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RESUMO
Trata o artigo sobre a análise do art. 168-A do Código Penal (Crime de apropriação indébita
previdenciária) e sua compatibilidade com a Constituição Federal Brasileira, especificamente
em relação a princípios nela elencados como a vedação à prisão civil por dívidas, agressão à
valorização do trabalho e livre iniciativa, isonomia tributária, e o princípio da capacidade
contributiva e de vedação de efeitos confiscatórios dos tributos. Verifica o texto que o
indigitado artigo desafia controle de constitucionalidade por agredir frontalmente o texto
constitucional brasileiro.
Nesse texto, faremos a análise de tal modificação à luz dos princípios constitucionais
informados pela nossa Lex Mater, verificando se, e em que passo, tal dispositivo
infraconstitucional tem condições reais de sobreviver ao primado da Constituição em sua
soberania, e se desafia controle de constitucionalidade.
Ainda que não seja o tema central promover uma análise de direito comparado,
parece-nos também adequado registrar que a legislação estrangeira (sobretudo a européia) tem
tratado do tema não na esfera criminal, mas na própria esfera tributária, previdenciária ou
mesmo civil, tendo em vista que se tem claramente um delito (não recolhimento/pagamento –
à previdência) de natureza civil, pois que relacionado diretamente com patrimônio, com
valores, com dinheiro. E o deslocamento do ilícito (e frise-se, é um ilícito!) em questão para o
Código Penal, como fez o legislador brasileiro, não tem o condão de transformá-lo em ilícito
penal.
A primeira, e talvez a mais contundente e grave afronta que faz o referido artigo à
Constituição Federal brasileira é no concernente a vedação que a Lei Maior faz sobre a
vedação à prisão por dívida. O art. 168-A do CP é, não vemos como se entender de maneira
diversa, previsão de prisão por dívida.
Essa tem sido a tese que melhor reflete e fomenta os contemporâneos e (quase sempre)
convergentes diplomas internacionais e nacionais, que buscam maximizar a proteção dos
direitos humanos e que é diametralmente oposta ao estabelecido pela previsão do art. 168-A
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CF. Art. 5.º, § 2.º Os direitos e garantias expressos nesta Constituição não excluem outros decorrentes do
regime e dos princípios por ela adotados, ou dos tratados internacionais em que a República Federativa do
Brasil seja parte.
§ 3.º Os tratados e convenções internacionais sobre direitos humanos que foram aprovados, em cada Casa do
Congresso Nacional, em dois turnos, por três quintos dos votos dos respectivos membros, serão equivalentes
às emendas constitucionais.
i
Mestre em Direito Econômico pela Universidade Federal da Paraíba; Professor de Direito Constitucional e
Administrativo das Faculdades UNESC – União de Ensino Superior de Campina Grande e CESREI – Centro de
Ensino Superior Reinaldo Ramos; Advogado.
do CP, que nasce na contramão da tendência constitucional mundial da proteção e da
valorização plena da dignidade da pessoa humana.
Sarlet (2001) assenta que a dignidade da pessoa humana possui força normativa mais
intensa que uma simples norma, que, além do seu enquadramento na condição de princípio
(valor) fundamental, é alicerce de mandamento definidor de direito e garantia, mas também
de deveres fundamentais.
Agra (2006), na mesma linha, indica que as condições de dignidade da pessoa humana
devem ser propiciadas pelo Estado, mas não são prerrogativas outorgadas pelas entidades
governamentais, pois que preexistem a qualquer direito estatal, advindo da qualidade inata
dos seres humanos, onde o Estado apenas e tão somente deve atestar sua existência,
comprometendo-se a velar por elas.
Nesse passo, Clève (1997) diz claramente da incompatibilidade do texto do art. 168-A
com a Constituição, pois que em tal artigo não existe nenhum tipo subjetivo, como a conduta
fraudulenta, ou mesmo o abuso de confiança, sendo medida desproporcional e agressiva ao
princípio da justa medida. Diz ele, com razão ímpar, que o interesse da arrecadação estatal,
mesmo protegido pela norma penal, não pode ser suficiente para justificar a aniquilação do
direito fundamental insculpido no direito de não-sujeição à privação da liberdade por dívida
erigido em direito fundamental e cláusula pétrea, no art. 5.º, LXVII da CF.
Assim, claro está que a supremacia constitucional deve ser preservada, e no caso em
espeque há uma afronta clara e direta da previsão constante do art. 168-A do CP ao art. 5.º,
LXVII da Constituição Federal brasileira. A conseqüência lógica desse confronto, e para que
se promova a estabilidade constitucional, deve ser o reconhecimento de que tal incongruência
não deve ser tolerada, sob pena de enfraquecimento da própria Constituição.
Nucci (2005) muito bem explicita que transformar, sem nenhuma finalidade especial,
o crime previdenciário num delito de mera conduta é indevido porque transforma a lei penal
em instrumento de cobrança, pois o devedor previdenciário, mesmo sem intenção de deixar de
contribuir, se deixasse de fazer o recolhimento, poderia acabar não sendo executado pelas vias
cabíveis para ser criminalmente imputado, numa nítida inconstitucionalidade por afronta à
vedação da prisão civil por dívida. Acrescenta que o legislador, ao criar tal figura penal sem o
dolo específico da vontade deliberada de fraudar, estaria buscando a cobrança de uma dívida
através da ameaça de sancionar penalmente o devedor.
Ao mesmo tempo, alerta o referido autor, o que nos parece extremamente pertinente
anotar em relação à própria existência do art. 168-A que, como se sabe (e tem sido tão
magistralmente aplicado pela Corte Máxima do nosso país), ante uma interpretação possível
da lei que seja contrária à Constituição e outra que seja harmoniosa com o Texto Magno,
deve-se preferir esta última.
Todavia, se o claro sentido da norma legal estiver na contramão da Magna Carta, o que
se deve é, sem rebuços, proclamar a inconstitucionalidade da norma interpretada. Não se deve
forçar a adaptação da norma inferior à Constituição, porque, aí, sob o pretexto de salvar a
normatividade inferior, o que se está a fazer é um ato de criação da própria norma jurídica
abstrata. Ato de criação que termina sendo um atentado à Constituição, que não faz do
intérprete-jurista uma fonte do Direito.
Silva (1999) explica que um regime de justiça social é o que cada um pode dispor dos
meios materiais para viver confortavelmente segundo as exigências de sua natureza física,
espiritual e política. Indica que o reconhecimento dos menos favorecidos, não teve, até aqui, a
eficácia necessária para reequilibrar a posição de inferioridade que lhes impede o efetivo
exercício das liberdades garantidas. Assim, indica que o capitalismo há de humanizar-se.
Não se pode deixar de perceber que a legislação criada no art. 168-A do CP, muito ao
contrário de humanizar o capitalismo – donde as responsabilidades previdenciárias, por
lógico, decorrem diretamente da atividade econômica – cria um novo instrumento, muito mais
voraz e amedrontador do que todos os que já existem atualmente, afastando, o próprio Estado,
garantias de dignidade da pessoa humana, instituindo a possibilidade de constrição da
liberdade como forma de arrecadação tributária.
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Art. 170. A ordem econômica, fundada na valorização do trabalho humano e na livre iniciativa, tem por fim
assegurar a todos existência digna, conforme os ditames da justiça social, observados os seguintes princípios:
I – soberania nacional;
II – propriedade privada;
III – função social da propriedade;
IV – livre concorrência;
V – defesa do consumidor;
VI – defesa do meio ambiente, inclusive mediante tratamento diferenciado conforme o impacto ambiental dos
produtos e serviços e de seus processos de elaboração e prestação;
VII – redução das desigualdades regionais e sociais;
VIII – busca do pleno emprego;
IX – tratamento favorecido para as empresas de pequeno porte constituídas sob as leis brasileiras e que
tenham sua sede e administração no País.
Parágrafo único. É assegurado a todos o livre exercício de qualquer atividade econômica, independentemente
de autorização de órgãos públicos, salvo nos casos previstos em lei.
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Art. 174. Como agente normativo e regulador da atividade econômica, o Estado exercerá, na forma da lei, as
funções de fiscalização, incentivo e planejamento, sendo este determinante para o setor público e indicativo
para o setor privado.
De fato, parece-nos que o Estado, por tal legislação, cria um novo desafio, afora o já
existente risco que é inerente a qualquer atividade econômica, pois se a investida de qualquer
pessoa, que se dispõe a lançar-se na atividade econômica, não logra êxito, além do fracasso
econômico, também fica – a pessoa que se lança como empreendedor – mercê de ser
enquadrado como criminoso, pois se não obtém êxito para cumprir com suas obrigações
atuais (o que o leva à bancarrota), por óbvio que não cumprirá com a obrigação de pagamento
dos valores previdenciários ao Estado, o que lhe torna criminalmente imputável segundo os
termos do art. 168-A do CP.
Ainda em Bastos, o mesmo explica que a livre iniciativa deve levar em conta que
(ainda que procurada por razões egoísticas) o lucro que o homem busca para si acaba
constituindo-se em lucro para todos. A riqueza irradia-se para toda a sociedade com a criação
de empregos e através do pagamento de salários aos empregados. A livre iniciativa, então,
procura tatear, através da experiência e do erro, descobrindo por meio de sucessivas tentativas
em que consiste a verdade. Não há assim, segundo o referido autor, uma definição apriorística
dos fins a serem alcançados ou dos objetivos a serem atingidos e por isso mesmo é que a livre
iniciativa conduz necessariamente a políticas pluralistas, pois que, em princípio, não existem
regras ou idéias condenáveis, onde o Estado só deve intervir na economia para coibir
possíveis abusos.
Araújo e Nunes Júnior (2007), no mesmo sentido, indicam que a valorização social do
trabalho e a livre iniciativa, indicados como fundamentos de nossa ordem econômica (art. 170
da CF), mostram que não só o Brasil adota o sistema capitalista, calcado na liberdade de
empreendimento, como que um dos papéis de regulação do sistema econômico atribuído ao
Estado é o de valorizar o trabalho, promovendo, portanto, a sua proteção, quer em relação ao
empregador, quer em relação a vicissitudes econômico-sociais.
Ainda, no mesmo passo, importante notar que, ao instituir tamanho gravame ao tipo
penal em questão, o Estado cria penalização mais severa para o não recolhimento aos cofres
da Previdência Social do que o não pagamento do próprio empregado por parte do
empregador, numa completa desvalorização do trabalho, não só do empregado, mas também
do empresário, ou mesmo do responsável tributário.
Não se olvide também, apesar de não ser esse o intuito central da análise presente, que
está o art. 168-A a estimular, por seu turno, a não existência formal das empresas (ou mesmo
dos empresários individuais), empurrando, ainda mais, por medo não só da pesada tributação
a qual estão submetidos todos os que estão formalmente inseridos no sistema capitalista, mas
também de serem submetidos à pena prisional, os agentes econômicos para a informalidade, o
contrabando, o subemprego, a pirataria, eis que para o Estado, os agentes promotores dessas
práticas nem existem oficialmente.
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Art. 145. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios poderão instituir os seguintes tributos: I -
impostos;
II - taxas, em razão do exercício do poder de polícia ou pela utilização, efetiva ou potencial, de serviços públicos
específicos e divisíveis, prestados ao contribuinte ou postos a sua disposição;
III - contribuição de melhoria, decorrente de obras públicas.
§ 1º - Sempre que possível, os impostos terão caráter pessoal e serão graduados segundo a capacidade
econômica do contribuinte, facultado à administração tributária, especialmente para conferir efetividade a
esses objetivos, identificar, respeitados os direitos individuais e nos termos da lei, o patrimônio, os
rendimentos e as atividades econômicas do contribuinte.
Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, aos Estados, ao
Distrito Federal e aos Municípios:
II – instituir tratamento desigual entre contribuintes que se encontrem em situação equivalente, proibida
qualquer distinção em razão de ocupação profissional ou função por eles exercida, independentemente da
denominação jurídica dos rendimentos, títulos ou direitos.
IV – utilizar tributo com efeito de confisco.
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Informação colhida em www1.folha.uol.com.br/folha/dinheiro/ult91u112117.shtml, acesso em 16 de
dezembro de 2008.
ação fiscal, ou mesmo a ação tributária baseada no art. 168-A do CP, o responsável tributário
efetua o pagamento.
Assim, como entende Capez (2005) a extinção da punibilidade deve ser reconhecida
em qualquer tempo em que se faça o pagamento, mesmo em grau de recurso, inclusive
porque, como se sabe, todo pagamento previdenciário feito com atraso é realizado mediante o
pagamento de atualização, juros e pesadas multas. Não conseguimos vislumbrar, realizado o
pagamento, como subsistiria o “crime” capitulado no art. 168-A do CP. Inconstitucional a
previsão do § 2º e também do § 3.º do art. 168-A do CP6.
Faz-se essa pequena comparação para demonstrar o fato inegável de que o não-
pagamento aos cofres do Estado não se faz (basta uma análise perfunctória das empresas que
quebram no país) por mera vontade deliberada de se locupletar das verbas devidas (e são
devidas, repita-se!) à Previdência nacional. O não recolhimento se faz por puro estado de
necessidade, onde o responsável tributário, o empresário, sobretudo o pequeno, deixa de
recolher suas obrigações tributárias por pura incapacidade econômica, escolhendo a
subsistência de sua atividade, fomentando a economia presente, gerando riquezas para a
sociedade, cumprindo – ainda que a duras penas – com a função social da existência da
empresa, ao gerar trabalho, adimplindo compromissos com fornecedores, promovendo a
subsistência da empresa, a sua própria subsistência e dos que dependem, atual e diretamente,
da existência da empresa.
Indo numa análise um pouco mais profunda, insta-nos notar que, pela análise, do
quadro descrito acima, o art. 168-A do CP quebra o preceito constitucional programático da
capacidade contributiva, pois se este não gera o direito subjetivo, como explica Harada (2005)
do contribuinte responsável bater às portas do judiciário pleiteando que determinado imposto
ajuste-se ao seu perfil econômico, parece-nos completamente pertinente a alegação de que
permitir se institua constrição penal como forma de cobrança, agride frontalmente o princípio
constitucional da capacidade contributiva, pois o tributante, ao instituir odiosa medida para
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Art. 168-A.
§ 2º. É extinta a punibilidade se o agente, espontaneamente, declara, confessa e efetua o pagamento das
contribuições, importâncias ou valores e presta as informações devidas à previdência social, na forma definida
em lei ou regulamento, antes do início da ação fiscal.";
§ 3º. É facultado ao juiz deixar de aplicar a pena ou aplicar somente a de multa se o agente for primário e de
bons antecedentes, desde que: I - tenha promovido, após o início da ação fiscal e antes de oferecida a
denúncia, o pagamento da contribuição social previdenciária, inclusive acessórios;
aumentar a sua arrecadação, penaliza muito mais o pequeno do que o grande responsável
tributário.
Por todos esses fatores até aqui elencados, não há outra conseqüência lógica
decorrente senão o reconhecimento da plena, direta e frontal inconstitucionalidade do disposto
no art. 168-A do CP.
A razão de tal suspensão (que ocorre, geralmente, nos crimes de sonegação fiscal e
previdenciária) é clara: trata-se, de um lado, da aplicação de princípios de razoabilidade e de
proporcionalidade, de justiça, e mesmo de devido processo legal e contraditório, tendo em
vista a oportunização, para que o devedor tributário discuta, junto à Fazenda Pública, seu
débito, podendo, inclusive, quando permitido em lei, realizar composições através de acordos
e refinanciamentos da dívida. Por outro lado, reflete também o resultado do reconhecimento
de um sem-número de denúncias em ações relacionadas à dívidas tributárias, tendo em vista
que tais denúncias, feitas antes de findo o processo administrativo fiscal, eram reconhecidas
ineptas, por completa falta de subsistência.
A decisão então passa a entender de maneira corretíssima (ainda que tantos outros
argumentos tenham sido elencados) que é indispensável à ocorrência de apropriação dos
valores, com inversão da posse do numerário. Entendeu-se também que, pendente recurso
administrativo sobre o tributo, seria inviável a propositura da ação penal e da manutenção do
inquérito, sob pena de preservação de situação que degrada o contribuinte.
Mesmo assim, entendemos que mais do que forçar uma interpretação que a lei não
abre espaço, essa interpretação dada nas decisões em controle difuso – deferindo Habeas
Corpus e afastando a possibilidade de prisão pelo crime descrito no art. 168-A do CP, vai
além disso: dá ao Magistrado a possibilidade de criação, como já dissemos alhures, a
possibilidade de ser ele mesmo uma fonte de emanação abstrata de lei.
Dessa maneira, não se pode permitir, e esta é observação que cabe não só quanto ao
caso do artigo em estudo, mas também em todos os casos em que não caiba uma interpretação
conforme a constituição, simplesmente por inexistir duas ou mais interpretações sobre o tema,
que a Jurisprudência tenha o papel de consertar, amoldar de maneira completamente forçada,
reconhecendo as falhas, impropriedades da técnica legislativa, omissões e
inconstitucionalidades da lei, e se permita que normas permaneçam existindo, ilesas, no
ordenamento jurídico, ao arrepio da Constituição, promovendo o gradativo enfraquecimento
da Lei Maior do Estado, atacando a supremacia constitucional.
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Como nos casos de liminares proferidas em HC n.º 2007.04.00.022930-7/PR e 2006.04.00.031146-9/RS
ambos do Tribunal Regional Federal da 4.ª Região.
O art. 168-A do Código Penal merece, e no nosso concluir, com todos os argumentos
possíveis aqui delineados (ainda que outros, que questionam critérios de natureza
propriamente penais e tributárias – como ser o crime de natureza material e do estado de
necessidade do responsável tributário) ser objeto de controle de constitucionalidade repressivo
via Ação Direta de Inconstitucionalidade (ou mesmo via Ação Declaratória de
Constitucionalidade, tendo em vista que, pouco a pouco, parece surgir a controvérsia sobre o
tema) por afrontar diretamente não só regras, mas princípios constitucionais basilares,
insculpidos na proibição de ser preso por dívidas, na proteção ao direito alimentar (tanto do
trabalhador como do empregador), na valorização do trabalho e da livre iniciativa como
fundamentos da República Federativa do Brasil, nos princípios de isonomia, capacidade
tributária e vedação ao confisco, todos eles se convergindo no princípio basilar da proteção à
dignidade da pessoa humana.
Referências:
AGRA, Walber de Moura. Curso de Direito Constitucional. Rio de Janeiro. Forense, 2006.
ARAÚJO. Luiz Alberto Davil. Curso de Direito Constitucional/Luiz Alberto David Araújo,
Vidal Serrano Nunes Júnior. 11.ª Ed. Ver. E atualizada. São Paulo. Saraiva, 2007.
BASTOS. Celso Ribeiro. Curso de Direito Constitucional. 20.ª Ed. Atualizada. São Paulo.
Saraiva, 1999.
CAPEZ, Fernando. Curso de Direito Penal vol. 02 Parte Especial: dos crimes contra a pessoa
a dos crmes contra o sentimento religioso e contra o respeito aos mortos (arts. 121 a 212). 5.ª
Ed. São Paulo. Saraiva, 2005.
HARADA, Kiyoshi. Direito Financeiro e Tributário. 14.ª Ed. Revista e ampliada. São Paulo.
Atlas, 2005.
NUCCI, Guilherme de Souza. Código Penal Comentado. 5.ª Ed. São Paulo. RT, 2005.