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CENTRO DE TECNOLOGIA
DEPARTAMENTO DE ESTRUTURAS E CONSTRUÇÃO CIVIL
CURSO DE ENGENHARIA CIVIL
Tailize Caramori
Santa Maria, RS
2017
Tailize Caramori
Santa Maria, RS
2017
Tailize Caramori
__________________________________________
Almir Barros da Silva Santos Neto, Prof. Dr. (UFSM)
(Presidente/ Orientador)
__________________________________________
André Lübeck, Prof. Dr. (UFSM)
__________________________________________
Larissa Degliuomini Kirchhof, Prof. Dra. (UFSM)
Santa Maria, RS
2017
AGRADECIMENTOS
The present work presents a comparative study of the use of rigid sections in the
joints of beams and pillars. Firstly, a previous study was carried out with flat frames,
with no change in the structural scheme or loading, only varying the sections of the
structural elements, showing how the consideration of rigid stretches influences the
behavior of the structures. Afterwards, a study was made, consisting of six floors, one
ground floor plus four pavements - type and the cover. Through the analysis of flat
porticoes and a more practical example, as a building, it was observed the behavior
of concrete structures when considering the rigid sections in the stretches of the
beams. Thus, by comparing the results obtained in the analyzed structures, it was
possible to verify that the consideration of the rigid sections influences the efforts, but
they become more relevant in cases where the width of the pillars presents at least
twice the height of the beams.
Keywords: Structural analysis. Rigid sections. Concrete structures.
LISTA DE FIGURAS
1 INTRODUÇÃO
1.2 OBJETIVOS
1.3 JUSTIFICATIVA
2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
Süssekind (1981) afirma que o sistema estrutural que compõe uma edificação
pode ser entendido como um conjunto de elementos estruturais. Dessa forma,
ocorre a formação de pórticos, com capacidade de receber e transmitir solicitações
externas impostas à estrutura, sem que comprometa a integridade das peças.
Um elemento estrutural pode ser classificação quanto à sua geometria e o
tipo de esforço preponderante. Quanto à sua geometria, pode ser classificado como
linear, de superfície e de volume.
Fontes (2005) considera elementos lineares ou barras os que possuem uma
das dimensões bem maior que as demais. São elementos em que o comprimento
longitudinal supera em, pelo menos, três vezes a maior dimensão da seção
transversal. Podem ser representados por um eixo longitudinal, e seu comprimento é
limitado pelo centro de apoios ou pela interseção do eixo de outro elemento. Dentre
os mais conhecidos, destacam-se vigas, pilares, tirantes e arcos.
Elementos de superfície são os que apresentam uma das dimensões,
usualmente chamada de espessura, relativamente pequena em comparação com as
demais. São considerados elementos bidimensionais placas, usualmente
denominadas lajes, chapas, cascas e pilares-parede.
Já os elementos de volume possuem as três dimensões com a mesma ordem
de grandeza, e geralmente são chamados de blocos. Destacam-se os blocos de
coroamento de tubulão, blocos sobre estacas e sapatas.
a) não podem ser considerados momentos positivos menores que os que se obteriam
se houvesse engastamento perfeito da viga nos apoios internos;
b) quando a viga for solidária com o pilar intermediário e a largura do apoio, medida
na direção do eixo da viga, for maior que a quarta parte da altura do pilar, não pode
ser considerado o momento negativo de valor absoluto menor do que o de
engastamento perfeito nesse apoio (Figura 1);
c) quando não for realizado o cálculo exato da influência da solidariedade dos pilares
com a viga, deve ser considerado, nos apoios extremos, momentos fletores igual ao
momento de engastamento perfeito multiplicado pelos coeficientes estabelecidos nas
seguintes relações (Tabela 1). (ABNT NBR 6118:2014, p. 93).
Onde:
O modelo de pórtico espacial, assim como para pórtico plano, é formado pela
união de elementos lineares, onde cada elemento apresenta seis graus de liberdade
por nó. A união desses elementos resulta em ligações, que podem ser consideradas
como rígida, semi-rígida ou flexível, Figura 4. No entanto, para se obter uma
modelagem com maior precisão, deve-se inserir trechos rígidos nas ligações entre
as barras, que por sua vez será assunto de pesquisa no presente trabalho.
Por ser um modelo que representa a edificação de forma mais real, resulta
em uma análise criteriosa, determinando esforços com maior exatidão que os
demais. Seu uso é adequado para a aplicação de carregamentos verticais e/ou
horizontais, em estruturas com ou sem simetria. Além disso, podem-se aplicar forças
em qualquer direção do espaço tridimensional. A análise determina momentos
fletores e torção, esforços cortantes e normais de todos os elementos, além de
haver a solidariedade e transmissão de momentos entre os elementos e a
consideração de rotações devido à torção.
Segundo a ABNT NBR 6118:2014, no item 14.6.6.2, para pórticos espaciais,
pode-se, de maneira aproximada, reduzir a rigidez à torção das vigas por fissuração,
utilizando-se 15% da rigidez elástica. Além disso, para a verificação de estados-
limites últimos, podem ser considerados com rigidez à torção das vigas nulas, de
modo a eliminar a torção de compatibilidade da análise. Isto também vale para
grelhas.
Sendo um modelo estrutural complexo, sua solução geralmente vem
acompanhada por ferramentas computacionais. Atualmente, esse tipo de modelo
estrutural é o mais utilizado em escritórios de cálculo estrutural.
do que em pilares. As posições dos nós são definidas pelas interseções dos eixos
das barras, como apresentado na Figura 5.
Segundo a ABNT NBR 6118:2014 (2014, p. 87) no item 14.6.2.1, “Os trechos
de elementos lineares pertencentes à região comum ao cruzamento de dois ou mais
elementos podem ser considerados rígidos (nós de dimensões finitas),[...],” ilustrado
na Figura 6.
Assim, costuma-se adotar, nos trechos de vigas tidas como rígidas, uma largura
igual a do pilar e uma altura igual ao do pé-direito.
Outra situação para a aplicação de trechos rígidos relaciona a mudança de
seção entre pilares. A Figura 7 apresenta o nó como o ponto de interseção dos eixos
da viga com os pilares, formando o trecho rígido. Fontes (2005, p. 18.) ressalta “A
partir desse nó, o trecho rígido se estende até o eixo do pilar superior e até um ponto
distante 30% da altura da viga, em relação a face do pilar inferior.[...]”.
No caso da parcela 3/10 da altura da viga ser maior que a distância da face
do pilar até o eixo de sua seção tranversal, perpendicular à viga em questão,
o trecho rígido resume-se a uma barra perpendicular a essa mesma viga.[...]
Fontes (2005, p. 18)
Stramandinoli (2003) afirma que o carregamento que irá atuar nas lajes
provenientes do peso – próprio, revestimento, paredes divisórias, carga acidental e
outras, podem ser representados de duas maneiras. Primeiro aplicado diretamente
nos nós da grelha, como carga concentrada, ou como carga distribuída ao longo das
barras. Os dois casos, devem ser calculados através da área de influência do
elemento, no caso das barras ou nós (Figura 10).
27
2.5 VENTO
(1)
29
Onde:
Vo é a velocidade básica do vento, em m/s;
S1 é o fator topográfico
S2 é uma variável que depende da rugosidade do terreno, das dimensões da
edificação e da altura sobre o terreno;
S3 é o fator estatístico.
b) taludes e morros: Taludes e morros alongados nos quais pode ser admitido
fluxo de ar bidimensional soprando no sentido indicado na Figura abaixo:
→ ( ) ( ) ( ) (2)
→ ( ) ( ) (3)
Onde:
z é a altura medida a partir da superfície do terreno no ponto considerado;
d é a diferença de nível entre a base e o topo do talude;
é a inclinação média do talude ou encosta do morro.
Segundo a ABNT NBR 6123:1988, no item 5.2, nos casos entre o ponto A e B
e entre C e D, o fator S1 pode ser obtido por interpolação linear. Para vales
protegidos do vento em todas as direções, deve-se considerar S1 = 0,9.
O fator S2 também depende da altura acima do terreno (z), e pode ser obtido
pela Equação 4:
( ) (4)
Onde:
z é a altura acima do terreno;
Fr é o fator de ralada, sempre correspondente a categoria II;
b é o parâmetro meteorológico;
p é o expoente da lei potencial de variação do fator S 2.
32
Quadro 3 – Fator S2
(5)
Onde
é a massa específica do ar, igual a 1,225 kg/m³, em condições normais de
temperatura e pressão;
34
NBR 6123:1988, no item 6.5.3, estabelece condições mínimas para que se possa
considerar o vento de alta turbulência.
Uma edificação pode ser considerada em zona de alta turbulência quando sua altura
não exceda duas vezes a altura média das edificações nas vizinhanças, estendendo-
se estas na direção e sentido do vento incidente, a distância mínima (dmin) de 500 m,
para uma edificação de até 40 m de altura, 1000 m, para uma edificação de até 55 m
de altura, 2000 m, para uma edificação de até 70 m de altura, 3000 m, para uma
edificação de até 80 m de altura (ABNT NBR 6123:1988, p.21).
(6)
Onde:
Ca é o coeficiente de arrasto;
q é a pressão dinâmica do vento;
Ae é a área frontal efetiva, ou seja, área de projeção ortogonal da edificação,
estrutura ou elemento estrutural sobre um plano perpendicular à direção do vento
(“superfície de sombra”).
Um carregamento é definido pela combinação das ações que têm probabilidades não
desprezíveis de atuarem simultaneamente sobre a estrutura durante um período
preestabelecido. A combinação das ações deve ser feita de forma que possam ser
determinados os efeitos mais desfavoráveis para a estrutura; a verificação da
segurança em relação aos estados-limites últimos e aos estados-limites de serviço
deve ser realizada em função de combinações últimas e combinações de serviço,
respectivamente (ABNT NBR 6118:2014, p. 66).
Onde:
g - é o coeficiente de ponderação das ações permanentes (consideradas
conjuntamente);
FGi,k - é o valor característico de cada uma das ações permanentes;
gi - é o coeficiente de ponderação de cada uma das ações permanentes
(consideradas separadamente);
q - é o coeficiente de ponderação das ações variáveis (consideradas
conjuntamente);
q1 - é o coeficiente de ponderação da ação variável considerada como ação
principal para a combinação, quando as ações variáveis são consideradas
separadamente;
qj - é o coeficiente de ponderação de cada uma das demais ações variáveis,
quando as ações variáveis são consideradas separadamente;
FQ1,k - é o valor característico da ação variável considerada como ação
variável principal para a combinação;
0j.FQj,k - é o valor reduzido de combinação de cada uma das demais ações
variáveis;
0j - é o fator de combinação de cada uma das demais ações variáveis que
podem agir concomitantemente com a ação principal FQ1;
FQj,k - é o valor característico de cada uma das demais ações variáveis.
Quadro 6 – Coeficiente .
2.8 DESLOCAMENTOS-LIMITES
(7)
√
Onde:
⁄
√ (8)
Onde:
(9)
Onde:
é a força de desaprumo equivalente por pavimento (kN);
é o ângulo de desaprumo;
é a carga vertical total no andar i.
(10)
Onde:
M1,tot,d - é o momento de tombamento, ou seja, a soma dos momentos de
todas as forças horizontais da combinação considerada, com seus valores de
cálculo, em relação à base da estrutura;
3. METODOLOGIA
4.1.1. Caso 1
Para o Caso 1, foi feita a análise de um pórtico plano com dimensões de 5,00
m de largura e 4,00 m de altura, formado por viga de seção 20 cm x 40 cm e pilares
de seção 40 cm x 20 cm, indicado na Figura 15. O carregamento utilizado foi de 10
kN/m.
A ABNT NBR 6118:2014, no item 14.6.2.1, apresenta como se devem
considerar trechos rígidos em regiões de cruzamento de dois ou mais elementos
estruturais. Como mencionado no item 2.3 do presente trabalho, a altura que
apresentou o trecho rígido para o pórtico foi a altura do pé-direito da estrutura, que
neste caso foi de 4 m, e a largura considerada foi a largura que o pilar apresenta, de
46
(11)
(a) (b)
Fonte: Autor , 2017.
(a) (b)
Fonte: Autor, 2017.
47
(a) (b)
Fonte: Autor, 2017.
4.1.2 Caso 2
Para o Caso 2, foi alterada a seção dos pilares para 80 cm x 20 cm, não
havendo mudança no esquema estrutural nem no carregamento imposto. O trecho
rígido tem altura do pé-direito, 4 m e a largura do pilar, 20 cm. O trecho da viga
considerado trecho rígido é dado pela Equação 11:
(a) (b)
Fonte: Autor, 2017.
48
(a) (b)
Fonte: Autor, 2017.
(a) (b)
Fonte: Autor, 2017.
4.1.3 Caso 3
Para o Caso 3, foi alterada a seção dos pilares para 120 cm x 20 cm, não
havendo mudança no esquema estrutural nem no carregamento imposto. O trecho
rígido tem altura do pé-direito, 4 m e a largura do pilar, 20 cm. O trecho da viga
considerado trecho rígido é dado pela Equação 11:
49
(a) (b)
Fonte: Autor, 2017.
(a) (b)
Fonte: Autor, 2017.
(a) (b)
Fonte: Autor, 2017.
50
4.1.4 Caso 4
.
(a) (b)
Fonte: Autor, 2017.
(a) (b)
Fonte: Autor, 2017.
(a) (b)
Fonte: Autor, 2017.
52
4.1.5 Caso 5
Para o Caso 5, foi utilizada seção dos pilares para 120 cm x 20 cm,
introduzindo um pilar a mais no esquema estrutural, não modificando o
carregamento imposto. O trecho rígido tem altura do pé-direito, 4m e a largura do
pilar, 20 cm. O trecho das vigas considerado trecho rígido é dado pela Equação 11:
(a) (b)
Fonte: Autor, 2017.
(a) (b)
Fonte: Autor, 2017.
53
(a) (b)
Fonte: Autor, 2017.
4.1.6 Caso 6
(a) (b)
Fonte: Autor, 2017.
(a) (b)
Fonte: Autor, 2017.
55
(a) (b)
Fonte: Autor, 2017.
4.1.7 Caso 7
Para o Caso 7, foi utilizada seção dos pilares 120 cm x 20 cm, utilizando o
mesmo esquema estrutural que no “Caso 6”. O carregamento imposto não foi
modificando. O trecho rígido tem altura do pé-direito, 4m e a largura do pilar, 20 cm.
O trecho das vigas considerado trecho rígido é dado pela Equação 11:
(a) (b)
56
(a) (b)
Fonte: Autor, 2017.
(a) (b)
Fonte: Autor, 2017.
4.1.8 Caso 8
V2:
(a) (b)
Fonte: Autor, 2017.
(a) (b)
Fonte: Autor, 2017.
59
(a) (b)
Fonte: Autor, 2017.
4.1.9 Caso 9
V2:
(a) (b)
Fonte: Autor, 2017.
(a) (b)
Fonte: Autor, 2017.
relação aos maiores valores dos momentos fletores nos apoios e no vão das vigas,
devido à mudança de seção transversal dos pilares e vigas e a consideração de
trechos rígidos nos trechos das vigas.
4.1.10 Caso 10
Para o Caso 10, utilizou-se o mesmo esquema estrutural do “Caso 1”, porém
alterou-se a seção da viga para 20 cm x 60 cm, não havendo mudança no esquema
estrutural nem no carregamento imposto. O trecho rígido tem altura do pé-direito, 4
m e a largura do pilar, 20 cm. O trecho da viga considerado trecho rígido é dado pela
Equação 11:
62
(a) (b)
Fonte: Autor, 2017.
(a) (b)
Fonte: Autor, 2017.
(a) (b)
Fonte: Autor, 2017.
63
4.2.1 Caso 11
(a) (b)
Fonte: Autor, 2017.
(a) (b)
Fonte: Autor, 2017.
64
(a) (b)
Fonte: Autor, 2017.
4.2.2 Caso 12
(a) (b)
Fonte: Autor, 2017.
65
(a) (b)
Fonte: Autor, 2017.
(a) (b)
Fonte: Autor, 2017.
4.2.3 Caso 13
(a) (b)
Fonte: Autor, 2017.
(a) (b)
Fonte: Autor, 2017.
(a) (b)
Fonte: Autor, 2017.
67
Nos “Casos 8 e 9”, como os pórticos são compostos por vigas com seções
transversais diferentes, os esforços resistidos não foram os mesmos. Percebeu-se
que as vigas que apresentam seção transversal maior, apresentaram maior
momento fletor. Ao se introduzir os trechos rígidos, os esforços resistidos pelas vigas
reduziram, porém na viga com maior seção transversal essa redução é menor. Isto
porque o trecho de viga a ser considerado trecho rígido foi menor. Os valores das
diferenças estão nos Quadros 27 e 28.
Para o “Caso 10”, no qual a proporção dos pilares e da viga é de 1:1,50, não
houve mudança significativa ao se utilizar trechos rígidos. Isto porque o trecho de
viga a ser considerado trecho rígido torna-se menor ao passo que a seção
transversal da viga é maior que a seção transversal do pilar. Para os momentos
fletores e os deslocamentos, as diferenças não chegaram a 2%. Os valores de
momento fletor e deslocamentos obtidos no “Caso 10” encontram-se nos Quadros
32 e 33, respectivamente.
kN/m³, multiplicado pela altura das paredes. O peso específico utilizado para o
cálculo do peso-próprio das paredes foi considerado o peso específico de tijolo
furado, mais possíveis revestimentos que a parede possa receber.
Nas lajes, foi considerado revestimento no piso de 1,5 kN/m². A sobrecarga
utilizada segundo a ABNT NBR 6120:1980, para lajes da casa de máquinas foi de
7,5 kN/m² e para as demais lajes, de 2,0 kN/m².
Para o carregamento da escada, foram considerados o peso dos lances
inclinados e patamares distribuídos entre as vigas V2 e VPAT. Cada lance de
escada apresenta 7 degraus, com 17,5 cm de espelho e 25 cm de largura (passo). O
vão da escada considerado, é a soma dos sete degraus do lance, mais a largura do
patamar, de 155 cm, totalizando L = 330 cm. As distâncias estão representadas a
Figura 55.
A ABNT NBR 6118:2014 no item 11.3.3.4 apresenta como devem ser feitas
as considerações da ação do vento e desaprumo. Dessa forma, como no edifício em
estudo 30% da ação do vento foi maior que a ação do desaprumo, foi considerada
apenas a ação do vento na edificação.
( ) ( ) ( )
( ) ( ) ( )
( ) ( ) ( )
( ) ( ) ( )
( ) ( ) ( )
( ) ( ) ( )
( ) ( ) ( )
( ) ( ) ( )
Para o cálculo dos trechos rígidos utilizados nos encontros de vigas e pilares
da edificação, baseou-se no item 2.3 do presente trabalho e na ABNT NBR
6118:2014, no item 14.6.2.1. Assim, calcularam-se os dois tipos de trechos rígidos
que foram necessários na edificação. As vigas utilizadas apresentam a mesma
seção transversal de 30 x 55 cm, os pilares de canto têm seção transversal 30 cm x
40 cm e os pilares intermediários e de extremidade tem seção 30 cm x 60 cm.
Assim, como 3/10 da altura das vigas são maiores que a distância da face do pilar
ao seu eixo, foi considerados trechos rígidos em apenas uma direção. Foram obtidos
trechos rígidos de 8,5 cm para os pilares de canto e 28,5 cm para os pilares
intermediários e de extremidade. Todos os pilares foram lançados na edificação com
a maior dimensão na direção y. Assim, os trechos rígidos foram introduzidos nos
trechos das vigas apenas nesta direção.
84
redução dos esforços na viga analisada. Porém, como também discutido no Capítulo
4, como a viga apresenta trecho de viga com trecho rígido de pequenas dimensões,
as diferenças obtidas não foram acentuadas para algumas combinações.
Isto ocorreu principalmente para as “Combinações 1 e 2”, onde os valores das
diferenças não ultrapassaram 5,20 % tanto nos vãos das vigas como nos pilares, ao
se comparar os dois modelos. Para as “Combinações 3 e 4”, as diferenças tornaram-
se maiores no pilar P7, pois foi considerada a ação do vento na direção da viga
analisada, ou seja, direção y, aumentando assim a rigidez da estrutura com a
inserção de trechos rígidos. Já na “Combinação 4” no pilar P1, houve uma redução
dos esforços, devido à consideração do vento a 90º como ação variável principal.
Por último, fez-se a análise da viga V7 também localizada com seu eixo na
direção y. Como os pilares estão posicionados com a maior dimensão nesta direção,
houve a consideração de trechos de vigas com trechos rígidos. Os pilares possuem
seção transversal de 30 cm x 60 cm, assim os trechos rígidos nas vigas são de 28,5
cm, como discutido no item 4.4 do presente trabalho. Os valores obtidos nos dois
modelos encontram-se no Quadro 39.
(a) (b)
Fonte: Autor, 2017.
90
apresentadas ao se considerar os trechos rígidos nas vigas. Porém, para o pilar P8,
onde os trechos rígidos nas vigas apresentam maiores dimensões, houve uma
redução dos valores para todas as combinações analisadas devido ao núcleo rígido
que a edificação apresenta, aumentando os momentos no P7 e reduzindo no P8..
93
7. CONCLUSÕES
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
______. NBR 6122. Projeto e execução de fundações. Rio de Janeiro – RJ, 2010.
______. NBR 6123. Forças devidas ao vento em edificações. Rio de Janeiro – RJ,
1988.