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Direito Civil

Parte Geral:

Parte geral se subdivide em: pessoas, bens e fatos jurídicos.

Pessoas: Subdivide em Natural e Jurídica.

Bens: Considerados em si mesmos e reciprocamente considerados, Bens públicos e


particulares e bem de família.

Fatos Jurídicos: Em sentido estrito (ações da natureza), ato fato jurídico (categoria
intermediária, existe uma atuação humana, mas a manifestação da vontade humana é
desconsiderada) e o Negócio Jurídico.

Pessoa Natural – Art. 1º - Toda pessoa é capaz de direitos e deveres na ordem civil –
capacidade de direito ou personalidade jurídica – capacidade de todo indivíduo de ser titular
de direitos e obrigações.

Em que momento a pessoa adquire a personalidade jurídica – art. 2º - personalidade civil


começa no nascimento com vida. Direitos do nascituro são ressalvados desde a concepção –
segunda parte do artigo – Questão, será resguardado o direito de transferência da herança ao
nascituro, mesmo que o direito só se confirme com a nascimento, se reserva a cota parte do
herdeiro descendente que embora concebido, ainda não havia nascido à época do óbito. –
Ofensa à honra da mãe e da criança que ela gestava, resguardo dos direitos de personalidade
da criança, e da possibilidade de buscar indenização.

Para além de ser titular de direitos, para poder exercer estes direitos por si próprio (atos da
vida civil), é necessário que além da capacidade de direito o indivíduo tenha a “capacidade de
fato”.

Capacidade de fato é adquirida pela maioridade ou pela emancipação – com as duas


capacidades reunidas o indivíduo tem capacidade civil plena.

Nem todas tem essa capacidade de fato, temos as situações de incapacidade, pode ser
absoluta ou relativa:

Incapacidade absoluta (art. 3º, CC) – São absolutamente incapazes os menores de 16 anos –
absolutamente incapazes de praticar atos da vida civil – Caso pratique, gera a nulidade deste
ato (art. 166, I) – Art. 185 – Trata dos atos jurídicos lícitos -> aos atos lícitos que não sejam
negócios jurídicos, aplicam-se as disposições dos NJ – o art. 166 se aplica tanto para negócio
quanto para ato jurídico.

Indivíduo de 5 anos pleiteando alimentos (direito de família é personalíssimo) – como não


pode exercer por si próprio – a incapacidade absoluta deve ser suprida por representação –
Representantes Legais: Pais e Tutores, para os menores de 18 anos, e os curadores para os
maiores de 18 incapazes. Toda vez que um incapaz precisar praticar atos da vida civil deve
ser representado por um representante.

Relativamente Incapaz (art. 4º) – Incapaz para certos atos, ou a maneira de exercê-los:

Maiores de 16 e menores de 18.

Ébrios habituais e viciados em tóxicos. – Alcoolismo, habitual! E não eventual. Ou problema


com drogas.

Aqueles que por causa transitória ou permanente não puder exprimir a sua vontade. – Alguém
em coma, teve um AVC, tem mal de Alzheimer e perdeu a memória.

Os pródigos. – Não tem capacidade de administrar seu patrimônio, pois gastam de forma
imoderada.

Lei fixa atos que podem ou não praticar – art. 1860, p.u – Maiores de 16 podem fixar
testamento, feito pessoalmente, lei permite expressamente. – Art. 228 – não permite como
testemunha o menor de 16, maior de 16 pode.

Nos incisos 2, 3 e 4, temos pessoas maiores de idade, já adquiriram capacidade plena, e a


tiveram retirada – essa retirada não é automática – é preciso uma ação de interdição.

AÇÃO DE INTERDIÇÃO:

Disciplinada no CPC – Embora hajam algumas disposições no CC sobre a curatela, para


chegar à representação é preciso antes interditar.

Art. 747 – Procedimento especial, pode ser promovida por cônjuge ou companheiro, parentes
ou tutores, representante da entidade em que se encontra abrigado o interditando e o MP –
legitimidade ativa para ação de intermissão! – não significa que serão nomeados curadores –
art. 1775 – Define o curador, na falta de cônjuge ou companheiro, será pai e mãe, na falta
destes o descendente que se demonstrar mais apto, mais próximos tendo preferência aos mais
remotos, e por fim, na falta destas pessoas cabe ao juiz escolher o curador – pessoas que tem
legitimidade ativa para propor a interdição não são as mesmas que podem ser nomeadas
curadores.

PROCEDIMENTO ESPECIAL AÇÃO DE INTERDIÇÃO (Art. 747 e ss)

Na inicial em que se pede a interdição – retirada da capacidade civil de alguém - é necessário


já trazer prova da circunstância que retirou essa capacidade, essa prova não é única, juiz
citará o interditando para comparecer a uma audiência – Juiz entrevista o interditando – caso
o interditando não possa ir à audiência é o juiz que se deslocará – após a entrevista haverá
prazo de contestação. – Se não há condição de se locomover (em hospital, de cama) nem
mesmo será capaz de ser citado, quanto mais contestar – Nesse caso o juiz determinará um
CURADOR ESPECIAL qual a função de representa-lo temporariamente no processo de
interdição.

Passada essa fase de contestação o juiz determinará a produção de prova pericial no


interditando – é justamente a perícia que delimita quais são os atos que estes indivíduos não
podem praticar – uma vez feita a perícia o juiz sentencia, com base nesta perícia, os atos que
o indivíduo poderá praticar por si próprio, além de nomear o curador (1775).

OBS: O curador deve prestar contas de 2 em 2 anos em relação a administração do


patrimônio do curatelado.

Curatela Vs. Tutela: Tutela é só para menores de idade, tutor só terá função quando o
indivíduo não tiver mais os pais.

TUTELA (1728)

Os filhos menores são postos em tutela, com falecimento ou ausência dos pais, ou se
decaírem do poder familiar.

Tutela Vs. Guarda: Guarda é direito de convivência!!! De ter o menos em sua companhia.

Tutela é mais ampla, de certa forma ela absorve a guarda, tutela envolve a representação legal
dos menores, algo que a guarda não faz.

Tutores também precisam prestar contas do exercício da tutela de 2 em 2 anos. (Já que
também exercem a representação legal).

Tutela se da de 3 formas – PODE CAIR.

Art. 1729 – Traz a primeira forma de tutela, a testamentária. – Direito de nomear tutor
pertence aos pais em conjunto, nomeação deve ser feita através de testamento ou qualquer
outro documento autêntico. É apenas na falta dos dois genitores!

Art. 1731 – Tutela legítima - Caso os genitores não nomeiem – incumbe a tutela aos parentes
consanguíneos – primeiro os ascendentes com preferência de grau mais próximo – aos
colaterais até o terceiro grau (Tio) com preferência dos mais próximos – Se no mesmo grau
tem preferência os mais velhos. Em qualquer caso o Juiz escolherá o mais apto.

Caso não haja tutor testamentário nomeado nem nenhum parente. – Cabe ao Juiz nomear
tutor idôneo. – Tutela Dativa.

PODE CAIR – Pai faleceu, Mãe doente quer nomear o irmão – fazer através de testamento ou
documento autêntico.
Embora o direito de nomear tutela seja dos pais – deverá ter uma ação de tutela para o juiz
formalizar a nomeação do tutor – prestar compromisso e fixar as diretrizes da tutela.

Na incapacidade relativa o indivíduo não pode praticar certos atos – se praticá-los –


ANULAÇÃO – art. 171, I, CC) – Além dos casos da lei e anulável o NJ por incapacidade
relativa, MAS quando for necessário um ato da vida civil pelo Rrelativamente incapaz –
DEVERÁ HAVER O suprimento que se dá pela ASSISTENCIA – feita pelo representante
legal, pais ou tutores para os maiores de 16 e menores de 18 (lembrar sempre da possibilidade
de emancipação) e curadores nas demais circunstâncias.

Artigo 5º - CESSAÇÃO DA INCAPACIDADE – a maioridade faz com que o indivíduo


tenha capacidade civil plena.

hipóteses de emancipação – concessão pelos pais, ou por um dos pais na falta do outro –
mediante instrumento público sem necessidade de homologação judicial – ou por sentença do
juiz, ouvido o tutor, aos 16 anos completos.

Pelo casamento.

Exercício de emprego Público efetivo.

Colação de grau em curso de ensino superior.

Estabelecimento civil ou comercial, ou pela existência de relação, desde que em função deles
o menor com 16 anos completos tenha economia própria.

Emancipação pode se dar de forma voluntária, primeira parte do inciso 1 – concessão feita
por ambos os pais, por meio de escritura pública, ambos precisam se manifestar, não pode ser
vontade de um só genitor – isso se ambos forem vivos – se apenas um é vivo basta a
manifestação de vontade apenas de um.

Como a prática do ato de emancipar vem do poder familiar, as disposições que tratam do
poder familiar, P.U, art. 1631, divergindo os pais quanto ao exercício do poder familiar – é
assegurado a qualquer deles recorrer ao Juiz para solução do desacordo – emancipação
judicial!!! – Art. 5º, P.U, I - também pode ser buscada pelo tutor quando o tutelado tiver mais
de 16 anos.

Emancipação, seja por escritura pública ou por sentença judicial, precisam ser levadas ao
cartório de registro civil das pessoas naturais – art. 9, CC – JÁ CAIU.

Emancipação legal, independe das vontades dos genitores, do indivíduo ou do Juiz –


acontecem simplesmente pelo implemento das circunstâncias previstas nos incisos 2, 3 ,4 e 5.
Casamento pra baixo.

Casamento, um deles tem 16, casou com autorização dos pais, autorização também vem do
poder familiar, casamento é válido, pessoa de 16 adquire a capacidade plena – com 17
divorciou, o menor tem capacidade? Ou retroage ao estado anterior? - DIVÓRCIO NÃO
RETIRA A CAPACIDADE CIVIL PLENA!!!
Art. 6, 7 e 8 – Perda da capacidade civil pela morte – pontapé inicial do direito sucessório –
A Morte coloca fim a personalidade jurídica:

Pode ser Real – tenho o Corpo, ou presumida – pode ser com ou sem decretação de ausência:

Com decretação – indivíduo some do seu domicílio sem deixar notícias, art. 22 e ss.
Procedimento Especial – quando a lei autoriza a decretação da ausência, Juiz nomeia curador
para arrecadar seus bens, durante esse processo serão publicados editais, vencido o edital –
família pode pedir abertura da sucessão provisória – essa sucessão autoriza os herdeiros a
entrar na posse e administrar os bens deixados – passados 10 anos da abertura da sucessão é
possível pedir a sucessão definitiva – passa a considerar o ausente como morto.

Sem decretação de ausência (art. 7) – 2 hipóteses – extremamente provável a morte –


iminente risco de vida – Ex. Brumadinho, Voo da TAM. Ou quando desaparece em guerra ou
foi feito prisioneiro e não reaparece dois anos após o conflito.

Art. 8º - Comoriencia – 2 pessoas morrem ao mesmo tempo, sem ser possível determinar
quem precedeu quem, presume que a morte foi simultânea.

Art. 9 e 10 – situações que devem ser levadas a registro ou averbadas no registro civil de
pessoas naturais (LER ARTIGO).

DIREITOS DA PERSONALIDADE (ART. 11 AO 21)

Direitos que não tem uma conotação patrimonial, mas existe a titularidade tanto por parte da
pessoa natural quanto pela jurídica no que for cabível. São direitos inerentes à pessoa
humana, são vinculados com a noção de dignidade da pessoa humana – Muitos destes direitos
também são direitos fundamentais, e certas disposições serão aplicadas aqui – Ex. colisão de
direitos de personalidade, ponderação de bens, princípio da proporcionalidade.

Dentro do CC, temos alguns direitos de personalidade dispostos:

Direito a intimidade, vida privada, honra, imagem, nome, integridade física, mas não são só
estes os considerados direitos da personalidade, o rol do CC é exemplificativo.

Art. 11 – Salvo exceção legal os direitos da personalidade são intransmissíveis e


irrenunciáveis, não podendo o seu exercício sofrer limitação voluntária. – São
PERSONALÍSSIMOS.

Limitação voluntária – é vedada uma limitação tal que seja permanente, geral, e aniquile o
direito – exceto a limitação estabelecida pela lei, ou por fator externo como na colisão de
direitos da personalidade.

Art. 12 – Forma de proteção aos direitos de personalidade, preventiva ou repressiva – Evitar


o dano ou gerar o dever de reparar, afronta ao direito de personalidade é um ilícito civil (927,
CC) – Responsabilidade Civil.
Arts. 13, 14 e 15 – Proteção à integridade física – direito ao próprio corpo – somente por
exigência médica que permite qualquer ato de disposição sobre o corpo que imponha
diminuição permanente (Desculpa da disforia aguda de gênero para possibilitar a cirurgia de
adequação sexual).

Caso dos transgêneros – Podem realizar a cirurgia de adequação sexual por exigência médica.

Transplante – Lei Especial – Lei da Biossegurança.

Disposição gratuita do Corpo após a morte – Válido com o objetivo científico ou altruístico.
SOMENTE depois do óbito, não encorajar a pessoa a morrer pra deixar dinheiro.

Art. 15 - Ninguém pode ser constrangido a submeter-se, com risco de vida, a tratamento
médico ou intervenção cirúrgica – Embora não haja regulamentação jurídica no Brasil, o
indivíduo absolutamente capaz pode utilizar o chamado testamento vital ou diretiva
antecipada de vontade, para dispor através destes instrumentos, sejam públicos ou
particulares, se gostaria ou não de ser submetido a tratamento médico ou cirúrgico que
importe em risco de vida. Não é a mesma coisa que testamento sucessório – que só é válido
após a morte. Testamento vital é intrínseco ao caso em que o indivíduo não possa decidir por
si mesmo se será submetido ao tratamento ou não.

Art. 16, 17, 18 e 19 – DIREITO AO NOME

Todos tem direito tanto ao prenome (primeiro nome), quanto ao sobrenome, apelidos de
família, nome da pessoa não pode ser empregado em publicações ou qualquer tipo de
circunstância que exponha ao desprezo público, independentemente de ter intenção de
difamar, também ninguém pode usar o nome alheio em propaganda comercial – Súmula 403
e 221 do STJ – Dispõe sobre essas publicações, muitas vezes não é expressamente veiculado
o nome, mas por certas características é possível individualizar a pessoa. Toda vez que o
nome é utilizado por uma publicação, a responsabilidade em relação ao dano causado (já
houve a publicação, proteção repressiva), é tanto do autor da publicação, como também do
proprietário do veículo de publicação. Além disso a indenização independe da prova do
prejuízo, para a publicação não autorizada da imagem da pessoa, com fins econômicos ou
comerciais, mesmo que não tenha nome, se a utilização de sua imagem for suficiente para
identificá-lo (Súm. 403).

Além do nome e do sobrenome, existe proteção também para o pseudônimo usado para fins
lícitos, pseudônimo – expressão usada pelo indivíduo para fins artísticos – Ex. Agenor de
Miranda Araújo Neto – Cazuza.

Arts. 20 e 21 – PROTEÇÃO DA PALAVRA IMAGEM, VOZ, VIDA PRIVADA E


INTIMIDADE
Art. 20 – Salvo autorização – ADIN 4815 STF – Remissão no CC – STF interpreto conforme
a constituição em razão da biografia não autorizada – STF decidiu que a proibição da
publicação – seja de livro ou filme sobre pessoa pública – seria uma CENSURA vedada! –
publicação independente de autorização, resguardada a reparação – Súmula 403, independe
da prova do prejuízo!

Art. 22 a 39 AUSÊNCIA – Aula de sucessões

PESSOAS JURÍDICAS – Tanto de direito Público quanto Privado:

Pessoas Jurídicas de Direito Público 0 subdividem em Direito Público interno e externo.

Art. 41 – interno – União, Estados, DF, Territórios, Municípios, Autarquias, Associações


Públicas e demais entidades de caráter público criada por Lei.

Art. 42 – externo – Estados estrangeiros e todas as pessoas que forem regidas/disciplinadas


pelo Direito Internacional Público.

O que interessa em Civil é a responsabilidade da PJ de direito público, em razão de atos de


seus agentes – art. 43 = PJ de Dir. Púb. Interno são civilmente responsáveis pelos atos de seus
agentes que nessa qualidade causem danos a terceiros, ressalvado o direito regressivo contra
os causadores do dano se tiverem culpa ou dolo.

Art. 44 – PJ de Dir. Privado

Associações, Sociedades, Fundações, Organizações Religiosas, Partidos Políticos e as


Empresas Individuais de Responsabilidade Limitada (EIRELI).

Em Civil – Estudaremos as Associações e Fundações – Associações não tem finalidade


econômica – Ex. Clubes esportivos (pode existir no modelo Sociedade), Associações de Pais,
de Bairro.

Fundações – dupla característica – 1- Destinação Patrimonial (a partir de escritura pública ou


testamento, o instituidor destina todo seu patrimônio, ou parte caso tenha herdeiros
necessários) para criação da fundação, 2- A finalidade, são específicas, dispostas no art. 62 –
Deve especificar a que fim se destina a fundação – Ex. Assistência social, educação, saúde
etc. – Rol do art. 62.
JÁ CAIU – Art. 63 – Se o patrimônio do instituidor não for suficiente, e não puder ser
complementado, a fundação será incorporada por outra de mesma finalidade, ou finalidade
semelhante.

Pessoa Jurídica também adquire personalidade jurídica, mas não no “nascimento”, a PJ é


criada a partir de seus atos constitutivos, estatuto social ou o contrato social da PJ.

Mas não é nesse ato constitutivo que a PJ adquire personalidade jurídica – Art. 45 – A
personalidade jurídica da PJ inicia quando seus atos constitutivos forem devidamente
registrados! – Registro dos atos constitutivos da PJ é feito no registro civil das pessoas
jurídicas, caso se trate de uma PJ que exerce função empresarial, deve ser feito registro
também na junta comercial. Partido político, além do cartório de registro civil de PJ, art. 17
da CRF, deve proceder ao seu registro também no TSE.

Art. 49 – A, A pessoa jurídica não se confunde com seus sócios, associados, instituidores ou
administradores, autonomia patrimonial das PJ é instrumento lícito de alocação e segregação
de riscos estabelecido pela Lei para estimular a economia e o desenvolvimento. – Assim, com
o registro dos atos constitutivos, passamos a diferenciar o patrimônio da PJ daquele dos
sócios. Assim como diferenciar as obrigações da PJ das obrigações pessoais dos sócios. –
Art. 50 – Desconsideração da Personalidade Jurídica – Se a PJ for utilizada de forma abusiva
(Desvio de finalidade ou Confusão Patrimonial) - § do 50 trazem as definições. – Feita
através do incidente de desconsideração da personalidade jurídica. – Pode se dar de duas
maneiras – A partir da obrigação da PJ atingir bens pessoais dos sócios OU Atingir os bens
da PJ a partir da obrigação pessoal dos sócios (Desconsideração inversa).

Desvio de Finalidade §1º: Utilização da PJ para lesar credores, ou para a prática de ato ilícito.

Confusão Patrimonial §2º: Ausência de separação de fato entre os patrimônios pessoais e da


PJ, caracterizada pelo cumprimento repetitivo pela sociedade de obrigações do sócio ou do
administrador, ou transferência de passivos e ativos sem a devida contraprestação, exceto de
valores proporcionalmente insignificantes, ou qualquer ato de descumprimento da autonomia
patrimonial.

DOMICÍLIO

Direito é feito de obrigações, o local de cumprimento das obrigações é o domicílio, lugar de


permanecimento pessoal com o intuito de remanescer lá/ânimo definitivo (Arts. 70 ao 78 do
CC).

Art. 71 – Domicílios em lugares diferentes, querendo permanecer em ambos (morar parte da


semana em SP) – qualquer dos dois é considerado domicílio para cumprimento de suas
obrigações.

Art. 72 – Domicílio profissional, sujeito tem domicílio residencial em um lugar, e exerce sua
atividade profissional em outro, para cumprimento das obrigações ligadas à profissão, será
considerado o domicílio profissional.
Art. 73 – Pessoas sem domicílio certo, pois não residem em nenhum lugar com ânimo de lá
permanecer, nesses casos, o lugar onde elas forem encontradas é que será considerado seu
domicílio para cumprimento de suas obrigações.

Art. 74 – Mudança de domicílio, intenção manifesta de mudar o lugar de permanecimento.

Art. 75 – Domicílio das PJ, PJ de Dir. Púb. – tem como sede a capital do Estado ou sede da
administração do Município. Dir. Privado – Lugar que conste como sede nos atos
constitutivos. Se possuir sedes em vários lugares, cada um será domicílio para o cumprimento
das obrigações assumidas naquele mesmo local.

Art. 76 – Domicílio necessário – O incapaz, será considerado seu o domicílio do


representante legal, Servidor Público – lugar em que estiver lotado/exercendo sua atividade
profissional, Militar – Lugar em que estiver servindo/ Marítimo onde o Navio estiver
matriculado/ Preso – onde ele cumprir a sua sentença.

Art. 77 – Domicílio do agente diplomático brasileiro, que citado no exterior, alega a


extraterritorialidade, precisa indicar onde tem DOM. no Brasil, caso não indique/não tenha,
será considerado DOM a capital (DF) ou ainda o último lugar no BR que ele teve domicílio.

Art. 78 – JÁ CAIU – Foro de eleição – quando as partes disporem documento escrito, podem
escolher o local de cumprimento daquelas obrigações.

BENS

Dentro dos Bens (art. 79 ao 103) – Podem ser públicos (PJ Púb.) e privados (PJ Priv. Ou
pessoas naturais).

Art. 79 – Bens considerados em si mesmos – Primeiro diferencia Bem de Coisa: Bem


Jurídico – toda utilidade que pode ser objeto de relação jurídica (seja material ou não, como
os direitos da personalidade, tutelados pelo CC) – Coisas são apenas os objetos materiais que
tem uma utilidade/materialidade física.

Bem considerado em si mesmo – Se subdividem em:

Móveis e Imóveis/ Fungíveis e Infungíveis/ Consumíveis e Inconsumíveis/ Divisíveis e


Indivisíveis/ Singulares e Coletivos.

Bem considerado em si mesmos – análise do bem com relação a ele próprio, sua existência
depende somente dele, e não da existência de outro.

Bens Reciprocamente considerados – Aqui a existência de um bem depende de outro – temos


um bem principal e um acessório (pressupõe a existência do principal).

BEM IMÓVEL
Bem Imóvel Por Natureza – o solo, tudo que se agregar ao solo passa também a ser
considerado bem imóvel – só que por acessão (pode ser natural -árvore/ ou artificial – homem
ergue prédio).

Art. 80 – Bens que a Lei considera imóveis – Direito Real sobre imóvel e as ações que o
asseguram – todas as garantias de hipoteca por exemplo.

II – O direito à sucessão aberta – no momento do óbito temos a abertura da sucessão e a


transferência dos bens aos herdeiros – sempre que dispor sobre bens imóveis é preciso
escritura pública, por isso é feita essa consideração (art. 108).

Art. 81 – Não perde a característica de imóvel a edificação pré-montada, separada do solo e


que pode ser movida, nem o material separado do edifício que nele será reempregado.

BENS MÓVEIS

Podem se movimentar sem perder sua característica/destinação, seja por si mesmos/ de forma
natural (semovente), como pela ação humana (cadeira, celular).

Art. 83, consideram-se bens móveis para os efeitos legais:

Energia com valor econômico, direitos reais sobre objetos móveis e ações correspondentes,
direitos pessoais de caráter patrimonial e ações correspondentes.

Art. 84 (deve ser interpretado com o II do 81) – JÁ CAIU – Vitrôs de SP retirados para passar
por uma reforma – ambos dispositivos falam sobre material de construção de prédio –
enquanto está na loja, esse material é considerado bem móvel – no momento que é utilizado
na construção se torna bem imóvel, até porque foi incorporado ao solo – Esse material de
construção, se for retirado para ser reintegrado ao prédio, interpreta com o 81, NÃO PERDE
O CARÁTER DE IMÓVEL. Se o material é retirado para não mais ser utilizado, volta o
CARÁTER DE BEM MÓVEL.

Transmissão da propriedade de bens imóveis precisa da escritura pública e registro!

Aquisição de bens imóveis se dá pela acessão, sucessão hereditária ou pela usucapião.

Já nos bens móveis se dá pela usucapião, pela ocupação, pelo achado de tesour, pela
especificação ou pela confusão.

BENS FUNGÍVEIS (ART. 85)

São aqueles bens móveis e substituíveis por outros de mesma espécie, qualidade ou
quantidade – Infungíveis não podem ser substituídos (ex. obrigação infungível, como
contratar o Niemeyer especificamente para planejar um prédio).
BENS CONSUMÍVEIS (Art. 86)

Seu uso importa na sua destruição, geralmente os gêneros alimentícios. Não poderá haver uso
reiterado – Roupas por exemplo não são bens consumíveis.

BENS DIVISÍVEIS E INDIVISÍVEIS (Art. 87 e 88)

Divisíveis podem ser fracionados sem alteração na sua substância – Posso dividir uma área de
300 hectares em duas de 150, embora haja uma perda de valor, não é significativa, em geral o
preço por hectare será o mesmo.

Existem bens naturalmente divisíveis (300 hectares de terra), mas que podem tornar-se
indivisíveis por convenção das partes ou determinação legal. Partes podem convencionar no
contrato de aquisição que o imóvel fica indivisível por um certo tempo. Ou por determinação
legal (ex. 1791) – sucessão aberta ocorre de forma unitária e indivisível.

BENS SINGULARES E COLETIVOS (ART. 89 A 91)

Bens singulares podem ser considerados/caracterizados por si próprios (cadeira, carro, livro)
bem é individualizado/caracterizado, Bem coletivo é uma coletividade de bens individuais, o
negócio celebrado não incide sobre a individualidade do bem, e sim sobre o conjunto todo,
uma coisa de é vender uma cadeira, outra um conjunto de cadeiras.

BENS RECÍPROCAMENTE CONSIDERADO (ART. 92 A 97)

Toda a lógica já discutida de bem acessório e bem principal.

Dentro dos bens acessórios temos diversas conceituações.

Art. 93 – Pertenças, coisas que não são partes integrantes do objeto, mas se destinam a seu
uso, serviço, ou ao aformoseamento do outro. Ex. Construção de um edifício, para fazer a
venda dos imóveis, criamos um dos apartamentos mobiliado, visitação, demonstração, a
mobília do aparamento será considerada uma pertença, pois o bem principal (apartamento)
não inclui aquela mobília. (Salvo disposição contratual em contrário).

Art. 95 – Trata dos frutos e produtos – Embora não sejam separados do bem principal podem
ser objeto de negócio jurídico na condição de bens acessórios.
Frutos – Acessórios que podem ser retirados periodicamente do bem principal, sem que o
bem principal perca suas características, ou diminua sua quantidade.

Produtos – também são produzidos periodicamente pelo objeto principal, mas quando
separamos o produto, temos diminuição no bem principal.

Benfeitorias – Terão grande participação no estudo de Direito das Coisas. Benfeitorias úteis,
necessárias e voluptuárias:

- Necessária – necessária pra conservação, manutenção do bem, evitar que ele se perca.

- Úteis – São as que aumentam ou facilitam o uso do bem. (Construir garagem na casa).

- Voluptuárias – De mero deleite, recreação (ex. Piscina e Jardim).

BENS PÚBLICOS

Aqueles que são de domínio Nacional, pertencentes às PJ’s de Dir. Púb. Interno, e todos os
outros são particulares independente de a quem pertence (PJ Priv. Ou pessoa Natural).

BENS Públicos – Ex. De uso comum do povo, Rios, mares, estradas, ruas e praças.

De uso especial – Edifícios ou terrenos destinados a serviço, ou estabelecimento, da Adm.


Federal, Est, Mun., Territorial, inclusive suas autarquias. Prédios que pertencem ao poder
público.

Bem Dominicais – Constituem patrimônio das pessoas jurídicas de Dir. Púb., com objeto de
Direito pessoal ou Real, de cada uma dessas entidades. Ex. Poder Público adquire imóvel em
leilão, cede o uso do imóvel em comodato para alguém utilizar, estabelecer um loteamento
urbano, para moradia de pessoas de baixa renda. Ou seja, fazem parte do patrimônio da PJ
Pub. Mas tem objeto de Direito pessoal.

Bens Públicos de uso comum do povo e especiais são INALIENÁVEIS, já os dominicais


podem ser alienados conforme exigência da lei.

Bens Públicos de qualquer ordem NÃO estão sujeitos à USUCAPIÃO.

Uso comum dos bens públicos pode ser gratuito ou retribuído. Ex. Pagamento de pedágios,
para transitar em estradas, que são de uso comum).

BENS DE FAMÍLIA

No CC está disposto no art. 1711 – Podem os cônjuges ou unidade familiar mediante


escritura pública ou testamento destinar parte do seu patrimônio para instituir bem de família.
Lei especial – Lei 8.009/90 – Trata da IMPENHORABILIDADE do bem de família. Imóvel
residencial da entidade familiar ou do casal é impenhorável, não responde por qualquer tipo
de dívida. Salvo nas hipóteses dessa Lei.

Objetivo dessa proteção – proteger o direito fundamental à moradia, colocando o bem de


família à salvo da penhora. Ainda depende do tipo de bem de família, pois pode se classificar
em Bem de família voluntário e bem de família legal.

CC dispões sobre o voluntário (1715 e ss), já o legal está estabelecido na Lei especial.

Voluntário ou instituído – Determina o CC que aquela família que tem mais patrimônio, mais
bens, pode escolher o bem sobre o qual quer estabelecer a impenhorabilidade, por meio de
escritura pública ou testamento, para proteger seu direito fundamental.

Requisitos – Se estabeleça a instituição através de escritura pública ou testamento, como é


uma escolha o imóvel, deve haver o registro (cartório de registro de imóveis), para dar
publicidade de qual imóvel é protegido, só pode incidir sobre bem que represente até 1/3 do
patrimônio líquido – Pode ter 30 imóveis, mesmo assim o imóvel escolhido não pode
ultrapassar esse 1/3 do patrimônio líquido (patrimônio total abatidas as dívidas).

Uma vez que através da escritura pública ou testamento faz incidir a clausula de bem de
família, o bem fica a salvo da penhora com relação à dívidas POSTERIORES à instituição.

NÃO CABE alegação de impenhorabilidade com relação a débito de imposto e de


condomínio (débito proveniente do próprio imóvel ex. IPTU). Dívida de condomínio é
PROPTER REM, segue a coisa, a própria coisa garante.

Essa instituição pode ser em relação a prédio urbano e bem imóvel rural, mas só sobre prédio
RESIDENCIAL.

Instituição dura enquanto a entidade familiar durar, assim perdura mesmo que o casal venha a
falecer, enquanto os filhos forem MENORES DE IDADE.

BEM DE FAMÍLIA LEGAL (Lei 8009/90)

Regra geral – impenhorável o único imóvel residencial das partes. Para ser considerado
impenhorável conforme esta lei é preciso ter um único imóvel de natureza residencial. Ex.
Um imóvel residencial e um comercial – comercial é penhorável.

Exceções (art. 3):

- Impenhorabilidade é oponível em qualquer processo de execução – Civil, fiscal,


previdenciário, trabalhista, etc;; - SALVO SE –

II - pelo titular do crédito decorrente do financiamento destinado à construção ou à aquisição


do imóvel, no limite dos créditos e acréscimos constituídos em função do respectivo contrato;
(questão de que se o imóvel foi adquirido através de financiamento, o próprio imóvel
responde pelo financiamento).
III – pelo credor da pensão alimentícia, resguardados os direitos, sobre o bem, do seu
coproprietário que, com o devedor, integre união estável ou conjugal, observadas as hipóteses
em que ambos responderão pela dívida; - JÁ CAIU – (Impenhorabilidade em relação ao
débito de alimentos - É possível!!! – Observar o art. 843 do CPC – Devedor recasou,
compraram um imóvel (único que eles possuem). É possível a alienação, aplica o 843, do
produto da alienação deve reservar a quota parte do cônjuge do devedor de alimentos.

IV - para cobrança de impostos, predial ou territorial, taxas e contribuições devidas em


função do imóvel familiar; (Mesma regra da situação do bem de família voluntário).

V - para execução de hipoteca sobre o imóvel oferecido como garantia real pelo casal ou pela
entidade familiar; (Mesma regra da situação do bem de família voluntário).

VI - por ter sido adquirido com produto de crime ou para execução de sentença penal
condenatória a ressarcimento, indenização ou perdimento de bens.

VII - por obrigação decorrente de fiança concedida em contrato de locação. – Polêmico, STF
decidiu em 2018 - dividir fiança em locação comercial e em locação residencial – Se a
locação é bem comercial fica a salvo da penhora. Já o único imóvel do fiador de locação
residencial, será penhorável!

STJ – tenho um único imóvel de natureza comercial, locado por terceiros, utilizo o dinheiro
da locação para alugar um imóvel menor para morar e me sustentar, pois estou com
dificuldade financeira – Nesse caso a Súmula 486 do STJ diz ser impenhorável.

Proteção a impenhorabilidade recai tanto sobre o imóvel das pessoas casadas, quanto solteiras
e viúvas. Se o imóvel possuí box de garagem com matrícula própria no registro de imóveis,
esse box de garagem é penhorável.

FATOS JURÍDICOS

Fato é todo acontecimento, só vai ser fato jurídico aquele acontecimento que importa algum
efeito jurídico que importa para o direito, efeito, aquisitivo, modificativo, conservativo ou
extintivo de direitos. Ex. Transcurso do tempo é fato jurídico quando importar na aquisição
de direitos (usucapião, ou perda de direito (prescrição e decadência). Se subdivide:

FJ em sentido amplo – acontecimento natural que gera efeito jurídico. Pode ser ordinário ou
extraordinário.

Ato fato jurídico – categoria intermediária, comportamento humano com manifestação de


vontade desconsiderada para o resultado – Ex. União estável, independe da vontade do casal,
estará caracterizada se houver os requisitos legais.
Ato jurídico em sentido amplo – ação humana – pode ser ato jurídico em sentido estrito
(relação não negocial e conduta lícita, embora haja manifestação de vontade, os efeitos não
são escolhidos, estão na Lei, Ex. reconhecimento de paternidade) e pode ser Negócio Jurídico
(a manifestação de vontade escolhe os efeitos) e por fim, pode ser conduta ilícita.

FATOS JURÍDICOS

Escada Pontiana, graus de Existência, Validade e Eficácia do NJ – Para que exista, acumula
os elementos: partes, manifestação de vontade, objeto (sobre o qual a manifestação de
vontade incide) e forma. Para ser válido, os requisitos precisam estar qualificados – Partes
devem ser capazes e qualificadas (evitar nulidade quando é incapaz, e anulabilidade quando é
relativamente incapaz), Manifestação de vontade deve ser livre e não viciada, objeto deve ser
lícito, possível, determinado ou determinável, forma deve ser prescrita na lei ou não proibida
por lei – Silêncio em termos de NJ, só importa quando os usos, circunstância ou a Lei
autorizarem, silêncio via de regra não importa em manifestação de vontade.

Eficácia – NJ tem condição de produzir efeitos imediatos (ex. entregar a chave ao locatário)
Efeitos também podem estar subordinados aos elementos acidentais (condição, termo e
encargo).

Condição: Dou imóvel para A se ele colar grau em Direito. (evento futuro e incerto)

- Condição pode ser suspensiva – (Somente de e quando – suspende a produção de efeito, só


tem efeito quando a condição se implementar.

- Condição Resolutiva – A receberá mesada enquanto lavar a louça todos os dias, enquanto
estiver lavando o NJ produz efeitos, quando parar para de receber – condição resolutiva
coloca fim aos efeitos.

Termo: Futuro e Certo – geralmente tem relação com datas e prazos (ex. Determinar que o NJ
passa a produzir efeito em dia tal, e dura 3 anos.) – Termo inicial – começa a produzir
efeitos// Termo final – para de produzir efeitos.

Encargo: Ônus que vem atrelado a um bônus – Ex. Dou o imóvel a A, se A cuidar de mim até
eu morrer. – Inexecução do Encargo NÃO GERA invalidade do negócio, já passamos da
validade, estamos na fase de geração de efeitos, o que permite é a revogação do negócio.

DEFEITOS DOS NJ

São defeitos que incidem sobre o plano da validade –>

Erro – Indivíduo celebrando o negócio se engana sozinho! Para anular o erro deve ser
perceptível para a pessoa com quem se celebra o negócio.
Dolo – Pessoa é enganada, outra pessoa com quem celebra o negócio ou terceiro com
anuência, induzem em erro, utilizam um artifício malicioso. Pode ser por Ação, ou Omissão.

Coação – Ameaça ou pressão sobre a pessoa, incuti medo/temor de dano iminente ou


considerável para si próprio, sua família, ou seu patrimônio.

Lesão – Preciso de alguma coisa, necessidade (dívidas, etc...) em razão dessa necessidade, ou
valendo-se da inexperiência, a outra parte faz assumir uma obrigação/prestação
desproporcional (Ex. vender casa por valor baixíssimo para pagar dívida).

Estado de Perigo – Indivíduo precisa salvar a si próprio ou alguém da família de dano grave e
iminente conhecido pela outra parte (elemento subjetivo), assim assume obrigação
excessivamente onerosa (elemento objetivo). Estado de perigo geralmente se relaciona a
questão de saúde – no hospital em estado grave, equipe só me deixa entrar se eu adiantar R$
50.000).

Estes 5 geram ação de anulação. Vícios de consentimento.

Simulação (art. 167) – Gera nulidade. – Declaro algo diferente do que realmente quero. Ex. C
não pode ter bens em seu nome, C coloca imóvel no nome da mãe. Na realidade conferiu
direito a pessoa diversa da qual realmente se confere (inciso I). Ex.2. Cláusula não verdadeira
pode ser atribuir a uma escritura de compra e venda valor diverso do realmente pago. Ex.3.
Se os instrumentos particulares forem antedatados ou pós-datados.

Fraude contra Credores – Anulação através da AÇÃO PAULIANA. JÁ CAIU. – Ocorre


quando alguém e devedor e pratica ato de disposição gratuita ou onerosa sobre seu
patrimônio, prejudicando seus credores. – Pode se dar nas formas dos arts. 158 e 159 do CC:

Art. 158 – Devedor pratica ato de disposição gratuita, ou remissão de dívida, quando já é
insolvente, ou em razão destes atos se torna insolvente.

Art. 159 – Devedor insolvente, essa insolvência é notória ou conhecida da outra parte, e
devedor pratica atos de disposição onerosa sobre seu patrimônio.

DIFERENÇA ENTRE AS INVÁLIDADES ABSOLUTAS E RELATIVAS:

Invalidade Absoluta (Nulidade) – Podem ser as hipóteses do art. 166 (absolutamente incapaz,
NJ com objeto ilícito impossível ou indeterminado, não revestir a forma prescrita em lei,
objetivo de fraudar a lei, etc...) ou do art. 167 (simulação). – Não importa quanto tempo tenha
passado, será nulo o negócio, não tem prazo para ser pleiteada a invalidação absoluta.
Negócio não pode ser confirmado pelas partes.

Invalidade Relativa (Anulabilidade) – Acontece nas hipóteses do art. 171 (relativamente


incapazes, vícios de consentimento e fraude contra credores, entre outras hipóteses da
legislação). – Anulável tem prazo decadencial – 2 dispositivos (art. 178 – 4 anos -
relativamente incapazes e defeitos do NJ) e art. 179 – quando for anulável mas não tiver
previsão de prazo, aplica o 179 – 2 anos. NJ anulável pode ser confirmado pelas partes,
transformado em válido.

PRESCRIÇÃO E DECADÊNCIA

Prescrição Vs. Decadência – Tempo produzindo efeitos jurídicos, na prescrição existe um


direito (ex. alimentos) – Direito é violado, assim nasce uma pretensão (cobrança de
alimentos) – É preciso exercer a pretensão dentro do prazo prescricional (prazos – Art. 205 –
10 anos e art. 206 – 1, 2, 3, 4 e 5 anos) – Existem causas que impedem o início da contagem
do prazo prescricional (Art. 197, 198 e 199) – Entre os cônjuges durante a sociedade conjugal
(só começa quando dissolve), entre ascendentes e descendentes durante o poder familiar,
durante a tutela ou curatela entre tutelados e tutores, curadores e curatelados. – Contra
incapazes menores de 16, contra ausentes do país em serviço público, os que servem ás forças
armadas durante guerra.

E também:

Art. 199. Não corre igualmente a prescrição:

I - pendendo condição suspensiva;

II - não estando vencido o prazo;

III - pendendo ação de evicção.

O prazo não muda, apenas não se inicia.

Existem circunstâncias que determinam a interrupção do prazo prescricional, essa interrupção


pode ocorrer uma única vez, e faz com que o prazo volte a contar do 0.

Art. 202 - A interrupção da prescrição, que somente poderá ocorrer uma vez, dar-se-á:

I - por despacho do juiz, mesmo incompetente, que ordenar a citação, se o interessado a


promover no prazo e na forma da lei processual;

II - por protesto, nas condições do inciso antecedente;

III - por protesto cambial;

IV - pela apresentação do título de crédito em juízo de inventário ou em concurso de


credores;

V - por qualquer ato judicial que constitua em mora o devedor;

VI - por qualquer ato inequívoco, ainda que extrajudicial, que importe reconhecimento do
direito pelo devedor. – JÁ CAIU. – Pode ser uma mensagem de WPP, e-mail, qualquer ato
extrajudicial do devedor que reconheça o direito do credor.
Parágrafo único. A prescrição interrompida recomeça a correr da data do ato que a
interrompeu, ou do último ato do processo para a interromper.

DECADÊNCIA

Também é transcurso de prazo, mas existe prática de ato ou NJ, por si mesmo ou por
terceiros, que gera para mim um Direito - Este direito (Pedir anulação de um NJ, exercer um
direito de preferência) deve ser exercido dentro do prazo previsto pela Lei, a mesma Lei que
define o direito que nasce a partir da pratica do ato ou negócio vai prever também o prazo
para o exercer – Prazo Decadencial – contados em dias, meses e anos, a própria disposição
que prevê o direito prevê também o prazo. Se não prever – Regra do art. 179 – 2 anos.

DIREITO DE FAMÍLIA

Direito de família, dentro do ramo privado do Direito Civil vemos neste assunto uma
preocupação maior por parte do estado, direito de família é direito privado com viés
publicista.

Família: Definição difícil, principalmente na modernidade -> Núcleo de pessoa que possuem
interesses comuns, tem auxílio mútuo e prezam pelo interesse/desenvolvimento comum,
solidariedade e cooperação.

Temos até o surgimento da família subespécie – pagamento de alimentos pra pet e regras para
divórcio, defendido e tutelado por parte da jurisprudência.

Direito de família é personalíssimo – é do próprio titular e somente dele para exercê-lo.

Ex. J tem 7 anos de idade, mãe pleiteia alimentos em nome do filho – ilegitimidade da parte,
alimento é conteúdo de direito de família, Joãozinho deve exercer, representado pelo
advogado.

Por ser personalíssimo é -> Intransmissível, Intransferível, Irrevogável.

Titular pode não exercer o direito, j pode não pleitear, mas também não pode renunciar.

DF é imprescritível (pretensão de cobrança de alimentos vencidos e não pagos prescreve em


2 anos) -> Alimento é um dos direitos de família (assim como reconhecimento de
paternidade) – O direito em si é imprescritível Ex. J agora com 30 anos vêm necessitar de
alimentos, pode pleitear a fixação, mas uma vez que ocorre a fixação do direito, eventual
violação como o inadimplemento, aí sim incidirão regras de prescrição. Indivíduo pode
buscar o reconhecimento da paternidade á qualquer momento de sua vida.

CASAMENTO/ DIREITO MATRIMONIAL:


Relação que se estabelece entre duas pessoas, do mesmo sexo ou não, que manifestam a sua
vontade de se reconhecerem como casadas frente ao Juiz de paz, assumem essa vinculação
jurídica, aderem as regras estabelecidas em Lei.

Espécies de Casamento:

- Puramente Religioso: celebrado conforme normas da religião e não importa para o Direito.

- Puramente Civil: Disposto no CC com regras e requisitos, CC a partir do art. 1.511.

Lei estabelece três frases para o puramente civil:

Primeiro – Processo de Habilitação (art. 1.525 a 1.532, CC): Casal vai para o Registro Civil
das Pessoas Naturais e preenchem um Requerimento de Habilitação juntando uma série de
documentos pessoais – Certidões de Nascimento do casal, certidão de casamento com
averbação de óbito (viúvo) ou divórcio, apresentar autorização dos pais caso a parte seja
menos (entre os 16 e os 18), apresentar duas testemunhas que declarem que conhecem o casal
e que não há nada que os iniba de casar, declaração do estado civil e comprovação da
residência dos contraentes e de seus pais. Uma vez formalizado o requerimento junto ao
oficial do Registro Civil – abre um expediente para determinar a expedição de editais de
proclamas – edital fica publicado em cartório com a informação de que o casal pretende
contrair o matrimônio – publicado também em jornal local da residência (contraentes
morando em local distinto, será publicado em jornal que circula em locais distintos). Edital da
a publicidade da pretensão de casamento, para que qualquer pessoa que conheça
impedimento àquele casamento possa expor tal impedimento dentro do prazo de 15 dias de
validade do edital – se houver oposição o oficial do Reg. Civil cientifica o casal para que
possam apresentar defesa e provas – Juiz de direito ira decidir sobre a possibilidade ou não da
habilitação – passado prazo de 15 dias do edital sem nenhum impedimento – Oficial do R.
Civil irá consultar o MP para investigar a regularidade de todo este processo (emitirá
parecer), só então (parecer do MP favorável) o oficial emite certidão/certificado de
habilitação (tem validade de 90 dias).

Segundo – Celebração (1.533 ao 1.542): Dentro do prazo de 90 dias do certificado de


habilitação é preciso celebrar o casamento. Celebração ocorre no dia na hora e no local que o
casal escolher, frente a um Juiz de paz – Casal pode escolher um local, até mesmo fora de um
cartório! – Tal escolha deve ser formalizada frente o Registro Civil, algumas formalidades
extras – No cartório, local público, são preciso duas testemunhas, se for em local articular –
Lugar precisa estar de portas abertas, número de testemunhas aumenta para quatro. Juiz de
paz questiona se o casal aceita o matrimônio – no momento que há declaração de vontade das
partes e o Juiz os declara casados – passa a produzir efeitos o casamento. – SEMPRE se dá a
partir da CELEBRAÇÃO.

Terceiro – Registro (1.536, CC): Casamento já produz efeitos, falta dar ainda mais
publicidade, lavrar em livro de registros, ato contínuo à celebração.

Casamento Religioso com Efeitos Civis (1.515 a 1.516): Mescla os outros dois tipos – pode
ocorrer por habilitação prévia, ou habilitação posterior, quando o casamento religioso atende
aos requisitos e normas do CC, produzirá efeitos se a requerimento da parte for registrado. É
preciso ter habilitação, celebração e registro – Celebração aqui não será feita pelo Juiz de paz,
e sim uma celebração religiosa – Qualquer ministro de confissão religiosa – Depois da
celebração, dentro do prazo de 90 dias – registro do casamento – diferente apenas em respeito
à celebração que é religiosa. (Habilitação Prévia)

Habilitação Posterior: Casal se casou em cerimônia religiosa e agora quer que gere feitos
civis, Celebração já foi feita religiosamente, se submetem à habilitação e dentro do prazo de
90º dias, requerem o registro.

Outras situações – Casamento por procuração – um dos nubentes não pode estar presente –
procuração pública com poderes especiais e validade de 90 dias – envia alguém para
representá-lo na celebração – pode ser revogado como todo instrumento de mandato –
revogação não precisa chegar a conhecimento do mandatário (mesmo sendo pública a
revogação) neste caso se o casamento ainda assim for celebrado, teremos hipótese de
casamento anulável! Prazo para buscar a invalidação deste casamento é de 180 dias contados
de sua celebração.

Casamento nuncupativo (1.540, 1.541): Uma das partes está em iminente risco de vida, mas
mantém suas faculdades mentais, capacidade – nesse caso podem ser deixadas de lado todas
as solenidades, desde que estejam presentes 6 testemunhas – num prazo de 10 dias da
celebração as testemunhas devem comparecer em juízo e confirmar ao Juiz a situação, Juiz
então determina o registro.

Casamento Putativo (1.561): Reputa-se verdadeiro/valido, mas na verdade não o é, é nulo ou


anulável, contudo, contraído de boa-fé por um ou ambos cônjuges – efeitos do casamento
serão aproveitados por cônjuges de boa-fé! Produzem efeitos até a sentença anulatória, os
cônjuges de boa-fé e os filhos aproveitam. Este casamento cumpre os requisitos de existência,
embora não fosse válido por falta de qualquer requisito. Entre a celebração e a anulação os
efeitos, inclusive do regime de bens são produzidos! Dívidas contraídas serão comuns em
comunhão parcial ou universal, por exemplo.

Art. 1.563 – Sentença de nulidade ou anulação do casamento, uma vez transitada em julgado
irá retroagir à data da celebração, o casal volta ao estado anterior à celebração, voltam a ser
solteiros, viúvos ou divorciados, como se o casamento nunca tivesse existido, como se, pois,
existiu e produziu efeitos durante um período.

Casamento consular: Casamento de brasileiro, celebrado no estrangeiro, pela autoridade


consular brasileira, obedecendo todos os requisitos.

Casamento de estrangeiros: Casamento de Brasileiro ou de Estrangeiro no exterior, e para que


tenha validade no Brasil é preciso a tradução da certidão de casamento para que seja
devidamente registrada no Brasil.

Casamento Homoafetivo: Viabilizada pela resolução nº 175 do CNJ.

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CASAMENTO CONTINUAÇÃO

CAPACIDADE - Art. 1517, Homens e Mulheres aos 16 anos de idade, entre os e os 18 e


necessária a autorização dos pais, decorre do poder familiar - poder dever dos pais com
relacao aos filhos ate os 18 anos - podendo emancipar os filhos maiores de 16 (decorre
tambem do poder familiar) - poder familiar e titularizado por ambos os pais, necessita da
autorizacao dos dois, podendo a autorizacao ser retirada ate o momento da celebracao.

Havendo conflito - um pai autoriza e outro nao, art. 1630 p.u, autoriza nos casos de conflito
no execicio do direito familiar, solicitacao dos pais ao juiz para que solucione o desacordo -
caberia ao juiz neste hipotese, no caso de litigio entre os pais, ou negativa dos pais, suprir a
autoizacao, suprir a autorizacao de um ou ambos - art 1641, III - Regime de bens obrigatorio
neste casamento com autorizacao suprida - SEPARACAO OBRIGATORIA DE BENS.

Com autorizacao de ambos os pais pode ser em qualquer regime, desde que haja pacto
antenupcial, por ser menor de 18 - relativamente incapaz - precisa de assistencia para realizar
o pacto.

OBS - Se individuo for emancipado, a capacidade civil plena e antecipada - nao necessita de
autorizacao dos pais - se nao for emancipado, apos a celebracao o casamento funciona
COMO EMANCIPACAO legal.

Art. 1520 - Impossibilidade do casamento do menor de 16 anos - artigo alterado em 2019.

IMPEDIMENTOS MATRIMONIAIS

Art. 1521 - Nao podem casar ascendentes com descendentes, seja parentesco natural ou civil -
Os afins em linha reta - adotante com quem foi cônjuge do adotado e o adotado quem o foi do
adotante - Os irmãos uni ou bilaterais - demais colaterais até o terceiro grau - adotado com o
filho do adotante - as pessoas casadas - conjuge sobrevivente ou condenado por tentativa de
homicidio contra seu parceiro.

Em resumo os impedimentos sao da ordem de - PARENTESCO - EXISTENCIA DE


VINCULO - PRATICA DE CRIME.
PARENTESCO (1591 e ss) - Pode ser natural ou civil, natural - consanguinidade! -
vinculação biológica, civil - outra origem -> adocao, afetividade, afinidade (liga cônjuge aos
parentes do outro, sogro, sogra).

No parentesco por afinidade fica estabelecida a mesma relacao que o conjuge consanguineo
tem com os parentes em linha reta. Mesma relacao (linha reta) com a sogra que a esposa tem
com a mae. So que um e natural e outro por afinidade - esse parentesco em linha reta NAO
dissolve junto do casamento, um vez sogra, sempre sogra, em linha reta apenas, dissolve a
relacao com os cunhados, pode ter a mesma sogra duas vezes! Casou com Joãozinho,
separou, casou com Carlinhos, irmão de Joãozinho - lícito - mesma sogra.

Parentesco na linha colateral - Parentesco em linha reta NAO tem limites, posso receber
heranca do meu quadralhavo que viveu 726 anos - Ja na linha lateral existem limites, limite
de segundo grau para fins de alimentos, terceiro grau para direito matrimonial, e quarto grau
para direito sucessório, lateral existe um tronco ancestral comum, primo por exemplo e
quarto grau.

PARENTESCO - IMPEDIMENTOS

Impede o matrimonio -

Ascendentes e descendentes, seja por relacao natural ou civil - filho e mae, avo e neto,
adotado ou consaguinio.

Afins em linha reta - Sogro, sogra, madrasta ou enteado.

Adotante com quem foi cônjuge do adotado - Filho adotado de Tadeu se casou com Marcia,
divorciaram, Tadeu nao pode casar com Marcia. Tornou-se sogro de Marcia,

Irmaos uni ou bilaterais e demais colaterais ate o terceiro grau - Irmao unilateral - apenas um
ascendente em comum, bilateral tem dois - Colaterais ate o terceiro grau, primo pode, tia nao
pode.

Adotado com filho do adotante - Sao irmãos!


LEI DIZ - NAO PODEM CASAR

Vedacao legal, se casarem, casamento sera nulo (1548) - UNICA hipotese de casamento
NULO - infringencia de impedimento. - Nulidade pode ser buscada a qulquer tempo - e ser
promnovida por qualquer interessado ou MP - impedimento matrimonial pode ser oposto ate
o momento da celebracao - para evitar a ocorrencia do casamento - um dos objetivos do
processo de habilitacao e junstamente impedir esses casamentos.

Se mesmo assim ocorrer um desses casamentos, nulo sera.

OBS. Causas suspensivas (1523) - NAO DEVEM CASAR - Argudos tantos pelos parentes
em linha reta consanguineos e afins, ou pelos colaterais até o segundo grau, quanto os
colaterias consanguineos e afins, nas causas suspensivas nao e vedacao e recomendacao de
que nao devam casar, para proteger os individuos nas situacoes previstas nos incisos -
consequencia - NAO E ANULABILIDADE - e VALIDO!! O que incide e a imposicao do
regime de separacao obrigatoria de bens (1641).

I - o viúvo ou a viúva que tiver filho do cônjuge falecido, enquanto não fizer inventário dos
bens do casal e der partilha aos herdeiros;

II - a viúva, ou a mulher cujo casamento se desfez por ser nulo ou ter sido anulado, até dez
meses depois do começo da viuvez, ou da dissolução da sociedade conjugal;

III - o divorciado, enquanto não houver sido homologada ou decidida a partilha dos bens do
casal;

IV - o tutor ou o curador e os seus descendentes, ascendentes, irmãos, cunhados ou


sobrinhos, com a pessoa tutelada ou curatelada, enquanto não cessar a tutela ou curatela, e
não estiverem saldadas as respectivas contas.

Parágrafo único. É permitido aos nubentes solicitar ao juiz que não lhes sejam aplicadas as
causas suspensivas previstas nos incisos I, III e IV deste artigo, provando-se a inexistência de
prejuízo, respectivamente, para o herdeiro, para o ex-cônjuge e para a pessoa tutelada ou
curatelada; no caso do inciso II, a nubente deverá provar nascimento de filho, ou inexistência
de gravidez, na fluência do prazo.

ANULABILIDADE DO CASAMENTO (hipoteses do 1550, prazos nos artigos 1560, 1553 e


1555)
Tem prazo para ser buscada, diferentemente das causas de nulidade imprescritiveis, passados
os prazos decai o direito de anular o casamento.

Anulavel o casamento de>>

Menor de 16 - prazo de 80 dias, conta para o menor a partir do momento q ele faz 16, nao
conta prazo prescricional ou decadencial contra absolutamente incapaz. Para os pais conta da
data da celebração. OBS - 1553 permite a CONFIRMACAO DO CASAMENTO PELO
INDIVIDUO AO COMPLETAR 16 ANOS.

Menor em idade nubil - sem autorizaçao dos pais - prazo de 18 dias 1555 - conta para o
menos nubil a partir da idade dos 18, e para os pais a partir da celebraçao.

Vicio de vontade (1555, 1556 e 1558) - Coaçao, prazo de 4 anos (1560).

Tambem pode ser vicio de vontado o erro essencial sobre a pessoa do outro (identidade honra
e boa fama erro seja tal que torna insuportavel a vida em comum após descoberto, tambem
por defeito irremediavel que nao caracterize deficiencia, ou molestia grave e tranmissivel por
contagio ou heranca - para essas hipoteses, prazo de 3 anos.

Incapaz de consentir e manifestar de modo inequivoco a sua vontade - alcoolatra e viciado


em toxicos - Prazo de anulacao de 180 dias (1560).

Casamento celebrado por procuraçao cujo mandato foi revogado. Prazo de 80 dias a contar da
celbracao do casamento (1560).

Celebrado por autoridade relativamente incompetente - Nao e o Juiz de paz, competente, que
celebra - prazo de anos a contar da celecracao (1560 e 1554).

OBS - 1554 - Nao se anulara o casamento celebrado por aquele que aparenta ter a
competencia para celebracao do casamento civil. - exerce publicamente as funcoes de juiz de
casamentos e registrou o ato no registro civil.

Casamento Putativo - aproveita quem estiver de boa fé os efeitos do casamento - na anulacao


ocorre a mesma coisa, aproveitam os efeitos quem de boa fe ate a anulacao.
UNIAO ESTAVEL (1723 a 1727)

Diferente do casamento - requisitos para celebracao e oficializacao - assinatura de registro e


toda formalidade - A uniao estavel se caracteriza independentemente da celebracao de algum
ato ou firmar algum documento - uniao estavel e uma uniao infornal formado informalmente
- a uniao estavel como sendo ato-fato juridico independe da manifestacao de vontade das
partes para que se caracterize (tambem diferentemente do casamento) Na uniao estavel
dispensa a manifestacao de vontade - o que e preciso para caracterizar e a configuracao dos
requisitos do art 1723 ->

E reconhecida como entidade familiar a uniao estavel entre o homem e a mulher, configurada
na convivencia publica, continua, duradoura, e estabelecidada com o objetivo de constituicao
de familia.

Se um dos conviventes ou ambos nao se entendem como estando numa união estável POUCO
IMPORTA - o que importa e apenas a presença dos requisitos.

Lei não estabelece prazo para que seja considerado estável, não pode ser altos e baixos, hora
juntos, hora nao - a durabilidade e o transcurso de um prazo de tempo razoaveis! 6 meses
segundo a professora e possivel.

Se moram separados ainda assim pode ser uniao estavel - morar junto nao e requisito nem
para casamento nem para uniao estavel. Súmula 382 do STF - Residencia conjunta nao e
requisito para caracterizar uniao estavel!!!

Diferença entre namoro e uniao estavel - Diferença bastante tenue, reside sobre o objetivo de
constituir familia, se o objetivo é presente, atual, e uniao estave. Se o objetivo e futuro,
incerto, ai e namoro.

Contrato de namoro para evitar a caracterizacao da uniao estavel - Impossivel - nao e preciso
documento escrito para formalizar a uniao estavel, nem e preciso a vontade do casal,
independentemente da vontade expressa no contrato, se configurados os requisitos a uniao
estavel pode ser reconhecido. O que pode estar disposto no contrato de namoro e o regime de
bens que incidira caso seja reconhecida a uniao estavel, via de regra sera a uniao parcial
(1725, uniao estável, salvo contrato, regime de comunhao parcial).
OBS - paragrafos 1 e 2 do 1723, se relacionam a impedimento matrimonial e causa
suspensiva na uniao estavel.

paragrafo 1 - Uniao estavel nao se constitui se ocorrerem os impedimentos do 1521 - Nao se


aplicando a incidencia do inciso VI - Se a pessoa casada está separada de fato ou
judicialmente.

Impedimentos sao decorrentes de parentesco, vinculo ou pratica de crime.

No impedimento de vinculo - se a pessoa estiver separada de fato ou judicialmente (nao esta


divorciada e nao pode casar de novo) - mas ha uma separaçao fatica, e ja pode configurar em
uma uniao estavel.

paragrafo 2 - Causas suspensivas do 1523 - NAO impedem a caracterizaçao da uniao


estavel!!!

OBS - No caso da uniao estavel que venha a ser caracterizada a Lei deve facilitar sua
conversao em casamento!

OBS 2 - 1727 - Uniao nao eventual entre as pessoas impedidas de casar sao
CONCUBINATO e nao uniao estável.

REGIME DE BENS

Estrutura -

Regimes de bens legais e convencionais - legais são 2 - dispositivo é obrigatório -

Dispositivo - comunhão parcial de bens (1640) - sempre que as partes não escolherem um dos
regimes convencionais, ou no caso do pacto antenupcial ser declarado nulo.
O Regime determina a comunicabilidade do patrimônio conseguido de forma onerosa pelo
casal, disposições sobre regime de bens se aplicam tanto ao casamento quanto à união
estável.

Aplica-se a comunhao parcial a uniao estavel sempre qu nao houver contrato escrito entre as
partes.

Obrigatório - Separação obrigatória de bens (1641) - acontece em 3 hipoteses -

Imposta legalmente sempre que houver casamento que inobserva causa suspensiva do art.
1523.

Casamento de pessoas maiores de 70 anos.

De todos aqueles que dependerem de autorização judicial para casar. Ex. suprimento judicial
de consentimento dos pais para casar, menores nubentes.

Incide sobre este regime a Súmula 377 do STF, separação legal - comunicam-se os bens
adquiridos de forma onerosa durante o casamento - Tribunais superiores interpretaram e a
Jurisprudência atual entende ser necessário fazer prova do esforço comum para adquirir esses
bens, para que estes bens possam se comunicar.

Os demais regimes são convencionais -

Comunhão universal de bens - tudo é comum, conseguido antes ou depois do casamento.

Separação convencional ou absoluta de bens - absolutamente nada é comum.

Participação final nos aquestos - terrorista - demanda realizaçao de pericia no casamento para
averiguar eventuais bens alienados durante arelaçao para somar ao final nos aquestos.
Para que se possa escolher um desses tres e necessario realizar pacto antenupcial - feita em
tabelionato de notas antes da habilitação para o casmento, antes do processo de habilitaççao,
é preciso ja indicar qual regime de bens que vaii vigorar no casamento, para ser valido a
escritura deve ser publica.

OBS - So produz efeito o pacto antenupcial se o casamento for celebrado (1653) - Nulo se
nao for em escritura publica e ineficaz se nao seguir o casamento. Eficacia dividad entre as
partes e perante terceiros - Pacto feito de qualquer forma existe, para ser valido deve ser
escritura publica, já a eficácia -

Para produzir efeitos entre as partes e preciso a celebração do casamento.]

Para produzir efeitos perante terceiros o pacto antenupcial deve ser registrado no cartório de
registro de imóveis do domicílio dos cônjuges (1657).

Quando se fala em regime de bens (1639 e ss) - uma vez celebrado o casamento, adotado
regime legal ou convencional, é possível mudar o regime - mas apenas judicialmente - ação
judicial movida por ambos os cônjuges - onde seja apurada a procedencia das razoes
invocadas - motivação relevante - e a ressalva dos direitos de terceiros - §2ª art. 1639, e
também no art. 734 CPC - ASSUNTO CAI - Não existe mutabilidade sem ação judicial, não
existe mutabilidade por escritura pública !!! - No caso dos regimes legais, o regime
dispositivo é possível mudar - opinião professora - A questão é o regime de separação
obrigatória - imposto legalmente - No regime dispositivo o Estado escolhe o regime para
aqueles que não escolheram - Analisando as três hipóteses de regime de bens obrigatório -
nos casos do 523 - uma vez que superada a causa suspensiva - nessas circunstâncias pode
haver a mutabilidade!!!

Quando o regime obrigatório é proveniente da necessidade de autorização judicial para casar


- Se o casal superou a idade de 18 anos, nesse caso podem mudar o regime de bens - já para o
maior de 70 anos - não há como alterar.

OBS - (1647) - Outorga conjugal - Ressalvado o disposto no 1648 (autorização judicial)


nenhum dos cônjuges pode, sem autorização do outro, exceto no regime de separação
absoluta.

Alienar ou gravar de onus real bens imoveis.

Pleitear, como autor ou réu, acerca destes direitos.


Prestar fiança ou aval.

Fazer doação que não seja remuneratória de bens comuns ou que possam integrar futura
meação.

REGRA E EXCEÇÃO -

Regra - Necessária a outorga - Até para regime de comunhão parcial se os bens forem
particulares. Ex. gravar de ônus real imóvel recebido em herança antes do casamento -
PRECISA DE ANUÊNCIA DO CONJUGE!!! – JÁ CAIU!

Exceção - Regime de separação absoluta - consensual! - NÃO É A SEPARAÇÃO


OBRIGATÓRIA.

Alienação de bem, se, anuência – gera anulação daquela alienação (1649). Torna anulável a
alienação, se não for suprido consentimento pelo Juiz (1648) – Outro cônjuge pode pleitear a
anulação até 2 anos após terminada a sociedade conjugal – prazo DECADENCIAL
(Prescricionais são exclusivamente os dos artigos 205 e 206 do CC) de 2 anos. OBS: JÁ
CAIU – A aprovação posterior do ato praticado – torna VÁLIDO – Desde que feito por
instrumento público, ou particular, autenticado (1649, P.U).

COMUNHAO PARCIAL

Mais Peculiar – 2 dispositivos para atentar – 1659 e 1660!

Como regra geral a comunhão parcial importa na comunicabilidade dos bens adquiridos de
forma onerosa durante o casamento.

Art. 1659 – Estabelece bens que serão considerados particulares – excluídos da comunhão.

Art. 1.659. Excluem-se da comunhão:

I - Os bens que cada cônjuge possuir ao casar, e os que lhe sobrevierem, na constância do
casamento, por doação ou sucessão, e os sub-rogados em seu lugar; (A tinha apartamento
antes do casamento, vende e compra outro durante o casamento, se o preço for comparável,
vendeu por 200.000 e comprou por 200.000, continua sendo de A, sub-rogou).

II - Os bens adquiridos com valores exclusivamente pertencentes a um dos cônjuges em sub-


rogação dos bens particulares; (A tinha uma conta/aplicação financeira de 200.000 antes de
casar, e um apartamento no mesmo valor, compra durante o casamento um apartamento de
400.000, usando ao valor da venda do apartamento e inteirando com o dinheiro em conta,
apartamento segue sendo bem particular de A).

III - As obrigações anteriores ao casamento; (Obrigação contraída anterior ao casamento É


EXCLUSIVA, após o casamento, é em regra comum).

IV - As obrigações provenientes de atos ilícitos, salvo reversão em proveito do casal; (Ofendi


alguém pelo Facebook, sou obrigado a indenizar, mesmo durante o casamento a
responsabilidade é só de quem ofendeu).

V - Os bens de uso pessoal, os livros e instrumentos de profissão; (Veículo – taxi do taxista, o


veículo em si fica fora da comunhão, mas o dinheiro da aquisição, se durante o casamento,
será comum, e deve partilhar o valor).

VI - Os proventos do trabalho pessoal de cada cônjuge; (O que é incomunicável é o direito a


PERCEPÇÃO do salário, e não o salário recebido depositado em conta, a partir do momento
que o dinheiro está em mãos é bem comum, tudo que for adquirido de forma onerosa com
aquele dinheiro também é comum).

VII - As pensões, meios-soldos, montepios e outras rendas semelhantes. (Aplica-se a mesma


observação do inciso anterior, o direito a percepção destas rendas não se comunica, mas uma
vez recebidas, ou aplicadas em bens, é bem comum).

OBS: STJ considera que saldo do FGTS e verbas trabalhistas adquiridas durante o casamento,
são bem comuns.

BENS COMUNS Art. 1660, CC (COMUNHÃO PARCIAL):

Art. 1.660. Entram na comunhão:

I - Os bens adquiridos na constância do casamento por título oneroso, ainda que só em nome
de um dos cônjuges; (não importa em nome de quem o bem esta registrado, se a aquisição foi
onerosa, será bem comum, salvo as disposições do artigo anterior).

II - Os bens adquiridos por fato eventual, com ou sem o concurso de trabalho ou despesa
anterior; CAI MUITO – Bem adquirido na loteria é comum!

III - Os bens adquiridos por doação, herança ou legado, em favor de ambos os cônjuges;
Doação ou Herança individual, não se comunica (1659, inciso I).

IV - As benfeitorias em bens particulares de cada cônjuge; - CAI MUITO – Terreno é bem


particular de A, adquirido antes do casamento, se no terreno A edifica uma casa durante o
casamento, a casa será comum).

V - Os frutos dos bens comuns, ou dos particulares de cada cônjuge, percebidos na constância
do casamento, ou pendentes ao tempo de cessar a comunhão. (sobre os frutos entra a lógica
de rendimentos dos bens, o bem é de Joãozinho, mas o proveito econômico percebido após o
casamento é comum).
COMUNHÃO UNIVERSAL (1667 – REGRA GERAL – E 1668):

Todos os bens, anteriores ou posteriores, adquiridos de forma gratuita ou onerosa, serão bens
considerados comuns.

Exceções – Art. 1668:

Art. 1.668. São excluídos da comunhão:

I - Os bens doados ou herdados com a cláusula de incomunicabilidade e os sub-rogados em


seu lugar; - Clausula de incomunicabilidade, quando na doação ou na sucessão se faz colocar
essa causa para que não comunique com o cônjuge.

II - Os bens gravados de fideicomisso e o direito do herdeiro fideicomissário, antes de


realizada a condição suspensiva; - Fideicomisso é uma espécie de substituição testamentária,
onde o autor da herança beneficia alguém (fiduciário), e no evento da morte do fiduciário, e
com o implemento de uma condição (após a morte do fiduciário o bem irá para o primeiro
filho que formar na faculdade, por exemplo) o bem será transferido para o fideicomissário. Se
o filho antes de formar, casar pelo regime da comunhão universal, o bem só irá comunicar
após realizada a condição!

III - As dívidas anteriores ao casamento, salvo se provierem de despesas com seus aprestos,
ou reverterem em proveito comum; - Dívida particular, mas que é proveniente do casamento,
despesa com a festa por exemplo, será comum.

IV - As doações antenupciais feitas por um dos cônjuges ao outro com a cláusula de


incomunicabilidade; - Se for doação de uma para o outro sem essa clausula, seria perda de
tempo, o bem já seria comum e não teria efeito doar um bem que depois se torna comum
entre doador e donatário.

V - Os bens referidos nos incisos V a VII do art. 1.659. – Bens de uso pessoal, instrumentos
de profissão, proventos do trabalho e outras rendas como pensões meio-souto e montepio.

REGIME DE PARTICIPAÇÃO FINAL NOS AQUESTOS – LETRA DE LEI:

Regime de participação final nos aquestos – separação de bens antes e após o casamento,
como se fosse uma separação – MAS – No final (somente no final) do casamento, seja por
morte, seja por divórcio, haverá a comunicabilidade dos aquestos:

Aquestos serão considerados os bens conseguidos de forma onerosa durante o casamento –


não é comunhão parcial! (comunicabilidade dos bens onerosos desde o momento de
celebração) – Aqui antes e durante o casamento é como uma separação de bens – apenas no
final que volta e é feita uma perícia do casamento, para verificar cada aquisição onerosa que
se deu durante o casamento, e que será comum – Além disto, no artigo 1675, ao determinar
montante dos aquestos, computar-se-á o valor das doações de um dos cônjuges feito sem a
anuência do outro (exceção da outorga é a separação absoluta, se aqui é feito sem
consentimento, ao final o valor deve ser somado ao valor dos aquestos, mesmo que o bem
nem exista mais).

OBS: 1676 – Alienação sem consentimento, se causar detrimento da meação, é preciso somar
também!

REGIME DE SEPARAÇÃO ABSOLUTA:

Importa na separação absoluta do patrimônio e não há nada de bens comuns (art. 1687 e
1688). Se um imóvel é comprado pelos cônjuges juntos – é preciso definir o percentual de
titularidade de cada um em relação àquele bem.

DISSOLUÇÃO DAS RELAÇÕES FAMILIARES (DIVÓRCIO E DISSOLUÇÃO DA


UNIÃO ESTÁVEL):

Divórcio – 2 regramentos (CC e CRF) – CC – para o divórcio ser realizado deve haver
primeiro um processo de separação (modelo dual) – 2 possibilidades – separação fática por
mais de 2 anos (divórcio direto) OU separação judicial + aguarda um ano do trânsito e
julgado dessa separação (divórcio por conversão).

CRF – Alterada pela Emenda Constitucional 66 – alterou o art. 226, §6º, CRF – retirou deste
artigo qualquer exigibilidade de prazo de separação prévia – CRF permite o divórcio sem
separação prévia.

Na prova vai depender do enunciado qual regramento usar, a emenda não revogou ad
disposições do CC, posicionamento jurisprudencial e doutrinário aceita ambos, permanecem
válidas e aplicáveis as duas disposições. – Sempre a FGV deixou claro para usar a disposição
mais moderna da CRF.

Possibilidade de divórcio sem prévia partilha de bens – PODE CAIR – Quando é feito o
divórcio ou a dissolução algumas cláusulas devem estar estabelecidas, a dissolução do
vínculo em si, partilha de bens, alimentos entre cônjuges, alimentos entre pais e filhos, guarda
dos filhos, é possível que haja concordância em relação a algumas clausulas e outras não, é
possível o deferimento do divórcio sem a prévia partilha de bens por força do art. 1581, CC –
Além desta existe a disposição do CPC, art. 356, que permite os julgamentos parciais de
mérito, quando em uma ação houver consenso, ou não houver controvérsia sobre um ponto da
ação, mas não em outros, para que o Juiz julgue parcialmente o processo. – Já ocorreu em
divórcio, onde havia consenso a não ser pela guarda dos filhos e a partilha de bens. – é
possível que o juiz julgue parcialmente o mérito e decrete o divórcio e mantenha a tramitação
em relação ao restante que ainda está em litígio.
DISSOLUÇÃO DA UNIÃO ESTÁVEL:

Se a dissolução já está reconhecida em documento, só é necessário dissolve-la, se não há


documento reconhecendo – será preciso reconhecer e dissolver – Tanto a dissolução quanto o
divórcio, podem ser realizados de forma extrajudicial – art. 733, CPC – Apenas pode ser
extrajudicial se NÃO HOUVER FILHOS INCAPAZES, e observados os requisitos legais.

Filho com 17 anos de idade – Se for emancipado deixará de ser incapaz. Ex. Julia.
Incapacidade cessa com a maioridade e com a emancipação!!!

GUARDA art.1583 e ss:

A guarda pode ser unilateral ou compartilhada – regra geral 1584 §2º - guarda será
compartilhada – se não houver acordo e ambos genitores forem aptos a exercer o poder
familiar: compartilhada! – Salvo se um dos genitores declarar ao Juiz que não quer a guarda.

Resumo - 3 hipóteses de guarda não compartilhada:

Consenso dos genitores em ter guarda Unilateral.

Um dos genitores não tiver condições de ter a guarda.

Um dos genitores declarar ao juiz que não quer a guarda.

Guarda é direito de convivência, de decisões sobre a vida da criança ou do adolescente, não


necessariamente significa uma divisão rígida de dias – o que ela determina é a divisão
equilibrada entre os genitores, não significa divisão matematicamente perfeita. Guarda
compartilhada pode ser estabelecida entre genitores que moram em localidades diversas - §3º,
art. 1583 – Necessidade de se fixar a residência base de moradia, local principal para a
criança frequentar escola, etc... sem impedir visitas, temporadas, e o convívio no geral.

RECONHECIMENTO DOS FILHOS

Filiação – Vínculo existente entre pais e filhos, dá-se de maneira biológica e civil, o art. 1596
estabelece a igualdade entre os filhos, principio da igualdade da CRF, 1596 – filhos terão os
mesmos direitos e qualificações proibidas qualquer designação discriminatória – Não importa
se o filho é biológico, adotado ou afetivo, qualquer que seja a relação de filiação, os direitos
são iguais – Hoje é possível a filiação afetiva, e o reconhecimento da multiparentalidade,
além dos pais biológicos há relação de filiação com pais afetivos, e terá direitos relativos a
todos. Art. 1597 – Presunção legal de filiação – Presumem-se concebidos na constância do
casamento, os filhos, presunção derivada do casamento, não da união estável, presumem-se
do casal os filhos nascidos até 180 dias depois de iniciada a convivência conjugal, nascidos
nos 300 dias subsequentes á dissolução, havidos por fecundação artificial homologa mesmo
que falecido o marido (gametas do casal), havidos a qualquer tempo de embriões
excedentários (inseminação artificial homologa), embriões heterólogos com prévia
autorização do marido (gametas doados).

Presunção é RELATIVA!!! - pode ser afastada/ilidida – Exame de DNA – Art. 1599: outra
hipótese para afastar a presunção – Prova da impotência do cônjuge para gerar filho à época
da concepção – OBS: Adultério da mulher mesmo que confessado NÃO é suficiente para
afastar a paternidade!!!

Estas situações de filiação existem para a hipótese de falecimento do pai, de forma que não
possa reconhecer pessoalmente a paternidade.

Ao lado da filiação temos o instituto do reconhecimento dos filhos, a filiação deve ser
reconhecida:

RECONHECIMENTO DOS FILHOS (Art. 1607 e ss):

Pode se dar de forma voluntária, oficiosa ou judicial. – Independentemente da forma como é


feito, é ato irrevogável! (art. 1610) – Nem mesmo quando é feito em testamento! –
testamento é ato essencialmente revogável, se presta tanto pra disposição de caráter
patrimonial, quanto pessoal (como é o caso aqui) – Se fizer um testamento em que reconhece
o filho, mesmo que o testamento seja revogado depois (escrevi novo testamento), o
reconhecimento de paternidade NÃO PODERÁ SER REVOGADO.

Voluntário – Pode ocorrer através das formas previstas no art. 1609:

Art. 1.609. O reconhecimento dos filhos havidos fora do casamento é irrevogável e será
feito:

I - no registro do nascimento;

II - por escritura pública ou escrito particular, a ser arquivado em cartório;

III - por testamento, ainda que incidentalmente manifestado;

IV - por manifestação direta e expressa perante o juiz, ainda que o reconhecimento não haja
sido o objeto único e principal do ato que o contém.

Parágrafo único. O reconhecimento pode preceder o nascimento do filho ou ser posterior ao


seu falecimento, se ele deixar descendentes.
Essas são as formas de reconhecimento voluntário – P.U – pode ser feito antes ou depois do
nascimento e após o óbito só se o filho deixar descendentes! – Evitar reconhecimento por
interesse!!!

Oficioso – L. 8.560/92, art. 2º - A mãe ao registrar o filho será questionada pelo oficial do
registro civil sobre quem é o suposto pai, oficial de justiça se informado do nome e endereço
expedirá oficio, para fazer o registro do filho, Juiz vai intimar o suposto pai para em 30 dias
comparecer ao cartório de registro civil e – Reconheça voluntariamente – ou caso de silêncio
do suposto pai -> Vai dar origem a um procedimento de reconhecimento de filiação
JUDICIAL!

Ou seja, o reconhecimento oficioso leva a suas possibilidades – Um reconhecimento


Voluntário (se o pai reconhece em cartório após intimação) – Ou em um reconhecimento
Judicial – Neste, tanto a parte (filho/ lembrar que é direito personalíssimo) quanto o MP
podem propor uma ação de investigação de paternidade! – Necessária a perícia genética para
definição da paternidade, no caso de negativa do suposto pai a fornecer o material genético
(única prova contundente da paternidade) – Teremos a presunção da paternidade!!! – art. 2º,
A, L.8560/92 – Como também na Súmula 301, STF.

ALIMENTOS (1694 e ss):

Não se confunde com o dever familiar de sustento! – Dever de sustento é a obrigação dos
pais para com os filhos menores de idade, decorrente do poder familiar, poder-dever, se inicia
aos 0 e termina aos 18 anos. Inicia e termina automaticamente, decorre da Lei, obrigação dos
pais que não precisa de sentença ou manifestação judicial. – Concepção errada de que os
alimentos são devidos apenas enquanto o filho é menor de idade – o que é devido enquanto o
filho é menor de idade é o dever familiar de sustento.

Já os Alimentos – é a obrigação que os pais tem em relação aos filhos, mas também os
parentes, em relação uns aos outros, ou também entre ex-cônjuges – Dever de sustento é só
pai para filho – Alimentos derivam em razão do parentesco (parental ou civil) ou em razão da
existência de um vínculo – Os Alimentos, seja em razão de parentesco ou vínculo, precisam
ter uma fixação, seja por acordo extrajudicial ou sentença judicial (Sustento é automático,
decorre do poder familiar, não precisa ser fixado) – Para serem fixados os Alimentos levam
em conta 3 elementos (pressupostos de fixação da obrigação alimentar:

Necessidade de quem recebe/Possibilidade de quem paga/Proporcionalidade entre os dois


últimos elementos.

Uma vez fixados, só poderá o valor ser modificado, ou ser exonerada a obrigação alimentar,
quando houver mudança nestes elementos!
Só com mudança nestes elementos poderão ser propostas as chamadas “Revisionais”! –
Assim estes três elementos são utilizados tanto para fixar quanto para rever ou exonerar a
obrigação alimentar.

Ou seja, para a obrigação para também não é automático (diferente do dever de sustento).

Ex. Alguém com 30 anos pode pedir alimentos, Direito de Família é Imprescritível!!!

Basta necessitar e o genitor poder pagar e o Juiz fixar.

Para a OAB:

Fixação – além dos 3 elementos discutidos – e dos alimentos decorrerem do parentesco ou da


existência de vínculo – Joãozinho está passando por dificuldade financeira e não consegue
pagar os alimentos, Mariazinha também não consegue pagar sozinha – Ao falar em alimentos
é preciso considerar o sujeito da obrigação – Neste caso, para quem pedir os alimentos – Art.
1696 e 1697:

Art. 1.696. O direito à prestação de alimentos é recíproco entre pais e filhos, e extensivo a
todos os ascendentes, recaindo a obrigação nos mais próximos em grau, uns em falta de
outros.

Art. 1.697. Na falta dos ascendentes cabe a obrigação aos descendentes, guardada a ordem de
sucessão e, faltando estes, aos irmãos, assim germanos como unilaterais.

Existe uma ordem para pedir alimentos! – Primeiro deve ser pedida aos ascendentes, sempre
guardada a ordem de parentesco:

Primeiro pede para os Pais, se não for possível – aos avós – aos bisavós – e assim em diante.
– A obrigação dos avós é não solidária! É subsidiaria, avós só serão chamados a pagar os
alimentos quando os pais não puderem pagar nada (avós deverão pagar com exclusividade)
ou se os pais puderem pagar apenas uma parte (avós serão condenados a pagar uma
complementação). Sempre com caráter não solidário! Cada um dos avós condenado em uma
proporção dos alimentos, sem responder pela totalidade (4 avós idealmente).

Se não houverem ascendentes será para os descendentes que irá pedir! Primeiro para os
filhos, depois para os netos, e assim em diante!

Em relação ao IDOSO a obrigação alimentar que em geral não é solidária, Será SOLIDÁRIA
– Art. 12 do Estatuto do Idoso!

Se não tem ascendentes nem descendentes para pedir – pede aos irmãos! – sejam uni ou
bilaterais – Este é o limite da obrigação alimentar – COLATERAIS DE SEGUNDO GRAU –
ou seja, irmãos – não poderia pedir para tio (3º grau).

Quando buscar a fixação da obrigação alimentar? Quando alguém será obrigado a pagar?

SEMPRE que a pessoa que pede alimentos, não tem condição de por seu próprio trabalho ou
patrimônio, custear as suas despesas, art. 1695! E aquele de quem se reclama pode arcar sem
desfalque necessário ao próprio sustento.
- PODE CAIR – A tem 2 filhos, um menor e um maior, A pagava alimentos para o filho
menos, o maior tinha seu próprio sustento, A morre e deixa patrimônio – Os alimentos são
TRANSMISSÍVEIS após o óbito, mas só o dever de pagar o débito existente ao tempo do
óbito, débito que é da sucessão, e durante o período que o inventário tramitar, a sucessão
deve pagar os alimentos para o menor de idade herdeiro até receber os seus bens de direito –
No momento que o inventário é realizado, cessa a obrigação da sucessão, pos ele passa a ter
bens para prover o seu sustento!!!

Uma vez fixada a obrigação alimentar, mesmo que o direito aos alimentos não prescreva, a
obrigação fixada prescreve em 2 anos! – Se não houver o pagamento, a partir do vencimento,
conta o prazo de 2 anos – 2 exceções!!! – Art. 197, II e 198, I do CC.

- Art. 197, II – Não corre prescrição contra ascendentes ou descendentes durante o poder
familiar – Poder que vai do nascimento aos 18 anos – assim que completa 18 anos, se
inadimplente o pagador de alimentos, passa a contar o prazo prescricional de 2 anos.

- Art. 198, I – Não corre prescrição contra Incapaz do art. 3º - Absolutamente incapazes – dos
0 aos 16 anos!

Indivíduo com 15 anos, se são os avós que devem – aplico o 198!

Se entre ascendentes e descendentes – 197 – Só os pais tem poder familiar para com os
filhos!

AÇÃO DE ALIMENTOS:

Tem procedimento especial – L.5478/68 – Peculiaridades – Quem ingressa com ação é o


titular do direito, o filho – pode ser representado se for absolutamente incapaz, ou assistido se
for relativamente incapaz. Quando o Juiz receber a inicial deve fixar alimentos provisórios,
uma vez recebida a inicial o réu será citado para comparecer à audiência de conciliação – se
na audiência não houver acordo – contestação deverá ser apresentada, dando início à fase de
instrução – findada a fase de instrução o juiz sentencia, fixando a obrigação alimentar que É
RETROATIVA À DATA DA CITAÇÃO!!!

Após fixada – se houver inadimplemento - a execução pode se dar de duas formas -> por
processo próprio, ou por cumprimento de sentença:

O cumprimento de sentença é para o título executivo judicial – sentença do juiz ou decisão


interlocutória.

Execução por processo próprio é quando há título executivo extrajudicial.

Qualquer das duas situações pode seguir dois ritos:

Rito da pena de prisão (até três parcelas vencidas e não pagas) -> Única hipótese de prisão
civil do devedor.
Rito da constrição de bens (penhora e todo seu regramento do CPC) -> Para cobrar mais de
três parcelas vencidas, pode continuar cobrando as ultimas 3 pelo rito de prisão Ex. 9 parcelas
vencidas, só posso executar as ultimas 3 por prisão, as outras 6 executo por constrição.

Quanto à Prisão, mesmo que haja o cumprimento da pena de prisão (fixada de 1 a 3 meses em
regime fechado) – NÃO EXONERA DA OBRIGAÇÃO DE PAGAR ALIMENTOS –
Mesmo cumprida a medida restritiva de liberdade, se não forem pagos os alimentos, a
execução se converterá em execução por penhora!!!

DIREITO SUCESSÓRIO

Sucessões – absolutamente nada de direito sucessório pode ocorrer antes do evento morte. –
Art. 426 – Qualquer disposição sobre a herança de pessoa viva é nula (vedação pacto de
corvina).

A morte, mais do que abrir o processo sucessório, pões fim à personalidade jurídica (art. 6, 7
e 8)

Art. 6º - Existência da pessoa natural se encerra com a morte – a morte pode ser real (que
pode ser atestada, existe o corpo), presumida (casos de desaparecimento, sequestro, pessoa se
esconde, ou desastre natural, queda de avião), para as hipóteses de morte presumida – 2
hipóteses – COM DECRETAÇÃO DE AUSÊNCIA (Art. 6º, segunda parte) – Saber quem é
o ausente (Art. 22) – desapareceu de seu domicílio, sem deixar notícia ou representante, tem
curador nomeado após decretação da ausência – No momento da morte há a abertura da
sucessão:

Assim que a morte real é atestada abre a sucessão.

Na morte presumida – Lei estabelece procedimento especial em relação ao patrimônio


deixado pelo ausente. Se alguém falece e não deixa patrimônio não tem discussão sucessória
– 3 fases para o procedimento especial:

1... Uma vez que a pessoa desaparece sem deixar notícia, juiz declara ausência e nomeia
curador para arrecadar os bens do agente (art. 22 e 744 e ss do CPC) – Fase de curadoria ou
arrecadação dos bens do ausente. Art. 25, cc – Cônjuge do ausente, não separado
judicialmente ou de fato por 2 anos, será legitimo curador, depois os pais e depois os
descendentes nessa ordem, não havendo impedimento, entre os descendentes preferem-se os
mais próximos, na ausência destes, o juiz nomeia curador.

Nomeado o curador e arrecadados os bens - (art. 745) – Juiz manda publicar editais, na rede
mundial de computadores, no sítio do tribunal a que estiver vinculado e na plataforma de
editais do CNJ, permanecerá por um ano, ou não havendo sítio, no órgão oficial e na
imprensa da comarca, durante um ano e reproduzido de 2 em 2 meses – Anuncia a
arrecadação e chama o ausente para entrar na posse dos seus bens. Findado o prazo os
interessados podem pedir a abertura da sucessão provisória conforme disposto em Lei.

2... Fase de Sucessão provisória – Art. 26, CC – Decorrido um ano da arrecadação dos bens
do ausente – ou se ele deixou representante ou procurador se passaram 3 anos – sucessores
podem pedir a declaração da ausência e abertura da sucessão provisória – ATENÇÃO –
incompatibilidades entre redação - Art. 22 – Juiz a requerimento de qualquer interessado
declara ausência e nomeia curador – Art. 26 – fala em espera de um ano, trabalhar em
conjunto com o CPC – Analisar se a FGV pergunta sobre o CC ou o CPC - A ordem é:
Declara ausência – nomeia curador – faz arrecadação – publica edital – vencido o prazo do
edital – abre suc. prov!!! – CPC ordem mais nova – fala em findo o prazo do edital, não
espera de um ano. – Sucessão provisória não é a tradicional, tudo nesse assunto depende da
morte, o ausente não morreu, Art. 6º - presume-se a morte nos casos que a lei permite
abertura da sucessão definitiva, aqui ela ainda é provisória – Daí as diferenças, morte ainda
não se presume, ainda não tem partilha e transmissão! Procedimento mais lento.

Art. 26 e seguintes – sucessão provisória – JÁ CAIU – art. 28. Sentença que determina
abertura da suc. provisória, só produz efeitos 180 dias depois de publicada, mas assim que
passada em julgada permite a abertura de testamento se houver, ingressar na posse dos bens
da herança (não tem ainda a transmissão, sucessão provisória permite apenas ingresso na
posse, juiz pode cobrar caução para que herdeiros entrem na posse e administração e usufruto
desses bens), inventário e partilha de bens como se o ausente fosse falecido!!! – COMO SE
FOSSE – não é o mesmo processo de inventário e partilha que acontece com o óbito
(transmissão imediata).

Passados 10 anos da abertura da suc. provisória abre a sucessão definitiva (Art. 37) – e se o
ausente regressa enquanto os herdeiros estão em posse – Art. 36, CC – Se o ausente retorna
ou prova sua existência depois de estabelecida a suc. prov. – cessam as vantagens dos
sucessores! Porém herdeiros precisam tomar medidas assecuratórias para manutenção deste
patrimônio até a devolução INTEGRAL ao ausente.

3... Fase de sucessão definitiva – requerem a sucessão definitiva e levantamento das cauções
– nos termos da segunda parte do art. 6º - é aqui que o ausente se considera morto. – Morte
presumida decretada. A partir daqui a sucessão será igual a da morte real, herdeiros podem
dispor como quiserem, inclusive alienar.

Se o agente regressa – Art. 39 – Nos 10 anos seguintes da abertura da sucessão definitiva, ou


algum de seus descendentes, terão apenas acesso aos bens existentes no estado em que se
acharem – Recebe os bens que ainda existirem, no estado que se encontrarem, ou aqueles
bens em que seu lugar se sub-rogarem!

Art. 38 – Se o ausente tiver mais de 80 anos, e a mais de 5 anos estiver sem notícias dele,
pode direto pedir a abertura da sucessão definitiva! – Pula todo esse processo!!!

MORTE PRESUMIDA SEM DECRETAÇÃO DE AUSÊNCIA:

Art. 7º, CC – Pode ser declarada a morte presumida sem decretação de ausência quando:

Morte extremamente provável em caso de iminente risco de vida. – Estava em navio que
afundou, sem corpos encontrados, estava próximo a barragem que estourou, corpos
soterrados. – São situações que envolvem morte presumida sem decretação de ausência.

Desaparecido em guerra ou feito prisioneiro, não reaparece 2 anos após o fim da guerra.
Declaração de morte presumida nesses casos – só pode ser pedida após o fim das buscas e
esgotadas as averiguações – sentença deve confirmar a data provável do falecimento.

COMORIÊNCIA:

Art. 8 – Se dois ou mais indivíduos falecem na mesma ocasião sem poder averiguar quem
precedeu, presume que simultaneamente morreram. – “Ocasião” tem conotação temporal, e
não de lugar, podem morrer em lugares distintos, e ter declarada a comoriência, de outra
banda podem morrer no mesmo lugar em tempos diferentes e ser possível identificar quem
precedeu, não serão comorientes.

No direito sucessório, uma das principais exigências quanto à capacidade sucessória, é que o
sucessor tenha sobrevivido ao autor da herança. Ex. Pai, filha sem herdeiro e mãe morrem,
cada um 5 minutos antes do próximo, fica tudo pros avós maternos. Ex. 2. Pai, mãe e filha
comorientes, herança do pai vai para os avós paternos, e a da mãe para os maternos.

Aberta a sucessão no momento da morte transmite-se para os herdeiros, transmissão é feita


como um todo unitário e indivisível (dura do óbito até a partilha – a individualização da cota
parte de cada herdeiro). Ex. Analogia do bolo, tem ingredientes secos, ingredientes molhados
– quando junta todos os ingredientes de qualidades diferentes sai um bolo, algo unitário. –
Não importa quais bens quantos herdeiros – coloca tudo num “bolo” só – e cada herdeiro tem
uma fatia do bolo – da morte a partilha o que se sabe é que cada herdeiro tem uma cota parte,
só não dá ainda para localizar onde estará a cota parte. – Na partilha que se define sobre qual
parte incide a cota parte (art. 1791).

No momento da abertura da sucessão – transmissão da posse, herdeiros passam a ser


copossuidores!! Valem as normas do condomínio, principal característica é quanto ao
exercício do direito de preferência entre os coerdeiros – herdeiro pode alienar sua cota parte,
antes da partilha, a partir da cessão de direitos hereditários (art. 1794 e ss) – Para fazer essa
cessão à Terceiro alheio à herança, somente poderá fazer com a anuência dos demais
herdeiros, pois estão em condomínio, tem preferência na aquisição.

OBS: §2º, 1793 – É ineficaz a cessão de direitos hereditários sobre um bem certo, descrito e
caracterizado considerado singularmente, deve ser cedida a cota hereditária, pois ainda não se
sabe qual parte do bolo vai receber.

Art. 1792 – Responsabilidade dos herdeiros sobre dívida do falecido – limitada às forças da
herança.

Em que lugar é aberta a sucessão, no último domicílio do falecido, 1785, cc.

1786, Sucessão se da por Lei, ou por disposição de última vontade:

Sucessão legitima, decorre da Lei – se da na ordem do art. 1829. - 1787, regula a sucessão e a
legitimidade para suceder, a lei vigente ao tempo da abertura da sucessão, no momento da
morte. Capacidade sucessória (art. 1798 e ss) – determina que legitimam-se a suceder as
pessoas nascidas ou já concebidas ao tempo da abertura da sucessão
Sucessão Testamentária – decorre de ato de vontade do autor da herança –Capacidade
também definida pelo art. 1798 – podendo ainda ser chamados a sucerder, na sucessão
testamentáia, as hipóteses do 1799 – filhos ainda não concebidos, de pssoas indicadas pelo
testador, desde que os indicados estejam vivos à época da abertura, pessoas jurídicas, e
pessoas jurídicas cuja organização é determinada pelo testador na forma de fundação.

Art. 1800 - filhos ainda não concebidos (1799, I) – Bens serão confiados após a liquidação ou
a partilha a um curador nomeado pelo juiz, curador salvo disposição em contrário do testador,
será a pessoa indicada, cujo filho espera ter por herdeiro.

§4º, 1800 – Decorridos 2 anos depois da abertura, se o herdeiro não é concebido, os bens
esperados caberão aos herdeiros legítimos, e se nasce com vida será deferida a sucessão +
frutos e rendimentos a partir da morte do testador.

Art. 1801 – Não pode ser herdeiro nem legatário – A pessoa que a rogo escreveu o
testamento, nem seus cônjuges, companheiros, ascendentes e irmãos, as testemunhas do
testamento, concubina do testador casado, salvo se este sem culpa sua esta separado de fato
do conjuge a mais de 5 anos, tabelião civil, ou militar, ou comandante ou escrivão perante
quem se fizer ou aprovar o testamento.

Art. 1802, se essas pessoas forem nomeadas, as disposições que as nomeiam são nulas.

HERDEIROS:

Recebe a sucessão legitima os herdeiros legítimos: se subdividem em necessários e


facultativos:

Necessários (art. 1845) - descendentes, ascendentes, e o cônjuge sobrevivente. STF julgou


inconstitucional o artigo 1790, estabelecia em relação ao companheiro sobrevivente, uma
forma sucessória distinta do cônjuge sobrevivente. Desde a decisão do STF, o 1790 foi
declarado inconstitucional, sucessão legitima é exclusivamente o 1729, onde está escrito
cônjuge leia cônjuge e companheiro. Contudo o STF nessas decisões não se manifestou sobre
a condição do companheiro como herdeiro necessário. Assim necessário é APENAS
descendente, ascendente e cônjuge.

OBS – Já caiu – Com relação ao cônjuge, ascendente, descendente e cônjuge é herdeiro


necessário – O cônjuge é herdeiro necessário, não interessa o regime de bens, separação
obrigatória, etc... – sempre é herdeiro necessário, isso não significa dizer que necessariamente
VAI HERDAR – isso será resolvido pela norma do 1829.

Facultativos – Colaterais. Companheiro de fora, pois o STF não especificou, o companheiro


está no “limbo” – Na prova, usa a literalidade do 1845.

Sempre que alguém tem herdeiros necessários, por disposição de última vontade, sua
liberdade de testar é RESTRINGIDA – 1789 – Só poderá dispor de metade da herança!

Herança é diferente de meação – meação é direito de família, tem relação com o regime de
bens do casamento. Ex. A e B são casados com comunhão universal, tudo é comum, de 100%
do patrimônio deles, 50% é meação e 50% é herança, sobre os 50% da herança é que calcula
a liberdade de dispor. – Art. 1789 + 1846.

Art. 1850 – Para excluir da sucessão os herdeiros colaterais, basta não os mencionar no
testamento – Se o testador tem apenas herdeiros facultativos, sua liberdade de dispor é
plena!!! – Pode dispor da totalidade da herança (excluída a meação).

Herdeiros Testamentários: Sucessão testamentária tem os herdeiros instituídos, e os herdeiros


legatários:

Instituídos: recebe percentual ou fração da herança.

Legatário: recebe bem certo, descrito e caracterizado (individualizado).

A Transmissão se dá aos herdeiros pelo princípio da Saisine (Art. 1784) aberta a sucessão
desde logo (automática) da herança – NÃO significa que o herdeiro irá aceitar a herança, ele
pode renunciar – Atos de Aceitação e Renúncia:

Arts. 1804 e ss: Aceita a herança a transmissão torna-se definitiva desde a abertura.

P.U – Transmissão tem-se por não verificada quando o herdeiro renúncia.

A aceitação pode ser expressa (herdeiro declara que aceita, por meio de um documento por
exemplo), pode ser tácita (herdeiro pratica atos que façam acreditar que ele aceitou, como
transmitir a cota parte), ou ainda presumida (aceitação presumida – 1807 – interessado pode,
após 20 dias da abertura, requerer ao juiz prazo que não pode exceder 3º dias, para que o
herdeiro se pronuncia, sob pena de haver herança como aceita, interessados aqui são
geralmente os credores do herdeiro). – espécie de silêncio como manifestação de vontade.

Aceitação pode se dar de forma direta – próprio herdeiro, de forma expressa ou tácita,
manifesta aceitação da herança.

Indireta: Credores aceitam a herança por parte do herdeiro. – 1813 – Quando o herdeiro
prejudica os credores renunciando a herança, os credores podem, com autorização do juiz,
aceita-la em nome do herdeiro. - §1º a habilitação dos credores se fará nos 30 dias seguintes
ao conhecimento da renuncia e §2º - JÁ CAIU – Pagas as dívidas do renunciante, prevalece a
renúncia contra o remanescente.

Art. 1.809. Falecendo o herdeiro antes de declarar se aceita a herança, o poder de aceitar
passa-lhe aos herdeiros, a menos que se trate de vocação adstrita a uma condição suspensiva,
ainda não verificada.

Parágrafo único. Os chamados à sucessão do herdeiro falecido antes da aceitação, desde que
concordem em receber a segunda herança, poderão aceitar ou renunciar a primeira.

Ex. A falece e deixa 2 sucessores, B e C, antes da aceitação da herança B falece, B deixa os


herdeiros X e Y – XY podem recusar a herança de A, e aceitar a herança de B. Podem recusar
a herança de ambos, podem aceitar as duas heranças, apenas não podem recusar a herança do
pai e aceitar a do avô – Seria aceite parcial, Na hora do falecimento de B este tinha todo seu
patrimônio, além da herança de A, se XY renunciam a herança de B, perderiam o seu
patrimônio além da herança. – Isto é vedado – Art. 1808.

Já a Renúncia, só pode constar expressa! – Art. 1806 – De instrumento público ou Termo


Judicial. – Efeito da renúncia – Art. 1810 e ss – Na sucessão legitima, a parte renunciada
reverte/acresce para os outros herdeiros da mesma classe. Na renúncia á herança não existe
representação! Filho de quem renúncia, não pode receber representando o renunciante!!! –
Art. 1811 – OBS: Se todos os herdeiros de mesma classe renunciarem, os da próxima classe
são chamados a suceder por DIREITO PRÓPRIO, não herda representando renunciante, só
por direito próprio – Cada um dos herdeiros netos por exemplo, recebe parte igual da herança
deixada pelo avô, e renunciada por todos os pais. – Art. 1834 – Descendentes da mesma
classe tem os mesmos direitos à sucessão que seus ascendentes – 1835 – na linha descendente
os filhos herdam por cabeça, os outros por cabeça ou por estirpe (representação) – Como
todos os pais renunciaram, os netos recebem por direito próprio (por cabeça).

EXCLUSÃO DA SUCESSÃO:

2 possibilidades de excluir herdeiro – por lei ou por ato de vontade (deserdação):

Por lei – Hipóteses de indignidade (Art. 1814): São excluídos os herdeiros ou legatários
(serve para sucessão legitima e testamentaria).

Art. 1.814. São excluídos da sucessão os herdeiros ou legatários:

I - que houverem sido autores, co-autores ou partícipes de homicídio doloso, ou tentativa


deste, contra a pessoa de cuja sucessão se tratar, seu cônjuge, companheiro, ascendente ou
descendente;

II - que houverem acusado caluniosamente em juízo o autor da herança ou incorrerem em


crime contra a sua honra, ou de seu cônjuge ou companheiro;

III - que, por violência ou meios fraudulentos, inibirem ou obstarem o autor da herança de
dispor livremente de seus bens por ato de última vontade.

Atentados contra vida, honra, ou liberdade do autor da herança, é preciso de sentença de ação
civil (ação de indignidade) o Direito de demandar a exclusão extingue em 4 anos da abertura,
no atentado contra avida o MP tem legitimidade para agir nessa ação. – Art. 1816 – São
pessoais os efeitos da exclusão, os descendentes do excluído sucedem como se ele fosse
morto antes da abertura da sucessão. Diferente do que ocorre na renúncia! – Aqui os
herdeiros do excluído recebem por representação, e o excluído perde o direito de administrar
e usufruir dos bens herdados pelos menores. E também o direito de herdar sobre esses bens
no caso de falecimento dos filhos.
Art. 1.817. São válidas as alienações onerosas de bens hereditários a terceiros de boa-fé, e os
atos de administração legalmente praticados pelo herdeiro, antes da sentença de exclusão;
mas aos herdeiros subsiste, quando prejudicados, o direito de demandar-lhe perdas e danos.

Parágrafo único. O excluído da sucessão é obrigado a restituir os frutos e rendimentos que


dos bens da herança houver percebido, mas tem direito a ser indenizado das despesas com a
conservação deles.

Art. 1.818. Aquele que incorreu em atos que determinem a exclusão da herança será
admitido a suceder, se o ofendido o tiver expressamente reabilitado em testamento, ou em
outro ato autêntico.

Parágrafo único. Não havendo reabilitação expressa, o indigno, contemplado em testamento


do ofendido, quando o testador, ao testar, já conhecia a causa da indignidade, pode suceder
no limite da disposição testamentária.

Herdeiro que praticou ato de indignidade pode ser reabilitado a suceder, por parte do seu
ascendente, desde que previsto em testamento ou outro ato autêntico!! – O indigno
contemplado em testamento, quando o testador já conhecia a indignidade pode suceder no
limite da disposição testamentária.

EXCLUSÃO POR ATO DE VONTADE (DESERDAÇÃO):

Art. 1961 – Os herdeiros necessários podem ser privados da sua legitima, ou deserdados, em
todos os casos que podem ser excluídos da sucessão.

Na exclusão por deserdação apenas herdeiro necessário pode ser excluído, são as mesmas
hipóteses do 1.814 e também as do 1962 e 1963 – Conforme quem pretende excluir:

1... Ascendente querendo excluir descendente – 1.962.

Ofensa física, injúria grave, relações ilícitas com madrasta e padrasto, desamparo do
ascendente em alienação mental ou grave enfermidade.

2... Descendente querendo excluir o ascendente – 1.963.

Mesmas hipóteses, só que do descendente com relação ao ascendente.

Para poder deserdar o herdeiro necessário, somente com expressa declaração de causa no
testamento (1964) – Também é preciso de uma sentença judicial civil, ação de deserdação,
deve ser proposta pelo herdeiro que se beneficia da deserdação em até 4 anos da abertura do
testamento. Prazo é o mesmo da indignidade só que lá se conta da abertura da sucessão, e
aqui do testamento. Já que indicado no testamento a causa da deserdação.
ARTS. 1819 E SS – HERANÇA JACENTE:

Alguém falece sem deixar herdeiro conhecido:

Art. 1.819. Falecendo alguém sem deixar testamento nem herdeiro legítimo notoriamente
conhecido, os bens da herança, depois de arrecadados, ficarão sob a guarda e administração
de um curador, até a sua entrega ao sucessor devidamente habilitado ou à declaração de sua
vacância.

Muito semelhante ao processo de sucessão dos bens do ausente. CPC art. 738 – Nos casos em
que a lei considere jacente.

Art. 738. Nos casos em que a lei considere jacente a herança (1819), o juiz em cuja comarca
tiver domicílio o falecido procederá imediatamente à arrecadação dos respectivos bens.

Nesse caso, nomeia curador e determina arrecadação dos bens.

Art. 740. O juiz ordenará que o oficial de justiça, acompanhado do escrivão ou do chefe de
secretaria e do curador, arrole os bens e descreva-os em auto circunstanciado. (todos os
documentos encontrados na arrecadação serão entregues ao juiz para verificar se há
informação que conduza a um herdeiro.

§ 1º Não podendo comparecer ao local, o juiz requisitará à autoridade policial que proceda à
arrecadação e ao arrolamento dos bens, com 2 (duas) testemunhas, que assistirão às
diligências.

§ 2º Não estando ainda nomeado o curador, o juiz designará depositário e lhe entregará os
bens, mediante simples termo nos autos, depois de compromissado.

§ 3º Durante a arrecadação, o juiz ou a autoridade policial inquirirá os moradores da casa e da


vizinhança sobre a qualificação do falecido, o paradeiro de seus sucessores e a existência de
outros bens, lavrando-se de tudo auto de inquirição e informação.

§ 4º O juiz examinará reservadamente os papéis, as cartas missivas e os livros domésticos e,


verificando que não apresentam interesse, mandará empacotá-los e lacrá-los para serem assim
entregues aos sucessores do falecido ou queimados quando os bens forem declarados
vacantes.

§ 5º Se constar ao juiz a existência de bens em outra comarca, mandará expedir carta


precatória a fim de serem arrecadados.

§ 6º Não se fará a arrecadação, ou essa será suspensa, quando, iniciada, apresentarem-se para
reclamar os bens o cônjuge ou companheiro, o herdeiro ou o testamenteiro notoriamente
reconhecido e não houver oposição motivada do curador, de qualquer interessado, do
Ministério Público ou do representante da Fazenda Pública.

Art. 741. Ultimada a arrecadação, o juiz mandará expedir edital, que será publicado na rede
mundial de computadores, no sítio do tribunal a que estiver vinculado o juízo e na plataforma
de editais do Conselho Nacional de Justiça, onde permanecerá por 3 (três) meses, ou, não
havendo sítio, no órgão oficial e na imprensa da comarca, por 3 (três) vezes com intervalos de
1 (um) mês, para que os sucessores do falecido venham a habilitar-se no prazo de 6 (seis)
meses contado da primeira publicação.

Neste ponto é parecido com o processo de sucessão do ausente – Se os sucessores não se


habilitam em 6 meses – 743:

Art. 743. Passado 1 (um) ano da primeira publicação do edital e não havendo herdeiro
habilitado nem habilitação pendente, será a herança declarada vacante.

§ 1º Pendendo habilitação, a vacância será declarada pela mesma sentença que a julgar
improcedente, aguardando-se, no caso de serem diversas as habilitações, o julgamento da
última.

§ 2º Transitada em julgado a sentença que declarou a vacância, o cônjuge, o companheiro, os


herdeiros e os credores só poderão reclamar o seu direito por ação direta.

PASSO A PASSO – Verificado que não tem herdeiro conhecido – Juiz nomeia curador –Juiz
determina que o curador arrecade os bens, acompanhado de oficial de justiça e escrivão para
fazer o arrolamento – Curador passa a administrar os bens – É publicado o edital, no prazo de
3 meses o edital da aos sucessores o prazo de 6 meses para se habilitar – passado um ano da
publicação ninguém se habilitou ou está em processo de habilitação – Herança é determinada
Vacante!!! – Efeitos: Art. 1822 - declaração de vacância da herança não prejudica os
herdeiros legalmente habilitados, mas decorridos 5 anos da abertura da sucessão os bens
arrecadados passam ao domínio do município ou DF, onde estiverem localizados – Se em
território Federal, incorporam aos bens da União.

P.U – Não se habilitando até a declaração de Vacância, os colaterais ficam excluídos!!!

Art. 1823 – Se todos os herdeiros chamados renunciarem à sucessão, desde logo a herança é
declarada vacante.

Art. 1824 – Trata da petição de herança, ação na qual o herdeiro busca o reconhecimento de
seu direito sucessório. Ex. Aparece um terceiro filho que não se sabia da existência, pode ter
ação de reconhecimento de paternidade (imprescritível) e pleitear o reconhecimento do
direito sucessório através do 1824 – Embora reconhecimento de paternidade seja
imprescritível, Petição de Herança prescreve em 10 anos a contar da abertura da sucessão.

SUCESSÃO LEGITIMA:

Art. 1829 – Hipótese de falecido solteiro – sem cônjuge, só ascendente, descendente, e


colateral.

Art. 1.829. A sucessão legítima defere-se na ordem seguinte: (Vide Recurso Extraordinário
nº 646.721) (Vide Recurso Extraordinário nº 878.694)

I - aos descendentes, em concorrência com o cônjuge sobrevivente, salvo se casado este com
o falecido no regime da comunhão universal, ou no da separação obrigatória de bens (art.
1.640, parágrafo único); ou se, no regime da comunhão parcial, o autor da herança não
houver deixado bens particulares;

II - aos ascendentes, em concorrência com o cônjuge;

III - ao cônjuge sobrevivente;

IV - aos colaterais.

Quanto aos descendentes, os mais próximos se preferem aos mais remotos. (art. 1833).

Mais próximos excluem os mais remotos SALVO o direito de representação (art. 1851). –
Ex. A tem dois filhos, B e C – Quando A falece, B já tinha morrido. A herança que seria de B
foca por conta de seus filhos XY, netos de A, por meio de representação. Ainda pelo 1834 e
1835 – Os filhos recebem por cabeça, e os netos por cabeça ou por representação, conforme
se achem todos na mesma classe. Assim, C receberá herança por direito próprio, enquanto
XY recebem por estirpe.

Se C houvesse morrido antes de A, todos os netos receberão por direito próprio, estão todos
na mesma classe, será dividido igualmente.

Falecendo A sem descendente, chama os ascendentes – Na sucessão dos ascendentes (1836)


mais próximos também se preferem aos mais remotos (Sem distinção de linhas) PORÉM não
há representação entre ascendentes! (1852) Ex. A falece, e sua Mãe P já era falecida, aqui não
há representação para os avós maternos representarem P – Logo o Pai recebe 100% da
herança. Se o Pai também já era falecido quando da morte de A - §2º 1836 – havendo
igualdade em grau e diversidade em linha – metade para os ascendentes da linha materna e
metade para a linha paterna. Ex. Metade para avô e avó materno - e metade para avô e avó
paterna (25% para cada avô) – Caso a avó paterna já tivesse morrido do falecimento de A –
25% para cada avô materno – 50% para o avô paterno viúvo sobrevivente.

Sucessão dos colaterais (1839) – Sem ascendente ou descendente, e sem cônjuge


sobrevivente – São chamados os colaterais até 4º grau – ordem (1843) – Sempre os mais
próximos excluem os mais remotos, salvo o direito de representação.

Primeiro, chama os colaterais de 1º grau, irmãos – Na falta de irmãos os sobrinhos – Na falta


de sobrinho os tios – e por fim os demais colaterais até o quarto grau.

Art. 1840 fala em representação + 1853 – Exemplo complexo: Só se fala em representação


quanto aos colaterais, quando os sobrinhos, filhos de irmãos vivos, estiverem concorrendo
com os filhos de irmãos mortos. Assim, os filhos de irmãos mortos poderão receber a cota
parte de seus pais por representação. Ex. 2. Todos os irmãos do autor da herança são pré-
mortos, faleceram antes dele, neste caso, os sobrinhos herdam por direito próprio! Divide em
partes iguais!

Art. 1841, concorrendo à herança do falecido, irmãos bilaterais e unilaterais (apenas um


genitor comum) -> Unilaterais herdam a metade do que os bilaterais herdarem, é como se os
bilaterais tivessem “peso 2” – Ex. 2 irmãos bilaterais e 4 unilaterais – os bilaterais recebem 2
“pontos cada”, os unilaterais recebem 1, somando 8 pontos – Divide a herança por 8 e reparte
conforme os pontos de cada um, uma fração de 1/8 por ponto. Unilaterais cada um recebe
1/8, bilaterais recebem 2/8 – se um bilateral é pré-morto, com 2 filhos, cada filho recebe 1/8.

Art. 1842 – Se todos são unilaterais, todos com direito igual, se tenho apenas bilateral,
direitos iguais também – É apenas quando concorrem entre si que temos a situação anterior.

Art. 1843 – Filhos de irmãos bilaterais, concorrendo com filhos de irmãos unilaterais. Ex. A
morre tendo todos seus irmãos pré-mortos – 2 sobrinhos bilaterais, e 4 sobrinhos unilaterais:
Cada unilateral recebe metade do que o bilateral receber, “peso 2 para os sobrinhos bilaterais.

AGORA SE A TIVESSE CONJUGE!!! (OU UNIÃO ESTÁVEL)

Art. 1829, I – Primeiro os descendentes com concorrência com cônjuge sobrevivente! –


Concorrência aqui é a regra! – SALVO se o casamento for em regime de comunhão
universal, separação obrigatória, ou se na comunhão parcial o autor não tiver deixado bens
particulares – Casos em que não há concorrência! – Cônjuge sobrevivente é sempre herdeiro
necessário, o fato de ele receber ou não, não tira o seu direito de ser considerado herdeiro
necessário, e de limitar a disposição do autor da herança.

Qual o percentual de concorrência – 1832 – Pode ser divisão igualitária ou reserva de ¼ -


haverá reserva quando o cônjuge for ascendente dos herdeiros com quem concorre. Ex.
Cônjuge tem 3 filhos COM o falecido, divide igualitário ¼ para cada, agora, se tem 4 filhos,
o cônjuge não pode receber menos de ¼ (reserva de um quarto), situação na qual será
reservado este quarto ao cônjuge e o resto dividido entre os filhos. Ou seja, até 3 filhos
comuns é divisão igualitária, com mais de 3 reserva!!!

Ex. 2. Falecido tem 16 filhos, que não são filhos de seu Cônjuge sobrevivente, pode ter 43
filhos que a divisão será igualitária, o cônjuge recebe o mesmo que cada um dos filhos, não
pode haver aqui a reserva de ¼.

Ex. 3. Falecido tem 2 filhos comuns com o cônjuge e 4 filhos unilaterais – DIVISÃO
IGUALITARIA – filiação híbrida!

REGIMES SEM CONCORRÊNCIA:

1...Comunhão universal de bens, tudo é comum, todos os bens, desses bens 50% é meação, e
50% é herança, meação pertence ao cônjuge, e como não tem concorrência a herança
pertence aos filhos.

2...Separação obrigatória de bens – incide a súmula 377 do STF, comunicabilidade dos bens
adquiridos de forma onerosa desde que haja prova do esforço comum. Se a súmula incidir,
haverá bens comuns, e destes bens comuns 50% é meação, e 50% é herança dos filhos – Dos
bens particulares, 100% é herança dos filhos!!!
3...Regime de comunhão parcial de bens (em que o autor não deixa bens particulares) -
Apenas Bens comuns, fica exatamente igual a comunhão universal – 50% é meação e 50% é
herança, meação é do cônjuge, herança é dos filhos.

REGIMES COM CONCORRÊNCIA:

1...Comunhão parcial COM bens particulares – Concorrência do cônjuge sobrevivente se dá


sobre os bens particulares – Se forem divorciados a herança não se comunica – mas se
estiverem juntos o cônjuge recebe a herança que o falecido recebeu (herança é bem comum).
Ex. A recebe herança dos pais falecidos, A morre de e essa herança recebida se comunicará
com B casada com A (em regime de comunhão parcial), ao tempo da morte de A.

Regra aqui é Cônjuge sobrevivente, quando concorre com descendentes, recebe meação de
bem comum, e herança sobre bem particular!!!

Concorrência se dá entre os bens particulares – Assim dos bens comuns, 50% e meação e
50% é herança pros filhos, já os bens particulares serão divididos 100% em herança, em
concorrência entre cônjuges e filhos, conforme a regra do 1832!!! Ex. 50% da meação dos
bens comuns +1/3 da herança dos bens particulares para o cônjuge/ 50% da herança dos bens
comuns para os 2 filhos do casal + 1/3 da herança dos bens particulares para cada filho.

2... Regime de partição final nos aquestos (Regime que determina separação dos bens antes e
durante o casamento e ao fim do casamento comunicam os bens adquiridos de forma onerosa
durante o casamento) – Ou seja, temos bens comuns e bens particulares, na concorrência
entre filhos e cônjuges fica exatamente igual à comunhão parcial!

3... Separação convencional/absoluta de bens (Determina que todo o patrimônio é separado)


NÃO EXISTE BEM COMUM – Se só tenho bem particular 100% do patrimônio será
entregue em herança, para o cônjuge sobrevivente e filhos, conforme o percentual do 1832.
SEM BEM COMUM – SEM MEAÇÃO.

Art. 1829, II – Falecendo A sem deixar descendentes, são chamados à sucessão os seus
ascendentes em concorrência com cônjuge ou companheiro sobrevivente.

CONCORRÊNCIA ENTRE CONJUGE E ASCENDENTE:

Aqui a concorrência irá acontecer independentemente do regime de bens – não estabelece


diferenciação entre os regimes! – Qualquer regime de bens vai ter concorrência. PORÉM
quando a concorrência era com os descendentes ela se dava sobre bens particulares. Na
concorrência com ascendentes, a concorrência se dá sobre a totalidade da herança!
Totalidade da herança – Nos regimes que só há bens particulares o patrimônio todo é
totalidade da herança. Já nos regimes em que há bens comuns, metade desses bens comuns é
separado ao cônjuge sobrevivente em meação. Já os outros 50% dos bens comuns e 100% dos
bens particulares, somados, são a totalidade da herança. (No caso de concorrência com os
descendentes, os 50% dos descendentes sobre o bem comum, nunca comunicava com o
cônjuge, aqui comunicará).

Percentual de concorrência do sobrevivente com os ascendentes está no 1837 – Em


concorrência com ascendentes de 1º grau -> 1/3 para cada!!! 1/3 para o pai de A, 1/3 para a
mãe de A e 1/3 para o cônjuge sobrevivente. Ou se houver apenas um ascendente ½ para o
cônjuge (Ex. concorrer só com a mãe de A). Se os ascendentes forem de grau maior que
primeiro, o cônjuge também receberá ½, e a outra metade da herança será dividida entre as
linhas maternas e paternas. Ex. A tem 3 avós vivos, 2 paternos e um materno, 50% da
herança vai para o cônjuge, 25% da herança vai para a linha materna onde a avó sobrevivente
leva esses 25% todos, já a linha paterna recebe também 25%, que será dividido entre os dois
avós sobreviventes.

Art. 1829, III – Sem ascendentes ou descendentes, o cônjuge ou companheiro sobrevivente,


herda a totalidade da herança 50% recebe por direito de meação, e a outra metade por direito
de herança.

Mas para poder herdar, seja em concorrência, seja sozinho, precisa atender às condições do
art. 1830, somente é reconhecido o direito sucessório do cônjuge sobrevivente, se à época da
separação não estavam separados judicialmente, nem separados de fato a mais de 2 anos,
salvo prova de que a convivência se tornara impossível SEM culpa do sobrevivente.

Art. 1831 - Direito real de habitação – pertence ao cônjuge ou companheiro, QUALQUER


que seja o regime de bens, sem prejuízo da participação na herança, o imóvel destinado à
residência da família, desde que seja o único daquela natureza a inventariar.

SUCESSÃO TESTAMENTÁRIA:

Com relação a liberdade de dispor – já foi discutido.

Testamento pode se dar tanto sobre disposições de caráter patrimonial, maioria dos casos,
tanto em percentual quanto por legados. Como também pode ter questões de caráter pessoal,
como o reconhecimento de filhos (1609), e o perdão do indigno (1818).

Toda e qualquer pessoa capaz, tem capacidade para testar, e também o maior de 16 anos
(1860).

Art. 1861. incapacidade superveniente – Se depois de feito o testamento, por qualquer


motivo, a pessoa se torna incapaz, essa incapacidade posterior não retira a validade do
testamento. Assim como não será validado o testamento feito por incapaz, que posteriormente
se torna capaz, pois no momento da elaboração a pessoa não tinha capacidade para testar –
OU SEJA, a capacidade deve ser aferida no momento em que é elaborado o testamento.
Testamento pode ser feito de forma pública – Tabelionato de notas + 2 testemunhas – pode
ser feito de forma particular – Próprio testador faz + 3 testemunhas – No particular, é possível
que o Juiz analise a circunstância de testamento que não obedece a requisito legal. Ex. pessoa
morrendo na mata, escreve o testamento a mão num guardanapo, sem testemunhas – Pela
circunstância Juiz pode entender pela validade (1879)!

Testamento cerrado, feito pelo particular, mas aprovado pelo Tabelião de Notas, assinado por
2 testemunhas e pelo testador, aqui não é o Tabelião que elabora o testamento, e sim a parte,
tabelião só aprova.

Codicilo (1881) – Dispõe de coisas de pequeno valor! – Ex. Deixar uma cristaleira para um
neto específico. – Codicilo não exige forma específica, tem validade.

Formas especiais – somente em circunstâncias especiais terão validade (Art. 1886 e ss) –
Caso do Testamento marítimo ou aeronáutico, só valerá se a pessoa vier a falecer na viagem
– ou em até 90 dias após o desembarque, caso tenha condição deve fazer da forma regular.
Testamento militar – feito pelos oficiais que estiverem a serviço das forças armadas. – No
testamento militar é aceito o testamento de VIVA-VOZ Art. 1896 – confia sua última
vontade à 2 testemunhas, não tem validade se o testador não falecer em guerra ou não
convalescer do ferimento.

DIREITOS DAS COISAS:

Inicio das disposições no 1196 e ss.

Quando na parte geral se estuda os Bens – Existem os bens jurídicos materiais e imateriais
(direitos de personalidade) – Sobre estes bens se estabelecem relações jurídicas entre as
pessoas – as relações são obrigações de direito pessoal e que incidem sobre os bens jurídicos
– No direito das coisas temos relações estabelecidas entre as pessoas e as coisas, em razão da
possibilidade de se apropriar, ter para si.

Para o Direito das coisas, a coisa possui características próprias:

Primeiro a coisa é um bem corpóreo, material, possui uma existência física.

Segundo, a possibilidade de ser apropriado, alguém tomar posse como se a coisa sua fosse.

Terceiro, a utilidade, objeto tem um valor econômico.

Relações de direito Real – Estabelecidas entre pessoas e coisas, determinadas ou


determináveis, e que tem como fundamento principal a ideia de propriedade.

DIREITOS REAIS:
Características: Oponibilidade erga homnes, qualquer pessoa deve se abster de violar a
propriedade de outrem.

Direito de Sequela: Como o direito é vinculado a coisa, independentemente de quem seja o


titular, o direito estará presente. Ex. Pagamento da taxa condominial, vinculada à coisa, não
importa quem é o titular, a taxa é “devida pela coisa” – A faceta mais importante deste direito
é a possibilidade de buscar a coisa, sempre que alguém a estiver titularizado de forma
indevida.

Publicidade: A tradição, a transmissão de bens móveis são pela entrega, já os imóveis


precisam de registro, a tradição e o registro dão publicidade aos atos praticados.

Rol dos Direitos Reais do art. 1225 é TAXATIVO:

Art. 1.225. São direitos reais:

I - a propriedade;

II - a superfície;

III - as servidões;

IV - o usufruto;

V - o uso;

VI - a habitação;

VII - o direito do promitente comprador do imóvel;

VIII - o penhor;

IX - a hipoteca;

X - a anticrese.

XI - a concessão de uso especial para fins de moradia;

XII - a concessão de direito real de uso;

XIII - a laje.

Perpetuidade – Enquanto o objeto existir, vai existir o direito real, o não uso, não extingue o
direito, a perda do objeto que faz isso.

Direito de preferência – Ex. Financiamento onde há bem em garantia, o banco que recebe a
garantia é titular de direito real de garantia, e terá preferência no recebimento de crédito,
frente ao credor que não tem garantia. Até pelo fato de que o que garante é a coisa, não o
devedor, a relação é entre a pessoa (jurídica aqui, banco) e a coisa. Assim a relação aqui é de
direito real, e não pessoal, como é com o credor sem garantia.
Possibilidade de Abandono/Renúncia da coisa.

E possibilidade de aquisição por meio da usucapião. – Para que possa adquirir a coisa é
preciso ter o domínio físico durante um certo lapso de tempo. – Posse!

DIREITO DE PROPRIEDADE:

4 características: Direito de usar, gozar ou fruir, dispor e reaver a coisa!

O titular tem a publicidade com relação a coisa, o registro em seu nome (imóvel), ou a coisa
em seu poder (móvel).

Estar com a coisa em seu poder, não necessariamente significa propriedade, indivíduo pode
ter meramente a posse, o domínio físico da coisa, como se dono fosse, mas sem a titularidade.

Embora não haja titularidade, o direito determina regras e proteção ao exercício da posse!

Posse é o exercício de fato de algum ou alguns poderes inerentes à propriedade, possuidor se


comporta como se proprietário fosse.

Art. 1196 – Classifica, da os efeitos e a aquisição da posse.

2 Teorias sobre o exercício da posse:

1... Teoria Subjetiva (Savigny) – Para que exista posse, além do domínio físico/corpus, deve
haver a vontade de ter a coisa para si como se dono fosse/animus domni.

Ex. Locatário tem o poder físico da coisa, mas sem a intenção de têr a coisa para si próprio.

2... Teoria Objetiva (Jhering) – Adotada no Brasil – Entende que a posse seria a disposição
física, dispensa o animus domni. – Art. 1196. – Exercício pleno ou não de algum poder
inerente à propriedade.

POSSE VS DETENÇÃO:

Posse: Domínio físico/ domínio fático, exercidos como se dono fosse, mesmo que não tenha a
propriedade, não tenha titularidade reconhecida.

Detenção: Domínio físico/ Domínio fático, só que não age como se dono fosse, ele sabe que a
coisa não é sua. – Sabe, pois, tem o domínio físico + fático porque o dono permitiu.

Na detenção existe uma relação de dependência econômica, ou subordinação, entre o dono da


coisa e aquele que exerce o domínio físico.
Ex. Dono de fazenda, grande extensão de terra, dono sozinho não consegue exercer o
domínio sobre toda a coisa, contrata um capataz, caseiro, etc... – o funcionário tem o domínio
fático, mas é subordinado, o capataz NÃO tem posse, quem tem é o dono, capataz é mero
detentor.

Essa diferença é importante, pois aquele que age como se a coisa fosse sua, o possuidor, tem
acesso às ações possessórias, para proteger sua posse.

Enunciado 493 – o Detentor pode no interesse do possuidor, exercer a autodefesa (própria


pessoa evita o esbulho e a turbação) do bem em seu poder.

STJ – Detenção (Art. 1198) – Súmula 619, ocupação indevida de bem público configura mera
detenção, de natureza precária, insuscetível de retenção ou indenização por acessão e
benfeitorias.

Nos efeitos da posse, verificamos que o possuidor de boa-fé tem direito de indenização pelas
benfeitorias, podendo reter a coisa, até o pagamento.

Nessa decisão do STJ ficou claro que não há posse.

Classificação da posse – Arts. 1196 a 1203:

1... 1197 – Posse direta e indireta – Direta é exercida pela própria pessoa, Indireta é quando a
pessoa não está em domínio físico da coisa, pois há outra pessoa que o faz em seu nome.

Ex. Locação, proprietário está em posse indireta da coisa, e o locatário exerce a posse direta –
As duas posses coexistem, podendo o locatário se utilizar das ações possessórias contra o
proprietário, para impedi-lo de exercer a posse que detém. Já o proprietário também pode se
valer das ações possessórias, mas não contra o inquilino, e sim contra terceiro que venha a
turbar, impedir, a posse exercida em razão da locação.

2... 1199 – Trata da Composse – Se estabelece em relação a bens de herança e direitos dos
herdeiros sobre estes bens, herança é transmitida como todo unitário e indivisível, herdeiros
são considerados copossuidores dessa herança, um compossuidor, não pode impedir o
exercício da composse pelos outros copossuidores. Compossuidor pode se valer das ações
possessórias, desde que não prejudique o exercício da posse dos outros.

Outra hipótese é quando duas pessoas exercem posse ao mesmo tempo, sobre bem
indivisível, como dividir um apartamento. – Nesse caso, um não pode impedir o exercício da
posse do outro.

STJ – decisão de 2010 – princípio da saisine – Decidiu que o compossuidor (herdeiro) pode
manejar ação possessória contra outro compossuidor que turba ou esbulha sua posse. Uma
das principais, mais comuns formas de composse é a herança.

3... 1200 – Posse justa ou injusta – posse violenta, clandestina e precária, são injustas.

Posse violenta – Se da contra a vontade do possuidor, por meio do emprego de violência,


força, ameaça.
Posse precária – É adquirida pelo abuso de confiança. Ex. Possuidor pede ao vizinho que
cuide de seu apartamento enquanto viaja, utilizando-se da confiança, vizinhos tomam a posse
do apartamento para si.

Posse clandestina – Ocorre ás escondidas.

4... 1201, posse de boa ou má-fé.

Posse de boa-fé – possuidor ignora vício ou obstáculo que impede a aquisição da posse,
possuidor com justo título (documento como contrato de promessa de compra e venda por
exemplo/ jornada de direito civil enunciados 312 e 313, ato jurídico capaz de transmitir a
posse ad usucapionem e contrato de cessão de direitos contam como justo título - não
necessariamente é preciso um instrumento público ou particular, basta algum motivo para
acreditar que o cessionário de direito era proprietário e que me transmitiu a posse) possui
presunção de boa-fé, salvo prova em contrário (presunção relativa), ou quando a lei
expressamente não admite essa presunção.

A posse de boa-fé perde esse caráter só quando as circunstâncias demonstram que o


possuidor não ignora que tem posse indevida.

Boa-fé, critério subjetivo – desconhecimento.

Ex. Invasão de propriedade, quem age assim, está agindo com violência e má-fé, individuo
sabe que a coisa pertence à outrem.

5... Posse com ou sem título:

Com título – uma pessoa que tem posse, transmite para outra através de um documento por
exemplo, existe uma representatividade desta transmissão, não há necessidade de formalizar
especificamente em documento, basta uma representatividade.

Sem justo título: Pessoa encontra alguma coisa, encontra um objeto no chão, por exemplo,
esta posse é sem título, não existe representação da transmissão.

6... Posse nova ou velha:

Posse nova: conta com menos de um ano e um dia – Importa para o exercício das ações
possessórias.

Posse velha: Tem mais de um ano e 1 dia – Posse esbulhada – pode haver um esbulho novo,
quando o antigo possuidor foi retirando à menos de um ano e um dia.

Art. 558, CPC – Para a posse nova, utilizaremos procedimento especial para as ações
possessórias. – Além do procedimento especial, o autor da ação possessória também terá
acesso a medida liminar.
Para a posse velha – Segue podendo usar as ações possessórias, mas deverá seguir o
procedimento comum.

7... Aquisição da posse (1204 a 1209): Adquire-se a posse, no momento que se torna possível
praticar em nome próprio um dos poderes inerentes à propriedade, aquisição pode se dar
diretamente por quem pretende exercê-la, ou por seu representante (com mandato), ou por
terceiro que adquira em nome do pretendente, necessária a ratificação.

Na aquisição entre herdeiros e legatários, a posse é transmitida com as mesmas características


existentes para o autor da herança. Ex. Se a posse era viciada, será transmitida por herança
com essa característica de vício.

Aquisição da posse pode ser originária ou derivada:

Originária: se dá pelo apossamento, momento em que alguém assume o controle, o domínio


fático, sem que haja transmissão, por não haver transmissão não há um justo título.

Derivada: Alguém transmite a posse (transmissão sucessória), a tradição pode ser real, efetiva
entrega da coisa, simbólica, não entrega a coisa em si, mas algo que a represente, como a
chave de um carro ou de um imóvel, ou pode ser ficta/presumida, pela entrega de um
documento, sem que exista contato com a coisa.

Constituto possessório – forma de aquisição derivada simbólica, coisa não é entregue de


forma física, mas mesmo assim a posse é transmitida. Ex. Vendo o imóvel, mas continuo
vivendo lá, alugando do novo proprietário, sigo na posse direta!

Art. 208 - não induz em posse os atos de mera permissão ou tolerância, assim como não
autorizam a aquisição os atos violentos e clandestinos, até cessar a violência e a
clandestinidade.

EFEITOS DA POSSE (ARTS. 1210 A 1222):

Efeitos podem ser materiais ou processuais:

Materiais: Percepção de frutos, indenização e retenção das benfeitorias.

Processuais: Acesso as ações possessórias.

Art. 1210 – Desforço – possibilidade de autodefesa – deve ser imediato (desforço imediato),
buscando a restituição (esbulho) ou manutenção da posse.

Esbulho: A posse é retirada! Seja por violência, clandestinidade – A ação é de reintegração de


posse.
Turbação: Aqui é a perturbação do exercício da posse, mas a posse aqui não é retirada, é
preciso proteção para se manter na posse – Ação de manutenção de posse.

Ameaça: Ameaça iminente de retirada ou perturbação da posse – proteção necessária contra o


perigo iminente, possuidor quer evitar esbulho ou turbação – Ação de interdito proibitório –
proibir qualquer pessoa de ameaçar de te retirar ou de perturbar o exercício da posse.

Quando se fala em ação possessória, temos além do 1210, as disposições do CPC (Art. 554 e
ss) – Trata do procedimento especial para essas ações, a propositura de uma ação ao invés de
outra, não impede que o juiz determine a proteção da ação correta cujos pressupostos estão
demonstrados, princípio da Fungibilidade das possessórias. Ex. A sofre esbulho, entra com
ação de manutenção, juiz outorga a proteção legal correta, entende que o autor na verdade
quer a reintegração, aqui a propositura da ação errada não gera o indeferimento de plano.

Art. 555, CPC – é licito ao autor cumular ao pedido possessório – previsão da cumulação de
pedidos nas possessórias. Ex. Além do esbulho, possuidor injusto danifica o bem, e toma
frutos do pomar da propriedade que o proprietário sempre vendia, além de buscar a
reintegração, pode ser cumulado o pedido de reparação do dano e até indenização de frutos.

Pode ainda o autor requerer medida para evitar nova turbação ou esbulho!

JÁ CAIU – Natureza dúplice das possessórias, art. 556, CPC e 1210, CC – É lícito que o réu
de ação possessória, fazer na contestação pedido de proteção à sua posse que tenha sido
violada pelo autor da ação, um pedido contraposto, mas aqui não é preciso reconvenção para
fazer esse pedido – por conta da natureza dúplice (procedimento especial) não é necessária a
reconvenção.

Procedimento especial das ações de manutenção e reintegração de posse – art. 560 – Autor
precisa provar (é requisito da inicial):

1... que tem a posse, e;

2... que não existe proteção/ exercício de ação possessória por aquele que não detém a posse;

3... deve provar que houve esbulho ou turbação e em que data ocorreu (ver se é esbulho novo
ou velho/ define o procedimento).

4... Além disso, deve provar a continuação da posse mesmo que turbada e a perda da posse
em caso de esbulho.

Sendo uma ação por procedimento especial (turbação ou esbulho novo), ao receber a inicial o
Juiz sem ouvir o réu, expede mandado liminar de manutenção ou reintegração, caso contrário,
determina que o autor justifique previamente o alegado, citando o réu para comparecer em
audiência.

2 possibilidades – se todos os requisitos do 561 estiverem comprovados – juiz recebe a inicial


e defere o mandado de reintegração e manutenção.

Ou, se o juiz entender que não existem elementos suficientes comprovados na inicial para o
deferimento da liminar, determina a citação do réu para uma ação de justificação de posse,
com o objetivo de fazer a prova dos elementos do 561, se após a ação ficar suficientemente
justificada a posse, é deferido o mandado de reintegração, se entender diversamente,
determina o prosseguimento da ação – com prazo para contestar, contado da data da
intimação da decisão que defere ou não a medida liminar.

INTERDITO PROIBITORIO (567)

Como existe justo receio de turbação ou esbulho, o objetivo é evitar, impor pena pecuniária.

Estas 3 são as possessórias típicas. No CPC73 haviam outras:

1... Ação de nunciação de obra nova – Construção do vizinho invade meu terreno, de certa
forma, está retirando posse de parte do terreno, ação para mandar parar a obra e desmanchar o
que já foi feito. – Não tem previsão no CPC15 – NÃO SERÁ PROCEDIMENTO
ESPECIAL.

2... Ação de dano infecto – Vizinho está demolindo prédio, peço caução para me proteger de
possível dano em meu prédio causado pela demolição. – tambe´m procedimento comum.

3... Ação de imissão de posse – NÃO É AÇÃO POSSESSÓRIA, e sim ação petitória – As
ações possessórias pressupõe que o autor TEM aposse, a ação de imissão visa a entrada na
posse de um bem, por ser titular que não entrou em posse – Não defende a posse, defende a
propriedade!!! Ex. adquiri bem em leilão e não consigo entrar na posse deste bem.

EFEITOS MATERIAIS DA POSSE:

Direito à indenização, retenção de benfeitoria e percepção de frutos:

Art. 1214 – Percepção dos frutos: Devemos saber quem é o possuidor de má-fé e o de boa-fé
(não sabe de vício ou impedimento à sua posse) – O possuidor de boa-fé, tem direito aos
frutos que percebeu ENQUANTO estava de boa-fé, no momento que a boa-fé cessa – não
pode mais colher! – Os frutos não colhidos até cessar a boa-fé devem ser restituídos (ao
possuidor de direito), assim como os colhidos por antecipação.

O possuidor de má-fé responde por todos os frutos, que colheu e percebeu (por antecipação
ou não) e aqueles que não colheu por culpa própria.
Frutos – Naturais, civis e industriais. – Fruto é o que provém da coisa principal sem retirar
suas qualidades – os frutos naturais se originam naturalmente da coisa, industriais dependem
da ação humana, e os frutos civis vem de relação econômica (aplicação financeira).

Benfeitorias – Acessões feitas à coisa principal, essa benfeitoria pode ser necessária (evitar
estrago iminente ou perecimento da coisa), útil (facilita o uso da coisa) ou volutuária (mero
deleite, recreio).

Art. 1219 a 1222 – estabelece o que tem direito o possuidor de boa-fé – com relação as
benfeitorias, tem direito de ser indenizado pelas necessárias e úteis, ou retê-las até ser
indenizado, além do direito de ser indenizado pelas voluptuárias ou de retirá-las sempre que
não prejudique a coisa principal.

Já o possuidor de má-fé tem direito de ser ressarcido pela necessárias, cabe àquele que irá
indenizar, a escolha se paga o valor atual da benfeitoria, ou o custo de sua realização. – NÃO
tem direito de retenção, nem direito à retenção ou indenização das úteis, ou de indenização ou
levantamento das voluptuárias.

Quanto à responsabilidade pela perda ou deterioração da coisa – 1217 – possuidor de boa-fé


não responde pela perda ou deterioração da coisa que não tiver dado causa – Já o possuidor
de má-fé responde pela perda e deterioração, ainda que acidentais, salvo se provar que elas
teriam ocorrido mesmo na posse do reivindicante. Ex. A se apossa com má-fé de cavalo, que
por acidente é mordido por cobra e morre, A deve indenização. Agora se o cavalo morre por
doença pré-existente e grave, morreria de qualquer jeito, não precisa indenizar.

Principal efeito da posse ->

USUCAPIÃO:

Forma de aquisição de propriedade em razão do exercício da posse por um certo lapso de


tempo. – Estudaremos em direito de propriedade.

PERDA DA POSSE (1223 E 1224):

Perde a posse quando cessa, mesmo que contra a vontade do superior, o poder sobre o bem.

Art. 1.224. Só se considera perdida a posse para quem não presenciou o esbulho, quando,
tendo notícia dele, se abstém de retornar a coisa, ou, tentando recuperá-la, é violentamente
repelido.

Abandono também é forma de perda da posse, quem encontra pode se apossar.

DIREITO DE PROPRIEDADE:
Art. 1228 – Proprietário tem a faculdade de usar, gozar e dispor da coisa e o PODER de
reavê-la de quem quer que injustamente a possua ou detenha – SEQUELA.

Propriedade – É mais que um direito civil, é direito fundamental (art. 22 CRF) – Direito
estabelecido entre o titular e a coisa em função da titularidade – A propriedade deve exercer
FUNÇÃO SOCIAL – deve se destinar a uma determinada finalidade – Retirar da propriedade
o que ela pode dar – Se a propriedade não cumpre sua função social, o proprietário fica
sujeito à desapropriação. Ex. Propriedade rural improdutiva.

Também é possível a requisição de bens móveis. Ex. escavações em brumadinho, necessário


requisitar as retroescavadeiras e tratores em posse de outras pessoas.

O direito de propriedade é exercido por 4 atributos:

Direito de Usar, gozar/fruir, dispor e reaver.

Usar: Direito de utilizar a coisa conforme permite a Lei.

Gozar/fruir: Retirar das coisas o fruto que ele pode me dar. Ex. alugar imóvel para retirar
frutos civis.

Dispor: Possibilidade de transmitir a propriedade da coisa, seja ato inter-vivos ou causa


mortis, seja onerosa ou gratuitamente.

Reaver: Através da ação petitória, procura buscar a coisa de quem a possui ou detém de
forma injusta. A forma mais comum é a ação reivindicatória.

A propriedade é plena quando todos os 4 atributos estão reunidos, mas é possível a


propriedade restrita, como o usufruto – Nuproprietário titular do direito de dispor e reaver e o
usufrutuário com os poderes de usar e de gozar – Não temos a plena propriedade consolidada
nas mãos de apenas uma pessoa. Ex. Veículo em alienação fiduciária, comprador pode usar e
gozar do veículo, porém o direito de dispor é do banco que financia.

Propriedade se estende tanto sobre o solo quanto sob o subsolo e o espaço aéreo, em altura e
profundidade úteis ao exercício da propriedade, de forma que o proprietário não pode se opor
ao uso destes espaços em altura ou profundidade em que o proprietário não tenha interesse
legítimo de impedir. Ex. A propriedade do solo não te dá propriedade dos minérios no
subsolo, mas os minerais de uso imediato na construção civil (interesse legítimo) poderão ser
propriedade do titular.

Frutos e produtos da coisa, ainda que separados pertencem via de regra, ao proprietário da
coisa principal (se for bem móvel com fruto colhido antes da tradição, pertencem a quem está
com a coisa, salvo convenção em contrário).

A descoberta é quando se encontra coisa alheia perdida – DEVE SER RESTITUIDO – Não
devolver é apropriação. – Achador se não conhecer o proprietário, entrega a coisa á
autoridade competente, aquele que encontra tem direito à recompensa, não inferior a 5% do
valor da coisa, mais restituição das despesas com conservação e transporte, se o dono não
quiser abandoná-la.

AQUISIÇÃO DA PROPRIEDADE IMÓVEL:

Aquisição pode se dar de duas formas – originária (não há participação de titular anterior, não
existe tradição – Não vem com as características anteriores, vem “pura”) – Já a tradição
derivada traz as características e vícios da propriedade nas mãos do proprietário anterior).

Formas de aquisição originária de bens imóveis: Usucapião e Acessão (todo acessório segue
o principal, aquilo que se agrega ao principal será propriedade do titular).

Formas de aquisição derivada de bens imóveis: Registro de título aquisitivo (não basta a
realização da compra e venda e a escritura pública, precisa de um passo além) e Sucessão
hereditária.

ACESSÃO: Tudo que se incorpora ao solo:

Formação de ilhas: Ilhas que se formam em rios não navegáveis ou particulares – pertencem
ao domínio do particular.

Proprietários marginais: Suas propriedades margeiam os rios não navegáveis, a ilha que se
forma, pertence aos proprietários – É preciso dividira o leito do rio ao meio, e dividir a
porção de terra conforme as divisas das propriedades. Ex. Terra se formou apenas no leito
esquerdo, pertencerá apenas aos proprietários do lado esquerdo do leito.

Formação de nova ilha, por mudança do curso do leito – Novo braço formado, a mudança no
curso “corta” parte das propriedades – Os proprietários ás custas de quem a ilha se formou,
serão os proprietários da ilha.

Aluvião: Acréscimo de terra ao leito pela ação dos rios, acontece lentamente, de forma quase
imperceptível – Se adere á propriedade em que houve o acréscimo, SEM dever de
indenização por este proprietário beneficiado.

Avulsão: Deslocamento natural e brusco, que se desloca de um terreno e se agrega a outro –


Nesta situação a propriedade pode ser adquirida de 2 formas. – O proprietário beneficiado
pode indenizar o proprietário lesado, ou se passado um ano do deslocamento ninguém
reclamar.

Abandono do álveo: Desvio do curso do rio, que cria nova porção de terras ao abandonar o
curso anterior, diferente de um novo braço que continua na mesma direção, o álveo segue em
direção diversa – Pertence ao titular que teve a perda dessa parte.
Construções e plantações: Presumem-se feitas pelo proprietário do terreno em que se
encontram – Se esse proprietário constrói, planta ou semeia, com materiais e sementes de
outrem, adquire a propriedade dos materiais, devendo indenizar as perdas e danos. – Já o
proprietário de sementes, plantas ou materiais, que edifica ou semeia terreno alheio, PERDE
a construção ou plantio em proveito do proprietário, se procedeu de boa-fé, tem direito á
indenização. Nem sempre colhe quem semeia. – Agora, se a construção ou plantação exceder
consideravelmente o valor do terreno – Quem de boa-fé plantou ou construiu adquire a
propriedade do solo, pagando indenização acordada, ou na ausência de acordo, fixada
judicialmente.

USUCAPIÃO:

Se da através do exercício da posse MANSA, PACÍFICA E SEM OPOSIÇÃO por um


determinado lapso de tempo. Quanto tempo, vai depender do tipo da usucapião.

Usucapião extraordinária: Recai sobre imóvel - Requisitos – São sempre posse e tempo – Ler
posse como posse mansa, pacífica e sem oposição.

Posse para a usucapião necessária independe de justo título, e o tempo será de 15 anos.

O prazo aqui reduz de 15 para 10 anos, se o imóvel era utilizado como moradia habitual, ou
se o possuidor fez obras ou serviços de caráter produtivo.

Usucapião especial rural: Requisitos – posse de uma área rural de até 50 hectares (Até
500.000 metros quadrados) + Indivíduo não pode possuir outro imóvel + precisa exercer
posse por 5 anos ininterruptos + usar a área para moradia ou produção.

Usucapião especial urbana: Também chamada de usucapião constitucional (pois está no


artigo 183 da CRF) Requisitos – posse de uma área urbana de até 250 metros quadrados +
posse por 5 anos ininterruptos + não pode ter outro imóvel + utilizar para moradia sua ou de
sua família.

O direito deste dispositivo não pode ser reconhecido ao mesmo possuidor mais de uma vez.

E para os efeitos deste artigo o herdeiro legitimo continua de pleno direito a posse de seu
antecessor DESDE QUE já resida no imóvel quando da abertura da sucessão. – JÁ CAIU –
Herdeiro precisa já estar residindo no imóvel no momento da abertura da sucessão (morte).
Se o herdeiro passa a residir no imóvel após o falecimento, não continua a posse.

Usucapião em razão do abandono do lar: Forma de usucapião urbana especial em razão do


abandono do lar conjugal – Lapso de 2 anos + área urbana de até 250 metros quadrados +
usado como moradia + do qual o usucapiente é proprietário em conjunto com ex-cônjuge ou
companheiro que abandonou o lar + não ser proprietário de outro imóvel urbano ou rural –
Usucapiente adquire a propriedade integral – introduzido pela mesma Lei do minha casa
minha vida.

Usucapião ordinária – Exige Justo título e boa-fé! + lapso de 10 anos em posso ad


usucapionem – Reduz de 10 para 5 quando a aquisição se deu de forma onerosa, tenha sido
registrada, e posteriormente o registro é cancelado + possuidores tenham estabelecido
moradia, ou realizado investimento de interesse social ou econômico.

*Justo-título – Enunciados 86 e 302 – Jornadas de Direito Civil - abrange todo e qualquer ato
jurídico hábil em tese a transferir propriedade, não precisa ser necessariamente documento
escrito (Ex. Sucessão hereditária é considerada justo título/ promessa de compra e venda não
levada a registro também é justo-título segundo o STJ).

Usucapião urbana coletiva – Formação de comunidades/ núcleos habitacionais informais -


Área de até 250 metros quadrados + Exercício da posse por prazo mínimo de 5 anos + Sem
outro imóvel urbano ou rural.

AQUISIÇÃO DERIVADA DE BEM IMÓVEL:

Só existe pelo REGISTRO - (Pela saisine, no momento da abertura, é feita a transmissão dos
bens da herança, contudo, para individualizar a propriedade desses bens com relação a cada
herdeiro, é preciso realizar o processo de inventário e de partilha – Expede os formais de
partilha, documento que será levado à registro – A transmissão efetiva da propriedade aqui se
da pelo registro do título aquisitivo).

AQUISIÇÃO DA PROPRIEDADE MÓVEL:

Também temos aquisição originária e derivada:

Originária – Usucapião, ocupação, achado de tesouro, pela especificação, confusão, comistão


e adjunção.

Derivada: Tradição.

USUCAPIÃO DE BENS MÓVEIS (1261):

Usucapião ordinária: Exige justo título e boa-fé + posse massa e pacífica por 3 anos.

Usucapião extraordinária: Não exige nem justo-título nem boa-fé +lapso temporal de 5 anos
em posse ad usucapionem.

Ocupação (1263): Coisa abandonada é encontrada por alguém que a toma para si, se a coisa
tivesse dono seria a Descoberta – tem que devolver. Se é sem dono pode assumir.
Achado de tesouro: Hipótese difícil de acontecer – Pedreiro encontra ouro ao derrubar parece,
propriedade pertence em metade ao proprietário, e metade ao achador. Se é o proprietário que
encontra, é todo dele.

Especificação: Ocorre a transformação de uma coisa em outra – Se o especificador, aquele


que transforma a coisa, é proprietário da matéria-prima, a nova coisa será propriedade dele –
Se a matéria-prima pertence em parte a terceiro, o especificador também adquire a
propriedade – Se totalmente alheia a matéria-prima e se o especificador está de boa-fé, pode
adquirir a propriedade se indenizar o dono da matéria-prima.

Confusão, Comistão e Adjunção (1272 a 1274):

Confusão: Mistura de substâncias formando um líquido homogêneo.

Comistão/comissão: Mistura que forma sólido homogêneo.

Adjunção: É a justaposição entre duas substâncias.

Sendo possível a separação das substâncias – Cada uma para seu proprietário.

Sendo impossível a separação (poderá se considerar impossível a separação for dispendiosa,


muito cara), os donos terão Condomínio sobre a coisa.

Havendo má-fé por parte de quem misturou a coisa, o prejudicado pode escolher entre
assumir a propriedade, pagando o que não é seu, ou renunciar a propriedade e receber
indenização no valor do bem renunciado.

AQUISIÇÃO DERIVADA DE PROPRIEDADE MÓVEL:

Aquisição derivada – se transfere pela tradição.

Tradição pode ser real, ficta ou presumida.

Art. 1275 - A propriedade pode ser perdida quando a coisa é alienada, renunciada,
abandonada, quando coisa perece ou por desapropriação.

DIREITO DE VIZINHANÇA (1277):

Possuidor de prédio pode usar da forma que entender melhor, para alcançar a função
destinada da coisa. O que não se permite é que o uso de uma propriedade cause prejuízo ao
direito de propriedade alheio.
O direito de vizinhança determina os limites da interferência de uma propriedade em outra, e
em que hipóteses é possível cessar essa interferência.

Art. 1280 – Direito de exigir ao dono do prédio vizinho a demolição ou reparação de prédio
que ameaça ruína (colapso causando dano à propriedades vizinha), bem como lhe preste
caução pelo dano iminente. Parecido com o dano infecto.

Art. 1281 – Garantir contra eventual prejuízo iminente por conta de obras.

Arvores limítrofes: Propriedade devem ter divisas, as árvores que se encontram no limite das
propriedades, entendem-se como comuns à ambos os prédios, o dono do prédio em que
invadam galhos ou raízes pode cortá-los até a linha vertical divisória, e os frutos que caírem
pertencem ao dono do terreno em que caíram, mas o acessório segue o principal, antes de cair
é coisa comum, e o dono não poderá colher.

Art. 1285 – Dono que não tem acesso á via publica ou porto, o dono do terreno vizinho que
tem acesso é obrigado a suportar a passagem. Dono de imóvel encravado deve pagar
indenização, o rumo da passagem se não acordado será definido judicialmente, de forma a
causar o menor prejuízo.

Servidão (1378): Não confundir com passagem forçada, servidão é direito REAL – É
constituída por escritura pública, ou testamento + o devido registro – Servidão serve para
proporcionar a utilidade para o prédio dominante, na servidão não necessariamente há imóvel
encravado, pode ser mera dificuldade de acesso, é acordada uma servidão de passagem,
intuito de beneficiar o imóvel dominante com relação ao serviente, na servidão existe uma
vinculação na titularidade do imóvel. Necessariamente deve haver registro imobiliário.

Art. 1286 – Passagem de cabos e tubulações – Na mesma lógica da passagem forçada, através
de indenização, é possível estabelecer passagem de cabos e tubulações pelo prédio vizinho,
em relação a serviços de utilidade pública (Esgoto, Luz, etc...)

Art. 1288 a 1296 – Agua – nenhum prédio pode ficar sem acessa à agua, não se pode represar
um rio se for cortar o abastecimento de outros prédios, se no prédio urbano existe captação de
água, não se pode simplesmente despejar no prédio vizinho, é preciso fazer calhas para escoar
para dentro do meu imóvel ou para via pública, para a passagem de agua é preciso suportar
aquedutos que abasteçam prédio vizinho.

Art. 1297 e 1298 – Limite entre prédios e direito de tapagem, construção de cercas, muros,
tapumes etc... – Considerando que existe linha divisória, o muro construído deve ficar metade
de cada lado, cada metade pertence a um proprietário, também é possível construir no limite
da divisa, dividir os terrenos com parede por exemplo. Não pode depositar água, nem
construir janela com distância menor que a estabelecida em lei – Se a janela for direcionada
para a linha divisória, a distância mínima é de um metro e meio. Se a janela é perpendicular à
divisa, deve iniciar a construção à 75 centímetros da divisa. Essa é a regra em relação á
janelas, terraços ou varandas. Quanto as entradas de luz e ar – a regra é 10 cm de largura, 20
de comprimento e á 2 metros do piso. E também paredes com tijolo de vidro para permitir
maior luminosidade.

CONDOMÍNIO:

Pode ser voluntário necessário ou edilício.

Voluntário: Pessoas compram juntas uma casa, cada um deles tem uma cota ideal de um
imóvel indivisível, ou um quinhão ideal de um imóvel divisível – Não importa se é divisível
ou não.

Necessário: Quando incide o direito de vizinhança – meação de muros, paredes, cercas, entre
os imóveis.

Edilício: Tem parte da propriedade que é privada e parte que é comum (corredor do prédio) –
pode ser instituído entre vivos, por testamento, deve haver indentificaç~´ao da fração ideal de
cada imóvel dentro da área comum e a área privativa e a finalidade, aqui existe necessidade
de estabelecer convenção de condomínio – que deve ser levada a registro para vincular os
proprietários, como estamos falando de direito das coisas, todo novo proprietário, locador,
quem quer que passe a residir, fica vinculado à esse regramento.

Extinção do condomínio edilício se dá pela aquisição de todas as unidades habitacionais por


uma única pessoa, pela destruição do imóvel, ou por desapropriação.

Dentro do condomínio voluntário/convencional – existe o direito de preferência – Regra geral


o direito de preferência é dado aos coproprietário de bem indivisível, mas o STJ tem
entendimento que também no caso de condomínio divisível há direito de preferência – Esse
direito não está previsto nas normas de condomínio – está no 504 – Um condómino não pode
vender sua parte á estranho se o outro condômino quer compra-la pelo mesmo preço – O
condômino que não sabia da venda, pode reaver a parte depositando o preço, ao requerer no
prazo decadencial de 180 dias. – Sendo muitos os Condôminos, a preferência é de quem tiver
feito as benfeitorias de maior valor, ou sem elas, o de quinhão maior, se as partes forem
iguais a parte será vendida para os coproprietários que a quiserem, depositando previamente o
preço.

Dívidas do condomínio – Condomínio se vincula á coisa, as dívidas são divididas entre os


coproprietários proporcionalmente à sua cota parte. Assim como também tem direito
proporcional aos frutos derivados. Na administração do condomínio voluntário um dos
condôminos pode administrar, se houver consenso, podem nomear um administrador. O
condomínio voluntário será extinto em razão da convenção das partes, ou sem acordo – ação
de divisão de condomínio (art. 569 e ss, CPC).
No condomínio edilício – partes privativas e partes comuns – a parte privativa pode ser
vendida a quem o proprietário quiser, sem direito de preferência, e junto desta área privativa,
vai p percentual de fração ideal do proprietário sobre a área comum. Quanto ao box de
garagem (art. 1339) os direitos de cada condômino em relação a parte comum é inseparável
da parte exclusiva, também são inseparáveis das frações ideais correspondentes os seus
acessórios (vaga na garagem) – É proibido alienar ou gravar esses bens em separado – O que
é permitido é que o condômino aliene a parte acessória de sua fração ideal a OUTRO
CONDOMINO – Só pode vender a terceiro não condômino se isto for autorizado pela
convenção de condomínio.

Pagamento das despesas de condomínio – condômino deve contribuir para as despesas


conforme for fixado na convenção, esse valor de débito de condomínio é obrigação
PROPTER REM – Não é individual do proprietário da coisa, mas do imóvel em si.

Condomínio edilício será administrado por um síndico, com direito a remuneração


estabelecida em convenção condominial.

2 novas formas de condomínio:

CONDOMÍNIO DE LOTES (1358 – A):

Semelhante ao regramento do edilício, só que horizontal ao invés de vertical, não existe a


construção, é um condomínio de terrenos.

MULTIPROPRIEDADE/TIME SHARING (1358 – B AO 1358 – U):

Instituição de condomínio geralmente sobre lugares de lazer, cada multiproprietário divide o


tempo de uso do imóvel, não inferior á sete dias, utilização pode ser fixada em um período
específico do ano (semana do natal) ou pode flutuar.

DIREITOS REAIS SOBRE COISA ALHEIA:

Superfície: Proprietário cede o direito de plantar ou construir em seu terreno por um lapso de
tempo, pode ser instituído de forma gratuita ou onerosa, mas sempre devidamente registrado
em cartório de registro de imóveis (direito real).
Quando termina o prazo, se não houver definição extinta, proprietário do terreno recebe a
propriedade daquilo que foi edificado.

SERVIDÃO – JÁ COMENTADA:

USUFRUTO – JÁ COMENTADO:

DIREITO REAL DE USO:

Ex. direito de usar uma pequena área de um terreno para uma sepultura, existe a titularidade
de um terreno, e é fixado um direito de usar apenas.

DIREITO REAL DE HABITAÇÃO:

Ex. Fixado no direito sucessório em benefício do cônjuge ou companheiro sobrevivente,


independe de fixação judicial.

DIREITO DE LAJE:

Permite eu o proprietário de imóvel térreo, aliene o direito de construir para cima, para outra
pessoa. Ex. sou dono de prédio de um andar, vendo para alguém a possibilidade de construir
o segundo andar, no registro as matrículas serão separadas.

PROCESSO CIVIL

Para exercer o direito de ação a parte autora precisa antecipar as custas, para reaver essa custa
basta ganhar a ação, ônus da sucumbência, o réu é condenado a ressarcir as custas
antecipadas. Quem nunca perde é o Estado que presta a jurisdição. - §2º do art. 82.

Se a parte vencida é a que antecipou, não arca com nada na sucumbência.

GRATUIDADE DE JUSTIÇA
O Autor quando tem direito à gratuidade não precisa antecipar as custas. - CPC 98 ao 101 -
Forma de isenção das despesas do §1º do art. 98 - Concedida aos hipossuficientes, pessoas
naturais e jurídicas, seja autor ou réu - Protege o acesso à justiça.

Hipossuficiência - A condição financeira não permite arcar com as custas e despesas do


processo sem afetar o sustento próprio ou da família - quantum exato de renda é deixado ao
judiciário para analisar caso a caso. Ex. pessoa recebe R$ 10.000, contudo deve arcar com os
remédios do filho com HIV, além de alimentos para outros 2 filhos.

Outra solução é o diferimento, o pagamento das custas ao final - é o caso do autor que tem
patrimônio mas não tem dinheiro, não pode ser obrigado à vender bens para poder entrar
coma ação.

Parte pode requerer o benefício A QUALQUER MOMENTO, em sede recursal até, não
preclui - Pode ser que a condição de hipossuficiente apareça durante o processo.

Só é pedida uma vez - se concedida vai se estender a todos os atos do processo, e também
pode ser REVOGADA a qualquer momento, basta demonstrar que mudou a condição
financeira.

PRESUNÇÃO - A pessoa NATURAL que pede a justiça gratuita tem sua hipossuficiência
presumida - Presunção é relativa - magistrado pode quebrar essa presunção e exigir a prova
da hipossuficiência antes de conceder o benefício. - CPC, §2º, art. 99.

PJ PRECISA demonstrar a insuficiência de recursos. - CPC 15 determina de forma expressa -


art. 99, §4º - que a representação por advogado particular não impede a concessão de justiça
gratuita - pode ser a verba honorária cota litis, percentual sobre o valor que o autor ganhar.

Gratuidade NÃO abrange multas processuais - litigância de má-fé, faltar a AIJ sem
justificativa - Art. 98, §4º.

No litisconsórcio um autor pode ser beneficiado sem que o outro seja - a análise é das
condições PESSOAIS.

Pedido no recurso - Art. 99, §7º - Recorrente que pede a gratuidade está dispensado de pagar
o preparo recursal, até a avaliação do pedido.

Da decisão de indeferir a gratuidade, ou que acolhe a sua revogação cabe recurso (Agravo de
Instrumento/ Se for indeferida ou revogada na sentença cabe apelação) - Art. 101, §1º -
Recorrente estará dispensado de pagar o preparo recursal até a decisão preliminar do julgador
(antes do julgamento do recurso em si).
Réu pode impugnar a justiça gratuita na primeira oportunidade de falar nos autos, se foi
concedida do recebimento da inicial, réu impugnará à contestação, em sede preliminar. - Art.
100, CPC.

HONORÁRIOS

Art. 82, §2º e 85 - Sucumbência gera condenação de pagar ao vencedor as custas, e


honorários ao advogado da parte vencedora. - Se a parte vencida é beneficiária da justiça
gratuita - Art. 98, §2º - NÃO afasta essa responsabilidade de pagar na sucumbência. - §3º -
CONTUDO, as obrigações decorrentes da sucumbência ficarão sob condição suspensiva de
exigibilidade. - Condição suspensiva perdura por 5 anos, após esse prazo prescreve o direito
de cobrar estas custas e honorários. - Se a condição financeira do beneficiário mudar dentro
destes 5 anos, a sentença condenatória pode ser levada à juízo para cumprimento. - Credor ou
interessado deve ficar investigando para ver se a condição financeira da parte vencida mudou.

Juiz na sentença fixa os honorários - art. 85, §2º - Mínimo de 10% e máximo de 20% -
SOBRE O VALOR DA CONDENAÇÃO - Se não houver condenação, do proveito
econômico da causa - Se não houver proveito econômico, aí sim será o valor atualizado da
causa! - Critérios para fixar o percentual entre 10 e 20% - Grau de zelo, local de prestação do
serviço, natureza e importância da causa e trabalho realizado + tempo exigido. - Deve
fundamentar essa fixação!

Exceções - Teto é 20 % sem exceções, mas existem situações onde pode ser abaixo do piso -
Art. 90, §4º - Réu reconhece a procedência do pedido e ao mesmo tempo, cumpre
integralmente a prestação reconhecida -> Abaixa os honorários pela metade. (se fixados em
20 abaixa p/10, fixados em 10 abaixa p/5).

Conteúdos da contestação (preliminares/defesa processual - art. 337 e defesas de mérito) -


Ausência de legitimidade é questão preliminar - Juiz faculta ao autor 15 dias para substituir o
réu na ação - Se o autor concordar e for feita a substituição o autor reembolsará (gera
sucumbência para o autor) as despesas do substituído e paga custas fixadas entre 3 e 5%.

Ação de execução fundada em título extrajudicial - ao receber a inicial o juiz fixa honorários
em 10% - Réu citado em 3 dias p/ pagar - se efetuar o pagamento voluntário em até 3 dias,
honorários fixados pela metade (5%) - art. 827, §1º.

§3º, art. 85 - Entes federativos + autarquias e fundações - Contra a Fazenda Pública


honorários seguem a regra do par. 3º. LER.

Honorários Recursais - para o professor na verdade é uma majoração dos honorários fixados
anteriormente - art. 85, §11 - É possível majorar os honorários no recurso, mas é Vedado
ultrapassar o teto tanto o de 20% quanto o de 8% contra a Fazenda Pública - se já foi fixado
em um teto no primeiro grau, não pode majorar no segundo.
Art. 85, §8º - Proveito econômico inestimável ou irrisório, ou valor da causa muito baixo -
Juiz aplica a apreciação equitativa - Não será fixado via percentual, seria ofensivo ao
advogado, advogado usará os critérios subjetivos já comentados para fixar um valor claro,
objetivo - Juízes têm usado para fixar valores mais baixos em causas de valor muito alto
(deveria aplicar o percentual normalmente).

Circuntâncias notáveis:

Advogado que atua em causa própria: Tem direito a honorários de sucumbência se vencer -
Art. 85, §17.

Advogado Público - Interesses da Fazenda Pública, o salário que recebem não os retira o
direito aos honorários - §19.

§14 - Honorário é direito do advogado (podem ser executados sem a presença do cliente, em
nome próprio) - Natureza alimentar (dívida alimentar pode penhorar poupança! - direito
especial desse crédito) - Vedada a compensação em caso de procedência parcial dos pedidos
(na procedência parcial o réu paga o advogado do autor e o autor paga o advogado do réu,
sempre da parte contrária - sucumbência parcial). Ex. Pedido de 10k, juiz decide que autor
deve receber 6k. Autor paga ao advogado do réu honorários fixados a partir dos 4k em que
foi derrotado, e o Réu paga ao advogado do autor os 6k em que perdeu. - Na compensação as
partes são credora e devedora uma da outra - isso não se encaixa aqui, cada advogado deve
receber integralmente.

§18 - altera súmula do STJ - decisão transitada em julgado é omissa em relação ao direito de
honorários - advogado entra com Embargos de Declaração ou até apelação - se o mecanismo
recursal não foi usado e a decisão transitou - AINDA ASSIM caberá ação autônoma contra a
parte perdedora em relação à ação anterior - STJ entendia que não cabia.

LITISCONSÓRCIO

2 ou mais pessoas no polo ativo ou passivo - Será necessário - art. 114, CPC - pela disposição
da Lei, ou pela natureza da ação jurídica, quando a eficácia da sentença depender da citação
de todos que devem ser litisconsortes.

Litisconsórcio simples - Sentença pode ser diferente entre os litisconsortes.


Litisconsórcio unitário - decisão deve ser idêntica.

Litisconsortes vencidos respondem de forma proporcional pelas despesas e honorários - Art.


87, §1º - Cabe ao Juiz fazer essa distribuição de proporções, ex. 40% p um es 20% para
outros 3. - CPC já prevê a omissão do magistrado - §2ª - Silente o Juiz o CPC fixa a
responsabilidade solidária! - Sendo solidária a dívida pode ser cobrada integralmente de
apenas um dos réus. - Parte deve entrar com os Embargos de declaração para impedir a
omissão.

PROCURAÇÃO

Documento que demontra quo o advogado recebeu ´oderes do cliente para atuar em ju-izo -
art. 104 - É indispensável! - O que pode excepcionar é a PRESCRIÇÃO, DECADÊNCIA,
PRECLUSÃO E SITUAÇÕES URGENTES - §1º do art. 104 - Seráautorizxado postular sem
procuração,as o advogado terá 15 dias, prorrogados por mais 15, para juntar a procuração.

Art. 105 - Pode ser instrumento público ou particular, deve ser assinado pela parte/cliente, a
procuração geral permite ao advogado praticar todos os atos do processo EXCETO ->
Receber citação, confessar, reconhecer a procedência do pedido, transigir, desistir, renunciar,
receber, dar quitação, firmar compromisso e assinar declaração de hipossuficiência
econômica (precisam de poderes especiais, procuração específica, devem estar expressos na
procuração).

§4º - art. 105 - Procuração, salvo disposição expressa, quando outorgada na fase de
conhecimento, será eficaz para todas as fases do processo, incluindo o cumprimento de
sentença (após o trânsito em julgado) - Vale para 1º, 2º e 3º grau - SALVO disposição
expressa em contrário constante na própria procuração!

Art. 107 LER - Direitos e prerrogativas do advogado - direito de examinar, mesmo sem
procuração, os autos de qualquer processo independentemente da fase - Requerer, como
procurador (procuração estabelecida), vista do processo por 5 dias. - Carga do processo
(retirar os autos pelo prazo legal, sempre lhe couer falar no processo por determinação
judicial, nos casos da Lei.

Revogação e Renúncia da procuração - Advogado pode renunciar e o cliente pode revogar -


LER as regras do código de ética do estatuto da OAB. Ex. advogado pode renunciar a
qualquer momento se provar que comunicou a renúncia ao mandante a fim de que este
nomeie sucessor. - Art. 112 §1º e 2º - Para NECESSÁRIO para evitar prejuízo ao cliente,
advogado continuará a representá-lo por 10 dias. - Se a procuração outorgar vários advogados
e parte deles continuar na causa, a comunicação será dispensada.

Advogado pode transmitir os poderes da procuração pelo substabelecimento - com reserva de


poderes, advogado constituído chama outro para trabalhar consigo, mantém/compartilha seus
poderes (NÃO PRECISA DE AUTORIZAÇÃO DO CLIENTE) - Sem reserva de poderes,
advogado constituído está saindo do processo (é uma forma de renúncia - ANUÊNCIA DO
CLIENTE É IMPRECINDÍVEL).

ATOS DO JUIZ
Juiz se manifesta por decisões - Despacho, decisão interlocutória e sentença - No segundo
grau, em regra colegiado, atua por acórdão.

TED - tribunal de ética e disciplina da OAB - Já no primeiro grau é colegiado.

No segundo grau existe também a decisão monocrática - Art. 932, LER, CPC - Situações em
que o Relator pode decidir monocraticamente.

Sentença - é a forma de terminar, extinguir o processo em primeiro grau - art. 316 e 203, §1º -
Extinção pode ocorrer com ou sem extinção de mérito - Art. 485 e 487 - Da decisão que
extingue o processo - art. 1009 - caberá APELAÇÃO.

Interlocutória - art. 203,§2º - Manifestação do Juiz com carga decisória, que atinge as partes,
MAS NÃO extingue o processo. - Recurso cabível em regra é o AGRAVO DE
INSTRUMENTO - Art. 1015 LER - limita, nem todas as interlocutórias são atacadas com AI,
se não estiver na lista, não é agravável - Contra as decisões interlocutórias não agraváveis -
CABERÁ APELAÇÃO (usa a mesma apelação que ataca a sentença, para atacar todas as
interlocutórias não agraváveis que surgiram no processo em preliminar de apelação).

Despacho - É uma manifestação do Juiz SEM carga decisória - Dos despachos não cabe
recurso - linguagem praxista é errada.

Manifestações do Juiz obedecem a prazos - Art. 226 - É uma sugestão, não tem sanção
processual. - Para as partes ocorre a preclusão, para o Juiz não.

Despacho - 5d.
Interlocutória - 10d.
Sentença - 30d.

Art. 140 - Magistrado não pode alegar obscuridade ou lacuna e deixar de julgar - não pode
negar a jurisdição - Advogado bom já adianta a fundamentação para o Juiz decidir.
Princípio da congruência - Juiz julga o pedido, está adstrito ao pedido - não pode decidir além
(ultra petita), a menor (citra petita), ou algo diferente (extra petita).

Atuação deve ser imparcial, mas não neutro - esta imparcialidade se afetada - gera ao órgão a
necessidade de se afastar do processo - 144 e 145, CPC - Impedimento e Suspeição.

Impedimento - circunstâncias listadas no 144 - Parcialidade absoluta do magistrado.

Suspeição - 145 - Parcialidade relativa.

Ambas podem e devem ser reconhecidas de ofício. - Se não for reconhecido pelo magistrado
tanto as partes quanto o MP podem buscar - Prazo de 15 dias (146) contados desde o
reconhecimento da causa de suspeição ou impedimento para iniciar o incidente de suspeição
ou impedimento.

Consequências do pedido - Juiz pode concordar, ou remeter o pedido para o Tribunal. - 146,
§2º - Relator que receber o processo pode atribuir OU NÃO o efeito suspensivo ao incidente!

Se a parte não alegar no prazo de 15 dias - Se for causa de Suspeição (imparcialidade


relativa), preclui!!! - Juiz se torna imparcial, perdeu o direito de alegar.
Se for causa de Impedimento - NÃO HÁ Preclusão - Art. 966, II, CPC - Regula a ação
rescisória (ataca coisa julgada) - Pode Rescindir decisão exarada por Juiz Impedido e
Absolutamente incompetente pois não precluem. - Impedimento pode ser alegado a qualquer
momento, em qualquer grau e fundamenta ação rescisória!!!

É vedado à parte forçar essa circunstância superveniente quando o processo já está em


andamento. Ex. Advogado coloca como advogado um parente do Juiz.

Aplica-se a suspeição e o impedimento aos membros do MP, auxiliares de justiça (escrivães,


serventuários) e aos demais sujeitos imparciais do processo (perito). - Nesses casos alega para
o Juiz e o Juiz decide se será parcial ou não. - NÃO SE APLICA à testemunha - aqui entra o
447, §2º, e 457 LER - sistemática própria por meio da contradita. - Reduzirá a testemunha à
condição de informante!

INTERVENÇÃO DE TERCEIROS

MP pode ser parte, tanto no polo ativo quanto no passivo - pode atuar também como custus
legis, fiscal da ordem jurídica - emite parecer/opina - parecer não vincula o juiz - art. 178 diz
quais causas o MP entra - interesse público, interesse de incapaz e litígios coletivos pela
posse de terra rural e urbana.

Prerrogativas do MP como custus legis - 179 - Vista dos autos depois das partes - Será
intimado de todos os atos do processo - poderá produzir provas (pedir perícia, arrolar
testemunha, etc…) - E tem legitimidade recursal (pode recorrer mesmo não sendo parte/
mesmo caso do terceiro que tem interesse na causa).

Prazos - MP goza de prazo em dobro! Para se manifestar nos autos.

Se o MP não for intimado em processo em que deve intervir - art. 279 - NULO o processo. -
Nulidade é pela falta de INTIMAÇÃO e não falta de manifestação do MP - se a intimação foi
regular e o MP se omitiu, NÃO há nulidade.
Nulidades previstas no CPC são sempre relativas - pas de nullité sans grief - Se as partes não
demonstrarem prejuízos e o ato atingir sua finalidade a nulidade será convalidada, será
superada a nulidade.

Art. 276 do CPC - Quando a Lei prevê determinada forma sob pena de nulidade a decretação
não pode ser requerida pela parte que deu causa - Parte não pode se valer da própria torpeza.

Art. 278 - Parte que percebe ato processual nulo deve se manifestar na PRIMEIRA
OPORTUNIDADE sob pena de preclusão - presunção de que não houve prejuízo.

Preclusão - extinção do direito de se manifestar por não fazê-lo no momento processual


correto.

Comunicação dos atos processuais - citação, intimação e cartas - citação só acontece para o
réu, e só no início do processo. - Não existe a notificação no CPC.
Art. 280 - As citações e intimações são nulas (se não atingirem sua finalidade e for
demonstrado prejuízo) quando não observam as prescrições legais. - prescrição no sentido de
previsão legal.

Art. 279, §2º - A nulidade por não intimação do MP só poderá ser decretada quando, após
intimado o MP ele se manifestar sobre existência ou não de prejuízo. - Juiz percebe que o MP
não foi intimado e deveria ter sido - Juiz não decreta de cara a nulidade - Ele intima o MP que
se manifestará sobre a existência de prejuízo - Se o MP disser que não há, segue o processo
sem anulação dos atos.

Sempre que houver prejuízo é porque o ato não atingiu a sua finalidade.

INTERVENÇÃO DE TERCEIROS

Terceiro Não é parte - deve ser alguém que não figura nem no polo ativo nem no passivo -
Depois do CPC/15 a Nomeação a Autoria foi retirada como intervenção de terceiros - art. 337
e 338, agora é defesa preliminar na contestação (ilegitimidade do réu - sucessão de partes).

Oposição - virou ação de rito especial!

Existem hoje 5 formas de intervenção de terceiros no processo.

-Denunciação da Lide
-Chamamento ao processo
-Assistência
-Amicus Curiae
-Desconsideração da personalidade Jurídica
ASSISTÊNCIA

119 a 124 do CPC - É intervenção voluntária - terceiro quer intervir no processo -


INTERESSE JURÍDICO - Assistente não vira parte ao demonstrar interesse - pode se
vincular tanto ao autor quanto ao réu - tem direito de manifestação, mas minha manifestação
está vinculada ao assistido, atos estão subordinados ao assistido - assistente auxilia, não
comanda o processo - se o assistido renunciar, nada poderá fazer o assistente mesmo tendo
interesse.

Interesse Jurídico - deve provar que existe uma relação entre a parte que será assistida e o
assistente, e que a sentença poderá influir nessa relação entre a parte e o terceiro.

Ex. Ação com pedido de despejo, assistente é o sublocatário, será prejudicado com o despejo.

Assistência litisconsorcial - Litisconsórcio necessário JAMAIS vai gerar assistência, pois o


interessado necessariamente figuraria em um dos polos, já no litisconsórcio facultativo é
possível - Ação deveria ser proposta contra A e B, é ajuizada contra apenas A, B pode entrar
como assistente se aceito - Será diferente da Assistência normal/Simples - O assistente
litisconsorcial tem liberdade de atuação no processo - sua manifestação/atuação não está
subordinada ao assistido.

Momento em que a assistência pode ocorrer - Em qualquer instância ou tribunal!!! -


Assistência na execução - posição majoritária é de que não é possível.

DENUNCIAÇÃO DA LIDE

Palavra chave é Direito Regressivo, direito de cobrar o dispêndio com que a parte teve de
arcar. - Art. 125, I e II - Parte poderia entrar com uma outra ação para cobrar seu direito
regressivo, mas pega um atalho, coloca a pessoa contra quem tem direito de regresso na ação,
com o intuito de repassá-la a responsabilização em caso de derrota.

Art. 125, I - Evicção, Ex. A vende imóvel para B, C entra com ação afirmando ser o real dono
do imóvel, se B perder tem direito de regresso contra A - Denuncia a lide a A para garantir
que dentro do processo o Juiz já reconhece a responsabilidade de C e ressarcir A.

Art. 125, §1º - Direito regressivo em regra se persegue por ação autônoma, e também quando
a denunciação for indeferida, deixar de ser promovida, ou não for permitida (Ex. no JEC não
tem) - Isso não significa que o condenado perde o direito de regresso! apenas que deverá ser
feito por ação autonoma. - Antes do CPC/15 sem a denunciação não tinha regresso. Hoje a
parte escolhe entre a ação autônoma e a denunciação.

Na denunciação se reconhecido o direito de regresso, o Autor da ação pode pedir o


cumprimento de sentença contra o DENUNCIADO! - No contrato de seguro, inclusive se
permite que já seja colocado no polo passivo o segurado e a seguradora, cria um
litisconsórcio passivo facultativo (Entendimento do STJ) - O que não é permitido é colocar
no polo passivo a seguradora sem o segurado.

Art. 129, caput - Denunciante foi vencido - Juiz passa a analisar a denunciação da lide,
fixado/reconhecido o direito de regresso a execução pode ser feita em face do renunciante e
do denunciado. - P.U - Se o denunciante for vencedor, não é preciso julgar a denunciação,
não há direito de regresso a ser avaliado - Nesse caso o denunciante deve pagar as verbas de
sucumbência do denunciado. - Paga as custas do denunciado pois a denunciação não foi
analisada.

CHAMAMENTO AO PROCESSO

Traz ao processo o devedor ou o co-obrigado - Fiador chama o afiançado - É possível entrar


com ação em face apenas do Fiador, fiador não pode dormir, tem o direito de chamar o
devedor principal, o afiançado - Terá benefício de ordem (fiador só paga se o afiançado não
puder pagar, tiver patrimônio insuficiente).

Se existem vários fiadores não há litisconsórcio necessário - Autor pode ajuizar em face de
apenas um fiador, que por sua vez poderá chamar os outros fiadores ao processo.

Também pode chamar os co-devedores SOLIDÁRIOS - Autor pode escolher cobrar de


apenas um ou alguns devedores solidários, que poderão chamar os demais solidários.
Palavras-chave: Fiança e devedores solidários.

Consequência - Art. 132 - A sentença vira título executivo para o réu que satisfaz a dívida,
em face do devedor principal ou de cada um dos co-devedores chamados ao processo, para
cobrar suas cotas-parte. Assim não é preciso entrar com ação autônoma de conhecimento em
face dos outros devedores (o que não quer dizer que este direito seria extinto se não houvesse
o chamamento, é uma forma de dar celeridade ao processo).

Art. 1698, CC - (Alimentos Avoengos) Verba alimentar exigida dos avós (Pai e Mãe não tem
condições) - Essa dívida alimentar deve ser partilhada entre os avós paternos e maternos - Se
ajuizado apenas em face de um lado, a Lei cria possibilidade de forma anômala de
chamamento ao processo (Advém da Lei material e não processual - Não respeita as regras
do CPC) - Traz ao processo, mas aqui entram como litisconsortes.
Art. 101, CDC - Oriundo da relação de consumo, fornecedor é autorizado chamar ao processo
sua seguradora (Seria denunciação da lide, mas o CDC chama de chamamento ao processo,
de forma atécnica). - Outra forma anômala.

AMICUS CURIAE

Amigo da lide, do tribunal, auxilia o processo e não o assistido (uma das partes) - Amicus
não tem interesse jurídico/direto - o interesse é diante da relevância e repercussão social da
matéria discutida no processo. - Devem ser matérias de grande repercussão e interesse social.
- Pessoa que pretende intervir como AC deve ter representatividade, deve representar um
grupo/ associação/ órgão (Pode ser MP, OAB, DP).

3 palavras-chave para que seja deferida a intervenção: Repercussão/relevância e


Representatividade.

A intervenção do AC pode ser solicitada de ofício pelo Juiz! - E na decisão que solicitar ou
admitir (essa decisão é irrecorrível - art. 138), o Juiz deve fixar os poderes do AC. - Como se
manifesta, o que pode requerer, etc…

E se não admitir - Decisão será irrecorrível? - Art. 1.015 - Lista das decisões interlocutórias
agraváveis - Inciso IX - Decisão que admite ou inadmite intervenção de terceiros cabe agravo
- Qual norma vale? - STF se posicionou dizendo que a regra específica se aplica -> Admissão
do AC não caberá agravo, e a Inadmissão? -> Segundo o STF também será irrecorrível, STF
estendeu o artigo 138.

§1º e 3º do art. 138 - AC não autoriza interposição de recurso - Não tem legitimidade recursal
em regra - Exceto Embargos de Declaração e da decisão que julga o incidente de resolução de
demandas repetitivas (IRDR).

DESCONSIDERAÇÃO DA PERSONALIDADE JURÍDICA

Execução do credor vs. devedor (devedor é PJ) - A PJ tem sócios, pessoas naturais, em regra
o patrimônio da PJ é separado/independente do patrimônio dos sócios. - Muitas vezes esses
patrimônios se misturam, e excepcionalmente será possível atingir um patrimônio por dívida
de outro patrimônio.

Fundamentação do pedido de desconsideração deve ser material -art. 50 - (confusão


patrimonial).
Instaura o incidente de desconsideração. Juiz acatando deverá citar o sócio (contraditório). -
Com a manifestação do sócio Juiz defere ou indefere a desconsideração, redirencionando a
cobrança contra o patrimônio do sócio.

Não cabe desconsideração de ofício - Deve haver pedido!

Artigo 136, CPC - Pode ser que seja necessária produção de prova para demonstrar os
requisitos do art. 50 - Incidente de desconsideração é decidido em decisão interlocutória.

Recurso cabível - Agravo de Instrumento - 1.015, IV.

Desconsideração pode ser pedida no segundo grau - Se a decisão do incidente for exarada
pelo relator - Agravo Interno.

JEC - Art. 10 L. 9099 - Intervenção de terceiro no JEC é proibida - A desconsideração é


forma de intervenção de terceiros - Mas é possível por meio do art 1.062 das disposições
transitórias do CPC - Aplica-se o incidente de desconsideração no JEC.

CONTESTAÇÃO

Primeira manifestação do réu nos autos, a contestação tem prazo - 15 dias, art. 335, CPC -
Em regra o réu é citado para comparecer à audiência de conciliação (334) se não houver
acordo o prazo para contestação passa a contar do primeiro dia útil posterior a audiência -
Juiz pode entender que não é caso de conciliação, citará o réu para oferecer contestação. -
Neste caso de citação para contestação, o prazo começa a contar do primeiro dia útil posterior
à juntada nos autos do comprovante citatório. art. 231, 224 e 335, III. (Diferente no Dir.
Penal, onde conta da própria citação).

Audiência pode não acontecer por vontade das partes, neste caso o primeiro dia será o útil
posterior à juntada da petição do réu que expõe seu desinteresse na audiência - 335, II.

Litisconsórcio - Para cancelar a audiência por vontade das partes, todos os litisconsortes
devem se manifestar em contrário - 334, §6º - Prazos de contestação para cada réu
litisconsorte, VAI CONTAR DE FORMA INDEPENDENTE, não será caso de prazo comum
aos litisconsortes.

Se o Juiz entender que não é caso de autocomposição, em litisconsórcio passivo - Art. 231,
§1º - O dia será a última data a que se refere os incisos I a IV - PRAZO COMUM. - a partir
da juntada do último comprovante citatório!
Estrutura da Contestação - Réu pode apresentar sua defesa processual (em preliminares de
contestação) - E de mérito, específica quanto aos fatos (341) e pedidos (336) da inicial.

Preliminares - art. 337 do CPC - Lista das matérias alegáveis em preliminar.

Art. 336 - Incumbe ao réu alegar na contestação toda matéria de defesa - Não pode apresentar
as preliminares e a de mérito em momentos diferentes - NÃO haverá outra oportunidade, não
pode guardar na manga - princípio da eventualidade.

Fatos e pedidos devem ser contestados - Manifestar-se precisamente, objetivamente, fato a


fato, não se permite a contestação genérica/geral (“Não são verdadeiros os fatos alegados
pelo autor”). Todo fato não contestado precisamente será presumido verdadeiro
(relativamente). - É possível a contestação por negativa geral, mas pelo Defensor Público, o
advogado dativo e ao defensor especial APENAS - 341, P.U - Estão desimcumbidos do ônus
de impugnação específica.

Art. 342 - Só poderá o réu trazer novas alegações após a contestação se - relativas a fato
superveniente.
-Se deveriam ter sido reconhecidas de ofício pelo Juiz.
-Se por expressa autorização legal puderem ser formuladas à qualquer tempo e em qualquer
grau.
(Ex. incompetência absoluta, impedimento - parcialidade absoluta, prescrição e decadência).

RECONVENÇÃO

O que o réu deseja ao contestar, a maneira com que ele vence, é pela improcedência dos
pedidos do autor, réu geralmente não articula pedido próprio, apenas rebate os pedidos do
autor. Se além de se defender o réu também quer atacar, ou ajuíza ação autônoma, ou faz o
pedido de reconvenção.

Antes era tudo separado - mas veio o art. 343.

Pedidos condenatórios, constitutivos ou declaratórias contra o autor. - Uma inversão de polos


dentre do pedido de reconvenção. - Toda petição inicial tem valor da causa - art. 292 - valor
corresponde em regra ao pedido. - Contestação não têm valor da causa, pois só rebate, e nem
recurso, JÁ a reconvenção tem! - Correspondente também ao valor dos pedidos.

A resposta do autor à Reconvenção - Art. 343, §1º - Autor é intimado para apresentar
resposta em 15 dias. (mesmo prazo da contestação)

A reconvenção do réu deve ser apresentada no prazo da contestação - 343, §6º - pode
apresentar reconvenção independentemente da contestação. - Apesar de o caput dizer que
deve ser apresentado dentro da contestação. Se a ação for extinta, pode continuar a
reconvenção!!! - não está subordinada - Para apresentar reconvenção deve haver uma ação,
mas a desistência da ação não acaba com a reconvenção. - 343, §2º.

REVELIA

Art. 344 - Revelia acontece quando o réu não contesta a ação - Contestação intempestiva é
como não apresentar.
Efeitos - Presunção de verdade das alegações do autor (relativa). - Réu revel continua
podendo produzir prova, para afastar essa presunção.

Não produzirá esse efeito nas situações do art. 345 - Ex. Contestação de um dos réus no
litisconsórcio passivo, outro réu continua sendo revel, mas não se aplica o efeito de presunção
de veracidade. - Porém, existem outras consequências para a revelia - art. 346 - Prazos contra
réu revel correm sem intimação CASO NÃO TENHA ADVOGADO - Quando habilitar
procurador nos autos corre normalmente.

Procedimento Comum: Recebimento da Inicial - Citação - Contestação ->

Após a contestação vem a réplica? - Para o professor não deveria por questão de isonomia,
apenas se ao réu fosse permitida a tréplica. - Após a contestação vêm as providências
preliminares - Permitido ao autor pois o réu está inovando - intimação do autor para falar
sobre as preliminares, sobre os fatos extintivos, modificativos ou extintivos de direito trazidos
pelo réu e sobre documentos novos (sempre que surgem documentos novos é intimada e
aberto prazo de 15 dias para a parte contrária). Providências preliminares só deveriam caber
nessas circunstâncias, hoje a réplica é usada de forma geral, Juiz nem olha o processo, apenas
intima o autor sobre a contestação.

Após as providências preliminares há a possibilidade do julgamento antecipado - Processo


não precisa de dilação probatória para ser julgado, ou pelo menos pode ser julgado em parte. -
Art. 354, 355 e 356 - Juiz pode julgar antecipadamente (não se relaciona aos pedidos nesta
hipóteses, não analisa os pedidos) se vislumbrar as circunstâncias do artigo 487, II e III -
Julgamento do mérito por Prescrição, Decadência, ou quando a sentença for
Homologatória de Transação, Renúncia ou Reconhecimento do pedido. E também quando
houver as circunstâncias do 485 - Extinção do processo sem julgamento de mérito. - Se a
decisão for parcial, vinculada apenas a uma da partes, continuará o processo para outra, será
aqui uma decisão interlocutória - Assim o julgamento antecipado poderá ser por sentença ou
por decisão interlocutória.

Art. 355 - Regulam o julgamento antecipado dos pedidos - Pode ser total ou parcial - 356 -
Magistrado poderá julgar antecipadamente alguns (ou todos) dos pedidos antes da instrução -
poderá fazer isso quando não há necessidade de produção probatória, ou quando o réu for
revel e não pedir provação de prova - 349. - Causa está madura para ser julgada no 355 (todos
os pedidos) e haverá resolução do mérito - Será sentença.

356 - Julgamento antecipado parcial - Acontece uma cisão processual. Ex. Dano moral e
material nos pedidos - Esse dano moral não precisa de prova - Juiz pode julgar
antecipadamente o mérito em relação a esse dano, e determinar o prosseguimento (com
instrução) da ação em relação aos outros pedidos. - Será feito por decisão Interlocutória de
mérito - Novidade do CPC/15 - Permite o uso de recurso - 1.015, II e 356, §5º - Recorrível
via agravo de instrumento!!!

Depois vem o saneamento - Instrução - Alegações Finais - Sentença.

DESPACHO SANEADOR

Juiz não pode julgar antecipadamente, nenhum ou alguns dos pedidos - Será necessária a
produção de prova, e para isso o processo deve estar organizado - Deve resolver/julgar as
questões processuais pendentes (problemas de competência por exemplo), a instrução focará
no mérito da questão, aqui são resolvidas as questões processuais que não necessitam de
produção de prova.

Diante do vínculo com a produção probatória, o Juiz aqui delimita os fatos controvertidos
sobre os quais se produzirá prova. Meios de prova são livres desde que morais e legais, parte
usará para provar sua versão dos fatos. O fato incontroverso, não contestado, é aceito
tacitamente pela contraparte, é presumido verdadeiro, e sobre ele não se produzirá prova.

ônus da prova - A obrigação de provar, em regra é da parte que alega - 373, I e II - Partes,
mediante acordo podem modificar essa distribuição do ônus da prova, e também o juiz pode
distribuir de forma diversa - Juiz fará isso pelo interesse em uma instrução mais adequada ao
processo (réu precisa provar sua alegação por meio de documento que está com o autor) - E
fará essa distribuição na fase de saneamento.

Juiz também definirá aqui os meios de prova que serão manejados dentro do processo,
lembrar que os meios são livres, desde que não sejam ilegais ou imorais.

Art. 357, §4º - Cabe ao Juiz definir os meios de prova, se determinar a prova testemunhal
deverá fixar o prazo de no máximo 15 (discricionariedade do magistrado para conceder
menos de 15) dias para que as partes apresentem o rol de testemunhas. - Não se pode trazer
testemunha secreta, deve ser indicada antecipadamente, até para fazer a contradita da
testemunha! (diminuir para a condição de informante).

Art. 357, §3º- Audiência para saneamento em cooperação - A critério do Juiz ao invés de
simplesmente tomar uma decisão sobre as circunstâncias do saneamento, pode intimar as
partes para audiência conjunta. - §5º neste caso o prazo para arrolar testemunhas será até a
data da audiência, para apresenta-las. - Intimação das testemunhas não é mais feita pelo
judiciário, é o advogado da parte que arrolou que deve intimar e comprovar que intimou,
existe a possibilidade de arrolar sem intimar, mas o advogado fica responsável por levar a
testemunha à audiência. - Consequências - 455, §2 º - Se arrola a testemunha sem intimação e
ela não comparece - presunção de desistência. Se foi intimada e falta injustificadamente -
advogado pode pedir para que seja conduzida a força.

455, §4º LER - Exceções de testemunhas que devem ser intimadas pelo Judiciário.

AIJ - Onde é produzida a prova oral , testemunha, exposição do perito, assistente técnico,
depoimento do autor e do réu. - AIJ pode ser adiada por convenção das partes, não
comparecimento justificado de pessoa que deveria comparecer, e atraso injustificado do
inicio por mais de 30 minutos.

Art. 362, §2º - Juiz pode dispensar a produção da prova se o advogado que requereu faltar
injustificadamente.

Art. 365 - Audiência pode ser gravada, inclusivo por advogado (§6º) sem prévia autorização
do Juiz, e o magistrado não poderá impedir.

No saneamento o Juiz deve definir se há questões de direito importantes a serem


estabelecidas - Art. 10 do CPC - Princípio da não surpresa, Juiz não pode decidir com
fundamento em questão que não foi dada às partes a possibilidade de contraditar. - Se o Juiz
percebe que nenhuma das partes trouxeram para o debate questão de direito que o magistrado
poderá usar para fundamentar, o próprio magistrado poderá trazer ao processo para ser
discutida - art. 357, IV.

Depois da produção de prova, vem o prazo para debates orais dentro da audiência - Podem
ser substituídos por razões finais escritas. Deverão ser apresentados em prazos sucessivos de
15 dias, terminou o prazo do autor, deflagra automaticamente o do réu. (E depois do réu o do
MP se intervir).

Após vem a SENTENÇA

Art. 313 - Suspensão do processo - Morte, convenção das partes, arguição de impedimento ou
suspeição, admissão do incidente de resolução de demandas repetitivas, Ler inciso V.
Art. 314 - Durante a suspensão não se pode praticar atos processuais.

487, I - Há resolução do mérito quando são apreciados os pedidos, quando decidir de ofício
ou a requerimento se ocorreu decadência ou prescrição, ou quando homologa o pedido da
reconvenção, a transação, ou a renúncia formulada na ação ou na reconvenção. - Julgamento
do mérito gera COISA JULGADA quando não há mais possibilidade recursal - Art. 502 -
Coisa julgada material (formal seria quando não há resolução do mérito, pode entrar com
outra ação).

Art. 485 - Circunstâncias da extinção sem resolução do mérito - Não impede de entrar de
novo com nova ação discutindo a mesma coisa, coisa julgada formal. - Existência de coisa
julgada material é fundamento para extinção sem julgamento do mérito - 485, V - Assim
como litispendência e perempção. - VIII - Autor pode desistir da ação e o Juiz homologa -
§5º, 487 - Pode desistir ATÉ a sentença, enquanto não homologada a desistência, o autor
pode voltar atrás, reconsiderar. - §4º, Se o réu oferece contestação é preciso ter o
consentimento do réu! - Réu tem interesse, pois se o autor desistir da ação, gera coisa julgada
formal - Autor pode entrar com a ação de novo - Se o réu vence, não será importunado de
novo.

Decisão que indefere a inicial é SENTENÇA - Havendo apelação o próprio juiz pode se
retratar em 15 dias (art. 331) - Havendo improcedência liminar do pedido (332) se interposta
a apelação, o juiz também poderá se retratar. - 485, §7º - Se houver sentença de extinção sem
resolução do mérito, também poderá o juiz se retratar se houver apelação!
Art. 496 - Reexame/ Remessa necessária - Sentença só terá valor, só pode ser exigida, quando
confirmada no segundo grau - Não é recurso obrigatório, mas condição de exequibilidade. -
Acontece em sentença contra os entes federativos, e suas autarquias e fundações. - julgar total
ou parcialmente procedente os embargos à execução fiscal (cobrança de crédito líquido, certo
e exigível da Fazenda Pública). Se não houver recurso voluntário, não haverá a remessa,
objetivo de análise em segundo grau já foi alcançado. - Exceções - Não há que se falar em
remessa necessária em sentença contra a União, autarquias e fundações inferior a 1.000
salários mínimos. - Inferior a 500 sal-min contra o Estado, capitais (dos Estados) e DF -
Inferior a 100 contra o Município. Também não ocorre nos casos do §4º, art. 496 LER -
sentença fundada em súmula de tribunal superior - acórdão do STJ e STF em julgamento de
recurso repetitivo - entendimento firmado em IRDD e em incidente de assunção de
competência. - Entendimento ou orientação vinculante do próprio ente público (não pode se
contradizer).

Coisa Julgada - Ação rescisória tem sua razão de ser o ataque da coisa julgada, da decisão de
mérito transitada em julgado. - 2 requisitos - Deve ser fundamentada em - 966, I a VIII:
I - se verificar que foi proferida por força de prevaricação, concussão ou corrupção do juiz;
II - for proferida por juiz impedido ou por juízo absolutamente incompetente;
III - resultar de dolo ou coação da parte vencedora em detrimento da parte vencida ou, ainda, de
simulação ou colusão entre as partes, a fim de fraudar a lei;
IV - ofender a coisa julgada;
V - violar manifestamente norma jurídica;
VI - for fundada em prova cuja falsidade tenha sido apurada em processo criminal ou venha a
ser demonstrada na própria ação rescisória;
VII - obtiver o autor, posteriormente ao trânsito em julgado, prova nova cuja existência ignorava
ou de que não pôde fazer uso, capaz, por si só, de lhe assegurar pronunciamento favorável;
VIII - for fundada em erro de fato verificável do exame dos autos.

Art. 975 - Direito à rescisão se extingue em 2 anos do trânsito em julgado da decisão de


mérito!!!

§2º - No caso de AR por prova nova, o prazo de 2 anos passa a contar do descobrimento da
prova nova! - No prazo máximo de 5 anos!

JURISDIÇÃO

O Direito Processual está a serviço do direito Material - Temos regras claras de como
resolver o conflito de interesses - Chama o Judiciário para resolver os conflitos - Poder-dever
do Judiciário de solucionar conflitos de Interesse - JURISDIÇÃO.

Tem a característica da inércia - Para que o órgão do judiciário atue, ele deve ser provocado. -
A maneira de provocar, é a ação, por meio da petição inicial (art. 319 LER), requisitos da
Inicial, fatos, fundamentos e pedido certo e determinado! - Certo é o que não é presumido,
deve haver correlação entre o pedido e a sentença (congruência)
322, §1º - Excepcionalmente o Juiz pode se manifestar sem o pedido do autor - Juros,
correção monetária e verbas de sucumbência (incluindo honorários).

Determinado é o que não é genérico.


- Exceção §1º, 324 - I - nas ações universais, se o autor não puder individuar os bens
demandados;
II - quando não for possível determinar, desde logo, as consequências do ato ou do fato;
III - quando a determinação do objeto ou do valor da condenação depender de ato que deva
ser praticado pelo réu.
§ 2º O disposto neste artigo aplica-se à reconvenção
Art. 327 - cumulação de pedidos - pedidos não podem se contradizer (princípio da
logicidade).
Não podem ser formulados na mesma inicial pedidos que sejam de competência de Juizes
diferentes.
Sejam todos os pedidos adequados para o mesmo tipo de procedimento.

§2º - Exceção - Pode cumular pedidos de procedimentos diferentes se o autor abrir mão do
rito especial, e perseguir todos os pedidos no rito comum.

Art. 329 - I - Os pedidos podem ser alterados e aditados até a citação, sem consentimento do
réu - Réu toma conhecimento da ação na citação. - II - Até a decisão de saneamento, se o réu
consentir, e resguardado o contraditório, com 15 dias para se manifestar.
Deve conter a inicial a opção do autor pela audiência de conciliação, não obriga o juiz a não
marcar, mas é o primeiro passo para o não ocorrimento consensual da audiência, quando
ambas as partes não querem.

Deve conter o valor da causa - art. 291 - Toda ação tem valor da causa - è indicado na inicial
e na reconvenção (contestação e recurso não têm valor da causa). - Art. 82 - Custas são
calculadas sobre o valor da causa, honorários sobre os da condenação!!! - Valor da causa
corresponde ao pedido.

Art. 292 - Incisos trazem algumas formas de calcular o valor da causa - Ex. alimentos - Autor
soma as parcelas de alimentos correspondentes a um ano.

Magistrado, após analisar os critérios do 319, o magistrado se perceber que a inicial esta
PROCESSUALMENTE perfeita, vai receber a inicial, proceder com a citação do réu (Mesmo
que o autor tenha desistido da audiência, ainda assim o réu deve ser citado da audiência, pois
o não ocorrimento consensual depende da vontade de ambas partes - Réu se manifesta sobre a
audiência por simples petição - 334, §5º - 10 dias antes da audiência).

Se a inicial não corresponde aos criterios do 319 - intima o autor para emendar em 15 dias. -
Juiz tem necessariamente de identificar os defeitos. - Se não emendada, a petição será
indeferida, que é causa de extinção do processo sem julgamento do mérito.

Outras circunstâncias de indeferimento - art. 330 - Inépcia, ilegitimidade, falta de interesse,


prescrição na forma do 106 e 321 LER, e também se:

§ 1º Considera-se inepta a petição inicial quando:


I - lhe faltar pedido ou causa de pedir;
II - o pedido for indeterminado, ressalvadas as hipóteses legais em que se permite o pedido
genérico;
III - da narração dos fatos não decorrer logicamente a conclusão;
IV - contiver pedidos incompatíveis entre si.
§ 2º Nas ações que tenham por objeto a revisão de obrigação decorrente de empréstimo, de
financiamento ou de alienação de bens, o autor terá de, sob pena de inépcia, discriminar na
petição inicial, dentre as obrigações contratuais, aquelas que pretende controverter, além de
quantificar o valor incontroverso do débito.
§ 3º Na hipótese do § 2º, o valor incontroverso deverá continuar a ser pago no tempo e modo
contratados.

Extinção na forma do 487 - Gera coisa julgada material.


Extinção do processo é sempre por sentença - Atacada por apelação, interposta no primeiro
grau e julgada no segundo, diferente do agravo de instrumento, que é protocolado e julgado
em segundo grau. Na apelação o Juiz simplesmente manda juntar, intima a contraparte e
remete ao segundo grau. - No indeferimento há uma exceção - a apelação da sentença que
indefere a inicial - 331 - É facultado ao Juiz se retratar em até 5 dias.

IMPROCEDÊNCIA LIMINAR -> Juiz pode receber a inicial e sem nem citar o réu, julgar
todos os pedidos do autor improcedentes. Réu nem sabe que há processo contra ele. - Art.
332 - Nas causas que dispensam fase instrutória se o pedido:
I - enunciado de súmula do Supremo Tribunal Federal ou do Superior Tribunal de Justiça;
II - acórdão proferido pelo Supremo Tribunal Federal ou pelo Superior Tribunal de Justiça
em julgamento de recursos repetitivos;
III - entendimento firmado em incidente de resolução de demandas repetitivas ou de
assunção de competência;
IV - enunciado de súmula de tribunal de justiça sobre direito local.
§1º - Também pode quando desde logo o Juiz percebe a decadência ou prescrição dos
pedidos.
Improcedência Liminar - REJEITA PEDIDO - Tem resolução do mérito! - Gera coisa julgada
quando transitar em julgado. - Contra a improcedência liminar cabe apelação. Se a
improcedência liminar for parcial, rejeitou apenas alguns pedidos - Não extingue o processo,
será decisão interlocutória de mérito, cabendo agravo. - Na improcedência liminar TOTAL -
também cabe retratação em 5 dias se houver apelação.

ATOS PROCESSUAIS
Art. 212 e 216 - Realizados em dias úteis - Não conta em sábado, domigo e feriados definidos
em lei.
Atos deve ocorrer das 6 as 20 horas. - Cada tribunal pode fixar seu horário de funcionamento
dentro destes limites - Quando o ato deve ser praticado por petição em autos não eletrônicos,
deve respeitar o horário de funcionamento da vara/tribunal. - Art. 213 - pode ocorrer o ato em
qualquer horário até meia-noite do último dia do prazo.

Pode haver citação ou atos em sábados e domingos, após as 20 horas (fora do horário) - As
Citações, intimações e Penhoras SIM!!!
Prazos também se contam em dias úteis - 219.
Interrupção de prazo - Quando cessa a causa de interrupção, volta o prazo integral, “zera” o
prazo.
Suspensão - Terminada a causa suspensiva, temos apenas o que “sobrou” do prazo.
Art. 220 - Suspensão de prazos entre 20 de dezembro e 20 de janeiro.
Art. 223 - Trata da preclusão - Perda de prazo extingue o direito de exercer o ato processual -
Preclusão é automática, não depende de decisão judicial. - Não incide preclusão para o Juiz -
art. 226.
Contagem - Prazos correm a partir da citação ou da intimação em regra. - Art. 231 - dia do
começo do prazo:

I - a data de juntada aos autos do aviso de recebimento, quando a citação ou a intimação for
pelo correio;
II - a data de juntada aos autos do mandado cumprido, quando a citação ou a intimação for
por oficial de justiça;
III - a data de ocorrência da citação ou da intimação, quando ela se der por ato do escrivão ou
do chefe de secretaria;
IV - o dia útil seguinte ao fim da dilação assinada pelo juiz, quando a citação ou a intimação
for por edital;
V - o dia útil seguinte à consulta ao teor da citação ou da intimação ou ao término do prazo
para que a consulta se dê, quando a citação ou a intimação for eletrônica;
VI - a data de juntada do comunicado de que trata o art. 232 ou, não havendo esse, a data de
juntada da carta aos autos de origem devidamente cumprida, quando a citação ou a intimação
se realizar em cumprimento de carta;
VII - a data de publicação, quando a intimação se der pelo Diário da Justiça impresso ou
eletrônico;
VIII - o dia da carga, quando a intimação se der por meio da retirada dos autos, em carga, do
cartório ou da secretaria.
IX - o quinto dia útil seguinte à confirmação, na forma prevista na mensagem de citação, do
recebimento da citação realizada por meio eletrônico.

Para fins de contagem, junta o 231 e o 224 - Exclui na contagem o dia do início que vimos
anteriormente.

DOBRA DE PRAZO - Contece pra a DP, MP e advocacia pública. - Art. 186, §3º -
Escritórios de faculdade e entidades de assistência jurídica gratuita em convênio com a DP -
Há discussão se isso se aplica só as faculdades públicas, ou também às privadas.
Art. 229 - No litisconsórcio, caso os litisconsortes tenham 1 - advogados diferentes, 2 - que
não sejam do mesmo escritório e 3 - em processo que não seja eletrônico - TERÁ prazo em
dobro.

AUDIÊNCIA DE CONCILIAÇÃO

Art. 334 - Foi inserida no rito comum como a regra, juiz cita o réu para a audiência

§4º - Não será realizada - Quando não se admite a autocomposição - Juiz que define.
Antes de abrir o prazo de contestação para o réu ocorre a audiência, em regra o prazo da
contestação corre justamente após a audiência - 335.
Se a audiência não ocorre na forma do parágrafo §4º - Juiz simplesmente cita o réu para
contestar.

Por vontade das partes - Ambas as partes precisam se manifestar expressamente. Ato
bilateral. - Em litisconsórcio §4º, I - Todos têm que se manifestar - §5º - Autor indica o
desinteresse na inicial, réu se manifesta por petição simples, apresentada até 10 dias antes da
audiência. Audiência estará marcada, nesta hipótese, para ser cancelada pela manifestação
bilateral das partes, no dispositivo anterior ela nem é marcada.

§6º - Litisconsórcio - TODAS as partes devem manifestar o desinteresse, Todos os


litisconsortes!

O objetivo da audiência é a realização do acordo, assim, a presença das partes à audiência


marcada é obrigatória, e a ausência injustificada é considerada ato atentatório à dignidade de
justiça, punível com multa de até 2% sobre a vantagem econômica, ou o valor da causa.
Multa é revertida em favor da União ou do Estado a depender da competência. (na litigância
de má-fé iria para a contraparte lesada pela má-fé).

Parte que não quer ir à audiência, não quer ser multada, e perdeu o prazo - pode constituir
representante, por meio de procuração específica, com poderes de negociar e transigir. - §9º -
É obrigatória a presença de advogado na audiência, Código de Ética - Advogado não pode
atuar na condição de advogado e de preposto, assim este representante não poderá ser o
advogado constituído, se ele for representar, precisa substabelecer outro advogado.

Mediação vs. Conciliação - Conciliação é onde se busca o acordo e o conciliador faz


propostas, atua para encontrar o acordo, Mediador interfere pouco, aproxima as partes e
procura adentrar conflitos mais profundos além do que deu origem à causa.

Ação de conhecimento - Parte quer que o Judiciário reconheça seu direito. Já na Ação de
execução o Direito já está estabelecido, em um TÍTULO, Não existe execução sm título -
Pode ser judicial ou extrajudicial (lista do 784, ex. cheque).
Para ser título executivo extrajudicial é necessãrio ser certo, líquido e exigível (ex. título não
vencido ou prescrito, não é exigível). - 784, II - Escritura pública e documentopúblico - deve
estar assinado pelo devedro - Para o documento particular (III) - São dois critérios - Além da
assinatura do devedor, deve haver 2 testemunhas.

Título executivos judicias (515) - A ação de execução aqui é chamada de cumprimento de


sentença. - Qualquer tipo de decisão judicial que precisa ser executada é título executivo
judicial - VII - Sentença arbitral não é oriunda do judiciário, mas o legislador definiu que será
título executivo judicial, executada por cumprimento de sentença.
Generalidades da execução - Legitimidade - Quem entra no polo ativo é o credor, e no
passivo o devedor - Quem pode promover a execução -> MP - Espólio, herdeiro e sucessor
do credor - Cessionário do crédito (§2º - A sucessão e a cessão de crédito independem da
concordância do devedor).
Legitimidade passiva - Espólio (cobrar a dívida do morto no limite da herança) - Devedor
novo que assumiu a dívida (precisa do consentimento do credor!!! - Diferente da cessão de
crédito).
IV - Fiador pode figurar no polo passivo, mas tem benefício de ordem, executa primeiro os
bens do devedor. - Se o Fiador estiver sozinho no polo passivo, deve fazer o chamamento ao
processo do devedor, dos outros fiadores ou dos devedores solidários.

PATRIMONIALIDADE

A satisfação do credor vem sempre do patrimônio do devedor, ninguém paga a dívida com o
corpo.
Penhora - Ordem judiciária sobre o patrimônio do devedor, para serem usados no futuro para
satisfazer o crédito.
Bens impenhoráveis - 833 -
I - os bens inalienáveis e os declarados, por ato voluntário, não sujeitos à execução;
II - os móveis, os pertences e as utilidades domésticas que guarnecem a residência do
executado, salvo os de elevado valor ou os que ultrapassem as necessidades comuns
correspondentes a um médio padrão de vida;
III - os vestuários, bem como os pertences de uso pessoal do executado, salvo se de elevado
valor;
IV - os vencimentos, os subsídios, os soldos, os salários, as remunerações, os proventos de
aposentadoria, as pensões, os pecúlios e os montepios, bem como as quantias recebidas por
liberalidade de terceiro e destinadas ao sustento do devedor e de sua família, os ganhos de
trabalhador autônomo e os honorários de profissional liberal, ressalvado o § 2º ; (as formas
de renda/susteto do devedro são impenhoráveis)
V - os livros, as máquinas, as ferramentas, os utensílios, os instrumentos ou outros bens
móveis necessários ou úteis ao exercício da profissão do executado;
VI - o seguro de vida;
VII - os materiais necessários para obras em andamento, salvo se essas forem penhoradas;
VIII - a pequena propriedade rural, assim definida em lei, desde que trabalhada pela família;
IX - os recursos públicos recebidos por instituições privadas para aplicação compulsória em
educação, saúde ou assistência social;
X - a quantia depositada em caderneta de poupança, até o limite de 40 (quarenta) salários-
mínimos; lei 8009 - bens de família também são impenhoráveis.
XI - os recursos públicos do fundo partidário recebidos por partido político, nos termos da
lei;
XII - os créditos oriundos de alienação de unidades imobiliárias, sob regime de incorporação
imobiliária, vinculados à execução da obra.

§2º - Para execução de alimentos é possível penhorar salários e valores abaixo de 40 salmin
da poupança.

Art. 835 - Ordem da Penhora - §1º - Prioritariamente é feita a penhora de dinheiro, se não
houver dinheiro vem ou outros bens, segundo as circuntancias do caso, o Juiz também pode
alterar a ordem:
I - dinheiro, em espécie ou em depósito ou aplicação em instituição financeira;
II - títulos da dívida pública da União, dos Estados e do Distrito Federal com cotação em
mercado;
III - títulos e valores mobiliários com cotação em mercado;
IV - veículos de via terrestre;
V - bens imóveis;
VI - bens móveis em geral;
VII - semoventes;
VIII - navios e aeronaves;
IX - ações e quotas de sociedades simples e empresárias;
X - percentual do faturamento de empresa devedora;
XI - pedras e metais preciosos;
XII - direitos aquisitivo
s derivados de promessa de compra e venda e de alienação fiduciária em garantia;
XIII - outros direitos.
§ 1º É prioritária a penhora em dinheiro, podendo o juiz, nas demais hipóteses, alterar a
ordem prevista no caput de acordo com as circunstâncias do caso concreto.

Método - CISBAJUD - Bloqueia as contas com ativos financeiros vinculados ao CPF do


autor.

Art. 854 - Juiz não faz a penhora de dinheiro de ofício, será sob requerimento do exequente, e
sem notificação do executado (para que não suma com o dinheiro). Limita-se o bloqueio das
contas no limite do crédito perseguido na execução, após o bloqueio ai sim comunica ao
credor (poderá opor que por exemplo, o dinheiro na conta é seu salário. - Após o prazo de 5
dias para manifestação do devedor, o juiz decidirá se mantém o bloqueio e converte em
penhora, ou se desbloqueia os valores, baseados na sua penhorabilidade.

Após constituída a Penhora, para convertê-la em pagamento é feita a expropriação - formas


de expropriação - adjudicação (credor pega para si o bem penhorado, se não for suficiente
para satisfazer a dívida, vai abatê-la, e segue a execução sobre o remanescente da dívida, se o
bem ultrapassa o valor da dívida, autor paga ao devedor a diferença) - Alienação é a venda do
bem penhorado com o objetivo de dar ao credor o valor auferido na venda.
Alienação pode ser pública ou particular - Particular - o Juiz a peido do credor nomeia
corretor, especializado na venda daquele tipo de bem para aliená-lo.
Pública - Leilão Judicial.

Credor é pago, e se sobrar dinheiro da venda/leilão - o remanescente é pago ao devedor.

Art. 921 do CPC - Circunstâncias que geram a suspensão da execução - mesmas causas de
suspensão da ação de conhecimento e também:

I - nas hipóteses dos arts. 313 e 315, no que couber;


II - no todo ou em parte, quando recebidos com efeito suspensivo os embargos à execução:
Embargos recebidos com efeito suspensivo.
III - quando não for localizado o executado ou bens penhoráveis; A ausência de bens
penhoráveis suspende, e não extingue a execução.
IV - se a alienação dos bens penhorados não se realizar por falta de licitantes e o exequente,
em 15 (quinze) dias, não requerer a adjudicação nem indicar outros bens penhoráveis;
V - quando concedido o parcelamento de que trata o art. 916.

CAUSAS DE EXTINÇÃO DA EXECUÇÃO

Causas gerais do 485 e 487 também se aplicam!


E também quando:
Art. 924. Extingue-se a execução quando:
I - a petição inicial for indeferida;
II - a obrigação for satisfeita;
III - o executado obtiver, por qualquer outro meio, a extinção total da dívida;
IV - o exequente renunciar ao crédito;
V - ocorrer a prescrição intercorrente.

Extinção só produz efeito quando declarada em sentença! - Cabe apelação.


Ritos da execução - Título extrajudicial - Petição inicial do artigo 779. Juiz aplica o 827 - fixa
honorários de 10% e - 829 - Cita o executado para pagar voluntariamente em 3 dias. - Se ele
pagar voluntariamente - 827, §1º - Honorários são reduzidos pela METADE!!! - Na execução
não há contestação, audiência ou produção de prova, a dívida já está definida - Defesa do
executado será uma ação de conhecimento atacando a execução - Embargos do executado.

EMBARGOS

É ação de conhecimento paralela atacando os pedidos da execução - por ser de conhecimento,


temos contestação, audiência e produção de prova - art. 914 e ss - 915 - Prazo dos embargos
depende da citação da execução - da citação dos embargos conta prazo de 15 dias.
Art 917 - Executado pode alegar;
I - inexequibilidade do título ou inexigibilidade da obrigação;
II - penhora incorreta ou avaliação errônea;
III - excesso de execução ou cumulação indevida de execuções;
IV - retenção por benfeitorias necessárias ou úteis, nos casos de execução para entrega de
coisa certa;
V - incompetência absoluta ou relativa do juízo da execução; Como não há contestação na
execução, a forma de alegar a incompetência é em embargos, NÃO existe preliminar aos
embargos.
VI - qualquer matéria que lhe seria lícito deduzir como defesa em processo de conhecimento.

Embargos não têm efeito suspensivo automático/de lei - Pode ser conferido o efeito
suspensivo se o embargante requerer, e estiverem presentes os requisitos da tutela de
urgência, e houver prévia caução, penhora ou depósito do juízo. O efeito suspensivo dos
embargos trava a execução enquanto são decididos os embargos.

Credor “manda na execução” e com sua concordância é possível qualquer tipo de


parcelamento, Juiz não pode impor ao credor a aceitação de parcelamento oferecido pelo
devedor. - Exceto (hipótese em que o devedor tem o DIREITO de parcelar) - Se no prazo dos
Embargos (15 dias da citação) devedor paga 30% +custas e honorários a vista, e parcela o
restante em ATÉ 6 vezes. Este parcelamento pode ser imposto ao credor - 916.

§6º - Opção do parcelamento do 916 - importa na renúncia do devedor aos embargos. Se


embargar, também não cabe esse parcelamento. Porém se o parcelamento foi oferecido pelo
credor e o devedor aceitou, AINDA ASSIM poderá interpor embargos.

§7º - Disposto neste artigo não se aplica ao cumprimento de sentença!


CUMPRIMENTO DE SENTENÇA (EXECUÇÃO DE TÍTULO JUDICIAL).

Parcelamento oferecido/aceito pelo credor pode ocorrer em qualquer tipo de execução - O


que não existe aqui é o parcelamento como direito do devedor. - Em cumprimento de
sentença também não há embargos à execução.
O ataque ao cumprimento de sentença é feito através da impugnação!
Devedor em qualquer tipo de execução, recebe da lei um prazo para fazer seu pagamento de
forma voluntária. - Art. 523 - Cumprimento de sentença por quantia certa - é iniciado com
simples petição, que obedece aos requisitos do art. 524:
I - o nome completo, o número de inscrição no Cadastro de Pessoas Físicas ou no Cadastro
Nacional da Pessoa Jurídica do exequente e do executado, observado o disposto no art. 319,
§§ 1º a 3º ;
II - o índice de correção monetária adotado;
III - os juros aplicados e as respectivas taxas;
IV - o termo inicial e o termo final dos juros e da correção monetária utilizados;
V - a periodicidade da capitalização dos juros, se for o caso;
VI - especificação dos eventuais descontos obrigatórios realizados;
VII - indicação dos bens passíveis de penhora, sempre que possível.

Haverá intimação do executado para pagar voluntariamente em 15 dias. - Diferente da


execução de título extrajudicia, não temos neste primeiro momento a fixação de honorários. -
Se o devedor pagar no prazo, não precisa pagar honorários - §1º - Se não pagar no prazo,
aplica-se a multa de 10% e honorários de 10%. - Automáticamente a dívida aumenta em 20%
- Após, seguirá o mesmo rito da execução de título extrajudicial! - Penhora, Leilão, etc...

523 -§2º - Se no prazo de 15 dias o devedor efetua o pagamento parcial a multa e os


honorários será proporcional ao SALDO, 20% do saldo!
IMPUGNAÇÃO (525)

Prazo para pagamento voluntário deflagra o prazo sucessivo de 15 dias para impugnar
(passados os 15 dias do pagamento voluntário, começam os 15 dias para impugnar
automaticamente, independentemente de penhora ou de nova intimação). - Impugnação é
apresentada nos próprios autos do cumprimento de sentença.
Fundamentos da impugnação - §1º:
I - falta ou nulidade da citação se, na fase de conhecimento, o processo correu à revelia;
II - ilegitimidade de parte;
III - inexequibilidade do título ou inexigibilidade da obrigação;
IV - penhora incorreta ou avaliação errônea;
V - excesso de execução ou cumulação indevida de execuções;
VI - incompetência absoluta ou relativa do juízo da execução;
VII - qualquer causa modificativa ou extintiva da obrigação, como pagamento, novação,
compensação, transação ou prescrição, desde que supervenientes à sentença.

Prazo em dobro para MP, DP ou litisconsórcio com diferentes procuradores de escritórios


distintos - §3º - Prazo em dobro do 229 se aplica à impugnação. - 915, §3º - NÃO se aplica
prazo em dobro nos EMBARGOS!!!

TUTELA PROVISÓRIA

Tutela jurisdicional é dada por meio de uma decisão, de um exercício de jurisdição - Quando
o processo se encerra temos a tutela definitiva, mas ao longo do processo se surgem alguns
quesitos, a pretensão pode ser decidida de forma provisória. - É uma decisão de pedido (não
pode ser de ofício) que ao fim do processo ou pode ser cassada, ou transformada em tutela
definitiva.

Não se entra com liminar, se entra com ação/pedidos, a liminar é uma decisão judicial em
sede de tutela provisória. - art. 9º - Contraditório, antes de o judiciário tomar a decisão precisa
ter o contraditório. Diante de sua manifestação, ele decide o pedido. Existe a possibilidade
excepcional de o magistrado tomar decisão sem ouvi-lo - é a decisão liminar - P.U art. 9º - I,
II e III - Tutela provisória de urgência autoriza a decisão liminar.
II - Pode tomar decisão liminar em tutela provisória de evidência se atendidos os quesitos do
art. 311 - P.U.
Cabe o agravo de instrumento contra a interlocutória que defere ou indefere a tutela
provisória. Tutela provisória pode vir tanto de interlocutória quanto de sentença - caberá
apelação.
Alimentos provisórios, liminar de reintegração de posse - São exemplos de tutela provisória,
se vierem em decisão interlocutória - caberá agravo.
Tutela provisória pode ser concedida sem liminar (sem deixar de ouvir a outra parte). Será
uma decisão de tutela provisória, fora da sede liminar.
No sistema atual a tutela provisória se divide em evidência e urgência.
Requisitos da urgência - art. 300 - Probabilidade do Direito (fumus boni iuris) e perigo de
dano ou risco ao resultado útil do processo (periculum in mora).
Requisitos de evidência - 311 - Independente da demonstração dos requisitos anteriores! Não
se exige urgência/necessidade. - Aqui é necessário o direito concreto/evidente/claro, não é
uma fumaça!!! - O juiz simplesmente adianta a tutela definitiva, diante dos requisitos:
311:
I - ficar caracterizado o abuso do direito de defesa ou o manifesto propósito protelatório da
parte;
II - as alegações de fato puderem ser comprovadas apenas documentalmente e houver tese
firmada em julgamento de casos repetitivos ou em súmula vinculante;
III - se tratar de pedido reipersecutório fundado em prova documental adequada do contrato
de depósito, caso em que será decretada a ordem de entrega do objeto custodiado, sob
cominação de multa;
IV - a petição inicial for instruída com prova documental suficiente dos fatos constitutivos do
direito do autor, a que o réu não oponha prova capaz de gerar dúvida razoável.
Parágrafo único. Nas hipóteses dos incisos II e III, o juiz poderá decidir liminarmente.

Dentro da tutela de urgência se subdivide em cautelar e antecipada.


Cautelar - Diz respeito à direito processual.
Antecipada - Direito Material. (não é uma divisão perfeita).

Tutela provisória pode ser pedida a qualquer momento, em qualquer grau, e por qualquer
parte. (réu, autor, recorrente, recorrido). - CPC 932 - Cabe ao relator analisar a tutela
provisória nos recursos.
Pedido de tutela provisória pode ser feito de forma incidente ou antecedente. Incidente - se
aplica tanto na urgência quanto na evidência - Pedido feito dentro da inicial, ou entre a inicial
e a tutela definitiva é a feita dentro do processo. - É o mais comum, a regra.
CPC/15 - Pedido antecedente, preparatório - Só se aplica na urgência. A urgência aqui é tão
forte que não se pode esperar nem entrar com a ação. - Presentes os requisitos do art. 300 e
não sendo possível propor a ação para fazer o pedido da forma comum, geral -> a alternativa
é o pedido de tutela provisória antecedente, que depois é regularizado e trazido para o
processo.
É tão diferente que o CPC dá rito próprio para esse pedido - art. 303 e 304 - Antecipada
antecedente - 305 - cautelar antecedente.

Antecipada antecedente: Preparatório, exige do autor uma petição inicial incompleta - diante
de uma inicial incompleta o Juiz manda emendar, neste caso do 303 o Juiz decide a tutela
provisória de urgência antecipada antecedente e depois pede para emendar! - depois pede
para corrigir as questões processuais - Legislador permitiu que nesse caso o sujeito entre
como uma peça processual incompleta e tenha o seu pedido analisado mesmo assim, diante
da grande urgência. - 303, §1º - Após deferida a tutela, o autor adita, deixa a peça
processualmente perfeita.
Estabilização da tutela - art. 304, §1º - Estabilização decorre obrigatoriamente na antecipada
antecedente, não existe na tutela de evidência, nem na tutela de urgência incidente, e nem na
tutela de urgência cautelar, apenas na antecipada antecedente - Se tornará estável se
deferida (por interlocutória) e não é recorrida por agravo de instrumento - Consequência -
Estabilidade - 304, §1º - EXTINÇÃO DO PROCESSO PELA ESTABILIZAÇÃO - É
forma nova de extinção do processo, não é nem por resolução do mérito e nem sem resolução
do mérito, é pela estabilização. - é SITUAÇÃO ESPECIAL, EXCEPCIONAL. - §2º - Da
decisão que extingue o processo pela estabilização NÃO CABE RECURSO pois a forma de
atacá-la é por uma nova ação!!! - Não se trata de ação rescisória, é específica para
rever/invalidar/anular a sentença que extinguiu o processo pela estabilização - Ação deve ser
intentada em até 2 anos da ciência da decisão que extinguiu o processo - §5º.

CAUTELAR ANTECEDENTE

Urgência diz respeito a um direito processual, há perigo ao resultado útil do processo, não
entra com a ação, e apenas com o pedido cautelar antecedente, para evitar o dano.
Art. 306 - Réu será citado para em 5 dias contestar apenas o pedido cautelar antecedente - Se
o processo continua, e o juiz defere o pedido cautelar, o autor deve corrigir a inicial, entrar
com o pedido principal - 308 - em 30 dias - Teremos NOVA contestação, para o réu agora
contestar o pedido principal. Dentro deste rito há duas oportunidades de contestação do réu.
Cessa a eficácia da tutela antecedente (tanto cautelar quanto antecedente) se - 309 - O autor
não formula o pedido principal no prazo (Aqui se refere a cautelar - 30 dias). - Se a tutela de
urgência antecipada não for efetivada/cumprida, por culpa do autor, dentro de 30 dias - Se o
pedido principal formulado for indeferido pelo Juiz ou for extinto o processo sem julgamento
do mérito.

RECURSOS

Art. 494 e ss - Recurso ataca decisão judicial - em geral para reformar ou invalidar uma
decisão. Podem haver recursos específicos como os embargos de declaração que tem por
objetivo sanar um vício.
Reformar - Objetivo de mudar o entendimento que foi proferido, para demonstrar que houve
apenas um equívoco do julgador.
Invalidação - É pedida quando a decisão tem um vício, não pode seguir no ordenamento. Ex.
sem fundamentação.

Recurso é sempre ATO VOLUNTÁRIO - Remessa Necessária não é recurso, é condição de


exequibilidade da sentença.

Art. 994 - 9 recursos -> Apelação, Agravo, Agravo Interno, Emb. Declaração, Resp, Rext,
Recurso Ordinário, Agravo em Resp e Rext, e Embargos de Divergência.

4 decisões passíveis de recurso - Sentença, Decisão Interlocutória (1º grau), Decisão


Monocrática, Acórdão, Decisão do Presidente e do Vice-Presidente (2º grau).
A Sentença - 203, §1º - Decisão do Juiz que com ou sem resolução de mérito, coloca fim no
processo ou extingue a execução. - 239 - não é necessário contraditório, não cita o réu, para o
indeferimento da petição inicial e improcedência liminar do pedido - Indeferimento da inicial
é exemplo de sentença sem resolução de mérito no início do processo. Sentença no início do
processo com resolução do mérito é a improcedência liminar do pedido.

Decisão Interlocutória - 203, §2º - Se dá dentro do processo, não o extingue, é um conceito


por exclusão, é a decisão do Juiz que não é sentença. - Ex. Tutela de urgência para retirar o
nome do cadastro de inadimplentes de forma liminar. - Caberá contra agravo de instrumento -
1.015.
Dos Despachos (não tem conteúdo decisório) - Não cabe recurso!!!

2º Grau - Decisão monocrática - Relator decide sozinho no âmbito dos tribunais - De regra,
contra a monocrática cabe o agravo interno - 932 - Decisões que podem ser tomadas
monocraticamente.
Acórdão - 204 - No julgamento pelo órgão colegiado.
Nos tribunais também pode haver a decisão de Presidente ou Vice - Ex. admissibilidade do
recurso especial - Quando acórdão fere lei federal, cabe Resp - Será julgado pelo STJ - SE
ADMITIDO - Recurso será interposto diante do presidente ou vice do tribunal, que decidirão
sobre sua admissibilidade.

PRINCÍPIOS

Taxatividade - Recursos estão previstos no 994 do CPC, parte não pode criar recurso (Nos
JEC’s há também o recurso inominado).

Unirrecorribilidade/ Singularidade - Para uma determinada decisão cabe apenas um recurso


adequado! - Embargos Dec. atacam qualquer decisão judicialExceção - Acórdão que fere
tanto lei federal quanto dispositivo constitucional, contra essa decisão caberá Resp. contra a
parte da decisão que feriu lei federal e Rext. contra a parte que feriu norma da Const.

Fungibilidade - Um dos requisitos de admissibilidade do Recurso é a adequação, utilizar o


recurso adequado para aquela decisão que se pretende atacar - Fungibilidade permite que
mesmo o recurso inadequado seja recebido (em regra não será) - 1.024, §3º - Embargos de
declaração quando deveria ter entrado com o agravo interno (recurso será recebido como se
agravo interno fosse). - Intima o recorrente para que em até 5 dias ajuste as razões recursais
para atender às exigências do art. 1021, §1º - 1.032 e 1.033 - fungibilidade entre Resp e Rext
- Relator no STJ entende que o Resp versa sobre questão const. - Da ao recorrente prazo de
15 dias para demonstrar a repercussão geral (requisito de admissibilidade do rext) e se
manifeste sobre a questão constitucional - §1º - Cumprida a diligência, o relator remete o
recurso ao STF, que se entender que não cabe, envia de volta. Se o STF entende que o Rext
está tratando de ofensa constitucional que reflete interpretação de lei federal ou tratado, remte
ao STJ, para ser julgado como Resp.

Princípio da proibição da Reformatio in Pejus - Se apenas uma parte recorreu, não pode ser
piorada a situação desta!!! - Pode não dar provimento, mas não pode piorar. Com exceção do
efeito Translativo - Se for matéria que o tribunal poderia reconhecer de ofício

- Efeitos dos recursos - Adiar a coisa julgada, enquanto for possível interpor recurso não se
fala em coisa julgada e transito em julgado.
Efeito devolutivo - Devolve a análise da matéria impugnada para outro órgão julgador (em
regra).
Efeito Suspensivo - De regra os recursos - 995 - Não possuem em regra o efeito suspensivo -
Exceto a apelação - 1.012 - tem efeito suspensivo, a não ser nas hipóteses dos parágrafos do
1.012. - O efeito suspensivo faz com que a decisão impugnada não surta efeitos, hoje em
regra as decisões surtem efeito enquanto pende o julgamento do recurso. - É possível requerer
que seja reconhecido o efeito suspensivo, se demonstrados os requisitos do P.U do art. 995 -
Decisão é capaz de gerar dano grave de difícil ou impossível reparação e é provável o
deferimento do recurso (requisitos da tutela de urgência). - Ex. 987, §1º - Se interpostos da
decisão acerca do incidente de resolução de demandas repetitivas - terão efeito suspensivo -
hipótese prevista expressamente no CPC.

Efeito Expansivo - Pode atingir outros sujeitos além dos que interpuseram recurso - 1.005 -
Recurso interposto por um dos litisconsortes a todos aproveita salvo se forem distintos ou
opostos os interesses. - P.U - Na solidariedade passiva o recurso interposto por um devedor
aos outros aproveita quando as defesas opostas ao credor forem comuns.

Efeito Regressivo - Possibilidade de retratação diante da interposição do recurso, de voltar


atrás na decisão proferida que foi impugnada, pelo próprio julgador que proferiu tal decisão.
Apelação permite a retratação, em 5 dias, em 3 hipóteses - 331, 332 e 485 - Indeferimento da
inicial, improcedência liminar do pedido, extinção do processo sem resolução do mérito. -
Agravo Interno - 1.021, em regra tem efeito regressivo.

REQUISITOS DE ADMISSIBILIDADE

Por mais absurda que seja a decisão se a parte não atender a esses requisitos, não haverá
recurso, se dividem em Subjetivos (Intrínsecos) e Objetivos (extrínsecos).
Subjetivos: Legitimidade, Interesse Recursal e Inexistência de Fato Impeditivo.
Objetivos: Adequação, Recorribilidade, Forma, Motivação, Preparo e Tempestividade.

Art. 994 e 996 - Legitimidade - Quem pode interpor recurso? - A parte vencida (seja porque
não ganhou nada, porque perdeu, ou porque ganhou em parte, se estiver insatisfeito, pode
recorrer), o MP como parte e Custus Legis e o Terceiro prejudicado - P.U - Terceiro deve
demonstrar o Nexo causal, que a decisão proferida está afetando direito do qual é titular ou
que pode defender em juízo como substituto processual.

Interesse recursal - Utilidade ou necessidade do recurso - Ex. Parte que ganhou tudo na
ação, não teria interesse no recurso, ele seria inútil, não tem como ganhar mais nada.
Inexistência de fato impeditivo - Fatos Impeditivos -> Desistência do recurso (998) - Não
precisa da concordância nem do autor, nem do litisconsorte passivo.
Renúncia ao recurso (999) - Abre mão do direito de interpor recurso, também não precisa da
concordância da outra parte.
Aceitação da decisão (1000) - Seja de forma tácita ou de forma expressa (Ex. Juiz da decisão
e a parte peticiona “Ciente da decisão e concordo com todos os termos”) Tácita - Não pode
praticar ato incompatível com a vontade de recorrer.

REQUISITOS OBJETIVOS

Adequação - Ex. Da sentença cabe apelação, deve ser utilizado o recurso adequado.
Recorribilidade - Em regra no processo de conhecimento para caber agravo a decisão deve
conter matéria contida no 1.015 - Se não, a decisão não será recorrível neste primeiro
momento. - Deverá ser atacada depois em preliminar de apelação!
Forma - Apelação é interposta perante o Juiz de primeiro grau, que será dirigida ao TJ ou
TRF - Agravo - 1.016, IV - Deve trazer nome e endereço completo dos advogados do
agravante e do agravado, é interposto direto no tribunal.
Motivação - Deve trazer as razões recursais, o “por quê” do recurso.

PREPARO RECURSAL (1.007 CPC)

Parte tem que recolher as custas iniciais para ajuizar uma ação. - No recurso falamos em
preparo recursal, e também porte de remessa e retorno (ir e voltar do tribunal) - Isto se não
tiver gratuidade!
Se for beneficiário (gratuidade), o preparo está afastado.
É pago na hora de interpor o recurso (ou opor os embargos). - Se o requisito não é cumprido,
pagamento não comprovado, será considerado deserto o recurso - É requisito de
admissibilidade. §1º - Dispensado nos recursos do MP, recursos da FP e daqueles que gozam
de isenção legal (beneficiário, professor) e também União, DF, Estados, Municípios e suas
resp. autarquias e fundações - Não recolhem preparo!!!
§2º e 4º - Insuficiência do recolhimento do preparo - Recolhe em valor inferior ao devido -
Não comprovação - Não comprova nada. Insuficiência - Recorrente intimado na pessoa do
advogado para recolher o remanescente em 5 dias - 54 simulado - §4º - Se não houver
comprovação, recorrente é intimado na pessoa do advogado para RECOLHER O VALOR
EM DOBRO - Se não o fizer, não cabe nova intimação (se comunica com o §2º - não pode
intimar de novo para pagar o valor que falta).
Se o processo é em autos eletrônicos não existe o pagamento de porte de remessa e retorno!!!
- Mas não dispensa o pagamento do preparo.

Provando o recorrente que há justo impedimento para o pagamento até o prazo do recurso -
relator poderá não aplicar a pena de deserção, mediante decisão irrecorrível - Será concedido
o prazo de 5 dias para efetuar o preparo.

§7º - Equívoco no preenchimento da guia das custas, - Não aplicará a deserção - Relator
deverá, em caso de dúvida quanto ao recolhimento, intimar o recorrente para sanar o vício em
5 dias.

TEMPESTIVIDADE (ÚLTIMO REQUISITO DE ADMISSIBILIDADE) 1.003 CPC

Todos os recursos do CPC - 15 dias (Menos os Embargos - 5 dias). Recurso inominado - 10


dias - outra Lei.
Mesmo prazo de recurso aplicado às contrarrazões.
Em regra o Prazo conta da intimação do advogado, sociedade de advogados, advocacia
pública, MP e DP.
§1º - Para atacar decisão proferida em audiência, já sai da audiência intimado!! conta da data
da audiência.
§2º - Quando o recurso é interposto pelo réu para atacar decisão proferida contra ele, antes de
sua citação - Faz remissão ao 231, CPC - Não tem como correr o prazo para o advogado se o
réu nem mesmo foi citado. - Aplica-se o 231 - Salvo disposição em sentido diverso,
considera-se dia do começo do prazo:
I - a data de juntada aos autos do aviso de recebimento, quando a citação ou a
intimação for pelo correio;
II - a data de juntada aos autos do mandado cumprido, quando a citação ou a
intimação for por oficial de justiça;
III - a data de ocorrência da citação ou da intimação, quando ela se der por ato do
escrivão ou do chefe de secretaria;
IV - o dia útil seguinte ao fim da dilação assinada pelo juiz, quando a citação ou a
intimação for por edital;
Assim o prazo dependerá do tipo de Citação!!! - E não da data da intimação do advogado.
Estamos tratando de prazo processual (Para praticar ato do processo) - Art. 219 - CONTADO
EM DIAS ÚTEIS!!!
Prazos contados Excluindo o dia do início e incluindo do dia do vencimento! - SOMENTE
DIAS ÚTEIS.
Recurso interposto pelo correio conta a DATA DA POSTAGEM - E não o dia que chega a
carta (deve postar até o último dia do prazo).
Feriado local - Não ocorre em todo o território nacional - No local onde é feriado o prazo não
transcorre - No ato da interposição recorrente DEVE COMPROVAR a ocorrência de feriado
local.

PRAZO EM DOBRO - MP, DP, FP (UNIÃO, ESTADOS, DF, MUNICÍPIOS E SUAS


AUTARQUIAS E FUNDAÇÕES). - Atentar para os casos em que a lei determina prazo
específico para estas partes. - §3º - NPJ’s e Entidades de Assessoria Jurídica Gratuita também
gozam de prazo em dobro.

229 do CPC - Litisconsortes com diferentes advogados de escritórios diferentes - Também


gozam de prazo em dobro. - Neste caso cessará o prazo em dobro se apenas um dos réus
apresentar defesa, também não se aplica se for processo eletrônico. - Prazo em dobre destes
personagens se aplica também AOS RECURSOS.

RECURSO ADESIVO - NÃO É o 10º RECURSO DO CPC.

É uma forma de interposição - Segunda chance de quem não interpôs recurso a tempo -
Parte que não conseguiu interpor, vai veicular, em sede de contrarrazões, vai poder oferecer o
recurso adesivo. - Art. 997, §1º e 2º - Recurso adesivo, para existir, deve haver o recurso
principal/independente de uma das partes. - Vedação à reformatio in pejus - na sentença de
PARCIAL PROVIMENTO recorrem as duas partes - Uma perde o prazo, no prazo de 15 dias
de contrarrazões do recurso da outra parte, a parte que perdeu prazo pode entrar com recurso
adesivo junto de suas contrarrazões. Requisitos para o recurso adesivo: Parte não recorreu de
forma independente (no prazo) - No prazo das contrarrazões - Sucumbência recíproca
(procedência parcial - ambos tem interesse em recorrer) - Só é admitido na APELAÇÃO
RESP E REXT Não há que se falar em recurso adesivo em agravi (instrumento e interno ) ou
embargos. - Recurso adesivo fica subordinado ao recurso independente da outra parte, se o
principal for inadmitido, ou desistido, adesivo também será inadmitido. - Interposição do
recurso adesivo segue os requisitos do princiapl - apelação - interposta frente o Juiz de direito
(primeeiro grau coma folha das razões dirigida ao tribunal), Resp - Perante o pres. ou vice do
TJ ou do TRF (com folha das razões dirigida ao STJ).

RECURSOS EM ESPÉCIE

1009 a 1014 do CPC - Apelação ataca sentença (decisão do Juiz de 1º grau que coloca fimno
procedimento comum). - Preliminares de apelação - usadas para atacar decisão interlocutória,
proferida na fase de conhecimento, da qual não cabe agravo de instrumento.
Se houver urgência - Poderá caber o agravo de instrumento, mesmo fora das hipóteses do art.
1.015 - TAXATIVIDADE MITIGADA!!!
1.009, §3º - Se qualquer decisão do 1.015 sair na sentença - Ataca com apelação! -
Unirrecorribilidade. - Matéria não importa, e sim o tipo de decisão. Ex. Gratuidade revogada
na sentença.
§5º, 1.013 - Na sentença, se o Juiz concede, revoga ou confirma tutela provisória - impugna
através de apelação - repete a regra anterior!
Procedimento - 1.010 - Regra - Interposto o recurso de apelação (prazo de 15 dias) - A outra
parte é intimada (pelo Juiz) para oferecer contrarr também em 15 dias - Folha de interposição
é oferecida perante ao juiz, já com a folha das razões - Juiz envia para o Tribunal após o
prazo das contrarr/ das manifestações das partes (não analisa a admissibilidade - Isto será
analisado NO TRIBUNAL - TJ ou TRF) - Se o Juiz de primeiro grau faz a análise de
admissibilidade, cabe RECLAMAÇÃO, estaria usurpando competência do tribunal.
Apelado nas Contrarr impugna decisão interlocutória que foi proferida antes da sentença, da
qual não coube agravo de instrumento - As interlocutórias podem ter sido proferidas contra
quem ganhou o processo (não tem interesse na apelação) - Mas como a outra parte recorreu,
cabe decidir as interlocutórias nas Contrarr. - Ou seja, pode apresentar preliminar de apelação
em sede de Contrarr - Outra parte (autor do recurso de apelação) será intimada para se
manifestar no prazo de 15 dias (contraditório fica fechadinho).
Procedimento do recurso adesivo (sucumbência recíproca) - Somente o Réu apela, Intimação
do apelado (perdeu prazo) que apresentará além das Contrarr o recurso adesivo - Haverá
intimação para que o apelante apresente Contrarr do recurso adesivo (15 dias também).

EFEITOS - Em regra é recebida no efeito devolutivo (devolve ao tribunal o reexame da


matéria impugnada - apenas a matéria IMPUGNADA - Análise atende à extensão da
matéria impugnada - mas atende também com ampla profundidade - dentro da matéria
impugnada, tribunal pode analisar mesmo o que não foi analisado pelo Juiz de primeiro grau.
- Art. 1.013). - Efeito Translativo: Possibilidade do tribunal conhecer de ofício as matérias
das quais poderia conhecer mesmo sem ser provocado.
§3º e 4º - “Teoria das Causas Maduras” Nos recursos temos o efeito substitutivo (art. 1.008) -
A decisão que dá provimento ao recurso no tribunal substitui a decisão de primeiro grau
recorrida (na parte que foi impugnada) - Em algumas situações o Juiz não analisou o mérito,
ou teve sua decisão considerada nula. - Chega ao tribunal, que percebe que naquele processo,
não é necessária mais nenhuma diligência ou dilação probatória, está apto para o
julgamento - Seguintes hipóteses:
1- Sentença na forma do 485 (sem resolução de mérito) - Se o Tribunal Reforma a Sentença
(entende que não era caso de extinção sem resolução do mérito) e percebe que a causa está
madura, pronta para ser julgada, o fará junto da reforma da sentença!!!
Se não estiver apta à julgamento, o Tribunal retorna o processo ao Juiz de primeiro grau. (Ex.
processo extinto sem julgamento por indeferimento da inicial, defesa nem mesmo foi ouvida,
mesmo que o tribunal reforme a sentença, não poderá julgar, causa não está apta, o réu nem
mesmo teve oportunidade de se manifestar).
2- Omissão do Juiz em um dos pedidos - Tribunal julga a apelação e se a causa está madura,
já se manifesta sobre a omissão do Juiz.
3- Anulada a sentença por falta de fundamentação - Se já estiver apto à julgamento, o tribunal
além de anular a sentença sem fundamentação irá também decidir o mérito.
4- Sentença extrapola o pedido ou a causa de pedir - Mesma coisa, anula e decide se já estiver
madura a causa.
Se não estiver madura a causa - manda para o Juiz proferir nova decisão.
5- Reconhecida a prescrição ou decadência pelo Juiz de primeiro grau - Se o tribunal entende
por reformar a sentença afastando decadência ou prescrição, também julga a causa se estiver
madura - Diferença aqui é que a sentença de primeiro grau teve resolução de mérito.

EFEITO SUSPENSIVO

Apelação em regra tem efeito suspensivo (exceção entre os recursos do CPC/15 - exceto art.
1.012 - Quando não tem efeito suspensivo o apelado pode dar início ao cumprimento
provisório (não transitou em julgado) da sentença.
1.012: 1- Sentença homologa divisão ou demarcação de terras
2- condenar a pagar alimentos
3- extingue sem resolução de mérito,
4- extingue embargos à execução (embargos já não tem efeito suspensivo em regra, apelação
da decisão que os extingue não poderia ter)
5- julga procedente o pedido de instituição de arbitragem
6- sentença que confirma, concede ou revoga tutela provisória (quando decidido em sentença,
pois aqui caberá apelação sem efeito suspensivo automático)
MESMO NAS HIPÓTESES do 1.012, é possível pedir o efeito suspensivo, desde que cumpra
os requisitos se probabilidade do provimento do recurso e que a sentença pode gerar dano
grave de difícil ou impossível reparação. - Quem analisa esse pedido é o relator, antes mesmo
de analisar o mérito do recurso!

Quando o Recurso chega ao Tribunal e é distribuído o Relator pode decidi-lo


monocraticamente nas hipóteses do 932, III a V:
1- Recurso inadmissível, prejudicado, ou não impugnado de forma específica os fundamentos
da decisão recorrida (falta o requisito de admissibilidade da motivação - recurso manejado de
forma genérica). - Juizo de admissibilidade.
Excepcionalmente o relator pode julgar monocraticamente questão de mérito, negando
provimento se o Recurso:
1- Contrária súmula do STF, STJ, ou tribunal local.
2 - Contraria acórdão proferido pelo STF, STJ em julgamento de recursos repetitivos.
3 - Contraria entendimento firmado em incidente de resolução de demandas repetitivas, ou
incidente de assunção de competência.
Poderá também julgar monocraticamente o mérito, dando provimento ao recurso SE É A
DECISÃO DE PRIMEIRO GRAU QUE CONTRARIA conforme as hipóteses anteriores.
Se não é caso de decisão monocrática, o relator elabora o voto para julgamento pelo órgão
colegiado.

RETRATAÇÃO - Frente à interposição da apelação o Juiz pode voltar atrás em 3 situações -


art. 331, 332 e 485 - Indeferimento da inicial, improcedência liminar do pedido e extinção do
processo sem resolução do mérito. - Prazo de 5 dias.

AGRAVO DE INSTRUMENTO

Ataca a decisão interlocutória, a que não extingue a execução, a que não acaba com o
processo de conhecimento comum. - Além disso é preciso se encaixar no art. 1.015:
1- Decisão sobre tutela provisória (a não ser que venha na sentença).
2- Mérito do processo (decisões parciais de mérito, parte do mérito que não é decidida na
sentença).
3- Procedimento especial na ação de exigir contas - Réu não prestou de forma voluntária, o
Juiz pode mandar o prestar, mas o processo continua (decidiu mérito na interlocutória).
4- Rejeição do pedido de convenção de arbitragem (pacto compromissório) - Ex. No negócio
partes combinam que tal litígio advindo daquele negócio deverá ser resolvido por arbitro, réu
traz na preliminar de apelação a cláusula compromissória! - Quer a extinção do processo sem
resolução de mérito. - Juiz REJEITA - Não há nada no contrato que fale em pacto
compromissório - Processo continua - Agravo de instrumento.
4- Incidente de desconsideração da personalidade jurídica (modalidade de intervenção de
terceiros)Independentemente da decisão, se acolhe ou rejeita.
5- Decisão que Rejeita ou Revoga a gratuidade de justiça - A decisão que concede NÃO
CABE AGRAVO, apenas a que nega, ou que uma vez concedido revoga. - Gratuidade pode
ser pedida a qualquer momento, cuidar que quando rejeitada/revogada no recurso,
obviamente não cabe agravo.
6- Decisão que determina exibição ou posse de documento ou coisa.
7- Decisão que exclui litisconsorte. - Pluralidade de sujeitos nos polos - Alegação de
ilegitimidade passiva ou ativa - Se o processo continua (sobrou gente no polo passivo e ativo)
- É interlocutória e cabe agravo.
8- Decisão que rejeita o pedido de limitação do litisconsórcio. - Juiz pode pedir a limitação
do litisconsórcio facultativo com o condão de facilitar a rápida solução do litígio ou para
facilitar a defesa no cumprimento de sentença.
9- Admite ou inadmite intervenção de terceiros (chamamento, denunciação, incidente, amicus
curiae e assistência). - Inciso do incidente fala da decisão que julga se desconsidera ou não.
10- Decisão que concede, modifica ou revoga o efeito suspensivo nos Embargos do
Executado (requisitos da tutela provisória + prévia garantia do Juízo).
11- Decisão da distribuição dinâmica do ônus da prova. - Juiz pode inverter quando é mais
fácil a uma parte provar que a outra. - Aqui só cabe o agravo quando é por decisão do juiz,
NÃO quando é por convenção da Parte.
12- Cabe agravo em outros casos conforme disposto em lei.
13- 1.037, §3º - Em recursos repetitivos STF ou STJ pega 2 ou mais recursos extraordinários
que falam da matéria discutida para representar a controvérsia - Sobrestamento dos demais
recursos que versem sobre a mesma matéria - CPC autoriza que a parte peça a distinção
(afirmar que o processo deve continuar pois é diferente dos processos afetados/selecionados
pelo tribunal superior) - Da decisão que resolve o pedido de distinção -> cabe agravo de
instrumento se for no primeiro grau, e agravo interno se no 2º.

P.U. - Cabe agravo de instrumento contra qualquer decisão interlocutória proferida em:
1- Processo de execução.
2- Fase de cumprimento.
3- Fase de liquidação.
4- Processo de inventário.
NÃO PRECISAM SE ENCAIXAR NO 1.015 AS DECISÕES INTERLOCUTÓRIAS
NOS PROCEDIMENTOS ACIMA.
TAXATIVIDADE MITIGADA - Entendimento do STJ - Quando é processo de
conhecimento o rol do 1.015 continua sendo taxativo, mas em determinadas situações de
urgência pode se excepcionar - Já que não será possível esperar para impugnar na preliminar
de apelação.
PRAZO - 15 dias - Regra Geral.

Procedimento - Agravo de instrumento é interposto diretamente no tribunal, e deve conter o


nome e endereço completo das partes e dos advogados atuantes no processo.
Art. 1.016 - Exige que junte peças obrigatórias e peças facultativas - É interposto direto no
tribunal, deve montar um instrumento, fazer cópias - Cópias obrigatórias - Petição Inicial,
Contestação, Decisão agravada, Petição que ensejou a decisão agravada (muitas vezes a
própria inicial), cópia da procuração dos advogados de ambas partes, Certidão de intimação
que comprova a tempestividade. Facultativas - Ex. Juntar cópia da dispensa do imposto de
renda em agravo que pleteia modificação da sentença que negou a gratuidade. - Cópia de
documento juntado no processo em primeiro grau que influencie no convencimento do
julgador.
Caso falte alguma peça obrigatória, o advogado tem que fazer declaração de inexistência
desta peça, sob sua responsabilidade pessoal. Ex. Recorrer de decisão proferida antes da
citação do réu - Não existirá cópia da procuração do advogado do réu, que nem mesmo foi
citado, advogado do autor entra com a declaração de que a peça não existe.
Na falta de qualquer cópia de peça, ou em face de qualquer vício que comprometa a
admissibilidade do agravo - Relator dá prazo de 5 dias para sanar o vício ou complementar a
documentação - Se os autos são eletrônicos - dispensa as cópias obrigatórias, pois são de fácil
acesso por conta do processo eletrônico.
RECOLHIMENTO - Autos físicos: Preparo Recursal e porte APENAS de retorno (É
obrigação do agravante apresentar já perante o tribunal, não precisa “subir”). - Autos
eletrônicos: apenas o preparo.

Art. 1.018 - Prazo de 3 dias da interposição, agravante junta aos autos (do processo de
primeiro grau) cópia do recurso, do comprovante da interposição e do rol de documento que
instruíram - Permite a RETRATAÇÃO do Juiz. - Se os autos são físicos esta juntada é
OBRIGATÓRIA. - Permite o contraditório.
Se o AGRAVADO, comprova em contrarr, que o agravante descumpriu esta determinação
em processo físico -> gera a inadmissibilidade do recurso!!!
1.019 - Provimento do agravo negado em decisão monocrática do relator - mesmas situações
que a apelação.
No prazo de 5 dias o Relator pode conceder o efeito suspensivo, ou a antecipação de tutela
recursal.
Relator intima ainda o agravado a oferecer Contrarr, facultando a juntada de documentos. -
Determina também, quando for o caso, a intimação do MP para intervir em 15 dias.
Após isto, CPC determina que o agravo seja julgado em até um mês.

AGRAVO INTERNO 1.021

Ataca decisão monocrática do relator, tanto no TJ e no TRF quanto no STF e no STJ -


Objetivo é que se o relator não reconsiderar, envia para ser julgado no órgão colegiado, por
isso é interno, fica dentro do tribunal. - Oferecido o agravo interno, relator envia para a
contraparte contrarrazoar (15 dias), após poderá reconsiderar, caso contrário envia para o
órgão colegiado.
Requisitos - Além dos requisitos gerais de admissibilidade - DEVE impugnar de forma
específica os fundamentos da decisão agravada.
Relator NÃO pode apenas repetir os fundamentos da decisão recorrida! - Faz com que de fato
o relator tenha que analisar.
Agravo interno manifestamente inadmissível, ou improvido em decisão UNÂNIME - O
órgão colegiado poderá, mediante decisão fundamentada, condenar o agravante a pagar multa
de 1 a 5% do valor atualizado da causa. - QUALQUER OUTRO RECURSO fica
condicionado ao depósito dessa multa (Se o agravante é condenado, deve primeiro pagar
antes de entrar com RESP por exemplo).

Existem outras hipóteses de cabimento do agravo interno espalhadas pelo CPC - JA CAIU -
Art. 1.030 §2º do CPC e 1.030, I e III do CPC - No RESP e no REXT temos duplo exame de
admissibilidade, interpõe primeiro perante ao pres. ou vice do tribunal que proferiu o acórdão
- Depois envia para o STJ/STF onde haverá novo exame de admissibilidade. - Da decisão do
pres. ou vice, que inadmite o RESP ou REXT está fundada em julgamento de recursos
repetitivos ou repercussão geral -> Caberá AGRAVO INTERNO. - De regra se fundada de
forma diversa cabera o agravo em RESP e o agravo em REXT - Mas nesse caso específico, é
AGRAVO INTERNO.

RECURSO EXTRAORDINÁRIO - Tem como requisito a repercussão geral da norma


constitucional - repercute para a sociedade, importância política, jurídica, econômica ou
social que não se restringe às partes. - 1.035 - O STF em decisão irrecorrível, não conhece o
REXT se faltar esse requisito de admissibilidade. - Se for admitido - Sobrestamento dos
processos que versam sobre a mesma matéria. - Interessado pode requerer ao pres. ou vice do
tribunal de origem, que exclua do sobrestamento e inadmita o REXT que tenha sido
interposto de forma intempestiva - recorrente tem prazo de 5 dias p/ se manifestar sobre este
pedido - Da decisão que indefere esse requerimento (de exclusão de sobrestamento por
intempestividade do REXT) - CABERÁ AGRAVO INTERNO.
Mais exemplos - Decisão que nega o efeito suspensivo ao agravo de instrumento - Cabe
agravo interno (É decisão monocrática do relator). Decisão que concede a antecipação de
tutela antecipada recursal no agravo de instrumento - Cabe agravo interno. - Decisões com
base no 932.
Processo sobrestado pois o STJ afetou 2 ou mais recursos representativos da controvérsia
para firmar o julgamento de recursos repetitivos. - Se o pedido de distinção for decidido pelo
juiz de primeiro grau - agravo de instrumento. Se for decidido no tribunal, pelo relator, cabe
agravo interno.

EMBARGOS DE DECLARAÇÃO 1.022 a 1.026

Atacam qualquer decisão judicial, visam suprir o vício da omissão, contradição, obscuridade
ou erro material.
Pode ser usada para fins de pré-questionamento (requisito do RESP e REXT) demonstrar que
o tribunal se manifestou sobre a Lei Federal ou norma constituconal discutida no REXT ou
REXP, caso não se manifeste, parte pode juntar os embargos de declaração para cumprir esse
requisito.
Omissão: Falta de fundamentação 485, ou deixar de se manifestar sobre tese firmada em
casos repetitivos, ou incidente de assunção de competência que se aplique ao caso.

PRAZO

Específico de 5 dias, vai contra a regra dos recursos.


Procedimento - Opostos perante o mesmo órgão que proferiu a decisão embargada, e os
embargos serão julgados por esse mesmo julgador. - Órgão decisório cuja decisão foi
embargada somente irá intimar a outra parte, o embargado, se os embargos tiverem efeitos
infringentes (podem modificar a decisão). - Caso contrário, não tem resposta ao recurso. -
Embargado é intimado (quando há possibilidade de efeitos infringentes) para responder em 5
dias - após, deve ser julgado em 5 dias.
Nos Embargos NÃO É recolhido o preparo, independentemente se tem ou não gratuidade de
justiça. - Prazo em dobro dos litisconsortes, também se aplica aqui.

FUNGIBILIDADE RECURSAL

Embargos de dec. podem ser recebidos como agravo interno (tem objetivo de invalidar, ou
reformar a decisão, e não sanar vício) deve intimar o recorrente para em 5 dias ajustar os
requisitos - alterar as razões e cumprir as exigências do 1.021.

Embargos atacam qualquer decisão judicial, interrompem o prazo para correr qualquer outro
recurso - volta a contar do 0 a partir da intimação do julgamento dos embargos. - Ex. Em
tribunal, juiz prolata decisão contraditória, que concede os danos morais, mas não os
materiais, autor entende que a decisão fere Lei Federal, Réu entra com embargos de
declaração. - Até julgar os embargos, quando for intimado, o réu poderá aí interpor RESP,
mesmo que o autor não tivesse interposto, assim, ED não tem efeito suspensivo, mas
interrompe o prazo para que a parte embargante interponha qualquer recurso. Se o Tribunal
acolhe os embargos, entende que não caberia os danos morais, Autor fez direto o RESP, mas
recorreu apenas da parte da decisão que não condenou o réu em danos materiais - AUTOR
VAI PODER ALTERAR O RECURSO - Já que a decisão recorrida foi modificada!!! - Não
discutirá fatos, tão somente violação da Lei, Autor não sabe que o Réu entrou com ED até
que seja julgado. - 1.024, §4º. - Só poderá alterar o recurso quanto ao que foi modificado
pelos ED. - Impugnada também os danos morais. - Se os ED são rejeitados, ou não
modificam o julgado, o recurso interposto antes da publicação dos ED não precisa ser
ratificado.

É possível pedir o efeito suspensivo aos ED - Probabilidade de provimento, e dano grave ou


de difícil reparação.
Embargos manifestamente protelatórios - como eles interrompem o prazo, poderiam ser
usados para dar mais tempo ao RESP - pode ser fixado multa de até 2% do VC, se reiterado o
ED protelatório, pode ir até 10%. - Interposição de qualquer outro recurso depende do
pagamento desta multa - Exceto os recursos da FP e dos beneficiários de gratuidade. - Se dois
ED forem considerados protelatórios, não será aceito o terceiro.

RESP REXT RECURSO ORDINÁRIO E EMBARGOS DE DIVERGÊNCIA


Recursos que atacam acórdão - Recurso ordinário tem previsão constitucional (102, II e 105,
II, CF) - Pode ser julgado pelo STF e STJ. STF julga quando (1.027,I) - For decisão de
competência originária dos Tribunais Superiores: STJ, STM, TST, E TSE - Quando a decisão
denega MDD SEG, MDD INJ e HD - Competência Originária - Quando o processo já inicia
em tribunal superior. - Assim o HD, e MDD será impetrado diretamente em tribunal superior,
e decidido em única instância, justificando o recurso para o STF.
STJ Julga RO - Também em caso de competência originária, mas quando o MDD de SEG é
impetrado (e denegado) direto em TJ ou TRF.
Se de um lado do processo está Estado Estrangeiro, ou Organismo Internacional, e do outro
tivermos pessoa domiciliada no país ou município - Dessa sentença caberá RO. (Nesse caso
tem os mesmos requisitos de admissibilidade da apelação).

Interpõe o RO perante pres. ou vice do tribunal recorrido, com razões para o STJ ou STF.

RESP e REXT - Regulados no CPC a partir do 1.029 - CPC não fala do cabimento, isso é a
CF, CPC fala do procedimento). - RESP cabe quando o acórdão do TJ ou TRF fere lei
federal, ou há divergência de entendimento entre tribunais.
REXT - Decisão de tribunal que fere a Const (STF é guardião) ou entendimento de turma
recursal (Não caberia RESP nesta caso, pois tem que ser decisão do TJ ou TRF).
Ambos tem os mesmos requisitos de admissibilidade dos outros recursos, mas com um “plus”
- Pré-questionamento. - Matéria alegada tem que violar direito (não discutem fato), ou viola
norma federal ou norma constitucional, e se omissa a decisão frente a essas questões, cabe o
ED para suprir o requisito. - AMBOS exigem o ESGOTAMENTO da via recursal - Se a
decisão de 2º grau foi proferida monocraticamente, deverá haver primeiro o agravo interno.
APENAS o Rext exige a REPERCUSSÃO GERAL (matéria discutida transcende os
interesses das partes, importância econômica, social, jurídica).
AMBOS tem duplo juízo de admissibilidade, primeiro o feito pelo pres. ou vice do tribunal
que proferiu a decisão recorrida, frente a quem é interposto o recurso, e depois pelo próprio
STJ/STF. - Recebido o recurso no tribunal recorrido, será intimado o recorrido para oferecer
contrarr (15 dias) - Após, é feito o primeiro juízo de admissibilidade - se o prs. ou vice
inadmite o recurso - Cabe agravo em RESP ou REXT - SALVO se a decisão do pres. ou vice
estiver fundada em julgamento de recurso repetitivo, ou repercussão geral (caberá agravo
interno). - Se o mesmo acórdão fere lei federal e norma constitucional - FAZ OS 2
RECURSOS, da parte que feriu Lei - RESP, da parte que feriu const. - REXT. - Se ambos
forem inadmitidos - da decisão que inadmite o RESP - Agravo em RESP, da decisão que
inadmite o REXT, agravo em REXT. - Vai primeiro para o STJ e depois para o STF -
Interposição de RESP e REXT admitem o juízo de retratação.

EMBARGOS DE DIVERGÊNCIA
Interpostos contra acórdão proferido pelo STJ ou STF, quando a decisão DIVERGE do
entendimento de outro órgão fracionário do próprio tribunal superior que deu a decisão. Ex.
1ª turma do STJ, decide A no meu caso, já a 2ª turma em caso anterior, proferiu entendimento
X - Parte quer aplicar o entendimento X ao seu caso como acórdão paradigma - entra com
Embargos de Divergência.

PROCEDIMENTOS ESPECIAIS

Art. 539 a 770 - Determinadas ações que têm sequência de atos específica. Ex. Ação de
consignação e pagamento, réu não é citado p/ audiência de conciliação.

Ação de consignação em pagamento - Art. 539 a 549 do CPC - A consignação em


pagamento é forma de extinguir as obrigações.

Busca liberar o devedor que quer cumprir a obrigação, mas ocorre uma situação do artigo 335
do CC - Devedor não quer ficar com a mora ou com os riscos da coisa - faz consignação em
pagamento.
A consignação tem lugar:
I - se o credor não puder, ou, sem justa causa, recusar receber o pagamento, ou dar
quitação na devida forma;
II - se o credor não for, nem mandar receber a coisa no lugar, tempo e condição devidos;
III - se o credor for incapaz de receber, for desconhecido, declarado ausente, ou residir
em lugar incerto ou de acesso perigoso ou difícil;
IV - se ocorrer dúvida sobre quem deva legitimamente receber o objeto do pagamento;
V - se pender litígio sobre o objeto do pagamento.

Ação é intentada pelo devedor, pode ser de coisa ou de quantia em dinheiro. - É possível,
quando a obrigação for de pagar em dinheiro, fazer a consignação extrajudicial em
estabelecimento bancário oficial, ou pode entrar direto com a ação, é escolha do devedor.
Consignação de coisa - Só judicialmente. - mediante ação.
Se fizer extrajudicialmente, e o credor recusa, o devedor deve procurar a via judicial, com a
recusa não fica liberado da obrigação.
Procedimento extrajudicial - Devedor deposita a quantia no banco, no local do pagamento,
credor é cientificado por carta (Com AR, que retorna), que tem 10 dias contados do retorno
do AR para recusar de forma expressa a quantia. - Se co credor concorda - credor levanta a
quantia e devedor esta liberado da obrigação. Se o credor perde prazo, fica inerte - Devedor
está liberado, e a quantia fica à disposição do credor. - Se recusa expressamente dentro do
prazo de 10 dias a contar do retorno do AR - devedor não está desobrigado, deverá entrar
com ação de consignação em pagamento, no prazo de um mês (prazo computado em mês não
é dias úteis), contado da data do depósito - Instruindo a inicial com o comprovante do
depósito e da recusa.
Quanto mais cedo o depósito, melhor - por causa da mora. - Se a ação for julgada procedente,
contará como data do pagamento a data do depósito, se depositou no mesmo dia que o
pagamento deveria ter sido feito, não há mora nenhuma. - Se perder o prazo de um mês, ainda
poderá entrar com a ação, mas o depósito feito no banco ficará sem efeito, à disposição do
devedor. - Neste caso precisa requerer novo depósito na via judicial - Devedor ficará em
mora desde o dia do pagamento, até o dia do depósito na via judicial.
Competência da consignação - Local do Pagamento, considera-se efetuado o pagamento na
data do depósito. (salvo se a demanda for julgada improcedente, se o devedor perde o prazo
de um mês, passa a contar a data do novo depósito).
Prestações sucessivas ou periódicas - Pagamento mensal, ou prestações, não se dá de uma vez
só, vencida uma parcela, e há recusa do credor em receber - NÃO PRECISA fazer uma açãoo
dierente para cada parcela que for vencendo, consignando a primeira, as que forem vencendo
durante o processo, podem ser consignadas, sem maiores formalidades, desde que feitas em 5
dias do vencimento de cada uma (ao invés de depositar pro credor, consigna as parcelas).
Petição Inicial terá requisitos variado conforme o caso fático:
1- Devedor entrou diretamente na via judicial (seja por que é coisa, ou por que quis fazer a
consignação de dinheiro judicialmente, ou ainda porque após feito extrajud. e após a recusa, o
devedor perdeu o prazo de 1 mês). - Será preciso requerer na inicial um pedido de depósito, a
ser efetuado em 5 dias contados do deferimento do Juiz. (Se não for efetuado em 5 dias -
Extinção do processo sem resolução de mérito.
2 - Entrou primeiro extrajudicialmente, mas houve recusa, respeitou o prazo de um mês - Não
será necessário o pedido de depósito, basta requerer a juntada do comprovante e do depósito!
- Aqui o réu (credor) não é citado para audiência de conciliação ou mediação, é citado para
fim específico - contestar ou levantar o depósito!

CONSIGNAÇÃO DE COISA DETERMINADA - Ex. Automóvel x, placa y. - Tem que


entregar ESTE automóvel ao credor. - Coisa é sempre via judicial
INDETERMINADA - Coisa tem que ser sempre via judicial, mas o credor precisa especificar
que coisa deve ser depositada para fins de consignação - Neste caso, quando a escolha é do
credor - Vai ser citado para, em até 5 dias, exercitar o direito de escolha ou permitir que o
devedor escolha. Juiz quando despachar essa inicial e citação, ja fixa dia, hora e local para
entrega da coisa, se credor não comparecer, aí sim será depositada - 543.

Contestação do Réu - Alegar que não houve, ou que foi justa a recusa! - Que o depósito não
se efetuou no prazo ou no local do pagamento. - Ou que o depósito não foi integral (nesse
caso o réu precisa indicar o montante que entende devido - Juiz também faculta ao réu fazer a
complementação no prazo de 10 dias. Credor pode levantar a quantia depositada, liberando
parcialmente o devedor, e prosseguindo a ação quanto a quantia controvertida. - Sentença que
concluir que o depósito não é integral, deverá indicar quando possível o montante devido,
assim o credor pode executar nos próprios autos, se for necessário faz a liquidação antes.
Consignação movida por dúvida de quem é o legítimo credor - É preciso na ação colocar
como réu todos os credores - 548 - Se nenhum credor comparecer, depósito se converte em
arrecadação de coisas vagas (coisa que não pertence à ninguem). - Se compareceu um Juiz
decide se terá ou não legitimidade. Se compareceu mais de um, depois de declarado o
depósito e extinta a obrigação, continuando o processo entre os credores em procedimento
comum.

AÇÃO MONITÓRIA

Art. 700 a 702 do CPC - Quando o credor tem prova escrita sem eficácia de título executivo,
para exigir a obrigação do devedor capaz.
Ex. Cheque prescrito, contrato sem assinatura de 2 testemunhas - Não tem como executar.
Não é tão devagar quanto uma ação de cobrança, uma obrigação de fazer que segue
procedimento comum. Mas também não é tão rápida quanto um cumprimento de sentença,
uma execução.
Se o Juiz se convence da idoneidade da prova escrita, já expede mandado de pagamento para
o réu cumprir em 15 dias - Se o réu não cumprir nem oferecer defesa - Já forma título judicial
- Vai p/ cumprimento de sentença.
Súmulas anteriores foram incorporadas ao CPC/15 - Cabe qualquer forma de citação,
inclusive edital, cabe ação monitória contra a FP.
Qualquer obrigação enseja a ação monitória!!! - É preciso ter a prova escrita para ingressar
com a ação!!! - Se negócio foi feito por negócio oral, é possível a redução em termo escrito,
por meio de produção de prova anterior à ação. Ex. 2 testemunhas de um contrato oral - leva
as duas testemunhas para produção antecipada de prova e reduz a prova oral à prova escrita -
381.
Petição Inicial, requisitos - Independentemente do tipo de obrigação, é preciso atribuir seu
valor. Ex. Valor da quantia atualizada com memória de cálculo se a obrigação for de pagar
quantia certa. Entregar coisa fungível, infungível, móvel ou imóvel - Indicar o valor atual da
coisa reclamada, ou o proveito econômico ou conteúdo patrimonial da obrigação de fazer/
não fazer. - Se não tiver, indefere a inicial, além dos outros requisitos da petição inicial (330).
Credor ingressa com a prova escrita - 3 possibilidades - 1. indeferir a inicial, 2. intimar o
autor para emendar a inicial e adaptar ao procedimento comum (Juiz precisa se convencer da
prova escrita para expedir o mandado, se não se convencer, não é caso de indeferimento -
manda pro procedimento comum), 3. JUiz se convence da idoneidade, segue o procedimento
especial do 701 - Juiz manda expedir mandado para o réu cumprir a obrigação no prazo de 15
dias, se cumprido, benefício de honorários taxativos em 5%, e não precisa recolher custas!!! -
ou então oferece EMBARGOS MONITÓRIOS no mesmo prazo de 15 dias para
cumprimento da obrigação.
MEIO DE DEFESA DA AÇÃO MONITÓRIA - EMBARGOS MONITÓRIOS.
Se o réu não toma nenhuma dessas atitudes - Inerte - Forma-se o título executivo judicial,
independente de qualquer formalidade!!! - Vai para o cumprimento de sentença. - Caberá
para o réu ação rescisória nesta hipótese. Se o réu for a FP e ficar inerte, antes da formação
do título judicial, observa-se a remessa necessária do 496!!!
916 - No prazo dos embargos à execução o executado pode ao invés de entrar com ED,
parcelar o débito (adianta 30% e o resto em até 6 parcelas). - SE APLICA À AÇÃO
MONITÓRIA.
Embargos Monitórios - 702 - Vão ser nos mesmos autos, e independe de garantia do juízo
(mesmo prazo de 15 dias do cumprimento). - Matéria de defesa é a mesma do procedimento
comum - Ilegitimidade, inexistência do débito, etc… - MAS se alegar excesso de cobrança,
réu deve indicar o valor correto e demonstrativo discriminado e atualizado do débito. - Se não
cumprir e o excesso de cobrança for o único argumento de defesa - Rejeição liminar dos
embargos, se houver outras matérias de defesa, Juiz recebe os embargos mas não analisa o
excesso de cobrança!
Uma vez opostos os embargos a decisão de cumprimento (em 15 dias) fica suspensa até o
julgamento em primeiro grau. Autor fica intimado para responder aos embargos monitórios
em 15 dias. - EMBARGO MONITÓRIO TEM EFEITO SUSPENSIVO.
É permitida a RECONVENÇÃO na Ação Monitória (mas não pode reconvenção da
reconvenção) - Se os embargos forem parciais - Juiz pode autuar em apartado - Gera o título
em relação à parcela incontroversa, e continua o litígio pela parcela controvertida.

MULTAS - Quando o autor ajuíza de maneira indevida a ação monitória, ou quando o réu de
má-fé oferece os embargos - Até 10% do valor da causa.

EMBARGOS DE TERCEIRO - 674 A 681

Tem que haver processo em andamento, que causou constrição ou ameaça de constrição de
bem de terceiro. Para desfazer ou inibir a constrição, deve fazer os embargos de 3º - Pode ser
oferecido no processo de conhecimento. Ex. Ação de cobrança. - Embargos podem ser
preventivos (inibir) ou repressivos (desfazer).
Situações - 1- Cônjuge ou companheiro da parte, defendendo bens próprios ou meação. Ex.
Bem comum do casal é penhorado, por processo onde o marido é o executado - Esposa pode
defender sua meação com embargos de terceiro. Se bem particular da mulher for penhorado -
pode defender pelos embargos de 3º também. - Quando defende a meação, precisa observar o
843 - Se o bem for indivisível - Embargos neste caso, não impedem a contrição,
resguarda apenas a meação em relação ao produto da alienação do bem indivisível.
2- Adquirente que perdeu seu bem pois a alienação foi considerada fraude à execução - 792 -
Venda é declarada ineficaz - Adquirente está perdendo seu bem, volta o bem para pagar o
exequente.
3- Quem sofre constrição de bens por conta de desconsideração da personalidade jurídica,
caso não tenha participado do incidente. - Ex. Sócio A não foi citado, não participou do
incidente, se tiver constrição de seus bens particulares - pode se defender por embargos de 3º.
4- Credor de garantia real, para impedir a expropriação judicial do objeto da garantia, caso
não tenha sido intimado dos atos de expropriação.

Procedimento: Prazo - Depende do processo onde houve a constrição - Se for de


conhecimento - Até o transito em julgado da sentença. Se for execução ou cumprimento de
sentença - até 5 dias depois da adjudicação, alienação ou arrematação mas antes de ser
assinada a respectiva carta. - 675 - Caso haja terceiro interessado em pagar (a dívida que
justifica o ato de constrição) - Juiz manda intimar pessoalmente.
Embargos devem ser distribuídos por dependência - Ajuizados em face do juiz que autorizou
a constrição - Caso a constrição seja determinada por carta precatória (processo correndo na
comarca A, mas o bem precisa ser penhorado na comarca B) - Neste caso será da
competência do Juiz que determinou a constrição de bem individualizado (Ex. Do Juizo
deprecante sai ordem que não individualiza o bem a ser penhorado, mas determina que sejam
penhorados quantos bens quanto bastem para adimplir a dívida.) - Neste caso quem vai
individualizar os bens a serem constritos - Será competência do Juízo deprecado!!! - Porém
se a carta já foi cumprida e voltou ao juízo deprecante, ao tempo de oferecer os embargos de
terceiro, deverão ser feitos no Juizo deprecante, e também caso deste já tenha saído a decisão
que individualizou os bens a serem constritos.

Requisitos - Demonstrar a condição de terceiro e a prova sumária da posse (caso seja terceiro
possuidor), e seu domínio caso seja proprietário, arrolando documentos e rol de testemunhas -
prova da posse documental pode ser difícil, por isso é facultado produzir prova da posse em
audiência preliminar, designada pelo juiz.

Partes - 677, §4º - Embargante: é o terceiro, Embargado: quem se beneficia com o ato de
constrição. - Se o bem constrito foi indicado pelo executado/devedor!!! - Causa o
litisconsórcio passivo dos adversários da ação que gerou a constrição (Ex. Executado e credor
da ação de execução, ambos no polo passivo dos embargos de terceiro.) - Se o embargado
constituiu advogado na ação que deu inicio a constrição, será normalmente citado, caso não
tenha, citação pessoal (geralmente vai ser o réu da ação de início, pois o autor precisa de
advogado para entrar com a ação).

Art. 678 - Liminar específica nos embargos de terceiro - Permite que o terceiro pagante peça
a reintegração provisória, ou a manutenção provisória da posse - Constrição é perder ou
ameaça de perder - Juiz pode condicionar a ordem de manutenção ou reintegração provisória
à caução do juízo.

De regra não tem audiência, embargado é citado para oferecer contestação aos embargos em
15 dias, findo o prazo, segue o procedimento comum.

680 - Embargante quando é credor com garantia real - Devedor que indicou o bem para
penhora - Embargado é citado para apresentar contestação - As única coisas que se podem
alegar nessa hipótese, é: 1- que o devedor comum é insolvente, alega que deve ser mantido o
bem constrito, pois o devedor comum, tanto do embargante quanto do embargado, é
insolvente e não tem bens para pagar a dívida.
2- Título é nulo ou não obriga terceiros. - Embargante afirma ter garantia real, mas caso isso
não tenha sido averbado no registro do imóvel, não será oponível a terceiros (no caso o autor
da ação inicial), Basicamente o embargado alega que não tinha como saber da garantia, ou
porque é nula, ou porque não foi dada publicidade, ou porque a garantia é sobre outro bem.
681 - Se procedentes os embargos, caso já feita a constrição, será cancelado o ato, e se
mantém o terceiro no bem, ou é reintegrado, de forma definitiva.

OPOSIÇÃO - MUDOU NO NOVO CPC - 682 A 686 - ANTES ERA FORMA DE


INTERVENÇÃO DE TERCEIROS.

Hoje é procedimento especial, assim como nos embargos de terceiro - É preciso ter um
processo em curso, e também é forma de defesa de um terceiro - Na Oposição o terceiro
entende que a coisa disputada no processo não pertence nem ao autor, nem ao réu, e sim a ele
(terceiro). - Terceiro oferece Oposição contra AMBOS - Terceiro é opoente e autor e réu são
opostos - Prazo - Até a sentença do processo principal (e não até o transito como nos E3).

Competência - Distribuição por competência, Opoente pede para distribuir para a mesma vara
do processo inicial.

Basta que o Terceiro seja proprietário apenas em parte - SEMPRE oferecerá oposição
CONTRA AMBOS.

Autor e réu do proceso principal - Citados na pessoa de seus advogados - Contestar em 15


dias!
Se uma das partes concorda com a oposição - Prossegue a oposição contra a outra - Correm
os autos junto do principal - Juiz vai dar uma sentença para ambas! - Mas a sentença conhece
e decide a oposição primeiro, pois influencia o resto. Ex. Se entender que ao terceiro pertence
tudo.

AÇÃO DE EXIGIR CONTAS 550 A 553

Ação de ex. contas - Só pode ser movida por aqueles que tem direito de exigir contas de
outrem. Ex. Pessoa outorga poderes para que outra faça a administração de seus bens, como
apartamentos alugados por exemplo. - Administrador rece a receita e paga as despesas, além
de fazer investimentos - AMPLOS PODERES - Se o outorgado deixa de prestar as contas, ou
se o proprietário encontra o patrimônio de maneira diversa da que deixou. - Pode mover ação
de exigir contas - É possível que não seja pelo procedimento especial - Hoje é APENAS
quem tem o direito de EXIGIR que pode mover.

Procedimento: Movida por quem tem direito de exigir - Traz as razões que fundamentam a
necessidade de exigir contas, de forma detalhada, com documentos comprobatórios - Réu
dessa ação é citado para, em 15 dias, prestar as contas, ou oferecer contestação. - Se prestar
as contas, o autor é intimado para se manifestar (15 d) - Autor poderá impugnar as contas,
MAS NÃO PODE SER DE MANEIRA GENÉRICA - Deve dizer qual lançamento
específico não concordou. - 55 §2º.

Se o réu contestar. Ex. alega que não tem obrigação de prestar contas, ou se fica inerte - Juiz
que diz se o réu deve ou não prestar as contas. - Se julgar procedente este pedido procedente,
entender que o réu deve prestar contas - SERÁ UMA DECISÃO INTERLOCUTÓRIA DE
MÉRITO. - Inicia a segunda fase do processo - de prestação das contas em si.
Se o Juiz entende que o réu não deve prestar contas - Aqui é sentença e caberá apelação.
Mas se julga procedente o processo continua.
Se o réu fica inerte - 355 - Julgamento antecipado do mérito.

Ação tem 2 objetivos - Pode ser apenas para que apresente as contas, como também para
determinar a existência de SALDO. - Réu presta contas, ou ainda, não apresenta e o autor
apresenta em seu lugar. Ao final da segunda faso o Juiz julga AS CONTAS EM SI - Se foi
verificado um rombo, uma divergência nas contas, a diferença, o saldo, deve ser ressarcido -
Dentro do procedimento o Juiz apura o saldo e gera título executivo para o autor exigir.

AÇÕES POSSESSÓRIAS:

1-Reintegração de posse - Esbulho.


2-Manutenção da posse - Turbação.
3-Interdito proibitório - Ameaça ou justo receio de ser turbado ou esbulhado.
FUNGIBILIDADE - Ação aqui decorre do fato jurídico posse - Se o possuidor entra com a
ação de reintegração de posse, quando na verdade estava apenas sofrendo turbação - Juiz
receberá a ação como se fosse a correta (Manutenção de posse) - Juiz conhece do pedido e
outorga a proteção legal correspondente.
555 - Autor da possessória, pode cumular ao pedido de proteção possessória um pedido de: 1-
perdas e danos (Ex. esbulhante danificou a porta) - 2-Indenização em frutos - 3-Requerer
medida necessária para evitar novo esbulho ou turbação - 4-Cumprir a tutela proisória.
558 - Ação possessória por força nova: Ação ajuizada dentro de um ano e um dia da turbação
e do esbulho (segue procedimento especial e tem a liminar do 562) - Passado esse tempo (1
ano e 1 dia) - Força velha: Ainda tem proteção possessória, mas segue o procedimento
comum, tutela provisória do 294 e ss.

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