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O Museu de Artes e Ofícios – MAO – é um espaço cultural que abriga e difunde um

acervo representativo do universo do trabalho, das artes e dos ofícios do Brasil. Um


lugar de encontro do trabalhador consigo mesmo, com sua história e com o seu
tempo. Iniciativa do Instituto Cultural Flávio Gutierrez – ICFG, em parceria com o
Ministério da Cultura e a CBTU, Companhia Brasileira de Trens Urbanos, o MAO
preserva objetos, instrumentos e utensílios de trabalho do período pré-industrial
brasileiro.

Criado a partir da doação ao patrimônio público de mais de duas mil peças pela
colecionadora e empreendedora cultural Angela Gutierrez, o MAO revela a riqueza da
produção popular, os fazeres, os ofícios e as artes que deram origem a algumas das
profissões contemporâneas.

O MAO está instalado na Estação Central de Belo Horizonte, por onde transitam
milhares de pessoas diariamente. É assim, um espaço coerente com a natureza da
coleção, bem próximo ao trabalhador. Para abrigar o Museu foram restaurados dois
prédios antigos , de rara beleza arquitetônica, tombados pelo patrimônio público. A sua
implantação incluiu ainda a recuperação, pela Prefeitura de Belo Horizonte, da Praça
da Estação, marco inaugural da cidade, que, cada vez mais, se consolida como
espaço destinado a eventos e manifestações culturais.

Em outubro de 2000, ao comemorar dois anos de existência, o Instituto Cultural Flávio


Gutierrez anunciou a decisão de implantar o Museu de Artes e Ofícios, com o apoio do
Ministério da Cultura e da CBTU - Companhia Brasileira de Trens Urbanos. O museu
foi planejado para receber a coleção organizada ao longo da vida por Angela
Gutierrez, presidente do ICFG – coleção esta que assumiu a dimensão de um acervo
bastante representativo da história do trabalho pré-industrial no país.

O local escolhido foi a Estação Central, no centro de Belo Horizonte. As obras tiveram
início em 2001 e já em 12 de dezembro do ano seguinte foi concluída a primeira etapa
do projeto, envolvendo:
. a assinatura do Termo de Compromisso para a doação do acervo do Museu de Artes
e Ofícios;
. a entrega da primeira etapa das obras do museu, com a restauração do prédio
principal;
. a abertura da exposição "Trilhos da Memória", que apresentou aspectos históricos da
Praça da Estação.
Após mais três anos de trabalho foram concluídas as obras essenciais de implantação,
envolvendo:
. adaptação das plataformas para abrigar galerias expositivas;
. restauração do prédio da Estação da Oeste de Minas;
. trabalhos de pesquisa e organização da exposição permanente;
. desenvolvimento de um programa permanente de conservação de acervo.

O Museu de Artes e Ofícios foi inaugurado em 14 de dezembro de 2005, com a


abertura ao público marcada para o dia 10 de janeiro de 2006.

Ofícios Ambulantes
Açougue Fundição
Ofícios da Cerâmica Alambique Funilaria
Ofícios da Cozinha Alimentos Mineração
Ofícios da Madeira Barbearia Olaria
Ofícios da Mineração Caça Ourivesaria
Ofícios da Terra Carpintaria Queijaria
Ofícios de Lapidação Chapelaria Sapataria
e Ourivesaria Comércio Selaria
Ofícios do Comércio Cozinha Tanoaria
Ofícios do Couro Curtume Tecelagem
Ofícios do Fio e do Dentista Transporte
Tecido Energia Tropeiro
Ofícios do Fogo Engenho Utensílios
Ofícios do Transporte Ferraria
Proteção do Viajante

1654 Cadeira de dentista


Século XIX/XX
Altura: 140,0
Largura: 54,0
Profundidade: 89,0

Cadeira de dentista em estrutura metálica de ferro, desmontável, composta de um


tripé com um pé transversal traseiro preso por uma grande borboleta; do tripé eleva-se
uma haste de secção retangular com uma série de orifícios quadrangulares em toda a
sua extensão e apoiada por uma barra inclinada ligada ao pé; sobre essa haste
correm o assento e o espaldar, o primeiro composto por um suporte curvo provido de
uma alavanca que permite sua regulagem em um dos orifícios da haste, com dois
ferros curvos no extremo que sustentam, em suas extremidades, um rolo de madeira
onde se prende o estofamento do assento; o espaldar apresenta o mesmo mecanismo
do assento, com alavanca e dois ferros curvos que têm presos nos extremos uma
barra de madeira onde se prende o estofamento; no alto da haste encontra-se
encaixado, de forma móvel, o apoio da cabeça, composto de uma alça de ferro na qual
se fixa um suporte curvo de madeira revestido por tecido e couro, e também munido
de alavanca que permite a sua regulagem. Marcas Um "W" entrelaçado por dois "S",
inscritos em um losango. Observações A cadeira, quando desmontada, é guardada
em uma caixa, que lhe serve também de suporte, e é guarnecida de uma pequena
escada para uso do profissional, ambas descritas em anexo.
1731 Carranca
Século XIX/XX
Altura: 33,0 cm
Largura: 20,0 cm
Profundidade: 30,0 cm

Carranca zoomorfa entalhada em pedra-sabão, representando a cabeça de uma


espécie de felino, com a boca bem grande e aberta, mostrando dentes arreganhados;
narinas acima da boca de forma triangular e grandes olhos ovalados frontais; orelhas
no alto da cabeça, por detrás, e pescoço largo e quadrangular

1319 Balança de precisão


Século XX
Altura: 20,0 cm
Largura: 13,0 cm
Profundidade: 1,2 cm
Diametro: 4,2 cm
Peso: 200 g

Balança composta de um travessão reto, de perfil achatado e com a parte inferior


levemente recurvada, sustentado ao meio por uma haste retangular, encaixada por
pinos, com uma curta parte inferior móvel e a parte superior vazada em dois círculos
com um pequeno pino entre eles, arrematada por uma alça circular onde prende-se
um gancho com um cordão verde; no vão desta haste movimenta-se o fiel em forma
de agulha, que se eleva do travessão cujas extremidades terminam em um gancho
curvo, com argola, onde prendem-se três pedaços de um cordão azul, que servem de
sustentação a um prato semi-esférico. Suporte: Nos pesos quadrangulares, gravado
em cada um: 8; 8; 16; 32; (o número do maior está desgastado, mas deve ser o dobro
do anterior).
Nos pesos em chapas retangulares, gravado em cada um: 15; 48.
Nos pesos em chapinhas de prata, gravado em cada um: 50/100; 100; 200; 200. No
pesinho menor cúbico: 1/4. No circular: 2.

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