Ensaio de Tração

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ENSAIOS MECÂNICOS

Ensaio de tração

Esse material não substitui


a leitura obrigatória do livro
texto, serve apenas como
uma síntese da aula Hélder Alves de Almeida Júnior
exposta sobre o tema. Departamento de Engenharia Mecânica
Faculdade Pitágoras
Ensaio de tração
Introdução

É um dos ensaios mais utilizados para materiais metálicos devido à facilidade de


execução e reprodução.
Pode ser realizado de duas formas:
•Ensaio de tração convencional;
•Ensaio de tração real.
A uniformidade das tensões e o incremento lento de carga possibilitam uma boa
caracterização do comportamento elástico e plástico do material, fornecendo dados
quantitativos.
Dentre os dados obtidos através da curva tensão-deformação traçada a partir do ensaio
de tração estão:
•Modulo Young (elasticidade) e Coef. Poisson;
•Limites de proporcionalidade, de escoamento, de resistência;
•Módulo de resiliência, módulo de tenacidade e alongamento.
Ensaio de tração
Introdução
Tensão e deformação na tração

Tensão é definida genericamente como a resistência interna de um corpo a uma


força externa aplicada sobre ele, por unidade de área.
A deformação é definida como a variação de uma dimensão qualquer desse corpo,
por unidade da mesma dimensão, quando esse corpo é submetido a um esforço
qualquer.
Considere-se uma barra metálica cilíndrica de secção transversal uniforme, So,
onde é marcada uma distância, Lo, ao longo de seu comprimento. Se essa barra é
submetida a uma única força de tração Q, isto é, a uma força normal à secção
transversal da barra e coincidente com o seu eixo longitudinal, a tensão média de
tração, , produzida na barra é dada por :
Ensaio de tração
Introdução
O termo tensão média provém do fato de a tensão não ser completamente uniforme
sobre a área, So, do espécime, ou seja, cada elemento longitudinal na barra não sofre a
mesma deformação. Entretanto, como a variação é muito pequena, pode-se excluir,
daqui pra frente, o termo tensão média, chamando-o de apenas tensão.
Com a aplicação da tensão, , a barra sofre uma deformação . A carga, Q, produz um
aumento da distância , Lo, de um valor, L-L0.
A deformação linear média é dada então por L-L0/L0
adimensional
Ensaio de tração
Introdução
Propriedades mecânicas obtidas pelo ensaio de tração convencional

Quando um corpo de prova metálico é submetido a um ensaio de tração, pode-se


construir um gráfico tensão-deformação, pelas medidas diretas de carga (ou
tensão) e da deformação que crescem continuamente até quase o fim do ensaio.
Ensaio de tração
Introdução
Propriedades mecânicas obtidas pelo ensaio de tração convencional

ou

Lei de Hooke (1678 por Sir Robert Hooke)

A constante de proporcionalidade, E, é conhecida por módulo de elasticidade ou


módulo de Young.
A linearidade do diagrama termina num ponto A, denominado limite elástico.
Ao ser atingida uma tensão em que o material já não mais obedece à lei de
Hooke, ou seja, a deformação não é proporcional à tensão, chega-se ao ponto
A´ denominado limite de proporcionalidade.
Admite-se que uma deformação residual de 0,001%, seja o limite da zona
elástica.
Ensaio de tração
Introdução
Procedimento:
1)Um CP previamente preparado de acordo com o material a ser estudado é
fixado à máquina de ensaio pelas suas extremidades;
2)Um extensômetro é instalado no CP para medir a variação de comprimento;
3)O CP é submetido a um esforço de tração uniaxial crescente até a sua
ruptura (1 kgf/mm2 s ou 9,81MPa/s – pode variar para P&D);
4)No decorrer do ensaio são medidos a força e o comprimento do CP para
traçar uma curva tensão-deformação.

Fatores de influência na resposta:


1)Velocidade de aplicação da carga (ou interrupções
prolongadas do ensaio);
2)Temperatura;
3)Falhas ou alterações no CP; problemas de fixação do
CP na máquina de ensaio; rigidez da máquina;
Ensaio de tração
Introdução
Corpo de prova:
Seção Cilíndrica: para produtos acabados de
seção circular, forma irregular ou espessura
excessivamente grande;
Seção retangular: para chapas
 Atendendo a relação L0 = 5 D0, de
preferência com D0 = 10mm. (limitado pelo
tamanho do produto acabado ou pela capacidade da
máquina de ensaio)

Extração segundo direção especificada, para


materiais trabalhados mecanicamente.
Cabeça adaptada à máquina de ensaio
(podendo ser rosqueada)

Próprio produto acabado: barras, fios e


arames; além de produtos compostos como
cabos, cordoalhas e correntes.
Ensaio de tração
Introdução
Equipamento de ensaio:
Máquina de tração:
►Hidráulicas ou parafuso contínuo
►Dispositivo de medição de força:
hidráulica, mecânica ou elétrica
►Baixa rigidez (máquina mole –
aumento de carga constante) ou de
Alta rigidez (máquina dura – aumento
de deformação constante)

Câmara ambiental cunha


Ensaio de tração
Introdução
Equipamento de ensaio:

600kN

2000kN
Ensaio de tração
Introdução
Equipamento de ensaio:
Máquina de tração:

Teste de cabos (grandes cargas)


Ensaio de tração
Introdução
Equipamento de ensaio:
Extensômetro:

►Determina a variação de
comprimento entre dois pontos do CP
►Mecânico, ótico, elétrico ou
eletrônico
►Precisão ex. 0,001mm
Ensaio de tração
Ensaio de tração convencional
Curva tensão-deformação característica :
São observados os processos de deformação elástica, escoamento, deformação
plástica com encruamento e deformação plástica com encruamento não uniforme e
estricção da seção do CP com progressão da ruptura.
Ensaio de tração
Ensaio de tração convencional
Curva tensão-deformação característica :
Ensaio de tração
Ensaio de tração convencional
Definições:

L0 Comprimento útil inicial


Configuração inicial
do CP
S0 Seção transversal inicial

Q Força atuante (tração é +)


Medido durante o
ensaio
L Comprimento útil atual

Q
Tensão normal (tração é +)
S0 Válido para ensaio
L L0 L de tração
Deformação normal convencional
L0 L0
Ensaio de tração
Ensaio de tração convencional
Estudo das propriedades mecânicas: Módulo de elasticidade (E)

É a medida de rigidez do material: define a quantidade de deformação normal elástica


apresentada por um material quando submetido a um nível de tensão normal.

Lei de Hooke E E E é a constante de proporcionalidade


entre tensão e deformação normal no
regime elástico.
Graficamente é a inclinação da curva
tensão-deformação no regime
elástico.
Determinado pela força de ligação
ente átomos.
É inversamente proporcional à
temperatura, sendo esse efeito mais
forte em alguns materiais que em
outros:
temp. E
Ensaio de tração
Ensaio de tração convencional
Estudo das propriedades mecânicas: Módulo de elasticidade (E)

Em ensaios onde a parte elástica


linear não é bem definida pode-se
medir E pela inclinação da reta
tangente da curva na origem (O) ou
em um ponto especificado (B).
Também é possível determinar E pela
inclinação da reta secante à curva
indo da origem (O) a um ponto
especificado (A).
Ensaio de tração
Ensaio de tração convencional
Estudo das propriedades mecânicas: Limite elástico e de proporcionalidade

Limiteelástico aparente ou limite Johnson: substitui o limite elástico e o limite de


proporcionalidade por ser mais facilmente obtido.
Corresponde ao ponto onde a velocidade de deformação é 50% maior que na
origem. Esse valor é determinado graficamente conforme um dos dois
procedimentos:

DE=0,5CD ED=0,5FE

e FG//OE e MN//OD
Ensaio de tração
Ensaio de tração convencional
Estudo das propriedades mecânicas: Limite de escoamento (σe)

Substituio limite de proporcionalidade nos


ensaios de rotina.
Não é bem definido para todos materiais.
(Ex. de ocorrência: aço de baixo carbono,
alumínio e latão)
Costuma dar base a tensão de trabalho em
projeto de estruturas (cargas estáticas).

Qe Qei
Limite de escoamento e
ou e
S0 S0
Ensaio de tração
Ensaio de tração convencional
Estudo das propriedades mecânicas: Limite de escoamento (σe)

Escoamento é um processo heterogêneo de


deformação que ocorre entre a zona elástica e a zona
plástica.
Pode se dar pela formação e propagação de faixas de
deformação plástica (bandas de Lüders), quando ocorre
a oscilação da tensão durante o escoamento.
 Pode se dar uniformemente no CP, sem a variação da
tensão no início e decorrer do escoamento.
Metaismais dúcteis e de granulação mais fina
apresentam maior alongamento no escoamento.
É associado a interação entre impurezas e as
discordâncias existentes no material. Materiais 100%
puros não apresentam escoamento.
Ensaio de tração
Ensaio de tração convencional
Estudo das propriedades mecânicas: Limite de escoamento (σe)

Fatores de influência:
Velocidade de aplicação da carga. (quanto maior
a velocidade de aplicação maior tende a ser o σes)
Geometria, acabamento e fixação do CP.
(irregularidades geométricas,acabamento
superficial ruim diminuem o σes. A falta de
axialidade pode alterar ou dificultar a verificação
de σe)
Rigidez da máquina de ensaio (K)
Máquina mole tem um valor baixo da
Na queda do limite superior para o limite inferior “constante da mola” e uma máquina dura um
de escoamento, a inclinação da curva é valor alto.
determinada pela característica da máquina,
Máquina dura é sensível à velocidade de
“constante de mola”. O quociente entre a
deformação e a mole é sensível a variação de
diminuição da carga e a movimentação dos carga. O limite superior é relativamente menos
êmbolos para produzir essa diminuição é a afetado pelos fatores apontados do que o
“constante de mola”. superior.
Ensaio de tração
Ensaio de tração convencional
Estudo das propriedades mecânicas: Limite convencional n de escoamento (σen)

Valor convencionado internacionalmente para substituir o limite de escoamento quando


esse é de difícil determinação.

Método do desvio: Interseção


entre curva tensão-deformação e
um reta de inclinação E, com
origem na deformação n.
Método da deformação total:
Valor de tensão na curva tensão-
deformação para uma
deformação total n.

Valores típicos de n: Ligas metálicas em geral (0,2%);


Metais muito duros (0,01% – 0,1%); metais ou ligas com
grande plasticidade (0,5%).
Ensaio de tração
Ensaio de tração convencional
Estudo das propriedades mecânicas: encruamento

Encruamento é o processo de endurecimento do material por meio de deformação a frio


A medida que o material sofre deformação
plástica sua resistência é aumentada.
No caso de um descarregamento o
material voltará a se deformar plasticamente
somente após atingida a tensão máxima já
suportada. (O limite de escoamento é
aumentado após o encruamento)
O processo de carregamento e
descarregamento ocorre de forma elástica.
Encruamento por envelhecimento: quando
o material é recarregado após um tempo
considerável a tensão de retomada da
plastificação pode se elevar, com eventual
aparecimento do processo de escoamento.
Ensaio de tração
Ensaio de tração convencional
Estudo das propriedades mecânicas: limite de resistência (σr)

Limite de resistência (σr) é dado pela carga máxima


atingida durante o ensaio.
Pouco significativa para materiais
dúcteis.
Importante para materiais frágeis.
Importante para identificação do
material. Dado determinante de fácil
obtenção. Normalmente é
especificado para ligas metálicas.
Sofre menos influência da
anisotropia do que o limite de
escoamento.

Qmáx
Limite de resistência r
S0
Ensaio de tração
Ensaio de tração convencional
Estudo das propriedades mecânicas: alongamento

Alongamento total: medido após a ruptura do CP, formado por (alongamento uniforme +
alongamento até a ruptura). Leva em conta o processo de deformação não uniforme que
ocorre com a estricção do CP.
Alongamento uniforme: alongamento do escoamento + alongamento da zona plástica.
Leva em conta o alongamento até o limite de resistência, quando toda a deformação é
uniforme. Se medido durante o ensaio ou pelo gráfico tensão-deformação, deve-se
retirar a deformação elástica.
Éuma medida comparativa de ductilidade dos materiais. Quanto maior o alongamento,
mais dúctil é o material.
O alongamento uniforme é o mais útil, sendo muito importante na análise de processos
de estampagem.
É influenciado pelo valor da medida inicial L0, que deve ser informada junto com o
alongamento.

L L0
Alongamento (%) A 100
L0
Ensaio de tração
Ensaio de tração convencional
Estudo das propriedades mecânicas: alongamento

Determinação do alongamento: L0 do CP é
previamente dividido em n partes iguais.
Fraturano centro do CP; Lf é medido somando
os comprimentos das n divisões iniciais.
Fratura próxima a uma extremidade do CP;
Ensaio de tração
Ensaio de tração convencional
Estudo das propriedades mecânicas: estricção
Variação da área da seção transversal do CP
no local da fratura.
S0 S
Medida indicativa de ductilidade; Quanto maior
Estricção (%) 100
S0
a estricção, maior a ductilidade do material.
Não é uma propriedade específica do material,
D02 D2
mas uma caracterização do seu comportamento Estricção (%) 2
100
no ensaio de tração. D
0

Normalmente não é medida em CP de seção


retangular.

Para CP de seção retangular


Ensaio de tração
Ensaio de tração convencional
Estudo das propriedades mecânicas: limite de ruptura (σf)
Tensão produzida pela carga Qf no momento da ruptura do CP.
Em materiais dúcteis Qf é menor do que Qr .
Em materiais frágeis Qf tende a ser próximo ou igual a Qr .

Qf
Limite de ruptura f
S0
Ensaio de tração
Ensaio de tração convencional
Estudo das propriedades mecânicas: Módulo de Resiliência (UR)
Resiliência
é a capacidade do material em absorver energia
quando deformado elasticamente.
Módulo de Resiliência: é a medida da quantidade de energia de
deformação por unidade de volume necessária para tensionar
um material do estado inicial até atingir a tensão limite de
proporcionalidade.
Graficamente é a área abaixo do gráfico tensão-deformação na
zona elástica.
Ensaio de tração
Ensaio de tração convencional
Estudo das propriedades mecânicas: Resiliência hiperelástica
Resiliênciahiperelástica se refere à energia de deformação elástica liberada por unidade
de volume no descarregamento de um material a partir de um ponto de tensão-deformação
dentro do regime plástico.
Esse valor é maior que UR devido ao encruamento do material.
Ensaio de tração
Ensaio de tração convencional
Estudo das propriedades mecânicas: Módulo de Tenacidade (UT)
Tenacidade é a capacidade do material em absorver energia na zona plástica.
Módulo de Tenacidade: é a medida da quantidade de energia de deformação por unidade
de volume que o material pode absorver até o início de sua ruptura (limite de resistência) ou
até a fratura (limite de ruptura).
Graficamente é a área abaixo do gráfico tensão-deformação até o limite de resistência ou
até o limite de ruptura.
Compreende tanto a resistência quanto a ductilidade do material.
Importantepara o projeto de peças que devam sofrer tensões estáticas ou dinâmicas
acima do seu limite de escoamento sem se fraturar.
Ensaio de tração
Fratura no ensaio de tração
Estudo da fratura à tração

 Dependendo da quantidade de deformação plástica que a acompanha, uma


fratura pode ser macroscopicamente classificada em:
(i) Fratura dúctil ou fibrosa: quando existe grande deformação plástica
acompanhando a fratura
(ii) Fratura frágil ou cristalina/granular: quando a deformação plástica junto à
fratura é pequena ou imperceptível e a propagação das trincas é rápida
O limite entre as duas classificações só é bem definido em escala microscópica

 Quanto à propagação da fratura pode-se fazer a classificação em: fratura


intergranular (propagação entre os grãos) e fratura transgranular (propagação
através dos grãos).
Ensaio de tração
Fratura no ensaio de tração
Estudo da fratura à tração

 Pode-se dizer que a fratura se dá em duas fases: início de trinca e propagação


de trinca.

 A tendência para a fratura frágil aumenta com: diminuição da temperatura,


aumento da taxa de deformação e com a triaxialidade do estado de tensões;

 A fratura frágil deve ser evitada devido a sua ocorrência sem advertência, o que
pode levar a conseqüências desastrosas; Essa forma de fratura é a mais estudada
por causar maiores problemas que a fratura dúctil.

Na fratura por cisalhamento ocorre deslizamento intenso entre planos adjacentes
devido a tensões cisalhantes (fratura cinza e fibrosa); A fratura por clivagem é
controlada pela tração atuando normalmente ao plano de clivagem (fratura
brilhante ou granular).
Ensaio de tração
Fratura no ensaio de tração
Estudo da fratura à tração

(a) Fratura frágil; caracterizada pela


separação do material normal à
tensão de tração (ocorre em
metais c.c.c. e h.c.).
(b) Fratura cisalhante; deslizamento
de planos sucessivos em
materiais monocristais h.c. até a
ruptura por cisalhamento.
(c) Fratura completamente dúctil;
em materiais muito dúcteis
(ouro, chumbo, etc...).
(d) Fratura dúctil; fratura taça-cone
com inicio no centro do CP e
propagação cisalhante, com
triaxialidade de tensões.
Ensaio de tração
Fratura no ensaio de tração
Estudo da fratura
Ensaio de tração
Fratura no ensaio de tração
Estudo da fratura frágil

Devido a presença de trincas/defeitos no material, a tensão


média necessária para a separação do material é menor que
a tensão de ligação dos átomos.
Segundo a teoria das discordâncias o processo de fratura
frágil se dá em três estágios:
(a) Empilhamento de discordâncias por deformação plástica;
(b) Nucleação de microtrincas pela concentração de tensões no empilhamento
de discordâncias;
(c) Propagação e união das microtrincas de forma instável (imediata) ou através
de evolução com tensão constante ou leve aumento.
Ensaio de tração
Fratura no ensaio de tração
Estudo da fratura dúctil

Processo de fratura frágil:


(a) Início da estricção; Triaxialidade de tensões e componentes hidrostáticas.
(b) Formação de microcavidades na região central do CP;
(c) Crescimento das microcavidades e formação de trincas.
(d) Propagação perpendicular da trinca central até as extremidades com
posterior formação de planos de cisalhamento a 45º .
(e) Formação do cone da fratura.
Ensaio de tração
Referências

Souza, S. A. (1982) Ensaios mecânicos de materiais metálicos – Fundamentos teóricos


e práticos. 5 ed. Editora Edgar Blucher LTDA.
 Garcia, A., Spim, J. A., Santos, C. A. (2000) Ensaios dos Materiais. LTC -- Livros
técnicos e científicos editora.
Dieter, G. E. (1981) Metalurgia mecânica. Segunda Edição. Editora Guanabara Koogan
S.A..

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