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UNIVERSIDADE LICUNGO

FACULDADE DE ECONOMIA E GESTÃO


CURSO DE LICENCIATURA EM ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA E
AUTÁRQUICA
1º Ano, Laboral
Nome: Ivo Marinho
Docente:
MSc. Sidney Lobo
Indicadores de desenvolvimento
Com muita frequência os indicadores são apresentados como um valor
estatístico em si, desvirtuando o sentido do próprio conceito: um indicador expressa
algo que ele mesmo não é, ou seja, ele exprime apenas parcialmente determinado
aspecto; ele é somente uma espécie de representante de um determinado aspecto de uma
realidade bem mais complexa. Um indicador é, portanto, apenas uma unidade de
medida parcial, substitutiva. (Caracas, 1989)
Assim, deve-se considerar que uma medida estatística representativa somente se
configura como um indicador de desenvolvimento quando se insere num contexto
teórico-metodológico que lhe empresta o respectivo significado. Ou seja, indicadores de
desenvolvimento são, na melhor das hipóteses, apenas variáveis representativas de
aspectos parciais de determinados processos de desenvolvimento em contextos bem
específicos (McGranahan, 1974).

 Coeficiente de Gini
O Coeficiente de Gini – ou Índice de Gini – é um dado utilizado para medir o
índice de desigualdade social e foi criado pelo estatístico italiano Corrado Gini no ano
de 1992. Ele analisa a correlação entre as populações mais pobre e as mais ricas,
classificando-as conforme os níveis de renda. Em termos matemáticos, esse coeficiente
é medido de 0 a 1. Quanto mais próximo de 1, mais desigual é o país; quanto mais
próximo de zero, melhor é a distribuição de renda. (Caiden, 1988)

 PIB – Produto Interno Bruto


O PIB (Produto Interno Bruto) é um importante conceito referente à riqueza
produzida pelas actividades económicas de um determinado país. Seu valor corresponde
a tudo o que foi produzido e devidamente consumido, seja esse consumo directo ou
indirecto. Quando falamos que o PIB de um país aumentou, significa que a economia
foi mais activa em relação a um período anterior, ou seja, as actividades económicas
tiveram uma maior actuação tanto em níveis de produção quanto em níveis de consumo.

 Renda per capita
Renda per capita é a distribuição das riquezas produzidas no país pela sua
população. No entanto, ao contrário do que muitas pessoas pensam, ele não é calculado
a partir do PIB, mas sim do PNB (Produto Nacional Bruto), que, resumidamente, é o
valor do PIB subtraído pelo capital que deixa o país e somado ao capital que entra no
país. Sendo assim, a renda per capita indica o PNB de um país ou região dividido pela
sua população correspondente em um dado período de tempo.

 Equidade
Esta utopia traz resultados que merecem uma análise mais detalhada. Isto por
que, segundo a metodologia original, deve se considerar a concentração de mulheres
chefes de família como um factor de exclusão. No entanto, isto não se verifica para o
caso de Juiz de Fora, na medida em que, bairros com bons indicadores nas outras
utopias são os que apresentam os piores indicadores de exclusão na utopia equidade.
(Drewnowski, 1989)

 Taxa de Desemprego
O desemprego é um dos principais problemas que podem ser enfrentados por um
país, pois representa tanto uma ausência de renda por boa parte da população quanto a
redução do mercado consumidor, o que gera menos lucro e, portanto, menos emprego.
(Drewnowski, 1974)

 Índice de Exclusão/Inclusão Social


Este índice sintetiza as quatro utopias descritas anteriormente em um único
valor, na medida em que entram em seu cálculo todas as variáveis utilizadas para
compor as utopias. De acordo com Guimarães & Jannuzzi (2004), os indicadores
sintéticos podem ser considerados um indicador resumo, que representam as diversas
dimensões analisadas em um único valor.

 Oferta de serviços públicos


A qualidade de vida da população, em muitos casos, está também associada à
oferta de serviços pelo Estado, dentre os quais, podemos destacar o saneamento básico
(colecta de lixo e rede de água e esgoto), a iluminação pública e outras infra-estruturas,
tais como o asfalto e a sinalização de ruas e estradas. Além de todos esses dados acima
apresentados, podem ser considerados muitos outros indicadores sociais, tais como a
proporção da População Economicamente Activa, a qualidade dos serviços de saúde
pública, entre muitos outros. (Baster, 1972)

Considerações finais
O uso de indicadores de desenvolvimento para quantificar disparidades
socioeconómicas não deve redundar em análises acríticas, nas quais o objectivo é
apenas explicitar a quantificação. Indicadores são instrumentos auxiliares de análises e
só têm sentido quando vinculados a teorias e métodos que lhes dão fundamento. Além
disso, cabe lembrar que nem tudo que é importante é mensurável. A mensuração do
desenvolvimento socioeconómico de um país, região ou município por meio de
indicadores pode complementar e subsidiar empiricamente um trabalho, mas jamais
poderá substituir a análise qualitativa.

Referencias Bibliográficas
Baster, N. (1972). Measuring development. The role and adequacy of
development indicators. London.
Caiden, G. (1988). Caravantes, G. R. Reconsideração do conceito de
desenvolvimento. Caxias do Sul.
Caracas (1989). Report on Alternative Development Indicators: redefining
wealth and progress. Indian apolis.
Drewnowski, J. (1970). Studies in theme asurement of level sofliving and
welfare. Genéve.
Drewnowski, J. (1974). On measurement and planning the quality of life.
DenHaag/Paris.

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