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DIALOGAR E PREVENIR
Idosos
Adolescentes
Indígenas
LGBTQI+
Encarcerados
Forças Armadas/ segurança pública
Depressivos
(BOTEGA, 2015)
SUICÍDIO ENTRE AGENTES DE SEGURANÇA PÚBLICA
sobrecarga de trabalho
tensão do dia a dia
condições algumas vezes precárias de trabalho
muitas licenças médicas
Transtornos mentais associados ao suicídio
Sem diagnóstico
Transtornos de
personalidade
3%
12%
Transtornos do humor
36%
Esquizofrenia
11%
Figura 5.1
Transtornos
mentais
associados ao
22% suicídio
(BOTEGA, 2015)
Transtornos relacionados
ao uso de substâncias
Característica Tristeza Depressão
TRISTEZA
Duração X DEPRESSÃO
Horas a dias Semanas a meses
Perda afetiva Presente Geralmente
ausente
Autoestima Preservada Muito
comprometida
Sentir-se inútil Ausente Presente
Desempenho em tarefas Geralmente Muito
cotidianas preservado comprometido
Às vezes consegue se animar Geralmente sim Nunca
Saúde pública
Figura 1.1 Concepções e atitudes em relação ao suicídio no Ocidente.
In: BOTEGA, N.J. Crise Suicida: Avaliação e Manejo. Porto Alegre: Artmed, 2015, p.27.
Quem fala que vai se matar quer
apenas chamar atenção
Quem tenta o suicídio sempre tem
um distúrbio mental
Falar publicamente sobre suicídio
incentiva a prática
Quando o indivíduo sobrevive a uma
tentativa, está fora de perigo
Perguntar se uma pessoa pensa em
suicídio pode incentivá-la
Quem vai se matar não dá sinais
O suicídio é hereditário
BLOCO III - O QUE É O SUICÍDIO E
FATORES DE RISCO/PROTEÇÃO
MULTIDETERMINADO
Psicológicos
Sociais
Culturais
Econômicos
Biológicos
PSYCHACHE
Dor psíquica: uma dor insuportável; turbulência emocional interminável; sensação angustiante de estar
preso em si mesmo, sem encontrar saída.
Questão central do suicídio não é sobre a morte ou o morrer e sim uma questão de cessação da
consciência para evitar uma dor psíquica insuportável
COMPORTAMENTO SUICIDA
Figura 1 – Dimensões do comportamento suicida. In: WERLANG, B., BOTEGA, N. J. (2004). Comportamento Suicida.
São Paulo: Artmed Editora, p. 17.
COMPORTAMENTO SUICIDA
Fig 6.1 Interação de fatores que levam ao comportamento suicida. Fonte: Adaptada de Hawton e colaboradores. In :
BOTEGA, N.J. (2015). Crise Suicida: avaliação e manejo, Porto Alegre: Artmed Editora, p. 136.
PREVENÇÃO X PREVISÃO
PREVENÇÃO
Tratar das População-alvo Público em geral Grupo com risco Grupo com alto
condições que moderado risco
causam sofrimento
humano passíveis Exemplo de ações Restrição de acesso Detecção e Acompanhamento
de mudança é um a meios letais tratamento de de pessoas que
modo de prevenir transtornos mentais tentaram suicídio
o suicídio Divulgação e de outras
responsável por condições de saúde
parte da mídia associadas ao
suicídio
FATORES DE RISCO
PREDISPONENTES SUICÍDIO
PRECIPITANTES
TEMPO
PREDISPONENTES PRECIPITANTES
Fatores socioculturais
Integração e bons relacionamentos em grupos sociais (colegas, amigos, vizinhos)
Adesão a valores e normas socialmente compartilhados
Prática religiosa e outras práticas coletivas (clubes esportivos, grupos culturais)
Rede social que propicia apoio prático e emocional
Estar empregado
Disponibilidade de serviços de saúde mental
uma pessoas em sofrimento pode dar certos sinais que devem chamar a atenção de seus familiares e amigos
SINAIS DE ALERTA
aparecimento ou agravamento de problemas de conduta ou de manifestações verbais durante pelo menos
duas semanas devem ser levados em consideração
Expressão de ideias ou de intenções suicidas: “Vou desaparecer”;“Vou deixar vocês em paz.”; “Eu queria
poder dormir e nunca mais acordar.”;“É inútil tentar fazer algo para mudar, eu só quero me matar.”
Isolamento social
exposição ao agrotóxico, perda de emprego, crises políticas e econômicas, discriminação por orientação
sexual e identidade de gênero, agressões psicológicas e/ou físicas, sofrimento no trabalho, diminuição ou
ausência de autocuidado
O QUE NÃO FAZER?
Ministério da Saúde
O QUE FAZER?
Estar disponível
Seja direto
Esteja disposto a ouvir
Acolha a dor
Evite perguntar motivos
Não julgue
Não duvide ou teste coragem
Não prometa segredo
Ofereça esperança/outras alternativas
Retire acesso aos meios letais
Peça ajuda, não haja sozinho
BLOCO V - POSVENÇÃO E ONDE
BUSCAR AJUDA
POSVENÇÃO
conjunto de medidas prestadas aos sobreviventes após um suicídio, tais como atividades,
intervenções, suporte e assistência, a fim de minimizar os efeitos traumáticos dessa perda,
cuidando de sua saúde mental (SCAVACINI, 2011)
pessoas impactadas por um suicídio, inclui: familiares, amigos ou qualquer outra pessoa que se sinta afetada pelo
ato (WHO, 2008)
sobreviventes enlutados por suicídio: familiares, amigos, profissionais e pessoas em luto próximas ao falecido
sobreviventes testemunhas: pessoas que testemunharam o ato ou que encontraram o corpo do falecido, que
pode incluir além de familiares, profissionais, vizinhos, colegas e transeuntes sem vínculo com o falecido
(CORNEJO, 2019)
Sobrevivente de tentativa
Independe de uma relação direta com o falecido (JORDAN & MCINTOSH, 2011)
SERVIÇOS DE POSVENÇÃO
apoios individuais: incluem o aconselhamento/apoio via telefone, meios eletrônicos/sites ou sessões de suporte
individuais (terapia clínica).
grupos de apoio: é o tipo de serviço mais utilizado na posvenção. O grupo permite que os sobreviventes
troquem experiências entre outros enlutados em um ambiente seguro, com empatia e sem julgamento.
atividades para sobreviventes: neste tipo, as ações mais comuns são eventos de conscientização da
comunidade (passeios, dias ou semanas temáticas), comunicação social, estabelecimento de redes sociais de
sobreviventes e o compartilhamento de informações através de palestras, materiais escritos e boletins
informativos.
Flexhaug & Yazganoglu (2008)
IMPACTOS
Físicos
Cognitivos
Sociais
Psicológicos
Afetivos
Sistema Familiar
(SCAVACINI, 2011)
SENTIMENTOS E COMPORTAMENTOS
Choque
Culpa
Vergonha
busca incessante do motivo
sentimentos intensos de responsabilidade, rejeição e abandono,
maior dificuldade em dar sentido para a morte
Isolamento
autoacusação
mudanças na dinâmica familiar
(WHO, 2008; SCAVACINI, 2011).
APOIO A RESSIGNIFICAÇÃO
Escuta atenta
Incentivar a expressão dos sentimentos do enlutado
Não julgar
Estar disponível
Manter contato próximo
Permitir que fale sobre sua perda e do falecido
Indicar ajuda profissional especializada se for o caso
O não reconhecimento do luto por suicídio é uma questão que compete a toda
sociedade – é tarefa de todos minimizar essa interdição
ONDE BUSCAR AJUDA
PRO-AMITI
Ambulatório Integrado dos Transtornos do Impulso
Serviço do Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP
http://www.proamiti.com.br/
Neuróticos Anônimos
Apoio emocional
http://neuroticosanonimos.org.br/
AJUDA NA
POSVENÇÃO
www.posvencaodosuicidio.com.br
@posvencaodosuicidio
- Informações sobre a Posvenção no Brasil; onde encontrar ajuda (grupo de apoio e profissionais
especializados); eventos realizados; indicação de leituras e blog sobre o tema.
REFERÊNCIAS
BOTEGA, N. J. Crise Suicida: avaliação e manejo. Porto Alegre: Artmed, 2015.
CEREL, J.; BROWN, M.; MAPLE, M.; SINGLETON, M.; VAN DEVENNE, J.; MOORE, M.; & FLAHERTY, C. How many people are exposed to suicide? Not six. Suicide and Life-
Threatening Behavior, 2018. Retrieved from https://onlinelibrary.wiley.com/doi/pdf/10.1111/sltb.12450.
CLARK, S. Depois do suicídio: apoio às pessoas em luto. Trad. Marcello Borges. São Paulo: Ed. Gaia, 2007.
CORNEJO, E. R. Impactos do suicídio testemunhado no centro da metrópole de São Paulo: uma etnografia no hotspot Viaduto do Chá. 2019. 128f. Dissertação
(Mestrado Interdisciplinar em Ciências da Saúde). Universidade Federal de São Paulo, São Paulo, 2019
FLEXHAUG, M.;YAZGANOGLU, E. Alberta Takes Action on Suicide: Best and Promising Practices in Suicide Bereavement Support Services: A Review of the Literature. In:
PREVENTION, Alberta Health Services-Alberta Mental Health Board Suicide. Canadá: Alberta Health Services, 2008.
FONTENELLE, P. Suicídio: o futuro interrompido – guia para sobreviventes. São Paulo: Geração Editorial, 2008.
JAMISON, K. R. Quando a noite cai: entendendo a depressão e o suicídio. 2a. Ed. Rio de Janeiro: Gryphus, 2010.
JORDAN, J. R.; MCINTOSH, J. L. (org). Grief after suicide: understanding the consequences and caring for the survivors. Nova York: Routlegde, 2011
SCAVACINI, K. Suicide Survivors Supports Services and Postvention Activities: the availability of services and na intervention plan in Brazil. Dissertação de Mestrado.
Karolinska, 2011.
SHNEIDMAN, E. S. Suicide as a psychache: a clinical approach to self-destructive behavior. Northvale: Jason Aronson, 1993.
World Health Organization (WHO). Preventing suicide: how to start a survivors group. Geneva: WHO, 2008.
World Health Organization (WHO). Preventing suicide: a global imperative. Geneva: WHO, 2014.
REFERÊNCIAS
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BOTEGA, N.J. Crise Suicida: avaliação e manejo. Porto Alegre:Artmed Editora, 2015
BUSS, P. M.; PELLEGRINI FILHO, A. A saúde e seus determinantes sociais. Physis, Rio de Janeiro , v. 17, n. 1, p. 77-93, Apr. 2007 . Available from
<http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-73312007000100006&lng=en&nrm=iso>. access
on 08 Oct. 2019. http://dx.doi.org/10.1590/S0103-73312007000100006.
CEREL, J. et al. How many people are exposed to suicide? Not six. Suicide and Life-Threatening Behavior, 49(2): p. 529-534, 2018. DOI:
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MARQUETTI, F. C.; KAWAUCHI, K. T.; PLEFFKEN, C. O suicídio, interditos, tabus e consequências nas estratégias de prevenção. Revista Brasileira
de Psicologia, 02(01), Salvador, Bahia, 2015
WERLANG, B., BOTEGA, N.J. Comportamento Suicida. Porto Alegre:Artmed Editora, 2004