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(1960).
TAXAS PIGOUVIANAS
Pigou defende que a externalidade não pode ser tratada unicamente através de uma
negociação contratual entre as partes afectadas recomenda assim medidas coercivas por
As taxas pigouvianas baseiam-se no pagamento de uma taxa pelo poluidor, incidindo esta
taxa por unidade de produto, o objectivo desta taxa é fazer com que o poluidor incorpore
nos seus custos de produção (custos marginais privados), os custos que a sociedade tem
explicitado o objectivo da taxa pigouviana,, os custos marginais sociais são superiores aos
custos marginais privados, a eliminação da diferença entre os custos será então realizada
através da imposição da taxa que fará com que a curva de custos marginais privados se
desloque de CMP para CMP’, sendo esta taxa igual à distância vertical entre a e b. Com a
Custos Marginais
Procura Sociais
(MPB,MSB) CMP’
CMP
Q* Q1
Quantidade de aço
As taxas de Pigou incidem sobre a produção e não sobre as emissões de poluição, as taxas
que incidem directamente sobre a poluição são mais justas e mais eficazes, contudo em
alguns tipos de actividades torna-se difícil medir as emissões de poluição1, sendo que as
Através da solução exposta por Pigou, as externalidades são internalizadas, encontra-se aqui
corrigir as externalidades ou para limitar as falhas de mercado, são elas: a persuasão moral,
1
É o caso das emissões realizadas pelos carros, em que a taxa incide sobre a gasolina.
Economia e Ambiente -Licenciatura em Tecnologia e Gestão Industrial 2
ESTSetúbal/Instituto Politécnico de Setúbal
Elsa Ferreira
a políticas directas de qualidade ambiental, a prevenção de poluição, medidas de controlo
utilizará o instrumento mais adequado, podendo contudo uma política ser composta por
recursos que são afectos para a diminuição ou eliminação da poluição. Assim o estudo
sobre a poluição economicamente óptima deve ser realizado tendo em atenção os custos
despoluição.
A curva de custos marginais de estragos relaciona os danos provocados pela poluição (em
unidades monetárias) com uma unidade adicional de poluição, a curva é crescente e cresce
a uma taxa crescente, o que significa que à medida que a poluição aumenta, os danos
Função de Estragos
Marginal
D1
Estragos totais
provocados por E1
Estragos
0
E1
Emissões Poluentes
7,
2
Em inglês Damage, é entendido como os danos ou prejuízos causados pela poluição.
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ESTSetúbal/Instituto Politécnico de Setúbal
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pode ser exemplificativo da água de um lago muito poluída em que mais uma unidade
adicional de poluição não provoca tantos danos como provocaram as primeiras unidades
de emissão de poluição.
Gráfico 7
Função de Estrago
prejuízo
Marginal
0
E1
Emissões Poluentes
Em alguns casos a função de estragos marginais pode ser representada através de degraus,
Estrago
D3
D2
D1
E1 E2 E3
Emissões
despoluição, que incluem recursos que são afectos para o esforço de eliminação ou
diminuição da poluição como sejam recursos humanos, bens de capital, energia, matérias-
primas... Neste sentido surge a curva de custos marginais de despoluição que relaciona os
custos despoluição com cada unidade adicional de emissão de poluição (conforme gráfico
nº9).
custos CMD
custos totais de
despoluição ao reduzir as
emissões de E1 para Eu
C1
E1 Eu
emissões
custos
Eu
emissões
O nível óptimo de poluição surge então quando se minimizam os custos totais associados à
minimização dos custos ocorre quando os custos de despoluição são iguais aos custos de
danos que corresponde ao ponto E1 do gráfico. Se o nível de emissões fosse E2, os custos
marginais de estragos seriam superiores aos custos de despoluição, o que geraria um custo
CMD
CME
Custos, estragos
Custos totais de
Prejuízos despoluição
totais
E1 Eu
emissões
Gráfico nº12
CMD
CME
prejuízos
b
Custos
0 E1 E2 Eu
emissões
custos relacionados com os danos e com a despoluição são iguais, contudo o valor óptimo
de poluição considerado hoje, pode não ser o valor de amanhã, dado que as tecnologias