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Índices de Capacidade
Entenda o que são os índices Cp, Cpk, Pp e Ppk

Índices de capacidade: entenda o que são
os índices Cp, Cpk, Pp e Ppk
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Esperamos que essas funções te ajudem na leitura do texto.
Boa leitura!
Nesse eBook você irá:
• Aprender como se calcula os índices de capacidade e performance,

com todas as fórmulas disponíveis
• Entender a diferença entre Cp, Cpk, Pp e Ppk
• Aprender a análisar e interpretar esses índices
• Aprender como se calcula o sigma estimado - desvio padrão de curto

prazo - para diferentes tamanho de amostra (MR, R e S).
3
Vamos lá?
Índice
Glossário -------------------------------------------------------------------------------- 5
Introdução ------------------------------------------------------------------------------ 6
Índices de Capacidade ---------------------------------------------------------------- 7
Índices de Performance -------------------------------------------------------------- 9
Diferença entre Cp e Pp -------------------------------------------------------------- 10
Qual valor utilizar como meta? ----------------------------------------------------- 12 4
Estudo de caso 1 (Xbar e R) --------------------------------------------------------- 13
Estudo de caso 2 (IX e MR) ---------------------------------------------------------- 19
Estudo de caso 3 (IX e MR) ---------------------------------------------------------- 25
Estudo de caso 4 (Xbar e S) ---------------------------------------------------------- 31
Para aprender e nunca mais esquecer --------------------------------------------- 37
Melhoria de Processos --------------------------------------------------------------- 39
ANEXO I – Constantes para Gráficos de Controle IX-MR e Xbar-R ------------- 40
ANEXO II – Constantes para Gráficos de Controle Xbar-S ----------------------- 41
Glossário
Cp – Índice de Capacidade Potencial do Processo
s – Desvio padrão de longo prazo
Cpk – Índice de Capacidade Real do Processo
S – Desvio padrão do subgrupo
Cpl – Índice de Capacidade Inferior
ơ – Desvio padrão de curto prazo
Cpu – Índice de Capacidade Superior
n – Tamanho do subgrupo
N – Total de itens coletados em todos os subgrupos

Pp – Índice de Performance Potencial do Processo
k - Número de subgrupos
Ppk – Índice de Performance Real do Processo 5
MR – Amplitude Móvel
Ppl – Índice de Performance Inferior
R – Amplitude
Ppu – Índice de Performance Superior
LSE – Limite Superior de Especificação
LIE – Limite Inferior de Especificação
IX – Valores individuais de medições
Xbar ou 𝑿 – Valor médio de cada subgrupo (n>1)
𝑿 – Valor médio de todos os subgrupos

Introdução
A Produção Enxuta ou Lean é baseada no pressuposto de que os processos de
fabricação são operados de forma capaz e previsível. É o contrário da produção
tradicional em massa – onde primeiro o item é produzido, para em seguida ser
inspecionado para remoção de produtos não conformes.
Por isso escutamos bastante sobre capacidade e performance de processo, assim

como sobre seus principais índices: Cp, Cpk, Pp e Ppk. Afinal, se não estamos
medindo tudo o que produzimos, como podemos garantir que estamos 6
trabalhando dentro das especificações?
Ao medir a capacidade do processo, estamos extrapolando o que sabemos sobre

o produto que produzimos para o produto que ainda não produzimos. É razoável
fazer essa extrapolação quando sabemos que o processo se comportou de forma
previsível no passado, isto é, esteve sob Controle Estatístico.
Muito mais que calcular esses índices para apresentá-los aos seus clientes, é
importante entender o significado de cada um e a relação entre eles.
Os índice de capacidades representam uma previsão de como o processo irá se
comportar no futuro, considerando que o mesmo continue dentro dos limites de
controle conhecidos para ele.
O Cp compara a tolerância especificada com a variação potencial do processo:
𝐿𝑆𝐸 − 𝐿𝐼𝐸 𝑣𝑎𝑟𝑖𝑎çã𝑜 𝑝𝑒𝑟𝑚𝑖𝑡𝑖𝑑𝑎 𝑑𝑒𝑛𝑡𝑟𝑜 𝑑𝑎𝑠 𝑒𝑠𝑝𝑒𝑐𝑖𝑓𝑖𝑐𝑎çõ𝑒𝑠

𝐶𝑝 = =
6σ 𝑣𝑎𝑟𝑖𝑎çã𝑜 𝑒𝑠𝑝𝑒𝑟𝑎𝑑𝑎 𝑑𝑜 𝑝𝑟𝑜𝑐𝑒𝑠𝑠𝑜
7
O Cp descreve a relação entre o espaço disponível para variação de acordo com as
especificações e o espaço ocupado pela variação do processo.
Para caracterizar a localização do processo usamos o Cpk, que avalia a distância

da média do processo com a especificação mais próxima dela, da seguinte forma:
𝑋−𝐿𝐼𝐸 𝐿𝑆𝐸−𝑋
𝐶𝑝𝑙 = 𝐶𝑝𝑢 =
3σ 3σ
𝐶𝑝𝑘 = 𝑚𝑖𝑛 𝐶𝑝𝑙 , 𝐶𝑝𝑢

Quando o processo opera centralizado na nominal (alvo da especificação), os
dois índices - Cp e Cpk - terão o mesmo valor, ou valores muito próximos.
A medida que a média do processo se desvia da nominal, o Cpk vai ficando menor
que o Cp.
A interpretação dos valores do Cp e Cpk depende de o processo estar sob ou fora

de controle estatístico:
• Se o processo está sob controle, o Cp e o Cpk representam a capacidade real

8
do processo – como se comportou no passado e o que se espera que continue a fazer
no futuro.
• Se o processo é imprevisível – ou fora de controle – o Cp e Cpk não tem

significado físico. Eles representam o mínimo que você pode esperar do processo
quando conseguir fazer com que ele opere dentro de controle estatístico.
Índices de Performance
Os índices de performance representam como o processo se comportou no
passado. O Pp compara a tolerância especificada com a performance do processo no
passado, através do desvio padrão de longo prazo:
𝐿𝑆𝐸 − 𝐿𝐼𝐸 𝑣𝑎𝑟𝑖𝑎çã𝑜 𝑝𝑒𝑟𝑚𝑖𝑡𝑖𝑑𝑎 𝑑𝑒𝑛𝑡𝑟𝑜 𝑑𝑎𝑠 𝑒𝑠𝑝𝑒𝑐𝑖𝑓𝑖𝑐𝑎çõ𝑒𝑠

𝑃𝑝 = =
6𝑠 𝑣𝑎𝑟𝑖𝑎çã𝑜 𝑑𝑜 𝑝𝑟𝑜𝑐𝑒𝑠𝑠𝑜 𝑛𝑜 𝑝𝑎𝑠𝑠𝑎𝑑𝑜
9
De forma análoga, o Ppk é calculado da seguinte forma:
𝑋−𝐿𝐼𝐸 𝐿𝑆𝐸−𝑋
𝑃𝑝𝑙 = 𝑃𝑝𝑢 =
3𝑠 3𝑠
𝑃𝑝𝑘 = 𝑚𝑖𝑛 𝑃𝑝𝑙 , 𝑃𝑝𝑢

Diferença entre Cp e Pp
A diferença entre o Cp e o Pp (e analogamente entre o Cpk e Ppk) é a forma como
calculamos o fator de dispersão (σ e s) do denominador.
O Pp utiliza o desvio padrão global de todos as amostras, enquanto o Cp utiliza a

medida de dispersão média, que é medida entre os valores de um mesmo subgrupo.
O desvio padrão de longo prazo é calculado de acordo com a fórmula abaixo,

utilizando todos os dados da amostragem:
10
𝑋𝑖 − 𝑋 2
𝑠=
𝑁−1
O desvio padrão “s” é uma medida de dispersão global de todos as medições feitas
ao longo do tempo no processo. Ele trata todas as medições da mesma forma, sem
levar em consideração o agrupamento em subgrupos (amostras).
Diferença entre Cp e Pp
O desvio padrão de curto prazo é uma medida de dispersão média utilizada no
cálculo dos Limites de Controle do processo (conforme postula o Segundo
Fundamento de Shewhart). A tabela abaixo mostra como o desvio padrão de curto
prazo é calculado de acordo com o tamanho da amostra.
Tamanho do Sigma
Medida de dispersão
subgrupo Estimado
Amplitude 𝑀𝑅 𝑀𝑅
Igual a 1 𝑀𝑅 = 𝑀𝑅 = 𝐼𝑋𝑛 − 𝐼𝑋𝑛−1 σ=
Móvel 𝑘−1 𝑑2
𝑅 11
𝑅 R= 𝑀𝑎𝑖𝑜𝑟 𝑣𝑎𝑙𝑜𝑟 − σ=
Entre 2 e 9 Amplitude 𝑅= 𝑑2
𝑘 𝑀𝑒𝑛𝑜𝑟 𝑣𝑎𝑙𝑜𝑟
𝑆
𝑆 𝑋𝑖 − 𝑋 2 σ=
Maior que 10 Desvio Padrão 𝑆= 𝑆= 𝑐4
𝑘 𝑛−1
As constantes d2 e c4 podem ser consultadas na tabela de constantes para Gráficos

de Controle nos Anexos I e II.
Ficou confuso?
Na seção estudos de caso deste eBook você poderá acompanhar os cálculos passo
a passo para entender melhor!
Qual valor utilizar como meta?

A maioria das indústrias trabalha com valores meta de Cp >1,66 e Cpk > 1,33 -
conforme recomendação de Juran e Gryna em seu livro Quality Planning and Analysis
(1980).
Dependendo da criticidade do processo e do tipo de indústria, é possível

trabalhar com metas menores para esses índices.
Quando uma empresa diz que trabalha com um processo 6 sigma, isso significa
que ela trabalha com um espaço de seis sigmas entre a média do processo e a
especificação mais próxima desta média, ou seja, com Cpk=2. Para se aprofundar mais 12
nesse tópico, veja o post: Você sabe o que é um Processo 6 Sigma?

ESTUDOS DE CASO 1
Estudo de caso 1
As medições para o teste Amostra Medições Xbar R Amostra Medições Xbar R Amostra Medições Xbar R
5.841 5.8448 4.2446

“Batimento” foram feitas
1 5.257 5.485 0.584 9 3.7888 5.125 2.056 17 5.3828 4.399 1.8118
com tamanho de amostra 3 e 5.356 5.7424 3.571
5.322 5.1878 4.604 1.5913 5.3367
foram medidos 24 2 4.148 1.867 10 18 4.8515 4.979 0.5874
3.455 3.5965
subgrupos. 3.667 5.0268 4.7493
5.662 4.6958 3.500 2.6838 3.955
Para cada subgrupo foi 3 5.426 5.651 0.439 11 2.012 19 4.2035 3.965 0.4682
5.865 3.792 3.7353 14
calculada a média Xbar (𝑋) e
6.995 4.5344 4.491 0.382 5.2265
a amplitude R. 4 5.336 6.184 1.659 12 4.278 20 3.7524 4.385 1.4741
6.221 4.66 4.1753
A tolerância nesse 5.233 6.0533 5.696 0.7938 4.894
5 6.289 5.796 1.056 13 5.2595 21 6.2581 5.616 1.3641
produto é 5 ± 2.
5.865 5.7763 5.6967
5.0556 4.2868 3.779 1.1813 3.0146
6 3.8784 5.163 2.6756 14 3.9445 22 6.6765 5.056 3.6619
6.554 3.1055 5.4771
5.3067 6.6813 5.593 2.1163 5.384
7 5.1001 5.411 0.7274 15 5.5336 23 5.2066 4.694 1.8938
5.8275 4.565 3.4902
5.4157 4.2765 5.8523
8 3.3744 4.155 2.0413 16 6.2803 5.325 2.0038 24 4.9412 5.248 0.9111
3.675 5.4192 4.9499
Estudo de caso 1
Os valores de Xbar e R são plotados no Gráfico de Controle:
15
*Gráfico de controle feito utilizando o software InfinityQS

Estudo de caso 1
Com os valores utilizados no Gráfico de Controle, calculamos a média das
medições (𝑋) e também o desvio padrão de curto prazo σ:
𝑋 = 4,927
𝑅
𝑅= = 1,477
𝑘
𝑅 1,664
σ= =
𝑑2 1,693
16
σ = 0,872
O desvio padrão de longo prazo s pode ser calculado através da fórmula

STDEV.S (DESVPAD.S no Office em português) no Excel, que calcula o desvio padrão
amostral.
𝑋𝑖 −𝑋 2
𝑠= = 1,015
𝑁−1
𝑠 =1,015
Estudo de caso 1
Assim, temos:
𝐿𝑆𝐸 − 𝐿𝐼𝐸 7−3

𝐶𝑝 = =
6σ 6 ∗ 0,872
𝐶𝑝 = 0,764
𝑋−𝐿𝐼𝐸 4,927−3 𝐿𝑆𝐸−𝑋 7−4,927

𝐶𝑝𝑙 = 3σ
= 3∗0,872
= 0,736 𝐶𝑝𝑢 = 3σ
= 3∗0,872
= 0,792
𝐶𝑝𝑘 = 𝑚𝑖𝑛 𝐶𝑝𝑙 , 𝐶𝑝𝑢 17

𝐶𝑝𝑘 = 0,736
E de forma análoga:
𝐿𝑆𝐸 − 𝐿𝐼𝐸 7−3

𝑃𝑝 = =
6𝑠 6 ∗ 1,015
𝑃𝑝 =0,657
𝑋−𝐿𝐼𝐸 4,927−3 𝐿𝑆𝐸−𝑋 7−4,927

𝑃𝑝𝑙 = = =0,633 𝑃𝑝𝑢 = = =0,681
3𝑠 3∗1,015 3𝑠 3∗1,015
𝑃𝑝𝑘 =0,633
Estudo de caso 1
O processo visto nesse estudo de caso possui os quatro índices de capacidade com
valores bastante semelhantes:
• O fato do Cpk/Ppk estarem próximos do Cp/Pp

mostra que o processo está centralizado com a sua Variação do processo
nominal. De fato, no histograma vemos que a média do
processo está bastante próxima com o alvo (ou
nominal) dos limites de especificação.
18
• A proximidade entre os índices de performance (Pp
e Ppk) e os índices de capacidade (Cp e Cpk) nos diz que o
processo é estável e previsível.
• Os valores dos índices indicam que o processo está

produzindo muitos itens fora de especificação. A
variação do processo é maior que a variação permitida
pelas especificações. Variação permitida pelas especificações
ESTUDOS DE CASO 2
Estudo de caso 2
As medições para o teste “Diâmetro Furo” foram feitas com tamanho de amostra 1
e foram medidos 25 subgrupos. Foi calculada a amplitude móvel entre as medições.
A tolerância nesse produto é 1,77 ± 0,01.
Amostra Medições-IX MR Amostra Medições-IX MR

1 1.7494 14 1.7611 0.0010
2 1.7504 0.0010 15 1.7594 0.0017
3 1.7494 0.0010 16 1.7722 0.0128 20
4 1.7494 0,0000 17 1.77 0.0022
5 1.7497 0.0003 18 1.7688 0.0012
6 1.7495 0.0002 19 1.7708 0.0020
7 1.749 0.0005 20 1.7699 0.0009
8 1.749 0,0000 21 1.7692 0.0007
9 1.7492 0.0002 22 1.7682 0.0010
10 1.7474 0.0018 23 1.7697 0.0015
11 1.7596 0.0122 24 1.7597 0.0100
12 1.7627 0.0031 25 1.7606 0.0009
13 1.7601 0.0026
Estudo de caso 2
Os valores de IX (valores individuais de medição) e MR (amplitude móvel, do inglês Moving
Range) são plotados no Gráfico de Controle:
21

Estudo de caso 2
medições (𝐼𝑋) e a média das amplitudes móveis, que será usada no cálculo do desvio
padrão de curto prazo σ:
𝐼𝑋 = 1,759
A constante d2 vem do ANEXO 𝑀𝑅

I, considerando n=2, pois a 𝑀𝑅 = =0,00245
𝑘−1
amplitude móvel é uma
comparação entre dois valores
𝑀𝑅 0,00245 22
(medição atual e medição σ= =
anterior) 𝑑2 1,128
σ = 0,00217

amostral.
𝑋𝑖 − 𝑋 2
𝑠=
𝑁−1
𝑠 =0,00898
Estudo de caso 2
Assim, temos:
𝐿𝑆𝐸 − 𝐿𝐼𝐸 1,77 − 1,75

𝐶𝑝 = =
6σ 6 ∗ 0,00217
𝐶𝑝 = 1,53
𝐼𝑋−𝐿𝐼𝐸 1,759−1,75 𝐿𝑆𝐸−𝐼𝑋 1,77−1,759

𝐶𝑝𝑙 = = =1,378 𝐶𝑝𝑢 = = = 1,692
3σ 3∗0,00217 3σ 3∗0,00217
𝐶𝑝𝑘 = 1,378 23
𝐿𝑆𝐸 − 𝐿𝐼𝐸 1,77 − 1,75

𝑃𝑝 = =
6𝑠 6 ∗ 0,00898
𝑃𝑝 = 0,371
𝐼𝑋−𝐿𝐼𝐸 1,759−1,75 𝐿𝑆𝐸−𝐼𝑋 1,77−1,759

𝑃𝑝𝑙 = = =0,334 𝑃𝑝𝑢 = = =0,409
3𝑠 3∗0,00898 3𝑠 3∗0,00898
𝑃𝑝𝑘 = 0,334
Estudo de caso 2
Se olharmos apenas o Cp e Cpk dessa característica, a impressão que teremos
que é está tudo ótimo, certo?
• Ao analisar o gráfico de controle, vemos que não é bem

assim: o processo está fora de controle estatístico, a
Variação do processo
maioria dos seus pontos está fora dos Limites de Controle.
• Os valores de Pp e Ppk são baixos e bem diferentes dos

valores de Cp e Cpk. Quando os valores dos índices de
24
performance divergem consideravelmente dos índices
de capacidade, sabemos que o processo está fora de
controle. Nesse caso, o Cp e Cpk não podem ser avaliados.
Por isso, ATENÇÃO: analisar apenas o Cp e Cpk, sem

analisar o Gráfico de Controle, ou, pelo menos, avaliar o Pp e
Ppk em conjunto, pode levar à conclusões equivocadas!
Variação permitida pelas especificações

ESTUDOS DE CASO 3
Estudo de caso 3
Amostra Medições-IX MR Amostra Medições-IX MR
As medições para o teste “Largura
1 36.6 26 37.7108 0.2269
Mancais” foram feitas com tamanho de 2 36.75 0.15 27 36.9976 0.7132
3 36.4 0.35 28 37.8924 0.8948
amostra 1 e medidos 50 subgrupos. Foi
4 36.1 0.3 29 37.5884 0.304
calculada a amplitude móvel entre as 5 37 0.9 30 37.4106 0.1778
medições. 6 37.1241 0.1241 31 37.9774 0.5668
7 36.7968 0.3273 32 37.2517 0.7257
A tolerância nesse produto é 37,5 ± 8 38.5034 1.7066 33 37.515 0.2633
2,5. 9 37.315 1.1884 34 37.8165 0.3015 26
10 37.7395 0.4245 35 38.0719 0.2554
11 37.5241 0.2154 36 37.7583 0.3136
12 37.7222 0.1981 37 37.2291 0.5292
13 37.832 0.1098 38 36.7999 0.4292
14 36.9437 0.8883 39 37.1437 0.3438
15 37.5918 0.6481 40 37.0721 0.0716
16 37.259 0.3328 41 37.9246 0.8525
17 37.3737 0.1147 42 37.0034 0.9212
18 37.1706 0.2031 43 37.7822 0.7788
19 38.0423 0.8717 44 38.1887 0.4065
20 37.0563 0.986 45 36.8564 1.3323
21 37.2169 0.1606 46 37.3197 0.4633
22 37.0828 0.1341 47 36.7826 0.5371
23 37.6791 0.5963 48 37.5565 0.7739
24 38.5797 0.9006 49 38.7053 1.1488
25 37.9377 0.642 50 37.1461 1.5592
Estudo de caso 3
Os valores de IX (valores individuais de medição) e MR (amplitude móvel, do inglês Moving
Range) são plotados no Gráfico de Controle:
27

Estudo de caso 3
Com os valores utilizados no gráfico de controle, calculamos a média das
medições (𝐼𝑋)e a média das amplitudes móveis, que será usada no cálculo do desvio
𝐼𝑋 =37,417
A constante d2 vem do ANEXO 𝑀𝑅

I, considerando n=2, pois a 𝑀𝑅 = =0,558
𝑘−1
amplitude móvel é uma
comparação entre dois valores
𝑀𝑅 0,558 28
(medição atual e medição σ= =
anterior) 𝑑2 1,128
σ = 0,495

amostral.
𝑋𝑖 − 𝑋 2
𝑠=
𝑁−1
𝑠 =0,546
Estudo de caso 3
Assim, temos:
𝐿𝑆𝐸 − 𝐿𝐼𝐸 40 − 35
𝐶𝑝 = =
6σ 6 ∗ 0,495
𝐶𝑝 = 1,683
𝐼𝑋−𝐿𝐼𝐸 37,147−35 𝐿𝑆𝐸−𝐼𝑋 40−37,417

𝐶𝑝𝑙 = = =1,627 𝐶𝑝𝑢 = = = 1,739
3σ 3∗0,495 3σ 3∗0,495

29
𝐶𝑝𝑘 = 1,627
𝐿𝑆𝐸 − 𝐿𝐼𝐸 40 − 35
𝑃𝑝 = =
6𝑠 6 ∗ 0,546
𝑃𝑝 =1,525
𝐼𝑋−𝐿𝐼𝐸 37,416−35 𝐿𝑆𝐸−𝐼𝑋 40−37,416

𝑃𝑝𝑙 = 3𝑠
= 3∗0,546
=1,474 𝑃𝑝𝑢 = 3𝑠
= 3∗0,546
=1,576
𝑃𝑝𝑘 =1,474
Estudo de caso 3
Nesse estudo, os valores dos índices de capacidade e performance são todos altos
e próximos entre si, o que nos indica que:
• O processo está centralizado, pois o Cpk está próximo do Cp
• O processo é estável e previsível pois o Pp e Ppk são próximos do Cp e Cpk
• O processo entrega suas peças dentro de especificação “com folga”: a variação do

processo é consideravelmente menor que a variação permitida pelas especificações.
30

ESTUDOS DE CASO 4
Estudo de caso 4
Amostra Medições X bar S Amostra Medições X bar S Amostra Medições X bar S
As medições para o teste 31.5462 31.5273 31.5302
31.5367 31.5435 31.5339
“Comprimento Total” foram 31.5288 31.5424 31.5318
31.5312 31.5472 31.5325
feitas com tamanho de 31.5462 31.5496 31.5388
2 31.53718 0.010229 5 31.53698 0.012145 8 31.5352 0.003712
31.5161 31.5372 31.5381
amostra 10 e 10 subgrupos. 31.5331 31.5496 31.5383
31.5491 31.5253 31.5307
Foi calculada a média e o 31.5453 31.5125 31.5383
31.5391 31.5352 31.5394
desvio padrão de cada 31.5494 31.5523 31.5349
31.5488 31.5441 31.5349
subgrupo. 31.5359 31.5497 31.5254
31.5301 31.5496 31.5274
A tolerância nesse 31.5316 31.5433 31.5597
3 31.53962 0.010649 6 31.5428 0.009391 9 31.53359 0.012578
31.5271 31.5393 31.5356
produto é 31,5 ± 0,05. 31.5272 31.5495 31.5314
31.5479 31.5422 31.5115
31.5416 31.5198 31.5303
Amostra Medições X bar S 31.5566 31.5382 31.5448
31.544 31.5288 31.5278 31.5294
31.5447 31.5441 31.5523 31.5356
31.5391 31.5246 31.5315 31.5452
31.5377 31.5179 31.5284 31.5493
31.5427 31.5359 31.5333 31.5402
1 31.54015 0.009794 4 31.53391 0.009443 7 31.52957 0.010914 10 31.54012 0.006262
31.5528 31.5275 31.5158 31.5375
31.5409 31.5475 31.5228 31.5373
31.5504 31.5387 31.536 31.5397
31.5189 31.5317 31.5141 31.5376
31.5303 31.5424 31.5337 31.5494
Estudo de caso 4
Os valores de Xbar (Média de cada subgrupo) e s (Desvio Padrão das peças de cada
subgrupo) são plotados no Gráfico de Controle:
33

Estudo de caso 4
medições (𝑋) e a média dos desvios padrão 𝑆, que será usada no cálculo do desvio
𝑋 =31,5369
𝑆
𝑆= =0,00951
𝑘
34
𝑆 0,00951
σ= =
𝑐4 0,9727
σ = 0,00978

amostral.
𝑋𝑖 − 𝑋 2
𝑠=
𝑁−1
s =0,01011
Estudo de caso 4
Assim, temos:
𝐿𝑆𝐸 − 𝐿𝐼𝐸 31,55 − 31,45

𝐶𝑝 = =
6σ 6 ∗ 0,01024
𝐶𝑝 = 1,704
𝐼𝑋−𝐿𝐼𝐸 31,537−31,45 𝐿𝑆𝐸−𝐼𝑋 31,55−31,537

𝐶𝑝𝑙 = = = 2,963 𝐶𝑝𝑢 = = = 0,446
3σ 3∗0,01024 3σ 3∗0,01024
𝐶𝑝𝑘 = 0,446
35
𝐿𝑆𝐸 − 𝐿𝐼𝐸 31,55 − 31,45

𝑃𝑝 = =
6𝑠 6 ∗ 0,01011
𝑃𝑝 =1,648
𝐼𝑋−𝐿𝐼𝐸 31,537−31,45 𝐿𝑆𝐸−𝐼𝑋 31,55−31,537

𝑃𝑝𝑙 = = = 2,865 𝑃𝑝𝑢 = = = 0,431
3𝑠 3∗0,01023 3𝑠 3∗0,01023
𝑃𝑝𝑘 = 0,431
Estudo de caso 4
No caso 4, os valores de Cp e Pp são próximos entre si, porém o Cpk e Ppk são
consideravelmente menores que o Cp e Pp.
• O processo é estável e previsível devido a proximidade do Cp e Pp
• Ele não é centralizado, observe o histograma abaixo: a média do processo está

próxima ao limite superior de especificação.
• Embora estável, esse processo produz muitas peças fora de especificação.
36

Para aprender e nunca mais

esquecer
• Cp e Cpk representam a capacidade real de um processo operado de forma
previsível. Não devem ser avaliados se o processo está fora de controle.
• Pp e Ppk representam o desempenho real do processo, tendo ele operado de

forma previsível ou não.
• Processo operando de forma estável e centralizado na nominal: Cp, Cpk, Pp e

Ppk tem valores muito próximos. 37
• Processo previsível porém não centralizado com a nominal: Cp e Pp são
próximos entre si. Cpk e Ppk também são próximos entre si, porém menores que o
Cp/Pp.
• Processo imprevisível / fora de controle: Cp e Cpk tem valores discrepantes do

Pp e Ppk.
Para aprender e nunca mais

esquecer
Processo operando na
nominal: Cpk se
aproxima do Cp
𝐿𝑆𝐸 − 𝐿𝐼𝐸 min( 𝑋 − 𝐿𝐼𝐸 , 𝐿𝑆𝐸 − 𝑋 )
𝐶𝑝 =
6𝜎 𝐶𝑝𝑘 =
3𝜎
38
Processo previsível: Processo previsível:

Pp se aproxima do Cp Ppk se aproxima do Cpk
𝐿𝑆𝐸 − 𝐿𝐼𝐸
𝑃𝑝 = min( 𝑋 − 𝐿𝐼𝐸 , 𝐿𝑆𝐸 − 𝑋 )
6𝑠 𝑃𝑝𝑘 =
3𝑠
Processo operando na
nominal: Ppk se
aproxima do Pp
Melhoria de Processos
O Cp sempre terá o maior valor entre os índices, enquanto o Ppk será sempre o
pior. O gap entre esses valores representa as oportunidades que existem de
melhoria, para que o processo opere com seu potencial total.
O Cp nos dá a informação do potencial que o processo consegue alcançar se não

for submetido a nenhuma mudança.
Se nem mesmo o valor do Cp é aceitável para o processo, então talvez você precise
fazer um upgrade no processo/ modificações para reduzir as causas aleatórias.
A comparação entre os índices de capacidade e de performance serve para avaliar 39
as oportunidades de melhoria que podem ser aplicadas em qualquer processo sem

grandes investimentos.
ANEXO I - Constantes para Gráficos de Controle
Gráficos de Controle Xbar-R

n A2 D3 D4 d2
1 2,660 - - -
2 1,880 0 3,267 1,128
3 1,023 0 2,574 1,693
4 0,729 0 2,282 2,059 40
5 0,577 0 2,114 2,326
6 0,483 0 2,004 2,534
7 0,419 0,076 1,924 2,704
8 0,373 0,136 1,864 2,847
9 0,337 0,184 1,816 2,970
10 0,308 0,223 1,777 3,078
11 0,285 0,256 1,744 3,173
12 0,266 0,283 1,717 3,258
ANEXO II - Constantes para Gráficos de Controle
Gráficos de Controle Xbar-S Gráficos de Controle Xbar-S

n A3 B3 B4 c4 n A3 B3 B4 c4
10 0,975 0,284 1,716 0,9727 18 0,718 0,482 1,518 0,9854
11 0,927 0,321 1,679 0,9754 19 0,698 0,497 1,503 0,9862
12 0,886 0,354 1,646 0,9776 20 0,680 0,510 1,490 0,9869 41
13 0,850 0,382 1,618 0,9794 21 0,663 0,523 1,477 0,9876
14 0,817 0,406 1,594 0,9810 22 0,647 0,534 1,466 0,9882
15 0,789 0,428 1,572 0,9823 23 0,633 0,545 1,455 0,9887
16 0,763 0,448 1,552 0,9835 24 0,619 0,555 1,445 0,9892
17 0,739 0,466 1,534 0,9845 25 0,606 0,565 1,435 0,9896
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Índices de Capacidade

Entenda o que são os índices Cp, Cpk, Pp e Ppk

Dicas para a leitura deste eBook

Os botões no canto esquerdo superior de todas as páginas servem para

Na parte inferior, temos um botão que leva você, automaticamente, de volta ao

Esperamos que essas funções te ajudem na leitura do texto.

Nesse eBook você irá:

• Aprender como se calcula os índices de capacidade e performance,

• Entender a diferença entre Cp, Cpk, Pp e Ppk

• Aprender a análisar e interpretar esses índices

• Aprender como se calcula o sigma estimado - desvio padrão de curto

N – Total de itens coletados em todos os subgrupos

LSE – Limite Superior de Especificação

LIE – Limite Inferior de Especificação

IX – Valores individuais de medições

Xbar ou 𝑿 – Valor médio de cada subgrupo (n>1)

𝑿 – Valor médio de todos os subgrupos

Por isso escutamos bastante sobre capacidade e performance de processo, assim

trabalhando dentro das especificações?

Ao medir a capacidade do processo, estamos extrapolando o que sabemos sobre

O Cp compara a tolerância especificada com a variação potencial do processo:

𝐿𝑆𝐸 − 𝐿𝐼𝐸 𝑣𝑎𝑟𝑖𝑎çã𝑜 𝑝𝑒𝑟𝑚𝑖𝑡𝑖𝑑𝑎 𝑑𝑒𝑛𝑡𝑟𝑜 𝑑𝑎𝑠 𝑒𝑠𝑝𝑒𝑐𝑖𝑓𝑖𝑐𝑎çõ𝑒𝑠

Para caracterizar a localização do processo usamos o Cpk, que avalia a distância

𝐶𝑝𝑘 = 𝑚𝑖𝑛 𝐶𝑝𝑙 , 𝐶𝑝𝑢

A interpretação dos valores do Cp e Cpk depende de o processo estar sob ou fora

• Se o processo está sob controle, o Cp e o Cpk representam a capacidade real

• Se o processo é imprevisível – ou fora de controle – o Cp e Cpk não tem

𝐿𝑆𝐸 − 𝐿𝐼𝐸 𝑣𝑎𝑟𝑖𝑎çã𝑜 𝑝𝑒𝑟𝑚𝑖𝑡𝑖𝑑𝑎 𝑑𝑒𝑛𝑡𝑟𝑜 𝑑𝑎𝑠 𝑒𝑠𝑝𝑒𝑐𝑖𝑓𝑖𝑐𝑎çõ𝑒𝑠

𝑃𝑝𝑘 = 𝑚𝑖𝑛 𝑃𝑝𝑙 , 𝑃𝑝𝑢

O Pp utiliza o desvio padrão global de todos as amostras, enquanto o Cp utiliza a

O desvio padrão de longo prazo é calculado de acordo com a fórmula abaixo,

As constantes d2 e c4 podem ser consultadas na tabela de constantes para Gráficos

Qual valor utilizar como meta?

Dependendo da criticidade do processo e do tipo de indústria, é possível

nesse tópico, veja o post: Você sabe o que é um Processo 6 Sigma?

5.841 5.8448 4.2446

*Gráfico de controle feito utilizando o software InfinityQS

O desvio padrão de longo prazo s pode ser calculado através da fórmula

𝐿𝑆𝐸 − 𝐿𝐼𝐸 7−3

𝑋−𝐿𝐼𝐸 4,927−3 𝐿𝑆𝐸−𝑋 7−4,927

𝐶𝑝𝑘 = 𝑚𝑖𝑛 𝐶𝑝𝑙 , 𝐶𝑝𝑢 17

𝐿𝑆𝐸 − 𝐿𝐼𝐸 7−3

𝑋−𝐿𝐼𝐸 4,927−3 𝐿𝑆𝐸−𝑋 7−4,927

𝑃𝑝𝑘 = 𝑚𝑖𝑛 𝑃𝑝𝑙 , 𝑃𝑝𝑢

• O fato do Cpk/Ppk estarem próximos do Cp/Pp

• Os valores dos índices indicam que o processo está

A tolerância nesse produto é 1,77 ± 0,01.

Amostra Medições-IX MR Amostra Medições-IX MR

*Gráfico de controle feito utilizando o software InfinityQS

A constante d2 vem do ANEXO 𝑀𝑅

O desvio padrão de longo prazo s pode ser calculado através da fórmula

𝐿𝑆𝐸 − 𝐿𝐼𝐸 1,77 − 1,75

𝐼𝑋−𝐿𝐼𝐸 1,759−1,75 𝐿𝑆𝐸−𝐼𝑋 1,77−1,759

𝐶𝑝𝑘 = 𝑚𝑖𝑛 𝐶𝑝𝑙 , 𝐶𝑝𝑢

𝐿𝑆𝐸 − 𝐿𝐼𝐸 1,77 − 1,75

𝐼𝑋−𝐿𝐼𝐸 1,759−1,75 𝐿𝑆𝐸−𝐼𝑋 1,77−1,759

𝑃𝑝𝑘 = 𝑚𝑖𝑛 𝑃𝑝𝑙 , 𝑃𝑝𝑢

• Ao analisar o gráfico de controle, vemos que não é bem

• Os valores de Pp e Ppk são baixos e bem diferentes dos

Por isso, ATENÇÃO: analisar apenas o Cp e Cpk, sem

Variação permitida pelas especificações

*Gráfico de controle feito utilizando o software InfinityQS

A constante d2 vem do ANEXO 𝑀𝑅