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UNIVERSIDADE CEUMA

Davi Castro Araújo

ANALISE E DIMENSIONAMENTO DE UM EDIFÍCIO EM CONCRETO ARMADO:


COM ÊNFASE NO DIMENSIONAMENTO ANALÍTICO E COMPUTACIONAL

São Luís – MA
2021
1

Davi Castro Araújo

Análise e dimensionamento de um edifício em concreto armado: com ênfase no


dimensionamento analítico e computacional

Monografia apresentada ao Curso de


Engenharia Civil da Universidade Ceuma,
como requisito para a obtenção do grau de
Bacharel

Orientador: Debora Cristina Coutinho Vilas


Boas

São Luís – MA
2021
2

Ficha a ser cedida pela biblioteca que deverá ser impressa atrás da folha
de rosto

Ficha elaborada pela Biblioteca da Universidade Ceuma


dd/mm/aa
3

Monografia de autoria de Davi Castro Araújo, intitulada Análise e dimensionamento de um


edifício em concreto armado: com ênfase no dimensionamento analítico e computacional,
apresentada como requisito para obtenção do grau de Engenheiro Civil, em ___/___/___,
defendida e aprovada pela banca examinadora abaixo assinada:

________________________________________________
Debora Cristina Coutinho Vilas Boas

________________________________________________
1º Examinador (Fonte 12, centralizado)

________________________________________________
2º Examinador (Fonte 12, centralizado)

São Luís – MA
2021
4

Dedico este trabalho a minha família, em


especial minha esposa Ranyelle e minha filha
Davilla que eu tanto amo, também dedico de
igual modo e intensidade aos meus pais e
irmãos.
5

AGRADECIMENTOS

Quero aqui agradecer do fundo do coração a todos que contribuíram de forma direta e indireta
para uma das maiores conquistas da minha vida, agradeço em especial ao meu amigo Marcus
André Pires, que por muitas vezes foi e continua sendo um grande irmão, fomos colegas de
profissão em tempos difíceis como soldadores do tipo de solda escama de peixe, agradeço aos
meus amigos George Lima e João Vitor Miranda, conhecidos como GG e Vitin de BDC, que
por muitas vezes me apoiaram e me acolheram em seus corações, muito do que conquistei
hoje agradeço e sempre agradecerei a vocês meus amigos, agradeço a Alexandro Vieira
Viegas, Gustavo Neto e José Carlos Garcia pelas inúmeras caronas depois da aula, agradeço
aos meus professores que mais contribuíram para meu desenvolvimento acadêmico, em
especial Leonado Calheiros, Felipe Ferreira Oliveira e Minha orientadora a Srt. Debora
Cristina Coutinho Vilas Boas, agradeço aos meus padrinhos Eva Lopes e Francisco Belmiro
que abriram as portas de sua casa para me acolherem vindo do interior para estudar na capital,
agradeço os meus amigos Rony Alves e Pedro Everton filho Cutrim que trilham caminhos e
sonhos semelhantes aos meus próprios e estamos sempre juntos incondicionalmente apoiando
um ao outo, somos praticamente futuros sócios, por fim peço perdão a todos por cair na
indelicadeza de não me lembrar de mencionar seus nomes.

.
6

“Porque somos mortais, certamente mortais,


inevitavelmente mortais, temos a acreditar que
tudo que dura mais do que nós é eterno.
Nossas crenças, em realidades, é simplesmente
desejos, ou talvez mentias que nos pregamos,
por querermos acreditar que tudo aquilo que
fazemos, que construímos, ou de que
participamos da criação, brilhará para sempre
no infinito”.
(Vicente Souza)
7
8

RESUMO

O presente trabalho traz uma abordagem quali-quantitativo dos métodos e resultados


utilizados para a análise e dimensionamento de um edifico em concreto armado de 4
pavimentos, o estudo de caso apresenta uma análise de dados referente aos métodos de
cálculos abordados no trabalho, sendo os métodos, analítico e computacional com a utilização
dos softwares profissionais de cálculo CypeCad e TQS, fazendo um comparativo entre as
duas metodologias aplicadas ao estudo de caso. O embasamento bibliográfico é indispensável
para a análise dos dados, no qual busca-se literaturas que colaborem diretamente com os
objetivos da pesquisa, que levara em conta aspectos específicos como simplificações de
modelos referente as suas geometrias, carregamentos e condições de contorno para uma
adaptação as ferramentas disponíveis para suprirem as demandas de cada metodologia.

Palavras-Chave: Concreto Armado. Analise. Dimensionamento. Estruturas.


9

ABSTRACT

This paper brings a quali-quantitative approach to the methods and results used for the
analysis and design of a reinforced concrete building of 4 floors, the case study presents a data
analysis regarding the methods of calculations addressed in the work, being the methods,
analytical and computational with the use of professional calculation software CypeCad and
TQS, making a comparison between the two methodologies applied to the case study. The
bibliographical foundation is essential for the analysis of the data, in which literature that
collaborates directly with the research objectives is sought, which will take into account
specific aspects such as model simplifications regarding their geometries, loads and boundary
conditions for an adaptation of the available tools to meet the demands of each methodology.

Keywords: Reinforced concrete. Analysis. Design. Structures.


10

LISTA DE FIGURA

Figura 1 - Evolução da norma brasileira do concreto 28


Figura 2 - Composição do concreto armado 46
Figura 3 - Diagrama tensão-deformação para concreto 54
Figura 4 - Diagrama tensão-deformação para aços de armaduras passivas 56
Figura 5 - Diagramas de tensão indicativos dos estádios de cálculo 58
Figura 6 - Comportamento do concreto na flexão pura (Estádio I) 58
Figura 7 - Comportamento do concreto na flexão pura (Estádio II) 59
Figura 8 - Comportamento do concreto na flexão pura (Estádio III) 60
Figura 9 - Diagrama retangular (Estádio III) 61
Figura 10 - Domínios de estado limite último de uma seção transversal 61
Figura 11 - Profundidade limite da linha neutra para garantir ductilidade adequada 64
Figura 12 - Quatro vertentes referentes a uma estrutura na análise estrutural 77
11

LISTA DE QUADROS (FONTE 12, CAIXA ALTA, NEGRITO, CENTRALIZADO)

Quadro 1 - Título .......................................................................................................... Xx


Quadro 2 - Título .......................................................................................................... Xx
Quadro 3 - Título .......................................................................................................... Xx
Quadro 4 - Título .......................................................................................................... Xx
Quadro 5 - Título .......................................................................................................... Xx
Quadro 6 - Título .......................................................................................................... Xx
Quadro n - Título .......................................................................................................... Xx
12

LISTA DE TABELAS

Tabela 1 - Título .......................................................................................................... Xx


Tabela 2 - Título .......................................................................................................... Xx
Tabela 3 - Título .......................................................................................................... Xx
Tabela 4 - Título .......................................................................................................... Xx
Tabela 5 - Título .......................................................................................................... Xx
Tabela 6 - Título .......................................................................................................... Xx
Tabela n - Título .......................................................................................................... Xx
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LISTA DE SIGLAS

ABNT Associação Brasileira de Normas Técnicas


ABCP Associação Brasileira de Cimento Portland
NBR Norma Brasileira
ELS Estado Limite de Serviço
ELU Estado Limite Último
14

SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO...............................................................................................................16
2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA.....................................................................................17
2.1 ESTÁDIOS DO CONCRETO..................................................................................17
2.1.1 Estadio 1.............................................................................................................17
2.1.2 Estádio 2.............................................................................................................17
2.1.3 Estádio 3.............................................................................................................18
2.2 ESTADOS LIMITES DE SERVIÇO.......................................................................19
2.2.1 Estado limite ultimo (ELU)..............................................................................19
2.2.2 Estado Limite de Serviço (ELS).......................................................................20
2.3 SOLICITAÇÕES NORMAIS...................................................................................21
2.4 HIPOTESES PARA O DIMENSIONAMENTO.....................................................21
2.4.1 Domínios de Dimensionamento.......................................................................22
2.5 DIMENSIONAMENTO DAS ARMADURAS LONGITUDINAIS.......................24
2.6 ANALISE ESTRUTURAL E MODELOS ESTRUTURAIS...................................25
2.6.1 Escolha do Modelo Estrutural.........................................................................26
2.6.2 O melhor modelo estrutural.............................................................................28
2.7 SOFTWARES DE ANÁLISE, DIMENSIOANAMENTO E DETALHAMENTO 28
2.8 CAD/TQS.................................................................................................................29
2.9 CYPECAD................................................................................................................29
2.10 FTOOL......................................................................................................................29
3 MOTODOLOGIA...........................................................................................................31
4 DADOS DO PROJETO....................................ERRO! INDICADOR NÃO DEFINIDO.
4.1 CARGAS NA EDIFICAÇÃO.................ERRO! INDICADOR NÃO DEFINIDO.
4.2 CONSIDERAÇÕES DE PRÉDIMENSIONAMENTO E CONCEPÇÃO.....ERRO!
INDICADOR NÃO DEFINIDO.
5 ARQUITETURA E LANÇAMENTO DA ESTRUTURA.ERRO! INDICADOR NÃO
DEFINIDO.
5.1 MODELO ESRUTURAL PARA O CALCULO DA LAJESERRO! INDICADOR
NÃO DEFINIDO.
5.1.1 Esforços nas lajes...................................................Erro! Indicador não definido.
15

REFERÊNCIAS........................................................................................................................31
APÊNDICE A..............................................................ERRO! INDICADOR NÃO DEFINIDO.
APÊNDICE B..............................................................ERRO! INDICADOR NÃO DEFINIDO.
ANEXO A.....................................................................ERRO! INDICADOR NÃO DEFINIDO.
16

ANALISE E DIMENSIONAMENTO DE UM EDIFÍCIO EM CONCRETO ARMADO:


COM ÊNFASE NO DIMENSIONAMENTO ANALITICO E COMPUTACIONAL

Davi Castro Araújo

1 INTRODUÇÃO

A engenharia de estruturas em geral, atualmente está em um processo constante de


avanços significativos no desenvolvimento de pesquisar e programas computacionais, os
benefícios são os mais diversos, estruturas que há 30 ou 40 anos atrás não poderia ser
projetada por falta de ferramentas adequadas, hoje são possíveis graças a softwares poderosos
capazes de fazer cálculos e analises que seriam impossíveis analiticamente. Porém, embora os
engenheiros de antigamente não eram capazes de realizar as análises e cálculos que um
software hoje é capaz, isso não significava que eles não sabiam como que seria feito, a forma
de contornar este problema foi o surgimento das hipóteses simplificadas, de cálculos que
seriam muito complexos, hipóteses essas que foram testadas rigorosamente e obtiveram
resultados satisfatórios, a prova disso é que não se observa prédios ou qualquer outro tipo de
estrutura relativamente antiga vindo ao colapso, considerado claro as manutenções e cuidados
que toda estrutura deve ter, com a presença dos softwares os engenheiros conseguiram
contornar muitos problemas e passaram a ter respostas mais precisas, porém muitos se
preocupam apenas com o aprendizado voltado para o software, achando que ele irá fazer todo
o trabalho do engenheiro, isso não é verdade, programas de cálculo são apenas calculadoras
com um pouco mais de recursos, o conhecimento necessária que um engenheiro deve ter para
projetar com segurança vem da base, conhecendo os métodos de cálculo manual que eram
atualizados com frequências antes da era dos softwares, as considerações nas análises, tudo
isso torna necessária que o engenheiro saiba como deve ser construído, quais os parâmetros, o
que deve ser considerado ou não nos cálculos. O dimensionamento manual não é preciso nos
dias atuais, más é obrigatório compreende-lo.
17

2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

2.1 ESTÁDIOS DO CONCRETO

2.1.1 Estádio 1

O estádio I é a fase é definida como o intervalo desde o momento em que a carga é


aplicada até o momento em que o elemento estrutural de flexão começa a fissurar, ou seja, o
concreto ainda pode resistir à tensão de tração. Nesta configuração teremos um gráfico de
tensões lineares com a lei de Hooke válida para deformações longitudinais. As primeiras
fissuras aparecem no final da primeira etapa, justamente porque a tensão nas fibras de tração é
maior que a do concreto, Figura 1. Descreve o comportamento de uma viga simplesmente
apoiada que suporta completamente no primeiro estágio. A linha neutra da seção representa a
região onde tanto a tensão quanto a deformação são zero.

Figura 1 – Estádio 1 de deformação

Fonte: Custodio (2018)

2.1.2 Estádio 2

Uma vez que o elemento estrutural de flexão começa a fissurar, é o segundo estágio,
ou seja, o intervalo de tempo entre o início da fissura e a fissuração de toda a porção
tracionada da viga (a porção abaixo da linha neutra), a porção de compressão mantendo o
diagrama linear de tensões, o concreto não resiste mais à tração. Os engenheiros usam o
Estágio II para realizar inspeções de estado limite de serviço (ELS) de estruturas. À medida
que a carga externa é aplicada gradativamente, a fissura se deslocará em direção à borda de
compressão acima da linha neutra, o que fará com que a seção original de concreto perca
18

inércia e proporcional à perda de rigidez do elemento, e o concreto começa a plastificar no


final do Fase II. Concreto comprimido, conforme apresentado na figura 2.

Figura 2 – Estádio de deformação

Fonte: Custodio (2018)

2.1.3 Estádio 3

O estágio III é quando a região mais compressiva da viga é plastificada, ou seja, no


estado limite (ELU) ou na borda de ruptura. Nesta fase, não temos mais um mapa de tensão
linear. O gráfico do terceiro estágio é chamado de retângulo parabólico. A norma brasileira
NBR-6118 permite o uso de histogramas equivalentes para simplificar os cálculos, conforme
mostrado na figura 3, e a resistência à tração do concreto é completamente ignorada nesta
etapa.
Figura 3 – Estádio III de deformação

Fonte: Custodio (2018)


19

2.2 ESTADOS LIMITES DE SERVIÇO

Para Kimura (2007) os estados limitem de serviço servem para balizar limites
impostos no dimensionamento de qualquer estrutura, com a finalidade de garantir a segurança
e usabilidade da estrutura, na figura 4 mostra-se a divisão dos estados limites em dois grupos.

Figura 4 – Estados limites último e de serviço

Fonte: Kimura (2007)

2.2.1 Estado limite ultimo (ELU)

Segundo Chust (2014) o estado limite último é o estado onde a peças de concreto
armado são dimensionadas, este estado está ligado a capacidade resistente última da estrutura
e geralmente é alcançado quando há perda de equilíbrio da estrutura, ou quando há perda da
capacidade resistente da estrutura perante as solicitações normais tangenciais, ou parte dela,
havendo ou não colapso progressivo. A figura 5 ilustra de forma simplista a ocorrência do
ELU em uma estrutura.
Figura 5 – Estado limite último ELU

Fonte: Kimura (2007)


20

Um pilar mal dimensionado pode gerar instabilidade na estrutura e consequentemente


o colapso dela como um todo caracterizando assim o ELU.

2.2.2 Estado Limite de Serviço (ELS)

Segundo Araújo (2014), os estados limites de serviço são responsáveis pelas condições
de utilização das estruturas, geralmente o estado de serviço limita flechas excessivas em
elementos estruturais, vibrações e fissuração. Na figura 6 é demostrado um exemplo onde o
estado imite de serviço foi alcançado. A garantia da segurança das estruturas pode exigir a
verificação de outros estados limites de serviço, segundo o item 3.2 da NBR: 6118:2014.

a) Estado limite de abertura de fissuras (ESL-W);


b) Estado limite de formação de fissuras (ESL-F);
c) Estado limite de deslocamentos excessivos (ESL-DEF);
d) Estado limite de descompressão (ESL-D), descompressão parcial (ESL-DP) e
compressão excessiva (ESL-CE).

Figura 6 – Estado limite de serviço ELS

Fonte: Kimura (2007)

Segundo Kimura (2007) O deslocamento representado na figura 6 demostra como que


a perda da usabilidade pode prejudicar a estrutura no seu desempenho final, ficando
caracterizado o esgotamento da capacidade de serviço. Note que, normalmente as alvenarias
de vedação não tem função estrutural, a penas o pórtico da imagem representado por vigas e
pilares exerce essa função, porém, por estarem diretamente ligadas as alvenarias surgem
tenções que não são resistidas pelas paredes de vedação ao qual não tem essa finalidade.
21

2.3 SOLICITAÇÕES NORMAIS

O dimensionamento de elementos submetidos a tenções normais está condicionado na


firmação de limites predefinidos de deformações para elementos comprimidos e tracionados,
como será abordado mais adiante, de acordo com Fusco (1981) as solicitações normais geram
tenções normais nas infinitas seções transversais dos elementos estruturais sujeitos a
momentos fletores e esforços axiais. Como a determinação do esgotamento da capacidade
resistente de seções de concreto armado é tarefa complexa, define-se um limite ultimo de
deformação paras as peças submetidas a esforços que geram tenções normais, para os
concretos de classe I o limite é de ε u vale 0,35% e para barras de CA25, CA50 e CA60 é de ε u
é de 1%.

2.4 HIPOTESES PARA O DIMENSIONAMENTO

De acordo com Fusco (1981), Para o dimensionamento de elementos submetidos a


tenções normais é defina algumas hipóteses simplificadora, que obrigatoriamente deveram ser
seguidas, sendo, (a) hipótese de Bernoulli, diz que as seções são planas e permanece planas
até a ruptura, (b) solidariedade entre os materiais, admite-se aderência perfeita entre o aço e o
concreto, (c) Encurtamento ultimo do concreto, para qualquer classe admite-se um
encurtamento limite ε u de 0.35%, como já havia sido salientado anteriormente, (d)
alongamento limite do aço, adiete-se um alongamento limite de ε u de 1%, para aços
destinados a armadura passiva, (e) diagrama de tenção diagrama tensão-deformação, admite-
se que no estado limite ultimo as tenções de normais de compressão nas seções transversais
dos elementos fletidos assumas uma forma diagrama tensão-deformação, o diagrama pode ser
visto na figura 6.

Figura 6 – Diagrama tensão-deformação


22

Fonte: NBR 6118:2014


Onde para concretos de classe I

(1)

(2)

Para concretos de classe II

(3)

(4)

Ainda Segundo a NBR 6118:2014 para facilitar o trabalho de cálculo pode-se adotar
um diagrama retângula de tenções como mostrado na figura 7.

Figura 7 – Diagrama retangular para o concreto

Fonte: NBR 6118:2014

2.4.1 Domínios de Dimensionamento


23

Segundo Araújo (2010) estado limite ultimo corresponde a ruina da seção transversal,
caracterizada pela ruptura do concreto e pelo alongamento excessivo da armadura, admite-se a
ruina da seção transversal quando a distribuição de tenções se enquadra em um dos domínios
de deformação mostrados a seguir:

a) Deformação excessiva da armadura: quando a deformação da armadura mais tracionada atinge


o lime de 1% da deformação (domínio 1e 2);
b) Escoamento de concreto em seções parcialmente comprimidas, atingindo o limite de 0,35%
(domínio 3, 4 e 4a);
c) Esmagamento do concreto em seções totalmente comprimidas: quando a deformação da fibra
situada a 3h/7 da borda mais comprimida atingir 0,2%, sendo h a altura da seção transversal
(domino 5);

Pode-se considerar características distintas para a ruptura do elemento estrutural em


cada domínio de deformação, sendo assim os domínios divergem pela possibilidade de
esgotamento da capacidade resistente, com divergência gerada pelas diferentes formas de
esmagamento do concreto e escoamento da armadura. Assim, conhecendo os limites de
deformação dos materiais e a distribuição de tenções de compressão pode-se dimensionar e
identificar em qual domínio de ruptura o elemento encontra-se, a seguir será explicado as
características de cada domínio:

a) Reta A: tração uniforme, a amadura encontra-se escoada


b) Domínio 1: tração não uniforme sem tenções de compressão.
c) Domínio 2: é caracterizado por flexão simples ou composta, o concreto não atinge o
limite de escoamento, sendo a deformação máxima do concerto menor que 0,35%,
e com alongamento máximo para as armaduras igual a 1%, geralmente seções
armadas nesse domínio são designadas como subarmadas.
d) Domino 3: flexão simples ou composta, a ruptura ocorre no concreto comprimido,
com a deformação de escoamento limite alcançada, e a armadura escoa, geralmente
seções armadas nesse domínio são designadas como normalmente armadas,
configuração ideal, já que se está utilizando a máxima capacidade dos materiais.
24

e) Domínio 4: flexão simples ou composta, com ruptura no concreto, o aço traciona


sem escoar, geralmente seções armadas nesse domínio são caracterizadas como
superarmadas.
f) Domínio 4ª: flexão compostas com armaduras comprimidas, flexão simples ou
composta.
g) Domínio 5: compressão não uniforme, flexo-compressão, sem tenções de tação.
h) Reta b: tenções não uniformes.

Pode-se encontrar ilustrações do gráfico de rupturas em diversas bibliografias, em


especial na NBR 6118:2014, o mesmo gráfico é demostrado na figura 8.
Figura 8 – Estádio de deformação

Fonte: NBR 6118:2014

2.5 DIMENSIONAMENTO DAS ARMADURAS LONGITUDINAIS

Araújo (2010), uma vez determinados os esforços solicitantes, o dimensionamento das


armaduras é feito de acordo o máximo momento solicitante em determinada seção, sento tanto
momentos negativos e positivos, o procedimento é o mesmo, no caso de vigas retangulares
deve-se calcular o momento fletor reduzido.

M sd
μ= (5)
b w ∙ d 2 ∙ σ cd

Sendo
25

0,85 ∙ f cd
σ cd = (6)
1,4

Em quem ( M sd ) é o momento solicitante de cálculo obtido pela analise estrutural, (d ) é


a altura útil da seção transversal, (b w) a base da seção e σcd é a tensão de cálculo do concreto.
Em seguida calcula se o deslocamento elativo da linha neutra, para assim verificar os
domínios de deformação, e se a estrutura terá solução em armadura simples ou dupla.

ξ=1,25(1−√ 1−2 ∙ μ) (7)

Com as o valor do deslocamento relativo encontrado e feito as analises, parte-se para


dimensionamento das áreas de aço para equilibrar as seções, sendo possível calcular a área de
aço pela formula:

M sd
A s= 2 (8)
bw ∙ d ∙ σ cd

ξ ∙ 0,85 ∙σ cd ∙ bw ∙ d
A s= (9)
fyd

Com o dimensionamento procura-se as a melhor forma de dispor a área de aço


transformadas em barras na seção transversal, a esse possesso dá-se o nome detalhamento.

2.6 ANALISE ESTRUTURAL E MODELOS ESTRUTURAIS

A análise estrutural é a etapa do projeto em que a previsão do comportamento da


estrutura frente as ações externas e internas é verificada, nela são aplicadas as leis físicas que
regem o comportamento dos materiais e a fundamentação da engenharia de estruturas como
ciência, para Kimura (2007) a análise das estruturas consiste no cálculo e avaliação da
estruturas perante as respostas das imposição de ações externas e internas como
deslocamentos, momentos fletores, esforços cortantes, em vigas, lajes, pilares e etc.
Para Martha (2010) a análise de estruturas trabalha com quanto níveis de abstração, o
primeiro nível trata a estrutura em sua forma física real.
26

O segundo nível é chamado de modelo estrutural, é utilizado para representar a


estrutura matematicamente e pode também ser chamado de modelo analítico ou matemático,
nele são englobadas leis físicas e construtivas dos materiais, no modelo estrutural é idealizado
o comportamento da estruturam frente a solicitações, adota-se um serie de hipóteses
simplificadoras testadas e verificadas experimentalmente, tais hipóteses são divindades em
grupos.

a) Simplificação da geometria do modelo


b) Simplificação das ações incidentes no modelo
c) Simplificação do comportamento dos materiais
d) Simplificação sobre as condições de contorno da estrutura

O terceiro nível é chamado de modelo discreto, é concebido dentro da metodologia de


cálculo e dos métodos de análise, os métodos de análise utilizam parâmetros para representar
o comportamento real da estrutura, que nada mais é do que a modelo estrutura concebida para
idealiza o comportamento real da estrutura de forma matemática, nesse ponto o modelo
estrutural e substituído pelo modelo discreto, para essa substituição dar-se o nome de
discretizarão.
O quarto e último nível de abstração é chamado de modelo computacional, ou seja,
será feita uma simulação computacional do comportamento da estrutura, o modelo
computacional transforma os parâmetros trazidos das discretizarão do modelo estruturam em
matrizes de rigidez, os métodos de análise computacional derivamos dos métodos dos
deslocamentos na qual recebem uma implementação computacional e passam a se chamar
método da rigidez direta.

2.6.1 Escolha do Modelo Estrutural

Para Kimura (2007) toda analise realizado por um computador parte de um modelo
estrutural ou modelo matemático, como foi mencionado anteriormente, os modelos estruturais
foram evoluindo com o passar os anos e com os avanços na área da computação hoje existem
vários, alguns bem simples e outro mais complexos, a seguir serão apresentados alguns
modelos.
Viga continua, é um dos primeiros modelos apresentados durante a graduação em
engenharia civil, a idealização do modelo segue a sequência de passos que são, (a) obtenção
27

de esforços e deslocamentos nas lajes por métodos aproximados consagrados, como as


tabelas de Marcus, Czerny, (b) as cargas nas lajes são transferidas paras as lajes por meio das
áreas de influencias geradas pelas condições de contorno de cada pano de lajes, (c) os
esforços nas vigas são calculado com base a teoria clássica de vigas de Navier para elementos
fletidos, (d) a carga vertical gerada nas reações de apoio é transferida as pilares como cargas
axiais para seu dimensionamento.
Embora o modelo de viga continua seja bem simples do ponto de vista prático, ele
possuis limitações consideráveis, sendo elas , (a) a viga é analisada de forma isolada dos
demais elementos estruturais, (b) não e considerada a transferência de momentos entra a
extremidade da viga e o pilar de apoio, condição essa que é irreal já que estruturas de concreto
armado moldadas in loco são monolíticas e se comportam como um corpo único, (c) não são
consideradas ações horizontais principalmente de vento.
Vigas e pilares ou pórtico H, trata-se de uma evolução do modelo de viga continua,
mas que ainda possui praticamente todas as limitações de uma viga continua, com a vantagem
apenas da interação existente entre vigas e pilares com a transferência de momentos fletores.
Grelha somente de vigas, esse modelo leva em conta a análise de todas as vigas de um
só pavimento por vez, considerando a interação entre todos os elementos, aqui as lajes
continuam sendo analisadas por métodos aproximados e tendo sua carga transferia paras as
vigas pelas áreas de influência, a reações verticais nos apoios são transferidas paras os pilares,
assim como nas vigas continuas, no modelo cada barra possui uma geometria definida e um
modulo de elasticidade constante, as vigas são designadas como elementos de berra e nas
canecões das barras da grelhas dar-se o nome de nó, permitindo esse a cada barra três graus de
liberada, que são possíveis deslocamentos provenientes das ações impostas no elementos
estrutural, esse três graus de liberdade são uma translação, provocada pelas ações verticais
impostas pelos apoios com a forca cortante, e duas rotações, uma gerando um momento fletor
e a outra um momento torsor.
Grelha de vigas e lajes, é modelo de análise de pavimentos, também designado de
analogia de grelha, é dispostas de elementos lineares de barras dispostas no planos normal as
cargas verticais gravitacionais formando assim uma pequena malha no pano de laje analisado
ou no plano horizontal como um todo, o modelo consideras os pilares como apoios simples,
no modelo de grelhas cada intercepção de barras e considerado um elemento, assim a malha é
discretizada em elementos de barras de pequenos tamanho, normalmente espaçadas a uma
distância que varia de 30 a 50 cm, vale aqui ressaltar que quanto menor for o espaçamento,
28

maior será o tempo de processamento, além uma maior capacidade de processamento. A


transferência de carga para as vigas não é mais feita por área de influência como nos métodos
aproximados, mais sim pela rigidez de cada elemento, o que torna o modelo muito mais
preciso em comparação aos métodos aproximados anteriores, cada elemento possui em cada
extremidade um nó com três graus de liberdade sim como no modelo de grelha somente de
viga (uma translação e duas rotações).
Pórtico plano, nesse modelo é possível dispor elementos lineares verticalmente e
horizontalmente representando vigas e pilares com o intuito de se obter uma análise global de
uma série de pavimentos, superando a limitação de modelos que consideraram apenas um
pavimento por vez na análise, levando em conta também a consideração da ações horizontais,
o modelo não considera lajes, sendo necessários trazer as cargas do plano horizontal do
pavimentos por outro modelo, como grelha de vigas e lajes ou métodos aproximados. Cada nó
no modelo possui três graus de liberdade (duas ralações e uma rotação) sendo um
deslocamento vertical proveniente das reações das ações gravitacionais e uma horizontal
advinda dos esforços horizontais, gerando reações axiais na barra do pórtico.
Pórtico espacial, dispõe de uma geometria tridimensional, atualmente é o modelo
estrutural mais utilizados pelos engenheiros, sua interpretação é simples, desde que se tenha
em mãos um sistema gráfico computacional, caso contrário ficara muito complexo o
desenvolvimento analítico de seus resultados, para sua resolução utiliza-se metodologias
derivadas do método dos deslocamentos, como o método geral de rigidez ou método dos
elementos finitos 1D, de barras.

2.6.2 O melhor modelo estrutural

A escolha do modelo estrutural está diretamente liga a necessidade básica do


engenheiro, não faz sentido a utilização de modelos sofisticados e complexo quando se deseja
apenas uma análise simples para uma primeira estimativa do comportamento real da estrutura,
ou seja, na etapa de pré-dimensionamento é aconselhável a utilização de modelos mais
básicos, isso trará uma boa margem de acerto em relação aos resultados finais, além de
economizarem tempo do projetista, Martha (2010) Adverte que nenhum modelos estrutural
deva ser utilizados quando o engenheiro não domine seus conceitos, tendo em mente que não
existe uma verdade absoluta quanto ao melhor modelo a ser utilizado.
29

2.7 SOFTWARES DE ANÁLISE, DIMENSIOANAMENTO E DETALHAMENTO

Os softwares de cálculo estrutural são refermentas que auxiliam o engenheiro na


tomada de decisões, com dados e projeções mais realistas possíveis, porém, deve existe uma
cautela na sua utilização, para Kimura (2007) os softwares são como calculadoras com um
altíssimo grau de sofisticação, cabendo ao engenheiro conhecer e dominar todos os
parâmetros de sua utilização.
No atual cenário brasileiro os softwares se tornaram indispensáveis no dia-a-dia dos
profissionais que elaboram diversos tipos de projetos, no mercado nacional existem 3 grandes
softwares já consagrados, pela sua trajetória histórica e avanços tecnológicos significativos,
são eles, CypeCad, Cad/TQS e Eberick, os dois últimos são inteiramente nacionais,
desenvolvidos sobe o amparos das mais recente e constantes atualizações das normas vigentes
no pais, aplicadas as finalidades especificas de cada projeto, enquanto o primeiro é de origem
estrangeira com adaptações para as normas vigentes no pais.

2.8 CAD/TQS

TQS é um software para detalhamento de projetos estruturais de edifícios de concreto


armado. Consiste em um conjunto de sistemas que fornecem os recursos necessários para o
projeto estrutural, análise estrutural, dimensionamento e detalhamento de armaduras, geração
de desenhos até o planejamento de lançamentos de forma totalmente integrada e
automatizada.
O TQS torna a formulação de projetos estruturais um processo eficiente e com
impacto direto na sua qualidade. São totalmente compatíveis com os requisitos da norma
técnica NBR 6118:2014 e com a compatibilidade de modelos estruturais no processo BIM.

2.9 CYPECAD

O CYPECAD é um software para o dimensionamento de edifícios em concreto


armado e metálicos, permitindo a análise espacial, dimensionamento de todos os elementos
estruturais, edição de armaduras e troços e obtenção de desenhos construtivos da estrutura.
Realiza cálculos de estruturas 3D (incluindo fundações) formadas por pilares, paredes, vigas e
lajes, bem como dimensionamento automático de concreto armado e elementos metálicos.
30

A análise solicitada é realizada através de um cálculo espacial 3D, utilizando o método


de rigidez matricial, considerando todos os elementos que definem a estrutura: pilares,
paredes, paredes, vigas e lajes.

2.10 FTOOL

O Ftool é um programa de análise de estruturas planas cujo principal objetivo é a


obtenção de protótipos estruturais de forma mais simples e eficiente. O programa
originalmente desenvolvido para uso em salas de aula tornou-se ferramentas utilizadas por
profissionais em projetos estruturais. Atualmente sua versão 4.0 está disponível para os
sistemas operacionais Windows e Linux.
O Ftool foi originalmente desenvolvido por meio de um amplo projeto de pesquisa
coordenado pela PUC-Rio, professores do Departamento de Ciência da Computação do
Instituto Técnico Científico de Software (Tecgraf), e apoiado pelo CNPq (Conselho Nacional
de Desenvolvimento da Ciência e Tecnologia). Para usar o software, você deve estar
registrado no site para permitir downloads.
Este programa é muito útil para estudantes de engenharia e arquitetura, ideal para
testar modelos e adquirir conhecimento sobre o comportamento de uma estrutura sob carga,
deformação e análise de pontos-chave através de diagramas cuidadosamente elaborados. O
Ftool permite a prototipagem estrutural rápida com análise estrutural quase instantânea e
transparente, facilitando a interpretação eficiente do comportamento estrutural do modelo.
31

3 MOTODOLOGIA

Para um maior entendimento e compreensão das etapas desenvolvidas nesse trabalho,


segue um diagrama que demonstra os caminhos percorridos para a obtenção dos resultados a
serem alcançados.

O fluxograma descreve as etapas do desenvolvimento do presente trabalho, detalhado


em uma sequência crescente de conteúdos estudados durante graduação de engenharia civil, o
trabalho ser o mais didático possível, para que sua compreensão seja de fácil entendimento.
32

3.1 DADOS DO PROJETO

O projeto a ser estudado trata-se de um edifico de 9 pavimento, incluindo casa de


maquinas mais cobertura, a arquitetura não é complexa, podendo ser analisados todos os
elementos presentes na estrutura de maneira simplificada, abordando todas as etapas do
projeto de um edifício de médio porte. A edificação foi considerada em uma região de grande
centro urbano, com constante exposição ao dióxido de carbono, sendo assim exigida uma
classe de agressividade nível 3 (forte), e com base na agressividade ambiental a NBR
6118:2014 sugere uma tensão de resistência característica mínima de 30 Mpa.
As categorias de aço adotados serão o CA50 e CA60, tendo uso delimitado da seguinte
forma, CA60 será utilizado apenas o fio de bitola nominal de 5 mm destinado a armadura de
resistência para os panos de lajes, já o CA50 com barras de bitolas utilizáveis de 6,3, 8,0,
10,0, e 12,5 mm, destinadas a armaduras de resistência longitudinal e transversal.

3.2 CARGAS NA EDIFICAÇÃO

As cargas utilizadas no projeto foram retiradas da NBR 6120:2019, foi buscada uma
forma simples de análise de carregamentos para uma máxima uniformização das argas na
estrutura, assim consegue-se maior agilidades nos cálculos analíticos além de se obter
resultados bem conservadores.

3.3 CONSIDERAÇÕES DE PRÉDIMENSIONAMENTO E CONCEPÇÃO

Esta é uma etapa totalmente intelectual, sendo impossível de ser executado por
qualquer software por mais moderno que seja KIMURA (2010), ela serve para que o
engenheiro tenha um ponto de partida pouco divergentes dos resultados finais, embora
existam vários métodos de pré-dimensionamentos de nada adianta um ponto de partida que
haja um sentido a ser seguido, no caso, a concepção, é um processo interativo em que o pré-
dimensionamento e concepção estão dento de um ciclo.
A NBR 6118:2014 fixa limites geométricos mínios para diferentes elementos
estruturais, para pilares a área de sua seção transversal nunca deve ser inferior a 360 cm², para
vigas sua menor dimensão não pode ser inferia a 12 cm, e para lajes de pisos residenciais a
espessura mínima não deve ser inferior a 10 cm e 8 cm para lajes forro. Observasse que essas
33

recomendações impostas pela NBR 6118:2014 podem ser considerados como um pré-
dimensionamento que dependerá da concepção idealizada pelo engenheiro.
Com base na boa pratica de projetos de estruturas usuais de edifícios para estudo de
caso será utilizado apenas duas seções transversais para pilares (20x50) e (20x70), buscando
uma maior uniformização e por consequência maior praticidade de execução de formas e
montagem das armaduras. A estruturas resistente das ações horizontais nos eixos de referencia
x-y será inteiramente constituída de pórticos, havendo uma estrutura de contraventamento e
uma contra contraventada, em que será desconsiderada as ações horizontais provenientes das
ações de vento.
As vigas constituintes da subestrutura de contraventamento terão seção transversal de
(15x60) e (15x40) para a subestrutura contraventada, para todas as lajes do edifico será
adotado espessura de 10 cm.

3.4 ARQUITETURA E LANÇAMENTO DA ESTRUTURA

As plantas arquitetônicas cortes e vistas estarão disponíveis no APÊNDICE A, para


um melhor acompanhamento as plantas dos pavimentos destinadas a análise e distribuição de
carregamentos afim de dimensionamento serão apresentadas ao longo do desenvolvimento do
trabalho dentro do parágrafo em questão ao qual está sendo tratado. Assim apresenta-se na
figura 7 o pavimento tipo da edificação, o mesmo assemelha-se a cobertura, ressaltasse-se que
embora a laje da cobertura tenha a mesma espessura das demais lajes, afim de uniformizar
geometricamente o projeto, porém a única diferença será na consideração dos carregamentos
aplicados.
34

Figura 7 – Planta do pavimento tipo

17.21

P1 P2 P3 P4 P5
(50X20) V1 (15X40) (50X20) (15X40) (50X20) (15X40) (50X20) (15X40) (50X20)

SACADA L2 L5
SACADA
h=10 h=10
1.15
3.44 V2 (15X30) 3.44 V2 (15X30)

)
0

0
)

)
)
0

4
3

4
X

X
4

X
X

5
5

5
5

(1

(1
1

6(

8(

9(
7

0
4(

2
V

V
1
V
3.95 2.35 1.78 1.78 2.35 3.95

0
4)
L7 L8

X
L1 L3 L4

5
L6

1(1
h=10 h=10 h=10

1
h=10 h=10

V
2.12 h=10

0
3)
SALA DE

X
SALA DE

5
(1
P6 DORMITÓRIO JANTAR COZINHA COZINHA DORMITÓRIO

5
JANTAR

1
V
(50X20) V4 (15X30) (15X30) (15X30) (15X30)
P7 P8 P9 P10
(20X50) (20X50) (20X50) (50X20)
3.00 4.24 4.24 3.00
L9 L10 L11 L12
2.61 2.61 2.61 2.61
h=10 h=10 h=10 h=10

0
4)
DORMITÓRIO

X
SALA DE ESTAR SALA DE ESTAR DORMITÓRIO

1
V3 5
(1
V5 (15X40) (15X40) (15X40) (15X40)
P11
(20X70) P12 P13 P14 P15
(70X20) (20X70) (70X20) (50X20)
Acima 4.24
4.24 V6 (15X30)
L1 4
L13 h=10
16.40 ACESSO h=10 3.15 3.14 P16 (19X19)
5X0
4)

ACESSO
(1

ESCADAS

4)
0
1.71

X
ELEADOR

1
V 1
8( 5
1.83
P17 (15X40) (15X40) (15X40)
(20X50) P18 P19 P20 P21
V7 (15X40)
(50X20) (50X20) (20X50) (50X20)
SALA DE ESTAR SALA DE ESTAR DORMITÓRIO
DORMITÓRIO
L15 L16 L17 L18
0)

2.61 2.61 2.61 2.61


X4

h=10 h=10 h=10 h=10


5
(1

3.00 4.24 4.24 3.00


X
54)
0

P22
1
V 1
6(

(50X20) V8 (15X30) (15X30) (15X30) (15X30)

P23 P24 P25 P26


(20X50) (20X50) SALA DE (20X50) (50X20)
DORMITÓRIO
SALA DE COZINHA COZINHA JANTAR DORMITÓRIO
JANTAR
2.12
L19 L21 L22 L23
L20 L24
h=10 h=10 h=10 h=10
h=10 h=10
0)
)
0

3.95 2.35 1.78 1.78 2.35


4

X
X

5
)
0

(1
)
0

1
X
X4

9(

1
5

2
5

V
1

V
8(
2(

V10 (15X30)
V
1

V9 (15X30)
V

3.44 3.49 3.95


)

1.15
0

0)

0)
)
0
4

L19
4
X

L19 SACADA
X
X
5

5
5
1

(1

(1
1
4(

SACADA
6(
5

h=10 h=10
1

1
1
V

V
V

P27 V11 (15X40) P28 (15X40) P29 (15X40) P30 (15X40) P30
(50X20) (50X20) (50X20) (50X20) (50X20)

Fonte: Autor (2022)

A figura 7 traz a loção dos pilares e vigas em planta juntamente com suas dimensões,
A subestrutura de contraventamento formada exclusivamente por pórticos irá ser responsável
por absorver os esforços horizontais provenientes das ações de vento, na direção X os pilares
da estrutura de contraventamento na direção X é forda pelos pórticos (P11, P12, P13, P14,
P15), e (P17, P18, P19, P20, P21), na direção Y (P2, P7, P12, P18, P23, P28) e (P4, P9, P14,
P20, P25, P30).

3.5 MODELO ESRUTURAL PARA O CÁLCULO DA LAJES

A análise dos pavimentos será realizado por um métodos consagrados, a teria da


elasticidade de placas com pequenos deslocamento, para o cálculo dos esforções na lajes
serão considerados todos os contornos apoiados nas bordas mesmo que existam lajes
35

adjacentes, segundo Araújo (2010), isso por sua vez se justifica pelo fato de que uma das
condições de contorno para a validade das equações para a teoria da análise de placas com
pequenos deslocamentos é que os apoios sejam indissociáveis, essa condição é satisfeita
quando se trabalha com sistema de alvenaria estrutural ou quando existem vigas com rigidez
muito grande, o que não é alcançado para edificações residenciais.
Os esforços de dimensionamento obtidos no meio dos vãos são lançados como mentos
negativos nos contornos com lajes adjacente e posteriormente compatibilizados.

3.5.1 Vãos de cálculo do pavimento tipo

A NBR: 6118/2014 no seu item 14.6.2.4 apresenta duas maneiras para a consideração
dos vãos de cálculo para lajes e/ou vigas sendo dado pela seguinte formulação:

(10)

Sendo a 1 o menor valor entre t 1 /2 e 0,3 h, a 2 o menor valor entre t 2 /2 3 0,3 h. Será
escolhido por conveniência para todos vãos a formulação que leva em conta a largura dos
apoios, para um melhor entendimento a figura 8 destaca as variáveis consideradas.

Figura 8 – Planta do pavimento tipo

Fonte: NBR 6118:2014


36

Para uma melhor compreensão a figura 9 traz os vãos de cálculo considerado no


pavimento tipo.
Figura 9 – Vãos de calculo

1.35 1.35

3.64

4.08 2.51 1.93 1.93 2.51 4.08


2.29

2.81
3.20 4.44 4.44 3.20

3.30 3.30

3.20 4.44 4.44 3.20


2.81

2.29

4.08 2.51 1.93 1.93 2.51 4.08

3.64

1.35 1.35

Fonte: Autor 2022

3.5.2 Esforços nas lajes

Primeiramente deve-se saber qual o tipo de utilização para cada laje, pois os
carregamentos são função do uso da edificação como um todo, para isso foi elaborado a tabela
1 com a identificação e utilização para cada laje.
A tabela 1 traz o resumo de cargas incidentes sobres as lajes em que esta explicito
cargas para o dimensionamento no estado limite ultimo (ELU) quanto para o estado limite de
37

serviço (ELS), a seguir será apresentado o calcula das lajes L 1=L 6=L 19=L 24 , sendo a
única laje com parede sobre a mesma.
Cálculo das cargas de serviço das lajes L 1=L 6=L 19=L 24 .
Peso total da parede = 13*0,2*20,03 = 51 kN
Carga uniforme = 51/ (4,08*3,64) = 3,43 kN/m²
Carga permanente: g = 2,5+1+3,43 = 6,93 kN/m²
Carga total = g + q = 6,93 + 1,5 = 8, 43 kN/m²
Com esta metodologia calcula-se todas as cargas de serviço nas lajes do pavimento tipo.

TABELA 1: Cargas sobre as lajes do pavimento tipo– kN/m²


PERMANENTE VARIAVEL CARGA TOTAL
LAJES PESO
AMBIENTE PAREDE REVESTIMENTO g Q g+q
PROPRIO
L1=L6=L19=L24 DORMITORIO 2,5 3,43 1 6,93 1,5 8,43
L2=L5=L25=L26 SACADA 2,5 0 1 3,5 2,5 6
L3=L4=L21=L22 COZINHA 2,5 0 1 3,5 1,5 5
L7=L8=L20=L23 SALA DE JANTAR 2,5 0 1 3,5 1,5 5
L9=L12=L15=18 DORMITORIO 2,5 0 1 3,5 1,5 5
L10=L11=L16=L17 SALA DE ESTAR 2,5 0 1 3,5 1,5 5
L13 ACESSO ESCADAS 2,5 0 1 3,5 3 6,5
L14 ACESSO ELEVADOR 2,5 0 1 3,5 3 6,5

Fonte: Autor (2022)

3.5.3 Reações de apoio das lajes do pavimento tipo

As reações de apoio nas lajes serão calculadas para uma condição de vinculação
simplesmente apoiada como já foi mencionado anteriormente, primeiro calcula-se as lajes
armadas em uma única direção seguindo das lajes armadas em cruz, para o cálculo das lajes
unidirecionais utiliza-se as formulações a seguir.

(11)

(12)

(13)
38

A equação 13 é utilizada para determinação do tipo de distribuição de cargas,


designando assim as lajes em unidirecionais e bidirecionais, o calcula será feito em duas
etapas, a primeira para cargas permanentes e a segunda para cargas totais.
Todas as lajes são do tipo bidirecional logo será utilizado a tabela A2.1 presente no

anexo, com o auxílio desta tabela é possível determinar os coeficientes adimensionais e ,


utiliza-se uma condição de vinculação simplesmente apoiada em todas as lajes, a equação das
reações de apoio para lajes unidirecionais será escrita a seguir.

(14)

É preciso definir qual vão será designado por e , neste trabalho por conveniência

será designado como a menor dimensão, assim pode-se iniciar o cálculo da laje.

Entrando na tabela A2.1 e interpolando linearmente obtém-se os coeficientes adimensionais

Reação de apoio para as cargas premente e total na direção de

Reação de apoio para as cargas premente e total na direção de


39

As reações de apoio para as demais lajes serão apresentadas na tabela 2, nesta tabela também

costão os coeficientes e para o cálculo dos momentos fletores além do coeficiente


para o cálculo de flechas para placas simplesmente apoiadas.

TABELA 2: Reações de Apoio – kN/m

44,9
LI=L6=L19=L24 0,9 270 256 53,76 4,98 6,81 8,29 6,46 7,86
8
L2=L5=L25=26 0,6 340 267 40,7 86,9 8,65 1,61 2,75 1,26 2,16
L3=L14=L21=L22 0,5 366 269 36,7 100 10,13 2,47 3,53 1,82 2,60
L7=L8=L20=L23 0,9 270 256 45 52,8 4,98 2,16 3,09 2,05 2,93
L9=L12=L15=L18 0,9 270 256 45 52,8 4,98 2,66 3,79 3,26 3,60
L10=L11=L16=L17 0,6 340 267 38,8 93,4 8,65 3,34 4,78 2,63 3,75
L13 0,8 291 261 44,6 62,7 6,03 3,36 6,24 3,01 5,60
L14 0,8 291 261 44,6 62,7 6,03 3,36 6,24 3,01 5,60
Fonte: Autor (2022)

As figuras 9.1 e 9.1.1 trazem as cargas distribuídas nos seus respectivos vãos de cálculo, tanto
para carregamentos permanentes quantos para cargas totais de serviço.
40

Figura 9.1 – Reações de apoio devidos as cargas permanentes- kN/m

6,81 1,61 1,82 1,82 1,61 6,81


1,26 1,26 1,26 1,26

1,61 1,61
2,16 2,16
2,47 2,47 2,47 2,47
6,45 6,45 6,45 6,45
2,05 2,05 2,05 2,05

6,81 2,16 1,82 1,82 2,16 6,81


3,26 3,34 3,34 3,26

2,66 2,66 2,63 2,63 2,63 2,63 2,66 2,66

3,26 3,34 3,34 3,26


3,36 3,36

3,01 3,01 3,01 3,01

3,36 3,36
3,26 3,34 3,34 3,26

2,66 2,66 2,63 2,63 2,63 2,63 2,66 2,66

3,26 3,34 3,34 3,26


6,81 2,16 1,82 1,82 2,16 6,81

2,05 2,05 2,05 2,05


6,45 6,45 6,45 6,45
2,47 2,47 2,47 2,47
2,16 2,16
1,61 1,61

1,26 1,26 1,26 1,26


6,81 1,61 1,82 1,82 1,61 6,81

Fonte: Autor (202


41

Figura 9.1.1 – Reações de apoio devidos as cargas totais de serviço- kN/m

8,28 2,75 2,60 2,60 2,75 8,28


2,16 2,16 2,16 2,16

2,75 2,75
3,09 3,09
3,53 3,53 3,53 3,53
7,85 7,85 7,85 7,85
2,93 2,93 2,93 2,93

8,28 3,09 2,60 2,60 3,09 8,28


3,79 4,78 4,78 3,79

3,60 3,60 3,75 3,75 3,75 3,75 3,60 3,60

3,79 4,78 4,78 3,79


6,24 6,24

5,60 5,60 5,60 5,60

6,24 6,24
3,79 4,78 4,78 3,79

3,60 3,60 3,75 3,75 3,75 3,75 3,60 3,60

3,79 4,78 4,78 3,79


8,28 3,09 2,60 2,60 3,09 8,28

2,93 2,93 2,93 2,93


7,85 7,85 7,85 7,85
3,53 3,53 3,53 3,53
3,09 3,09
2,75 2,75

2,16 2,16 2,16 2,16


8,28 2,75 2,60 2,60 2,75 8,28

Fonte: Autor (2022)

3.5.4 Reações de apoio das lajes da área técnica para as caixas d’agua
A área técnica possui um total de 3 panos de laje no qual será a base para 3 caixas de
2.500 litros, qual a lajes serão designadas por LT1, LT2 e LT3, cada pano ser dimensionado
de independente, ou seja, dependerá apenas do carregamento aplicado sobre a lajes e sua
geometria, a determinação dos carregamento seguira o mesmo princípio que as lajes dos
pavimentos tipo, a seguir mostraremos o procedimento para os cálculos.
Cálculo das cargas para a laje técnica 1 (LT1).

onde p é o carregamento gerado uma caixa de 2.500 litros, sendo ,e

e as dimensões da laje, fica simples entender que a carga total está sedo distribuída em
toda a área da laje, o procedimento semelhante foi feita para as lajes LI=L6=L19=L24.
42

As demais lajes ficam

LT2 e LT3

Carga total na LT1

Total
Paras as demais lajes serão mantidos os valores de pp e regularização, pois todas as lajes terão
altura igual a 12 cm, e possuirão uma regularização para a consideração de impermeabilização
das áreas molhadas, determinando as reações de apoio nas bordas dessas lajes teremos as
cargas mostradas na figura 9.1.1.1.
Figura 9.1.1.1 – Reações de apoio devidos as cargas totais de serviço- kN/m

5,31 5,94 5,94

5,14 5,14 5,00 5,00 5,00 5,00

5,31 5,94 5,94

Fonte: Autor (2022)

3.5.5 Verificação de flechas


No item 13.3 da NBR 6118/2014 trata a respeito dos deslocamentos limites imposto a
elementos estruturais e não estruturais, afim de garantir de forma eficiente a usabilidade da
estrutura como um todo, esta apresentado na tabela 3 as flecha limites para cada pano de lajes,
43

porém como metodologia será desenvolvido como demonstração o cálculo da flechas


LI=L6=L19=L24.
Combinação quase permanente de serviço

simplificadamente pode escrita na forma


Logo

O coeficiente foi obtido atrás da tabela 11.2 da NBR:6118/2014, com a classificação para
locais onde não há equipamento que permaneçam fixos por longos períodos de tempo, e nem
elevadas concentrações de pessoas, o vales de e estão na tabela 1 deste trabalho.

sendo

Logo, a flecha imediata será

Após o cálculo da flecha imediata calcula-se a flecha deferida no tempo provocada pelo efeito
da fluência no concreto, será adotado um valor médio representativo para o coeficiente de

fluência dado por


Sendo assim

Em qualquer um dos casos a flecha calculada nunca deverá ser maior quer os limites impostos
pela NBR:6118/2014 que para verificação de deformações excessivas valem
44

ou para elementos que recebem diretamente carga de


parede o limite imposte é o menor entre

ou

≤ laje ok!!!

Logo, a flecha final calculada levando em conta efeitos da fluência foi menor que os
limites imposto pela NBR. Como a laje L1 o pavimento tipo é a mais carregas pode-se afirmar
que os deslocamentos em todas as lajes desse pavimento serão menos, desconsiderando aqui a
necessidade de serem calculadas, porém, para melhor observação dos resultados os valores
serão apresentados na tabela 3.

TABELA 3: Deslocamentos nas lajes – mm

LI=L6=L19=L24 4,98 7,38 2,77 6,93 14,56 7,28 10


L2=L5=L25=26 8,65 4,25 0,05 0,13 5,4 2,7 10
L3=L14=L21=L22 10,1 3,95 0,24 0,60 7,72 3,86 10
L7=L8=L20=L23 4,98 3,95 0,34 0,84 10,04 5,02 10
L9=L12=L15=L18 4,98 3,95 0,53 1,32 11,24 5,62 10
L10=L11=L16=L1
8,65 3,95 1,54 3,85 12,8 6,4 10
7
L13 6,03 4,9 1,33 3,33 12,8 6,4 10
L14 6,03 4,9 1,51 3,77 13,2 6,6 10
Fonte: Autor (2022)

Todas as lajes passam nas verificações, mesmo aquelas que mesmo aquelas que não
respeitavam forem consideradas nas verificações de flecha ativa, restando as aerificações nas
lajes técnicas paras as caixas d’aguas. Esses valores podem ser observados na tabela 4, que e
semelhante a tabela 3, porém como abas tem finalidades diferente decidiu-se separara-las para
uma análise individual dos diferentes níveis, até o momento não foram mencionados os
cálculos e verificações para o nível cobertura, isso porque o nível cobertura é um espelho dos
45

pavimentos tipo, com a única diferença que é a redação dos carregamento de utilização, com
isso percebesse que teríamos menos deslocamento no nível cobertura tendo como referencia o
pavimento tipo, logo automaticamente todas as análises e dimensionamento no pavimento
tipo será replicado na cobertura.
TABELA 4: Deslocamentos nas lajes – mm

  L/250
LT1 4,51 4,45 0,42 1,04 12,8
LT2 6,62 4,2 0,65 1,63 13,2
LT3 6,62 4,2 0,65 1,63 13,2

Fonte: Autor (2022)

3.5.6 DETERMINAÇÃO DOS MOMENTO FLETORES


O Procedimento para determinação dos momentos fletores é idêntico aquele
apresentado para calculo das reações de apoio nas bordas das lajes, o calculo é feito com
auxílio da tabela A2.1 no anexo deste trabalho, para o cálculo dos momentos fletores será
utilizado a formulação dada.

Os valores de e podem ser observados na tabela 2 com seus respectivos valores sendo
em função de.

; ;

Assim os momentos segundo as direções e é dado por


46

Vale ressaltar que os momentos calculados anteriormente são valores característicos,


para o dimensionamento da armadura será utilizada a combina no estado limite ultimo mais
desfavoráveis os esforções de flexão dais demais lajes podem ser vistos na tabela 5.

TABELA 5: Esforços de flexão nas lajes – kNm/m

LI=L6=L19=L24 8,43 44,98 53,76 5,02 6,00


L2=L5=L25=26 6 40,7 86,9 0,45 0,95
L3=L14=L21=L22 5 36,7 100 0,68 1,86
L7=L8=L20=L23 5 45 52,8 1,42 1,66
L9=L12=L15=L18 5 45 52,8 1,78 2,08
L10=L11=L16=L17 5 38,8 93,4 1,99 4,78
L13 6,5 44,6 62,7 2,97 4,17
L14 6,5 44,6 62,7 3,16 4,44

Fonte: Autor (2022)

Para as lajes técnicas os esforços também foram calculados e dispostos na tabela 6

TABELA 6: Esforços de flexão nas lajes técnicas – kNm/m

 
LT1 5,88 44,47 48,3 2,68 2,91
LT2 5,22 42,2 68,3 2,40 3,88
LT3 5,22 42,2 68,3 2,40 3,88

Fonte: Autor (2022)

3.5.7 Dimensionamento das armaduras


Logo após a verificação da condição de serviço e o cálculo dos esforços de flexão,
pode-se lançar mão do calculo das armaduras, porem de acordo com Araújo (2014), os
cálculos das armaduras para lajes maciças de obras correntes só são necessários
quando o momento característico menino for menor que aquele calculado pelos
métodos aproximados. Em virtude disso seguiremos com a verificação dos momentos
mínimos, o dimensionamento só será necessário se o momento calculado for superior
ao mínimo.
47

Calculo da amadura mínima

fazendo o procedimento inversor para determinação das armaduras pode


segar ao valor de momento mínimo que gera a armadura mínima.
Logo

: sendo

substituindo:

logo, em todos os
casos podemos escrever

Determinada a equação para o momento mínimo verifica-se na tabela 17.3 – Taxas mínimas
de armaduras de flexão, o valor da taxa mínima em função da resistência característica do
concreto.
Sendo

A altura útil d para lajes pode ser obtida da seguinte expressão

sendo h a altura da laje, c o cobrimento e o diâmetro da barra escolhida. Para

o detalhamento das armaduras das lajes decidiu-se trabalhar com barra com bitola igual a 8
mm.

Podem-se agora definir o momento mínimo característico


48

Logo todos o momento inferior ao mínimo não necessita de dimensionamento. Como os


momentos da laje L1 forem superiores ao mínimo teremos que dimensiona-la pelo método
tradicional de cálculo.

Dimensionamento da laje L1 na direção


49

4 RESULTADOS ESPERADOS
50

Para apresentar o texto deste projeto de forma mais organizada, o método de


dimensionamento estrutural utilizando software não profissional será denominado "método
manual".
Para ambos os métodos, embora as edificações analisadas sejam classificadas como
estruturas com nós fixos, o modelo CYPECAD apresenta maior valor para o coeficiente de
instabilidade global. Claro que isso é resultado da flexibilidade das ligações viga-pilar
empregadas pelo CYPECAD, pois quando essas ligações são simuladas com comportamento
mais realista, perde-se a rigidez do pórtico de contraventamento, afetando diretamente a
estabilidade geral. No entanto, devido ao tamanho modesto do edifício, os resultados da
classificação da estrutura como nós fixos já eram esperados.
Analisando os resultados obtidos no dimensionamento da laje, geralmente observa-se
que a área de armadura produzida pelo CYPECAD é maior do que a obtida pelo método
manual, mas isso é mais acentuado no encontro da laje onde os momentos fletores negativos
onde são consideráveis. Não há dúvida de que a grelha gerada no CYPECAD pelo método
computacional possui maior precisão na geração de força, e talvez por isso algumas lajes
fletem mais que o método manual e, portanto, tenham um momento positivo maior. No
método manual, os valores tomados para os momentos negativos estão relacionados aos
momentos no vão da laje através de certo grau de engastamento, o que pode justificar
menores taxas de armadura nas bordas, mas esses resultados requerem uma análise mais
cuidadosa.
51

REFERÊNCIAS

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RS: Editora Dunas, maio/2014.

ARAÚJO, José Milton de. Curso de Concreto Armado. Volume 2. 4ª edição. Rio Grande-
RS: Editora Dunas, maio/2014.

ARAÚJO, José Milton de. Curso de Concreto Armado. Volume 3. 4ª edição. Rio Grande-
RS: Editora Dunas, maio/2014.

ARAÚJO, José Milton de. Curso de Concreto Armado. Volume 4. 4ª edição. Rio Grande-
RS: Editora Dunas, maio/2014.

ARAÚJO, José Milton de. Projeto Estrutural de Edifícios de Concreto Armado: Um


exemplo completo. 4ª edição. Rio Grande-RS: Editora Dunas, junho/2014.

ARCHIVES NATIONAL. Ronan Point Tower. Disponível em:


<http://www.nationalarchives.gov.uk/education/resources/sixties-britain/ronan-point-tower/>
Acesso em: 12/11/2021

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 6118: projeto de estruturas


de concreto – procedimento. Rio de Janeiro-RJ, 2014.

_____. NBR 6120: ações para o cálculo de estruturas de edificações. Rio de Janeiro-RJ, 2019.

_____. NBR 6122: projeto e execução de fundações. Rio de Janeiro-RJ, 2019.

_____. NBR 6123: forças devidas ao vento em edificações. Rio de Janeiro-RJ, 1988.

_____. NBR 8681: ações e segurança nas estruturas – procedimento. Rio de Janeiro-RJ, 2003.

BASTOS, Paulo Sérgio dos Santos. Estruturas de concreto armado. Bauru/SP.


Setembro/2014.

CARDOSO, Rafael do Valle Pereira. Projeto estrutural em Concreto Armado.


Florianópolis. 2013

CARVALHO, Roberto Chust.; FIGUEIREDO FILHO FILHO, Jasson Rodrigues de. Cálculo
e Detalhamento de Estruturas Usuais de Concreto Armado: segundo a NBR 6118:2014.
4ª edição. São Carlos-SP: Editora EdUFSCar, 2014.

CRUZEIRO DO SUL. Montgomery atuou no incêndio do Edifício Joelma. Disponível em:


<https://www2.jornalcruzeiro.com.br/materia/451532/montgomery-atuou-no-incendio-do-
edificio-joelma> Acesso em: 12/12/2021

FRANÇA JÚNIOR, Davidson de Oliveira. Análise estrutural de um edifício em concreto


armado com quatro pavimentos: estudo de caso para diferentes modelos estruturais.
Pato Branco. 2015.
52

KIMURA, Alio Ernesto. Informática aplicada em estruturas de concreto armado. 2ª


edição Editora Oficina de Textos: São Paulo-SP, 2018.

NICOLAU; Igor Amaral Neves; TEIXEIRA, Jefferson Guilherme. Projeto de


dimensionamento de um edifício de onze pavimentos. Agosto. 2015

SMIDERLE, Ana Paula Ribeiro Moreira; ALVES, Laura Rebel Moreira. Dimensionamento
estrutural de um edifício multifamiliar em concreto armado. Campos dos Goytacazes/RJ.
Fevereiro/2011.

TQS. Colapso progressivo dos edifícios. Disponível em:


<http://www.tqs.com.br/tqs-news/consulta/58-artigos/1009-colapso-progressivo-dos-
edificios-breve-introducao> Acesso em: 12/12/2021

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