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UNIVERSIDADE CEUMA

Davi Castro Araújo

ANÁLISE E DIMENSIONAMENTO DE UM EDIFÍCIO EM CONCRETO ARMADO:


COM ÊNFASE NO DIMENSIONAMENTO ANALÍTICO E COMPUTACIONAL

São Luís – MA

2022
1

Davi Castro Araújo

Análise e dimensionamento de um edifício em concreto armado: com ênfase no


dimensionamento analítico e computacional

Monografia apresentada ao Curso de


Engenharia Civil da Universidade Ceuma,
como requisito para a obtenção do grau de
Bacharel

Orientador: Debora Cristina Coutinho Vilas


Boas

São Luís – MA
2022
2

Ficha a ser cedida pela biblioteca que deverá ser impressa atrás da folha
de rosto

Ficha elaborada pela Biblioteca da Universidade Ceuma


dd/mm/aa
3

Monografia de autoria de Davi Castro Araújo, intitulada Análise e dimensionamento de um


edifício em concreto armado: com ênfase no dimensionamento analítico e computacional,
apresentada como requisito para obtenção do grau de Engenheiro Civil, em ___/___/___,
defendida e aprovada pela banca examinadora abaixo assinada:

________________________________________________
Debora Cristina Coutinho Vilas Boas

________________________________________________
1º Examinador (Fonte 12, centralizado)

________________________________________________
2º Examinador (Fonte 12, centralizado)

São Luís – MA
2021
4

Dedico este trabalho a minha família, em


especial minha esposa Ranyelle e minha filha
Davilla que eu tanto amo, também dedico de
igual modo e intensidade aos meus pais e
irmãos.
5

AGRADECIMENTOS

Quero aqui agradecer do fundo do coração a todos que contribuíram de forma direta e indireta
para uma das maiores conquistas da minha vida, agradeço em especial ao meu amigo Marcus
André Pires, que por muitas vezes foi e continua sendo um grande irmão, fomos colegas de
profissão em tempos difíceis como soldadores do tipo de solda escama de peixe, agradeço aos
meus amigos George Lima e João Vitor Miranda, conhecidos como GG e Vitin de BDC, que
por muitas vezes me apoiaram e me acolheram em seus corações, muito do que conquistei
hoje agradeço e sempre agradecerei a vocês meus amigos, agradeço a Alexandro Vieira
Viegas, Gustavo Neto e José Carlos Garcia pelas inúmeras caronas depois da aula, agradeço
aos meus professores que mais contribuíram para meu desenvolvimento acadêmico, em
especial Leonado Calheiros, Felipe Ferreira Oliveira e Minha orientadora a Srt. Debora
Cristina Coutinho Vilas Boas, agradeço aos meus padrinhos Eva Lopes e Francisco Belmiro
que abriram as portas de sua casa para me acolherem vindo do interior para estudar na capital,
agradeço os meus amigos Rony Alves e Pedro Everton filho Cutrim que trilham caminhos e
sonhos semelhantes aos meus próprios e estamos sempre juntos incondicionalmente apoiando
um ao outo, somos praticamente futuros sócios, por fim peço perdão a todos por cair na
indelicadeza de não me lembrar de mencionar seus nomes.

.
6

“Porque somos mortais, certamente mortais,


inevitavelmente mortais, temos a acreditar que
tudo que dura mais do que nós é eterno.
Nossas crenças, em realidades, é simplesmente
desejos, ou talvez mentias que nos pregamos,
por querermos acreditar que tudo aquilo que
fazemos, que construímos, ou de que
participamos da criação, brilhará para sempre
no infinito”.
(Vicente Souza)
7
8

RESUMO

O presente trabalho traz uma abordagem quali-quantitativo dos métodos e resultados


utilizados para a análise e dimensionamento de um edifico em concreto armado de 4
pavimentos, o estudo de caso apresenta uma análise de dados referente aos métodos de
cálculos abordados no trabalho, sendo os métodos, analítico e computacional com a utilização
do software profissionaL de cálculo CypeCad, fazendo um comparativo entre as duas
metodologias aplicadas ao estudo de caso. O embasamento bibliográfico é indispensável para
a análise dos dados, no qual busca-se literaturas que colaborem diretamente com os objetivos
da pesquisa, que levara em conta aspectos específicos como simplificações de modelos
referente as suas geometrias, carregamentos e condições de contorno para uma adaptação as
ferramentas disponíveis para suprirem as demandas de cada metodologia.

Palavras-Chave: Concreto Armado. Analise. Dimensionamento. Estruturas.


9

ABSTRACT

This paper brings a quali-quantitative approach to the methods and results used for the
analysis and design of a reinforced concrete building of 4 floors, the case study presents a data
analysis regarding the methods of calculations addressed in the work, being the methods,
analytical and computational with the use of professional calculation software CypeCad and
TQS, making a comparison between the two methodologies applied to the case study. The
bibliographical foundation is essential for the analysis of the data, in which literature that
collaborates directly with the research objectives is sought, which will take into account
specific aspects such as model simplifications regarding their geometries, loads and boundary
conditions for an adaptation of the available tools to meet the demands of each methodology.

Keywords: Reinforced concrete. Analysis. Design. Structures.


10

LISTA DE FIGURA

Figura 1 - Evolução da norma brasileira do concreto 28


Figura 2 - Composição do concreto armado 46
Figura 3 - Diagrama tensão-deformação para concreto 54
Figura 4 - Diagrama tensão-deformação para aços de armaduras passivas 56
Figura 5 - Diagramas de tensão indicativos dos estádios de cálculo 58
Figura 6 - Comportamento do concreto na flexão pura (Estádio I) 58
Figura 7 - Comportamento do concreto na flexão pura (Estádio II) 59
Figura 8 - Comportamento do concreto na flexão pura (Estádio III) 60
Figura 9 - Diagrama retangular (Estádio III) 61
Figura 10 - Domínios de estado limite último de uma seção transversal 61
Figura 11 - Profundidade limite da linha neutra para garantir ductilidade adequada 64
Figura 12 - Quatro vertentes referentes a uma estrutura na análise estrutural 77
11

LISTA DE QUADROS (FONTE 12, CAIXA ALTA, NEGRITO, CENTRALIZADO)

Quadro 1 - Título .......................................................................................................... Xx


Quadro 2 - Título .......................................................................................................... Xx
Quadro 3 - Título .......................................................................................................... Xx
Quadro 4 - Título .......................................................................................................... Xx
Quadro 5 - Título .......................................................................................................... Xx
Quadro 6 - Título .......................................................................................................... Xx
Quadro n - Título .......................................................................................................... Xx
12

LISTA DE TABELAS

Tabela 1 - Título .......................................................................................................... Xx


Tabela 2 - Título .......................................................................................................... Xx
Tabela 3 - Título .......................................................................................................... Xx
Tabela 4 - Título .......................................................................................................... Xx
Tabela 5 - Título .......................................................................................................... Xx
Tabela 6 - Título .......................................................................................................... Xx
Tabela n - Título .......................................................................................................... Xx
13

LISTA DE SIGLAS

ABNT Associação Brasileira de Normas Técnicas


ABCP Associação Brasileira de Cimento Portland
NBR Norma Brasileira
ELS Estado Limite de Serviço
ELU Estado Limite Último
14

SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO...............................................................................................................15
2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA.......................................................................................16
2.1 ESTÁDIOS DO CONCRETO.................ERRO! INDICADOR NÃO DEFINIDO.
2.1.1 Estádio 1..................................................................Erro! Indicador não definido.
2.1.2 Estádio 2..................................................................Erro! Indicador não definido.
2.1.3 Estádio 3..................................................................Erro! Indicador não definido.
2.2 ESTADOS LIMITES DE SERVIÇO.......................................................................16
2.2.1 Estado limite ultimo (ELU)..............................................................................16
2.2.2 Estado Limite de Serviço (ELS).......................................................................17
2.3 SOLICITAÇÕES NORMAIS.................ERRO! INDICADOR NÃO DEFINIDO.
2.4 HIPOTESES PARA O DIMENSIONAMENTO.........ERRO! INDICADOR NÃO
DEFINIDO.
2.4.1 Domínios de Dimensionamento.............................Erro! Indicador não definido.
2.5 ELEMENTOS ESTRUTURAIS.............ERRO! INDICADOR NÃO DEFINIDO.
2.5.1 Elementos lineares............................................................................................20
2.5.2 Análise e dimensionamento de vigas ao esforço cortante..............................24
2.6 ANALISE ESTRUTURAL E MODELOS ESTRUTURAIS...................................30
2.6.1 Escolha do Modelo Estrutural.........................................................................31
2.6.2 O melhor modelo estrutural.............................................................................35
2.7 SOFTWARES DE ANÁLISE, DIMENSIOANAMENTO E DETALHAMENTO 35
2.8 CAD/TQS.................................................................................................................35
2.9 CYPECAD................................................................................................................36
2.10 FTOOL......................................................................................................................36
3 MOTODOLOGIA...........................................................................................................37
3.1 DADOS DO PROJETO............................................................................................38
3.2 CARGAS NA EDIFICAÇÃO..................................................................................38
3.3 CONSIDERAÇÕES DE PRÉDIMENSIONAMENTO E CONCEPÇÃO...............38
3.4 ARQUITETURA E LANÇAMENTO DA ESTRUTURA......................................39
3.5 PROCEDIMENTOS.................................................................................................41
4 MODELO ESRUTURAL PARA O CÁLCULO DA LAJES......................................41
15

4.1.1 Vãos de cálculo do pavimento tipo.......................Erro! Indicador não definido.


4.1.2 Esforços nas lajes..............................................................................................43
4.1.3 Reações de apoio das lajes do pavimento tipo................................................43
4.1.4 Reações de apoio das lajes da área técnica para as caixas d’agua...............47
4.1.5 Verificação de flechas.......................................................................................48
4.1.6 DETERMINAÇÃO DOS MOMENTO FLETORES....................................51
4.1.7 Dimensionamento das armaduras...................................................................54
4.1.8 Detalhamento das lajes.....................................................................................56
5 RESULTADOS ESPERADOS.......................................................................................80
REFERÊNCIAS......................................................................................................................82
16

ANALISE E DIMENSIONAMENTO DE UM EDIFÍCIO EM CONCRETO ARMADO:


COM ÊNFASE NO DIMENSIONAMENTO ANALITICO E COMPUTACIONAL

Davi Castro Araújo

1 INTRODUÇÃO

A engenharia de estruturas em geral, atualmente está em um processo constante de


avanços significativos no desenvolvimento de pesquisar e programas computacionais, os
benefícios são os mais diversos, estruturas que há 30 ou 40 anos atrás não poderia ser
projetada por falta de ferramentas adequadas, hoje são possíveis graças a softwares poderosos
capazes de fazer cálculos e análises que seriam impossíveis analiticamente. Porém, embora os
engenheiros de antigamente não eram capazes de realizar as análises e cálculos que um
software hoje é capaz, isso não significava que eles não sabiam como que seria feito, a forma
de contornar este problema foi o surgimento das hipóteses simplificadas, de cálculos que
seriam muito complexos, hipóteses essas que foram testadas rigorosamente e obtiveram
resultados satisfatórios, a prova disso é que não se observa prédios ou qualquer outro tipo de
estrutura relativamente antiga vindo ao colapso, considerado claro as manutenções e cuidados
que toda estrutura deve ter, com a presença dos softwares os engenheiros conseguiram
contornar muitos problemas e passaram a ter respostas mais precisas, porém muitos se
preocupam apenas com o aprendizado voltado para o software, achando que ele irá fazer todo
o trabalho do engenheiro, isso não é verdade, programas de cálculo são apenas calculadoras
com um pouco mais de recursos, o conhecimento necessária que um engenheiro deve ter para
projetar com segurança vem da base, conhecendo os métodos de cálculo manual que eram
atualizados com frequências antes da era dos softwares, as considerações nas análises, tudo
isso torna necessária que o engenheiro saiba como deve ser construído, quais os parâmetros, o
que deve ser considerado ou não nos cálculos. O dimensionamento manual não é preciso nos
dias atuais, más é obrigatório compreendê-lo.
17

2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
2.1 CRITÉRIOS DE PROJETO
2.1.1 Estados limites últimos e de serviço

Para Kimura (2014) os estados limitem de serviço servem para balizar limites
impostos no dimensionamento de qualquer estrutura, com a finalidade de garantir sua
segurança e usabilidade, na figura 4 mostra-se a divisão dos estados limites em dois grupos.
Segundo o item 3.1 da norma ABT NBR 8186: 2004 define-se os estados limites como sendo
os estados a partir dos quais a estrutura apresenta desempenho inadequado às finalidades da
construção.
Figura 4 – Estados limites último e de serviço

Fonte: Kimura (2014)

2.1.1.1 Estado limite último (ELU)

Segundo o item 3.2 a ABNT NBR 8186:2004 define os estados limites últimos como
sendo os estados que, pela sua simples ocorrência, determinam a paralisação, no todo ou em
parte, do uso da construção. Segundo Chust (2014) o estado limite último é o estado onde a
peças de concreto armado são dimensionadas, este estado está ligado a capacidade resistente
última da estrutura e geralmente é alcançado quando há perda de equilíbrio da estrutura, ou
quando há perda da capacidade resistente da estrutura perante solicitações normais,
tangenciais, havendo ou não colapso progressivo. A figura 5 ilustra de forma simplista a
ocorrência do ELU em uma estrutura.
18

Figura 5 – Estado limite último ELU

Fonte: Kimura (2014)

Um pilar mal dimensionado pode gerar instabilidade na estrutura e consequentemente


o colapso dela como um todo caracterizando assim o ELU.

2.1.1.2 Estado Limite de Serviço (ELS)

Segundo Araújo (2014), os estados limites de serviço são responsáveis pelas condições
de utilização das estruturas, geralmente o estado de serviço limita flechas excessivas em
elementos estruturais, vibrações e fissuração. Na figura 6 é demostrado um exemplo onde o
estado imite de serviço foi alcançado. A garantia da usabilidade das estruturas pode exigir a
verificação de outros estados limites de serviço, segundo o item 3.2 da ABNT NBR:
6118:2014.

a) Estado limite de abertura de fissuras (ESL-W);


b) Estado limite de formação de fissuras (ESL-F);
c) Estado limite de deslocamentos excessivos (ESL-DEF);
d) Estado limite de descompressão (ESL-D), descompressão parcial (ESL-DP) e
compressão excessiva (ESL-CE).

Figura 6 – Estado limite de serviço ELS


19

Fonte: Kimura (2014)

Segundo Kimura (2014) O deslocamento representado na figura 6 demostra como que


a perda da usabilidade pode prejudicar a estrutura no seu desempenho final, ficando
caracterizado o esgotamento da capacidade de serviço. Note que, normalmente as alvenarias
de vedação não tem função estrutural, a penas o pórtico da imagem representado por vigas e
pilares exerce essa função, porém, por estarem diretamente ligadas as alvenarias surgem
tenções que não são resistidas pelas paredes de vedação ao qual não tem essa finalidade.

2.1.2 Ações nas estruturas

Segundo Chusth (2014), define-se como

2.1.3 Elementos lineares

A as características dos elementos lineares são bem definhadas do ponto de vista geométrico,
possuindo um eixo geométrico bem definido e uma única dimensão muito superior as demais.
Os elementos que são classificados como lineares são.
a) Vigas
b) Pilares
c) Tirantes

2.1.3.1 Análise e dimensionamento de vigas a flexão simples


Para o dimensionamento de vigas de concreto armado submetidas a flexão simples é
necessário que se conheça as hipóteses básicas para o dimensionamento, tais hipóteses já
foram descuidadas anteriormente, porém, reforça-se o seu entendimento, as hipóteses são:
a) As infinitas seções permanecem planas após o início da ruína da peça estrutural
b) Admite-se total solidariedade entre o concreto e o aço
c) Despreza-se a resistência a tração do concreto no estado limite último
d) Adota-se um diagrama simplificados de tensões chamado de parabolo-retangulo
20

Analisando o ensaio de Stuttgart presente na figura 10 observa-se a formação de zonas de


momento fletor puro com o esforço cortante igual zero, mas, também se formam regiões onde
o momento fletor e o esforço cortante existente simultaneamente.

Figura 8 – Ensaio de Stuttgart

Fonte: Leonhardt (1973)

O procedimento para dimensionamento a flexão pura passa pelo chamado método das
seções, que buscava o equilíbrio e a compatibilidade das tenções de tração e compressão na
seção transversal da peça, além das suas respectivas deformações. Assim utilizando a
simplificação dada para o diagrama de tenções o dimensionamento tona-se mais efetivo, na
figura 11 apresenta-se o diagrama parabolo-retangulo e sua simplificação, o diagrama
retangular.
Figura 8 – Ensaio de Stuttgart

Fonte: Bastos (2014)


21

Logo, para melhor apresentar de maneira clara a dedução das equações de dimensionamento a
figura 12 em perspectiva trás as variáveis para o dimensionamento de elementos submetidos a
flexão simples.
Figura 8 – Ensaio de Stuttgart

Fonte: Bastos (2014)

Equilibrando as foças de tenção na armadura e de compressão no concreto fazendo, conforme


as equações 1, 2 3 e 4:

(1)

sendo
(2)

substituindo (6) em (5)


(3)

substituído (7) em (5) e isolando a área de aço teremos

(4)

As incógnitas da equação (8) são a área de aço ( ) e a deformação relativa de linha

neutra dada por ( ), no item 14.6.4.3 a NBR: 6118/2014 limita da deformação relativa

desguiada na norma pôr em 0,45 com o objetivo de garantir ductilidade suficiente para
22

uma ruptura no domínio 2 ou 3, caracterizado por grandes deformações até o esgotamento


final de sua capacidade resistente da seção transversal.

Para determinação da deformação relativa ( ) primeiro determina-se o momento fletor


reduzido dado pela seguinte equação 5:

(5)

Quando o momento reduzido calculado for menor que 0,29 significa que a seção será armada
com armadura simples, caso contrário dimensionava-se com aradura dupla. uma ver calculado
o momento reduzido é possível obter a deformação relativa de linha neutra pela equação 6:

(6)

Quando se trabalha com o dimensionamento através de tabela e importante definir uma taxa
mecânica de aço ( ), segundo Araújo (2014), a taxa mecânica para elementos submetidos a
flexão simples pode ser calculada pela seguinte equação 7:

(7)

Substituindo (6) em (7), resulta na equação 8:

(8)

A taxa mecânica em essência depende de uma outra taxa, chamada de geométrica, que nada
mais é que área de aços de determinado arranjo estrutural dividida pela área bruta de concreto
da seção transversal, sua equação e dada por,

(9)

Em essência temos que a taxa mecânica é função da taxa geométrica, logo pode equação 10:
23

(10)

Durante o dimensionamento podem ocorrer situações em que as solicitações são tão


baixas que as peças trabalham integralmente no estádio 1, ou seja, o concreto esta resistindo
aos esforções de tração, porém, segundo Araújo (2014) por incertezas de um uso adequando
dos elementos estruturais pode ocorrer situações em que as cargas excedam o limite previsto
no dimensionamento, e quando isso acontece pode acarretar uma ruptura brusca na passagem
do estádio 1 para o 2, para contornar esse problema a NBR:6118/2014 exigem no seu item
17.3.5.2.1 a adoção de uma armadura mínima de tração, podendo ser calculada pela equação:

(11)

Os valores de taxa mínima poderem ser retirado da tabela 1 extraída da NBR:6118/2014, vale
ressaltar que o valor da taxa nunca deve menor que 0,15%

2.1.4 Análise e dimensionamento de vigas ao esforço cortante

Os esforços de cisalhamento devem ser dimensionados de maneira a evitar rupturas


bruscas próximos da região dos apoios onde as solicitações são mais concentradas, na figura
xx exemplifica eminência a configuração típica de ruptura por cisalhamento.
24

Figura 8 – Ensaio de Stuttgart

Fonte: Bastos (2014)

Pode-se observar na figura xx que próximo a zona central da vida as fissuras


praticamente perpendiculares em relação a linha neutra da vida, porém, afastando da região
central da viga em direção aos seus apoios nota-se que as fissuras começam a inclinassem em

um ângulo que variam entre 30º e 45º, isso acontece pelo surgimento de esforços
cisalhamento somados com esforços de flexão. Param um melhor entendimento dos
surgimentos das fissuras de cisalhamento na figura xx apresenta uma viga hipotética com suas
distribuições de tenções principais ao longo do seu comprimento.
Figura 8 – Ensaio de Stuttgart
25

Fonte: Bastos (2014)

Observa-se que existe uma distribuição de tenções e que a tenção de tração é


responsável pelo surgimento das fissuras, o pioneiro no desenvolvimento de uma teoria para
dimensionamento desse tipo solicitação foi Morsh (1927), com a denominada treliça clássica
que em sua essência considera as tensões de compressão como bielas e a tenções de tração
como montantes fazendo parte constituinte de uma treliça isostática de banzos paralelos, esse
modelos de analise trouxe grandes avanços no estudo das solicitações tangencias. Atualmente
a analogia de treliça ainda não foi superada, diferenciando apenas com algumas melhorias
quanto a precisão dos resultados em comparação a primeiro modelo desenvolvido.

O engenheiro de estar consciente que a tensão de cisalhamento não representa


uma solicitação que atua assim ou assim mas, assim como as

componentes e , é apenas um valor auxiliar de cálculo, que se origina


devido ao fato do sistema de coordenadas ter sido estabelecido com
paralelo ao eixo da viga. Na realidade, atuam na viga apenas as tenções principais

e , o dimensionamento de concreto armado, entretanto, baseia-se na maioria

das vezes em ou em , respectivamente. Leonnhardt e Monning (1977, p. 68)

Uma metodologia de analise bastante eficiente para o dimensionamento ao esforço


cortante a de que seja incialmente verificada qual esforço cortante gera a armadura mínima de
26

cisalhamento, encontrando o valor do esforço compara-o com o esforço solicitante, caso um


solicitante seja maior dimensiona-se uma armadura que se estenderá até a região onde se
inicia os esforços que geram a armadura mínima, caso os esforços sejam inferiores ao mínimo
não se tem necessidade de dimensionamento. O processo de cálculo será apresentado a seguir.

Calcula-se inicialmente a armadura mínima, conforme a equação 11:

(11)

Com sendo a equação 12:


(12)
, Mpa

E na flexão simples, a taxa mínima é dada pela equação 13:

(13)

Logo, a área de aço mínima pode ser dada pela equação 14

(14)

2.1.5 Vãos de cálculo para vigas

A NBR: 6118/2014 no seu item 14.6.2.4 apresenta duas maneiras para a consideração
dos vãos de cálculo para lajes e/ou vigas, conforme a equação 1:

(1)

Sendo a 1 o menor valor entre t 1 /2 e 0,3 h, a 2 o menor valor entre t 2 /2 3 0,3 h. Será
escolhido por conveniência para todos os vãos a formulação que leva em conta a largura dos
apoios, para um melhor entendimento a figura 8 destaca as variáveis consideradas.
27

Figura 8 – Planta do pavimento tipo

Fonte: NBR 6118:2014

Para uma melhor compreensão a figura 9 traz os vãos de cálculo considerado no


pavimento tipo.
2.1.6 Pilares usuais de concreto armado

Pilares são elementos estrutura que são solicitados majoritariamente por cargas axiais,
podendo haver momentos fletores em uma ou em duas direções simultaneamente com cargas
axiais. Os pilares podem ser classificados de acordo com seu índice de esbeltez ou sua
posição geométrica dentro da edificação. de a cordo com o quadro xx podem ser observados
os limites de esbeltez para a classificação dos pilares.

Quadro 01
28

Fonte: Autor (2022)


Geralmente a grande maioria dos pilares de estruturas usuais se enquadram como
pilares esbeltos com o seu índice de esbeltez variando entre 40 e 90, para tal intervalo a norma
NBR 6118 (2014) traz dois métodos aproximados para a análise local dos efeitos de segunda
ondem em ÍNDICE DE ESBELTEZ CLASSIFICAÇÃO estruturas
0 < λ < 40 PILAR CURTO
de nos fixos, são
40 < λ < 90 PILAR ESBELTO
ele o pilar 90 < λ < 140 PILAR MUITO ESBELTO padrão
com 140 < λ < 200 PILAR ECESSIVAMENTE ESBELTO curvatura
λ > 200 NÃO PODE SER CONSIDERADO PILAR
aproximada e o pilar padrão com rigidez aproximada.

2.1.6.1 Pilar padrão com curvatura aproximada


Conforme a NBR 6118 (2014) o método só pode ser empregado em pilares com λ < 90, com
seção constante e armadura simétrica ao longo do eixo longitudinal do pilar, a não linearidade
geométrica é considerada de forma aproximada supondo uma deformação da barra
longitudinal de forma senoidal, a não linearidade física é considerada de forma aproximada
através da expressão da curvatura da seção crítica do pilar.

(5)

(5)

Sendo o momento de segunda ordem dado por

(9)
29

(5)

Com a excentricidade total definida como sendo a soma de todas a excentricidades levadas
em conta na análise.
(5)

(5)

(5)

(5)

(5)

2.1.6.2 Pilar padrão com rigidez k aproximada

Conforme a NBR 6118 (2014) o método só pode ser empregado em pilares com λ < 90, com
seção constante e armadura simétrica ao longo do eixo longitudinal do pilar, a não linearidade
geométrica é considerada de forma aproximada supondo uma deformação da barra
longitudinal de forma senoidal, a não linearidade física é considerada de forma aproximada
através da expressão da rigidez aproximada, a excentricidade total é dada pela seguinte
expressão.

(5)

(5)
30

Com as equações descritas acima pode-se determinar os esforços finais de dimensionamento


em pilares esbeltos. Para determinação da área de aço serão utilizadas as tabelas de interação
para diferentes arranjos, as tabelas encontram-se o anexo deste trabalho.

2.2 ANÁLISE ESTRUTURAL E MODELOS ESTRUTURAIS

A análise estrutural é a etapa do projeto em que a previsão do comportamento da


estrutura frente as ações externas e internas é verificada, nela são aplicadas as leis físicas que
regem o comportamento dos materiais e a fundamentação da engenharia de estruturas como
ciência, para Kimura (2007) a análise das estruturas consiste no cálculo e avaliação da
estruturas perante as respostas das imposição de ações externas e internas como
deslocamentos, momentos fletores, esforços cortantes, em vigas, lajes, pilares e etc, a figura 9
mostra a diferença entre um modela real e um analítico, que tem função de abstrair de forma
mais realista possível o comportamento real da estrutura analisada.

Figura 9 – Estrutura real e modelo analítico

Fonte: Martha (2010)

Para Martha (2010) a análise de estruturas trabalha com quatro níveis de abstração, o
primeiro nível trata a estrutura em sua forma física real, o parâmetro de referência a ser
buscado, tentando obter os resultados mais próximos possíveis da realidade.
O segundo nível é chamado de modelo estrutural, é utilizado para representar a
estrutura matematicamente e pode também ser chamado de modelo analítico ou matemático,
nele são englobadas leis físicas e construtivas dos materiais, no modelo estrutural é idealizado
o comportamento da estruturam frente a solicitações, adota-se um serie de hipóteses
31

simplificadoras testadas e verificadas experimentalmente, tais hipóteses são divindades em


grupos.

a) Simplificação da geometria do modelo


b) Simplificação das ações incidentes no modelo
c) Simplificação do comportamento dos materiais
d) Simplificação sobre as condições de contorno da estrutura

O terceiro nível é chamado de modelo discreto, é concebido dentro da metodologia de


cálculo e dos métodos de análise, os métodos de análise utilizam parâmetros para representar
o comportamento real da estrutura, que nada mais é do que a modelo estrutura concebida para
idealiza o comportamento real da estrutura de forma matemática, nesse ponto o modelo
estrutural e substituído pelo modelo discreto, para essa substituição dar-se o nome de
discretizarão.
O quarto e último nível de abstração é chamado de modelo computacional, ou seja,
será feita uma simulação computacional do comportamento da estrutura, o modelo
computacional transforma os parâmetros trazidos das discretizarão do modelo estruturam em
matrizes de rigidez, os métodos de análise computacional derivamos dos métodos dos
deslocamentos na qual recebem uma implementação computacional e passam a se chamar
método da rigidez direta. O fluxograma 1 mostra a sequência dos níveis de abstração de um
projetor estrutural bem com a mesma ordem de domínio sobre os determinados níveis.

Fluxograma 1 – Níveis de Abstração

MODELO MODELO
ESTRUTURA REAL MODELO DISCRETO
ESTRUTURAL COMPUTACIONAL

Fonte – Autor (2022)

2.2.1 Escolha do Modelo Estrutural

Para Kimura (2007) toda analise realizado por um computador parte de um modelo
estrutural ou modelo matemático, como foi mencionado anteriormente, os modelos estruturais
foram evoluindo com o passar os anos e com os avanços na área da computação hoje existem
32

vários, alguns bem simples e outro mais complexos, a seguir serão apresentados alguns
modelos.
Viga continua, é um dos primeiros modelos apresentados durante a graduação em
engenharia civil, a idealização do modelo segue a sequência de passos que são, (a) obtenção
de esforços e deslocamentos nas lajes por métodos aproximados consagrados, como as
tabelas de Marcus, Czerny, (b) as cargas nas lajes são transferidas paras as lajes por meio das
áreas de influencias geradas pelas condições de contorno de cada pano de lajes, (c) os
esforços nas vigas são calculado com base a teoria clássica de vigas de Navier para elementos
fletidos, (d) a carga vertical gerada nas reações de apoio é transferida as pilares como cargas
axiais para seu dimensionamento.
Embora o modelo de viga continua seja bem simples do ponto de vista prático, ele
possuis limitações consideráveis, sendo elas , (a) a viga é analisada de forma isolada dos
demais elementos estruturais, (b) não e considerada a transferência de momentos entra a
extremidade da viga e o pilar de apoio, condição essa que é irreal já que estruturas de concreto
armado moldadas in loco são monolíticas e se comportam como um corpo único, (c) não são
consideradas ações horizontais principalmente de vento, a figura 9 mostra de forma ilustrada
o sistema estrutural constituído por uma viga continua, no qual tem a função de absorver as
cargas verticais das lajes, obtidas por métodos aproximados.

Figura 9 – Viga continua

Fonte: Kimura (2007)


33

Vigas e pilares ou pórtico H, trata-se de uma evolução do modelo de viga continua,


mas que ainda possui praticamente todas as limitações de uma viga continua, com a vantagem
apenas da interação existente entre vigas e pilares com a transferência de momentos fletores,
na figura 10 mostra-se o modele numérico para um pórtico H.

Figura 9 – Pórtico H

Fonte: Kimura (2007)

Grelha somente de vigas, esse modelo leva em conta a análise de todas as vigas de um
só pavimento por vez, considerando a interação entre todos os elementos, aqui as lajes
continuam sendo analisadas por métodos aproximados e tendo sua carga transferia paras as
vigas pelas áreas de influência, a reações verticais nos apoios são transferidas paras os pilares,
assim como nas vigas continuas, no modelo cada barra possui uma geometria definida e um
modulo de elasticidade constante, as vigas são designadas como elementos de berra e nas
canecões das barras da grelhas dar-se o nome de nó, permitindo esse a cada barra três graus de
liberada, que são possíveis deslocamentos provenientes das ações impostas no elementos
estrutural, esse três graus de liberdade são uma translação, provocada pelas ações verticais
impostas pelos apoios com a forca cortante, e duas rotações, uma gerando um momento fletor
e a outra um momento torsor, a figura 11 mostra o arranjo estrutural para o modelo grelha
somente de vigas.

Figura 9 – Grelha somente de vigas


34

Fonte: Kimura (2007)


Grelha de vigas e lajes, é modelo de análise de pavimentos, também designado de
analogia de grelha, é dispostas de elementos lineares de barras dispostas no planos normal as
cargas verticais gravitacionais formando assim uma pequena malha no pano de laje analisado
ou no plano horizontal como um todo, o modelo consideras os pilares como apoios simples,
no modelo de grelhas cada intercepção de barras e considerado um elemento, assim a malha é
discretizada em elementos de barras de pequenos tamanho, normalmente espaçadas a uma
distância que varia de 30 a 50 cm, vale aqui ressaltar que quanto menor for o espaçamento,
maior será o tempo de processamento, além uma maior capacidade de processamento. A
transferência de carga para as vigas não é mais feita por área de influência como nos métodos
aproximados, mais sim pela rigidez de cada elemento, o que torna o modelo muito mais
preciso em comparação aos métodos aproximados anteriores, cada elemento possui em cada
extremidade um nó com três graus de liberdade sim como no modelo de grelha somente de
viga (uma translação e duas rotações).
Pórtico plano, nesse modelo é possível dispor elementos lineares verticalmente e
horizontalmente representando vigas e pilares com o intuito de se obter uma análise global de
uma série de pavimentos, superando a limitação de modelos que consideraram apenas um
pavimento por vez na análise, levando em conta também a consideração da ações horizontais,
o modelo não considera lajes, sendo necessários trazer as cargas do plano horizontal do
pavimentos por outro modelo, como grelha de vigas e lajes ou métodos aproximados. Cada nó
no modelo possui três graus de liberdade (duas ralações e uma rotação) sendo um
deslocamento vertical proveniente das reações das ações gravitacionais e uma horizontal
advinda dos esforços horizontais, gerando reações axiais na barra do pórtico.
Pórtico espacial, dispõe de uma geometria tridimensional, atualmente é o modelo
estrutural mais utilizados pelos engenheiros, sua interpretação é simples, desde que se tenha
em mãos um sistema gráfico computacional, caso contrário ficara muito complexo o
35

desenvolvimento analítico de seus resultados, para sua resolução utiliza-se metodologias


derivadas do método dos deslocamentos, como o método geral de rigidez ou método dos
elementos finitos 1D, de barras.

2.2.2 O melhor modelo estrutural

A escolha do modelo estrutural está diretamente liga a necessidade básica do


engenheiro, não faz sentido a utilização de modelos sofisticados e complexo quando se deseja
apenas uma análise simples para uma primeira estimativa do comportamento real da estrutura,
ou seja, na etapa de pré-dimensionamento é aconselhável a utilização de modelos mais
básicos, isso trará uma boa margem de acerto em relação aos resultados finais, além de
economizarem tempo do projetista, Martha (2010) Adverte que nenhum modelos estrutural
deva ser utilizados quando o engenheiro não domine seus conceitos, tendo em mente que não
existe uma verdade absoluta quanto ao melhor modelo a ser utilizado.

2.3 SOFTWARES DE ANÁLISE, DIMENSIOANAMENTO E DETALHAMENTO

Os softwares de cálculo estrutural são refermentas que auxiliam o engenheiro na


tomada de decisões, com dados e projeções mais realistas possíveis, porém, deve existe uma
cautela na sua utilização, para Kimura (2007) os softwares são como calculadoras com um
altíssimo grau de sofisticação, cabendo ao engenheiro conhecer e dominar todos os
parâmetros de sua utilização.
No atual cenário brasileiro os softwares se tornaram indispensáveis no dia-a-dia dos
profissionais que elaboram diversos tipos de projetos, no mercado nacional existem 3 grandes
softwares já consagrados, pela sua trajetória histórica e avanços tecnológicos significativos,
são eles, CypeCad, Cad/TQS e Eberick, os dois últimos são inteiramente nacionais,
desenvolvidos sobe o amparos das mais recente e constantes atualizações das normas vigentes
no pais, aplicadas as finalidades especificas de cada projeto, enquanto o primeiro é de origem
estrangeira com adaptações para as normas vigentes no pais.

2.4 CAD/TQS
36

TQS é um software para detalhamento de projetos estruturais de edifícios de concreto


armado. Consiste em um conjunto de sistemas que fornecem os recursos necessários para o
projeto estrutural, análise estrutural, dimensionamento e detalhamento de armaduras, geração
de desenhos até o planejamento de lançamentos de forma totalmente integrada e
automatizada.
O TQS torna a formulação de projetos estruturais um processo eficiente e com
impacto direto na sua qualidade. São totalmente compatíveis com os requisitos da norma
técnica NBR 6118:2014 e com a compatibilidade de modelos estruturais no processo BIM, na
figura xx mostra-se um projeto desenvolvido pelo TQS.

2.5 CYPECAD

O CYPECAD é um software para o dimensionamento de edifícios em concreto


armado e metálicos, permitindo a análise espacial, dimensionamento de todos os elementos
estruturais, edição de armaduras e troços e obtenção de desenhos construtivos da estrutura.
Realiza cálculos de estruturas 3D (incluindo fundações) formadas por pilares, paredes, vigas e
lajes, bem como dimensionamento automático de concreto armado e elementos metálicos.
A análise solicitada é realizada através de um cálculo espacial 3D, utilizando o método
de rigidez matricial, considerando todos os elementos que definem a estrutura: pilares,
paredes, paredes, vigas e lajes, na figura xx mostra-se um projeto desenvolvido pelo Cypecad.

2.6 FTOOL

O Ftool é um programa de análise de estruturas planas cujo principal objetivo é a


obtenção de protótipos estruturais de forma mais simples e eficiente. O programa
originalmente desenvolvido para uso em salas de aula tornou-se ferramentas utilizadas por
profissionais em projetos estruturais. Atualmente sua versão 4.0 está disponível para os
sistemas operacionais Windows e Linux.
O Ftool foi originalmente desenvolvido por meio de um amplo projeto de pesquisa
coordenado pela PUC-Rio, professores do Departamento de Ciência da Computação do
Instituto Técnico Científico de Software (Tecgraf), e apoiado pelo CNPq (Conselho Nacional
de Desenvolvimento da Ciência e Tecnologia). Para usar o software, você deve estar
registrado no site para permitir downloads.
37

Este programa é muito útil para estudantes de engenharia e arquitetura, ideal para
testar modelos e adquirir conhecimento sobre o comportamento de uma estrutura sob carga,
deformação e análise de pontos-chave através de diagramas cuidadosamente elaborados. O
Ftool permite a prototipagem estrutural rápida com análise estrutural quase instantânea e
transparente, facilitando a interpretação eficiente do comportamento estrutural do modelo.

3 METODOLOGIA

Para um maior entendimento e compreensão das etapas desenvolvidas nesse trabalho,


segue um diagrama que demonstra os caminhos percorridos para a obtenção dos resultados a
serem alcançados.
Fluxograma 1 – Resumo de etapas metodológicas

REVISÃO BIBLIOGRAFICA ANÁLISE

DIMENSIONAMNETO
MOTEDOLOGIA
ANALÍTICO

ESCOLHA DO MODELO
MODELAGEM DA ESTRUTURA
ESTRUTURAL

DIMENSIONAMNETO
COMPUTACIONAL

COMPRARATIVO
DE RESULTADOS
38

Fonte: Autor (2022)

O fluxograma descreve as etapas do desenvolvimento do presente trabalho, detalhado


em uma sequência crescente de conteúdos estudados durante graduação de engenharia civil, o
trabalho ser o mais didático possível, para que sua compreensão seja de fácil entendimento.

3.1 DADOS DO PROJETO

O projeto a ser estudado trata-se de um edifico de 4 pavimento, incluindo a cobertura,


a arquitetura não é complexa, podendo ser analisados todos os elementos presentes na
estrutura de maneira simplificada, abordando todas as etapas do projeto de um edifício de
médio porte. A edificação foi considerada em uma região de grande centro urbano, com
constante exposição ao dióxido de carbono, sendo assim exigida uma classe de agressividade
nível 3 (forte), e com base na agressividade ambiental a NBR 6118:2014 sugere uma tensão
de resistência característica mínima de 30 Mpa.
As categorias de aço adotados serão o CA50 e CA60, tendo uso delimitado da seguinte
forma, CA60 será utilizado apenas o fio de bitola nominal de 5 mm destinado a armadura de
resistência para os panos de lajes, já o CA50 com barras de bitolas utilizáveis de 6,3, 8,0,
10,0, e 12,5 mm, destinadas a armaduras de resistência longitudinal e transversal.

3.2 CARGAS NA EDIFICAÇÃO

As cargas utilizadas no projeto foram retiradas da NBR 6120:2019, foi buscada uma
forma simples de análise de carregamentos para uma máxima uniformização das argas na
estrutura, assim consegue-se maior agilidades nos cálculos analíticos além de se obter
resultados bem conservadores.

3.3 CONSIDERAÇÕES DE PRÉDIMENSIONAMENTO E CONCEPÇÃO

Esta é uma etapa totalmente intelectual, sendo impossível de ser executado por
qualquer software por mais moderno que seja KIMURA (2010), ela serve para que o
engenheiro tenha um ponto de partida pouco divergentes dos resultados, embora existam
39

vários métodos de pré-dimensionamentos de nada adianta um ponto de partida que haja um


sentido a ser seguido, no caso, a concepção, é um processo interativo em que o pré-
dimensionamento e concepção estão dento de um ciclo.
A NBR 6118:2014 fixa limites geométricos mínios para diferentes elementos
estruturais, para pilares a área de sua seção transversal nunca deve ser inferior a 360 cm², para
vigas sua menor dimensão não pode ser inferia a 12 cm, e para lajes de pisos residenciais a
espessura mínima não deve ser inferior a 10 cm e 8 cm para lajes forro. Observasse que essas
recomendações impostas pela NBR 6118:2014 podem ser considerados como um pré-
dimensionamento que dependerá da concepção idealizada pelo engenheiro.
Com base na boa prática de projetos de estruturas usuais de edifícios para estudo de
caso será utilizado apenas duas seções transversais para pilares (20x50) e (20x70), buscando
uma maior uniformização e por consequência maior praticidade de execução de formas e
montagem das armaduras. A estruturas resistente das ações horizontais nos eixos de referência
x-y será inteiramente constituída de pórticos, havendo uma estrutura de contraventamento e
uma contra contraventada, em que será desconsiderada as ações horizontais provenientes das
ações de vento. Todas as vigas do edifico terão seção única de 15x40 mesmo aquela que não
irão participar dos pórticos de contraventamento, para todas as lajes do pavimento tipo será
adotado espessura de 10 cm, e 12 para as lajes técnicas para suporte das caixas d’agua para
abastecimento da edificação.

3.4 ARQUITETURA E LANÇAMENTO DA ESTRUTURA

As plantas arquitetônicas cortes e vistas estarão disponíveis no APÊNDICE A, para


um melhor acompanhamento as plantas dos pavimentos destinadas a análise e distribuição de
carregamentos afim de dimensionamento serão apresentadas ao longo do desenvolvimento do
trabalho dentro do parágrafo em questão ao qual está sendo tratado. Assim apresenta-se na
figura 7 o pavimento tipo da edificação, ele assemelha-se a cobertura, ressaltasse-se que
embora a laje da cobertura tenha a mesma espessura das demais lajes, a fim de uniformizar
geometricamente o projeto, porém a única diferença será na consideração dos carregamentos
aplicados
40

Figura 7 – Planta do pavimento tipo

17.23

P1 P2 P3 P4 P5
(50X20) V1 (15X40) (50X20) (50X20) (50X20) (15X40) (50X20)

SACADA L5
L2 SACADA
L1 1.15 h=10 1.15
h=10 h=10
1.73 1.73

)
)

)
0

0
V2 (15X30) V3 (15X30) 3.88
0)

4
4

4
4

X
X

X
X

5
5

5
5

8(1

9(1

0(1
4(1

DORMITÓRIO

2
1

V
V

3.44 3.44
0
4)

L8
X

L7 L4
)

L3
)

0
0
5

3
4

L6
1(1

X
X

5
5

h=10
3.88 2.09 h=10
6(1

7(1

h=10
1

h=10
V

2.09 h=10
1

1
V

V
0
3)

SALA DE
X

SALA DE
5(15

P6 JANTAR COZINHA COZINHA DORMITÓRIO


JANTAR
1
V

(50X20) V4 (15X30) (15X30)


P7 P8 P9 P10
(20X50) (20X70) (20X50) (50X20)
3.00 3.00
4.24 4.24
L9 L10 L11 L12 2.61
2.61 2.61 2.61
h=10 h=10 h=10 h=10
X 0
4)

DORMITÓRIO SALA DE ESTAR


5

SALA DE ESTAR DORMITÓRIO


1
V3(1

V5 (15X40) (15X40) (15X40) (15X40)


P11
(20X70) P12 P13 P14 P15
(70X20) (20X70) (70X20) (50X20)
Acima L13
L1 4
h=10
h=10
16.40 3.10 3.30
ACESSO
X4)
0

0)
5

4
(1

ESCADAS RECEPÇÃO
1
V 5
8(1

P17 (15X40) (15X40)


(20X70) P18 P19 P20 P21
V7 (15X40)
(70X20) (20X70 (70X20) (50X20)
SALA DE ESTAR SALA DE ESTAR DORMITÓRIO
DORMITÓRIO
L15 L16 L17 L18
)
0

2.61 2.61 2.61 2.61


X4

h=10 h=10 h=10 h=10


5
(1

4.24 4.24
0)

3.00
5X4

3.00
6(1

P22
1
V

(50X20) V8 (15X30) (15X30)


P23 P24 P25 P26
(20X70) SALA DE (20X50) (50X20)
DORMITÓRIO (20X50)
SALA DE COZINHA JANTAR DORMITÓRIO
JANTAR
2.09 2.09
L19 L21 L22 L23
L20 L24
h=10 h=10 h=10 h=10
h=10 h=103.44
0)

3.44
0)

4
4

1.73 1.73
X
X
0)

5
5
0)

1(1
9(1
4

X
X

COZINHA
5

8(1

2
1
2(1

V
V
1
V
1

V9 (15X30) V10 (15X30)


V

3.88 3.88
0)

)
0

0
0)
4

1.15 L19 SACADA1.15


3

3
4
X

L19
X
5

5
5
4(1

5(1

7(1
6(1

SACADA h=10
1

h=10
1

1
1
V

V
V

P27 V11 (15X40) P28 (15X40) P29 (15X40) P30 (15X40) P30
(50X20) (50X20) (50X20) (50X20) (50X20)

Fonte: Autor (2022)

A figura 7 traz a loção dos pilares e vigas em planta juntamente com suas dimensões,
A subestrutura de contraventamento formada exclusivamente por pórticos irá ser responsável
por absorver os esforços horizontais provenientes das ações de vento. Na direção X os pilares
da estrutura de contraventamento na direção X é forda pelos pórticos (P6, P7, P8, P9, P10) e
seu espelho que é o pórtico (P17, P18, P19, P20, P21), assim, ambos serão considerados como
um grupo, mencionados neste trabalho com sento Pórtico 1x2, sendo que o pórtico que
contém o pilar P6 será chamado especificamente de pórtico 1A, e o contém o P17 será
designado por pórtico 1B, ainda fazendo parte da estrutura de contraventamento na direção X
41

tem os pilares (P11, P12, P13, P14, P15) seu espelho (P17, P18, P19, P20, P21), esse grupo
será designado por pórtico 2x2, sendo designados respectivamente e especificamente por 2A e
2B.
Na direção Y (P2, P7, P12, P18, P23, P28) e (P4, P9, P14, P20, P25, P30) forma o
grupo 3x1, e designados por 3A e 3B, por fim temos os pilares do pórtico designado por 4x1 e
4ª, que são (P3, P8, P13, P19, P24, P29).

3.5 PROCEDIMENTOS

O desenvolvimento dos cálculos dos diferentes elementos estruturas serão


apresentados com base nos métodos clássicos de analise serão empregados sempre que
possível, para análise de pórticos panos por se tratar de elementos com um elevado grau de
hiperasticidade, podendo ter soluções a partir do método da rigidez geral derivada do métodos
dos deslocamento, porém um pórtico plano de ciclos fechados apresenta além de uma
hiparasticidade externas ligadas as condições de contorno também possui hiperesticidae
interna.
Para solução do problema foi proposto pelo autor utilização do Ftool, software
educacional destinado a análise linear de primeira ordem para elementos de barra.
Será dimensionado um elemento estrutural de cada tipo, a fim de evitar repetições
desnecessárias
Os modelos computacionais desenvolvidos no Cypecad e TQS serão alimentados com
os mesmos dados utilizados no desenvolvimento analítico, a análise final será a verificação de
alguns parâmetros, tais como esforções finais, flechas, segurança da estrutura.

4 MODELO ESRUTURAL PARA O CÁLCULO DA LAJES

A análise dos pavimentos será realizado por um métodos consagrados, a teoria da


elasticidade de placas com pequenos deslocamento, para o cálculo dos esforções na lajes
serão considerados todos os contornos apoiados nas bordas mesmo que existam lajes
adjacentes, de acordo com Araújo (2010), isso por sua vez se justifica pelo fato de que uma
das condições de contorno para a validade das equações para a teoria da análise de placas com
pequenos deslocamentos é que os apoios sejam indissociáveis, essa condição é satisfeita
42

quando se trabalha com sistema de alvenaria estrutural ou quando existem vigas com rigidez
muito grande, o que não é alcançado para edificações residenciais.
Os esforços de dimensionamento obtidos no meio dos vãos são lançados como mentos
negativos nos contornos com lajes adjacente e posteriormente compatibilizados.

Figura 9 – Vãos de cálculo

1.35 1.35

3.64

4.08 2.51 1.93 1.93 2.51 4.08


2.29

2.81
3.20 4.44 4.44 3.20

3.30 3.30

3.20 4.44 4.44 3.20


2.81

2.29

4.08 2.51 1.93 1.93 2.51 4.08

3.64

1.35 1.35

Fonte: Autor 2022

4.1.1 Esforços nas lajes


43

Primeiramente deve-se saber qual o tipo de utilização para cada laje, pois os
carregamentos são função do uso da edificação como um todo, para isso foi elaborado a tabela
1 com a identificação e utilização para cada laje.
A tabela 1 traz o resumo de cargas incidentes sobres as lajes em que esta explicito
cargas para o dimensionamento no estado limite último (ELU) quanto para o estado limite de
serviço (ELS), a seguir será apresentado o calcula das lajes , sendo a
única laje com parede sobre ela.
Cálculo das cargas de serviço das lajes .

Peso total da parede


Sendo
peso específico do material que compõe a parede, de acordo com a NBR 6120 (2019), para

tijolos cerâmicos furados pode-se utilizar


altura da parede
espessura da parede
Especificamente precisa-se da carga concentrada da parede e não distribuída linearmente, para
isso basta multiplicar a ares da parede pela sua espessura e seu peso específico

Logo, onde, 20,03 é a área da parede

Carga uniforme
Onde,

carga permanente

Carga permanente totais:

Carga variável

Carregamento total na laje


Com esta metodologia calcula-se todas as cargas de serviço nas lajes do pavimento tipo.
44

TABELA 1: Cargas sobre as lajes do pavimento tipo– kN/m²


PERMANETE VARIÁVEL TOTAL
LEJES AMBIENTE PARED REVESTIMENT
PESO PRÓPRIO g q g+q
E O
7,0
L1=L6=L19=L24 DORMITÓRIAO 2,5 3,55 1 1,5 8,55
5
L2=L5=L25=L26 SACADA 2,5 0 1 3,5 2,5 6
L3=L4=L21=L22 COZINHA 2,5 0 1 3,5 1,5 5
SALA DE
L7=L8=L20=L23 2,5 0 1 3,5 1,5 5
JANTAR
L9=L12=L15=L18 DORMITÓRIO 2,5 0 1 3,5 1,5 5
L1=L11=L16=L17 SALA DE ESTAR 2,5 0 1 3,5 1,5 5
ACESSO
L13 2,5 0 1 3,5 3 6,5
ESCADAS
ACESSO
L14 2,5 0 1 3,5 3 6,5
ESCADAS
Fonte: Autor (2022)

4.1.2 Reações de apoio das lajes do pavimento tipo

As reações de apoio nas lajes serão calculadas para uma condição de vinculação
simplesmente apoiada como já foi mencionado anteriormente, primeiro calcula-se as lajes
armadas em uma única direção seguindo das lajes armadas em cruz, para o cálculo das lajes
unidirecionais utiliza-se as equações 2, 3 e 4.

(2)

(3)

(4)
45

A equação 13 é utilizada para determinação do tipo de distribuição de cargas,


designando assim as lajes em unidirecionais e bidirecionais, o calcula será feito em duas
etapas, a primeira para cargas permanentes e a segunda para cargas totais.
Todas as lajes são do tipo bidirecional logo será utilizado a tabela A2.1 presente no

anexo, com o auxílio desta tabela é possível determinar os coeficientes adimensionais e ,


utiliza-se uma condição de vinculação simplesmente apoiada em todas as lajes, a equação das
reações de apoio para lajes unidirecionais será escrita conforme a equação 5.

(5)

É preciso definir qual vão será designado por e , neste trabalho por conveniência

será designado como a menor dimensão, assim pode-se iniciar o cálculo da laje.

Entrando na tabela A2.1 e interpolando linearmente obtém-se os coeficientes adimensionais

Reação de apoio para as cargas premente e total na direção de

Reação de apoio para as cargas premente e total na direção de


46

As reações de apoio para as demais lajes serão apresentadas na tabela 2, nesta tabela

também costão os coeficientes e para o cálculo dos momentos fletores além do

coeficiente para o cálculo de flechas para placas simplesmente apoiadas.

TABELA 2: Reações de Apoio das lajes – kN/m

 
                   
 
L1=L6=L19=L24 0,9 270 256 44,98 53,76 4,98 6,93 1,47 8,40 6,57 1,40 7,97
L2=L5=L25=L26 0,6 340 267 40,7 86,9 8,65 1,61 1,15 2,75 1,26 0,90 2,16
L3=L4=L21=L22 0,5 366 269 36,7 100 10,13 2,22 0,95 3,17 1,63 0,70 2,33
L7=L8=L20=L23 0,9 270 256 45 52,8 4,98 2,16 0,93 3,09 2,05 0,88 2,93
L9=L12=L15=L18 0,9 270 256 45 52,8 4,98 2,66 1,14 3,79 2,52 1,08 3,60
L1=L11=L16=L17 0,6 340 267 38,8 93,4 8,65 3,34 1,43 4,78 2,63 1,13 3,75
L13 0,8 291 261 44,6 62,7 6,03 3,36 2,88 6,24 3,01 2,58 5,60
L14 0,8 291 261 44,6 62,7 6,03 3,36 2,88 6,24 3,01 2,58 5,60
Fonte: Autor (2022)

As figuras 9.1 a 9.1.1 trazem as cargas distribuídas nos seus respectivos vãos de cálculo, tanto
para carregamentos permanentes, e variáveis, não incluído o peso próprio das vigas nem
carregamentos de parede.
47

Figura 9.1 – Reações de apoio geradas pelas cargas permanentes das lajes - kN/m

6,93 1,61 1,63 1,63 1,61 6,93

1,26 1,26 1,26 1,26

1,61 1,61
6,57 6,57 2,16 2,22 2,22 2,22 2,22 2,16 6,57 6,57

2,05 2,05 2,05 2,05

6,93 2,16 1,63 1,63 2,16 6,93


2,52 3,34 3,34 2,52

2,66 2,66 2,63 2,63 2,63 2,63 2,66 2,66

2,52 2,52
3,36 3,36

3,01 3,01 3,01 3,01

3,36 3,36
2,52

2,66 2,66 2,63 2,63 2,63 2,63 2,66 2,66

2,52 3,34 3,34 2,52


6,93 2,16 1,63 1,63 2,16 6,93

2,05 2,05 2,05 2,05

6,57 6,57 2,16 2,22 2,22 2,22 2,22 2,16 6,57 6,57
1,61 1,61

1,26 1,26 1,26 1,26

6,93 1,61 1,63 1,63 1,61 6,93

Fonte: Autor (202


48

Figura 9.1.1 – Reações de apoio devidos as cargas variáveis - kN/m

1,47 1,15 0,70 0,70 1,15 1,47

0,90 0,90 0,90 0,90

1,15 1,15
1,4 1,4 0,93 0,95 0,95 0,95 0,95 0,93 1,4 1,4

0,88 0,88 0,88 0,88

1,47 0,93 0,70 0,70 0,93 1,47


1,08 1,43 1,43 1,08

1,14 1,14 1,13 1,13 1,13 1,13 1,14 1,14

1,08 1,43 1,43 1,08


2,88 2,88

2,58 2,28 2,58 2,28

2,88 2,88
1,08 1,43 1,43 1,08

1,14 1,14 1,13 1,13 1,13 1,13 1,14 1,14

1,08 1,43 1,43 1,08


1,47 0,93 0,70 0,70 0,93 1,47

0,88 0,88 0,88 0,88

1,4 1,4 0,93 0,95 0,95 0,95 0,95 0,93 1,4 1,4
1,15 1,15

0,90 0,90 0,90 0,90

1,47 1,15 0,70 0,70 1,15 1,47

Fonte: Autor (2022)

4.1.3 Reações de apoio das lajes da área técnica para as caixas d’agua

A área técnica possui um total de 3 panos de laje no qual será a base para um volume
10000 litros, as lajes serão designadas por LT1, LT2 e LT3, cada pano ser dimensionado de
independente, ou seja, dependerá apenas do carregamento aplicado sobre a lajes e sua
geometria, a determinação dos carregamentos seguira o mesmo princípio de que as lajes dos
pavimentos tipo, a seguir mostraremos o procedimento para os cálculos.
Cálculo das cargas para a laje técnica 1 (LT1).

onde p é o carregamento gerado uma caixa de 10000 litros, sendo ,

e e as dimensões da laje, fica simples entender que a carga total está sedo distribuída em
toda a área da laje, o procedimento semelhante foi feita para as lajes LI=L6=L19=L24.
49

Considerando os ares das lajes técnicas para a distribuição de cargas

Carga total em todas as lajes

Total
Paras as demais lajes serão mantidos os valores de pp e regularização, pois todas as
lajes terão altura igual a 12 cm, e possuirão uma regularização para a consideração de
impermeabilização das áreas molhadas, determinando as reações de apoio nas bordas dessas
lajes teremos as cargas mostradas na figura 9.1.1.1.
Figura 9.1.1.1 – Reações de apoio devidos as cargas totais de serviço incluindo peso próprio - kN/m

6,81 7,44 7,44

6,64 6,64 6,5 6,5 6,5 6,5

6,81 7,44 7,44

Fonte: Autor (2022)

4.1.4 Verificação de flechas

No item 13.3 da NBR 6118/2014 trata a respeito dos deslocamentos limites imposto a
elementos estruturais e não estruturais, a fim de garantir de forma eficiente a usabilidade da
estrutura como um todo, está apresentado na tabela 3 as flechas limites para cada pano de
lajes, porém como metodologia será desenvolvido como demonstração o cálculo das flechas
LI=L6=L19=L24.
Combinação quase permanente de serviço

simplificadamente pode ser escrita na forma


Logo
50

O coeficiente foi obtido atrás da tabela 11.2 da NBR:6118/2014, com a classificação para
locais onde não há equipamento que permaneçam fixos por longos períodos de tempo, e nem
elevadas concentrações de pessoas, o vales de e estão na tabela 1 deste trabalho.

sendo

Logo, a flecha imediata será

Após o cálculo da flecha imediata calcula-se a flecha deferida no tempo provocada pelo efeito
da fluência no concreto, será adotado um valor médio representativo para o coeficiente de

fluência dado por


Sendo assim

Em qualquer um dos casos a flecha calculada nunca deverá ser maior quer os limites impostos
pela NBR:6118/2014, que para verificação de deformações excessivas valem

ou para elementos que recebem diretamente carga de


parede o limite imposte é o menor entre
51

ou

≤ laje ok!!!

Logo, a flecha final calculada levando em conta efeitos da fluência foi menor que os
limites imposto pela NBR. Como a laje L1 o pavimento tipo é a mais carregas pode-se afirmar
que os deslocamentos em todas as lajes desse pavimento serão menos, desconsiderando aqui a
necessidade de serem calculadas, porém, para melhor observação dos resultados os valores
serão apresentados na tabela 3.

TABELA 3: Deslocamentos nas lajes – mm

LI=L6=L19=L24 4,98 7,38 2,77 6,93 14,56 7,28 10


L2=L5=L25=26 8,65 4,25 0,05 0,13 5,4 2,7 10
L3=L14=L21=L22 10,1 3,95 0,24 0,60 7,72 3,86 10
L7=L8=L20=L23 4,98 3,95 0,34 0,84 10,04 5,02 10
L9=L12=L15=L18 4,98 3,95 0,53 1,32 11,24 5,62 10
L10=L11=L16=L1
8,65 3,95 1,54 3,85 12,8 6,4 10
7
L13 6,03 4,9 1,33 3,33 12,8 6,4 10
L14 6,03 4,9 1,51 3,77 13,2 6,6 10
Fonte: Autor (2022)
Todas as lajes passam nas verificações, mesmo aquelas que mesmo aquelas que não
respeitavam forem consideradas nas verificações de flecha ativa, restando as aerificações nas
lajes técnicas paras as caixas d’aguas. Esses valores podem ser observados na tabela 4, que e
semelhante a tabela 3, porém como abas tem finalidades diferente decidiu-se separara-las para
uma análise individual dos diferentes níveis, até o momento não foram mencionados os
cálculos e verificações para o nível cobertura, isso porque o nível cobertura é um espelho dos
pavimentos tipo, com a única diferença que é a redação dos carregamento de utilização, com
isso percebesse que teríamos menos deslocamento no nível cobertura tendo como referência o
pavimento tipo, logo automaticamente todas as análises e dimensionamento no pavimento
tipo será replicado na cobertura.
TABELA 4: Deslocamentos nas lajes – mm
52

  L/250
LT1 4,51 4,45 0,42 1,04 12,8
LT2 6,62 4,2 0,65 1,63 13,2
LT3 6,62 4,2 0,65 1,63 13,2
Fonte: Autor (2022)

4.1.5 DETERMINAÇÃO DOS MOMENTO FLETORES

O Procedimento para determinação dos momentos fletores é idêntico aquele


apresentado para cálculo das reações de apoio nas bordas das lajes, o cálculo é feito com
auxílio da tabela A2.1 no anexo deste trabalho, para o cálculo dos momentos fletores será
utilizado conforme a equação 6.

(6)

Os valores de e podem ser observados na tabela 2 com seus respectivos valores sendo
em função de.

; :

Assim os momentos segundo as direções e é dado por

Vale ressaltar que os momentos calculados anteriormente são valores característicos,


para o dimensionamento da armadura será utilizada a combina no estado limite último mais
desfavoráveis os esforções de flexão dais demais lajes podem ser vistos na tabela 5.

TABELA 5: Esforços de flexão nas lajes – kNm/m

LI=L6=L19=L24 8,43 44,98 53,76 5,02 6,00


L2=L5=L25=26 6 40,7 86,9 0,45 0,95
53

L3=L14=L21=L22 5 36,7 100 0,68 1,86


L7=L8=L20=L23 5 45 52,8 1,42 1,66
L9=L12=L15=L18 5 45 52,8 1,78 2,08
L10=L11=L16=L17 5 38,8 93,4 1,99 4,78
L13 6,5 44,6 62,7 3,16 4,44
L14 6,5 44,6 62,7 3,16 4,44
Fonte: Autor (2022)

Para as lajes técnicas os esforços também foram calculados e dispostos na tabela 6

TABELA 6: Esforços de flexão nas lajes técnicas – kNm/m

 
LT1 5,88 44,47 48,3 2,68 2,91
LT2 5,22 42,2 68,3 2,40 3,88
LT3 5,22 42,2 68,3 2,40 3,88
Fonte: Autor (2022)

Os momentos fletores na tabela 6 podem ser analisados nas figuras 9.1.1.2 e 9.1.1.3 onde fica
claro de evidenciar as direções doa momentos nas lajes.
54

Figura 9.1.1.2 – Momentos fletores pavimento tipo- kNm

0,95 0,95

0,45 0,45
6,00 1,86 1,86 6,00

5,02 1,42 0,68 0,68 1,42 5,02

1,66 1,66

1,78 1,89 1,89 1,78

2,08 4,78 4,78 2,08

3,16 3,16

4,44 4,44

2,08 4,78 2,08

1,78 1,89 1,89 1,78

1,66 1,66

5,02 1,42 0,68 0,68 1,42 5,02

6,00 1,86 1,86 6,00


0,45 0,45

0,95 0,95

Fonte: Autor (2022)

Figura 9.1.1.3 – Momentos fletores lajes técnicas- kNm

2,68 2,40 2,40

2,91 3,88 3,88

Fonte: Autor (2022)


55

4.1.6 Dimensionamento das armaduras


Logo após a verificação da condição de serviço e o cálculo dos esforços de flexão,
pode-se lançar mão do cálculo das armaduras, porem de acordo com Araújo (2014), os
cálculos das armaduras para lajes maciças de obras correntes só são necessários quando o
momento característico menino for menor que aquele calculado pelos métodos aproximados.
Em virtude disso seguiremos com a verificação dos momentos mínimos, o dimensionamento
só será necessário se o momento calculado for superior ao mínimo.
Cálculo da amadura mínima

fazendo o procedimento inverso para determinação das armaduras pode


segar ao valor de momento mínimo que gera a armadura mínima.
Logo

sendo

substituindo:

logo, em todos os
casos podemos escrever

Determinada a equação para o momento mínimo verifica-se na tabela 17.3 – Taxas mínimas
de armaduras de flexão, o valor da taxa mínima em função da resistência característica do
concreto.
Sendo

A altura útil d para lajes pode ser obtida da seguinte expressão


56

sendo h a altura da laje, c o cobrimento e o diâmetro da barra escolhida. Para

o detalhamento das armaduras das lajes decidiu-se trabalhar com barra com bitola igual a 8
mm.

Podem-se agora definir o momento mínimo característico

Logo todos o momento inferior ao mínimo não necessita de dimensionamento. Como os


momentos da laje L1 forem superiores ao mínimo teremos que dimensioná-la pelo método
tradicional de cálculo.

Dimensionamento da laje L1 na direção

ok!!!

ok!!!

Analogamente na direção teremos


57

Para determinar o espaçamento mínimo estre as barras deve-se dividir a ares da seção
de uma única barra pela área calculada no dimensionamento, o mesmo procedimento deve ser
feito com a área mínima, para determinar o espaçamento mínimo entre os dois valores.

Logo o espaçamento da área mínima e da área calculada podem ser definidos.

Em todos os casos o espaçamento máximo nunca deve exceder o valo de 20 cm


conforme especificado no item 2.3 da NBR:6118/2014, o espaçamento adotado para a laje L1
é igual a 20 cm, como foi demostrado nos cálculos, em virtude dessa laje ser a que possui
maiores esforços fica evidenciado que seu detalhamento atenderá todas as lajes do edifício,

logo fazendo o cálculo inverso do espaçamento mínimo para a configuração de

chega-se a uma área de aço , que é praticamente a mesma área calculada pelo
método tradicional, adotando esse espaçamento todas as lajes ficam garantidas para o maior

momento calculado que vale , sem necessidade de dimensionamento das


demais lajes do edifício.

4.1.7 Detalhamento das lajes

No item anterior foram dimensionadas as armaduras de resistência a flexão positiva,


sem a consideração do cálculo dos momentos negativos, porém para uma melhor
compatibilidade e distribuição de esforços Araújo (2014) e EH (1991) sugerem que as
58

armaduras positivas sejam direcionadas aos encontros de lajes vizinha, sendo adotado a maior
armadura positiva entre duas lajes adjacentes para combaterem os momentos negativos que
não fofaram considerados de fona analítica no dimensionamento.

4.1.7.1 Comprimento das barras

Para as barras positivas o seu comprimento total e a soma de que representa a


distancias entre duas faces oposta nos bordos das lajes, geralmente esses bordos são vigas.

Somados com e

Sendo : em que é a largura do apoio no qual a lajes esta apoia e éo


tamanho do gancho na extremidade a barra, logo a fórmula completa do comprimento de
parras positivas fica.

4.2 DETERMINAÇÃO DAS AÇÕES HORIZONTAIS


Os procedimentos para a determinação dos esforços horizontais proveniente das ações
de vento estão descritos na NBR 6123 (2021). A velocidade básica do vento (V0) na região da
edificação é de 39 m/s, sendo localizada em uma região plana e pouco ondulada, assim o fator
topográfico S1 = 1, a edificação está classificada na categoria IV terrenos cobertos por
obstáculos numerosos e poucos espaçados em zonas florestais, urbanas e industriais. A classe
da edificação é (classe A) onde a maior dimensão em planta não supera 20 metros.
O fator S2 leva em conta a variação da velocidade e do preção de vento em função da
altura (z), e expressão para determinada do fator S2 e dada a seguir.
(5)

Logo pode definir o fator S2 para os diferentes níveis da edificação. para cálculo do fator S2
para conta (z) entra-se na tabela 3.1 da NBR 6123 (1998), escolhe-se o parâmetro Fr
correspondente a classe da edificação, logo em seguida escolhe-se os parâmetros p e b de
acordo com a classe da edificação.
59

Com o fator S2 calculado para todas as cotas da edificação pode-se calcular a velocidade
característica em cada elevação.

(5)

Logo a velocidade característica em todas as cotas será

Cálculo da pressão de obstrução

(5)

Por fim calcula-se as forção de arrasto, porém deve-se obter os coeficientes de arrasto
utilizando a tabela 12 da NBR 6123 (2021), como a edificação tem suas dimensões muito
parecidas em ambas as direções seus coeficientes de arraste serão os mesmos em todas as
direções.
60

(5)

Em que A é área de influência onde incide rajada de vento. As força de arrasto deverão ser
calculadas para as duas direções X e Y
Cálculo da força de araste segundo a direção X

Cálculo da força de arrasto segundo a direção Y

A determina das ações resultantes serão aplicadas diretamente no nó de ligação de


nível da edificação, as cargas resultantes em cada nível serão calculadas como uma média
aritmética simples entra as força de arras entre cada níveis. As imagens
xx e yy mostram os arranjos dos carregamentos nas elevações das direções X e Y
61

Figia 01: disposição das cargas nos diferentes niveis da edificação

16,40

TOPO

BARRILHETE

COBERTURA
Fa = 19,21 Kn

q = 0,722 Kn/m²
,9
2 5

TIPO 3
Fa = 36,05 Kn

q = 0,633 Kn/m²
,9
2 5

TIPO 2
Fa = 32,70 Kn

q = 0,596 Kn/m²
,9
2 5

TIPO 1
Fa = 29,43 Kn

q = 0,51 Kn/m²
,9
2 5

TÉRREO

Fonte: autor (2022)


62

17,23

TOPO

BARRILHETE

COBERTURA
Fa = 24,68 Kn

q = 0,722 Kn/m²
,9
2 5

TIPO 3
Fa = 42,38 Kn

q = 0,633 Kn/m²
,9
2 5

TIPO 2
Fa = 34,35 Kn

q = 0,596 Kn/m²
,9
2 5

TIPO 1
Fa = 30,91 Kn

q = 0,51 Kn/m²
,9
2 5

TÉRREO

4.3 VERIFICAÇÃO DA INDESLOCABILIDADE DA ESTRUTURA PELOS

COEFICIENTES E
´ A verificação da indeslocabilidade por meio do parâmetro irá definir o tipo de
estrutura a ser analisada de maneira global, sendo de nós fixos ou nós deslocávamos, para isso
é necessário escolher uma subestrutura de contraventamento com rigidez suficiente para
63

absorver os esforços horizontais do vento. No presente estudo a subestrutura é totalmente


formada por pórticos dispostos nas direções X e Y.
Para a estrutura resistir aos esforços de ventos na direção X foram escolhidos
os seguintes pilares, pórticos (P11, P12, P13, P14, P15) e (P17, P18, P19, P20, P21), definido
neste trabalho com sendo pórtico 1x2. Para os esforções resistentes na direção Y foram
escolhidos os pórticos (P2, P7, P12, P18, P23, P28) e (P4, P9, P14, P20, P25, P30).

4.3.1 Paramento de instabilidade


De acordo com o código modelo CEB (1978) e a NBR 6118 (2014) o parâmetro de
instabilidade para análise de subestrelas formada apenas por pórticos é dado por
(5)

Onde:
são o número de andares

é a altura total da edificação

soma de todas as cargas verticais de serviço

soma das rijezas a flexão dos elementos na direção considerada


Para o cálculo primeiro é preciso determinar a rigidez equivalente do pórtico, utilizando a
formulação da por
(5)

Onde é altura do pórtico

é o deslocamento da estrutura na direção considerada


é a carga uniformemente distribuída do modela, sendo considerada 10kn/m
Para a análise dos deslocamentos será utilizado um programa computacional para a
resolução de quadros planos, o software escolhido foi o FTOOL, o descolamento do pórtico é
observado na figura xx. Vale ressaltardes que segundo a NBR 6118 (2014), CEB (1978) a não
linearidade física dos materiais deve ser levada em conta por meio da redução da inercia
brutas das seções para uma inercia fissurada que vale

Para vigas

Para pilares
64

O edifício possui uma área aproximada de 998 m², para vivificar todas as cargas basta
multiplicá-las peta área total da edificação, para simplificação no cálculo foi considerada uma
laje nos vãos da escada em todos os níveis.
Onde:
Carga permanente 1 kn/m²
Carga variável 2.5 Kn/m²
Peso próprio 2,5 Kn/m²
Peso das vigas 300 Kn
Peso dos pilares 1003 Kn

Verificação na direção X
Primo monta-se o arranjo de pórticos associados, para melhor compatibilidade de
deslocamentos.
Figura xx: Modelo para cálculo da rigidez equivalente pórticos 1x2 e 2x2

Fonte autor (2022)


Os deslocamentos óbitos levando em consideração a redução das rijezas de vigas e pilares
está representado na imagem xx
Figura xx: deslocamento do pórtico 1x2 de contraventamento na direção X, com rijezas
reduzida.

Fonte autor (2022)


65

O deslocamento foi de U = 0,54 cm, agora pode-se efetuar o cálculo da rigidez


quinquevalente do pórtico 1x2

Observa-se que a indelocabilidade na direção X e garantida, ou seja, a estrutura é


considerada de nós fixos, vale ressalta que a redução das rijezas de vigas e pilares para que de
maneira aproximada seja considerado a não linearidade física representam valores médios
para as rijezas.
O cálculo da indelocabilidade na direção Y é feito de forma similar, com a única
diferença que na direção considerada serão analisados 3 pórticos de contraventamento em que
que na direção X foram apenas dois (pórtico 1x2), os resultados dos deslocamentos para os
pórticos 3x2 e 4x1 serão apresentados na imagem xx
Carga variável 2.5 Kn/m²
Peso próprio 2,5 Kn/m²
Peso das vigas 300 Kn
Peso dos pilares 1003 Kn

Figura xx: Modelo para cálculo da rigidez equivalente pórticos 3x2 e 4x1

Fonte autor (2022)


O deslocamento dos pórticos 3x2 e 4x1 de U = 0,46 cm, procede-se com o cálculo da rigidez
equivalente para esse pórtico.
66

Figura xx: deslocamento do pórtico 3x2 e 4x1 de contraventamento na direção Y, com rijezas
reduzida.

Fonte autor (2022)


O deslocamento do pórtico 3x1 de U = 0,46 cm, procede-se com o cálculo da rigidez
equivalente para esse pórtico.

A verificação da indeslocabilidade na direção Y foi atendia, deixando evidente que a


estrutura com um todo se comporta de maneira rígida, o que garante que não serem levados
em conta no dimensionamento os efeitos globais de segunda ordem.

4.3.2 Parâmetro de instabilidade

De acordo com a NBR 6118 (2014) o parâmetro sé é aplicado para estrutura com mais de
4 pavimentos.

O valor de é dado por


(5)

Onde:

é a soma do produto de todas as forças verticais atuantes na estrutura, na combinação


considerada, com seus valores de cálculo, pelos seus deslocamentos horizontais de seus
receptivos pontos de aplicação, obtidos na análise de primeira ordem.

é o momento de tombamento, ou seja, a soma dos momentos de todas as forças


horizontais da combinação considerada, com seus valores de cálculo, em relação a base da
estrutura.
67

O momento de tombamento, decorrente das forças horizontais de cálculo é dado por


(5)

Onde = 1,4*W e Lc é a distância do ponto de aplicação da carga até a base da estrutura.

Os deslocamentos horizontais em X nos diferentes níveis são:


a) Cota 2,95 U = 0,82 cm
b) Cota 5,90 U = 0,71 cm
c) Cota 8,75 U = 0,49 cm
d) Cota 11,8 U = 0,20 cm

Carga variável 2.5 Kn/m²


Peso próprio 2,5 Kn/m²
Peso das vigas 296 Kn
Peso dos pilares 1003 Kn

Verificação na direção X

A indeslocabilidade foi garantida na direção X com abaixo do limite para estruturas de nos

fixos sendo , para análise na direção Y procede-se de forma análoga ao que já foi
desenvolvido até o presente momento.
Os deslocamentos horizontais em Y nos diferentes níveis são:
a) Cota 2,95 U = 0,91 cm
b) Cota 5,90 U = 0,81 cm
c) Cota 8,75 U = 0,58 cm
d) Cota 11,8 U = 0,26 cm
68

Verificação na direção Y

Por fim verifica-se que na direção Y a estrutura também é indissociável, que que caracteriza a
estrutura como sendo um todo de nós fixos.

4.3.3 Diagramas de esforços solicitantes devido ao vento


Para determinação dos esforços de vento será analisado apenas dois quadros planos de
contraventamento um na direção Y e ou outro na direção X. O primeiro na direção X será o
pórtico 1x2 analisado no Ftool, onde será lançado todas as cargas permanentes variáveis de
utilização e de vento, as equações para as combinações últimas para dimensionamento que
foram inseridas no ftool serão apresentadas a seguir.

vento como variável secundaria


Ou

vento como variável principal


Onde:

a) cargas permanentes

b) cargas permanentes

c) cargas permanentes

As imagens xx e xx ilustram os valores finais de cada combinação no estado limite último


69

Figura xx: ressaltado da combinação vento ação secundaria (ELU 1)

Fonte autor (2022)


70

Figura xx: ressaltado da combinação vento ação secundaria (ELU 2)

Fonte autor (2022)


Após a análise das duas combinações escolhe-se a situação mais desfavorável, sendo a
combinação ELU 1 que gera os resultados mais críticos para a estrutura, nas imagens xx e xx
e xx serão apresentados os diagramas de esforços solicitantes para o pórtico 3x2.

Análise do pórtico 3x2 (direção X)


71

Figura xx: diagrama momentos fletores (ELU 1)

Fonte autor (2022)


72

Figura xx: diagrama de cortantes (ELU 1)

Fonte autor (2022)


73

Figura xx: diagrama de esforços axiais (ELU 1)

Fonte autor (2022)

Análise do pórtico 4x1 (direção X)


Figura xx: ressaltado da combinação vento ação secundaria (ELU 1)
74

Fonte autor (2022)

Figura xx: ressaltado da combinação vento ação secundaria (ELU 2)


75

Fonte autor (2022)

Figura xx: diagrama momentos fletores (ELU 1)


76

Fonte autor (2022)


77

Figura xx: diagrama de cortantes (ELU 1)

Fonte autor (2022)


78

Figura xx: diagrama de esforços axiais (ELU 1)

Fonte autor (2022)

4.3.4 DIMENSIONAMNETO DOS PILARES P9

Os procedimentos para o dimensionamento de pilares de concreto armado que fazem


parte da subestrutura de contraventamento estão descritos em Araújo (2014). De acordo com
o item 15.6 da NBR 6118 (2014), nas estruturas de nós fixos, o cálculo pode ser realizado
considerando cada elemento comprimido isoladamente, os efeitos locais de segunda ordem
não devem ser desprezados.
O pilar P9 nove faz parte da subestrutura de contraventamento apenas na direção Y,
enquanto o pilar P14 faz parte da estrutura de contraventamento em ambas as direções. O
pilar P9 está inserido na edificação em uma situação intermediaria, porém, seus momentos
iniciais na direção X deverão ser levados em conta pois os vãos das vigas adjacentes ao pilar
diferem de maneira a geram uma descontinuidade nos estremos do pilar, diante desse fato o
cálculo para o pilar em questão será de maneira semelhante aos pilares de extremidade.
79

Cálculo do pilar P9
Dados:

seção 20x70, sendo a menor dimensão paralela a direção X

onde

onde

Calcula-se a esbeltez dos pilares

(pilar esbelto)

(pilar curto)
Cálculo da excentricidade acidental de acordo com Araújo (2014)

Cálculo da excentricidade acidental de acordo com NRB 6118 (2014)

Cálculo da excentricidade inicial

Onde a excentricidade total na extremidade A do pilar é dada por


80

Cálculo da excentricidade um uma seção intermediária

Logo

Cálculo da excentricidade de segunda ordem

Logo

Cálculo das excentricidades totais na direção X

Cálculo do momento de total de segunda ordem

Agora calcula-se a direção Y, como não foram considerados momentos iniciais nessa
direção a excentricidade na extremidade A e na seção intermediaria passa a ser a
excentricidade mínima calculada na direção Y, restando apenas o cálculo da excentricidade de
segunda ordem.

logo a excentricidade total será a soma da excentricidade mínima mais a excentricidade de


segunda ondem.
81

Cálculo das excentricidades totais na direção y

Cálculo do momento de total de segunda ordem

Dimensionamento:

0,25

0,12

Entrando na tabela xx e definindo um arrando de armaduras com 8 barras na direção Y e 4 na


direção X, com isto define-se a taxa mecânica de armadura sendo,

Logo,

Verificação da área mínima de acordo com a NBR 6118 (2014)

onde,

é a área de concreto da secção transversal


Logo

Logo,
Utilizando a tabela xx nos anexos escolhe-se uma bitola e a quantidade de barras. Assim, será
escolhida a bitola de 10mm com a quantidade de 8 barras.

assim, , que é bem maior que a área mínima, fica a favor da


segurança.
4.3.5 Dimensionamento da viga V5 do pavimento tipo
82

Logo

Logo

73,12
83

onde

Sendo
84

5 RESULTADOS ESPERADOS

Para apresentar o texto deste projeto de forma mais organizada, o método de


dimensionamento estrutural utilizando software não profissional será denominado "método
manual".
Para ambos os métodos, embora as edificações analisadas sejam classificadas como
estruturas com nós fixos, o modelo CYPECAD apresenta maior valor para o coeficiente de
instabilidade global. Claro que isso é resultado da flexibilidade das ligações viga-pilar
empregadas pelo CYPECAD, pois quando essas ligações são simuladas com comportamento
mais realista, perde-se a rigidez do pórtico de contraventamento, afetando diretamente a
estabilidade geral. No entanto, devido ao tamanho modesto do edifício, os resultados da
classificação da estrutura como nós fixos já eram esperados.
Analisando os resultados obtidos no dimensionamento da laje, geralmente observa-se
que a área de armadura produzida pelo CYPECAD é maior do que a obtida pelo método
manual, mas isso é mais acentuado no encontro da laje onde os momentos fletores negativos
onde são consideráveis. Não há dúvida de que a grelha gerada no CYPECAD pelo método
computacional possui maior precisão na geração de força, e talvez por isso algumas lajes
fletem mais que o método manual e, portanto, tenham um momento positivo maior. No
método manual, os valores tomados para os momentos negativos estão relacionados aos
momentos no vão da laje através de certo grau de engastamento, o que pode justificar
menores taxas de armadura nas bordas, mas esses resultados requerem uma análise mais
cuidadosa.
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REFERÊNCIAS

ARAÚJO, José Milton de. Curso de Concreto Armado. Volume 1. 4ª edição. Rio Grande-
RS: Editora Dunas, maio/2014.

ARAÚJO, José Milton de. Curso de Concreto Armado. Volume 2. 4ª edição. Rio Grande-
RS: Editora Dunas, maio/2014.

ARAÚJO, José Milton de. Curso de Concreto Armado. Volume 3. 4ª edição. Rio Grande-
RS: Editora Dunas, maio/2014.

ARAÚJO, José Milton de. Curso de Concreto Armado. Volume 4. 4ª edição. Rio Grande-
RS: Editora Dunas, maio/2014.

ARAÚJO, José Milton de. Projeto Estrutural de Edifícios de Concreto Armado: Um


exemplo completo. 4ª edição. Rio Grande-RS: Editora Dunas, junho/2014.

ARCHIVES NATIONAL. Ronan Point Tower. Disponível em:


<http://www.nationalarchives.gov.uk/education/resources/sixties-britain/ronan-point-tower/>
Acesso em: 12/11/2021

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 6118: projeto de estruturas


de concreto – procedimento. Rio de Janeiro-RJ, 2014.

_____. NBR 6120: ações para o cálculo de estruturas de edificações. Rio de Janeiro-RJ, 2019.

_____. NBR 6122: projeto e execução de fundações. Rio de Janeiro-RJ, 2019.

_____. NBR 6123: forças devidas ao vento em edificações. Rio de Janeiro-RJ, 1988.

_____. NBR 8681: ações e segurança nas estruturas – procedimento. Rio de Janeiro-RJ, 2003.

BASTOS, Paulo Sérgio dos Santos. Estruturas de concreto armado. Bauru/SP.


Setembro/2014.

CARDOSO, Rafael do Valle Pereira. Projeto estrutural em Concreto Armado.


Florianópolis. 2013

CARVALHO, Roberto Chust.; FIGUEIREDO FILHO FILHO, Jasson Rodrigues de. Cálculo
e Detalhamento de Estruturas Usuais de Concreto Armado: segundo a NBR 6118:2014.
4ª edição. São Carlos-SP: Editora EdUFSCar, 2014.

CRUZEIRO DO SUL. Montgomery atuou no incêndio do Edifício Joelma. Disponível em:


<https://www2.jornalcruzeiro.com.br/materia/451532/montgomery-atuou-no-incendio-do-
edificio-joelma> Acesso em: 12/12/2021

FRANÇA JÚNIOR, Davidson de Oliveira. Análise estrutural de um edifício em concreto


armado com quatro pavimentos: estudo de caso para diferentes modelos estruturais.
Pato Branco. 2015.
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KIMURA, Alio Ernesto. Informática aplicada em estruturas de concreto armado. 2ª


edição Editora Oficina de Textos: São Paulo-SP, 2018.

NICOLAU; Igor Amaral Neves; TEIXEIRA, Jefferson Guilherme. Projeto de


dimensionamento de um edifício de onze pavimentos. Agosto. 2015

SMIDERLE, Ana Paula Ribeiro Moreira; ALVES, Laura Rebel Moreira. Dimensionamento
estrutural de um edifício multifamiliar em concreto armado. Campos dos Goytacazes/RJ.
Fevereiro/2011.

TQS. Colapso progressivo dos edifícios. Disponível em:


<http://www.tqs.com.br/tqs-news/consulta/58-artigos/1009-colapso-progressivo-dos-
edificios-breve-introducao> Acesso em: 12/12/2021

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