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08
Sempre que há um Estado, há um poder político, logo, existem sempre regras sobre a
sua organização e funcionamento, e por isso há Constituição.
Há 15 principais momentos:
5- Tratado de Alcanices
7- Conquista de Ceuta
9- Estabelecimento da inquisição
Pela primeira vez são produzidas leis gerais do reino, há uma extensa e afirmação dos
poderes do rei, prevalece a vontade do rei perante os direitos costumeiros feudais e
locais.
- Normas jurídicas para todo o reino, aplica-se o direito do rei, pelo que a decisão a
que cabe recurso é para o rei, acaba por ser o juiz supremo.
- Formação das primeiras garantias (juntamente com a magana corte, provavelmente
anteriores).
É deposto pelo Papa que o afasta com um argumento brutal: “não assegura a justiça
no Reino”, não pode continuar a governar
É uma ideia que vem de Santo Agostinho: “um reino que não prossegue a justiça não
é mais que uma quadrilha de ladrões”
A subordinação dos reis ao poder espiritual do papa é uma constante, o poder vem de
Deus por mediação do Papa, pelo que depõe o rei e nomeia o conde de Bolonha, D.
Afonso III
Dá-se o juramento de Paris, acto pelo qual D Afonso governador aceita as imposições
do Papa e garante a justiça e a obediência ao papa, é uma auto-vinculação do rei
Portugal e Castela definem uma linha de fronteira que permanece até hoje excepto o
caso de Olivença:
D. Fernando tinha uma única filha que casou com o rei de Castela e, nos termos do
contrato de casamento e das regras de sucessão, a coroa pertencia à sua filha.
Posto isto surge a revolta de Lisboa, dá-se a deposição de Leonor Telles e convocam-
se as Cortes de Lisboa.
O poder vem de Deus mas por mediação do povo, é uma ideia que vem de Marsílio de
Pádua.
Ainda um dos maiores reflexos de 1415, é ainda hoje em dia o art. 15º, que dá direitos
especiais aos PALOP.
Duas respostas:
Está presente mais uma vez a expansão ultramarina, com duas linhas de politica
externa:
Os reis também recorriam aos judeus para que estes lhes emprestassem dinheiro, e
assim, uma vez condenados por heresia, todos os seus bens revertiam para o Estado
ou para o rei, figuras que se misturavam.
É uma impermeabilidade que nada tem a ver com a liberdade, igualdade ou mesmo
dignidade da pessoa humana inerentes à religião católica.
Quem vai ocupar a coroa? É nas Cortes de tomar que se escolhe o rei. O precedente
constitucional é o de 1385 nas Cortes de Coimbra que elegem o mestre D’Avis, D.
João I tem a origem popular a sua monarquia.
As Cortes escolhem Filipe II de Espanha para rei de Portugal. Também relevam outros
aspectos: união pessoal, juridicamente Portugal não perde independência, têm em
comum um titular da coroa.
- Armada invencível
- Tratado de Tordesilhas
- O povo reivindica nas Cortes, o poder de destituir um rei que se torne usurpador do
poder (que não cumpre as promessas). Têm não só o poder de escolher o rei mas o
poder de o destituir.
Havia um problema. Ele era louco! Tinha perturbações mentais graves, e o seu irmão
vai afastá-lo do poder com o argumento da demência.
Surge uma lei sobre tutória e regência do reino, materialmente constitucional, sempre
que o rei for menor ou incapaz deve admitir o poder o irmão mais velho. Vai
permanecer esta prática subsequente.
Ainda hoje é muito importante: família real vai para o Brasil para impedir que lhe
acontece o mesmo que aconteceu aos espanhóis, que foi serem capturados pelos
invasores franceses.
Pela primeira vez, o governo de um país europeu muda a sua sede para o continente
Americano, mais uma vez o problema da política ultramarina.
Em 1815 é elevado à categoria de Reino. Até aqui Portugal era um Estado unitário, e
agora passa a ser uma união real, reino de Portugal e dos Algarves e de Áquem e de
Além-mar e do Brasil.
Portugal que era a metrópole passou a colónia é isto que gera a revolução liberal de
1820 e não o alinhamento com os ideais liberais europeus.
A primeira exigência do governo que toma posse é o regresso da família real do Brasil
para Portugal.
- Patriotas: ao pedirem uma constituição para impedir Jeanot de ser tornar rei de
Portugal.
- Liberdade de culto
Antes de 1820 não havia Constituição em sentido formal mas sim em sentido histórico.
Não há Estado sem regras que regulam a organização e poder, logo, todos têm
Constituições em sentido material. Havia apenas uma Constituição Histórica.
- Todas as leis aprovadas em Cortes que tinham como propósito derrogar ou modificar
as actas das Cortes de Lamego.
(Na Abrilada são as leis fundamentais do reino que se vai tentar repor)
2- Actos jurídicos unilaterais dos reis: não são leis mas têm também uma
função de serem fontes de Direito Constitucional. Podiam ser:
- Cartas de Regência: os reis por vezes ausentavam-se do país (isto era muito
frequente com D. Afonso II). Estas tinham dois propósitos:
São 6:
4. Prevalência do rei sobre a lei positiva: o rei estava acima da lei e não
subordinado à lei que produzia. Há que ter em consideração o seguinte:
- Quando o rei queria afastar uma lei tinha que cumprir os requisitos formais
6. Discriminação pessoal aplicativa da lei: a lei não era igual para todos
(nobres, plebeus, cristãos, judeus, etc.)
21. Fev. 08
1. Exige mediação entre Deus e rei: uns dizem que é papal (está na base da
deposição de D. Sancho II) outros dizem que é do povo (Cortes de
Coimbra, proclamação do mestre d’Avis
2. Cortes: 3 pontos:
1. Antes de 1254
- Sobre que matérias é que as cortes tinham poder de intervir? Outras áreas:
1. Feitura da guerra
1º- 1822
- Segunda: teve 3 períodos de vigência – foi a que até hoje teve mais vigência
1- 1820: data da revolução liberal que tem 3 propósitos: protesto contra a situação
de colónia em que Portugal se tinha formado com a presença da família real no
Brasil, oposição ao domínio britânico na governação do país, alinhar Portugal
no contexto político europeu, isto é, alinhamento aos princípios da revolução
francesa
4- 1823: cessa a vigência com a Vila Francada. Quem fez a Constituição obrigou
o rei a jurar a Constituição assim como a rainha, que começou a conspirar com
o seu filho D. Miguel. O rei D. João VI tem a pretensão de elaborar uma
Constituição, mas ele morre sem Constituição. De 23 a 26 é o primeiro
interregno Constitucional, não há constituição. Entram em vigor as leis
fundamentais do reino.
8- 1837: são eleitas as cortes constituintes para elaborar uma nova Constituição.
Oliveira Martins, historiador do séc. XIX: “A Constituição de 22 não agradava
ao Paço. Então havia de procurar qualquer coisa que se chamasse
Constituição para agradar ao parlamento, mas cujo conteúdo fosse muito
parecido com a de 26 para agradar ao paço.
- Monárquicas (3 primeiras)
????
- Liberal: 1911
- Autoritária: 1933
26.Fev.08
- 1822
- 1826
- 1838
- Parlamento ou Cortes:
- Estatuto do rei:
2. 1926: o rei é a chave de todo o poder. A Carta é outorgada pelo rei, fruto da
legitimidade monárquica, o rei emanou a carta auto-limitando-se (introduz
uma monarquia limitada). Rei tem o protagonista a nível constituinte e de
todos os poderes do Estado. Como se vê isto?
Assim, já com maioria no parlamento, este fazia uma lei chamada “Bill
de indemnidade”:
- 22 e 38 inserem no início
- 26 no penúltimo artigo
5. Modificação da Constituição:
- Só a de 26 foi modificada porque foi a única que teve tempo. Foi alvo de 4
modificações, sendo que só uma foi conforme à constituição:
Inovações de 1911:
1. Forma Republicana: seja enquanto República democrática seja enquanto
república laica
c. Era eleito por sufrágio indirecto e podia ser destituído por 2 terços do
congresso
Principais alterações:
28.Fev.08
§6- Constituição de 33
2. Interregno constitucional mais extenso desde 1822, não estava em vigor nas
áreas principais
2. Veio receber os ideais da ditadura militar. Atribuía poder aos civis mas com
uma cláusula militar implícita, para o exercício do presidente da república. Esta
também está na constituição de 75/76, o que se vê com o Prof. Ramalho
Eanes
- Carta Constitucional de 26
- autoritarismo e
- democracia e nacionalismo
- república e monarquia
- É a primeira com matriz de Estado Social, com direitos sociais, tem como
promoção a qualidade de vida e bem-estar dos mais necessitados (influência o nosso
artigo 9º)
2. Afirmação do Estado como uma república corporativa. Estado fundamenta-
se nas corporações. O individuo não é isolado, está inserido no seu contexto
social, familiar e laboral. É aqui que os homens se realizam. Há uma
intervenção das corporações como tentativa de base estruturante da nação.
Tem 2 fases:
- ???
3. Sistema do Governo:
- reforço do papel do governo, pela primeira vez o Governo está na Constituição como
órgão de soberania, independente do chefe de Estado. Tem titularidade do poder
legislativo, não é responsável politicamente perante a assembleia nacional. O PR
nomeava o Presidente do Conselho de Ministros que só era responsável perante chefe
de Estado, sendo que escolhia livremente os ministros e secretários de Estado, só
politicamente responsável perante ele. Era um sistema de chanceler.
2. A Constituição se não foi feita somente por Salazar, foi por uma comissão da
sua confiança. Era expressão da sua vontade.
4. (vê se também tens um 4, sff, porque a mim parece-me um tópico novo! Acho que é
o 6.3) Dois períodos de vigência da Constituição de 33:
- 33 a 68: Salazar
- revisão de 51:
04.Mar.08
Características:
2- Com a lei 3/74 são instituídos o conselho de Estado (tem poderes constituintes)
e o Governo Provisório (poder legislativo e administrativo)
- Pacto I: para viabilizar as eleições de 75, pois o poder político via com
maus olhos o caminho para o poder civil
Fontes:
1. Internas:
- Constituição de 33: ou por influência ou por oposição. A constituição de 76 estava
mais próxima da última versão de 33, do que esta com a primeira versão
2. Externas:
- Italiana de 47
1. Ordem entre parte II e III não é arbitrária. Ideia de matriz marxista em que a
estrutura económica condiciona a estrutura política.
a. Conselho de Revolução
São 7:
4. Revisão de 97: atribui-se direito de voto aos emigrantes para eleição do PR,
reduz-se nº de deputados, reforçam-se poderes das Regiões Autónomas
06.Mar.08
Significa que é possível mudar o sentido de normas constitucionais sem ser através de
uma revisão.
Revisão traduz-se num mecanismo constituinte formal, mas pode ser modificada
através de um poder constituinte informal.
O mesmo enunciado normativo não sofre qualquer alteração, mas com o decurso do
tempo há uma aplicação diferente dessa norma – interpretação evolutiva
Ex. Artigo 36º: Filiação na de 76 era a natural. Hoje em dia pode ser procriação
medicamente assistida
3- Afirmam a garantia dessa mesma constituição. São rígidas com limites material
de revisão de constituição e com mecanismos de fiscalização da
constitucionalidade.
- Democracia humana
- Unidade descentralizada
2. Poder como garante da prevalência do ser sobre o ter, das pessoas sobre as
coisas
Pressupostos:
Na teoria é. O que não significa que na prática, olhando para o direito ordinário
sejamos mesmo. Estas dúvidas e interrogações colocam-se em 3 áreas:
1- Direito penal: moldura penal dos crimes contra as pessoas é mais severa do
que os crimes contra o património. Se não for então o ter vale mais do que o
ser. Claramente, quando se aprova uma lei que deixa sem protecção jurídica a
vida humana até às 10 semanas há um retrocesso na protecção do ser, com a
particularidade de que o regime regra em Portugal é comunhão de adquiridos
(tem de haver consentimento das partes), mas para abortar não é preciso
consentimento do marido. O ser não vale mais do que o ter, aqui.
Sobre a origem sabemos que entre 76 e 82 este não resultava do texto articulado da
constituição mas sim do preâmbulo. Só desde 82 consagra este estado.
O Estado de Direito democrático é uma forma de Estado Social mais evoluída. Onde
está essa evolução?
Só na primeira há limitação.
11.Mar.08
9.4- Princípio do bem-estar
Bem-estar como tarefa fundamental do Estado, o que resulta do artigo 9º da CRP, que
vem da Constituição de 33.
Para além de direito, liberdades e garantias também há direitos sociais que impõe
dever de agir por parte do Estado, no qual todos os órgãos estão empenhados -
legislativos, administração (de nada servem as normas se não existirem decisões
administrativas que mandem construir hospitais, escolas, etc. Por ela passo ou êxito
ou falta dele da cláusula de bem-estar. É uma administração refém da Administração
pública (ainda por cima o que faz ganhar eleições são promessas a nível
administrativo de direitos sociais, e não promessas legislativas). E também o Tribunal
Constitucional pois também vê a inconstitucionalidade por omissão, por ausência de
medidas legislativas, nomeadamente normas constitucionais em matéria de bem-estar.
10.1- Manifestações
Consequências:
1. Portugal não é um estado sujeito a outro estado, nem pode ser. Seria
inconstitucional que Portugal se tornasse um estado federado. Se a EU evoluir
para uma estrutura do tipo federativo, qualquer alteração da constituição para
atribuir a Portugal o estatuto de estado federado significaria que estaria em
vigor uma outra constituição não esta. Onde está a linha de fronteira, quando é
que a EU se tornará uma estrutura federativa? PO- critério muito objectivo: até
agora qualquer alteração do direito primário, tratados constitutivos da EU (ex.
tratado de Lisboa), exige o consentimento de todos os estados membros.
Basta que um não queria para que o processo termine. Os Estados continuam
a ser os donos dos tratados. A partir do momento em que uma maioria de
Estados possa modificar, impondo essa maioria mesmo as estados que nas as
votaram favoravelmente, então torna-se uma estrutura federal (tal como nos
EUA é necessário 2/3)
2. PO: o direito interno português tem primado sobre as convenções
internacionais, tem paridade de grau hierárquico. Salvo quando esteja em
causa o direito comunitário ou quando a Constituição reconheça uma força
jurídica superior a essa convenção
10.2- Limitações
Artigo 6º diz que Portugal é um estado unitário (oposição aos Estados compostos).
Vários corolários:
3. Estado é única entidade cujos poderes têm natureza originária. Os outros têm
poderes que derivam de um acto de vontade do Estado (Regiões Autónomas,
Universidades, etc.). Os poderes do Estado não dependem de nada nem de
ninguém.
13.Mar.08
Em 4 acepções:
1. Em termos estruturais
2. Em termos normativos
3. Em termos políticos
4. Em termos interpretativos
13.1- Estrutural
Olhando para o interior tem dinamismo porque no artigo 1º há uma meta: sociedade
mais justa, mais livre e mais solidária.
13.2- Normativa
13.3- Política
2. Intervenção dos partidos políticos: faz com que em certas áreas os partidos
políticos possam dizer como Luís XIV “O Estado somos nós”
b. Dinâmica de direito da UE