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PRODUÇÃO TEXTUAL INTERDISCIPLINAR

PARECER TÉCNICO POTABILIDADE DA AGUA

KARINA ALVES RODRIGUES


VANESSA KELY NÓBREGA

Penapolis/SP
2017
KARINA ALVES RODRIGUES
VANESSA KELY NÓBREGA

PARECER TÉCNICO POTABILIDADE DA AGUA

Produção Textual Interdissiplinar apresentada ao


Curso de Graduação em Engenhria de
Produção, como requisito parcial à obtenção da
nota para aprovação no semestre.

Penapolis/SP
2017
LISTA DE ILUSTRAÇÕES

Figura 1 – Histograma Geral.....................................................................................16


Figura 2 – Histograma pH25º....................................................................................16
Figura 3 – Histograma Condutividade.......................................................................17
Figura 4 – Histograma Carbonato.............................................................................17
Figura 5 – Gráfico de Dispersão...............................................................................17
Figura 6 – Gráfico de Pearson..................................................................................17
Figura 7 – Condutividade x Carbonato......................................................................18
LISTA DE TABELAS

Tabela 1 – Requisitos potabilidade da água.............................................................13


Tabela 2 – Limite máximo de substancia toxica permitido........................................14
Tabela 3 – Avaliação de Marcas de água mineral....................................................16
SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO.........................................................................................................12

2 GARANTIA DE POTABILIDADE............................................................................13
3 ACIDEZ E BASICIDADE E SUA RELAÇÃO COM O PH ......................................14
4 ANALISE DA ÁGUA MINERAL..............................................................................15

CONCLUSÃO GERAL................................................................................................19

REFERÊNCIAS...........................................................................................................20
ANEXOS.....................................................................................................................21
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1 INTRODUÇÃO

É classificada como água potavel, a que reúne as casracteristicas


que a coloca na condição própria para consumo do ser humano, sendo assim ela
deve ser livre de impuresas e contaminação.
A Água Potavel pode ter sua origem em fonte natural, desde que
não haja nenhum tipo de contaminação em sua nascente ou percurso, tambem pode
ser obtida através de um processo de tratamento físico e ou químico. Nas cidades,
este processo é realizado nas ETAs (Estações de Tratamento de Água).
Entre os principais processos de tratamento de água, podemos citar:
decantação, filtração, fluoretação, desinfecção e floculação. Dependendo da
qualidade original da água, um ou mais processos de tratamento são aplicados.

2 GARANTIA DE POTABILIDADE

O Ministério da saúde estabelece, através da Portaria 2.914/11, que


a água produzida e distribuída para consumo humano deve ser controlada, a
quantidade mínima, a frequência de coleta das amostras e os limites permitidos,
também são definidos pela legislação.
Portaria MS nº 1.469, de 29 de dezembro de 2000, estabelece os
procedimentos e responsabilidades relativos ao controle e vigilância da qualidade da
água para consumo humano e seu padrão de potabilidade, e outras providencias.
O Ministério da Saúde por sua vez pelas atribuições conferidas pelo
artigo 2º do Decreto nº79.367, de 9 de março de 1977, no Capitulo IV, Art.11, trata
do padrão de potabilidade da água, que deve estar em conformidade com o padrão
microbiológico, conforme a tabela apresentada a baixo:

Tabela 1 – Requisitos para potabilidade da água


PARÂMETRO VMP(1)
   
13

Água para consumo humano(2)


   
Escherichia coli ou coliformes Ausência em 100ml
termotolerantes(3)
   
Água na saída do tratamento
   
Coliformes totais Ausência em 100ml
   
Água tratada no sistema de distribuição (reservatórios e rede)
   
Escherichia coli ou coliformes Ausência em 100ml
termotolerantes(3)
   
Coliformes totais Sistemas que analisam até 40
amostras por mês:
 Ausência em 100ml em
95% das amostras
examinadas no mês;
 Sistemas que analisam
mais de 40 amostras por
mês:
 Apenas uma amostra
poderá apresentar
mensalmente resultado
positivo em 100ml
Fonte: Anvisa - http://www.anvisa.gov.br/anvisalegis/portarias/518_04.htm

A tabela 3 do mesmo artigo, apresenta a tabela de potabilidade para


as substancias químicas que apresentam risco a saúde, lembrando que são sempre
tratadas em limites máximos, veja a baixo algumas substancias

Tabela 2 – Limite Maximo Substancia toxica permitido


PARÂMETRO Unidade VMP(1)
     
Cianeto mg/L 0,07
     
Chumbo mg/L 0,01
     
Cobre mg/L 2
     
Cromo mg/L 0,05
     
Fluoreto(2) mg/L 1,5
     
Mercúrio mg/L 0,001
     
Benzeno µg/L 5
     
Fonte: Anvisa - http://www.anvisa.gov.br/anvisalegis/portarias/518_04.htm

Já quanto a água mineral a Resolução nº 310, de 16 de junho de


1.999, garante os parâmetros que devem ser obedecidos a fim de se manter
características mínimas de qualidade para água mineral natural e agua natural, e
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garante que a mesma obedeça as classificações pré estabelecidas pela legislação.

3 ACIDEZ E BASICIDADE- SUA RELAÇÃO COM O PH


O pH é um parâmetro muito importante em estudos no campo de saneamento
ambiental, pois o seu valor pode influenciar o equilíbrio químico que ocorre em
processos naturais ou em processos unitários de tratamento de água. Essa
influencia se dá diretamente devidos seus efeitos sob a fisiologia das mais diversas
espécies, assim como seu efeito indireto também é muito importante.
O padrão de potabilidade das águas é medido pelo valor do pH, sendo
recomendado que para abastecimento publico o pH tenha valores entre 6,0 e 9,5, de
acordo com a portaria 518/2004 do Ministério da Saúde, sendo assim ele é a base
para definição de valores de acidez e alcalinidade das águas.
Pode se definir a acidez de uma água como a capacidade de reagir
quantativamente com uma base forte até um valor definido de pH, devido a presença
de ácidos fortes, ácidos fracos e sais que apresentam caráter ácido.
A grande importância no controle da acidez da água se encontra nos estudos
de corrosão, que pode ser provocada por ácidos minerais, assim como por gás
carbônico. Embora seja de grande importância, não há constituição de um
parâmetro “acidez” em qualquer tipo de padrão, seja potabilidade, de classificação
de aguas naturais, ou de emissão de esgotos, o efeito acidez é controlado
legalmente pelo valor do pH.
Portanto, trata-se de uma análise de fácil execução, que não exige
equipamentos sofisticados. Somente com valor de pH8,3 se garante a total
neutralização do gás carbônico presente na amostra, os ácidos minerais prevalecem
em faixas maus baixas de pH, normalmente em valores inferiores a 4,0, e o gás
carbônico apresenta-se na faixa 4,5 -8,3. Sendo assim podemos afirmar que
controlar a acidez significa adicionar substancias neutralizadoras, as mesmas
indicadas para a elevação do pH.
Definimos a alcalinidade de uma amostra como sua capacidade de reagir
quantitativamente com um ácido forte até um valor definido de pH.
Ela não representa risco potencial a saúde publica, porem a alcalinidade
provoca alteração no paladar, e rejeição da água em concentração inferior àquelas
que pudessem trazer prejuízos mais sérios. Não se constitui em padrão de
potabilidade, ficando esse efeito limitado ao pH, também não é padrão de
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classificação de águas naturais, nem de emissão de esgotos, sendo então a


importância desse controle concentrada em processos utilizados em estações de
tratamento de água para abastecimento de residências.
A alcalinidade das águas é associada a dureza, sendo responsável pela
precipitação de carbonatos principalmente em sistemas de aguas quentes,
provocando a formação de incrustações.
A alcalinidade da agua é determinada através da neutralização acido/base,
sendo que na faixa de pH 4,5 e 8,3 devido ao equilíbrio do gás
carbônico/bicarbonato/carbonato, a água pode possuir, simultaneamente, acidez e
alcalinidade.

4 ANÁLISE DA AMOSTRA DE ÁGUA MINERAL

Foi realizada a analise estatística de 25 marcas de Água Mineral


comercializadas nacionalmente, vejamos os resultados obtidos:

Tabela 3 – Avaliação Marcas de Água Mineiral


pH á Condutividade Elétrica Bicarbonato
Marca Fonte
25ºC (µS/cm) (Mg/L)
Agua Viva 4,23 25,30 0,00 Internet
Santos Reis 7,00 0,00015 0,04 Internet
Itacoatiara 4,82 52,70 1,05 Internet
Dafé 5,16 8,10 1,89 Internet
Brunado 4,80 9,10 2,43 Internet
Lebrinha 4,90 13,00 2,62 Internet
La priori 5,33 13,80 6,93 Internet
Douragua 5,08 39,60 7,01 Internet
Villa fonte 5,36 20,00 7,06 Internet
Acqua Futura 5,34 19,90 7,36 Internet
Cachoeiras de Macacu 5,38 29,00 12,64 Internet
Angra 6,83 81,21 14,00 Internet
Magnifica 6,16 30,40 15,58 Internet
Imperial Serra de
23,30 42,20 16,92 Internet
Petropolis
Preciosa de Campinas 6,26 29,20 17,20 Internet
Schin 6,07 67,40 19,55 Internet
Meribá 6,14 46,80 20,27 Internet
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Superlev 6,21 74,00 32,18 Internet


Da Montanha 5,85 111,66 39,50 Internet
Legitima Lindoia 6,86 80,10 47,80 Internet
Daflora 6,20 0,00097 51,54 Internet
Sarandi 9,20 330,00 75,70 Internet
Aquerts 7,58 143,50 82,77 Internet
Crystal 7,28 197,00 108,32 Internet
Fonte Feliz 6,79 232,00 147,58 Internet

Imagem 1 – Histograma Geral Imagem 2 – Histograma pH 25º


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Imagem 3 – Histograma Condutividade Imagem 4 – Histograma Carbonato

Veja a baixo os gráficos que mostram os valores relativos a dispersão, e a


analise de Pearson, aonde fica evidente a relação entre Condutividade e Carbonato.
Imagem 5 – Gráfico de dispersão

Imagem 6 – Gráfico Pearson


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Conforme podemos ver no gráfico a baixo a condutividade elétrica tem


relação proporcional ao teor de sais presentes na água, podendo os mesmos serem
estimados pela condutividade, entre alguns dos ions diretamente responsáveis pelos
valores de condutividades estão o cálcio, magnésio, potássio, sódio, carbonatos,
sulfatos e cloretos.

Imagem 7 – Gráfico Condutividade x Carbonato

Íons são partículas carregadas eletricamente, a condutividade elétrica é a


capacidade que a água possui de conduzir corrente elétrica, e esta está relacionada
então com a presença de íons na água, sendo assim, quanto maior a presença de
íons na água, maior será sua condutividade.
De acordo com a temperatura e a concentração total de substancias ionizada
dissolvida, a condutividade elétrica sofrerá variações.
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CONCLUSÃO GERAL

Concluímos então que a água para ser adequada ao consumo


humano é necessária se enquadrar em algumas regras e leis pré estabelecidas
pelos órgãos competentes, assim como também é monitorada, com numero pré
estabelecido de amostras necessárias e tempo mínimo para que os teste sejam
realizados, visando assim que a água seja adequada ao consumo humano e não
prejudicial a saúde.
Também podemos concluir que a água não é apenas um liquido
responsável por matar a sede, ele pode se tornar condutora, ela pode nos fazer
bem, assim como essa mesma agua se não cuidada, se fora dos padrões
estabelecidos pode ser totalmente prejudicial a saúde, pois a água sendo um ótimo
diluente pode trazer consigo as mais diversas infecções e doenças.
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REFERÊNCIAS

1. APHA, AWWA, WEF, “Standard Methods for the Examination of Water and
Wastewater”. 20th ed. Washington. 2000.
2. CETESB, “Legislação Estadual, Controle da Poluição Ambiental”. Série
Legislação. São Paulo, 1991.
3. CETESB, “Legislação Federal, Controle da Poluição Ambiental”. Série
Legislação. São Paulo, 1991.
4. CONAMA, “Resolução no 357/2005”. Ministério do Meio Ambiente, Conselho
Nacional de Meio Ambiente. Brasília, 2005.
5. KATO, M. T. “Acidez”. Curso Qualidade da Água, do Ar e do Solo. Escola de
Engenharia Mauá. São Caetano do Sul/SP, 1983.
6. KATO, M. T. “Alcalinidade”. Curso Qualidade da Água, do Ar e do Solo. Escola
de Engenharia Mauá. São Caetano do Sul/SP, 1983.
7. KATO, M. T. “Dureza”. Curso Qualidade da Água, do Ar e do Solo. Escola de
Engenharia Mauá. São Caetano do Sul/SP, 1983.
8. KATO, M. T. “pH”. Curso Qualidade da Água, do Ar e do Solo. Escola de
Engenharia Mauá. São Caetano do Sul/SP, 1983.
9. MINISTÉRIO DA SAÚDE, “Portaria 518/2004. Controle e Vigilância da Qualidade
da Água para Consumo Humano e seu Padrão de Potabilidade”. Brasília,
Fundação Nacional da Saúde, 2004.
10. POVINELLI, J. Curso “Técnicas Experimentais em Saneamento Ambiental”, Pós-
Graduação em Hidráulica e Saneamento. Escola de Engenharia de São
Carlos – USP, 1979.
11. SAWYER, C.N., Mc CARTY, P.L. e PARKIN, G.F. “Chemistry for Environmental
Engineering”, Mc Graw-Hill International Editions, Civil Engineering Series,
4th ed., 1994.
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