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ção de seu modo de vida, que tem na atividade mentos de cheia e de seca deste ecossistema e per-
agropastoril, preponderantemente, sua forma de mitiu seu avanço e transformação da região
organização social. numa das maiores áreas produtoras e fornece-
Historicamente, o município de Barão de doras de gado de Mato Grosso.
Melgaço constituiu-se em território dos índios A decadência da navegação fluvial, nos anos
Bororo, (que atualmente estão confinados em de 1930, pela crise da economia exportadora, e a
reservas na foz do rio Piquiri, denominadas Tere- chegada da ferrovia (Noroeste do Brasil) que
za Cristina, e Santa Isabel nos rios da Prata e São vinculou a economia sul mato-grossense ao oeste
Lourenço), quando o processo de conquista dos paulista, diretamente ligada aos frigoríficos es-
portugueses, na região do atual Mato Grosso, se trangeiros que se instalaram em São Paulo, leva-
expandiu sobre os territórios ameríndios da re- ram a uma reorganização econômica mato-gros-
gião pantaneira17. Esta expansão está atrelada à sense21, 22.
intensificação da exploração do comércio fluvial Para as populações ribeirinhas, atreladas
na Bacia do Prata e a conseqüente expansão das àquele complexo fluvial, esta reorganização sig-
fazendas e das usinas de produção de açúcar, a nificou reconstruir seu modo de vida adentran-
partir de 1870, com o fim da guerra do Paraguai18 do nas regiões entre os rios Cuiabá e São Lou-
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, baseadas no trabalho compulsório. renço, fundando comunidades, vivendo, sobre-
A abertura da navegação pelo rio Paraguai tudo, da lavoura, da pequena criação de gado e
possibilitou a inserção de Mato Grosso no con- trabalhos temporários nas fazendas. As relações
texto do capitalismo internacional, colocando a com os grandes fazendeiros locais estavam atre-
economia regional mato-grossense em contato ladas às relações de compadrio e de “favor”. É
com os mercados platino e europeu. Corumbá dentro deste contexto histórico que se situa a
(hoje pertencente a Mato Grosso do Sul) tor- população aqui estudada.
nou-se o pólo de crescimento regional, centrali- O processo de estímulo à modernização da
zando e exportando a produção mato-grossen- pecuária, do pasto ao rebanho, a construção de
se, vigorando um “complexo naval fluvial”20 . estradas, a expansão dos sistemas de pesca para
O início do século XX provocou modifica- turistas, a partir dos anos de 1970, que veio in-
ções na estrutura das fazendas de gado. Com o troduzindo formas competitivas, acabaram le-
começo da Primeira Guerra, a demanda de carne vando à desativação das grandes fazendas tradi-
bovina aumentou consideravelmente e a cons- cionais de gado. Além disso, aumentou a exclu-
trução da ferrovia Itapura-Corumbá melhora- são das populações tradicionais, pois o processo
ria ainda mais os preços da carne bovina. Foi um implicou fundamentalmente uma maior concen-
período, sobretudo para o atual Mato-Grosso tração fundiária, monopolizando a natureza nas
do Sul, de inclusão em um mercado de carne bem mãos de poucos e impedindo o acesso e uso da
mais amplo. terra e de seus recursos naturais para a produ-
As indústrias de carne bovina, conhecidas ção da vida destas populações.
como saladeiros, estabelecimento onde se salga a Este processo, que podemos chamar de mo-
carne em mantas e se expõe ao sol para a prepa- dernização conservadora, que impôs modifica-
ração do charque, localizavam-se, principalmen- ções no ritmo das águas e das comunidades lo-
te, às margens do Rio Paraguai na região de Cá- cais, mostra-se perverso, uma vez que não se tra-
ceres. A produção desses saladeiros, gerida por duziu em um processo maior de inclusão das
capital estrangeiro, era escoada diretamente para populações camponesas e ribeirinhas locais,
os portos argentinos e uruguaios, onde o impe- como se pode verificar pelos índices de IDH dos
rialismo inglês mostrou-se eficiente coalização municípios do Pantanal Norte, de 2000. Confor-
econômica em torno da atividade pecuária e sua me Castro23 aponta, utilizando-se aquele índice,
industrialização20 . no ranking dos municípios do estado de Mato
Para grande parte da população ribeirinha, a Grosso, os municípios pantaneiros ocupam as
atividade pecuária, sempre associada à lavoura, últimas posições de num total de 122 municípi-
na realidade, constituiu-se também como uma os. Embora os indicadores tenham melhorado
principal atividade econômica e como geradora de 1991 a 2000, a exceção de Poconé que reduziu
de grande força de penetração pelos sertões bra- o IDH Renda, eles não foram suficientes para
sileiros. O Pantanal colocava à disposição gran- tirar os municípios do Pantanal Norte da condi-
de áreas de pastagem natural, com disponibili- ção de área de grande pobreza, apesar das signi-
dade de água e de sal para o gado. A atividade de ficativas melhoras do IDH Educação.
criação extensiva do gado adaptou-se aos mo- As desigualdades sociais encontradas na re-
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figurando uma organização social estruturada Seus principais produtos são os de aprovisi-
por laços de parentesco e vizinhança. onamento como: arroz, feijão, milho, banana,
O muxirom constitui-se a forma de viabiliza- mandioca, batata em áreas que, de modo geral,
ção dos trabalhos que demandam muita mão- não ultrapassam cinco hectares; o gado é criado
de-obra em determinadas épocas como plantar, solto no Pantanal, em áreas de uso comum, que
colher, construir casas, na esfera do universo de na época da cheia é levado para áreas mais altas
trabalho masculino; na esfera do trabalho femi- e os bezerros são vendidos, às vezes às pressas e
nino, o trabalho em mutirão se faz presente quan- magros, em certos momentos, a baixo preço, a
do da produção de alimentos que envolvem gran- compradores do próprio local, que os comerci-
de quantidade como para a conserva (principal- alizam em Capoeirinha, distante cerca de trinta
mente de banha, embutidos, etc.) ou quando da quilômetros de Joselândia, a compradores de
demanda de uma grande quantidade de alimen- Rondonópolis e Cuiabá. A criação e venda de
tos em ocasiões tanto festivas (casamento, ani- bezerros constituem juntamente com a aposen-
versários, oferta de alimento para os trabalha- tadoria formas importantes de acesso ao dinhei-
dores no muxirom) como em ocasiões de luto. ro e sustentação econômica da família na aquisi-
Também na esfera do trabalho feminino, a pro- ção de bens não produzidos no local.
dução de artesanato, como por exemplo, a rede, Até os anos de 1960, a produção excedente de
é realizada em trabalho comum. O muxirom, alimentos era comercializada com as embarca-
portanto, constitui-se uma categoria central no ções de mercadorias. Na beira do rio, produzi-
universo das práticas e das representações soci- am rapadura, peixe seco, pele de jacaré, pele de
ais dos grupos sociais, estabelecendo os laços de jaguatirica, pele de onça, trocando esses produ-
reciprocidade presentes neste universo, definido- tos por mercadorias na beira do rio. Era um tem-
res de identidades/pertencimentos. A represen- po de muitas trocas nessa região, de produzir
tação coletiva desta categoria a transforma em óleo de peixe, de aproveitar a “lufada”, termo uti-
um marcador de tempo: tempo dos antigos – lizado para designar a piracema.
muxirom era muito mais forte, tinha muito mais O cercamento das terras comunais, que se
muxirom; tempo de hoje - tempo da esperteza, da intensificou de forma drástica, mesmo entre
ambição, portanto, os vínculos solidários são médios e pequenos produtores, convertendo-se
mais frágeis. o Pantanal em propriedade privada de uso parti-
Hoje está mais difícil essa forma de acesso à cular, vem enfraquecendo de forma decisiva a
terra, por causa do seu preço, do cercamento das organização familiar para o trabalho, inviabili-
terras de uso comum, da expansão das grandes zando muitas das práticas costumeiramente de-
fazendas e das subdivisões da terra por herança. senvolvidas. Como exemplo, as práticas costu-
Encontram-se prensados entre grandes fazendas, meiras como o longo “pousio” para a recupera-
localizadas nas terras altas e as áreas mais baixas ção do solo, passaram a ficar cada vez mais limi-
do Pantanal, áreas de inundação e de uso co- tadas. A lógica se inverteu; mais importante que
mum, onde fica o gado dos moradores de Jose- apenas possuir o gado agora era indispensável
lândia em época de seca. Na cheia, a roça é inun- possuir a terra como bem privado.
dada, com prejuízo da colheita caso a chuva che- Essa situação difícil de reprodução social,
gue mais cedo, e o gado perde espaço de prote- somada às difíceis condições de vida no campo,
ção nas terras altas, agora impossibilitadas de o acesso precário ao ensino e as oportunidades
uso, pela desativação de antigas fazendas e pelo que muitos acreditavam que poderiam ter na ci-
alto preço do arrendamento de terras para as dade, provocou a migração, principalmente a
condições do pequeno produtor. Em termos tec- partir dos anos de 1980.
nológicos, o sistema de produção é o de “coiva- Novamente, com a decadência das grandes
ra”, roça de toco, utilizando-se basicamente dos fazendas, com as cercas que passaram a limitar o
seguintes meios de trabalho: machado, facão, acesso aos recursos naturais para o manejo de
foice, enxada e o fogo para abrir novas áreas. gado na forma extensiva, realizado dentro de uma
Percebeu-se a extrema preocupação dos entre- lógica de uso comum dos recursos naturais, a
vistados no controle do fogo, quando da abertu- população tem encontrado dificuldade em reorga-
ra de novas áreas com o uso do fogo, já que não nizar-se dentro de sua “economia moral”
dispõem de condições de acesso a tecnologias de costumeira.
menor impacto ambiental.
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poluição das águas dos rios que formam o Pan- com os conhecimentos da natureza para dar le-
tanal. gitimidade às práticas cotidianas. Em defesa das
A dinâmica de inundação do Pantanal, um pragas que destroem as lavouras, muitos agri-
momento de exuberância da natureza, quando cultores benzem suas plantações e plantam na
se dá a explosão da vida, com grande oferta de “lua certa” para plantio, e também têm os cuida-
nutrientes para plantas e animais pelo aumento dos na colheita. A religião também se misturava
e o espargimento da água, implica para estas ao universo mítico das lendas e mistérios dos
populações a escassez de água saudável para o rios e das matas.
consumo humano, constitui um veículo trans- Neste universo, este “mundo” e o “outro”, o
missor de doenças que interliga sistemas de abas- sobrenatural, não possuem uma separação rígi-
tecimento e armazenagem de água com pocilgas, da, pois se intercambiam. No modelo geral de
dejetos de animais e de aves criados soltos pelas percepção desses sertanejos, o modelo de expli-
redondezas das residências, inclusive cemitérios cação do mundo é altamente complexo e refina-
e currais, entre outros. do. Nele, o homem não é pensado dissociado da
natureza e isolado do resto da criação e, muito
menos, de sua existência espiritual.
Do processo saúde e doença: Através da religião, o ser humano é levado a
sobre a religiosidade e as práticas de cura aceitar o sofrimento e até a morte, na medida em
que isso tem um significado convincente para os
Podemos afirmar que uma das marcas mais ex- momentos cruciais de sua vida31. Na comunida-
pressivas na cultura local é a religiosidade, cuja de de Joselândia, observou-se que a religiosidade
tradição está ancorada no catolicismo popular marca tanto as manifestações coletivas quanto
que, mais que oposição ao saber religioso cleri- os processos de cura individual das doenças e
cal, com ele dialoga e o transforma, mantendo outras manifestações de sintomas mal definidos,
em seu interior entrecruzamento de múltiplas sendo que a fé é um elemento primordial para o
experiências religiosas, principalmente de relei- processo de cura.
turas do cristianismo. Esta religiosidade se ma- A prática de cura das doenças, neste univer-
nifesta de várias maneiras, tanto cotidianamen- so, se dá através das benzeções, e o seu ritual –
te, e os altares caseiros são testemunhas, como que envolve benzedor/benzido, gestos, espaços e
nos festejos em homenagem aos santos familia- objetos sacralizados - está imerso nesta religiosi-
res e comunitários. A construção da Igreja de São dade popular. Para as pessoas inseridas nesse
Pedro, em 1932, constitui-se em um importante modelo, o mundo e o sujeito são concebidos
marco da memória local e expressa um senti- como totalidades. A ruptura dessa totalidade ins-
mento de pertencimento à comunidade. taura a desordem contra a qual é preciso reagir
Os festejos em homenagens aos santos se pelo auxilio das forças sobrenaturais (no caso,
constituem na demonstração da forma de viver principalmente os santos e anjos). Benzer é ga-
o religioso, onde o que é sagrado e profano para rantir o funcionamento da normalidade deseja-
a religião oficial converte-se na totalidade do sen- da e conter o mal. A perspectiva de estar doente
timento dos devotos, na reza, nos cultos, nos ri- representa apenas uma forma específica de ad-
tos, nas bebidas, nas danças, nos namoros, etc. versidades e é parte integrante das dimensões
Em São Pedro, a festa em homenagem ao seu psicológicas, moral e social de uma cultura parti-
padroeiro é o momento mais aguardado do ano, cular que está ligada ao estado de desordem ou
quando se atualizam os laços de solidariedade e de quebra da harmonia nas relações do indiví-
a relação entre a comunidade e sua fé em São duo com o mundo, consigo mesmo e com seus
Pedro: ela une as comunidades Mocambo, Pi- semelhantes32, 33.
menteira, Retiro São Bento, Colônia Santa Isa- Em entrevistas realizadas com quatro benze-
bel, Capoeirinha e Lagoa do Algodão, reafirman- deiras da comunidade, a relação de cura tanto se
do a territorialidade do povo de Joselândia e relaciona com a fé de quem benze quanto de
mantendo em sua teia “os filhos da terra”, isto é, quem é benzido: A benzeção, o que manda é a fé,
permitindo que os que não mais moram no lu- né, a senhora benze sem fé num adianta, tanto da
gar continuem a pertencer ao local. pessoa, como minha, né, se a senhora benze uma
Esta religiosidade não se restringia às missas, coisa e a senhora não tem a fé, num vale nada. (D)
as rezas e as festas, mas a todo universo de rela- Alguns sinais, tais como a “arca caída” (aber-
ções sociais, no trabalho agrícola, com os ani- tura no externo e arcos costais) e “mau olhado”
mais, na caça e na pesca. A religião mistura-se (fraqueza, sonolência) acreditam-se que somen-
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tado dos exames não é informado à população tes” da comunidade e os políticos da região, com
(segundo os moradores). O único medicamento medidas pontuais e descontínuas. A experiência
que ainda não foi interrompido foi para os casos local com promessas e não efetivação das medi-
de hanseníase (fornecidos por Poconé). Obser- das de caráter coletivo tem gerado uma descren-
vou-se que a maioria dos moradores entrevista- ça em relação aos serviços públicos e as saídas
da (55,65 %) procura hospitais e ou pronto-so- encontradas para tal são demandadas aos co-
corro quando estão doentes. A localização destes merciantes (fortes) com pagamento de transpor-
serviços também se concentra nos municípios de te particular (tanto em veículos automotores e
Cuiabá e Várzea Grande. A dificuldade de acesso aviões, como de barcos) ou ao SESC – proprie-
a estes centros, tanto financeira quanto de deslo- tário da Unidade de Conservação. O acesso a ali-
camento, torna-se pior em época de cheia. mentos processados e não produzidos no local
Neste grupo populacional específico, obser- se dá através da disposição em pequenas vendas,
vou-se a introjeção dos valores e conceitos e das onde praticamente são gastas as aposentadorias.
práticas que acompanham o aporte de novas tec- Acresce o gasto referido com assistência médica,
nologias. Ter saúde é também poder consumir como um dos itens de maior aplicação da renda
tais serviços, verificados pela demanda local com local. Nestes casos, a solidariedade familiar é acio-
abaixo-assinados da comunidade para atendi- nada – principalmente no caso de emergência,
mento médico local através de mutirões, da dis- acidentes e ou doenças agudas.
ponibilidade de medicamentos no posto e da pro- O estabelecimento da Unidade de Conserva-
cura por atendimento em hospitais e pronto-so- ção no local proporcionou a visibilidade desse
corros. Os mutirões de assistência à saúde reali- grupo populacional específico que, apesar de não
zados por uma equipe médica são pontuais e não estar incluso nas políticas públicas, resiste como
resolvem as demandas cotidianas da população, pode às inúmeras dificuldades encontradas e
que conta com o auxílio das benzedeiras e remé- potencializadas pelo ciclo das águas do Pantanal.
dios caseiros como a diversidade de chás. Nas O agravante nesta questão é a restrição no
doenças agudas e ou emergências (acidentes), não consumo de “bens naturais” tais como a caça,
há uma estruturação de um serviço de referência pesca e retirada de madeiras para a confecção de
e nem sequer um sistema público de transporte, casas e barcos, além de diminuir o emprego tem-
deixando a comunidade à mercê para desloca- porário e restringir o espaço necessário para o
mento e pagamento particular de consultas e aten- gado. A estratégia para a conservação da biodi-
dimento médico. versidade tem trazido intensos debates sobre os
modelos adotados em relação às populações
moradoras nas áreas, geralmente expulsas para
Considerações finais o entorno da reserva e a riqueza natural e estética
sendo apenas apreciada pelo visitante.
Os laços de solidariedade entre os moradores no Mais do que um retorno simplista das práti-
trabalho através do muxirom têm mantido o cas de antigamente, as novas práticas científicas e
modo de vida deste grupo, sendo considerado o sociais devem fortalecer a aparição de novos pó-
elemento principal de resistência à pressão do los de valorização - como resistência ao sistema
poder e dinheiro ou através de atos difusos como de valorização capitalista e a reinvenção em nível
as festas aos santos e as práticas populares de local de mecanismos que tratem a saúde de for-
cura. A fragilidade, dada pelas doenças, falta de ma ampliada e no plano individual - a busca da
infra-estrutura sanitária e acesso aos serviços, integralidade e da humanização do cuidado à
aparece como demandas a serem equacionadas saúde podem e devem constituir-se em novas
pelo poder público, que, no caso em questão, práticas de saúde tanto para os profissionais de
não se traduz em lutas organizadas da comuni- saúde como para os moradores do Distrito de
dade, mas como “troca de favores” entre os “for- Joselândia.
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