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SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO DE RIO DO PIRES

Rua Tibério Neves s/n- Rio do Pires (77) 36932432


CNPJ: 06.083.939/0001-43
smeriodopires@hotmail.com

Plano de Retomada das Aulas Presenciais

Secretaria Municipal da Educação de Rio do Pires – Bahia.

Março/2022
Sumário
Introdução ....................................................................................................... 03
Objetivo Geral ................................................................................................. 03
Objetivos específicos..................................................................................... 04
Marcos Legais ................................................................................................ 04
Ensino Remoto ............................................................................................... 05
Ensino Híbrido ................................................................................................ 06
Ensino Presencial .......................................................................................... 07
Aprendizagens Essenciais .......................................................................... 08
Pontos de Atenção (Fases antecedentes) .................................................... 08
Organização do Trabalho ............................................................................. 09
Comissão Escolar de Retorno às Aulas ...................................................... 12
Comissão Pedagógica .................................................................................. 15
Creche ............................................................................................................ 16
Pré-escola ...................................................................................................... 16
Anos iniciais do Ensino Fundamental ......................................................... 16
Anos finais do Ensino Fundamental. ........................................................... 16
Educação Especial ........................................................................................ 16
Implementação do plano de retomada ........................................................ 16
Execução dos protocolos ............................................................................. 17
Roteiro de contingência em caso de nova suspensão................................ 18
Avaliação......................................................................................................... 18
Referências ..................................................................................................... 19
Introdução

O processo de reabertura das escolas demanda alguns cuidados e


mudanças de rotina, de forma a não impactar na taxa de transmissão da
Covid-19. Esses cuidados são necessários para que possamos avançar no
processo de abertura das escolas, sem retroceder no combate à pandemia e
garantir a segurança dos alunos, dos professores, gestores e profissionais da
educação.
O retorno das atividades presenciais será realizado de forma a respeitar
a porcentagem descrita pelo Governo do Estado da Bahia.Estudos apontam
para a impossibilidade de retorno de todos os estudantes ao ambiente escolar
presencial ao mesmo tempo. Dessa forma, o ensino híbrido, que mescla
momentos presenciais com momentos mediados por tecnologias, mostra-se
como uma saída possível para a educação da rede municipal de Rio do Pires,
neste contexto de isolamento social. As questões estruturais, principalmente
aquelas ligadas ao acesso à internet deverão ser suplementadas por meio de
atividades a serem entregues aos estudantes. É importante salientar que as
atividades ofertadas no ensino mediado por tecnologias, quer sejam impressas,
quer sejam por meio eletrônico, devem ser centradas nos estudantes, a
promover sua autonomia e criticidade e possibilitar a aprendizagem mesmo
fora do ambiente escolar. As estratégias a serem consideradas em relação à
reabertura das escolas devem ser agrupadas em três ações:

1 - Avaliar a disponibilidade de pessoas, infraestrutura, recursos e capacidade


de retomar as funções;
2 - Assegurar que a aprendizagem seja retomada e continue da forma mais
harmoniosa possível após a interrupção;
3 - Construir e reforçar a preparação do sistema educacional para antecipar,
responder e mitigar os efeitos das crises atuais e futuras.

Objetivo Geral

 Refletir sobre a retomada das aulas de forma segura para todos os


envolvidos no processo educacional.

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Objetivos específicos

 Auxiliar as escolas para que o retorno as aulas aconteçam com


segurança;

 Analisar a eficácia as ações para o retorno;

 Propor diretrizes a serem cumpridas pelas escolas.

 Garantir o direito de aprendizagem no processo remoto e híbrido em


todas as modalidades e etapas de ensino;

 Apresentar estratégias de recursos pedagógicos e metodológicos para


utilização das Tecnologias Digitais de informação e comunicação;

Marcos Legais

- Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional nº 9.394,de 20 de dezembro


de 1996, que estabelece as diretrizes e bases da educação nacional.
- Parecer CNE/CP Nº 5/2020, Reorganização do Calendário Escolar e da
possibilidade de cômputo de atividades não presenciais para fins de
cumprimento da carga horária mínima anual, em razão da Pandemia da
COVID-19.
- Parecer CNE/CPNº11/2020, Orientações Educacionais para a Realização de
Aulas e Atividades Pedagógicas Presenciais e Não Presenciais no contexto da
Pandemia.
- Lei Nº 14.040, de 18 de agosto de 2020, estabelece normas educacionais
excepcionais a serem adotadas durante o estado de calamidade pública
reconhecido pelo Decreto Legislativo nº 6, de 20 de março de 2020; e altera a
Lei nº 11.947, de 16 de junho de 2009.
- Resolução CNE/CP Nº 2, de 10 de dezembro de 2020, Institui Diretrizes
Nacionais orientadoras para a implementação dos dispositivos da Lei nº
14.040, de 18 de agosto de 2020, que estabelece normas educacionais
excepcionais a serem adotadas pelos sistemas de ensino, instituições e redes

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escolares, públicas, privadas, comunitárias e confessionais, durante o estado
de calamidade.
- Base Nacional Comum Curricular (BNCC): é um documento de caráter
normativo que define o conjunto orgânico e progressivo de aprendizagens
essenciais que todos os alunos devem desenvolver ao longo das etapas e
modalidades da Educação Básica, de modo a que tenham assegurados seus
direitos de aprendizagem e desenvolvimento, em conformidade com o que
preceitua o Plano Nacional de Educação (PNE).
- Parecer nº 6, de 2021, do Conselho Nacional de Educação, e eventual futuro
parecer deste órgão com orientações para o retorno às atividades presenciais.
- Resolução CNE/CP nº 2, de 5 de agosto de 2021, Institui Diretrizes Nacionais
orientadoras para a implementação de medidas no retorno à presencialidade
das atividades de ensino e aprendizagem e para a regularização do calendário
escolar.
- Orientações UNCME-BA.
- Normas do respectivo Sistema de Ensino.
- Normas de Segurança Sanitária.

Ensino Remoto

O Ensino Remoto não se refere à Educação a Distância, trata-se de


manter o equilíbrio entre aprendizagem síncrona e assíncrona, incluindo uso de
tecnologia digital, material impresso, comunicação e trabalho colaborativo
online com as famílias e uso de ferramentas pedagógicas que permitem a
interação em tempo real, como afirma Bentrovato e Davies:

O ensino remoto é uma mudança temporária da entrega de instruções para


um modo de entrega alternativo devido a circunstâncias de crise. Envolve o
uso de soluções de ensino totalmente remotas para instrução ou
educação que, de outra forma, seriam ministradas presencialmente ou
como cursos combinados ou híbridos e que retornarão a esse formato
assim que a crise ou emergência tiver diminuído. O objetivo principal nessas
circunstâncias não é recriar um ecossistema educacional robusto, mas
fornecer acesso temporário a instruções e apoios institucionais de uma
maneira que seja rápida de configurar e esteja disponível de maneira
confiável durante uma emergência ou crise. (Bentrovato e Davies 2011, p.
34).

O ensino supracitado apresenta uma característica própria, e constitui


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uma ferramenta necessária nesse período de pandemia para minimizar a falta
de interação presencial entre os pares.
Os professores, junto com a Coordenação Pedagógica de cada unidade
escolar, devem propor a criação de grupos de interação com as famílias
através de whatsapp (com os estudantes que tiverem acesso aos instrumentos
tecnológicos) para abrandar os efeitos do isolamento, em um trabalho
interdisciplinar, com base nas competências e habilidades presentes na BNCC
e no plano de trabalho de cada série/ano, no qual os alunos devem ir
progressivamente construindo autonomia para resolver as situações-
problemas apresentadas e avançando no processo de ensino e aprendizagem.
Para os alunos que residem na zona rural, não têm acesso aos meios
tecnológicos ou que se encontram em situações de vulnerabilidade, serão
disponibilizadas atividades impressas com orientações tanto para os alunos
quanto à família auxiliando na execução das atividades, possibilitando ao
estudante o acesso a aprendizagem que lhe é de direito.
Além do acompanhamento e monitoramento a distância, será
necessário estabelecer vínculos de proximidade com as famílias de modo a
não escapar “do radar” da escola nenhum aluno que esteja matriculado.
Ações constantes de busca ativa serão de grande valia nesse processo.

Ensino Híbrido

O Ensino híbrido é uma das maiores tendências da Educação do


século 21, que requer uma combinação entre o ensino presencial e propostas
de ensino online, ou seja, integrando a Educação à tecnologia, que já
permeia tantos aspectos da vida do estudante. No entanto, engana-se quem
pensa que essa proposta de ensino é apenas disponibilizar computadores na
escola e deixar os estudantes ali sem qualquer orientação. Como bem definiu a
especialista Lilian Bacich em um debate sobre o tema - o ensino híbrido é
uma mistura metodológica que impacta a ação do professor em situações de
ensino e a ação dos estudantes em situações de aprendizagem. A adoção do
ensino híbrido em um nível mais profundo exige que sejam repensadas a
organização da sala de aula, a elaboração do plano pedagógico e a gestão do
tempo na escola.

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Dessa forma, o papel desempenhado pelo professor e pelos alunos
sofre alterações em relação à proposta de ensino tradicional, assim como, a
dinâmica das aulas favorecem momentos de interação, colaboração e
envolvimento com as tecnologias digitais.
No ensino híbrido serão realizadas a alternância das atividades não
presenciais e as atividades presenciais, no entanto para o retorno gradual das
aulas presenciais serão necessárias medidas cautelosas que estarão
respaldadas nos Protocolos de retorno presencial elaborado por cada unidade
escolar.
Além do acompanhamento e monitoramento a distância, será
necessário estabelecer vínculos de proximidade com as famílias de modo a
não escapar “do radar” da escola nenhum aluno que esteja matriculado.
Ações constantes de busca ativa serão de grande valia nesse processo.

Ensino Presencial

O Ensino Presencial ocorrerá de forma gradual quando houver


condições sanitárias favoráveis para isso. Nesse contexto, o currículo se
manterá dando continuidade aos planejamentos semanais e será adequado
nas proposições dos planos estratégicos e de acordo com os recursos digitais
disponíveis na comunidade escolar e local. As avaliações do processo de
ensino e aprendizagem serão realizadas de modo frequente, buscando
adequar e sempre elevar os níveis de efetivo aproveitamento.
Nesse caso, o modelo simultâneo que combina a educação a distância
com o ensino presencial, vem sendo indicado para dar conta de uma operação
em horários parciais e adaptados.
Esse modelo é ainda incentivado para que as instituições estejam
preparadas para serem fechadas em casos de novas ondas de contaminação e
para atender alunos com comorbidades que impeçam sua volta imediata.
Alunos, educadores, gestores e equipe de apoio das unidades escolares
trabalharão de forma híbrida com o propósito de segurança sanitária a todos os
envolvidos no processo educativo e se pautarão no detalhamento de protocolo
de trabalho definido em cada unidade de ensino.
É necessário ter em vista que a sistemática híbrida – com grupos,

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simultaneamente, presenciais e não presenciais – além da adaptação de
horários e planejamentos, requer recursos humanos; ferramentas e
equipamentos tecnológicos em bom funcionamento (o que nesse momento
necessita de adequações).

Aprendizagens Essenciais

As estratégias pedagógicas de organização, intervenção e avaliação em


todas as etapas e modalidades de ensino, visam à democratização dos
saberes que assegurem a todos os indivíduos o direito legal e inalienável de
aprender. Os saberes a serem desenvolvidos, deverão abarcar os conhecimentos
essenciais, as competências e as habilidades necessárias para cada etapa de
Educação e para cada série/ano.
É importante um olhar geral para a área de conhecimento, buscando a
articulação entre ensino presencial e ensino remoto.
A relação das competências específicas e habilidades definidas para
Educação Básica concorrem para o desenvolvimento das competências
gerais e está articulado às aprendizagens essenciais estabelecidas para A
Educação Infantil e o Ensino Fundamental.
Com o objetivo de consolidar, aprofundar e ampliar a formação
integral dos estudantes, caberá aos docentes planejar ações pedagógicas
capazes de atender a real necessidade dos alunos e consequentemente
proporcionar aprendizagens significativas que façam a diferença nesse
período pandêmico.
O Plano de trabalho anual dos educadores contemplará o ano/ série
em questão, porém sem se esquecer das lacunas deixadas no ano
anterior. Será necessário caminhar com cautela e olhar para trás para que
nenhum aprendizado fique perdido.

Pontos de Atenção (Fases antecedentes)

1 - Definição das normas de segurança sanitária para os ambientes escolares;


2 - Diagnóstico da capacidade de atendimento da rede, condições para sua
readequação e aquisição dos materiais necessários;

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3 - Definição da progressividade do retorno;
4 - Definição prévia da revisão curricular (a ser revisada a partir de avaliação
diagnóstica dos estudantes ao retornarem) e das estratégias de ensino híbrido,
visando o alcance dos objetivos de aprendizagem, desenvolvimento e o
cumprimento da carga horária mínima anual;
5 - Aquisição/adequação dos meios necessários;
6 - Revisão do calendário escolar sempre que necessário;
7 - Elaboração do plano de retomada pelas escolas.

Organização do Trabalho

1 -Orientação prévia a estudantes, servidores e famílias quanto ao retorno,


especialmente sobre cuidados sanitários;

2 - Levantamento dos servidores em grupos de risco, que deverão atuar de


modo diferenciado, a ser estabelecido pelas comissões de organização;

3 - Procedimentos de acolhimento a estudantes e servidores;

4 - Aspectos a serem verificados, entre outros:


a) Definição da data de retorno das aulas presenciais;
b) Atuação de profissionais e trabalhadores da educação;
c) Discussão da reorganização do calendário escolar;
d) Reorganização da oferta do transporte escolar, a fim de garantir a
ocupação segura do veículo e o atendimento a todas as crianças e
estudantes contemplados pelo programa.

5 - Organizar para que as normas e protocolos de segurança sanitária, de


higiene, saúde e prevenção para o espaço escolar sejam efetivas;

6 - Elaborar o plano pedagógico de retorno às aulas, considerando:


a) Observação e respeito aos marcos legais, normatizações e diretrizes
para a organização do processo de retorno às aulas. Tais como,
Constituição Federal, Lei de Diretrizes e Bases, Base Nacional Comum

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Curricular, Parecer 5/ 2020 do Conselho Nacional de Educação, Medida
Provisória 934/2020, resoluções e diretrizes dos conselhos nacional,
estadual e municipal de educação e legislação que poderá vir a ser
sancionada;
b) Garantia de aprendizagem, com acesso e permanência;
c) Planejamento e reorganização dos tempos e espaços escolares, com
redefinição do número de crianças e estudantes por sala de aula,
escalonamento das crianças e estudantes em aulas presenciais e em
atividades não presenciais (complementares);
d) Promoção de busca ativa e combate à evasão escolar;
e) Definição da ordem de retorno das etapas e modalidades: Educação
Infantil(Creche, 4 e 5 anos); Ensino Fundamental - Anos iniciais e finais;

7 - Levantamento sobre a efetividade da oferta de atividades não presenciais


durante o período de suspensão das aulas;

8 - Avaliação da possibilidade de, em algumas escolas rurais, permanecer a


oferta de aulas presenciais a todos os estudantes ao mesmo tempo;

9 - Identificar crianças/estudantes integrantes de grupos de risco;

10 - Definir como será feita a oferta do ensino-aprendizagem a crianças de


grupo de risco.

11 - Definir como será reorganizado o regime de trabalho desses profissionais


e trabalhadores da educação de grupo de risco (tratamento diferenciado);

12 - Organizar diretrizes para a rede realizar contratação temporária para a


respectiva substituição de profissionais e trabalhadores desse grupo;

13 - Articular com as Secretarias de Saúde e de Assistência Social ações para


o atendimento psicológico ou de orientação educacional a crianças e
estudantes, suas famílias, profissionais e trabalhadores da educação;

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14 - Estabelecer protocolos para manuseio dos alimentos e limpeza dos
utensílios utilizados na alimentação escolar e definir como será a oferta de
alimentações/refeições individuais nas escolas. Se em refeitórios, com
distanciamento social, ou em sala de aula;

15 - Organizar protocolo para os casos suspeitos e sintomáticos entre crianças


e estudantes, profissionais e trabalhadores da educação:
a) Definir protocolos de atendimento a crianças, estudantes, profissionais
e trabalhadores da educação que se sentirem mal na escola;
b) Encaminhar casos suspeitos/sintomáticos à área de saúde e monitorar
a evolução de número de infectados, internações, óbitos entre os
membros da comunidade escolar.

16 - Promover ações de comunicação e transparência, por meio de materiais


informativos sobre:
a) Prevenção, atribuições e responsabilidades (do governo e dos
cidadãos);
b) Suspensão de trabalhos em grupo, festas, competições e férias
escolares, entre outras possíveis aglomerações;
c) Higiene respiratória e contatos das mãos com o corpo e com
superfícies;
d) Uso de máscaras (tempo de uso, tamanho, materiais, limpeza e
conservação – senão forem descartáveis) ou de escudo facial de acetato;
e) Orientações para os familiares acompanharem a saúde de seus filhos;
f) Importância de todos retornarem às escolas;

17 - Criar e fortalecer as condições para exercício da gestão democrática,


contemplando:
a) Planejamento das ações de maneira articulada;
b) Higiene respiratória e contatos das mãos com o corpo e com
superfícies;
c) Uso de máscaras (tempo de uso, tamanho, materiais, limpeza e
conservação– caso forem descartáveis) ou de escudo facial de acetato;
d) Orientações para os familiares acompanharem a saúde de seus filhos;

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e) Importância de todos retornarem às escolas;

18 - Construir proposta de reorganização do calendário escolar, considerando


entre outros pontos:
a) Definição dos dias letivos e cumprimento da carga horária mínima;
b) Cancelamento de eventos escolares como jogos, competições, festas,
exposições, feiras;
c) Resultados da avaliação diagnóstica inicial;

19 - Supervisionar e contribuir com o processo de reorganização do currículo e


dos projetos político pedagógicos;

20 - Solicitar processo de organização de processos licitatórios:


a) Aquisição de produtos de higiene, limpeza, medidores de temperatura
(termômetro infravermelho), EPI (máscaras, e dispensadores de
álcool gel e sabonete), dentre outros;
b) Adequação dos espaços escolares;
c) Aquisição de materiais didáticos, brinquedos pedagógicos e
equipamentos para evitar o compartilhamento;
d) Aquisição de equipamentos de segurança para os profissionais e
trabalhadores da educação;
e) Reorganização de rotas de transporte escolar.

21 - Elaborar planejamento e estratégias para a possibilidade de as aulas


presenciais serem suspensas novamente.

22 - Elaborar Comissão Escolar de Retorno às Aulas

Comissão Escolar de Retorno às Aulas

Instituição de Comissão Escolar de Retorno às Aulas, para conjuntamente


planejar as estratégias de retorno na Unidade Escolar. Participação dos
seguintes membros:

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a) Diretor escolar;
b) Coordenador pedagógico;
c) Representantes dos professores;
d) Representantes de auxiliares de serviços;
e) Representantes da comunidade escolar;
f) Representante do Colegiado Escolar;
g) Representante da APM.

As comissões escolares deverão discutir ações de acolhimento aos


alunos e aos profissionais da Unidade Escolar, bem como deliberar
juntamente com o Conselho Municipal de Educação sobre os procedimentos
pedagógicos e sanitários de retorno às aulas, como se segue:

1 - Planejar as ações e as estratégias a serem realizadas no espaço escolar,


conforme as orientações da Secretaria da Saúde, estabelecendo
cronograma e prazos;

2 - Monitorar a execução pela escola das orientações sanitárias;

3 - Definir com a escola ações de acolhimento às crianças, estudantes,


profissionais e trabalhadores em educação e famílias;

4 - Definir meios de comunicação com as famílias;

5 - Promover ações em caso de necessidade de busca ativa de estudantes;

6 - Verificar os resultados da avaliação diagnóstica e ações de recuperação;

7 - Participar da reformulação do Projeto-Político-Pedagógico da escola;

8 - Acompanhar a realização de ações integradas com a saúde, educação e


assistência social;

9 - Definir a sinalização de locais do espaço escolar;

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10 - Definir a disposição de produtos para higienização;

11 - Verificar o cumprimento de rotinas de higienização das mãos;

12 - Verificar se a periodicidade da limpeza de todos os espaços escolares está


sendo cumprida;

13 - Promover ações de apoio à comunidade escolar, referente as questões


sociais epsicológicas causadas pela pandemia;

14 - Contribuir com a organização e reorganização do calendário;

15 - Divulgar o novo calendário escolar;

16 - Elaborar recomendações e rotinas para os profissionais e trabalhadores da


educação;

17 - Organizar horários alternados para o atendimento às famílias e


comunidade,fluxo de profissionais e trabalhadores da educação, oferta da
alimentação escolar, uso de banheiros, entre outros.

18 - Definir e divulgar as regras para visitas de pais e familiares ao ambiente


escolar;

19 - Definir normas de acesso e uso de espaços comuns nas escolas,


considerando as orientações vigentes;

20 - Adaptar e diminuir os tempos das atividades escolares, garantindo que as


mesmas aconteçam em pequenos grupos;

21 - Organizar fluxo de entrada e saída das crianças e estudantes, de maneira


alternada;

22 - Determinar se as atividades físicas serão individuais;

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23 - Suspender atividades práticas que envolvam manipulação de objetos;

24 - Monitorar o cumprimento de regras para o uso de máscaras;

25 - Contribuir com o processo de reorganização do currículo e dos projetos


político-pedagógicos;

29 - Verificar se a reorganização das salas de aula atenderão protocolos tais


como:
a) Organização das mesas e cadeiras;
b) Garantia de espaçamento entre as crianças e estudantes de 1,5m no
ensino fundamental e de 2m na educação infantil;
c) Manutenção de lugares fixos nas salas de aula;
d) Diminuição do número de decorações e objetos não necessários.

Comissão Pedagógica

Instituição de Comissão Pedagógica para discussão e elaboração de


retorno às aulas, com participação dos seguintes membros:
a) Coordenação pedagógica geral;
b) Diretores escolares;
c) Coordenadores pedagógicos das escolas municipais;
d) Representantes de professores de cada etapa de ensino.

A Comissão pedagógica coordenará o processo de reorganização do


currículo e dos projetos político-pedagógicos das escolas, considerando:
1) Especificidades das etapas e modalidades de ensino;
2) Redefinição do papel das escolas, no que tange a construção de
conhecimentos, habilidades, competências e atitudes;
3) Promoção da saúde e do bem-estar;
4) Desenvolvimento das competências sócioemocionais;
5) Desenvolvimento de estratégias para implementar novas metodologias,
como o ensino híbrido;
6) Promoção de atividades paralelas de recuperação de aprendizagem;

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7) Organização de acervo de atividades e plataformas digitais públicas e
gratuitas;
8) Promoção de avaliação diagnóstica inicial pelas escolas;
9) Discussão e tomada de decisão sobre os processos de avaliação, aprovação
e progressão.
10) Identificar as especificidades locais das etapas e modalidades, como
porexemplo:

Creche
a) Avaliação das condições de oferta (risco de contaminação);
b) Estabelecimento de normas de higiene e prevenção no cuidado com as
crianças;
c) Organização de atividades pedagógicas mediadas pela família;

Pré-escola
a) Organização de atividades pedagógicas mediadas pela família.

Anos iniciais do Ensino Fundamental


a) Análise diferenciada das necessidades das crianças do ciclo de
alfabetização;

Anos finais do Ensino Fundamental


a) Controle do horário/rodízio de alunos para que os mesmos
acompanhem as aulas presenciais de todas as disciplinas que
compõem a matriz curricular.

Educação Especial
a) Garantia da participação dessas crianças e estudantes em todos os
dias de aulas presenciais.
b) Monitorar e avaliar o processo gradual de retorno às aulas presenciais.

Implementação do plano de retomada

Uma das primeiras ações a ser realizada no processo de retomada das

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aulas deve ser o acolhimento dos professores, alunos e famílias.
Essa ação visa acompanhar a saúde emocional e física dos estudantes e
dos profissionais para que possamos compreender o impacto do isolamento
social e também preparar a nossa comunidade escolar para o retorno às
aulas.
Para implementação do plano de retomada será necessário que a SME
promova a revisão do planejamento pedagógico. Importante ressaltar que a
Secretaria da Educação, durante o período de suspensão das aulas
presenciais, estabeleceu formas de manter as atividades pedagógicas dos
alunos da Rede Municipal de Ensino. Essa iniciativa, além de manter o contato
da escola com as famílias e alunos, permitiu que as escolas tivessem um
diagnóstico dos nossos alunos quando do retorno às aulas. Também serão
aplicadas avaliações de diagnóstico para as crianças do 1º ao 9º ano do
Ensino Fundamental, permitindo um planejamento pedagógico mais assertivo.
Após o retorno das aulas deverá ser realizada uma avaliação, em conjunto com
os professores, coordenadores pedagógicos e gestores, sobre as ações
realizadas durante o período de suspensão das aulas para que se possa
aprimorar aquelas que foram positivas. Do mesmo modo, é fundamental
promover uma ampla estratégia de comunicação institucional efetiva e
contundente de forma a atingir toda a comunidade escolar (gestores,
professores, alunos e demais profissionais das escolas), bem como com as
famílias, no intuito de conscientizá-las da importância quanto aos cuidados
necessários para contenção do novo coronavírus.
Para tanto, deverão ser executadas as seguintes ações:
- Compartilhamento de informações através de quadros de avisos, em
sanitários, corredores, salas de aula e locais centrais, dispondo de boas
práticas de higienização e dicas.
- Compartilhamento de informações através de circulares, vídeos, cards
para WhatsApp, Instagram, entre outros.

Execução dos protocolos

Os protocolos estabelecidos pelas Comissões deverão ser executados pelas


escolas, de acordo com sua realidade, levando em consideração o Plano

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estabelecido pela Secretaria Municipal de Educação, as legislações vigentes e
as orientações da Secretaria Municipal de Saúde.

Roteiro de contingência em caso de nova suspensão

1) Meios tecnológicos para procedimentos virtuais que permitam a reunião dos


educadores, visando à manutenção do caráter coletivo e participativo das
ações educacionais;
2) Meios para continuidade do processo pedagógico, tais como plataforma de
ensino mediado acessível para os estudantes; logística para entrega de
material impresso para estudantes que não tenham acesso à internet;
3) Distribuição da alimentação escolar;
4) Estratégias para efetivo acompanhamento dos estudantes.

Avaliação

O ato de avaliar e as condições nas quais se dá o processo de ensino e


aprendizagem devem ser considerados de diversas formas. Portanto, num
período atípico como o que estamos vivendo, aplicar os mesmos métodos de
avaliação praticados no contexto das aulas presenciais, mostram-se
ineficazes. Nesse contexto, será utilizada uma avaliação diferenciada.
A avaliação dos alunos do Ensino Fundamental Anos Iniciais e Finais
terá como âncora a avaliação diagnóstica e formativa, composta por
diversos instrumentos ao longo dos semestres. Deve estar centrada na
observação permanente dos processos de ensino e aprendizagem, levando
em conta a diversidade da turma e a singularidade de cada aluno. Tem
como objetivo não apenas a verificação e o registro dos dados de
desempenho escolar, mas também privilegia a intervenção que contempla a
formação geral do aluno. Seu propósito é a evolução e a melhoria contínua
da aprendizagem em curso.
A avaliação diagnóstica é uma ferramenta que ajuda a determinar
lacunas no aprendizado e a criar condições propícias à aquisição de
conhecimento.
Ela é utilizada para identificar dificuldades individuais dos estudantes,

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propor planos de intervenções pedagógicas compatíveis com as
características de cada turma e analisar o desenvolvimento do grupo como
um todo.

Referências

 Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional nº 9.394,de 20 de dezembro de


1996, que estabelece as diretrizes e bases da educação nacional.

 Parecer CNE/CP Nº 5/2020, Reorganização do Calendário Escolar e da


possibilidade de cômputo de atividades não presenciais para fins de
cumprimento da carga horária mínima anual, em razão da Pandemia da
COVID-19.

 ParecerCNE/CPNº11/2020,OrientaçõesEducacionaisparaaRealizaçãode
Aulas e Atividades Pedagógicas Presenciais e Não Presenciais no
contexto da Pandemia.

 Lei Nº 14.040, de 18 de agosto de 2020, estabelece normas educacionais


excepcionais a serem adotadas durante o estado de calamidade pública
reconhecido pelo Decreto Legislativo nº 6, de 20 de março de 2020; e
altera a Lei nº 11.947, de 16 de junho de 2009.

 Resolução CNE/CP Nº 2, de 10 de dezembro de 2020, Institui Diretrizes


Nacionais orientadoras para a implementação dos dispositivos da Lei nº
14.040, de 18 de agosto de 2020, que estabelece normas educacionais
excepcionais a serem adotadas pelos sistemas de ensino, instituições e
redes escolares, públicas, privadas, comunitárias e confessionais,
durante o estado de calamidade.

 Base Nacional Comum Curricular (BNCC): é um documento de caráter


normativo que define o conjunto orgânico e progressivo de
aprendizagens essenciais que todos os alunos devem desenvolver ao

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longo das etapas e modalidades da Educação Básica, de modo a que
tenham assegurados seus direitos de aprendizagem e desenvolvimento,
em conformidade com o que preceitua o Plano Nacional de Educação
(PNE).

 Parecer nº 6, de 2021, do Conselho Nacional de Educação, e eventual


futuro parecer deste órgão com orientações para o retorno às atividades
presenciais.

 Resolução CNE/CP nº 2, de 5 de agosto de 2021, Institui Diretrizes


Nacionais orientadoras para a implementação de medidas no retorno à
presencialidade das atividades de ensino e aprendizagem e para a
regularização do calendário escolar.

 Orientações UNCME-BA.

 Normas do respectivo sistema de ensino.

 Normas de segurança sanitária.

 Conselho Nacional de Secretários de Educação –CONSED. Diretrizes


para protocolo de retorno às aulas presenciais. Junho/2020.

 União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação – Undime.


Subsídios para a elaboração de protocolos de retornoàs aulas na
perspectiva das redes municipais deeducação, Junho/2020.

 Unesco. Volta às Aulas: Preparando e gerenciando a reabertura das


escolas. Abril/20.

 Parecer nº 6, de 2021, do Conselho Nacional de Educação, e eventual


futuro parecer deste órgão com orientações para o retorno às atividades
presenciais.

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