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Escola Superior de Tecnologia de Abrantes 
 
 

“Conceitos e Modelação em BPM” 
 
 

 
 
Disciplina de: 

Integração de Sistemas e Gestão por Processos de 
Negócios 
 
Trabalho elaborado por: Fernando Lopes, nrº10842 

 
 

Índice 
1.  Introdução ................................................................................................................ 1 
 
2.  BPM (Gestão de Processos de Negócio) ................................................................... 2 
 
3.  Modelação de Processos .......................................................................................... 3 
 
3.1.  Principais tipos de Sistemas de Informação ...................................................... 4 
 
3.2.  MES (Manufacturing Execution System) ........................................................... 5 
 
4.  Conclusão.................................................................................................................. 7 
 
5.  Bibliografia ................................................................................................................ 8 
 

Integração de Sistemas e Gestão por Processos de Negócios 
 

1. Introdução 
Neste  breve  trabalho  de  pesquisa  tentaremos  definir  o  conceito  de  BPM  (Business 
Process  Managment)  e  a  sua  influência  nas  organizações  onde  é  implementado. 
Conceitos  referentes  aos  processos  aplicados,  assim  como  formas  orientadoras  e 
condicionadoras de um modelo de modelação a ser implementado numa organização. 
 
A modelação de processos de negócios tem sido largamente utilizada em projectos de 
melhoria  e  de  reestruturação  dentro  das  organizações.  Existem  hoje  uma  maior 
quantidade de ferramentas disponíveis, sem que contudo haja um método no sentido 
de informar e guiar a escolha dessas ferramentas. 
 
Segundo Kovaeif et. al (2004), os processos de negócios cresceram em importância e 
popularidade  nos  últimos  anos,  principalmente  com  o  advento  da  tecnologia  da 
informação.  As  empresas  necessitam  construir,  reavaliar  e  criar  novos  modelos  de 
negócio, sendo essa renovação o nível mais alto de uma estratégia que não pode ser 
controlada  através  de  melhoria  contínua,  recriando  métodos  ou  reestruturação 
organizacional. 
  
Segundo  Smith  apud  Baldam  (2007),  todas  as  técnicas  mais  contemporâneas  têm  a 
gestão  por  processos  como  pilar:  Workflow,  ERP,  Six  Sigma,  inovação  de  processos, 
análise baseada em actividades (ABC), análise da cadeia de valor, gestão da cadeia de 
fornecedores, etc. 
  
Para  Vernadat  (1996),  qualquer  método  de  modelação  deve  ter  um  propósito 
definindo na sua finalidade, isto é, a meta de modelar. Esta finalidade, geralmente tem 
uma influência directa na definição do método de modelação. 
 

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2. BPM (Gestão de Processos de Negócio) 
É um conceito que relaciona a gestão do negócio com as tecnologias de informação, 
orientado pela melhoria dos processos de negócio das organizações, através do uso de 
métodos,  técnicas  e  ferramentas  para  modelar,  publicar,  implementar  e  controlar 
processos  operacionais  envolvendo  pessoas,  aplicações,  documentos  e  outras  fontes 
de informação. 
 
BPM  é  a  disciplina  de  modelar,  automatizar,  gerenciar  e  optimizar  processos  de 
negócios através do seu ciclo de vida com o propósito de lhes acrescentar valor (KHAN, 
2003). 
  
Envolve a descoberta, projecto e entrega de processos de negócios. Adicionalmente, o 
BPM  inclui  o  controlo  executivo  e  administrativo  de  supervisão  destes  processos 
(BPMN, 2008). 
  
O BPM tem dois papéis importantes: capturar processos existentes que representam 
as actividades e elementos relacionados, e representar processos novos para avaliar o 
desempenho (LIN, YANG e PAI, 2002).  
 
Um  processo  de  negócio  consiste  em  cinco  elementos:  os clientes;  as actividades;  as 
actividades  são  apontadas  a  criar  valor  por  clientes;  as  actividades  são  operadas  por 
actores  que  podem  ser  humanos  ou  máquinas;  e  envolve  frequentemente  várias 
unidades  organizacionais  que  são  responsáveis  por  um  processo  (DAVENPORT  et.  al, 
1993).  
 
Planear  um  BPM  implica  entender  o  ambiente  externo  e  interno,  estabelecer  uma 
estratégia  e  objectivos,  coordenar  a  actualização  do  Manual  de  Gestão  do  BPM, 
seleccionar e priorizar processos, gerar directrizes e especificações, formar equipas de 
trabalho  para  processos  específicos  e  planear  e  controlar  as  actividades  de 

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implantação  (BALDAM  et.  al,  2007).  Envolve  ainda  modelar  e  optimizar  processos  e 
apoiar a implantação de novos processos. 
 

3. Modelação de Processos 
Um modelo é uma representação simplificada de um aspecto da realidade, existente 
ou  a  construir,  com  um  propósito  específico.  São  abstracções  “concentradas”  pois 
servem  como  representações  abstractas  de  um  dado  aspecto,  propriedade  ou 
característica. O valor prático de um modelo aumenta com a sua precisão e rigor. Usar 
um modelo que não é fiável quanto à sua representação do que queremos saber sobre 
as características fundamentais de um sistema de software, é pior do que não o usar, 
pois pode conduzir a conclusões erradas. A chave para aumentar o valor dos modelos 
de software é aproximar a sua semântica à semântica do que se pretende modelar, ou 
seja, ao domínio da sua aplicação. 
 
O  conceito  de  processo  é  algo  que  está  adjacente  à  realidade  de  tudo  e  todos.  É 
através  de  um  processo  que  um  trabalhador  se  levanta  de  manhã  e  vai  para  o 
trabalho,  é  através  de  um  processo  que  completa  o  seu  trabalho  e  é  através  de  um 
processo que um conjunto de trabalhadores de uma organização atinge as suas metas. 
O conjunto de processos de uma organização representa a maneira como esta atinge 
os  seus  objectivos.  Contudo,  verificam‐se  sempre  falhas,  contratempos,  erros  e 
adulterações na transmissão de informação, o que resulta em perspectivas diferentes 
sobre o que são os processos e os seus objectivos dentro da própria organização. 
 
A utilização de uma ferramenta que permita criar um modelo de um processo, permite 
criar  uma  representação  abstracta  de  um  conjunto  de  actividades  interligadas,  que 
transforma uma ou mais entradas, numa saída. Através de um conjunto de modelos de 
26 processos interligados é possível ter uma visão holística do funcionamento de uma 
organização. 
 

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A  modelação  de  processos  é  por  isso  uma  ferramenta  cada  vez  mais  utilizada  e  de 
valor  reconhecido  internacionalmente.  Há  uma  tendência  actual  para  a  gestão  das 
organizações ser cada vez mais orientada para os processos (encarar as organizações 
como  um  conjunto  de  “processos”  de  negócio  que  interagem  e  gerir  através  da 
definição de objectivos, quantificáveis, e avaliados através de sistemas de indicadores). 
A Modelação de Processos é também utilizada para fins de certificações ao abrigo da 
ISO  (International  Standards  Organization),  TQM  (Total  Quality  Management)  e 
desenvolvimento de Sistemas de Informação. 
 

3.1. Principais tipos de Sistemas de Informação 
Sales and Service Managment (SSM) 
Âmbito  ‐  SFA  (Sales  Force  Automation),  Configuração  de  produtos  e  Cotação  de 
Serviços. 
 
Supply Chain Managment (SCM) 
Âmbito ‐ Previsões, Distribuição e Logística, Planeamento Avançado Enterprise. 

Enterprise Resource Planning (ERP) 
Âmbito ‐ Financeiro, Gestão de Ordens e Produção. 

Manufacturing Execution System (MES) 
Âmbito ‐ Execução da Produção. 
 
Product and Process Engineering (P/PE) 
Âmbito  ‐  Sistemas  Híbridos  de  Software/Hardware  como  o  DCS  (Distributed  Control 
Systems),  o  PLC  (Programmable  Logic  Controller),  o  SCADA  (Supervisory  Control  and 
Data Acquisition) e controlo da execução do produto no Shop‐Floor. 
 
 

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3.2. MES (Manufacturing Execution System) 
 
O MES (Manufacturing Execution System) funciona como um HUB que interliga outros 
sistemas  (em  certas  indústrias  e  implementações  chega  a  interligar  todos  os  outros 
sistemas), permitindo a monitorização, pesquisa e controlo de custos da produção em 
tempo real. 
 
Na  figura  seguinte  está  representado  o  posicionamento  do  MES  na  arquitectura  dos 
Sistemas de Informação: 
 

 
 
Situado numa camada acima dos processos e sistemas no Shop‐Floor, o MES é por isso 
uma  aplicação  fulcral  de  integração  vertical  numa  organização,  que  fornece  um 
feedback de qualidade relativo ao que se está a passar no Shop‐Floor. 
 

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Um MES trata‐se portanto de uma integração ao nível do Shop‐Floor, onde numerosas 
aplicações  destinadas  à  recolha,  análise  e  processamento  de  informação  estão 
integradas, numa aplicação que funciona como uma plataforma de integração vertical 
numa organização. 
 
Segundo a MESA (Manufacturing Enterprise Solutions Association) International, a 
maior organização mundial orientada às tecnologias de informação aplicadas às 
indústrias de manufactura, e a primeira a adoptar o conceito de Manufacturing 
Execution System, os grupos standard de funcionalidades que um MES pode englobar 
são:  

 Planeamento detalhado das ordens de trabalho  
 Gestão de Recursos (Alocação de recursos e estado) 
 Registo e Monitorização do estado dos recursos 
 Gestão Documental 
 Gestão de Materiais (Gestão das entradas e saídas de materiais) 
 Análise de Performance 
 Gestão de Ordens de Trabalho (Encaminhamento de ordens de trabalho) 
 Gestão da Manutenção 
 Gestão de Processos (Controlo do Fluxo de Trabalho) 
 Gestão da Qualidade 
 Recolha e Visualização de Dados da Produção 
 Rastreabilidade e Genealogia do Produto  
 
Estes 12 grupos de funcionalidades juntos, ou combinações razoáveis de alguns deles, 
podem na opinião da MESA International formar uma solução classificada como um 
MES. 
 

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4. Conclusão 
As  técnicas  usadas  para  modelar  e  representar  variam  e,  consequentemente,  a 
estrutura e atributos dos modelos construídos com cada uma destas técnicas diferem. 
Apesar  de  ter  apresentado  diferentes  metodologias,  todas  têm  o  mesmo  objectivo: 
representar  processos  em  diagramas.  Os  critérios  de  escolha  destas  metodologias 
dependem  dos  objectivos  e  necessidades  da  organização.  Além  disso,  para  se  fazer 
melhor  uso  destas  metodologias,  podem  ser  adoptadas  as  melhores  práticas  de 
diferentes  perspectivas,  para  se  chegar  a  um  modelo  ideal  que  represente  a  meta 
desejada.  
 
Em  primeiro  lugar,  devem  definir‐se  os  processos  de  negócios  envolvidos  e,  depois 
seleccionar  as  metodologias  e  ferramentas  a  utilizar.  Com  relação  à  disposição,  deve 
modelar‐se verticalmente.  
Pode  dizer‐se  que  a  execução  da  modelação  de  processos  fidedigna  à  realidade  é 
difícil, devido a todas as contingências que devem ser consideradas, e pelos modelos 
serem considerados como aproximação abstracta da realidade.  
Para  se  ter  sucesso  é  importante  também  que  os  objectivos  sejam  claros  e  bem 
difundidos, e que a alta direcção da organização esteja envolvida. Devem considerar‐se 
ainda  a  verificação,  validação  e  procedimento  de  modelação  exaustivos  para  a 
obtenção da melhor exactidão processual. 

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5. Bibliografia 
 
http://pt.wikipedia.org/wiki/Gerenciamento_de_processos_de_neg%C3%B3cio 
 
http://bpmnaveia.typepad.com/bpm_na_veia/modelagem_1/ 
 
http://comunidades.ina.pt/content/comunidade‐bpm‐modela%C3%A7%C3%A3o‐de‐
processos‐workshop‐1 
 
http://elearning.ina.pt/index.php?view=details&id=43%3AComunidade+BPM+‐
+Modela%C3%A7%C3%A3o+de+processos+‐
+Workshop+1&option=com_eventlist&Itemid=100014 
 
 
 

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