Carta aos Maçons do Supremo Conselho dos Graus 4 à 33 de Pernambuco

Introdução

Saúdo-vos na Paz do Eterno, na esperança de que o nosso trabalho não tenha sido em vão, e
que tenhais guardado a mesma disposição que habita em nossos corações com a mesma Fé,
Esperança e Fraternidade, com que doamos as nossas vidas por estas verdades.

No 14º Grau o título que possuímos é de grande Eleito ou Perfeito e Sublime Maçon, fomos
investidos nesta qualidade pelo Rei Salomão. Nos reunimos sob a Abóboda Sagrada que possui
este nome, por que nela abriga o nome inefável do Grande Arquiteto do Universo.

Vimos procurar a última perfeição e temos como a lenda do grau, a continuidade do 13º Grau,
onde Salomão e Hiram rei de Tiro, que depois de ter criado GUIBULUM, JOHABEN e STOLKIN
Cavaleiros do Real Arco, deixam o precioso tesouro em segurança sob o Santuário do Templo,
na cripta escavada por ENOCH, antes do Dilúvio. Eles chamaram esta cripta de Abóboda Sagrada
por que ela abrigava o nome inefável do Grande Arquiteto do Universo.

Foi este nome que o Eterno havia revelado a Mosheh, quando Ele se manifestou na Sarça
Ardente, próxima da qual a Loja dos Grandes Eleitos ou Perfeitos e Sublimes Maçons deve se
encontrar.

Após a conclusão do Templo, Salomão recebe os mais virtuosos dos cavaleiros do Real Arco e o
investe do grau de Perfeição. Eles prestam juramento solenemente de viver em Paz, União e
Concórdia entre eles de praticar os deveres da caridade, da benevolência, a exemplo dos
Respeitável Mestre HIRAM. E fazer tal qual a sua semelhança, que a justiça e a equidade sejam
sempre o fundamento dos nossos Atos de Justiça.

Ele nos faz prometer que nos ajudaremos mutuamente na necessidade, de punirmos
severamente a traição, a perfídia e a injustiça. Depois disso ele nos abençoa nos mostrando a
Arca da Aliança.

Salomão nos ordena em seguida numerosos sacrifícios e convida os postulantes a uma Santa
Libação para uma separação de tudo.

Ele nos abraçou e nos deu um anel de ouro em sinal da Aliança, que nós havíamos contraído a
Virtude e os homens virtuosos.

Salomão colocou uma guarda severa na entrada da Abóboda Sagrada a fim de que somente os
Sublimes Eleitos ou Perfeitos e Sublimes Maçons pudessem ser admitidos quando viessem para
contemplar os mistérios do Nome Sagrado.

Uma palavra substituta foi colocada em seu lugar , para nós, era impossível tomar maiores
precauções do que aquelas determinadas pelo nosso Rei Salomão para preservar o grande
Nome de qualquer profanação.

Nós como Sublimes Eleitos ou Perfeitos Sublimes Maçons, continuamos mantendo a firmeza,
pois éramos impelidos pelo mesmo zelo do início. A Tradição do segredo foi mantida de gerações
em gerações até os dias de hoje. Mas Salomão mesmo tão sábio e tão virtuoso, tornou-se surdo
a voz do Eterno, orgulhoso de ser o maior Rei da terra, orgulhoso de ter edificado o Templo que
causava admiração no universo, entrou nele a soberba e ele esqueceu da benevolência do
Eterno, e se deixa cair em tentação, ele acendeu incenso aos ídolos que deveriam ser queimados
no Templo ao Eterno.

Estes crimes despedaçaram o nosso coração, dos Sublimes Eleitos ou Perfeitos Sublimes
Maçons, que prosseguimos perseverando em guiar os nossos filhos sobre as veredas da Virtude
e segundo as regras que haviam sido transmitidas e a Santa e Respeitável União que perdurava
entre nós.

Nós tentamos pelos seu conselhos e exemplos desviar os homens do caminho da impiedade do
sacrilégio, mas não conseguimos.

Diante dos crimes e desobediência, o Eterno inspirou e nos enviou o rei Nabucodonosor da
Babilônia que nos sitiou e destruiu a nossa Jerusalém. Este rei, nos colocou o general
Nabusardan em Judá, que destruiu os muros, a cidade e as fundações do Templo em 576 a.c.
Este rei nos levou em cativeiro e levou todas as riquezas do Templo do Eterno.

Isto nos ocorreu 470 anos, 6 meses e 10 dias depois da consagração do Templo, o que temos
em registro até hoje.

Nós os Sublimes Eleitos ou Perfeitos e Sublimes Maçons resistimos, defendemos a cidade com
coragem e bravura, mas não conseguimos resistir à força dos conquistadores enviados pelo
Eterno, e quem resistiria? Não nos preocupávamos muito com as riquezas do Templo, contanto
que a Abóboda Sagrada não fosse tocada. Enfrentamos corajosamente a fúria dos soldados que
guardavam o recinto do Templo, e atravessando as ruínas chegamos a Abóboda Sagrada, lá nos
procuramos com fervor até que descobrimos o triângulo de Ouro Sagrado selado sobre uma
pedra de ágata. Encontramos também o corpo de GALAAD, filho do nosso irmão SOFONIA, o
nosso chefe dos Levitas e um dos mais influentes Sublimes Eleitos ou Perfeitos e Sublimes
Maçons da nossa época.

GALAAD era um dos nossos guardiões da Abóboda Sagrada, ele mantinha as cadeias sempre
acessas durante 24h por dia. Ele adorava e contemplava o Nome inefável do Eterno, GALAAD
tinha como referência o nosso irmão HARAM ABI que, aproximadamente 400 anos antes,
perdeu a sua vida por não rebelar o segredo dos Mestres. Ele preferiu ser sepultado sob as ruínas
do Templo do que revelar com a sua fuga a existência do precioso tesouro que teria caído nas
mãos dos Bárbaros.

Quando nós os Sublimes Eleitos ou Perfeitos Sublimes Maçons, encontramos o Triangulo de

Ouro selado sobre a pedra de ágata, exclamamos MAHA IMAHA RABACH, que em nossa língua
significa: “NEle está o que está na caverna”, transformamos esta palavra em uma importante e
grande palavra de passe, a mais conhecida por nós, fiéis guardiões do Tesouro Sagrado.

Nós, os Sublimes Eleitos ou Perfeitos Sublimes Maçons, nos pusemos imediatamente à

trabalhar, nós martelamos o Nome Sagrado, o tornando ilegível para não correr o risco de vê-lo
ser descoberto pelos ímpios. Nós colocamos a placa de Ouro na Arca da Aliança, que continha
também as Tábuas da Lei, e quebramos a pedra de ágata por que não conseguiríamos levá-la.

Escavamos um poço de vinte e sete pés de profundidade e escondemos a Arca da Aliança e tudo
que ela continha. Depois disso, vestimos GALAAD com os ornamentos e paramentos de chefe
dos Levitas e cobrimos o seu corpo com placas de mármore que estavam depositadas sob a
Abóboda Sagrada, as mesmas que o nossos irmãos GUIBULUM, JOHABEN e STOLKIN haviam
outrora descoberto no Templo e ENOCH, nosso irmão que foi arrebatado aos céus pela grande
intimidade que tinha com o ETERNO.
Nós ficamos muito satisfeito com as nossas precauções e ações de Sublimes Eleitos ou Perfeitos
e Sublimes Maçons, que passamos a confiar apenas em nossas memórias para transmitir à nossa
posteridade, na forma tradicional o Nome do Inefável.

Desde desta época, guardamos o hábito de soletrar letra por letra o mais santo e inefável do
Nome dos Nomes, sem jamais formar uma sílaba.

Meus irmãos, conservamos em os nossos corações o preciso Tesouro, preservando-o assim da

corrupção geral, deixamos o Jerusalém “Casa de Paz” e o reino de Judá “ “, e nos dispersamos
entre as nações da terra afim de lhes ensinar a verdadeira Arte Real dos Sublimes Eleitos ou
Perfeitos e Sublimes Maçons

Com meus sinceros votos de Sabedoria, Conhecimento e Entendimento das coisas do Eterno.

Do seu Irmão de Ordem

S S Falcão M M 14º Grau