%.
b) 4,5%.
c) 3%.
d) 8,5%.
I - O mercado de balcão organizado tem em sua prateleira de produtos, ativos padronizados com prazo
de vencimento, preço e quantidade estabelecidos pelo mercado;
II - Na bolsa de valores há a possibilidade de que a operação seja feita de maneira personalizada e única,
podendo a negociação ser feita diretamente entre as partes;
III – Na bolsa de valores as negociações de um mesmo ativo vão para um sistema centralizador, onde,
então, é feito a negociação de diversos ativos.
Quais afirmações estão incorretas?
a) I e II estão incorretas.
b) III está incorreta.
c) I e III estão incorretas.
d) I, II e III estão incorretas.
6. Sobre as formas de garantia e cobertura em operações, podemos dizer que a menos segura para
contraparte é quando:
a) O COPOM.
b) A bolsa de valores é fiscalizada pelo Bacen e pela CVM.
c) Somente o Bacen.
d) Somente a CVM.
8. Dentre os índices setoriais, qual deles medem a variação de preços das 100 ações mais negociadas
na B3, excluindo-se estatais e bancos?
a) IBRX-100.
b) FGV-100.
c) ICON-100.
d) IMAT- 100.
11. Não são preferências que os acionistas detentores de ações preferenciais adquirem com suas ações:
a) Têm direito a voto se a empresa não distribuir dividendos por três anos consecutivos.
b) Não têm preferência sobre as ordinárias no pagamento de dividendos caso os lucros sejam insufi-
cientes.
c) Têm preferência no reembolso do capital, em caso de liquidação da sociedade.
d) Todas as alternativas estão corretas.
14. Um investidor busca ativos no mercado financeiro que tragam possibilidades maiores de renta-
bilidade, independente do risco da operação. Se a escolha for por debêntures, qual garantia deve ser
escolhida por esse investidor?
a) Real.
b) Fidejussória.
c) Quirografária.
d) Subordinada.
15. O investidor pessoa física busca ativos que possam lhe conceder benefício fiscal. Sendo assim, qual
ativo melhor se encaixa ao seu objetivo?
a) CDB.
b) Debênture simples.
c) Debênture incentivada.
d) Debênture conversível em ações
a) Possibilitam ao emissor alterar a forma de negociação na reunião de repactuação, caso esta possi-
bilidade de alteração esteja descrita na escritura da emissão.
b) São ativos financeiros de renda fixa emitidos por S.A. financeira e não financeira. A diferença é que
a S.A. financeira não pode realizar a oferta pública.
c) Segue a tributação da tabela regressiva de imposto de renda.
d) Não existe regra para valor de emissão.
17. As debêntures não possuem proteção do Fundo Garantidor de Créditos, mas possuem garantias
específicas. É uma garantia adicional e opcional:
a) Fidejussória.
b) Subordinada.
c) Quirografária.
d) Fidedigna.
18. As notas promissórias são títulos de renda fixa emitidas por S.A. não financeira de capital aberto e
fechado. Sobre o prazo deste título, é correto afirmar:
a) Há prazo máximo de 180 dias para títulos emitidos por S.A. não financeira de capital fechado e de
360 dias para títulos emitidos por S.A. não financeiras de capital aberto.
b) Há prazo máximo de 360 dias para títulos emitidos por S.A. não financeira de capital fechado e de
180 dias para títulos emitidos por S.A. não financeira de capital aberto.
c) Há prazo máximo de 180 dias para títulos emitidos por S.A. não financeira de capital fechado e de
180 dias para títulos emitidos por S.A. não financeira de capital aberto.
d) Nenhuma das alternativas está correta.
19. Uma companhia que realiza a venda de parte de suas ações de forma privada e direta ao interessado
será uma companhia:
a) Aberta.
b) Fechada.
c) Composta.
d) Mista.
a) I e II.
b) II e III.
c) I.
d) II.
21. A diferença entre a distribuição primária e a distribuição secundária se dá, principalmente, pelo
fato de:
a) A primeira ser conhecida como follow on, na qual o dinheiro vai para o caixa da empresa, e a segunda
ser realizada via home broker.
b) A segunda ser conhecida como IPO e o dinheiro ir para a empresa, e a primeira ter circulação de
dinheiro entre investidores.
c) A primeira ser destinada ao caixa da empresa, e a segunda ser realizada entre investidores no mer-
cado secundário.
d) A primeira garantir fluxo de caixa para empresa e investidores, e a segunda ser realizada via follow on.
22. Qual oferta pública oferece maior risco para a empresa emissora?
a) Garantia firme.
b) Melhores esforços.
c) Stand-by.
d) Residual.
25. João da Silva vai investir em uma debênture sem liquidez, com vencimento em 4 anos e pagamento
de cupons semestrais. Ele verificou que o rating da empresa emissora foi alterado de A para BBB. Desta
forma, a rentabilidade do investimento de João:
26. O rating de uma empresa foi alterado de A para AA. Neste caso, se a empresa emitir uma nova de-
bênture, irá:
I. O rating do tipo soberano avalia a qualidade do crédito do governo dos países num horizonte do
longo prazo.
II. O rating do tipo corporativo demonstra a qualidade de crédito de uma empresa ou grupo econômico
que realiza operações estruturadas.
III. O rating do tipo corporativo avalia a qualidade do crédito no horizonte de curto prazo.
b) I e II.
c) I.
d) II e III.
28. Quem é o responsável pela compra e venda de títulos, bem como pela estratégia do fundo de in-
vestimento?
a) Gestor.
b) Custodiante.
c) Distribuidor.
d) Auditor independente.
29. Segregação da administração de recursos de terceiros das demais atividades da instituição, que
ocorre para evitar conflito de interesses. Essa separação é conhecida como:
a) Chinese wall.
b) Day trade.
c) Swap.
d) Marcação a mercado (MaM).
30. A metodologia utilizada pelos fundos para calcular a taxa de performance, é conhecida como?
a) Chinese wall.
b) Marcação a mercado.
c) Come-cotas.
d) Linha D’Água.
O regime de capitalização contínua é muito utilizado nas operações financeiras nos Estados Unidos
e em outros países, conforme explica José Roberto Kassai no livro “Retorno de investimento” (2005).
No Brasil, as operações mais comuns de mercado estão sujeitas ao regime de capitalização composta.
Na capitalização contínua, os juros são cobrados a cada instante infinitamente. Para saber os juros
de um determinado empréstimo para um período de 30 segundos, por exemplo, é preciso aplicar a
fórmula a seguir.
FV = PV x e ¹. N
Em que:
PV = valor presente;
E = número constante;
I = taxa de juros.
Diferente da capitalização contínua, na descontínua os juros são formados somente ao final de cada
período de capitalização. Se, por exemplo, a taxa de juros é de 2% ao mês, os juros serão pagos ao mês,
não em horas, dias ou semanas como na contínua.
Dentro da capitalização descontínua, temos dois regimes: capitalização simples e capitalização com-
posta.
1.1 Juros simples versus juros compostos: valor futuro e valor atual
O regime de capitalização composta é o famoso “juros sobre juros”, e tende a ser o preferido de inves-
tidores e instituições financeiras.
Nesse regime, o montante inicial cresce de maneira geométrica ao longo do tempo, e o valor principal
acrescido de juros em um dado período serve como base de cálculo para os juros do período subse-
quente.
Exemplo
Fábio aplicou R$ 10.000,00 pelo prazo de 12 meses, com taxa de 1% a.m. Quan-
to Fábio irá resgatar, desconsiderando o imposto de renda?
Regime simples
100.000,00 = R$112.000,00
Neste caso, considera-se 12% em cima do valor investido, simplesmente.
Regime composto
100.000,00 = R$112.682,50
No regime composto é capitalizado mensalmente em cima do valor total (apor-
te + rendimento).
Segundo Alexandre Assaf Neto mostra no livro “Mercado financeiro” (2017), temos a seguinte fórmula
para calcular a taxa equivalente:
Em que:
iq = taxa equivalente;
it = taxa de juros;
q = número de períodos para capitalização;
t = número de períodos base.
Utiliza-se a taxa equivalente no regime de capitalização composto quando temos um período diferente
da taxa.
Exemplo
Ainda de acordo com Alexandre Assaf Neto, para o cálculo de taxas proporcionais é utilizada
a seguinte fórmula:
Em que:
N1 = prazo taxa 1;
N2 = prazo taxa 2;
I1 = percentual taxa 1;
I2 = percentual taxa 2.
Exemplo
10 / 12 = 0,83%
A taxa nominal nada mais é do que a taxa contratada, ou seja, é a taxa que vemos no extrato
de uma operação financeira.
Exemplo
Na taxa real, é considerada a taxa nominal e a inflação do período. Sendo assim, ela representa
o quanto realmente o investidor ganhou.
A taxa interna de retorno (TIR) é utilizada para analisar o percentual de retorno financeiro de um pro-
jeto ou investimento.
A TIR é a taxa de desconto aplicada quando calculamos a projeção de um fluxo de caixa, ou seja, a pre-
visão de receitas em um determinado período, considerando o investimento inicial. Ela é necessária
para saber o valor presente líquido (VPL), o ganho real do investimento.
Na prática é utilizada por investidores e especialistas para saber se determinado investimento é ou não
viável.
PINHEIRO, Juliano Lima. Mercado de capitais: fundamentos e técnicas. 9ª edição. São Paulo: Atlas, 2019.
NETO, Alexandre Assaf. Mercado financeiro. São Paulo: Atlas, 2017.
KASSAI, José Roberto. Retorno de investimento. São Paulo: Atlas, 2005.
2. ESTATÍSTICA BÁSICA
2.1 Medidas de retorno: média aritmética e geométrica
Média aritmética e média geométrica são medidas de dados centrais de um rol de números, utilizadas
em dados descritivos.
Média geométrica: medida estatística utilizada quando os dados crescem de maneira sucessiva. Obte-
mos a média geométrica extraindo a raiz quadrada da multiplicação dos temos.
Exemplo
XG = 2x8 = 16
XG = Raiz quadrada de 16 = 4
Média aritmética: medida estatística muito utilizada no dia a dia, também conhecida como média sim-
ples. Obtemos a média aritmética somando os elementos e dividindo pela quantidade de elementos
que a amostra possui.
Exemplo
XA = 2 + 8 / 2 = 10
✓ Variância
Mede o grau de dispersão de um conjunto de dados. É dado pelos desvios em relação à média desse
conjunto.
✓ Desvio padrão
A variância possui um problema de construção como medida de dispersão de dados: ela apresenta
uma unidade de medida igual ao quadrado da unidade de medida dos dados originais. Esse problema
é resolvido extraindo a raiz quadrada da variância, o que chamamos de desvio padrão.
✓ Covariância
A covariância é uma medida que avalia como as variáveis X e Y se inter-relacionam de forma linear, ou
seja, como Y varia em relação a uma determinada variação de X.
Quando a covariância é positiva, duas variáveis tendem a variar na mesma direção, isto é, se uma sobe,
a outra tende a subir e vice-versa. Quando a covariância é negativa, duas variáveis tendem a variar em
direções opostas, isto é, se uma sobe a outra tende a cair e vice-versa. Quanto mais próxima de zero
for a covariância, menor a possibilidade de se identificar um comportamento interdependente entre
as variáveis.
Fórmula
✓ Correlação
Porém, a covariância é uma medida dimensional, sendo afetada pelas unidades de medida das séries
X e Y. Para corrigir esse problema da covariância, chegou-se à medida de correlação, que é um número
adimensional que varia entre – 1 e 1 (inclusive).
Fórmula
PINHEIRO, Juliano Lima. Mercado de capitais: fundamentos e técnicas. 9ª edição. São Paulo: Atlas, 2019.
Mundo Educação – Matemática. Acessado em out. 2021. Disponível em https://mundoeducacao.uol.
com.br/matematica.
LOUZADA, Fabio. Apostila CEA. São Paulo: EMB Editora, 2021.
Os títulos públicos federais (TPF) são emitidos com exclusividade pelo Tesouro Nacional.
Há três tipos de títulos públicos: Tesouro Prefixado, Tesouro Selic e Tesouro IPCA. Cada um deles
possui características próprias que podem se adequar a diferentes estratégias de investimento.
Tesouro Selic: a rentabilidade é variável e acompanha a taxa Selic desde a aquisição do título até o seu
vencimento.
Tesouro IPCA: é um título híbrido, ou seja, a rentabilidade é composta por uma parte variável, que acom-
panha o IPCA (usado para medir a inflação), e uma parte fixa, determinada no momento da aplicação.
✓ Mercado primário
No mercado primário os emissores lançam seus títulos e ações para aquisição por parte dos primeiros
investidores. Nele a negociação ocorre entre tomadores e investidores.
✓ Mercado secundário
No mercado secundário os ativos são negociados após a sua emissão. Nele a negociação ocorre entre
investidores e instituições financeiras.
Canais de distribuição são os meios que as empresas utilizam para distribuir os títulos aos investidores.
Os títulos podem ser adquiridos via corretoras de valores mobiliários, bancos, cooperativas e bancos
de investimento.
Já o Tesouro Direto é um programa criado em 2002, pelo Tesouro Nacional, que permite investimentos
em títulos públicos. Na prática, o investidor empresta dinheiro para o governo – que paga juros em
troca (rentabilidade).
O CDB é um título privado criado para captar recursos de investidores pessoas físicas ou jurídicas, por
parte dos bancos. É um investimento protegido pelo FGC.
Pode ser emitido por bancos comerciais, bancos de investimento ou bancos múltiplos (que devem ter,
pelo menos, uma carteira comercial ou de investimentos).
A rentabilidade deve ser prefixada ou pós (não pode haver variação cambial).
CDB Prefixado: nele a taxa é fixada no início da operação e mantida até o vencimento.
CDB Pós-fixado: nele o rendimento é atrelado ao CDI, TR, TBF, IGP-M, TLP, IPCA etc.
CDB Híbrido: nada nada mais é que uma união do CDB Prefixado com o Pós-fixado (taxa pré + pós).
✓ Letra de Câmbio - LC
A Letra de Câmbio é uma ordem de pagamento à vista ou a prazo, criada através de um ato chamado
de saque.
✓ Letra Hipotecária - LH
As Letras Hipotecárias são títulos de renda fixa com lastro no setor imobiliário, emitidos por instituições
financeiras que realizam financiamento neste setor.
Os títulos de renda fixa, públicos ou privados, sofrem marcação a mercado, que nada mais é do que
atualizar diariamente o valor da cota daquele ativo de acordo com as perspectivas do mercado. Seu
objetivo é evitar a riqueza entre cotistas.
Se o investidor levar o título até o vencimento, não tem com o que se preocupar, pois irá receber exata-
mente o valor acordado na contratação da negociação. Porém, se resgatar antecipadamente, ele pode
sofrer com a marcação a mercado, tanto de forma negativa quanto positiva.
A marcação pela curva do papel é o oposto da marcação a mercado, que atualiza o valor da cota diaria-
mente. Na curva do papel, a regra é calcular o valor presente do título, ou seja, o valor que o investidor
pagou pelo título e multiplicar por 1 mais os juros elevados no período. Neste caso, o valor presente do
título é corrigido diariamente pela taxa acordada até o vencimento.
Contudo, esse modelo de marcação pela curva do papel não é o adotado no Brasil, porque o Banco
Central entende que essa metodologia pode prejudicar alguns investidores. Se determinado investidor
resgatar antecipadamente o título, pode gerar prejuízo para o investidor que levar até o vencimento.
Nos títulos pós-fixados o valor presente do título é corrigido diariamente pelo indexador do papel (taxa
Selic ou CDI).
Já nos títulos prefixados, para descobrirmos o preço unitário devemos dividir o valor futuro pela taxa
acordada por meio da fórmula:
A estrutura a termo das taxas de juros, também como conhecida como Yield Curve ou curva de juros,
avalia o valor de mercado dos títulos em diferentes prazos de vencimento, ou seja, é uma demonstração
gráfica de como o mercado está apreçando o risco.
Humberto Veiga, no livro digital “Curso básico de investimentos” (2010), explica que a estrutura a termo
da taxa de juros nada mais é do que, para cada prazo de vencimento, quanto o mercado demanda de
juros.
Na construção gráfica, considerando rendimentos e vencimentos de títulos de renda fixa, é feito o cál-
culo do que o mercado projeta para as taxas de juros no futuro, de acordo com as condições atuais da
economia e do mercado.
Na prática, a estrutura a termo demonstra se o mercado demanda taxas mais altas ou baixas para em-
prestar dinheiro de acordo com o cenário econômico, político e fiscal.
Duration é o prazo médio no qual o detentor de um título prefixado irá recuperar o investimento feito
ao adquirir o papel. Logo, quanto maior a duration, mais tempo o investidor vai levar para receber de
volta o montante investido. Da mesma forma, quanto menor o duration, mais rápido o investimento
irá se pagar.
A duration será igual ao vencimento se não houver pagamento de cupom, já que todo o valor é recebido
no final, e nunca poderá ser maior do que o vencimento.
Fórmula
3.8 Tributação
O Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) incide sobre os rendimentos apenas nos primeiros trinta
dias da aplicação. Portanto, se o investidor solicitar o resgate dentro desse período, haverá cobrança.
Imposto de renda - IR
O imposto de renda (IR) incide apenas sobre os rendimentos e de forma regressiva, ou seja, quanto
maior o tempo de investimento, menor será a alíquota.
Seu Dinheiro – Títulos de renda fixa também podem se desvalorizar! Entenda como os preços dos títulos
públicos e privados são calculados. Acessado em out. 2021. Disponível em https://www.seudinheiro.
com/2019/renda-fixa/precificacao-de-titulos-publicos-e-privados/.
IPEA - TD 0447 - A Estrutura a Termo da Taxa de Juros: Uma Síntese. Acessado em out. 2021. Disponível
em https://www.ipea.gov.br/portal/index.php?option=com_content&view=article&id=3642.
VEIGA, Humberto. Curso básico de investimentos. São Paulo: Cursos Beto Veiga, 2020.
LOUZADA, Fabio. Apostila CEA. São Paulo: EMB Editora, 2021.
4. QUESTÕES | MÓDULO 03
1. Considere que os ativos X e Y possuem covariância igual a 11% e desvio padrão de 4,08 e 4,61, res-
pectivamente. Assim, conclui-se que a correlação entre estes dois ativos é de aproximadamente:
a) 0,584.
b) 0,456.
c) 0,351.
d) 0,125.
2. Os alunos de uma turma receberam as seguintes notas: 9, 9, 8, 7, 10, 10, 10, 9, 8. 6. Qual é a média
aritmética da turma?
a) 6,8.
b) 86.
c) 8,6.
d) 10.
4. Joana tem um perfil de investidor mais arrojado e deseja incluir debêntures na sua carteira de in-
vestimentos. Dentre as possibilidades, ela se interessou em aplicar R$ 200 mil, considerando que irá
receber ao longo de 5 anos a seguinte remuneração:
a) 12,77%.
b) 11,69%.
c) 11,03%.
d) 13,96%.
5. Paulo quer investir em um título que ofereça rentabilidade real e pague cupons semestrais. Qual dos
títulos abaixo você recomendaria para este investidor?
a) LFT.
b) NTN-B.
c) NTN-B (principal).
d) NTN F.
6. Calcule o preço unitário (PU) de uma LTN com vencimento para 470 dias e taxa negociada de 8,90% a.a.
a) 852,98.
b) 855,38.
c) 752,98.
d) 528,98.
7. Com relação ao imposto de renda em títulos de renda fixa, assinale a alternativa incorreta.
8. Mercado onde são negociados títulos entre tomador e investidor e pelo qual o valor investido vai
diretamente para a empresa.
a) Mercado primário.
b) Mercado secundário.
c) Mercado de ações.
d) Nenhuma das alternativas está correta.
10. O país está passando por um período de alta da taxa básica de juros. Para aproveitar esse momento,
o investidor deve aplicar em:
a) LTN.
b) LFT.
c) NTN-B.
d) CDB Prefixado.
12. Considere um título que possui valor presente de R$ 915,00, zero cupom e prazo para 10 anos. A
duration deste título será de:
a) 10 anos.
b) 10 anos e 5 meses.
c) 9 anos e 3 meses.
d) 9 anos.
13. Leonardo investiu em um CDB Prefixado e após 20 dias, precisou resgatá-lo. Sobre o valor resgatado
irá incidir:
14. Carlos realizou uma aplicação no valor de R$10.000,00, com taxa de 1,2% ao mês sobre regime de
capitalização simples. Após 10 meses, ele decidiu fazer o resgate. Qual será o valor resgatado, descon-
siderando taxas e imposto de renda?
a) R$10.120,00.
b) R$11.000,00.
c) R$11.266,90.
d) R$11.200,00.
15. Bruno investe em títulos públicos federais. O mais recente investimento escolhido por ele possui
taxa nominal de 7% a.a, porém, a inflação do período foi de 3,5% a.a. Qual será a rentabilidade real
desse título?
a) 3,38%.
b) 3,50%.
c) 10,50%.
d) 3,5%.
16. Um cliente quer fazer uma aplicação no valor de R$ 105.000,00, e irá resgatar R$ 45.000,00 em 30
dias, R$ 68.000,00 em 60 dias, R$ 27.000,00 em 90 dias, R$ 12.000,00 em 120 dias e R$ 17.500,00 em 150
dias. O custo de oportunidade é de 10% ao ano.
a) R$ 28.132,10.
b) R$ 31.455,22.
c) R$ 43.137,13.
d) R$ 61.380,02.
Utilizando um intervalo de confiança de 99%, a variação de retorno deste ativo para o próximo ano
será de:
a) -1 a 7.
b) -5 a 11.
c) -9 a 15.
d) 3 a 4.
18. Considere um investimento que possui média igual a 3 e desvio padrão igual a 1. A probabilidade
de que o retorno do investimento esteja entre 2 e 4 é de:
a) 68%.
b) 95%.
c) 99%.
d) 100%.
Seus contratos podem ser liquidados fisicamente (com a entrega de ativos como café, barril de petró-
leo, ouro, boi, soja, milho etc.) ou financeiramente (em dinheiro, por meio de ações e taxas de juros).
Além disso, os contratos são padronizados, ou seja, possuem prazo de liquidação, quantidade e forma
de cotação determinados. Podem ser negociados tanto no mercado à vista quanto no mercado futuro.
Os derivativos podem ser utilizados para diversas finalidades, como estratégia de hedge (proteção)
financeira, seguro contra riscos ou somente especulação.
No mercado de contratos a termo são realizados acordos privados de compra e venda de um ativo para
liquidação em data futura, por preço predeterminado.
✓ Características
Contratos não padronizados: itens do contrato são negociáveis entre as partes e os preços determina-
dos de forma privada pelo comprador e pelo vendedor. Os riscos são assumidos pela contraparte. Não
existe um mecanismo de segurança de recebimento (físico ou financeiro), portanto, tem risco de crédito.
Exemplo
✓ Tributação
Alíquota: 15%.
Compensação de perdas: as perdas incorridas poderão ser compensadas no próprio mês ou nos me-
ses seguintes em outras operações no mercado à vista, exceto no caso de perdas em operações de day
trade, que somente serão compensadas com ganhos auferidos em operações de day trade.
Neste mercado os contratos são muito semelhantes aos contratos a termo, pois são utilizados em
operações de compra e venda de uma certa quantidade de commodity ou ativo financeiro para uma
data futura, por um preço determinado pelas partes na data de negociação.
Todo contrato futuro tem um comprador e um vendedor, e cada um deles assume uma obrigação.
No vencimento a liquidação pode ser por entrega do ativo negociado (menos comum) ou liquidação
financeira.
Até o vencimento do contrato há o sistema de ajuste diário (mecanismo de acerto financeiro diário
pelas diferenças de preços).
Ajuste diário
A incerteza dos preços futuros é uma das maiores causas de ineficiência dos negócios. Por exemplo:
Contratos futuros negociados: boi gordo, milho, soja, etanol, café arábica, açúcar cristal especial,
Ibovespa, CDI e câmbio.
✓ Tributação
Alíquota: sobre o lucro líquido o investidor deve pagar 20% para operações de day trade com anteci-
pação de 1% na fonte, e 15% para operações normais com antecipação de 0,005% na fonte.
Fator gerador: o investidor deve calcular o resultado positivo dos ajustes diários no mês e o fato gerador
é a obtenção de ganhos sobre mercados futuros, ou seja, o encerramento da posição.
Compensação de perdas: as perdas incorridas poderão ser compensadas com os ganhos auferidos no
próprio mês ou nos meses subsequentes em outras operações de mercado futuro, exceto day trade.
Os contratos de opções representam acordos nos quais uma parte adquire o direito de comprar ou
vender um ativo a um preço preestabelecido, até certa data. Já a contraparte se obriga a vender ou
comprar esse ativo em troca de um único pagamento inicial.
Em ambos os casos, o direito adquirido na negociação tem prazo de validade (um dia ou um período),
refere-se a um produto denominado ativo-objeto (definido no contrato) e é exercido a um preço pre-
viamente estabelecido.
Exemplo
✓ Tipos de opções
Opções americanas: podem ser exercidas a qualquer momento ou em determinadas datas ou períodos
entre a data de emissão e a data de vencimento.
✓ Participantes
As opções vencem sempre na terceira segunda-feira do mês. Cada código deve carregar uma letra que
representa o mês de vencimento da opção e o tipo de opção (compra ou venda).
O valor intrínseco é a diferença entre o valor à vista da ação e o preço de exercício da opção de compra.
Exemplo
Neste caso, o titular tem o direito de comprar a ação pelo preço de exercício de
R$ 30,00, ou seja, ele ganhará R$ 5,00, pois a ação vale R$ 35,00 no momento.
VI = 35 – 30 = 5
VI = 5
VE = 5 – 2 = 3
A palavra swap significa troca. Neste sentido, um contrato de swap representa um acordo no qual as
contrapartes trocam fluxos futuros de caixa.
Este tipo de contrato não tem padronização, uma vez que ele atende necessidades específicas de prazo
e fluxo financeiro.
Swaps de taxas de juros, por exemplo, são utilizados por investidores para eliminar sua exposição a
taxas de juros incertas ou que causam algum tipo de descasamento no balanço.
Exemplo 1
Cliente possui dívida indexada à variação da inflação, mas não possui nenhum
tipo de receita que acompanha perfeitamente a inflação.
Exemplo 2
Cliente possui uma dívida em dólar com taxa de juros de 6% a.a. (linear), mas
quer trocar o risco cambial resultante pelo indexador CDI.
É um derivativo que tem risco de crédito, dada a possibilidade de que a contraparte não efetue o pa-
gamento contratado quando esta for devedora. A exigência de garantias é a forma convencional de
proteção contra esse tipo de risco.
✓ Tributação
Os hedgers atuam nestes mercados visando proteção contra as oscilações de preços dos ativos com
os quais trabalham. A principal preocupação do hedger não é obter lucro por meio de operações com
derivativos, mas garantir o preço de compra ou de venda de determinado ativo numa data futura e
eliminar o risco de variações adversas de preço.
Exemplo 1
Produtor agrícola que participa do mercado futuro e quer travar o preço de ven-
da, visando gerenciar o risco de queda da cotação da commodity produzida.
Exemplo 2
Uma empresa que tem um passivo em dólares. Como seu risco está associado
à alta do dólar, ela compra contratos de taxa de câmbio de reais por dólar no
mercado futuro.
3.2 Especuladores
Sua atuação consiste na negociação de derivativos apenas com o objetivo de ganhar o diferencial entre o
preço de compra e o de venda, não tendo nenhum interesse no ativo-objeto. A operação de especulação
mais conhecida é a de day trade, que consiste na abertura e no encerramento da posição no mesmo dia.
3.3 Arbitradores
O arbitrador é um participante que tem como objetivo o lucro, evitando assumir riscos diretamente. Sua
atividade consiste em identificar distorções de preços entre mercados e tirar proveito dessa diferença
ou da expectativa futura dessa diferença.
A estratégia do arbitrador consiste em comprar no mercado em que o preço está mais baixo e vender
naquele em que está mais alto, tendo como lucro o diferencial de compra e de venda. Atuando geral-
mente com operações simultâneas, elimina riscos de mercado porque ele sabe exatamente por quanto
comprará e por quanto venderá o ativo-objeto.
Administram, a partir da captação ou aplicação, recursos com custo ou rendimento futuro predetermi-
nados (seja esse rendimento provável, como no caso das taxas pós-fixadas, ou certos, como ocorre nas
taxas prefixadas). Deste modo, os operadores de tesouraria cuidam do fluxo de caixa das instituições.
Market makers, também conhecidos como formadores de mercado, desempenham um papel impor-
tantíssimo para dar liquidez ao mercado através da compra e venda de ativos.
3.6 Manipuladores
Para obter lucro com a variação de preço, os manipuladores alteram o preço de um ativo de forma
artificial. Outra estratégia utilizada é a de difundir informações falsas ou relatórios de análise de inves-
timentos com opiniões distorcidas, induzindo outros participantes do mercado ao erro.
Suno - Market maker: conheça a sua importância para a liquidez nos mercados. Acessado em nov. 2021.
Disponível em https://www.suno.com.br/artigos/market-maker/.
Portal do Investidor – O que são derivativos?. Acessado em nov. 2021. Disponível em https://www.in-
vestidor.gov.br/menu/Menu_Investidor/derivativos/Derivativos_introducao.html.
LOUZADA, Fabio. Apostila CEA. São Paulo: EMB Editora, 2021.
4. QUESTÕES | MÓDULO 04
1. Qual é a função do hedger no mercado de derivativos?
a) Proteger os ativos.
b) Obter ganhos com as oscilações de mercado.
c) Especular o mercado e assumir altos riscos
d) Apostar sempre na alta dos ativos.
4. A empresa Eu Me Banco Ltda possui dívidas em dólar para pagar em 30 dias. Para realizar a proteção
dessa dívida, a empresa deve realizar qual das operações abaixo?
a) Europeia.
b) Americana.
c) Asiática.
d) Nenhuma das opções está correta.
7. O que é swap?
9. Jorge é vendedor de soja, milho e trigo, e gostaria de realizar uma operação para garantir o preço
de venda do produto. Qual das estratégias abaixo você indicaria?
10. Para ter o direito de exercer uma opção o investidor deve pagar ao lançador o:
a) Strike.
b) Prêmio.
c) Preço de exercício.
d) Valor intrínseco.
13. Quanto a tributação no mercado de derivativos, qual das alternativas abaixo está correta?
a) A obrigação de vender.
b) A obrigação de comprar.
c) O direito de comprar.
d) O direito de vender.
a) A obrigação de vender.
b) A obrigação de comprar.
c) O direito de comprar.
d) O direito de vender.
a) A obrigação de vender.
b) A obrigação de comprar.
c) O direito de comprar.
d) O direito de vender.
a) A obrigação de vender.
b) A obrigação de comprar.
c) O direito de comprar.
d) O direito de vender.
a) Europeia.
b) Americana.
c) Asiática.
d) Nenhuma das opções.
a) A opção americana só pode ser exercida no vencimento, enquanto a opção europeia pode ser exer-
cida a qualquer momento.
b) A opção americana pode ser exercida a qualquer momento, enquanto a opção europeia pode ser
exercida somente no vencimento.
c) Ambas podem ser exercidas a qualquer momento.
d) Ambas devem ser exercidas somente no vencimento.
22. Carlos é um investidor que deseja proteger um passivo em dólar. Para isso ele deverá:
23. Luís é um investidor que deseja se proteger da queda de determinada ação. Para isso ele deverá:
Falamos sobre eles no capítulo 1.2 Órgãos do Sistema Financeiro Nacional do Módulo 01
– Sistema Financeiro Nacional. Além dos participantes anteriormente apresentados na
apostila, como o Banco Central do Brasil (Bacen) e o Conselho Monetário Nacional (CMN),
cabe destacar a relevante atuação do Comitê de Política Monetária (COPOM) em nossa
economia.
Como mencionado no capítulo 1.2 Órgãos do Sistema Financeiro Nacional do Módulo 01 – Sistema Fi-
nanceiro Nacional, é de responsabilidade do Conselho Monetário Nacional autorizar a emissão de
papel-moeda. Ao Banco Central, cabe a responsabilidade de realizar a emissão.
Chamamos de base monetária o volume de dinheiro criado pelo Banco Central somado às reservas
bancárias dos bancos comerciais. A base monetária é a parcela de maior liquidez da oferta de moeda
da economia.
As instituições financeiras captam recursos dos investidores e, com esses recursos, fazem emprésti-
mos aos tomadores. Esse movimento é denominado moeda escritural.
✓ Balança de Pagamentos
Balança de Pagamentos (balanço do país) é um instrumento financeiro que se refere a todas as rela-
ções comerciais que um país realizou com o restante do mundo.
*Fonte: Suno.
Sua estrutura é composta por dois tipos de conta: a conta corrente e a conta capital.
Conta corrente: registra a balança comercial, a conta de serviços e rendas e as transferências unilaterais.
Transferências unilaterais
Remessas de recursos ou doações realizadas entre residentes no Brasil e resi-
dentes em outros países.
Conta capital: registra o saldo líquido entre as compras de ativos estrangeiros por residentes no Brasil
e venda de ativos brasileiros e estrangeiros.
✓ Regimes cambiais
Câmbio fixo: trata-se de um instrumento que define um valor fixo para a taxa de câmbio e estabelece
o valor da moeda nacional. Usa o valor de uma moeda estrangeira como referência.
Câmbio flutuante: é baseado na relação de oferta e demanda. Desta forma, o governo deixa a moeda
oscilar livremente, sem intervenções.
Flutuação suja: é o regime adotado no Brasil. Nele a moeda oscila, porém, em algumas ocasiões, o
governo intervém comprando ou vendendo dólares utilizando reservas internacionais com o objetivo
de evitar que o câmbio dispare.
Reservas internacionais: as reservas internacionais de um país são formadas por ativos em moedas
estrangeiras, como títulos e depósitos bancários, que podem ser usados para pagamento de dívidas
internacionais.
A dívida pública é a soma de tudo aquilo que todos os órgãos do Estado devem, incluindo o governo
federal, estados, municípios e empresas estatais.
✓ Demanda agregada
A soma dos componentes da demanda agregada é igual ao PIB. Quando ocorre aumento dos gastos,
o governo estimula a economia, já que aumenta a demanda agregada por bens e serviços. Quando o
governo reduz os gastos, em consequência, contrai a demanda agregada.
✓ Política fiscal
A política fiscal está diretamente relacionada com o gerenciamento das contas públicas.
Tida como ferramenta aplicada para afetar a economia como um todo, a política fiscal é o uso que o
governo faz dos seus gastos e receitas (taxação) para influenciar a demanda doméstica e, consequen-
temente, o crescimento econômico.
Resultado primário é tudo o que o governo arrecada com impostos e outras fontes de captação me-
nos as despesas (gastos com infraestrutura, dívida pública etc.).
Resultado nominal é tudo o que o governo arrecada menos as despesas, inclusive os juros nominais
incidentes sobre a dívida líquida.
Quando o governo não consegue conter o aumento da dívida, apresentando por anos seguidos um dé-
ficit fiscal, isso gera um alerta para os investidores de que talvez o país não consiga reverter à situação
(podendo não honrar o pagamento dos seus credores ocasionando o risco de calote). Por conta desse
risco fiscal, a tendência é de uma fuga de capital do país, com investidores optando por investir em
países mais sólidos.
O PIB é a soma de todos os bens e serviços finais, em termos monetários e a valor de mercado,
produzidos em uma determinada região durante certo período.
Fórmula do PIB
PIB = C + I + G + (X – M)
C = Consumo
I = Investimentos
G = Gastos
X = Exportações
M = Importações
No cálculo pela ótica da oferta é considerado o Valor Adicionado Bruto (VAB), ou seja, soma-se o valor
agregado em cada etapa do processo de produção.
Exemplo
Uma padaria vende o pão francês a R$ 0,75 a unidade (valor final). Mas para pro-
duzir pão é necessário o uso de ingredientes como farinha de trigo e fermento.
Se o custo para produzir esse pão foi de R$ 0,35, quer dizer que o valor adiciona-
do para o PIB foi de R$ 0,40 e, pela ótica da oferta, esse será o valor computado.
✓ Produção industrial
Avaliar o desenvolvimento de uma região sem uma indústria que seja forte, competitiva e diversificada,
é algo muito difícil.
A indústria, dentre todos os setores produtivos, é o setor que mais exerce influência no crescimento do
produto agregado.
O Sistema de Contas Nacionais compreende as informações sobre geração, distribuição e uso da renda
no país, acumulação de ativos não financeiros e relações entre a economia nacional e o resto do mun-
do, abrangendo indicadores como PIB, PIB per capita, e Renda Nacional Bruta, entre outros aspectos.
Compreende também Contas Regionais e PIB dos municípios (fonte: IBGE). Tem como referência me-
todológica as recomendações internacionais sobre a compilação de dados econômicos expressas no
manual System of National Accounts (SNA).
*Fonte: IBGE.
Quando falamos em teoria econômica, dividimos ela em duas grandes áreas: a macroeconomia e a
microeconomia.
A macroeconomia estuda o sistema econômico como um todo (do país e do mundo). As análises são
realizadas a partir de indicadores econômicos como inflação, taxa de desemprego, PIB, taxa básica de
juros etc.
A demanda caracteriza um desejo, ou seja, a quantidade de bens, serviços que os consumidores dese-
jam adquirir em um determinado período.
A oferta é a quantidade de bens, serviços que um fornecedor (empresas/ vendedores) tem para ofere-
cer aos consumidores.
Quando a quantidade de demanda é igual a de oferta, temos o chamado preço de equilíbrio ou preço
de mercado.
✓ Estrutura do mercado
• Concorrência perfeita;
• Concorrência monopolística;
• Oligopólio;
• Monopólio.
Concorrência perfeita: estrutura onde existem muitos compradores e muitos vendedores. Os produ-
tos são homogêneos, não existe diferença nos preços entre os concorrentes, não há barreiras à entrada
no mercado e o mercado é totalmente transparente. Nesse modelo consideramos que o mercado é
perfeitamente competitivo e que não há distorções no seu funcionamento.
Oligopólio: ocorre quando um pequeno número de empresas domina uma parcela significativa de
algum setor da economia, ou seja, há poucos vendedores para muitos compradores. Dessa forma, não
há competição entre as empresas o que muitas vezes acaba prejudicando o consumidor. Nessa estru-
tura existem barreiras à entrada de novas empresas.
Monopólio: nessa estrutura, também chamada de concorrência imperfeita, uma só empresa domina a
oferta de bens, serviços e/ou produtos, influenciando diretamente os preços no mercado.
Elasticidade é o relacionamento quantitativo entre preço e quantidade, ou seja, analisa o grau de sen-
sibilidade de uma variável em relação à mudança de outras variáveis.
Elasticidade do preço – demanda: mede a resposta dos consumidores em porcentagem quando ocorre
uma variação no preço de um bem ou serviço.
Elasticidade do preço – oferta: mede o quanto a quantidade de oferta de um bem varia em relação à
variação no seu preço.
✓ Bens substitutos
✓ Bens complementares
Quando o preço de um bem ou serviço aumenta e a demanda por outro diminui, chamamos essa relação
de bens complementares. Um exemplo é o carro e a gasolina. Quando aumenta o preço da gasolina, a
procura por carros tende a diminuir (afinal, o aumento do combustível torna mais cara a manutenção
de um carro).
2. ÍNDICES DE PREÇOS
✓ Índice de Preços ao Consumidor Amplo – IPCA
Mede o preço de uma cesta de consumo representativa para famílias com renda de 1 a 10 salários mí-
nimos, no município de São Paulo/SP.
3. ÍNDICES DE REFERÊNCIA
✓ Certificado de Depósito Interbancário – CDI
CDIs são os títulos de emissão das instituições financeiras que lastreiam as operações do mercado
interbancário, representando o custo do dinheiro negociado pelos bancos.
O CDI reflete a média das taxas de juros cobradas entre instituições do mercado interbancário nas ope-
rações de emissão de Depósitos Interfinanceiros (DI) prefixados, com prazo de um dia útil, registradas
e liquidadas pela Central de Custódia e de Liquidação Financeira de Títulos Privados (CETIP).
Taxa Selic Over: apresentada na forma de percentual ao ano, a Selic Over é a taxa média das operações
de financiamento de um dia (compromissadas), lastreadas em títulos públicos federais, realizadas no
Sistema Especial de Liquidação e de Custódia (Selic) e ponderadas pelo volume das operações.
✓ Taxa Referencial – TR
A TR é calculada pelo Bacen com base na média das taxas de juros negociadas no mercado secundário
com Letras do Tesouro Nacional (LTN), conforme metodologia própria. A essa média, denominada Taxa
Básica Financeira (TBF), é aplicado um fator redutor para então se chegar ao resultado da TR.
A TR serve como um indicador para a atualização monetária de algumas aplicações financeiras e ope-
rações de crédito, como FGTS, poupança e financiamentos imobiliários.
A TJLP era a taxa de juros cobrada nas operações do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e
Social (BNDES), calculada a partir da expectativa de inflação de 12 meses mais um percentual de juros,
chamada de prêmio de risco.
No entanto, em 2017, a TJLP foi substituída pela Taxa de Longo Prazo (TLP). A mudança não se res-
tringiu à nomenclatura, mas também na forma de cálculo da taxa: a TLP utiliza os mesmos juros dos
títulos públicos federais, sendo referência as taxas das NTN-B.
✓ Taxa de câmbio
A taxa de câmbio nada mais é do que o preço de uma moeda comparado ao de outra moeda.
No Brasil, a taxa de câmbio mais observada é a BRL/USD, ou seja, a taxa de câmbio entre o dólar nor-
te-americano e o real brasileiro.
✓ Taxa Ptax
A taxa Ptax é a média das cotações do dólar no mercado calculada pelo Bacen por meio de metodolo-
gia própria, com base em quatro janelas de consulta ao longo de cada dia. Essa taxa é utilizada como
referência para diversos contratos no mercado financeiro, incluindo derivativos.
IBGE - IPCA - Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo. Acessado em nov. 2021. Disponível em
https://www.ibge.gov.br/estatisticas/economicas/precos-e-custos/9256-indice-nacional-de-precos-ao-
-consumidor-amplo.html?=&t=o-que-e
Banco Central do Brasil – Índices de preços. Acessado em nov. 2021. Disponível em https://www.bcb.
gov.br/controleinflacao/indicepreco.
Suno - Balança de Pagamentos: o indicador das relações econômicas de um país. Acessado em nov.
2021. Disponível em https://www.suno.com.br/artigos/balanca-de-pagamentos/.
Suno - PIB: o que é o Produto Interno Bruto e como ele é calculado? Acessado em nov. 2021. Disponível
em https://www.suno.com.br/artigos/pib-produto-interno-bruto/.
Suno - TJLP: entenda como funcionava a Taxa de Juros de Longo Prazo. Acessado em nov. 2021. Dispo-
nível em https://www.suno.com.br/artigos/tjlp/.
Suno - Bem substituto: Aprenda (com exemplos) o conceito desses bens. Acessado em nov. 2021. Dis-
ponível em https://www.suno.com.br/artigos/bem-substituto/
Senado Federal - Guia de Economia – Base Monetária. Acessado em nov. 2021. Disponível em https://
www12.senado.leg.br/manualdecomunicacao/guia-de-economia?search=Base+monet%C3%A1ria.
Educa Mais Brasil – Macroeconomia. Acessado em nov. 2021. Disponível em https://www.educamais-
brasil.com.br/enem/matematica/macroeconomia.
Sefaz – Estruturas de mercado. Acessado em nov. 2021. Disponível em https://s3.amazonaws.com/
ead_casa/ead_casa/Aula/9475-concorrencia-perfeita-monopolio-oligopolio-concorrencia-monopolis-
tica-oligopsonio-jaco-braatz.pdf.
DE SOUZA, M.C.A.F. Conceitos de elasticidade aplicados à mercadologia. São Paulo: UNICAMP.
LOUZADA, Fabio. Apostila CEA. São Paulo: EMB Editora, 2021.
4. QUESTÕES | MÓDULO 05
1. Por que algumas instituições são chamadas de não bancárias?
a) Adaptar o volume dos meios de pagamento às reais necessidades da economia nacional e seu pro-
cesso de desenvolvimento.
b) Zelar pela liquidez e solvência das instituições financeiras.
c) Definir a meta da taxa Selic.
d) Coordenar as políticas monetária, creditícia, orçamentária, fiscal e da dívida pública interna e externa.
a) Incerteza do futuro.
b) Sobra de renda ou produção.
c) Anseio de que os rendimentos futuros sejam inferiores.
d) Todas as alternativas estão corretas.
a) Emitir papel-moeda.
b) Determinar a meta de inflação.
c) Determinar a taxa Selic.
d) Promover a transparência do mercado de capitais.
10. Qual entidade é responsável por fixar a Taxa de Juros de Longo Prazo (TJLP)?
11. Órgão que utiliza a Taxa de Juros de Longo Prazo (TJLP) nas suas operações financeiras:
a) BNDES.
b) Bancos comerciais.
c) Bancos de investimento.
d) COPOM.
12. Quando a taxa da inflação fica além do limite estipulado qual é o dever do presidente do Banco
Central?
13. Se o aumento da demanda agregada for maior do que o esperado, podemos dizer que:
I. O nível de preços aumentará mais do que o esperado. A inflação real será maior do que a inflação
esperada;
II. O desemprego diminuirá para um nível abaixo de sua taxa natural;
III. O desemprego aumentará para um nível acima de sua taxa natural.
a) I e II.
b) I e III.
c) III.
d) Todas as alternativas estão corretas.
a) Câmbio fixo.
b) Câmbio flutuante.
c) Flutuação suja.
d) Nenhuma das alternativas está correta.
I. A concorrência monopolista é caracterizada por produtos iguais, com muitos compradores e vende-
dores, e a entrada de novas empresas é dificultada;
II. O oligopólio ocorre quando um pequeno número de empresas domina uma parcela significativa de
algum setor da economia;
III. Na concorrência perfeita os produtos são homogêneos, ou seja, não há diferença de preços.
19. Chegamos ao cálculo do PIB na ótica das despesas considerando as seguintes variáveis:
• C - consumo privado;
• I - total de investimento;
• G - gastos governamentais;
• NX - exportações líquidas (exportações menos importações).
Dentre as alternativas a seguir, qual apresenta o cálculo correto do PIB na ótica das despesas?
a) C − I + G + NX.
b) C + I + G + NX.
c) C + I + G − NX.
d) C + I − G + NX.
20. A ___________ define a taxa de juros da economia com o objetivo controlar a inflação, bem como
estimular ou desestimular o crescimento econômico. Já a __________ é o reflexo das negociações dos
títulos públicos no mercado.
a) Selic / CDI.
b) Selic / CETIP.
c) Selic / TR.
d) Selic Meta / Selic Over.
a) A elasticidade da renda mede a resposta dos consumidores em porcentagem quando ocorre uma
variação no preço de um bem ou serviço.
b) A elasticidade da renda mede o quanto a quantidade de oferta de um bem varia em relação à varia-
ção no seu preço.
c) A elasticidade da renda mede a variação percentual na demanda de um bem em relação à variação
na renda do consumidor.
d) A elasticidade da renda mede o quanto a quantidade de oferta varia conforme o aumento da taxa
básica de juros.
c) As importações são estimuladas quando a moeda nacional se desvaloriza em relação à moeda es-
trangeira.
d) Se a taxa de câmbio diminuir as importações nacionais serão estimuladas.
a) Um indicador de inflação.
b) Um indicador de atividade rural.
c) Calculada a partir da TBF, pela aplicação de um redutor.
d) Calculada a partir da TBF, pela aplicação de um multiplicador.
a) Juros e riscos.
b) Déficits e superávits.
c) Microeconomia e macroeconomia.
d) Índices e indicadores.
Neste módulo, vamos destacar alguns pontos aos quais você, que fará o exame CB - Conteúdo Brasileiro,
deve ter especial atenção.
Art. 4º - No exercício de sua profissão, o analista deve aderir aos seguintes Prin-
cípios Gerais:
I. Probidade, boa-fé e ética profissional – O analista deve elaborar os relatórios de análise empre-
gando todo o cuidado e diligência esperado de um profissional na sua posição;
II. Honestidade, integridade e equidade - O analista deve observar os mais elevados padrões de
honestidade, integridade e equidade de forma a manter a confiança do investidor em sua pro-
fissão;
III. Prudência e diligência - O analista deve conduzir suas atividades com cuidado, diligência e
prudência compatíveis com as expectativas do investidor e de seu empregador, dando a ambos
o conforto em relação à qualidade do trabalho;
IV. Independência e objetividade - As análises devem sempre refletir o melhor juízo do autor,
nunca sendo influenciadas por pressões ou benefícios a que este possa estar sujeito;
V. Competência profissional - O analista deve sempre procurar manter e aperfeiçoar sua compe-
tência técnica, seu conhecimento dos instrumentos, instituições e normas que regem o mercado
e das informações pertinentes ao exercício de sua profissão;
VI. Cumprimento das leis e normas - O analista deve cumprir todas as normas e leis a que esteja
sujeito.
Parágrafo único - Caso a instituição em que atue não possua política sobre a matéria, deverá ser seguida
orientação específica a ser emitida pelo CSA (Conselho de Supervisão do Analista de Valores Mobiliários),
que restrinja quaisquer presentes àqueles de pequeno valor.
II. Receber, no exercício de sua atividade de analista, quaisquer tipos de benefício ou compensa-
ção estranhos ao estabelecido em seu contrato profissional;
III. Receber privilégios, inclusive em situações como as de viagens para sede ou dependências de
empresas emissoras de valores mobiliários.
• Parágrafo único - Na determinação de uma situação de privilégio, será levado em conta o grau
de exclusividade do benefício e seu valor financeiro.
Art. 4º - Demais situações nas quais surja, em algum nível, um conflito ou aparência de conflito de
interesse devem ser claramente explicitados para o investidor.
O uso de informação privilegiada, conhecida no mercado financeiro como insider trading é a negociação
de ativos com base no uso de informações que ainda não estão disponíveis no mercado, com o objetivo
de obter indevidamente lucro ou vantagem.
• Parágrafo único - Caso uma informação relevante seja divulgada em ambiente restrito, o analis-
ta deve abster-se de utilizar da informação e alertar o emissor da necessidade de proceder a uma
divulgação pública.
Atenção, analista!
Caso a informação chegue até você de forma NÃO voluntária, você deve:
A segregação de recursos próprios e de terceiros é conhecida como Chinese Wall (Muralha da China).
Lavagem de dinheiro é o processo pelo qual o criminoso transforma recursos obtidos através de ativi-
dades ilegais em ativos com uma origem aparentemente legal.
Colocação – consiste na colocação do dinheiro no sistema econômico. Ocorre por meio de depósitos,
compra de instrumentos negociáveis e compra de bens;
Ocultação – essa fase visa dificultar o rastreamento contábil da origem ilícita do dinheiro;
A pena poderá ser reduzida de um a dois terços e começará a ser cumprida em regime aberto, se o au-
tor, coautor ou partícipe colaborar espontaneamente com as autoridades, prestando esclarecimentos
que conduzam à apuração das infrações penais e de sua autoria ou à localização dos bens, direitos ou
valores objeto do crime.
A pena será aumentada de um a dois terços se os crimes definidos na Lei n.º 9.613, que dispõe sobre
os crimes de lavagem ou ocultação de bens, direitos e valores, forem cometidos de forma reiterada ou
por intermédio de organização criminosa.
• Depósito em espécie ou pedido para saque de valor igual ou superior a R$ 50.000,00, indepen-
dentemente de serem suspeitas;
• Toda transação financeira liquidada em espécie acima de R$ 2.000,00 deve ser registrada em
controle interno com CPF do portador;
• Transações suspeitas devem ser encaminhadas ao COAF no prazo de 24 horas a contar da conclu-
são da operação ou da proposta de operação.
Atenção!
Segundo o Código de Conduta da Apimec, o analista deve sempre priorizar o investidor e o tratamento
deve ser equitativo.
• § 1º - O investidor deve ter acesso prioritário aos resultados das análises, sendo vedado ao ana-
lista fornecer suas análises a terceiros antes de divulgá-las ao investidor.
• § 1º - Relatórios de Análise devem ser divulgados de forma equânime para todos os investidores
aderentes ao mesmo nível de serviços.
• § 2º - Restrições de acesso aos Relatórios de Análise aos assinantes ou outras formas de trata-
mento diferenciado não ferem a presente regra, conquanto os diferentes níveis de tratamento e
os requisitos para atingi-los estejam de acordo com uma política formal de tratamento equitati-
vo.
Segundo a Instrução CVM n° 20 o analista deve sempre agir com probidade, boa-fé e ética profissional.
Art. 5º - É vedado ao analista, pessoa natural e jurídica, bem como aos demais
profissionais que efetivamente participem da formulação dos relatórios de aná-
lise:
I. Emitir relatórios de análise com a finalidade de obter, para si ou para outrem, vantagem inde-
vida;
II. Omitir informação sobre conflito de interesses nas informações e comunicações de que trata
os artigos 28 a 31, nos relatórios de análise e em qualquer meio em relação ao qual o analista se
manifeste sobre o relatório de análise;
III. Negociar, direta ou indiretamente, em nome próprio ou de terceiros, valores mobiliários obje-
to dos relatórios de análise que elabore ou derivativos lastreados em tais valores mobiliários por
um período de 30 (trinta) dias anteriores e 5 (cinco) dias posteriores à divulgação do relatório de
análise sobre tal valor mobiliário ou seu emissor;
IV. Negociar, direta ou indiretamente, em nome próprio ou de terceiros, valores mobiliários ob-
jeto dos relatórios de análise que elabore ou derivativos lastreados em tais valores mobiliários
em sentido contrário ao das recomendações ou conclusões expressas nos relatórios de análise
que elaborou por:
• § 1º O disposto nos incisos III e IV do caput não se aplica às negociações com cotas de fundos de
investimento, exceto se:
• § 2º O disposto no inciso V do caput não se aplica a atividades do analista que tenham por obje-
tivo a educação dos investidores, desde que:
I. Aos casos em que as partes factuais do relatório tenham sido divulgadas a terceiros com o ob-
jetivo de verificar a veracidade das informações ali contidas;
II. À revisão por assessores jurídicos e pela área de controles internos.
• § 4º O disposto nos incisos III, IV, V, VI e VII do caput não se aplica às operações e atividades reali-
zadas por outros departamentos da pessoa jurídica, desde que seja assegurada a segregação das
atividades em relação ao departamento de análise.
• Parágrafo único. Os relatórios de análise devem ser elaborados pelo analista, empregando todo
o cuidado e diligência esperado de um profissional na sua posição.
Dentro do Código de Conduta e do Código de Processos da Apimec, existe a divisão em dois grupos or-
ganizacionais que têm a competência de receber denúncias, conduzir diligências, julgar processos etc.
São eles:
Parágrafo único – Nada obstante o disposto no caput deste artigo, fica autorizada a recondução dos
membros do CSA após o término da segunda recondução nas seguintes situações:
I. Renúncia;
II. Morte;
III. Decisão judicial;
IV. Condenação em processo sancionador da CVM ao qual não caiba recurso;
V. Decisão dos demais membros, nos termos do Regimento Interno.
própria SSA, já houver indícios suficientes de materialidade e autoria para abertura do Processo
Administrativo.
Quando se verifica que o analista não cumpriu com os códigos de conduta, não agiu com ética profis-
sional e boa-fé, as penalidades são:
Art. 69
I. Advertência privada;
III. Multa;
• § 2º – Na hipótese de reincidência, poderá ser aplicado até o triplo dos valores fixados no § 1º
acima.
Disclaimer
Governo Federal - Resolução CVM nº 20, de 25 de fevereiro de 2021. Acessado em nov. 2021. Disponível
em https://www.in.gov.br/en/web/dou/-/resolucao-cvm-n-20-de-25-de-fevereiro-de-2021-305383862.
Governo Federal - Instrução CVM 539. Acessado em nov. 2021. Disponível em http://conteudo.cvm.gov.
br/legislacao/instrucoes/inst539.html.
Apimec - Código de Conduta da Apimec para o Analista de Valores Mobiliários. Acessado em nov. 2021.
Disponível em http://www.apimec.com.br/Apimec/show.aspx?id_canal=3760&id_materia=29368.
Apimec - Código dos Processos da Apimec. Acessado em nov. 2021. Disponível em http://www.apimec.
com.br/apimec/show.aspx?id_canal=3760&id_materia=29368.
Planalto – Lei n.º 9.613, de 3 de março de 1998. Acessado em nov. 2021. Disponível em http://www.
planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l9613.htm.
Planalto – Lei n.º 10.467, de 11 de junho de 2002. Acessado em nov. 2021. Disponível em http://www.
planalto.gov.br/ccivil_03/leis/2002/l10467.htm.
LOUZADA, Fabio. Apostila CEA. São Paulo: EMB Editora, 2021.
4. QUESTÕES | MÓDULO 06
1. Caso o analista não concorde com a análise da corretora ele deve:
2. Se o analista fez um relatório às 17 horas para enviar às 18h30 utilizando dados do semestre passado
e colocando somente algumas informações novas, qual dos seguintes princípios foram quebrados?
a) Diligência.
b) Competência profissional.
c) Equidade de tratamento.
d) Independência e objetividade
a) Exposições públicas.
b) Vídeos.
c) Apresentações.
d) Todas as alternativas estão corretas.
4. Um analista utilizou o gráfico de um colega em seu relatório. Neste caso, como ele deve creditar o
gráfico no material?
7. São penalidades que podem ser aplicadas ao analista de valores mobiliários, exceto:
a) Advertência.
b) Perda do credenciamento pelo prazo máximo de 10 anos.
c) Multa não superior a R$ 50.000,00.
d) Suspensão do credenciamento por período determinado.
10. Sobre perda de mandato, é incorreto o que se afirma em qual das alternativas abaixo?
11. Assinale a alternativa que se refere ao órgão responsável por exercer o papel de juiz e avaliar as
denúncias sobre infrações cometidas pelos analistas de valores mobiliários.
a) CVM.
b) Bacen.
c) SSA.
d) CSA.
12. Segundo o artigo 44º do Código de Conduta da Apimec, para conceder e manter o credenciamento
do analista de valores mobiliários pessoa jurídica é necessário:
14. Quantos membros e categorias compõe o Conselho de Supervisão do Analista de Valores Mobiliários
(CSA)?
a) 8 membros e 2 categorias.
b) 9 membros e 2 categorias.
c) 8 membros e 3 categorias.
d) 9 membros e 2 categorias.
I. Renúncia;
II. Morte;
III. Processo Administrativo;
IV. Condenação em processo sancionador da CVM ao qual não caiba recurso;
V. Decisão dos demais membros, nos termos do Regimento Interno.
a) É obrigatório avisar o COAF, no período de 48 horas, transações que envolvem valores iguais ou su-
periores a R$ 50.000,00.
b) É obrigatório avisar o COAF, no período de 24 horas, transações que envolvem valores iguais ou su-
periores a R$ 2.000,00.
c) É obrigatório avisar o COAF, no período de 24 horas, transações que envolvem valores iguais ou su-
periores a R$ 50.000,00.
d) Não é necessário avisar ao COAF nenhum tipo de transação que envolvam até R$ 10.000,00.
A governança corporativa envolve um conjunto de boas práticas relacionadas a todos os setores da em-
presa, sócios, diretores, conselhos de administração, órgãos de fiscalização e controle, que minimizam
o conflito de interesses.
• Transparência;
• Equidade;
• Prestação de contas;
• Responsabilidade corporativa.
✓ Níveis de governança
Nível 1:
• Realização de reuniões públicas com analistas e investidores ao menos uma vez por ano.
Nível 2:
• Manutenção em circulação de uma parcela mínima de ações, representando 25% do capital so-
cial da companhia;
• Conselho de Administração com no mínimo cinco membros e mandato unificado de até dois
anos, permitida a reeleição;
• No mínimo, 20% dos membros devem ser conselheiros independentes;
• Extensão para todos os acionistas detentores de ações ordinárias das mesmas condições obtidas
pelos controladores quando da venda do controle da companhia e de, no mínimo, 80% deste
valor.
Novo Mercado:
O índice é composto somente por ações de empresas listadas no Nível I, Nível II e Novo Mercado.
Segundo a B3, o objetivo do IGC é ser o indicador do desempenho médio das cotações dos ativos de
empresas listadas no Novo Mercado ou nos Níveis 1 ou 2 da B3.
Antes de falar sobre o índice especificamente, você, analista, precisa entender o que é tag along.
Tag along é um mecanismo que protege os acionistas minoritários de uma companhia. Através desse
mecanismo, caso um investidor externo adquira o controle acionário da empresa, os acionistas minoritá-
rios têm o direito de deixar a companhia com o mínimo de prejuízo financeiro. Esse mecanismo garante
aos acionistas minoritários o direito de vender suas ações por pelo menos 80% do valor oferecido aos
acionistas majoritários.
Exemplo
O ITAG é composto por ações de empresas que possuem no mínimo tag along de 80%.
Segundo a B3, o objetivo do ITAG é ser o indicador do desempenho médio das cotações dos ativos de
emissão de empresas que ofereçam melhores condições aos acionistas minoritários, no caso de alie-
nação do controle.
Dessa forma, os investidores podem entender melhor o desenvolvimento histórico da empresa e como
fatores econômicos, políticos e específicos do setor podem afetá-la, tomando consciência de todos os
riscos de investir na companhia.
Segundo William F. Mahoney, em seu livro “Manual do RI” (2007), o principal objetivo da área de RI é
ajudar no desenvolvimento da empresa e criar valor no longo prazo. Para isso, uma das funções do RI
é minimizar o tempo gasto com a administração, priorizando seu tempo na gestão de valor.
Além disso, Mahoney cita que em tempos de crise a empresa jamais deve esconder os fatos, e deve rea-
lizar treinamento dos funcionários e da equipe de gerenciamento de crise, descobrir os motivos da crise
para evitar que o problema ocorra novamente e criar um centro de crise para gerenciamento de risco.
3. QUESTÕES | MÓDULO 07
1. Qual é objetivo da governança corporativa?
a) Eliminar riscos.
b) Minimizar conflitos de interesse.
c) Potencializar os lucros.
d) Nenhuma das alternativas está correta.
3. O objetivo do IGC é ser o indicador do desempenho médio das cotações dos ativos de empresas
listadas _____________.
a) Ações ordinárias.
b) Ações preferenciais.
c) Debêntures.
d) Nenhuma das alternativas está correta.
8. De acordo com Mahoney, autor do livro “Manual do RI”, uma empresa em épocas de crise deve tomar
qual atitude?
a) Associar informações à avaliação, de modo a mapear as atividades que são importantes e criam valor
a empresa.
b) Ter foco no que é importante para a empresa e na mensuração de resultados.
c) Minimizar o tempo gasto com a administração de atividades, priorizando seu tempo na criação de valor.
d) Todas as alternativas estão corretas.
Na hora de avaliar os riscos e oportunidades de uma empresa, questões ambientais, sociais, além de
questões internas como ética, reputação dos sócios e governança corporativa entram na pauta das
discussões.
Estes princípios foram lançados em 2006, na Bolsa de Valores de Nova York, com 100 empresas. Esse
número cresceu e hoje mais de 2.300 empresas aderiram ao PRI.
Em 2010, a B3 se comprometeu ao PRI sendo a primeira bolsa de um país emergente a dar esse passo.
Segundo a bolsa brasileira, “Para a B3, sustentabilidade é prioridade inadiável, fazendo parte de sua
agenda estratégica”.
Os impactos do ASG no mundo dos investimentos são muitos, podendo as questões ambientais, sociais
e de governança serem apresentadas por diferentes ferramentas e metodologias.
• Sociais: funcionamento da empresa e relação com o bem-estar e interesses das pessoas e co-
munidades. Inclui direitos humanos, direitos trabalhistas, diversidade, relacionamento com as
comunidades locais, saúde e segurança no trabalho, atração e retenção de talentos, e desenvol-
vimento de pessoas;
• Mercado: oferta de produtos e serviços que agreguem valor ao cliente. Inclui incentivo à inova-
ção, responsabilidade com segurança dos dados de clientes, compromisso com o desenvolvi-
mento do mercado de capitais, iniciativas com vistas para educação de investidores e fiscaliza-
ção das operações.
150 MÓDULO 08 | INTEGRAÇÃO DE QUESTÕES AMBIENTAIS, SOCIAIS E DE GOVERNANÇA CORPORATIVA (ASG) À ANÁLISE DE INVESTIMENTOS
| MÓDULO 08 151
O modelo de integração das questões ambientais, sociais e de governança evoluiu durante os anos na
esteira da responsabilidade corporativa. A partir deste, outros modelos de integração foram propos-
tos, como o Triple Bottom Line (TBL) - tripé da sustentabilidade que associa três dimensões (ambien-
tal, sustentável e social) e dá suporte à gestão e atividades corporativas.
Além disso, a evolução das companhias na adoção de melhores práticas varia de acordo com a sua
maturidade e impacto das suas operações nos relacionamentos e resultados. Essa evolução pode ser
dividida em cinco estágios:
• Além do compliance: momento em que a companhia percebe que pode reduzir custos e obter
vantagens com a adoção de melhores práticas ASG;
• Estratégia integrada: companhia aproveita as vantagens competitivas por suas práticas relacio-
nadas ao ASG;
• Propósito: muitas companhias que estão no estágio 5 (propósito) não passam pelos demais es-
tágios. Elas nascem, crescem e operam dessa forma, alinhadas ao propósito e valores dos seus
fundadores.
As questões ligadas ao ASG são vistas como drivers de risco que geram valor no longo prazo. Porém,
de qualquer forma, as empresas devem ficar atentas aos impactos que podem ocorrer no curto prazo
como catástrofes ambientais (por exemplo: caso Brumadinho), escândalos relacionados a questões
trabalhistas (risco de imagem), má reputação de algum dos sócios ou más práticas de governança
corporativa.
MÓDULO 08 | INTEGRAÇÃO DE QUESTÕES AMBIENTAIS, SOCIAIS E DE GOVERNANÇA CORPORATIVA (ASG) À ANÁLISE DE INVESTIMENTOS 151
152 MÓDULO 08 |
Por outro lado, existem muitas oportunidades e vantagens competitivas no modelo ASG, como:
• Aumento da receita.
Foi na década de 1980 que começou a se falar sobre sustentabilidade e responsabilidade nos investi-
mentos. A iniciativa partiu de um grupo de religiosos que passou a excluir grandes empresários que
estavam em desacordo com seus valores morais.
No Brasil, o primeiro fundo de investimento responsável foi o Fundo Ethical, hoje sob gestão do San-
tander. No site da empresa consta que “O Fundo possibilita aos seus cotistas investir em ações de em-
presas que, além do tradicional potencial de valorização econômico-financeira, destaquem-se por sua
postura com relação a seus acionistas, funcionários, clientes, fornecedores, governo e sociedade, ou
seja, em empresas que, como nós, acreditem na construção de um mundo mais sustentável, incorpo-
rando aspectos sociais, ambientais e de governança corporativa na sua estratégia de negócio”.
Em 2005, foi lançado o Índice de Sustentabilidade Empresarial (ISE) e, a partir disso, outras instituições
lançaram fundos que se referenciam no benchmark de questões ligadas ao ASG.
152 MÓDULO 08 | INTEGRAÇÃO DE QUESTÕES AMBIENTAIS, SOCIAIS E DE GOVERNANÇA CORPORATIVA (ASG) À ANÁLISE DE INVESTIMENTOS
| MÓDULO 08 153
• Protocolo verde: criado em 1995, tem como objetivo propor às instituições financeiras que im-
plementem questões socioambientais no processo de decisão de concessão de crédito a empre-
sas, ou seja, que concedam créditos a empresas e projetos autossustentáveis e que não prejudi-
quem a natureza;
São eles:
Na legislação brasileira não há direcionamentos claros acerca das penas e responsabilidades das em-
presas no que tange a danos ambientais. Tal situação gerou uma alerta no mercado e um intenso debate
entre os reguladores para o desenvolvimento de normas e procedimentos que mitiguem esses riscos.
Resolução 4.661/2018
Dispõe as diretrizes para aplicação de recursos pelas entidades de previdência fechada (fundos de pen-
são). É necessário que os fundos de pensão estejam de acordo com os critérios de governança. Estes,
inclusive, devem colocar nos relatórios anuais se cumpriram os aspectos socioambientais.
Resolução 4.327/2014
Dispõe as diretrizes que devem ser observadas pelas instituições financeiras na implementação da
Política de Responsabilidade Socioambiental.
MÓDULO 08 | INTEGRAÇÃO DE QUESTÕES AMBIENTAIS, SOCIAIS E DE GOVERNANÇA CORPORATIVA (ASG) À ANÁLISE DE INVESTIMENTOS 153
154 MÓDULO 08 |
ICVM 552/2014
A instrução exige que documentos sobre riscos ambientais sejam publicados e divulgados por empresas
listadas. Além disso, nesses documentos devem ser divulgados de forma específica as questões ligadas
ao ASG, informando a metodologia adotada e se passaram por auditoria independente.
ICVM 586/2017
A instrução obriga as companhias abertas a divulgarem a aplicação das práticas de governança corpo-
rativa ou explicarem o motivo da não adoção das práticas.
Estratégias de investimento responsável são aquelas que têm como objetivo integrar as questões am-
bientais, sociais e de governança (ASG) nos investimentos.
São elas:
• Exclusões: remoção de determinada empresa/setor que não estiver de acordo com as políticas
de ASG;
• Fundos temáticos: têm questões de ASG específicas (por exemplo: buscar empresas que tenham
foco em energia renovável);
• Engajamento: usar o poder de voz e de voto dos acionistas para induzir a prática de ASG;
• Investimento de impacto: tipo de estratégia mais recente, que visa o bloqueio de recursos para
empresas e empreendimentos que prejudiquem desafios sociais;
• Screening baseado em normas: busca investir em companhias com critérios específicos de ASG.
B3 - Novo Valor: Sustentabilidade nas Empresas. Acessado em dez. 2021. Disponível em https://www.
b3.com.br/data/files/1A/D7/91/AF/132F561060F89E56AC094EA8/Guia-para-empresas-listadas.pdf.
Sustentabilidade Agora - Triple Bottom Line: O Tripé da Sustentabilidade. Acessado em dez. 2021. Dis-
ponível em https://sustentabilidadeagora.com.br/tripe-da-sustentabilidade-triple-bottom-line/.
Enfin – PRI: Princípios para o Investimento Responsável. Acessado em dez. 2021. Disponível em https://
enfin.com.br/termo/pri-principios-para-o-investimento-responsavel-ptklydp8.
Santander - Fundo Ethical: 10 anos de sucesso. Acessado em dez. 2021. Disponível em https://www.
santander.com.br/portal/pam/script/templates/GCMRequest.do?page=4803.
UNEP Finance Initiative – Princípios para o Investimento Responsável (PRI). Acessado em dez. 2021.
Disponível em https://www.unpri.org/download?ac=10969.
154 MÓDULO 08 | INTEGRAÇÃO DE QUESTÕES AMBIENTAIS, SOCIAIS E DE GOVERNANÇA CORPORATIVA (ASG) À ANÁLISE DE INVESTIMENTOS
| MÓDULO 08 155
FRAGMAQ - Saiba qual o objetivo do protocolo verde. Acessado em dez. 2021. Disponível em https://
www.fragmaq.com.br/blog/saiba-objetivo-protocolo-verde/.
Ferreira Rocha - Princípios do Equador: Teoria e Prática. Acessado em dez. 2021. Disponível em http://
ferreirarocha.blog.br/teoria-e-pratica-principios-do-equador/.
UNEP Finance Initiative - O dever fiduciário no século XXI. Acessado em dez. 2021. Disponível em https://
www.unpri.org/download?ac=2957#:~:text=O%20Dever%20Fiduci%C3%A1rio%20no%20S%C3%A9cu-
lo,cumprir%20com%20o%20dever%20fiduci%C3%A1rio.
3. QUESTÕES | MÓDULO 08
1. Qual das alternativas abaixo melhor define a ASG?
a) São informações de uma empresa acerca das taxas de emissão de gases de efeito estufa, políticas
trabalhistas, direitos humanos, estruturas de governança corporativa, dentre outros fatores.
b) Organização mundial das empresas financeiras.
c) Informações sobre sócios, diretores e membros do conselho.
d) Nenhuma das alternativas está correta.
2. Segundo a ASG, quais são os cinco estágios de evolução de uma empresa no processo de melhores
práticas?
a) Escolha dos melhores de cada setor no que se refere às questões de ASG em gestão e estratégia cor-
porativa.
b) Escolha dos melhores de cada setor no que se refere às questões de ASG em gestão de riscos.
c) União de todas as empresas que praticam gestão e estratégia corporativa seguindo os princípios de
ASG.
d) São consideradas somente empresas que tenham os melhores índices de governança corporativa.
4. São índices de sustentabilidades que atuam como referência na integração de questões de ASG, exceto?
MÓDULO 08 | INTEGRAÇÃO DE QUESTÕES AMBIENTAIS, SOCIAIS E DE GOVERNANÇA CORPORATIVA (ASG) À ANÁLISE DE INVESTIMENTOS 155
156 MÓDULO 08 |
d) S&P/TSX.
5. Qual o nome da estratégia de investimento conhecida por adotar a inclusão explícita de riscos e
oportunidades sobre as questões de ASG não só na análise financeira tradicional, como também nos
processos de tomada de decisão de investimentos?
a) Visionária.
b) Oportunidade.
c) Integração.
d) Associação.
6. Quando falamos da estratégia de investimentos responsáveis que envolve a escolha dos melhores
de cada setor no que se refere à integração das questões de ASG, estamos falando de:
a) Integração.
b) Best-in-class.
c) Exclusões.
d) Nenhuma das alternativas está correta.
7. São potenciais vantagens competitivas da integração das questões ASG à estratégia de gestão cor-
porativa:
a) I.
b) II.
c) I e II.
d) Todas as alternativas estão corretas.
156 MÓDULO 08 | INTEGRAÇÃO DE QUESTÕES AMBIENTAIS, SOCIAIS E DE GOVERNANÇA CORPORATIVA (ASG) À ANÁLISE DE INVESTIMENTOS
| MÓDULO 08 157
I. Protocolo de sustentabilidade;
II. Protocolo Verde;
III. Princípios do Equador.
a) Todas as alternativas.
b) I e II;
c) I.
d) II e III.
12. Sobre os princípios para investimento responsável, está incorreto o que se afirma em:
MÓDULO 08 | INTEGRAÇÃO DE QUESTÕES AMBIENTAIS, SOCIAIS E DE GOVERNANÇA CORPORATIVA (ASG) À ANÁLISE DE INVESTIMENTOS 157
158 MÓDULO 08 |
a) Todas as alternativas.
b) I, II e III.
c) I e IV.
d) II, III e IV.
14. Acordo criado em 1995, com o objetivo de que as instituições financeiras levem em consideração
as questões socioambientais nas atividades e análises de créditos e financiamentos.
a) Acordo de Basiléia.
b) Protocolo Verde.
c) Princípios do Equador.
d) Pacto pelo desenvolvimento sustentável.
17. Constituem o tripé da sustentabilidade, que associa três dimensões e dá suporte à gestão e ativi-
dades corporativas:
158 MÓDULO 08 | INTEGRAÇÃO DE QUESTÕES AMBIENTAIS, SOCIAIS E DE GOVERNANÇA CORPORATIVA (ASG) À ANÁLISE DE INVESTIMENTOS
| MÓDULO 08 159
MÓDULO 08 | INTEGRAÇÃO DE QUESTÕES AMBIENTAIS, SOCIAIS E DE GOVERNANÇA CORPORATIVA (ASG) À ANÁLISE DE INVESTIMENTOS 159
160 MÓDULO 09 | GABARITO DOS EXERCÍCIOS
11 – C
12 – D
13 – D
14 – D
15 – C
16 – B
17 – A
18 – D
19 – B
20 – A
21 – A
22 – B
23 – A
24 – C
25 – A
26 – B
27 – C
28 – A
29 – A
30 – D
2–C
Resolução:
9 + 9 + 8 + 7 + 10 + 10 + 10 + 9 + 8 + 6 = 86/ 10 (quantidade de elementos) = 8,6
3–D
4–C
Resolução:
HP12c
(CHS) – 200.000 (G) (CF0)
38.000 (G) (CFj)
42.000 (G) (CFj)
55.000 (G) (CFj)
76.000 (G) (CFj)
70.000 (G) (CFj)
(F) (IRR)
Resultado: 11,03
5–B
6–A
7–C
8–A
9–B
10 – B
11 – C
12 – A
13 – D
14 – D
15 – A
16 – D
Resolução:
CF0: 105.000 CHS
CFj: 45.000
CFj: 68.000
CFj: 27.000
CFj: 12.000
CFj: 17.500
i = 10% (trazer ao mês) = 0,7974%
f NPV = 61.308,02
17 – C
18 – A
5–A
6–A
7–B
8–B
9–B
10 – B
11 – A
12 – C
13 – A
14 – C
15 – A
16 – C
17 – D
18 – B
19 – B
20 – D
21 – A
22 – C
23 – A
24 – C
25 – C
9–A
10 – B
11 – D
12 – D
13 – A
14 – D
15 – C
16 – C
17 – A
8–B
9–D
10 – D
11 – D
12 – C
13 – A
14 – B
15 – C
16 – B
17 – B
18 – D