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Prof: JAF
Matemática II – 2º Semestre
Ficha nº 1 – Calculo Integral
1. Primitivas
No calculo diferencial estudamos o seguinte problema: sendo dada uma função f (x) calcular a sua derivada f’(x).
Neste capitulo iremos considerar um problema inverso, ou seja, é dada uma função f (x) pede-se para encontrar uma outra
função F(x) tal que a sua derivada seja igual a f(x) isto é:
F’ (x) = f (x)
Definição: Diz-se que uma função F(x) é uma primitiva de f(x) num determinado domínio D sse em todos os pontos x
desse domínio se verificar a igualdade F’(x) = f(x).
A notação de Primitiva de f(x) é:
Pf(x) = F(x) ou f(x) dx
Exemplos: determine uma primitiva de f (x) = x²
x3
Verifica-se imediatamente que P x² = F(x)
3
x3 x3 x3
Note também que F(x) +1 ou F(x) -80 ou seja F(x) + C são também primitivas de f (x) = x². Isto
3 3 3
resulta do seguinte teorema:
Teorema: se F (x) e G (x) são primitivas da função f (x), então para todo x no domínio da função f (x), a diferença F (x) e
G (x) é uma constante, ou seja:
F (x) - G (x) = C
Demonstração:
F’(x) = f(x)
G’(x) = f(x)
mas F’(x)-G’(x)=f(x)-f(x), ou seja, H’(x)=0 o que significa que H(x) é uma constante, ou seja F(x)-G(x)=C, cqd
P á g i n a 1 | 13
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2. Integral indefinida
Definição: chama-se integral indefinida da função f (x) a toda a função F (x)+C, em que F (x) é uma primitiva de f (x) e
nota-se
f(x)dx f(x)
'
x n 1
2. x n dx C
n 1
3. e x dx e x C
1
4. dx ln | x | C
x
Note que com as regras elementares pode-se resolver exercícios que aparentemente, nada tem com as formulas,
1 1
nomeadamente x dx ; x 3
dx ; x
dx Resolva-os.
Para funções cujos argumentos não são funções elementares mas sim funções mais gerais u (x) (compostas), existem um
conjunto de regras que se enumeram as principais:
Sendo u = u (x)
u n 1
1. u' u n dx C , n R \ {-1}
n 1
2. u' e u dx e u C
u'
3. dx ln | u | C
u
2
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3x 2 x
Por exemplo calcular os integrais nomeadamente
2x x 2 1dx ; x
3
4
dx ; x 3
2
dx
1
dx Resolva-os.
x
e
x
x2
Se u’ = x => u = Pu’ ou seja u = Px => u =
2
1
Se v = ln (x) => v’ =
x
3
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x2 1
xln(x)dx = 2
ln(x) - x x
dx
x2
xln(x)dx = 2
ln(x) –x +C
p(x) A B D
Então q(x) dx x - a dx x - b dx ....... x - d dx
Para determinarmos os valores de A, B,...D podemos utilizar o método dos coeficientes indeterminados. Vejamos um
exemplo:
x
Calcular x 2
1
dx
x x
Então
x 1 (x - 1)(x 1)
2
x A B
Decompondo
(x - 1)(x 1) x - 1 x 1
Calculemos A e B. Dando o mesmo denominador ao segundo membro teremos:
x A(x 1) B(x - 1)
(x - 1)(x 1) (x - 1)(x 1)
Método 1: igualar a equação da igualdade dos numeradores por cada zero do denominador
4
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x 2 1 dx 2 ln | x - 1 | ln | x 1 | C
x 1
p(x) A1 A2 A B D
Então a decomposição m
m-1
..... m ....
q(x) (x - a) (x - a) x-a x-b x -d
Da mesma forma para a determinação dos valores A1 , A 2 ,....A m , B,..., D deve ser utilizado o método dos coeficientes
indeterminados.
1
Exemplo: Calcule (x - 1) 2
x
dx
1 A1 A B
A decomposição de 2
2
2
(x - 1) x (x - 1) x -1 x
Dando o mesmo denominador e igualando o numerador teremos
1 A1x A 2 ( x 1) x B(x - 1) 2 desenvolvendo e aplicando o método dos coeficientes indeterminados
teremos a seguinte equação
A 2 B 0
A 1 A 2 2 B 0
B 1
....Tente continuar o problema, determinando o integral pedido.
Nota: Referir a um método rápido de calculo de coeficientes: Resolver a equação por substituição de valores de x que
anulam o denominador.
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Façamos a seguinte mudança de variável 2 x 1 t . Calculando o diferencial dos dois membros 2dx 2 t dt . Então o
2
=
1 5
2 t 2t 4 t 3 dt
t 6 2t 5 t 3
= C
12 10 3
O resultado pode ser reescrito em função de x , tendo em conta que t 2x 1 :
2x 13 22x 12 2x 1 2x 1 2x 1
x 2x 1 dx C
2
12 10 6
Observação: Para trabalhar com o método de integração por mudança de variável ou substituição, deve-se fazer uso de
bastante criatividade, percepção e muitos exercícios!
7. Integral Definido
Seja f(x) uma função continua no intervalo [a,b], então
b
a
f ( x ) dx é denominado integral definido da função f(x) no intervalo [a,b].
b b
1. a
kf ( x ) dx k
a
f ( x ) dx
b b b
2.
a
( f ( x) g ( x))dx
a
f ( x)dx g ( x)dx
a
6
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b c b
3. a
f ( x) dx a
f ( x) dx f ( x) dx , a c b
c
b a
4. a
f ( x ) dx b
f ( x ) dx
a
5. a
f ( x ) dx 0
b
a
f ( x ) dx F (b) F ( a )
x3
F(x) =
3
1
F(1) = e F(0) = 0
3
1 1
Então 0
x 2 dx = F (1) – F(0) =
3
Uma das grandes aplicações do Integral definido é o cálculo de áreas de regiões planas.
Vejamos o seguinte gráfico da função f(x)
Seja f(x) um função continua e positiva no intervalo [a ,b ]
Pretende-se calcular a área da região a tracejado. Repare que a região é definido por:
y = 0 ; y = f(x) ; x = a ; x = b
Nota: O valor de um integral definido pode ser negativo mas o cálculo de área resulta sempre
num valor positivo.
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Exemplo:
f(x) - g(x) dx
b
Caso 2: Seja f(x) e g(x) duas funções continuas no intervalo [a ,b], que se cruzam nesse intervalo
a c
Para se determinar o ponto c, deve-se resolver a equação
f(x) = g(x)
Exercício
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Uma outra aplicação do calculo integral é calcular uma função f(x), conhecido a taxa de variação da mesma função, ou seja
df
Sabe-se que h(x) determine a função f(x)
dx
df
Ora se
dx
h(x) df h(x)dx df h(x)dx f(x) h(x)dx C
Este modelo permite calcular as variáveis totais se conhecermos essas variáveis marginais.
Até aqui temos vindo a calcular integrais de uma função continua num intervalo [a ,b]. Nesse caso calcula-se, pela regra de
b
Barrow o integral definido a
f ( x ) dx F (b) F ( a ) .
Imagine-se a função continua em R, então pode-se imaginar o calculo de
f(x)dx . Esse calculo pode ser feito e
chama-se integrais impróprios de 1ª espécie. Velamos como se calcula:
Seja f(x) uma função continua no intervalo , a . Pretende-se calcular
a
f(x)dx . Vai-se usar também a formula de
Barrow, então:
lim F(a) - F(t) em que F(x) é uma primitiva de f(x). Se esse limite
a a a
f(x)dx
f(x)dx lim
t
t
f(x)dx
t
existir será o valor do integral e diz-se que o integral impróprio é convergente, caso contrario diz-se divergente.
Suponha agora que f(x) é continua no intervalo a, . Para se calcular
a
f(x)dx usa-se a mesma técnica, ou seja
lim f(x)dx lim F(t) - F(a) em que F(x) é uma primitiva de f(x). Da mesma forma existindo esse
t
a
f(x)dx
t
a
t
limite o integral será convergente e caso contrario divergente.
Da mesma forma supõe-se agora que f(x) é continua em R, ou seja no intervalo
- ,. Pretende-se calcular
f(x)dx . Nesse caso e pelas propriedades do integral, divide-se o integral pretendido na soma de dois integrais
a
parcelares, ou seja
f(x)dx
f(x)dx
a
f(x)dx . Para que o integral pretendido seja convergente, ambos os
integrais parcelares devem ser e nesse caso o integral é a soma dos integrais parcelares.
A interpretação do integral impróprio de 1ª espécie, também está associada a uma área.Vejamos
A área definido pela região sombreada é dada por
f(x)dx
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De notar que o calculo de f(x, y) dx dy corresponde ao calculo de volume do sólido definido pela região Df e pela
Df
função. Quando f(x,y) = 1, estaremos a calcular a área da região definida por Df.
1 1
Exercício 1: Calcule 3 dx dy . Interprete o resultado
0 0
kxy se 1 x 2 e 1 y 1
Exercício 2: Seja f(x, y)
0 outro valor
Determine K de modo que f(x, y) dx dy 1
- -
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EXERCICIOS:
1) ( x 2) 2 dx 2) (2 x 1) 2 dx 3) (3 x 2 1) 2 dx
x3 x3 x3
6) dx 7) dx 8) dx
1 x4 (1 x 4 ) 2 1 x4
1 x 1
9) dx 10) x 2 2 x 5 dx
x2 4x 4
1) x 2 ln( x) dx 2) x 2 e x dx
5 x 12 5 x 2 10 x 8
1) dx 2) dx
x ( x 4) x3 4 x
2x 1 x5 x 4 8
3) dx 4) dx
( x 1)( x 2) x3 4x
1
1) dx faça a substituição e t
x
1 e x
x3 x -1 t
2) dx faça a substituição
x -1
1
3) dx faça a substituição e t
x
e x
e x
a) b) c) d)
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e)
f) Determine a funçãof(x) que verifica a condição ln(f ' (x)) x e e f(0)=e
x
1 1 e
1) x 4 dx 2) xe x dx 3) ln( x) dx
2
0 0 1
4)
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