Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Formas de Intervenção Do Estado Na Economia
Formas de Intervenção Do Estado Na Economia
SUMÁRIO:
1 Introdução;
2 A evolução do Estado e a ordem econômica;
3 Meios de atuação do Estado na economia;
3.1 Exploração direta da atividade econômica pelo Estado;
3.2 Exploração indireta da atividade econômica pelo Estado;
4 Conclusão.
1) INTRODUÇÃO
A intervenção do Estado no domínio econômico, nada mais é do que todo ato ou
medida legal que restrinja, condiciona ou tenha por fim suprimir a iniciativa privada
em determinada área, visando assim, o desenvolvimento nacional e a justiça social,
assegurados os direitos e garantias individuais.
Dentre os motivos determinantes para o surgimento da intervenção estatal na
economia, despontam o fracasso do mercado e a necessidade de recriá-lo com o Estado
que assumisse determinadas responsabilidades.
Outrossim, a intervenção teve por fim garantir a livre competição e a eliminação da
desigualdade.
De tal modo, o Estado passou a atuar em prol da justiça social por meio de
uma distribuição justa de renda, e finalmente, passa a atuar na atividade econômica
como empresário, tendo como intuito conseguir mais prontamente metas que
demandariam maior tempo pelos particulares.
De tal modo, o presente artigo visa analisar as intervenções delineadas
na Constituição Federal e como tais intervenções se materializam.
Além disso, esta mesma emenda incluiu um novo parágrafo no aludido artigo:
II - as condições de contratação;
(...)
a) toda atividade nuclear em território nacional somente será admitida para fins
pacíficos e mediante aprovação do Congresso Nacional;
(...)
Além disso, o artigo 25, § 2º, da CF/88, nos termos da EC nº 05/95, reserva aos
Estados-membros a atividade de distribuição de gás canalizado:
Art. 25. Os Estados organizam-se e regem-se pelas Constituições e leis que adotarem,
observados os princípios desta Constituição.
(...)
Outrossim, o artigo 21 prevê, ainda, a prestação das seguintes atividades, por parte da
União, explorando-as diretamente ou por meio de terceiros: emissão de moedas,
serviço postal, serviços de telecomunicações, serviços de radiofusão, serviços de
energia elétrica, aproveitamentos dos cursos d’água, navegabilidade aérea,
aeroespacial, transporte ferroviário, aquaviário, rodoviário interestadual e
internacional, portos marítimos, fluviais e lacustres.
Porém, há aqueles que defendem que tais explorações estariam sob regime de serviços
públicos devido à grande relevância destas atividades para a sociedade.
(...) atuar é intervir na iniciativa privada. Por isso mesmo, a atuação estatal só se
justifica como exceção à liberdade individual, nos casos expressamente permitidos
pela Constituição e na forma que a lei estabelecer. O modo de atuação pode variar
segundo o objeto, o motivo e o interesse público a amparar. Tal interferência pode ir
desde a repressão a abuso do poder econômico até as medidas mais atenuadas de
controle do abastecimento e de tabelamento de preços, sem excluir outras formas que
o Poder Público julgar adequadas em cada caso particular. O essencial é que as
medidas interventivas estejam previstas em lei e sejam executadas pela União ou por
seus delegados legalmente autorizados.
Fato é que, com a crise econômica gerada pelo Estado social, oriunda do seu
agigantamento no aspecto assistencial, fez surgir um Estado regulador, que transfere à
iniciativa privada a atividade econômica, mas que reserva para si a função de
regulador, no escopo de assegurar a livre concorrência dentre de uma economia
equilibrada.
A imperatividade dos planos para o setor público e facultatividade para o setor privado
advém do texto constitucional e significa que o Estado apenas direciona, oferece os
rumos para o desenvolvimento da atividade econômica para os agentes privados,
porém não dispõe de força coercitiva sobre essa atividade, em consonância com o
princípio da livre iniciativa e livre concorrência.
Em suma, podemos compreender que, a intervenção no domínio econômico, disposta
pelo artigo 174 da Constituição Federal, é indireta na medida em que o Estado não está
atuando na exploração de uma atividade produtiva, mas sim, fiscalizando o equilíbrio
do livre mercado e da livre concorrência, ou seja, o Estado incentiva a materialização
da livre iniciativa e lança mão do planejamento para alcançar os fins desejados tendo
sempre em mira e como base os princípios da ordem econômica.
4) CONCLUSÃO
Diante o exposto, podemos compreender que a intervenção do Estado no domínio
econômico é ato que restringe, condiciona ou suprime a iniciativa privada em
determinada área econômica, tendo como finalidade o desenvolvimento nacional e a
justiça social, assegurando os direitos e garantias individuais.
O Estado passou a intervir em prol da justiça social por meio de uma distribuição justa
de renda e, finalmente, atuar no setor econômico como empresário.
Contudo, tal atuação acontece apenas dentro das limitadas hipóteses constitucional. De
tal modo, o Estado só atua como empresário nas situações em que há interesse coletivo
relevante ou pela manutenção da soberania nacional.
A intervenção do Estado no domínio econômico, delineada pelos
artigos 173 e 174 da Constituição Federal, é de caráter excepcional mas, nem por isso,
de menor importância, sendo a ideologia adotada pelo texto constitucional a definição
de como tal intervenção se materializa
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BOBBIO, Norberto. Igualdade e liberdade. 4ª ed. Rio de Janeiro: Ediouro, 2000.
DALLARI, Dalmo de Abreu. Elementos de teoria geral do Estado. 16ª ed. São Paulo:
Saraiva, 1991.
LENZA, Pedro. Direito Constitucional Esquematizado. 15ª ed. São Paulo: Saraiva,
2011.
MEIRELLES, Hely Lopes. Direito Administrativo Brasileiro. 36ª ed. São Paulo:
Malheiros, 2010.
SILVA, José Afonso. Curso de Direito Constitucional Positivo. 36ª ed. São Paulo:
Malheiros, 2013.