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Parte Geral:
Fatos Jurídicos: Em sentido estrito (ações da natureza), ato fato jurídico (categoria
intermediária, existe uma atuação humana, mas a manifestação da vontade humana é
desconsiderada) e o Negócio Jurídico.
Pessoa Natural – Art. 1º - Toda pessoa é capaz de direitos e deveres na ordem civil –
capacidade de direito ou personalidade jurídica – capacidade de todo indivíduo de ser titular
de direitos e obrigações.
Para além de ser titular de direitos, para poder exercer estes direitos por si próprio (atos da
vida civil), é necessário que além da capacidade de direito o indivíduo tenha a “capacidade de
fato”.
Nem todas tem essa capacidade de fato, temos as situações de incapacidade, pode ser
absoluta ou relativa:
Incapacidade absoluta (art. 3º, CC) – São absolutamente incapazes os menores de 16 anos –
absolutamente incapazes de praticar atos da vida civil – Caso pratique, gera a nulidade deste
ato (art. 166, I) – Art. 185 – Trata dos atos jurídicos lícitos -> aos atos lícitos que não sejam
negócios jurídicos, aplicam-se as disposições dos NJ – o art. 166 se aplica tanto para negócio
quanto para ato jurídico.
Relativamente Incapaz (art. 4º) – Incapaz para certos atos, ou a maneira de exercê-los:
Aqueles que por causa transitória ou permanente não puder exprimir a sua vontade. – Alguém
em coma, teve um AVC, tem mal de Alzheimer e perdeu a memória.
Os pródigos. – Não tem capacidade de administrar seu patrimônio, pois gastam de forma
imoderada.
Lei fixa atos que podem ou não praticar – art. 1860, p.u – Maiores de 16 podem fixar
testamento, feito pessoalmente, lei permite expressamente. – Art. 228 – não permite como
testemunha o menor de 16, maior de 16 pode.
AÇÃO DE INTERDIÇÃO:
Art. 747 – Procedimento especial, pode ser promovida por cônjuge ou companheiro, parentes
ou tutores, representante da entidade em que se encontra abrigado o interditando e o MP –
legitimidade ativa para ação de intermissão! – não significa que serão nomeados curadores –
art. 1775 – Define o curador, na falta de cônjuge ou companheiro, será pai e mãe, na falta
destes o descendente que se demonstrar mais apto, mais próximos tendo preferência aos mais
remotos, e por fim, na falta destas pessoas cabe ao juiz escolher o curador – pessoas que tem
legitimidade ativa para propor a interdição não são as mesmas que podem ser nomeadas
curadores.
Curatela Vs. Tutela: Tutela é só para menores de idade, tutor só terá função quando o
indivíduo não tiver mais os pais.
TUTELA (1728)
Os filhos menores são postos em tutela, com falecimento ou ausência dos pais, ou se
decaírem do poder familiar.
Tutela Vs. Guarda: Guarda é direito de convivência!!! De ter o menos em sua companhia.
Tutela é mais ampla, de certa forma ela absorve a guarda, tutela envolve a representação legal
dos menores, algo que a guarda não faz.
Tutores também precisam prestar contas do exercício da tutela de 2 em 2 anos. (Já que
também exercem a representação legal).
Art. 1729 – Traz a primeira forma de tutela, a testamentária. – Direito de nomear tutor
pertence aos pais em conjunto, nomeação deve ser feita através de testamento ou qualquer
outro documento autêntico. É apenas na falta dos dois genitores!
Art. 1731 – Tutela legítima - Caso os genitores não nomeiem – incumbe a tutela aos parentes
consanguíneos – primeiro os ascendentes com preferência de grau mais próximo – aos
colaterais até o terceiro grau (Tio) com preferência dos mais próximos – Se no mesmo grau
tem preferência os mais velhos. Em qualquer caso o Juiz escolherá o mais apto.
Caso não haja tutor testamentário nomeado nem nenhum parente. – Cabe ao Juiz nomear
tutor idôneo. – Tutela Dativa.
PODE CAIR – Pai faleceu, Mãe doente quer nomear o irmão – fazer através de testamento ou
documento autêntico.
Embora o direito de nomear tutela seja dos pais – deverá ter uma ação de tutela para o juiz
formalizar a nomeação do tutor – prestar compromisso e fixar as diretrizes da tutela.
hipóteses de emancipação – concessão pelos pais, ou por um dos pais na falta do outro –
mediante instrumento público sem necessidade de homologação judicial – ou por sentença do
juiz, ouvido o tutor, aos 16 anos completos.
Pelo casamento.
Estabelecimento civil ou comercial, ou pela existência de relação, desde que em função deles
o menor com 16 anos completos tenha economia própria.
Emancipação pode se dar de forma voluntária, primeira parte do inciso 1 – concessão feita
por ambos os pais, por meio de escritura pública, ambos precisam se manifestar, não pode ser
vontade de um só genitor – isso se ambos forem vivos – se apenas um é vivo basta a
manifestação de vontade apenas de um.
Como a prática do ato de emancipar vem do poder familiar, as disposições que tratam do
poder familiar, P.U, art. 1631, divergindo os pais quanto ao exercício do poder familiar – é
assegurado a qualquer deles recorrer ao Juiz para solução do desacordo – emancipação
judicial!!! – Art. 5º, P.U, I - também pode ser buscada pelo tutor quando o tutelado tiver mais
de 16 anos.
Emancipação, seja por escritura pública ou por sentença judicial, precisam ser levadas ao
cartório de registro civil das pessoas naturais – art. 9, CC – JÁ CAIU.
Casamento, um deles tem 16, casou com autorização dos pais, autorização também vem do
poder familiar, casamento é válido, pessoa de 16 adquire a capacidade plena – com 17
divorciou, o menor tem capacidade? Ou retroage ao estado anterior? - DIVÓRCIO NÃO
RETIRA A CAPACIDADE CIVIL PLENA!!!
Art. 6, 7 e 8 – Perda da capacidade civil pela morte – pontapé inicial do direito sucessório –
A Morte coloca fim a personalidade jurídica:
Pode ser Real – tenho o Corpo, ou presumida – pode ser com ou sem decretação de ausência:
Com decretação – indivíduo some do seu domicílio sem deixar notícias, art. 22 e ss.
Procedimento Especial – quando a lei autoriza a decretação da ausência, Juiz nomeia curador
para arrecadar seus bens, durante esse processo serão publicados editais, vencido o edital –
família pode pedir abertura da sucessão provisória – essa sucessão autoriza os herdeiros a
entrar na posse e administrar os bens deixados – passados 10 anos da abertura da sucessão é
possível pedir a sucessão definitiva – passa a considerar o ausente como morto.
Art. 8º - Comoriencia – 2 pessoas morrem ao mesmo tempo, sem ser possível determinar
quem precedeu quem, presume que a morte foi simultânea.
Art. 9 e 10 – situações que devem ser levadas a registro ou averbadas no registro civil de
pessoas naturais (LER ARTIGO).
Direitos que não tem uma conotação patrimonial, mas existe a titularidade tanto por parte da
pessoa natural quanto pela jurídica no que for cabível. São direitos inerentes à pessoa
humana, são vinculados com a noção de dignidade da pessoa humana – Muitos destes direitos
também são direitos fundamentais, e certas disposições serão aplicadas aqui – Ex. colisão de
direitos de personalidade, ponderação de bens, princípio da proporcionalidade.
Direito a intimidade, vida privada, honra, imagem, nome, integridade física, mas não são só
estes os considerados direitos da personalidade, o rol do CC é exemplificativo.
Limitação voluntária – é vedada uma limitação tal que seja permanente, geral, e aniquile o
direito – exceto a limitação estabelecida pela lei, ou por fator externo como na colisão de
direitos da personalidade.
Caso dos transgêneros – Podem realizar a cirurgia de adequação sexual por exigência médica.
Disposição gratuita do Corpo após a morte – Válido com o objetivo científico ou altruístico.
SOMENTE depois do óbito, não encorajar a pessoa a morrer pra deixar dinheiro.
Art. 15 - Ninguém pode ser constrangido a submeter-se, com risco de vida, a tratamento
médico ou intervenção cirúrgica – Embora não haja regulamentação jurídica no Brasil, o
indivíduo absolutamente capaz pode utilizar o chamado testamento vital ou diretiva
antecipada de vontade, para dispor através destes instrumentos, sejam públicos ou
particulares, se gostaria ou não de ser submetido a tratamento médico ou cirúrgico que
importe em risco de vida. Não é a mesma coisa que testamento sucessório – que só é válido
após a morte. Testamento vital é intrínseco ao caso em que o indivíduo não possa decidir por
si mesmo se será submetido ao tratamento ou não.
Todos tem direito tanto ao prenome (primeiro nome), quanto ao sobrenome, apelidos de
família, nome da pessoa não pode ser empregado em publicações ou qualquer tipo de
circunstância que exponha ao desprezo público, independentemente de ter intenção de
difamar, também ninguém pode usar o nome alheio em propaganda comercial – Súmula 403
e 221 do STJ – Dispõe sobre essas publicações, muitas vezes não é expressamente veiculado
o nome, mas por certas características é possível individualizar a pessoa. Toda vez que o
nome é utilizado por uma publicação, a responsabilidade em relação ao dano causado (já
houve a publicação, proteção repressiva), é tanto do autor da publicação, como também do
proprietário do veículo de publicação. Além disso a indenização independe da prova do
prejuízo, para a publicação não autorizada da imagem da pessoa, com fins econômicos ou
comerciais, mesmo que não tenha nome, se a utilização de sua imagem for suficiente para
identificá-lo (Súm. 403).
Além do nome e do sobrenome, existe proteção também para o pseudônimo usado para fins
lícitos, pseudônimo – expressão usada pelo indivíduo para fins artísticos – Ex. Agenor de
Miranda Araújo Neto – Cazuza.
Mas não é nesse ato constitutivo que a PJ adquire personalidade jurídica – Art. 45 – A
personalidade jurídica da PJ inicia quando seus atos constitutivos forem devidamente
registrados! – Registro dos atos constitutivos da PJ é feito no registro civil das pessoas
jurídicas, caso se trate de uma PJ que exerce função empresarial, deve ser feito registro
também na junta comercial. Partido político, além do cartório de registro civil de PJ, art. 17
da CRF, deve proceder ao seu registro também no TSE.
Art. 49 – A, A pessoa jurídica não se confunde com seus sócios, associados, instituidores ou
administradores, autonomia patrimonial das PJ é instrumento lícito de alocação e segregação
de riscos estabelecido pela Lei para estimular a economia e o desenvolvimento. – Assim, com
o registro dos atos constitutivos, passamos a diferenciar o patrimônio da PJ daquele dos
sócios. Assim como diferenciar as obrigações da PJ das obrigações pessoais dos sócios. –
Art. 50 – Desconsideração da Personalidade Jurídica – Se a PJ for utilizada de forma abusiva
(Desvio de finalidade ou Confusão Patrimonial) - § do 50 trazem as definições. – Feita
através do incidente de desconsideração da personalidade jurídica. – Pode se dar de duas
maneiras – A partir da obrigação da PJ atingir bens pessoais dos sócios OU Atingir os bens
da PJ a partir da obrigação pessoal dos sócios (Desconsideração inversa).
Desvio de Finalidade §1º: Utilização da PJ para lesar credores, ou para a prática de ato ilícito.
DOMICÍLIO
Art. 72 – Domicílio profissional, sujeito tem domicílio residencial em um lugar, e exerce sua
atividade profissional em outro, para cumprimento das obrigações ligadas à profissão, será
considerado o domicílio profissional.
Art. 73 – Pessoas sem domicílio certo, pois não residem em nenhum lugar com ânimo de lá
permanecer, nesses casos, o lugar onde elas forem encontradas é que será considerado seu
domicílio para cumprimento de suas obrigações.
Art. 75 – Domicílio das PJ, PJ de Dir. Púb. – tem como sede a capital do Estado ou sede da
administração do Município. Dir. Privado – Lugar que conste como sede nos atos
constitutivos. Se possuir sedes em vários lugares, cada um será domicílio para o cumprimento
das obrigações assumidas naquele mesmo local.
Art. 78 – JÁ CAIU – Foro de eleição – quando as partes disporem documento escrito, podem
escolher o local de cumprimento daquelas obrigações.
BENS
Dentro dos Bens (art. 79 ao 103) – Podem ser públicos (PJ Púb.) e privados (PJ Priv. Ou
pessoas naturais).
Bem considerado em si mesmos – análise do bem com relação a ele próprio, sua existência
depende somente dele, e não da existência de outro.
BEM IMÓVEL
Bem Imóvel Por Natureza – o solo, tudo que se agregar ao solo passa também a ser
considerado bem imóvel – só que por acessão (pode ser natural -árvore/ ou artificial – homem
ergue prédio).
Art. 80 – Bens que a Lei considera imóveis – Direito Real sobre imóvel e as ações que o
asseguram – todas as garantias de hipoteca por exemplo.
BENS MÓVEIS
Podem se movimentar sem perder sua característica/destinação, seja por si mesmos/ de forma
natural (semovente), como pela ação humana (cadeira, celular).
Energia com valor econômico, direitos reais sobre objetos móveis e ações correspondentes,
direitos pessoais de caráter patrimonial e ações correspondentes.
Art. 84 (deve ser interpretado com o II do 81) – JÁ CAIU – Vitrôs de SP retirados para passar
por uma reforma – ambos dispositivos falam sobre material de construção de prédio –
enquanto está na loja, esse material é considerado bem móvel – no momento que é utilizado
na construção se torna bem imóvel, até porque foi incorporado ao solo – Esse material de
construção, se for retirado para ser reintegrado ao prédio, interpreta com o 81, NÃO PERDE
O CARÁTER DE IMÓVEL. Se o material é retirado para não mais ser utilizado, volta o
CARÁTER DE BEM MÓVEL.
Já nos bens móveis se dá pela usucapião, pela ocupação, pelo achado de tesour, pela
especificação ou pela confusão.
São aqueles bens móveis e substituíveis por outros de mesma espécie, qualidade ou
quantidade – Infungíveis não podem ser substituídos (ex. obrigação infungível, como
contratar o Niemeyer especificamente para planejar um prédio).
BENS CONSUMÍVEIS (Art. 86)
Seu uso importa na sua destruição, geralmente os gêneros alimentícios. Não poderá haver uso
reiterado – Roupas por exemplo não são bens consumíveis.
Divisíveis podem ser fracionados sem alteração na sua substância – Posso dividir uma área de
300 hectares em duas de 150, embora haja uma perda de valor, não é significativa, em geral o
preço por hectare será o mesmo.
Existem bens naturalmente divisíveis (300 hectares de terra), mas que podem tornar-se
indivisíveis por convenção das partes ou determinação legal. Partes podem convencionar no
contrato de aquisição que o imóvel fica indivisível por um certo tempo. Ou por determinação
legal (ex. 1791) – sucessão aberta ocorre de forma unitária e indivisível.
Bens singulares podem ser considerados/caracterizados por si próprios (cadeira, carro, livro)
bem é individualizado/caracterizado, Bem coletivo é uma coletividade de bens individuais, o
negócio celebrado não incide sobre a individualidade do bem, e sim sobre o conjunto todo,
uma coisa de é vender uma cadeira, outra um conjunto de cadeiras.
Art. 93 – Pertenças, coisas que não são partes integrantes do objeto, mas se destinam a seu
uso, serviço, ou ao aformoseamento do outro. Ex. Construção de um edifício, para fazer a
venda dos imóveis, criamos um dos apartamentos mobiliado, visitação, demonstração, a
mobília do aparamento será considerada uma pertença, pois o bem principal (apartamento)
não inclui aquela mobília. (Salvo disposição contratual em contrário).
Art. 95 – Trata dos frutos e produtos – Embora não sejam separados do bem principal podem
ser objeto de negócio jurídico na condição de bens acessórios.
Frutos – Acessórios que podem ser retirados periodicamente do bem principal, sem que o
bem principal perca suas características, ou diminua sua quantidade.
Produtos – também são produzidos periodicamente pelo objeto principal, mas quando
separamos o produto, temos diminuição no bem principal.
Benfeitorias – Terão grande participação no estudo de Direito das Coisas. Benfeitorias úteis,
necessárias e voluptuárias:
- Necessária – necessária pra conservação, manutenção do bem, evitar que ele se perca.
- Úteis – São as que aumentam ou facilitam o uso do bem. (Construir garagem na casa).
BENS PÚBLICOS
Aqueles que são de domínio Nacional, pertencentes às PJ’s de Dir. Púb. Interno, e todos os
outros são particulares independente de a quem pertence (PJ Priv. Ou pessoa Natural).
BENS Públicos – Ex. De uso comum do povo, Rios, mares, estradas, ruas e praças.
Bem Dominicais – Constituem patrimônio das pessoas jurídicas de Dir. Púb., com objeto de
Direito pessoal ou Real, de cada uma dessas entidades. Ex. Poder Público adquire imóvel em
leilão, cede o uso do imóvel em comodato para alguém utilizar, estabelecer um loteamento
urbano, para moradia de pessoas de baixa renda. Ou seja, fazem parte do patrimônio da PJ
Pub. Mas tem objeto de Direito pessoal.
Uso comum dos bens públicos pode ser gratuito ou retribuído. Ex. Pagamento de pedágios,
para transitar em estradas, que são de uso comum).
BENS DE FAMÍLIA
CC dispões sobre o voluntário (1715 e ss), já o legal está estabelecido na Lei especial.
Voluntário ou instituído – Determina o CC que aquela família que tem mais patrimônio, mais
bens, pode escolher o bem sobre o qual quer estabelecer a impenhorabilidade, por meio de
escritura pública ou testamento, para proteger seu direito fundamental.
Uma vez que através da escritura pública ou testamento faz incidir a clausula de bem de
família, o bem fica a salvo da penhora com relação à dívidas POSTERIORES à instituição.
Essa instituição pode ser em relação a prédio urbano e bem imóvel rural, mas só sobre prédio
RESIDENCIAL.
Instituição dura enquanto a entidade familiar durar, assim perdura mesmo que o casal venha a
falecer, enquanto os filhos forem MENORES DE IDADE.
Regra geral – impenhorável o único imóvel residencial das partes. Para ser considerado
impenhorável conforme esta lei é preciso ter um único imóvel de natureza residencial. Ex.
Um imóvel residencial e um comercial – comercial é penhorável.
V - para execução de hipoteca sobre o imóvel oferecido como garantia real pelo casal ou pela
entidade familiar; (Mesma regra da situação do bem de família voluntário).
VI - por ter sido adquirido com produto de crime ou para execução de sentença penal
condenatória a ressarcimento, indenização ou perdimento de bens.
VII - por obrigação decorrente de fiança concedida em contrato de locação. – Polêmico, STF
decidiu em 2018 - dividir fiança em locação comercial e em locação residencial – Se a
locação é bem comercial fica a salvo da penhora. Já o único imóvel do fiador de locação
residencial, será penhorável!
STJ – tenho um único imóvel de natureza comercial, locado por terceiros, utilizo o dinheiro
da locação para alugar um imóvel menor para morar e me sustentar, pois estou com
dificuldade financeira – Nesse caso a Súmula 486 do STJ diz ser impenhorável.
Proteção a impenhorabilidade recai tanto sobre o imóvel das pessoas casadas, quanto solteiras
e viúvas. Se o imóvel possuí box de garagem com matrícula própria no registro de imóveis,
esse box de garagem é penhorável.
FATOS JURÍDICOS
Fato é todo acontecimento, só vai ser fato jurídico aquele acontecimento que importa algum
efeito jurídico que importa para o direito, efeito, aquisitivo, modificativo, conservativo ou
extintivo de direitos. Ex. Transcurso do tempo é fato jurídico quando importar na aquisição
de direitos (usucapião, ou perda de direito (prescrição e decadência). Se subdivide:
FJ em sentido amplo – acontecimento natural que gera efeito jurídico. Pode ser ordinário ou
extraordinário.
FATOS JURÍDICOS
Escada Pontiana, graus de Existência, Validade e Eficácia do NJ – Para que exista, acumula
os elementos: partes, manifestação de vontade, objeto (sobre o qual a manifestação de
vontade incide) e forma. Para ser válido, os requisitos precisam estar qualificados – Partes
devem ser capazes e qualificadas (evitar nulidade quando é incapaz, e anulabilidade quando é
relativamente incapaz), Manifestação de vontade deve ser livre e não viciada, objeto deve ser
lícito, possível, determinado ou determinável, forma deve ser prescrita na lei ou não proibida
por lei – Silêncio em termos de NJ, só importa quando os usos, circunstância ou a Lei
autorizarem, silêncio via de regra não importa em manifestação de vontade.
Eficácia – NJ tem condição de produzir efeitos imediatos (ex. entregar a chave ao locatário)
Efeitos também podem estar subordinados aos elementos acidentais (condição, termo e
encargo).
Condição: Dou imóvel para A se ele colar grau em Direito. (evento futuro e incerto)
- Condição Resolutiva – A receberá mesada enquanto lavar a louça todos os dias, enquanto
estiver lavando o NJ produz efeitos, quando parar para de receber – condição resolutiva
coloca fim aos efeitos.
Termo: Futuro e Certo – geralmente tem relação com datas e prazos (ex. Determinar que o NJ
passa a produzir efeito em dia tal, e dura 3 anos.) – Termo inicial – começa a produzir
efeitos// Termo final – para de produzir efeitos.
Encargo: Ônus que vem atrelado a um bônus – Ex. Dou o imóvel a A, se A cuidar de mim até
eu morrer. – Inexecução do Encargo NÃO GERA invalidade do negócio, já passamos da
validade, estamos na fase de geração de efeitos, o que permite é a revogação do negócio.
DEFEITOS DOS NJ
Erro – Indivíduo celebrando o negócio se engana sozinho! Para anular o erro deve ser
perceptível para a pessoa com quem se celebra o negócio.
Dolo – Pessoa é enganada, outra pessoa com quem celebra o negócio ou terceiro com
anuência, induzem em erro, utilizam um artifício malicioso. Pode ser por Ação, ou Omissão.
Lesão – Preciso de alguma coisa, necessidade (dívidas, etc...) em razão dessa necessidade, ou
valendo-se da inexperiência, a outra parte faz assumir uma obrigação/prestação
desproporcional (Ex. vender casa por valor baixíssimo para pagar dívida).
Estado de Perigo – Indivíduo precisa salvar a si próprio ou alguém da família de dano grave e
iminente conhecido pela outra parte (elemento subjetivo), assim assume obrigação
excessivamente onerosa (elemento objetivo). Estado de perigo geralmente se relaciona a
questão de saúde – no hospital em estado grave, equipe só me deixa entrar se eu adiantar R$
50.000).
Simulação (art. 167) – Gera nulidade. – Declaro algo diferente do que realmente quero. Ex. C
não pode ter bens em seu nome, C coloca imóvel no nome da mãe. Na realidade conferiu
direito a pessoa diversa da qual realmente se confere (inciso I). Ex.2. Cláusula não verdadeira
pode ser atribuir a uma escritura de compra e venda valor diverso do realmente pago. Ex.3.
Se os instrumentos particulares forem antedatados ou pós-datados.
Art. 158 – Devedor pratica ato de disposição gratuita, ou remissão de dívida, quando já é
insolvente, ou em razão destes atos se torna insolvente.
Art. 159 – Devedor insolvente, essa insolvência é notória ou conhecida da outra parte, e
devedor pratica atos de disposição onerosa sobre seu patrimônio.
Invalidade Absoluta (Nulidade) – Podem ser as hipóteses do art. 166 (absolutamente incapaz,
NJ com objeto ilícito impossível ou indeterminado, não revestir a forma prescrita em lei,
objetivo de fraudar a lei, etc...) ou do art. 167 (simulação). – Não importa quanto tempo tenha
passado, será nulo o negócio, não tem prazo para ser pleiteada a invalidação absoluta.
Negócio não pode ser confirmado pelas partes.
PRESCRIÇÃO E DECADÊNCIA
E também:
Art. 202 - A interrupção da prescrição, que somente poderá ocorrer uma vez, dar-se-á:
VI - por qualquer ato inequívoco, ainda que extrajudicial, que importe reconhecimento do
direito pelo devedor. – JÁ CAIU. – Pode ser uma mensagem de WPP, e-mail, qualquer ato
extrajudicial do devedor que reconheça o direito do credor.
Parágrafo único. A prescrição interrompida recomeça a correr da data do ato que a
interrompeu, ou do último ato do processo para a interromper.
DECADÊNCIA
Também é transcurso de prazo, mas existe prática de ato ou NJ, por si mesmo ou por
terceiros, que gera para mim um Direito - Este direito (Pedir anulação de um NJ, exercer um
direito de preferência) deve ser exercido dentro do prazo previsto pela Lei, a mesma Lei que
define o direito que nasce a partir da pratica do ato ou negócio vai prever também o prazo
para o exercer – Prazo Decadencial – contados em dias, meses e anos, a própria disposição
que prevê o direito prevê também o prazo. Se não prever – Regra do art. 179 – 2 anos.
DIREITO DE FAMÍLIA
Direito de família, dentro do ramo privado do Direito Civil vemos neste assunto uma
preocupação maior por parte do estado, direito de família é direito privado com viés
publicista.
Família: Definição difícil, principalmente na modernidade -> Núcleo de pessoa que possuem
interesses comuns, tem auxílio mútuo e prezam pelo interesse/desenvolvimento comum,
solidariedade e cooperação.
Temos até o surgimento da família subespécie – pagamento de alimentos pra pet e regras para
divórcio, defendido e tutelado por parte da jurisprudência.
Ex. J tem 7 anos de idade, mãe pleiteia alimentos em nome do filho – ilegitimidade da parte,
alimento é conteúdo de direito de família, Joãozinho deve exercer, representado pelo
advogado.
Titular pode não exercer o direito, j pode não pleitear, mas também não pode renunciar.
Espécies de Casamento:
- Puramente Religioso: celebrado conforme normas da religião e não importa para o Direito.
Primeiro – Processo de Habilitação (art. 1.525 a 1.532, CC): Casal vai para o Registro Civil
das Pessoas Naturais e preenchem um Requerimento de Habilitação juntando uma série de
documentos pessoais – Certidões de Nascimento do casal, certidão de casamento com
averbação de óbito (viúvo) ou divórcio, apresentar autorização dos pais caso a parte seja
menos (entre os 16 e os 18), apresentar duas testemunhas que declarem que conhecem o casal
e que não há nada que os iniba de casar, declaração do estado civil e comprovação da
residência dos contraentes e de seus pais. Uma vez formalizado o requerimento junto ao
oficial do Registro Civil – abre um expediente para determinar a expedição de editais de
proclamas – edital fica publicado em cartório com a informação de que o casal pretende
contrair o matrimônio – publicado também em jornal local da residência (contraentes
morando em local distinto, será publicado em jornal que circula em locais distintos). Edital da
a publicidade da pretensão de casamento, para que qualquer pessoa que conheça
impedimento àquele casamento possa expor tal impedimento dentro do prazo de 15 dias de
validade do edital – se houver oposição o oficial do Reg. Civil cientifica o casal para que
possam apresentar defesa e provas – Juiz de direito ira decidir sobre a possibilidade ou não da
habilitação – passado prazo de 15 dias do edital sem nenhum impedimento – Oficial do R.
Civil irá consultar o MP para investigar a regularidade de todo este processo (emitirá
parecer), só então (parecer do MP favorável) o oficial emite certidão/certificado de
habilitação (tem validade de 90 dias).
Terceiro – Registro (1.536, CC): Casamento já produz efeitos, falta dar ainda mais
publicidade, lavrar em livro de registros, ato contínuo à celebração.
Casamento Religioso com Efeitos Civis (1.515 a 1.516): Mescla os outros dois tipos – pode
ocorrer por habilitação prévia, ou habilitação posterior, quando o casamento religioso atende
aos requisitos e normas do CC, produzirá efeitos se a requerimento da parte for registrado. É
preciso ter habilitação, celebração e registro – Celebração aqui não será feita pelo Juiz de paz,
e sim uma celebração religiosa – Qualquer ministro de confissão religiosa – Depois da
celebração, dentro do prazo de 90 dias – registro do casamento – diferente apenas em respeito
à celebração que é religiosa. (Habilitação Prévia)
Habilitação Posterior: Casal se casou em cerimônia religiosa e agora quer que gere feitos
civis, Celebração já foi feita religiosamente, se submetem à habilitação e dentro do prazo de
90º dias, requerem o registro.
Outras situações – Casamento por procuração – um dos nubentes não pode estar presente –
procuração pública com poderes especiais e validade de 90 dias – envia alguém para
representá-lo na celebração – pode ser revogado como todo instrumento de mandato –
revogação não precisa chegar a conhecimento do mandatário (mesmo sendo pública a
revogação) neste caso se o casamento ainda assim for celebrado, teremos hipótese de
casamento anulável! Prazo para buscar a invalidação deste casamento é de 180 dias contados
de sua celebração.
Casamento nuncupativo (1.540, 1.541): Uma das partes está em iminente risco de vida, mas
mantém suas faculdades mentais, capacidade – nesse caso podem ser deixadas de lado todas
as solenidades, desde que estejam presentes 6 testemunhas – num prazo de 10 dias da
celebração as testemunhas devem comparecer em juízo e confirmar ao Juiz a situação, Juiz
então determina o registro.
Art. 1.563 – Sentença de nulidade ou anulação do casamento, uma vez transitada em julgado
irá retroagir à data da celebração, o casal volta ao estado anterior à celebração, voltam a ser
solteiros, viúvos ou divorciados, como se o casamento nunca tivesse existido, como se, pois,
existiu e produziu efeitos durante um período.
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CASAMENTO CONTINUAÇÃO
Havendo conflito - um pai autoriza e outro nao, art. 1630 p.u, autoriza nos casos de conflito
no execicio do direito familiar, solicitacao dos pais ao juiz para que solucione o desacordo -
caberia ao juiz neste hipotese, no caso de litigio entre os pais, ou negativa dos pais, suprir a
autoizacao, suprir a autorizacao de um ou ambos - art 1641, III - Regime de bens obrigatorio
neste casamento com autorizacao suprida - SEPARACAO OBRIGATORIA DE BENS.
Com autorizacao de ambos os pais pode ser em qualquer regime, desde que haja pacto
antenupcial, por ser menor de 18 - relativamente incapaz - precisa de assistencia para realizar
o pacto.
OBS - Se individuo for emancipado, a capacidade civil plena e antecipada - nao necessita de
autorizacao dos pais - se nao for emancipado, apos a celebracao o casamento funciona
COMO EMANCIPACAO legal.
IMPEDIMENTOS MATRIMONIAIS
Art. 1521 - Nao podem casar ascendentes com descendentes, seja parentesco natural ou civil -
Os afins em linha reta - adotante com quem foi cônjuge do adotado e o adotado quem o foi do
adotante - Os irmãos uni ou bilaterais - demais colaterais até o terceiro grau - adotado com o
filho do adotante - as pessoas casadas - conjuge sobrevivente ou condenado por tentativa de
homicidio contra seu parceiro.
No parentesco por afinidade fica estabelecida a mesma relacao que o conjuge consanguineo
tem com os parentes em linha reta. Mesma relacao (linha reta) com a sogra que a esposa tem
com a mae. So que um e natural e outro por afinidade - esse parentesco em linha reta NAO
dissolve junto do casamento, um vez sogra, sempre sogra, em linha reta apenas, dissolve a
relacao com os cunhados, pode ter a mesma sogra duas vezes! Casou com Joãozinho,
separou, casou com Carlinhos, irmão de Joãozinho - lícito - mesma sogra.
Parentesco na linha colateral - Parentesco em linha reta NAO tem limites, posso receber
heranca do meu quadralhavo que viveu 726 anos - Ja na linha lateral existem limites, limite
de segundo grau para fins de alimentos, terceiro grau para direito matrimonial, e quarto grau
para direito sucessório, lateral existe um tronco ancestral comum, primo por exemplo e
quarto grau.
PARENTESCO - IMPEDIMENTOS
Impede o matrimonio -
Ascendentes e descendentes, seja por relacao natural ou civil - filho e mae, avo e neto,
adotado ou consaguinio.
Adotante com quem foi cônjuge do adotado - Filho adotado de Tadeu se casou com Marcia,
divorciaram, Tadeu nao pode casar com Marcia. Tornou-se sogro de Marcia,
Irmaos uni ou bilaterais e demais colaterais ate o terceiro grau - Irmao unilateral - apenas um
ascendente em comum, bilateral tem dois - Colaterais ate o terceiro grau, primo pode, tia nao
pode.
Vedacao legal, se casarem, casamento sera nulo (1548) - UNICA hipotese de casamento
NULO - infringencia de impedimento. - Nulidade pode ser buscada a qulquer tempo - e ser
promnovida por qualquer interessado ou MP - impedimento matrimonial pode ser oposto ate
o momento da celebracao - para evitar a ocorrencia do casamento - um dos objetivos do
processo de habilitacao e junstamente impedir esses casamentos.
OBS. Causas suspensivas (1523) - NAO DEVEM CASAR - Argudos tantos pelos parentes
em linha reta consanguineos e afins, ou pelos colaterais até o segundo grau, quanto os
colaterias consanguineos e afins, nas causas suspensivas nao e vedacao e recomendacao de
que nao devam casar, para proteger os individuos nas situacoes previstas nos incisos -
consequencia - NAO E ANULABILIDADE - e VALIDO!! O que incide e a imposicao do
regime de separacao obrigatoria de bens (1641).
I - o viúvo ou a viúva que tiver filho do cônjuge falecido, enquanto não fizer inventário dos
bens do casal e der partilha aos herdeiros;
II - a viúva, ou a mulher cujo casamento se desfez por ser nulo ou ter sido anulado, até dez
meses depois do começo da viuvez, ou da dissolução da sociedade conjugal;
III - o divorciado, enquanto não houver sido homologada ou decidida a partilha dos bens do
casal;
Parágrafo único. É permitido aos nubentes solicitar ao juiz que não lhes sejam aplicadas as
causas suspensivas previstas nos incisos I, III e IV deste artigo, provando-se a inexistência de
prejuízo, respectivamente, para o herdeiro, para o ex-cônjuge e para a pessoa tutelada ou
curatelada; no caso do inciso II, a nubente deverá provar nascimento de filho, ou inexistência
de gravidez, na fluência do prazo.
Menor de 16 - prazo de 80 dias, conta para o menor a partir do momento q ele faz 16, nao
conta prazo prescricional ou decadencial contra absolutamente incapaz. Para os pais conta da
data da celebração. OBS - 1553 permite a CONFIRMACAO DO CASAMENTO PELO
INDIVIDUO AO COMPLETAR 16 ANOS.
Menor em idade nubil - sem autorizaçao dos pais - prazo de 18 dias 1555 - conta para o
menos nubil a partir da idade dos 18, e para os pais a partir da celebraçao.
Tambem pode ser vicio de vontado o erro essencial sobre a pessoa do outro (identidade honra
e boa fama erro seja tal que torna insuportavel a vida em comum após descoberto, tambem
por defeito irremediavel que nao caracterize deficiencia, ou molestia grave e tranmissivel por
contagio ou heranca - para essas hipoteses, prazo de 3 anos.
Casamento celebrado por procuraçao cujo mandato foi revogado. Prazo de 80 dias a contar da
celbracao do casamento (1560).
Celebrado por autoridade relativamente incompetente - Nao e o Juiz de paz, competente, que
celebra - prazo de anos a contar da celecracao (1560 e 1554).
OBS - 1554 - Nao se anulara o casamento celebrado por aquele que aparenta ter a
competencia para celebracao do casamento civil. - exerce publicamente as funcoes de juiz de
casamentos e registrou o ato no registro civil.
E reconhecida como entidade familiar a uniao estavel entre o homem e a mulher, configurada
na convivencia publica, continua, duradoura, e estabelecidada com o objetivo de constituicao
de familia.
Se um dos conviventes ou ambos nao se entendem como estando numa união estável POUCO
IMPORTA - o que importa e apenas a presença dos requisitos.
Lei não estabelece prazo para que seja considerado estável, não pode ser altos e baixos, hora
juntos, hora nao - a durabilidade e o transcurso de um prazo de tempo razoaveis! 6 meses
segundo a professora e possivel.
Se moram separados ainda assim pode ser uniao estavel - morar junto nao e requisito nem
para casamento nem para uniao estavel. Súmula 382 do STF - Residencia conjunta nao e
requisito para caracterizar uniao estavel!!!
Diferença entre namoro e uniao estavel - Diferença bastante tenue, reside sobre o objetivo de
constituir familia, se o objetivo é presente, atual, e uniao estave. Se o objetivo e futuro,
incerto, ai e namoro.
Contrato de namoro para evitar a caracterizacao da uniao estavel - Impossivel - nao e preciso
documento escrito para formalizar a uniao estavel, nem e preciso a vontade do casal,
independentemente da vontade expressa no contrato, se configurados os requisitos a uniao
estavel pode ser reconhecido. O que pode estar disposto no contrato de namoro e o regime de
bens que incidira caso seja reconhecida a uniao estavel, via de regra sera a uniao parcial
(1725, uniao estável, salvo contrato, regime de comunhao parcial).
OBS - paragrafos 1 e 2 do 1723, se relacionam a impedimento matrimonial e causa
suspensiva na uniao estavel.
OBS - No caso da uniao estavel que venha a ser caracterizada a Lei deve facilitar sua
conversao em casamento!
OBS 2 - 1727 - Uniao nao eventual entre as pessoas impedidas de casar sao
CONCUBINATO e nao uniao estável.
REGIME DE BENS
Estrutura -
Dispositivo - comunhão parcial de bens (1640) - sempre que as partes não escolherem um dos
regimes convencionais, ou no caso do pacto antenupcial ser declarado nulo.
O Regime determina a comunicabilidade do patrimônio conseguido de forma onerosa pelo
casal, disposições sobre regime de bens se aplicam tanto ao casamento quanto à união
estável.
Aplica-se a comunhao parcial a uniao estavel sempre qu nao houver contrato escrito entre as
partes.
Imposta legalmente sempre que houver casamento que inobserva causa suspensiva do art.
1523.
De todos aqueles que dependerem de autorização judicial para casar. Ex. suprimento judicial
de consentimento dos pais para casar, menores nubentes.
Incide sobre este regime a Súmula 377 do STF, separação legal - comunicam-se os bens
adquiridos de forma onerosa durante o casamento - Tribunais superiores interpretaram e a
Jurisprudência atual entende ser necessário fazer prova do esforço comum para adquirir esses
bens, para que estes bens possam se comunicar.
Participação final nos aquestos - terrorista - demanda realizaçao de pericia no casamento para
averiguar eventuais bens alienados durante arelaçao para somar ao final nos aquestos.
Para que se possa escolher um desses tres e necessario realizar pacto antenupcial - feita em
tabelionato de notas antes da habilitação para o casmento, antes do processo de habilitaççao,
é preciso ja indicar qual regime de bens que vaii vigorar no casamento, para ser valido a
escritura deve ser publica.
OBS - So produz efeito o pacto antenupcial se o casamento for celebrado (1653) - Nulo se
nao for em escritura publica e ineficaz se nao seguir o casamento. Eficacia dividad entre as
partes e perante terceiros - Pacto feito de qualquer forma existe, para ser valido deve ser
escritura publica, já a eficácia -
Para produzir efeitos perante terceiros o pacto antenupcial deve ser registrado no cartório de
registro de imóveis do domicílio dos cônjuges (1657).
Quando se fala em regime de bens (1639 e ss) - uma vez celebrado o casamento, adotado
regime legal ou convencional, é possível mudar o regime - mas apenas judicialmente - ação
judicial movida por ambos os cônjuges - onde seja apurada a procedencia das razoes
invocadas - motivação relevante - e a ressalva dos direitos de terceiros - §2ª art. 1639, e
também no art. 734 CPC - ASSUNTO CAI - Não existe mutabilidade sem ação judicial, não
existe mutabilidade por escritura pública !!! - No caso dos regimes legais, o regime
dispositivo é possível mudar - opinião professora - A questão é o regime de separação
obrigatória - imposto legalmente - No regime dispositivo o Estado escolhe o regime para
aqueles que não escolheram - Analisando as três hipóteses de regime de bens obrigatório -
nos casos do 523 - uma vez que superada a causa suspensiva - nessas circunstâncias pode
haver a mutabilidade!!!
Fazer doação que não seja remuneratória de bens comuns ou que possam integrar futura
meação.
REGRA E EXCEÇÃO -
Regra - Necessária a outorga - Até para regime de comunhão parcial se os bens forem
particulares. Ex. gravar de ônus real imóvel recebido em herança antes do casamento -
PRECISA DE ANUÊNCIA DO CONJUGE!!! – JÁ CAIU!
Alienação de bem, se, anuência – gera anulação daquela alienação (1649). Torna anulável a
alienação, se não for suprido consentimento pelo Juiz (1648) – Outro cônjuge pode pleitear a
anulação até 2 anos após terminada a sociedade conjugal – prazo DECADENCIAL
(Prescricionais são exclusivamente os dos artigos 205 e 206 do CC) de 2 anos. OBS: JÁ
CAIU – A aprovação posterior do ato praticado – torna VÁLIDO – Desde que feito por
instrumento público, ou particular, autenticado (1649, P.U).
COMUNHAO PARCIAL
Como regra geral a comunhão parcial importa na comunicabilidade dos bens adquiridos de
forma onerosa durante o casamento.
Art. 1659 – Estabelece bens que serão considerados particulares – excluídos da comunhão.
I - Os bens que cada cônjuge possuir ao casar, e os que lhe sobrevierem, na constância do
casamento, por doação ou sucessão, e os sub-rogados em seu lugar; (A tinha apartamento
antes do casamento, vende e compra outro durante o casamento, se o preço for comparável,
vendeu por 200.000 e comprou por 200.000, continua sendo de A, sub-rogou).
OBS: STJ considera que saldo do FGTS e verbas trabalhistas adquiridas durante o casamento,
são bem comuns.
I - Os bens adquiridos na constância do casamento por título oneroso, ainda que só em nome
de um dos cônjuges; (não importa em nome de quem o bem esta registrado, se a aquisição foi
onerosa, será bem comum, salvo as disposições do artigo anterior).
II - Os bens adquiridos por fato eventual, com ou sem o concurso de trabalho ou despesa
anterior; CAI MUITO – Bem adquirido na loteria é comum!
III - Os bens adquiridos por doação, herança ou legado, em favor de ambos os cônjuges;
Doação ou Herança individual, não se comunica (1659, inciso I).
V - Os frutos dos bens comuns, ou dos particulares de cada cônjuge, percebidos na constância
do casamento, ou pendentes ao tempo de cessar a comunhão. (sobre os frutos entra a lógica
de rendimentos dos bens, o bem é de Joãozinho, mas o proveito econômico percebido após o
casamento é comum).
COMUNHÃO UNIVERSAL (1667 – REGRA GERAL – E 1668):
Todos os bens, anteriores ou posteriores, adquiridos de forma gratuita ou onerosa, serão bens
considerados comuns.
III - As dívidas anteriores ao casamento, salvo se provierem de despesas com seus aprestos,
ou reverterem em proveito comum; - Dívida particular, mas que é proveniente do casamento,
despesa com a festa por exemplo, será comum.
V - Os bens referidos nos incisos V a VII do art. 1.659. – Bens de uso pessoal, instrumentos
de profissão, proventos do trabalho e outras rendas como pensões meio-souto e montepio.
Regime de participação final nos aquestos – separação de bens antes e após o casamento,
como se fosse uma separação – MAS – No final (somente no final) do casamento, seja por
morte, seja por divórcio, haverá a comunicabilidade dos aquestos:
OBS: 1676 – Alienação sem consentimento, se causar detrimento da meação, é preciso somar
também!
Importa na separação absoluta do patrimônio e não há nada de bens comuns (art. 1687 e
1688). Se um imóvel é comprado pelos cônjuges juntos – é preciso definir o percentual de
titularidade de cada um em relação àquele bem.
Divórcio – 2 regramentos (CC e CRF) – CC – para o divórcio ser realizado deve haver
primeiro um processo de separação (modelo dual) – 2 possibilidades – separação fática por
mais de 2 anos (divórcio direto) OU separação judicial + aguarda um ano do trânsito e
julgado dessa separação (divórcio por conversão).
CRF – Alterada pela Emenda Constitucional 66 – alterou o art. 226, §6º, CRF – retirou deste
artigo qualquer exigibilidade de prazo de separação prévia – CRF permite o divórcio sem
separação prévia.
Na prova vai depender do enunciado qual regramento usar, a emenda não revogou ad
disposições do CC, posicionamento jurisprudencial e doutrinário aceita ambos, permanecem
válidas e aplicáveis as duas disposições. – Sempre a FGV deixou claro para usar a disposição
mais moderna da CRF.
Possibilidade de divórcio sem prévia partilha de bens – PODE CAIR – Quando é feito o
divórcio ou a dissolução algumas cláusulas devem estar estabelecidas, a dissolução do
vínculo em si, partilha de bens, alimentos entre cônjuges, alimentos entre pais e filhos, guarda
dos filhos, é possível que haja concordância em relação a algumas clausulas e outras não, é
possível o deferimento do divórcio sem a prévia partilha de bens por força do art. 1581, CC –
Além desta existe a disposição do CPC, art. 356, que permite os julgamentos parciais de
mérito, quando em uma ação houver consenso, ou não houver controvérsia sobre um ponto da
ação, mas não em outros, para que o Juiz julgue parcialmente o processo. – Já ocorreu em
divórcio, onde havia consenso a não ser pela guarda dos filhos e a partilha de bens. – é
possível que o juiz julgue parcialmente o mérito e decrete o divórcio e mantenha a tramitação
em relação ao restante que ainda está em litígio.
DISSOLUÇÃO DA UNIÃO ESTÁVEL:
Filho com 17 anos de idade – Se for emancipado deixará de ser incapaz. Ex. Julia.
Incapacidade cessa com a maioridade e com a emancipação!!!
A guarda pode ser unilateral ou compartilhada – regra geral 1584 §2º - guarda será
compartilhada – se não houver acordo e ambos genitores forem aptos a exercer o poder
familiar: compartilhada! – Salvo se um dos genitores declarar ao Juiz que não quer a guarda.
Filiação – Vínculo existente entre pais e filhos, dá-se de maneira biológica e civil, o art. 1596
estabelece a igualdade entre os filhos, principio da igualdade da CRF, 1596 – filhos terão os
mesmos direitos e qualificações proibidas qualquer designação discriminatória – Não importa
se o filho é biológico, adotado ou afetivo, qualquer que seja a relação de filiação, os direitos
são iguais – Hoje é possível a filiação afetiva, e o reconhecimento da multiparentalidade,
além dos pais biológicos há relação de filiação com pais afetivos, e terá direitos relativos a
todos. Art. 1597 – Presunção legal de filiação – Presumem-se concebidos na constância do
casamento, os filhos, presunção derivada do casamento, não da união estável, presumem-se
do casal os filhos nascidos até 180 dias depois de iniciada a convivência conjugal, nascidos
nos 300 dias subsequentes á dissolução, havidos por fecundação artificial homologa mesmo
que falecido o marido (gametas do casal), havidos a qualquer tempo de embriões
excedentários (inseminação artificial homologa), embriões heterólogos com prévia
autorização do marido (gametas doados).
Presunção é RELATIVA!!! - pode ser afastada/ilidida – Exame de DNA – Art. 1599: outra
hipótese para afastar a presunção – Prova da impotência do cônjuge para gerar filho à época
da concepção – OBS: Adultério da mulher mesmo que confessado NÃO é suficiente para
afastar a paternidade!!!
Estas situações de filiação existem para a hipótese de falecimento do pai, de forma que não
possa reconhecer pessoalmente a paternidade.
Ao lado da filiação temos o instituto do reconhecimento dos filhos, a filiação deve ser
reconhecida:
Art. 1.609. O reconhecimento dos filhos havidos fora do casamento é irrevogável e será
feito:
I - no registro do nascimento;
IV - por manifestação direta e expressa perante o juiz, ainda que o reconhecimento não haja
sido o objeto único e principal do ato que o contém.
Oficioso – L. 8.560/92, art. 2º - A mãe ao registrar o filho será questionada pelo oficial do
registro civil sobre quem é o suposto pai, oficial de justiça se informado do nome e endereço
expedirá oficio, para fazer o registro do filho, Juiz vai intimar o suposto pai para em 30 dias
comparecer ao cartório de registro civil e – Reconheça voluntariamente – ou caso de silêncio
do suposto pai -> Vai dar origem a um procedimento de reconhecimento de filiação
JUDICIAL!
Não se confunde com o dever familiar de sustento! – Dever de sustento é a obrigação dos
pais para com os filhos menores de idade, decorrente do poder familiar, poder-dever, se inicia
aos 0 e termina aos 18 anos. Inicia e termina automaticamente, decorre da Lei, obrigação dos
pais que não precisa de sentença ou manifestação judicial. – Concepção errada de que os
alimentos são devidos apenas enquanto o filho é menor de idade – o que é devido enquanto o
filho é menor de idade é o dever familiar de sustento.
Já os Alimentos – é a obrigação que os pais tem em relação aos filhos, mas também os
parentes, em relação uns aos outros, ou também entre ex-cônjuges – Dever de sustento é só
pai para filho – Alimentos derivam em razão do parentesco (parental ou civil) ou em razão da
existência de um vínculo – Os Alimentos, seja em razão de parentesco ou vínculo, precisam
ter uma fixação, seja por acordo extrajudicial ou sentença judicial (Sustento é automático,
decorre do poder familiar, não precisa ser fixado) – Para serem fixados os Alimentos levam
em conta 3 elementos (pressupostos de fixação da obrigação alimentar:
Uma vez fixados, só poderá o valor ser modificado, ou ser exonerada a obrigação alimentar,
quando houver mudança nestes elementos!
Só com mudança nestes elementos poderão ser propostas as chamadas “Revisionais”! –
Assim estes três elementos são utilizados tanto para fixar quanto para rever ou exonerar a
obrigação alimentar.
Ou seja, para a obrigação para também não é automático (diferente do dever de sustento).
Ex. Alguém com 30 anos pode pedir alimentos, Direito de Família é Imprescritível!!!
Para a OAB:
Art. 1.696. O direito à prestação de alimentos é recíproco entre pais e filhos, e extensivo a
todos os ascendentes, recaindo a obrigação nos mais próximos em grau, uns em falta de
outros.
Art. 1.697. Na falta dos ascendentes cabe a obrigação aos descendentes, guardada a ordem de
sucessão e, faltando estes, aos irmãos, assim germanos como unilaterais.
Existe uma ordem para pedir alimentos! – Primeiro deve ser pedida aos ascendentes, sempre
guardada a ordem de parentesco:
Primeiro pede para os Pais, se não for possível – aos avós – aos bisavós – e assim em diante.
– A obrigação dos avós é não solidária! É subsidiaria, avós só serão chamados a pagar os
alimentos quando os pais não puderem pagar nada (avós deverão pagar com exclusividade)
ou se os pais puderem pagar apenas uma parte (avós serão condenados a pagar uma
complementação). Sempre com caráter não solidário! Cada um dos avós condenado em uma
proporção dos alimentos, sem responder pela totalidade (4 avós idealmente).
Se não houverem ascendentes será para os descendentes que irá pedir! Primeiro para os
filhos, depois para os netos, e assim em diante!
Em relação ao IDOSO a obrigação alimentar que em geral não é solidária, Será SOLIDÁRIA
– Art. 12 do Estatuto do Idoso!
Se não tem ascendentes nem descendentes para pedir – pede aos irmãos! – sejam uni ou
bilaterais – Este é o limite da obrigação alimentar – COLATERAIS DE SEGUNDO GRAU –
ou seja, irmãos – não poderia pedir para tio (3º grau).
Quando buscar a fixação da obrigação alimentar? Quando alguém será obrigado a pagar?
SEMPRE que a pessoa que pede alimentos, não tem condição de por seu próprio trabalho ou
patrimônio, custear as suas despesas, art. 1695! E aquele de quem se reclama pode arcar sem
desfalque necessário ao próprio sustento.
- PODE CAIR – A tem 2 filhos, um menor e um maior, A pagava alimentos para o filho
menos, o maior tinha seu próprio sustento, A morre e deixa patrimônio – Os alimentos são
TRANSMISSÍVEIS após o óbito, mas só o dever de pagar o débito existente ao tempo do
óbito, débito que é da sucessão, e durante o período que o inventário tramitar, a sucessão
deve pagar os alimentos para o menor de idade herdeiro até receber os seus bens de direito –
No momento que o inventário é realizado, cessa a obrigação da sucessão, pos ele passa a ter
bens para prover o seu sustento!!!
Uma vez fixada a obrigação alimentar, mesmo que o direito aos alimentos não prescreva, a
obrigação fixada prescreve em 2 anos! – Se não houver o pagamento, a partir do vencimento,
conta o prazo de 2 anos – 2 exceções!!! – Art. 197, II e 198, I do CC.
- Art. 197, II – Não corre prescrição contra ascendentes ou descendentes durante o poder
familiar – Poder que vai do nascimento aos 18 anos – assim que completa 18 anos, se
inadimplente o pagador de alimentos, passa a contar o prazo prescricional de 2 anos.
- Art. 198, I – Não corre prescrição contra Incapaz do art. 3º - Absolutamente incapazes – dos
0 aos 16 anos!
Se entre ascendentes e descendentes – 197 – Só os pais tem poder familiar para com os
filhos!
AÇÃO DE ALIMENTOS:
Após fixada – se houver inadimplemento - a execução pode se dar de duas formas -> por
processo próprio, ou por cumprimento de sentença:
Rito da pena de prisão (até três parcelas vencidas e não pagas) -> Única hipótese de prisão
civil do devedor.
Rito da constrição de bens (penhora e todo seu regramento do CPC) -> Para cobrar mais de
três parcelas vencidas, pode continuar cobrando as ultimas 3 pelo rito de prisão Ex. 9 parcelas
vencidas, só posso executar as ultimas 3 por prisão, as outras 6 executo por constrição.
Quanto à Prisão, mesmo que haja o cumprimento da pena de prisão (fixada de 1 a 3 meses em
regime fechado) – NÃO EXONERA DA OBRIGAÇÃO DE PAGAR ALIMENTOS –
Mesmo cumprida a medida restritiva de liberdade, se não forem pagos os alimentos, a
execução se converterá em execução por penhora!!!
DIREITO SUCESSÓRIO
Sucessões – absolutamente nada de direito sucessório pode ocorrer antes do evento morte. –
Art. 426 – Qualquer disposição sobre a herança de pessoa viva é nula (vedação pacto de
corvina).
A morte, mais do que abrir o processo sucessório, pões fim à personalidade jurídica (art. 6, 7
e 8)
Art. 6º - Existência da pessoa natural se encerra com a morte – a morte pode ser real (que
pode ser atestada, existe o corpo), presumida (casos de desaparecimento, sequestro, pessoa se
esconde, ou desastre natural, queda de avião), para as hipóteses de morte presumida – 2
hipóteses – COM DECRETAÇÃO DE AUSÊNCIA (Art. 6º, segunda parte) – Saber quem é
o ausente (Art. 22) – desapareceu de seu domicílio, sem deixar notícia ou representante, tem
curador nomeado após decretação da ausência – No momento da morte há a abertura da
sucessão:
1... Uma vez que a pessoa desaparece sem deixar notícia, juiz declara ausência e nomeia
curador para arrecadar os bens do agente (art. 22 e 744 e ss do CPC) – Fase de curadoria ou
arrecadação dos bens do ausente. Art. 25, cc – Cônjuge do ausente, não separado
judicialmente ou de fato por 2 anos, será legitimo curador, depois os pais e depois os
descendentes nessa ordem, não havendo impedimento, entre os descendentes preferem-se os
mais próximos, na ausência destes, o juiz nomeia curador.
Nomeado o curador e arrecadados os bens - (art. 745) – Juiz manda publicar editais, na rede
mundial de computadores, no sítio do tribunal a que estiver vinculado e na plataforma de
editais do CNJ, permanecerá por um ano, ou não havendo sítio, no órgão oficial e na
imprensa da comarca, durante um ano e reproduzido de 2 em 2 meses – Anuncia a
arrecadação e chama o ausente para entrar na posse dos seus bens. Findado o prazo os
interessados podem pedir a abertura da sucessão provisória conforme disposto em Lei.
2... Fase de Sucessão provisória – Art. 26, CC – Decorrido um ano da arrecadação dos bens
do ausente – ou se ele deixou representante ou procurador se passaram 3 anos – sucessores
podem pedir a declaração da ausência e abertura da sucessão provisória – ATENÇÃO –
incompatibilidades entre redação - Art. 22 – Juiz a requerimento de qualquer interessado
declara ausência e nomeia curador – Art. 26 – fala em espera de um ano, trabalhar em
conjunto com o CPC – Analisar se a FGV pergunta sobre o CC ou o CPC - A ordem é:
Declara ausência – nomeia curador – faz arrecadação – publica edital – vencido o prazo do
edital – abre suc. prov!!! – CPC ordem mais nova – fala em findo o prazo do edital, não
espera de um ano. – Sucessão provisória não é a tradicional, tudo nesse assunto depende da
morte, o ausente não morreu, Art. 6º - presume-se a morte nos casos que a lei permite
abertura da sucessão definitiva, aqui ela ainda é provisória – Daí as diferenças, morte ainda
não se presume, ainda não tem partilha e transmissão! Procedimento mais lento.
Art. 26 e seguintes – sucessão provisória – JÁ CAIU – art. 28. Sentença que determina
abertura da suc. provisória, só produz efeitos 180 dias depois de publicada, mas assim que
passada em julgada permite a abertura de testamento se houver, ingressar na posse dos bens
da herança (não tem ainda a transmissão, sucessão provisória permite apenas ingresso na
posse, juiz pode cobrar caução para que herdeiros entrem na posse e administração e usufruto
desses bens), inventário e partilha de bens como se o ausente fosse falecido!!! – COMO SE
FOSSE – não é o mesmo processo de inventário e partilha que acontece com o óbito
(transmissão imediata).
Passados 10 anos da abertura da suc. provisória abre a sucessão definitiva (Art. 37) – e se o
ausente regressa enquanto os herdeiros estão em posse – Art. 36, CC – Se o ausente retorna
ou prova sua existência depois de estabelecida a suc. prov. – cessam as vantagens dos
sucessores! Porém herdeiros precisam tomar medidas assecuratórias para manutenção deste
patrimônio até a devolução INTEGRAL ao ausente.
3... Fase de sucessão definitiva – requerem a sucessão definitiva e levantamento das cauções
– nos termos da segunda parte do art. 6º - é aqui que o ausente se considera morto. – Morte
presumida decretada. A partir daqui a sucessão será igual a da morte real, herdeiros podem
dispor como quiserem, inclusive alienar.
Art. 38 – Se o ausente tiver mais de 80 anos, e a mais de 5 anos estiver sem notícias dele,
pode direto pedir a abertura da sucessão definitiva! – Pula todo esse processo!!!
Art. 7º, CC – Pode ser declarada a morte presumida sem decretação de ausência quando:
Morte extremamente provável em caso de iminente risco de vida. – Estava em navio que
afundou, sem corpos encontrados, estava próximo a barragem que estourou, corpos
soterrados. – São situações que envolvem morte presumida sem decretação de ausência.
Desaparecido em guerra ou feito prisioneiro, não reaparece 2 anos após o fim da guerra.
Declaração de morte presumida nesses casos – só pode ser pedida após o fim das buscas e
esgotadas as averiguações – sentença deve confirmar a data provável do falecimento.
COMORIÊNCIA:
Art. 8 – Se dois ou mais indivíduos falecem na mesma ocasião sem poder averiguar quem
precedeu, presume que simultaneamente morreram. – “Ocasião” tem conotação temporal, e
não de lugar, podem morrer em lugares distintos, e ter declarada a comoriência, de outra
banda podem morrer no mesmo lugar em tempos diferentes e ser possível identificar quem
precedeu, não serão comorientes.
No direito sucessório, uma das principais exigências quanto à capacidade sucessória, é que o
sucessor tenha sobrevivido ao autor da herança. Ex. Pai, filha sem herdeiro e mãe morrem,
cada um 5 minutos antes do próximo, fica tudo pros avós maternos. Ex. 2. Pai, mãe e filha
comorientes, herança do pai vai para os avós paternos, e a da mãe para os maternos.
OBS: §2º, 1793 – É ineficaz a cessão de direitos hereditários sobre um bem certo, descrito e
caracterizado considerado singularmente, deve ser cedida a cota hereditária, pois ainda não se
sabe qual parte do bolo vai receber.
Art. 1792 – Responsabilidade dos herdeiros sobre dívida do falecido – limitada às forças da
herança.
Sucessão legitima, decorre da Lei – se da na ordem do art. 1829. - 1787, regula a sucessão e a
legitimidade para suceder, a lei vigente ao tempo da abertura da sucessão, no momento da
morte. Capacidade sucessória (art. 1798 e ss) – determina que legitimam-se a suceder as
pessoas nascidas ou já concebidas ao tempo da abertura da sucessão
Sucessão Testamentária – decorre de ato de vontade do autor da herança –Capacidade
também definida pelo art. 1798 – podendo ainda ser chamados a sucerder, na sucessão
testamentáia, as hipóteses do 1799 – filhos ainda não concebidos, de pssoas indicadas pelo
testador, desde que os indicados estejam vivos à época da abertura, pessoas jurídicas, e
pessoas jurídicas cuja organização é determinada pelo testador na forma de fundação.
Art. 1800 - filhos ainda não concebidos (1799, I) – Bens serão confiados após a liquidação ou
a partilha a um curador nomeado pelo juiz, curador salvo disposição em contrário do testador,
será a pessoa indicada, cujo filho espera ter por herdeiro.
§4º, 1800 – Decorridos 2 anos depois da abertura, se o herdeiro não é concebido, os bens
esperados caberão aos herdeiros legítimos, e se nasce com vida será deferida a sucessão +
frutos e rendimentos a partir da morte do testador.
Art. 1801 – Não pode ser herdeiro nem legatário – A pessoa que a rogo escreveu o
testamento, nem seus cônjuges, companheiros, ascendentes e irmãos, as testemunhas do
testamento, concubina do testador casado, salvo se este sem culpa sua esta separado de fato
do conjuge a mais de 5 anos, tabelião civil, ou militar, ou comandante ou escrivão perante
quem se fizer ou aprovar o testamento.
Art. 1802, se essas pessoas forem nomeadas, as disposições que as nomeiam são nulas.
HERDEIROS:
Sempre que alguém tem herdeiros necessários, por disposição de última vontade, sua
liberdade de testar é RESTRINGIDA – 1789 – Só poderá dispor de metade da herança!
Herança é diferente de meação – meação é direito de família, tem relação com o regime de
bens do casamento. Ex. A e B são casados com comunhão universal, tudo é comum, de 100%
do patrimônio deles, 50% é meação e 50% é herança, sobre os 50% da herança é que calcula
a liberdade de dispor. – Art. 1789 + 1846.
Art. 1850 – Para excluir da sucessão os herdeiros colaterais, basta não os mencionar no
testamento – Se o testador tem apenas herdeiros facultativos, sua liberdade de dispor é
plena!!! – Pode dispor da totalidade da herança (excluída a meação).
A Transmissão se dá aos herdeiros pelo princípio da Saisine (Art. 1784) aberta a sucessão
desde logo (automática) da herança – NÃO significa que o herdeiro irá aceitar a herança, ele
pode renunciar – Atos de Aceitação e Renúncia:
Arts. 1804 e ss: Aceita a herança a transmissão torna-se definitiva desde a abertura.
A aceitação pode ser expressa (herdeiro declara que aceita, por meio de um documento por
exemplo), pode ser tácita (herdeiro pratica atos que façam acreditar que ele aceitou, como
transmitir a cota parte), ou ainda presumida (aceitação presumida – 1807 – interessado pode,
após 20 dias da abertura, requerer ao juiz prazo que não pode exceder 3º dias, para que o
herdeiro se pronuncia, sob pena de haver herança como aceita, interessados aqui são
geralmente os credores do herdeiro). – espécie de silêncio como manifestação de vontade.
Aceitação pode se dar de forma direta – próprio herdeiro, de forma expressa ou tácita,
manifesta aceitação da herança.
Indireta: Credores aceitam a herança por parte do herdeiro. – 1813 – Quando o herdeiro
prejudica os credores renunciando a herança, os credores podem, com autorização do juiz,
aceita-la em nome do herdeiro. - §1º a habilitação dos credores se fará nos 30 dias seguintes
ao conhecimento da renuncia e §2º - JÁ CAIU – Pagas as dívidas do renunciante, prevalece a
renúncia contra o remanescente.
Art. 1.809. Falecendo o herdeiro antes de declarar se aceita a herança, o poder de aceitar
passa-lhe aos herdeiros, a menos que se trate de vocação adstrita a uma condição suspensiva,
ainda não verificada.
Parágrafo único. Os chamados à sucessão do herdeiro falecido antes da aceitação, desde que
concordem em receber a segunda herança, poderão aceitar ou renunciar a primeira.
EXCLUSÃO DA SUCESSÃO:
Por lei – Hipóteses de indignidade (Art. 1814): São excluídos os herdeiros ou legatários
(serve para sucessão legitima e testamentaria).
III - que, por violência ou meios fraudulentos, inibirem ou obstarem o autor da herança de
dispor livremente de seus bens por ato de última vontade.
Atentados contra vida, honra, ou liberdade do autor da herança, é preciso de sentença de ação
civil (ação de indignidade) o Direito de demandar a exclusão extingue em 4 anos da abertura,
no atentado contra avida o MP tem legitimidade para agir nessa ação. – Art. 1816 – São
pessoais os efeitos da exclusão, os descendentes do excluído sucedem como se ele fosse
morto antes da abertura da sucessão. Diferente do que ocorre na renúncia! – Aqui os
herdeiros do excluído recebem por representação, e o excluído perde o direito de administrar
e usufruir dos bens herdados pelos menores. E também o direito de herdar sobre esses bens
no caso de falecimento dos filhos.
Art. 1.817. São válidas as alienações onerosas de bens hereditários a terceiros de boa-fé, e os
atos de administração legalmente praticados pelo herdeiro, antes da sentença de exclusão;
mas aos herdeiros subsiste, quando prejudicados, o direito de demandar-lhe perdas e danos.
Art. 1.818. Aquele que incorreu em atos que determinem a exclusão da herança será
admitido a suceder, se o ofendido o tiver expressamente reabilitado em testamento, ou em
outro ato autêntico.
Herdeiro que praticou ato de indignidade pode ser reabilitado a suceder, por parte do seu
ascendente, desde que previsto em testamento ou outro ato autêntico!! – O indigno
contemplado em testamento, quando o testador já conhecia a indignidade pode suceder no
limite da disposição testamentária.
Art. 1961 – Os herdeiros necessários podem ser privados da sua legitima, ou deserdados, em
todos os casos que podem ser excluídos da sucessão.
Na exclusão por deserdação apenas herdeiro necessário pode ser excluído, são as mesmas
hipóteses do 1.814 e também as do 1962 e 1963 – Conforme quem pretende excluir:
Ofensa física, injúria grave, relações ilícitas com madrasta e padrasto, desamparo do
ascendente em alienação mental ou grave enfermidade.
Para poder deserdar o herdeiro necessário, somente com expressa declaração de causa no
testamento (1964) – Também é preciso de uma sentença judicial civil, ação de deserdação,
deve ser proposta pelo herdeiro que se beneficia da deserdação em até 4 anos da abertura do
testamento. Prazo é o mesmo da indignidade só que lá se conta da abertura da sucessão, e
aqui do testamento. Já que indicado no testamento a causa da deserdação.
ARTS. 1819 E SS – HERANÇA JACENTE:
Art. 1.819. Falecendo alguém sem deixar testamento nem herdeiro legítimo notoriamente
conhecido, os bens da herança, depois de arrecadados, ficarão sob a guarda e administração
de um curador, até a sua entrega ao sucessor devidamente habilitado ou à declaração de sua
vacância.
Muito semelhante ao processo de sucessão dos bens do ausente. CPC art. 738 – Nos casos em
que a lei considere jacente.
Art. 738. Nos casos em que a lei considere jacente a herança (1819), o juiz em cuja comarca
tiver domicílio o falecido procederá imediatamente à arrecadação dos respectivos bens.
Art. 740. O juiz ordenará que o oficial de justiça, acompanhado do escrivão ou do chefe de
secretaria e do curador, arrole os bens e descreva-os em auto circunstanciado. (todos os
documentos encontrados na arrecadação serão entregues ao juiz para verificar se há
informação que conduza a um herdeiro.
§ 1º Não podendo comparecer ao local, o juiz requisitará à autoridade policial que proceda à
arrecadação e ao arrolamento dos bens, com 2 (duas) testemunhas, que assistirão às
diligências.
§ 2º Não estando ainda nomeado o curador, o juiz designará depositário e lhe entregará os
bens, mediante simples termo nos autos, depois de compromissado.
§ 6º Não se fará a arrecadação, ou essa será suspensa, quando, iniciada, apresentarem-se para
reclamar os bens o cônjuge ou companheiro, o herdeiro ou o testamenteiro notoriamente
reconhecido e não houver oposição motivada do curador, de qualquer interessado, do
Ministério Público ou do representante da Fazenda Pública.
Art. 741. Ultimada a arrecadação, o juiz mandará expedir edital, que será publicado na rede
mundial de computadores, no sítio do tribunal a que estiver vinculado o juízo e na plataforma
de editais do Conselho Nacional de Justiça, onde permanecerá por 3 (três) meses, ou, não
havendo sítio, no órgão oficial e na imprensa da comarca, por 3 (três) vezes com intervalos de
1 (um) mês, para que os sucessores do falecido venham a habilitar-se no prazo de 6 (seis)
meses contado da primeira publicação.
Art. 743. Passado 1 (um) ano da primeira publicação do edital e não havendo herdeiro
habilitado nem habilitação pendente, será a herança declarada vacante.
§ 1º Pendendo habilitação, a vacância será declarada pela mesma sentença que a julgar
improcedente, aguardando-se, no caso de serem diversas as habilitações, o julgamento da
última.
PASSO A PASSO – Verificado que não tem herdeiro conhecido – Juiz nomeia curador –Juiz
determina que o curador arrecade os bens, acompanhado de oficial de justiça e escrivão para
fazer o arrolamento – Curador passa a administrar os bens – É publicado o edital, no prazo de
3 meses o edital da aos sucessores o prazo de 6 meses para se habilitar – passado um ano da
publicação ninguém se habilitou ou está em processo de habilitação – Herança é determinada
Vacante!!! – Efeitos: Art. 1822 - declaração de vacância da herança não prejudica os
herdeiros legalmente habilitados, mas decorridos 5 anos da abertura da sucessão os bens
arrecadados passam ao domínio do município ou DF, onde estiverem localizados – Se em
território Federal, incorporam aos bens da União.
Art. 1823 – Se todos os herdeiros chamados renunciarem à sucessão, desde logo a herança é
declarada vacante.
Art. 1824 – Trata da petição de herança, ação na qual o herdeiro busca o reconhecimento de
seu direito sucessório. Ex. Aparece um terceiro filho que não se sabia da existência, pode ter
ação de reconhecimento de paternidade (imprescritível) e pleitear o reconhecimento do
direito sucessório através do 1824 – Embora reconhecimento de paternidade seja
imprescritível, Petição de Herança prescreve em 10 anos a contar da abertura da sucessão.
SUCESSÃO LEGITIMA:
Art. 1.829. A sucessão legítima defere-se na ordem seguinte: (Vide Recurso Extraordinário
nº 646.721) (Vide Recurso Extraordinário nº 878.694)
I - aos descendentes, em concorrência com o cônjuge sobrevivente, salvo se casado este com
o falecido no regime da comunhão universal, ou no da separação obrigatória de bens (art.
1.640, parágrafo único); ou se, no regime da comunhão parcial, o autor da herança não
houver deixado bens particulares;
IV - aos colaterais.
Quanto aos descendentes, os mais próximos se preferem aos mais remotos. (art. 1833).
Mais próximos excluem os mais remotos SALVO o direito de representação (art. 1851). –
Ex. A tem dois filhos, B e C – Quando A falece, B já tinha morrido. A herança que seria de B
foca por conta de seus filhos XY, netos de A, por meio de representação. Ainda pelo 1834 e
1835 – Os filhos recebem por cabeça, e os netos por cabeça ou por representação, conforme
se achem todos na mesma classe. Assim, C receberá herança por direito próprio, enquanto
XY recebem por estirpe.
Se C houvesse morrido antes de A, todos os netos receberão por direito próprio, estão todos
na mesma classe, será dividido igualmente.
Art. 1842 – Se todos são unilaterais, todos com direito igual, se tenho apenas bilateral,
direitos iguais também – É apenas quando concorrem entre si que temos a situação anterior.
Art. 1843 – Filhos de irmãos bilaterais, concorrendo com filhos de irmãos unilaterais. Ex. A
morre tendo todos seus irmãos pré-mortos – 2 sobrinhos bilaterais, e 4 sobrinhos unilaterais:
Cada unilateral recebe metade do que o bilateral receber, “peso 2 para os sobrinhos bilaterais.
Ex. 2. Falecido tem 16 filhos, que não são filhos de seu Cônjuge sobrevivente, pode ter 43
filhos que a divisão será igualitária, o cônjuge recebe o mesmo que cada um dos filhos, não
pode haver aqui a reserva de ¼.
Ex. 3. Falecido tem 2 filhos comuns com o cônjuge e 4 filhos unilaterais – DIVISÃO
IGUALITARIA – filiação híbrida!
1...Comunhão universal de bens, tudo é comum, todos os bens, desses bens 50% é meação, e
50% é herança, meação pertence ao cônjuge, e como não tem concorrência a herança
pertence aos filhos.
2...Separação obrigatória de bens – incide a súmula 377 do STF, comunicabilidade dos bens
adquiridos de forma onerosa desde que haja prova do esforço comum. Se a súmula incidir,
haverá bens comuns, e destes bens comuns 50% é meação, e 50% é herança dos filhos – Dos
bens particulares, 100% é herança dos filhos!!!
3...Regime de comunhão parcial de bens (em que o autor não deixa bens particulares) -
Apenas Bens comuns, fica exatamente igual a comunhão universal – 50% é meação e 50% é
herança, meação é do cônjuge, herança é dos filhos.
Regra aqui é Cônjuge sobrevivente, quando concorre com descendentes, recebe meação de
bem comum, e herança sobre bem particular!!!
Concorrência se dá entre os bens particulares – Assim dos bens comuns, 50% e meação e
50% é herança pros filhos, já os bens particulares serão divididos 100% em herança, em
concorrência entre cônjuges e filhos, conforme a regra do 1832!!! Ex. 50% da meação dos
bens comuns +1/3 da herança dos bens particulares para o cônjuge/ 50% da herança dos bens
comuns para os 2 filhos do casal + 1/3 da herança dos bens particulares para cada filho.
2... Regime de partição final nos aquestos (Regime que determina separação dos bens antes e
durante o casamento e ao fim do casamento comunicam os bens adquiridos de forma onerosa
durante o casamento) – Ou seja, temos bens comuns e bens particulares, na concorrência
entre filhos e cônjuges fica exatamente igual à comunhão parcial!
Art. 1829, II – Falecendo A sem deixar descendentes, são chamados à sucessão os seus
ascendentes em concorrência com cônjuge ou companheiro sobrevivente.
Mas para poder herdar, seja em concorrência, seja sozinho, precisa atender às condições do
art. 1830, somente é reconhecido o direito sucessório do cônjuge sobrevivente, se à época da
separação não estavam separados judicialmente, nem separados de fato a mais de 2 anos,
salvo prova de que a convivência se tornara impossível SEM culpa do sobrevivente.
SUCESSÃO TESTAMENTÁRIA:
Testamento pode se dar tanto sobre disposições de caráter patrimonial, maioria dos casos,
tanto em percentual quanto por legados. Como também pode ter questões de caráter pessoal,
como o reconhecimento de filhos (1609), e o perdão do indigno (1818).
Toda e qualquer pessoa capaz, tem capacidade para testar, e também o maior de 16 anos
(1860).
Testamento cerrado, feito pelo particular, mas aprovado pelo Tabelião de Notas, assinado por
2 testemunhas e pelo testador, aqui não é o Tabelião que elabora o testamento, e sim a parte,
tabelião só aprova.
Codicilo (1881) – Dispõe de coisas de pequeno valor! – Ex. Deixar uma cristaleira para um
neto específico. – Codicilo não exige forma específica, tem validade.
Formas especiais – somente em circunstâncias especiais terão validade (Art. 1886 e ss) –
Caso do Testamento marítimo ou aeronáutico, só valerá se a pessoa vier a falecer na viagem
– ou em até 90 dias após o desembarque, caso tenha condição deve fazer da forma regular.
Testamento militar – feito pelos oficiais que estiverem a serviço das forças armadas. – No
testamento militar é aceito o testamento de VIVA-VOZ Art. 1896 – confia sua última
vontade à 2 testemunhas, não tem validade se o testador não falecer em guerra ou não
convalescer do ferimento.
Quando na parte geral se estuda os Bens – Existem os bens jurídicos materiais e imateriais
(direitos de personalidade) – Sobre estes bens se estabelecem relações jurídicas entre as
pessoas – as relações são obrigações de direito pessoal e que incidem sobre os bens jurídicos
– No direito das coisas temos relações estabelecidas entre as pessoas e as coisas, em razão da
possibilidade de se apropriar, ter para si.
Segundo, a possibilidade de ser apropriado, alguém tomar posse como se a coisa sua fosse.
DIREITOS REAIS:
Características: Oponibilidade erga homnes, qualquer pessoa deve se abster de violar a
propriedade de outrem.
I - a propriedade;
II - a superfície;
III - as servidões;
IV - o usufruto;
V - o uso;
VI - a habitação;
VIII - o penhor;
IX - a hipoteca;
X - a anticrese.
XIII - a laje.
Perpetuidade – Enquanto o objeto existir, vai existir o direito real, o não uso, não extingue o
direito, a perda do objeto que faz isso.
Direito de preferência – Ex. Financiamento onde há bem em garantia, o banco que recebe a
garantia é titular de direito real de garantia, e terá preferência no recebimento de crédito,
frente ao credor que não tem garantia. Até pelo fato de que o que garante é a coisa, não o
devedor, a relação é entre a pessoa (jurídica aqui, banco) e a coisa. Assim a relação aqui é de
direito real, e não pessoal, como é com o credor sem garantia.
Possibilidade de Abandono/Renúncia da coisa.
E possibilidade de aquisição por meio da usucapião. – Para que possa adquirir a coisa é
preciso ter o domínio físico durante um certo lapso de tempo. – Posse!
DIREITO DE PROPRIEDADE:
O titular tem a publicidade com relação a coisa, o registro em seu nome (imóvel), ou a coisa
em seu poder (móvel).
Estar com a coisa em seu poder, não necessariamente significa propriedade, indivíduo pode
ter meramente a posse, o domínio físico da coisa, como se dono fosse, mas sem a titularidade.
Embora não haja titularidade, o direito determina regras e proteção ao exercício da posse!
1... Teoria Subjetiva (Savigny) – Para que exista posse, além do domínio físico/corpus, deve
haver a vontade de ter a coisa para si como se dono fosse/animus domni.
Ex. Locatário tem o poder físico da coisa, mas sem a intenção de têr a coisa para si próprio.
2... Teoria Objetiva (Jhering) – Adotada no Brasil – Entende que a posse seria a disposição
física, dispensa o animus domni. – Art. 1196. – Exercício pleno ou não de algum poder
inerente à propriedade.
POSSE VS DETENÇÃO:
Posse: Domínio físico/ domínio fático, exercidos como se dono fosse, mesmo que não tenha a
propriedade, não tenha titularidade reconhecida.
Detenção: Domínio físico/ Domínio fático, só que não age como se dono fosse, ele sabe que a
coisa não é sua. – Sabe, pois, tem o domínio físico + fático porque o dono permitiu.
Essa diferença é importante, pois aquele que age como se a coisa fosse sua, o possuidor, tem
acesso às ações possessórias, para proteger sua posse.
STJ – Detenção (Art. 1198) – Súmula 619, ocupação indevida de bem público configura mera
detenção, de natureza precária, insuscetível de retenção ou indenização por acessão e
benfeitorias.
Nos efeitos da posse, verificamos que o possuidor de boa-fé tem direito de indenização pelas
benfeitorias, podendo reter a coisa, até o pagamento.
1... 1197 – Posse direta e indireta – Direta é exercida pela própria pessoa, Indireta é quando a
pessoa não está em domínio físico da coisa, pois há outra pessoa que o faz em seu nome.
Ex. Locação, proprietário está em posse indireta da coisa, e o locatário exerce a posse direta –
As duas posses coexistem, podendo o locatário se utilizar das ações possessórias contra o
proprietário, para impedi-lo de exercer a posse que detém. Já o proprietário também pode se
valer das ações possessórias, mas não contra o inquilino, e sim contra terceiro que venha a
turbar, impedir, a posse exercida em razão da locação.
2... 1199 – Trata da Composse – Se estabelece em relação a bens de herança e direitos dos
herdeiros sobre estes bens, herança é transmitida como todo unitário e indivisível, herdeiros
são considerados copossuidores dessa herança, um compossuidor, não pode impedir o
exercício da composse pelos outros copossuidores. Compossuidor pode se valer das ações
possessórias, desde que não prejudique o exercício da posse dos outros.
Outra hipótese é quando duas pessoas exercem posse ao mesmo tempo, sobre bem
indivisível, como dividir um apartamento. – Nesse caso, um não pode impedir o exercício da
posse do outro.
STJ – decisão de 2010 – princípio da saisine – Decidiu que o compossuidor (herdeiro) pode
manejar ação possessória contra outro compossuidor que turba ou esbulha sua posse. Uma
das principais, mais comuns formas de composse é a herança.
3... 1200 – Posse justa ou injusta – posse violenta, clandestina e precária, são injustas.
Posse de boa-fé – possuidor ignora vício ou obstáculo que impede a aquisição da posse,
possuidor com justo título (documento como contrato de promessa de compra e venda por
exemplo/ jornada de direito civil enunciados 312 e 313, ato jurídico capaz de transmitir a
posse ad usucapionem e contrato de cessão de direitos contam como justo título - não
necessariamente é preciso um instrumento público ou particular, basta algum motivo para
acreditar que o cessionário de direito era proprietário e que me transmitiu a posse) possui
presunção de boa-fé, salvo prova em contrário (presunção relativa), ou quando a lei
expressamente não admite essa presunção.
Ex. Invasão de propriedade, quem age assim, está agindo com violência e má-fé, individuo
sabe que a coisa pertence à outrem.
Com título – uma pessoa que tem posse, transmite para outra através de um documento por
exemplo, existe uma representatividade desta transmissão, não há necessidade de formalizar
especificamente em documento, basta uma representatividade.
Sem justo título: Pessoa encontra alguma coisa, encontra um objeto no chão, por exemplo,
esta posse é sem título, não existe representação da transmissão.
Posse nova: conta com menos de um ano e um dia – Importa para o exercício das ações
possessórias.
Posse velha: Tem mais de um ano e 1 dia – Posse esbulhada – pode haver um esbulho novo,
quando o antigo possuidor foi retirando à menos de um ano e um dia.
Art. 558, CPC – Para a posse nova, utilizaremos procedimento especial para as ações
possessórias. – Além do procedimento especial, o autor da ação possessória também terá
acesso a medida liminar.
Para a posse velha – Segue podendo usar as ações possessórias, mas deverá seguir o
procedimento comum.
7... Aquisição da posse (1204 a 1209): Adquire-se a posse, no momento que se torna possível
praticar em nome próprio um dos poderes inerentes à propriedade, aquisição pode se dar
diretamente por quem pretende exercê-la, ou por seu representante (com mandato), ou por
terceiro que adquira em nome do pretendente, necessária a ratificação.
Derivada: Alguém transmite a posse (transmissão sucessória), a tradição pode ser real, efetiva
entrega da coisa, simbólica, não entrega a coisa em si, mas algo que a represente, como a
chave de um carro ou de um imóvel, ou pode ser ficta/presumida, pela entrega de um
documento, sem que exista contato com a coisa.
Art. 208 - não induz em posse os atos de mera permissão ou tolerância, assim como não
autorizam a aquisição os atos violentos e clandestinos, até cessar a violência e a
clandestinidade.
Art. 1210 – Desforço – possibilidade de autodefesa – deve ser imediato (desforço imediato),
buscando a restituição (esbulho) ou manutenção da posse.
Quando se fala em ação possessória, temos além do 1210, as disposições do CPC (Art. 554 e
ss) – Trata do procedimento especial para essas ações, a propositura de uma ação ao invés de
outra, não impede que o juiz determine a proteção da ação correta cujos pressupostos estão
demonstrados, princípio da Fungibilidade das possessórias. Ex. A sofre esbulho, entra com
ação de manutenção, juiz outorga a proteção legal correta, entende que o autor na verdade
quer a reintegração, aqui a propositura da ação errada não gera o indeferimento de plano.
Art. 555, CPC – é licito ao autor cumular ao pedido possessório – previsão da cumulação de
pedidos nas possessórias. Ex. Além do esbulho, possuidor injusto danifica o bem, e toma
frutos do pomar da propriedade que o proprietário sempre vendia, além de buscar a
reintegração, pode ser cumulado o pedido de reparação do dano e até indenização de frutos.
Pode ainda o autor requerer medida para evitar nova turbação ou esbulho!
JÁ CAIU – Natureza dúplice das possessórias, art. 556, CPC e 1210, CC – É lícito que o réu
de ação possessória, fazer na contestação pedido de proteção à sua posse que tenha sido
violada pelo autor da ação, um pedido contraposto, mas aqui não é preciso reconvenção para
fazer esse pedido – por conta da natureza dúplice (procedimento especial) não é necessária a
reconvenção.
Procedimento especial das ações de manutenção e reintegração de posse – art. 560 – Autor
precisa provar (é requisito da inicial):
2... que não existe proteção/ exercício de ação possessória por aquele que não detém a posse;
3... deve provar que houve esbulho ou turbação e em que data ocorreu (ver se é esbulho novo
ou velho/ define o procedimento).
4... Além disso, deve provar a continuação da posse mesmo que turbada e a perda da posse
em caso de esbulho.
Sendo uma ação por procedimento especial (turbação ou esbulho novo), ao receber a inicial o
Juiz sem ouvir o réu, expede mandado liminar de manutenção ou reintegração, caso contrário,
determina que o autor justifique previamente o alegado, citando o réu para comparecer em
audiência.
Ou, se o juiz entender que não existem elementos suficientes comprovados na inicial para o
deferimento da liminar, determina a citação do réu para uma ação de justificação de posse,
com o objetivo de fazer a prova dos elementos do 561, se após a ação ficar suficientemente
justificada a posse, é deferido o mandado de reintegração, se entender diversamente,
determina o prosseguimento da ação – com prazo para contestar, contado da data da
intimação da decisão que defere ou não a medida liminar.
Como existe justo receio de turbação ou esbulho, o objetivo é evitar, impor pena pecuniária.
1... Ação de nunciação de obra nova – Construção do vizinho invade meu terreno, de certa
forma, está retirando posse de parte do terreno, ação para mandar parar a obra e desmanchar o
que já foi feito. – Não tem previsão no CPC15 – NÃO SERÁ PROCEDIMENTO
ESPECIAL.
2... Ação de dano infecto – Vizinho está demolindo prédio, peço caução para me proteger de
possível dano em meu prédio causado pela demolição. – tambe´m procedimento comum.
3... Ação de imissão de posse – NÃO É AÇÃO POSSESSÓRIA, e sim ação petitória – As
ações possessórias pressupõe que o autor TEM aposse, a ação de imissão visa a entrada na
posse de um bem, por ser titular que não entrou em posse – Não defende a posse, defende a
propriedade!!! Ex. adquiri bem em leilão e não consigo entrar na posse deste bem.
Art. 1214 – Percepção dos frutos: Devemos saber quem é o possuidor de má-fé e o de boa-fé
(não sabe de vício ou impedimento à sua posse) – O possuidor de boa-fé, tem direito aos
frutos que percebeu ENQUANTO estava de boa-fé, no momento que a boa-fé cessa – não
pode mais colher! – Os frutos não colhidos até cessar a boa-fé devem ser restituídos (ao
possuidor de direito), assim como os colhidos por antecipação.
O possuidor de má-fé responde por todos os frutos, que colheu e percebeu (por antecipação
ou não) e aqueles que não colheu por culpa própria.
Frutos – Naturais, civis e industriais. – Fruto é o que provém da coisa principal sem retirar
suas qualidades – os frutos naturais se originam naturalmente da coisa, industriais dependem
da ação humana, e os frutos civis vem de relação econômica (aplicação financeira).
Benfeitorias – Acessões feitas à coisa principal, essa benfeitoria pode ser necessária (evitar
estrago iminente ou perecimento da coisa), útil (facilita o uso da coisa) ou volutuária (mero
deleite, recreio).
Art. 1219 a 1222 – estabelece o que tem direito o possuidor de boa-fé – com relação as
benfeitorias, tem direito de ser indenizado pelas necessárias e úteis, ou retê-las até ser
indenizado, além do direito de ser indenizado pelas voluptuárias ou de retirá-las sempre que
não prejudique a coisa principal.
Já o possuidor de má-fé tem direito de ser ressarcido pela necessárias, cabe àquele que irá
indenizar, a escolha se paga o valor atual da benfeitoria, ou o custo de sua realização. – NÃO
tem direito de retenção, nem direito à retenção ou indenização das úteis, ou de indenização ou
levantamento das voluptuárias.
USUCAPIÃO:
Perde a posse quando cessa, mesmo que contra a vontade do superior, o poder sobre o bem.
Art. 1.224. Só se considera perdida a posse para quem não presenciou o esbulho, quando,
tendo notícia dele, se abstém de retornar a coisa, ou, tentando recuperá-la, é violentamente
repelido.
DIREITO DE PROPRIEDADE:
Art. 1228 – Proprietário tem a faculdade de usar, gozar e dispor da coisa e o PODER de
reavê-la de quem quer que injustamente a possua ou detenha – SEQUELA.
Propriedade – É mais que um direito civil, é direito fundamental (art. 22 CRF) – Direito
estabelecido entre o titular e a coisa em função da titularidade – A propriedade deve exercer
FUNÇÃO SOCIAL – deve se destinar a uma determinada finalidade – Retirar da propriedade
o que ela pode dar – Se a propriedade não cumpre sua função social, o proprietário fica
sujeito à desapropriação. Ex. Propriedade rural improdutiva.
Gozar/fruir: Retirar das coisas o fruto que ele pode me dar. Ex. alugar imóvel para retirar
frutos civis.
Reaver: Através da ação petitória, procura buscar a coisa de quem a possui ou detém de
forma injusta. A forma mais comum é a ação reivindicatória.
Propriedade se estende tanto sobre o solo quanto sob o subsolo e o espaço aéreo, em altura e
profundidade úteis ao exercício da propriedade, de forma que o proprietário não pode se opor
ao uso destes espaços em altura ou profundidade em que o proprietário não tenha interesse
legítimo de impedir. Ex. A propriedade do solo não te dá propriedade dos minérios no
subsolo, mas os minerais de uso imediato na construção civil (interesse legítimo) poderão ser
propriedade do titular.
Frutos e produtos da coisa, ainda que separados pertencem via de regra, ao proprietário da
coisa principal (se for bem móvel com fruto colhido antes da tradição, pertencem a quem está
com a coisa, salvo convenção em contrário).
A descoberta é quando se encontra coisa alheia perdida – DEVE SER RESTITUIDO – Não
devolver é apropriação. – Achador se não conhecer o proprietário, entrega a coisa á
autoridade competente, aquele que encontra tem direito à recompensa, não inferior a 5% do
valor da coisa, mais restituição das despesas com conservação e transporte, se o dono não
quiser abandoná-la.
Aquisição pode se dar de duas formas – originária (não há participação de titular anterior, não
existe tradição – Não vem com as características anteriores, vem “pura”) – Já a tradição
derivada traz as características e vícios da propriedade nas mãos do proprietário anterior).
Formas de aquisição originária de bens imóveis: Usucapião e Acessão (todo acessório segue
o principal, aquilo que se agrega ao principal será propriedade do titular).
Formas de aquisição derivada de bens imóveis: Registro de título aquisitivo (não basta a
realização da compra e venda e a escritura pública, precisa de um passo além) e Sucessão
hereditária.
Formação de ilhas: Ilhas que se formam em rios não navegáveis ou particulares – pertencem
ao domínio do particular.
Proprietários marginais: Suas propriedades margeiam os rios não navegáveis, a ilha que se
forma, pertence aos proprietários – É preciso dividira o leito do rio ao meio, e dividir a
porção de terra conforme as divisas das propriedades. Ex. Terra se formou apenas no leito
esquerdo, pertencerá apenas aos proprietários do lado esquerdo do leito.
Formação de nova ilha, por mudança do curso do leito – Novo braço formado, a mudança no
curso “corta” parte das propriedades – Os proprietários ás custas de quem a ilha se formou,
serão os proprietários da ilha.
Aluvião: Acréscimo de terra ao leito pela ação dos rios, acontece lentamente, de forma quase
imperceptível – Se adere á propriedade em que houve o acréscimo, SEM dever de
indenização por este proprietário beneficiado.
Abandono do álveo: Desvio do curso do rio, que cria nova porção de terras ao abandonar o
curso anterior, diferente de um novo braço que continua na mesma direção, o álveo segue em
direção diversa – Pertence ao titular que teve a perda dessa parte.
Construções e plantações: Presumem-se feitas pelo proprietário do terreno em que se
encontram – Se esse proprietário constrói, planta ou semeia, com materiais e sementes de
outrem, adquire a propriedade dos materiais, devendo indenizar as perdas e danos. – Já o
proprietário de sementes, plantas ou materiais, que edifica ou semeia terreno alheio, PERDE
a construção ou plantio em proveito do proprietário, se procedeu de boa-fé, tem direito á
indenização. Nem sempre colhe quem semeia. – Agora, se a construção ou plantação exceder
consideravelmente o valor do terreno – Quem de boa-fé plantou ou construiu adquire a
propriedade do solo, pagando indenização acordada, ou na ausência de acordo, fixada
judicialmente.
USUCAPIÃO:
Usucapião extraordinária: Recai sobre imóvel - Requisitos – São sempre posse e tempo – Ler
posse como posse mansa, pacífica e sem oposição.
Posse para a usucapião necessária independe de justo título, e o tempo será de 15 anos.
O prazo aqui reduz de 15 para 10 anos, se o imóvel era utilizado como moradia habitual, ou
se o possuidor fez obras ou serviços de caráter produtivo.
Usucapião especial rural: Requisitos – posse de uma área rural de até 50 hectares (Até
500.000 metros quadrados) + Indivíduo não pode possuir outro imóvel + precisa exercer
posse por 5 anos ininterruptos + usar a área para moradia ou produção.
O direito deste dispositivo não pode ser reconhecido ao mesmo possuidor mais de uma vez.
E para os efeitos deste artigo o herdeiro legitimo continua de pleno direito a posse de seu
antecessor DESDE QUE já resida no imóvel quando da abertura da sucessão. – JÁ CAIU –
Herdeiro precisa já estar residindo no imóvel no momento da abertura da sucessão (morte).
Se o herdeiro passa a residir no imóvel após o falecimento, não continua a posse.
*Justo-título – Enunciados 86 e 302 – Jornadas de Direito Civil - abrange todo e qualquer ato
jurídico hábil em tese a transferir propriedade, não precisa ser necessariamente documento
escrito (Ex. Sucessão hereditária é considerada justo título/ promessa de compra e venda não
levada a registro também é justo-título segundo o STJ).
Só existe pelo REGISTRO - (Pela saisine, no momento da abertura, é feita a transmissão dos
bens da herança, contudo, para individualizar a propriedade desses bens com relação a cada
herdeiro, é preciso realizar o processo de inventário e de partilha – Expede os formais de
partilha, documento que será levado à registro – A transmissão efetiva da propriedade aqui se
da pelo registro do título aquisitivo).
Derivada: Tradição.
Usucapião ordinária: Exige justo título e boa-fé + posse massa e pacífica por 3 anos.
Usucapião extraordinária: Não exige nem justo-título nem boa-fé +lapso temporal de 5 anos
em posse ad usucapionem.
Ocupação (1263): Coisa abandonada é encontrada por alguém que a toma para si, se a coisa
tivesse dono seria a Descoberta – tem que devolver. Se é sem dono pode assumir.
Achado de tesouro: Hipótese difícil de acontecer – Pedreiro encontra ouro ao derrubar parece,
propriedade pertence em metade ao proprietário, e metade ao achador. Se é o proprietário que
encontra, é todo dele.
Sendo possível a separação das substâncias – Cada uma para seu proprietário.
Havendo má-fé por parte de quem misturou a coisa, o prejudicado pode escolher entre
assumir a propriedade, pagando o que não é seu, ou renunciar a propriedade e receber
indenização no valor do bem renunciado.
Art. 1275 - A propriedade pode ser perdida quando a coisa é alienada, renunciada,
abandonada, quando coisa perece ou por desapropriação.
Possuidor de prédio pode usar da forma que entender melhor, para alcançar a função
destinada da coisa. O que não se permite é que o uso de uma propriedade cause prejuízo ao
direito de propriedade alheio.
O direito de vizinhança determina os limites da interferência de uma propriedade em outra, e
em que hipóteses é possível cessar essa interferência.
Art. 1280 – Direito de exigir ao dono do prédio vizinho a demolição ou reparação de prédio
que ameaça ruína (colapso causando dano à propriedades vizinha), bem como lhe preste
caução pelo dano iminente. Parecido com o dano infecto.
Art. 1281 – Garantir contra eventual prejuízo iminente por conta de obras.
Arvores limítrofes: Propriedade devem ter divisas, as árvores que se encontram no limite das
propriedades, entendem-se como comuns à ambos os prédios, o dono do prédio em que
invadam galhos ou raízes pode cortá-los até a linha vertical divisória, e os frutos que caírem
pertencem ao dono do terreno em que caíram, mas o acessório segue o principal, antes de cair
é coisa comum, e o dono não poderá colher.
Art. 1285 – Dono que não tem acesso á via publica ou porto, o dono do terreno vizinho que
tem acesso é obrigado a suportar a passagem. Dono de imóvel encravado deve pagar
indenização, o rumo da passagem se não acordado será definido judicialmente, de forma a
causar o menor prejuízo.
Servidão (1378): Não confundir com passagem forçada, servidão é direito REAL – É
constituída por escritura pública, ou testamento + o devido registro – Servidão serve para
proporcionar a utilidade para o prédio dominante, na servidão não necessariamente há imóvel
encravado, pode ser mera dificuldade de acesso, é acordada uma servidão de passagem,
intuito de beneficiar o imóvel dominante com relação ao serviente, na servidão existe uma
vinculação na titularidade do imóvel. Necessariamente deve haver registro imobiliário.
Art. 1286 – Passagem de cabos e tubulações – Na mesma lógica da passagem forçada, através
de indenização, é possível estabelecer passagem de cabos e tubulações pelo prédio vizinho,
em relação a serviços de utilidade pública (Esgoto, Luz, etc...)
Art. 1288 a 1296 – Agua – nenhum prédio pode ficar sem acessa à agua, não se pode represar
um rio se for cortar o abastecimento de outros prédios, se no prédio urbano existe captação de
água, não se pode simplesmente despejar no prédio vizinho, é preciso fazer calhas para escoar
para dentro do meu imóvel ou para via pública, para a passagem de agua é preciso suportar
aquedutos que abasteçam prédio vizinho.
Art. 1297 e 1298 – Limite entre prédios e direito de tapagem, construção de cercas, muros,
tapumes etc... – Considerando que existe linha divisória, o muro construído deve ficar metade
de cada lado, cada metade pertence a um proprietário, também é possível construir no limite
da divisa, dividir os terrenos com parede por exemplo. Não pode depositar água, nem
construir janela com distância menor que a estabelecida em lei – Se a janela for direcionada
para a linha divisória, a distância mínima é de um metro e meio. Se a janela é perpendicular à
divisa, deve iniciar a construção à 75 centímetros da divisa. Essa é a regra em relação á
janelas, terraços ou varandas. Quanto as entradas de luz e ar – a regra é 10 cm de largura, 20
de comprimento e á 2 metros do piso. E também paredes com tijolo de vidro para permitir
maior luminosidade.
CONDOMÍNIO:
Voluntário: Pessoas compram juntas uma casa, cada um deles tem uma cota ideal de um
imóvel indivisível, ou um quinhão ideal de um imóvel divisível – Não importa se é divisível
ou não.
Necessário: Quando incide o direito de vizinhança – meação de muros, paredes, cercas, entre
os imóveis.
Edilício: Tem parte da propriedade que é privada e parte que é comum (corredor do prédio) –
pode ser instituído entre vivos, por testamento, deve haver indentificaç~´ao da fração ideal de
cada imóvel dentro da área comum e a área privativa e a finalidade, aqui existe necessidade
de estabelecer convenção de condomínio – que deve ser levada a registro para vincular os
proprietários, como estamos falando de direito das coisas, todo novo proprietário, locador,
quem quer que passe a residir, fica vinculado à esse regramento.
Superfície: Proprietário cede o direito de plantar ou construir em seu terreno por um lapso de
tempo, pode ser instituído de forma gratuita ou onerosa, mas sempre devidamente registrado
em cartório de registro de imóveis (direito real).
Quando termina o prazo, se não houver definição extinta, proprietário do terreno recebe a
propriedade daquilo que foi edificado.
SERVIDÃO – JÁ COMENTADA:
USUFRUTO – JÁ COMENTADO:
Ex. direito de usar uma pequena área de um terreno para uma sepultura, existe a titularidade
de um terreno, e é fixado um direito de usar apenas.
DIREITO DE LAJE:
Permite eu o proprietário de imóvel térreo, aliene o direito de construir para cima, para outra
pessoa. Ex. sou dono de prédio de um andar, vendo para alguém a possibilidade de construir
o segundo andar, no registro as matrículas serão separadas.
PROCESSO CIVIL
Para exercer o direito de ação a parte autora precisa antecipar as custas, para reaver essa custa
basta ganhar a ação, ônus da sucumbência, o réu é condenado a ressarcir as custas
antecipadas. Quem nunca perde é o Estado que presta a jurisdição. - §2º do art. 82.
GRATUIDADE DE JUSTIÇA
O Autor quando tem direito à gratuidade não precisa antecipar as custas. - CPC 98 ao 101 -
Forma de isenção das despesas do §1º do art. 98 - Concedida aos hipossuficientes, pessoas
naturais e jurídicas, seja autor ou réu - Protege o acesso à justiça.
Outra solução é o diferimento, o pagamento das custas ao final - é o caso do autor que tem
patrimônio mas não tem dinheiro, não pode ser obrigado à vender bens para poder entrar
coma ação.
Parte pode requerer o benefício A QUALQUER MOMENTO, em sede recursal até, não
preclui - Pode ser que a condição de hipossuficiente apareça durante o processo.
Só é pedida uma vez - se concedida vai se estender a todos os atos do processo, e também
pode ser REVOGADA a qualquer momento, basta demonstrar que mudou a condição
financeira.
PRESUNÇÃO - A pessoa NATURAL que pede a justiça gratuita tem sua hipossuficiência
presumida - Presunção é relativa - magistrado pode quebrar essa presunção e exigir a prova
da hipossuficiência antes de conceder o benefício. - CPC, §2º, art. 99.
Gratuidade NÃO abrange multas processuais - litigância de má-fé, faltar a AIJ sem
justificativa - Art. 98, §4º.
No litisconsórcio um autor pode ser beneficiado sem que o outro seja - a análise é das
condições PESSOAIS.
Pedido no recurso - Art. 99, §7º - Recorrente que pede a gratuidade está dispensado de pagar
o preparo recursal, até a avaliação do pedido.
Da decisão de indeferir a gratuidade, ou que acolhe a sua revogação cabe recurso (Agravo de
Instrumento/ Se for indeferida ou revogada na sentença cabe apelação) - Art. 101, §1º -
Recorrente estará dispensado de pagar o preparo recursal até a decisão preliminar do julgador
(antes do julgamento do recurso em si).
Réu pode impugnar a justiça gratuita na primeira oportunidade de falar nos autos, se foi
concedida do recebimento da inicial, réu impugnará à contestação, em sede preliminar. - Art.
100, CPC.
HONORÁRIOS
Juiz na sentença fixa os honorários - art. 85, §2º - Mínimo de 10% e máximo de 20% -
SOBRE O VALOR DA CONDENAÇÃO - Se não houver condenação, do proveito
econômico da causa - Se não houver proveito econômico, aí sim será o valor atualizado da
causa! - Critérios para fixar o percentual entre 10 e 20% - Grau de zelo, local de prestação do
serviço, natureza e importância da causa e trabalho realizado + tempo exigido. - Deve
fundamentar essa fixação!
Exceções - Teto é 20 % sem exceções, mas existem situações onde pode ser abaixo do piso -
Art. 90, §4º - Réu reconhece a procedência do pedido e ao mesmo tempo, cumpre
integralmente a prestação reconhecida -> Abaixa os honorários pela metade. (se fixados em
20 abaixa p/10, fixados em 10 abaixa p/5).
Ação de execução fundada em título extrajudicial - ao receber a inicial o juiz fixa honorários
em 10% - Réu citado em 3 dias p/ pagar - se efetuar o pagamento voluntário em até 3 dias,
honorários fixados pela metade (5%) - art. 827, §1º.
Honorários Recursais - para o professor na verdade é uma majoração dos honorários fixados
anteriormente - art. 85, §11 - É possível majorar os honorários no recurso, mas é Vedado
ultrapassar o teto tanto o de 20% quanto o de 8% contra a Fazenda Pública - se já foi fixado
em um teto no primeiro grau, não pode majorar no segundo.
Art. 85, §8º - Proveito econômico inestimável ou irrisório, ou valor da causa muito baixo -
Juiz aplica a apreciação equitativa - Não será fixado via percentual, seria ofensivo ao
advogado, advogado usará os critérios subjetivos já comentados para fixar um valor claro,
objetivo - Juízes têm usado para fixar valores mais baixos em causas de valor muito alto
(deveria aplicar o percentual normalmente).
Circuntâncias notáveis:
Advogado que atua em causa própria: Tem direito a honorários de sucumbência se vencer -
Art. 85, §17.
Advogado Público - Interesses da Fazenda Pública, o salário que recebem não os retira o
direito aos honorários - §19.
§14 - Honorário é direito do advogado (podem ser executados sem a presença do cliente, em
nome próprio) - Natureza alimentar (dívida alimentar pode penhorar poupança! - direito
especial desse crédito) - Vedada a compensação em caso de procedência parcial dos pedidos
(na procedência parcial o réu paga o advogado do autor e o autor paga o advogado do réu,
sempre da parte contrária - sucumbência parcial). Ex. Pedido de 10k, juiz decide que autor
deve receber 6k. Autor paga ao advogado do réu honorários fixados a partir dos 4k em que
foi derrotado, e o Réu paga ao advogado do autor os 6k em que perdeu. - Na compensação as
partes são credora e devedora uma da outra - isso não se encaixa aqui, cada advogado deve
receber integralmente.
§18 - altera súmula do STJ - decisão transitada em julgado é omissa em relação ao direito de
honorários - advogado entra com Embargos de Declaração ou até apelação - se o mecanismo
recursal não foi usado e a decisão transitou - AINDA ASSIM caberá ação autônoma contra a
parte perdedora em relação à ação anterior - STJ entendia que não cabia.
LITISCONSÓRCIO
2 ou mais pessoas no polo ativo ou passivo - Será necessário - art. 114, CPC - pela disposição
da Lei, ou pela natureza da ação jurídica, quando a eficácia da sentença depender da citação
de todos que devem ser litisconsortes.
PROCURAÇÃO
Documento que demontra quo o advogado recebeu ´oderes do cliente para atuar em ju-izo -
art. 104 - É indispensável! - O que pode excepcionar é a PRESCRIÇÃO, DECADÊNCIA,
PRECLUSÃO E SITUAÇÕES URGENTES - §1º do art. 104 - Seráautorizxado postular sem
procuração,as o advogado terá 15 dias, prorrogados por mais 15, para juntar a procuração.
Art. 105 - Pode ser instrumento público ou particular, deve ser assinado pela parte/cliente, a
procuração geral permite ao advogado praticar todos os atos do processo EXCETO ->
Receber citação, confessar, reconhecer a procedência do pedido, transigir, desistir, renunciar,
receber, dar quitação, firmar compromisso e assinar declaração de hipossuficiência
econômica (precisam de poderes especiais, procuração específica, devem estar expressos na
procuração).
§4º - art. 105 - Procuração, salvo disposição expressa, quando outorgada na fase de
conhecimento, será eficaz para todas as fases do processo, incluindo o cumprimento de
sentença (após o trânsito em julgado) - Vale para 1º, 2º e 3º grau - SALVO disposição
expressa em contrário constante na própria procuração!
Art. 107 LER - Direitos e prerrogativas do advogado - direito de examinar, mesmo sem
procuração, os autos de qualquer processo independentemente da fase - Requerer, como
procurador (procuração estabelecida), vista do processo por 5 dias. - Carga do processo
(retirar os autos pelo prazo legal, sempre lhe couer falar no processo por determinação
judicial, nos casos da Lei.
ATOS DO JUIZ
Juiz se manifesta por decisões - Despacho, decisão interlocutória e sentença - No segundo
grau, em regra colegiado, atua por acórdão.
No segundo grau existe também a decisão monocrática - Art. 932, LER, CPC - Situações em
que o Relator pode decidir monocraticamente.
Sentença - é a forma de terminar, extinguir o processo em primeiro grau - art. 316 e 203, §1º -
Extinção pode ocorrer com ou sem extinção de mérito - Art. 485 e 487 - Da decisão que
extingue o processo - art. 1009 - caberá APELAÇÃO.
Interlocutória - art. 203,§2º - Manifestação do Juiz com carga decisória, que atinge as partes,
MAS NÃO extingue o processo. - Recurso cabível em regra é o AGRAVO DE
INSTRUMENTO - Art. 1015 LER - limita, nem todas as interlocutórias são atacadas com AI,
se não estiver na lista, não é agravável - Contra as decisões interlocutórias não agraváveis -
CABERÁ APELAÇÃO (usa a mesma apelação que ataca a sentença, para atacar todas as
interlocutórias não agraváveis que surgiram no processo em preliminar de apelação).
Despacho - É uma manifestação do Juiz SEM carga decisória - Dos despachos não cabe
recurso - linguagem praxista é errada.
Manifestações do Juiz obedecem a prazos - Art. 226 - É uma sugestão, não tem sanção
processual. - Para as partes ocorre a preclusão, para o Juiz não.
Despacho - 5d.
Interlocutória - 10d.
Sentença - 30d.
Art. 140 - Magistrado não pode alegar obscuridade ou lacuna e deixar de julgar - não pode
negar a jurisdição - Advogado bom já adianta a fundamentação para o Juiz decidir.
Princípio da congruência - Juiz julga o pedido, está adstrito ao pedido - não pode decidir além
(ultra petita), a menor (citra petita), ou algo diferente (extra petita).
Atuação deve ser imparcial, mas não neutro - esta imparcialidade se afetada - gera ao órgão a
necessidade de se afastar do processo - 144 e 145, CPC - Impedimento e Suspeição.
Ambas podem e devem ser reconhecidas de ofício. - Se não for reconhecido pelo magistrado
tanto as partes quanto o MP podem buscar - Prazo de 15 dias (146) contados desde o
reconhecimento da causa de suspeição ou impedimento para iniciar o incidente de suspeição
ou impedimento.
Consequências do pedido - Juiz pode concordar, ou remeter o pedido para o Tribunal. - 146,
§2º - Relator que receber o processo pode atribuir OU NÃO o efeito suspensivo ao incidente!
INTERVENÇÃO DE TERCEIROS
MP pode ser parte, tanto no polo ativo quanto no passivo - pode atuar também como custus
legis, fiscal da ordem jurídica - emite parecer/opina - parecer não vincula o juiz - art. 178 diz
quais causas o MP entra - interesse público, interesse de incapaz e litígios coletivos pela
posse de terra rural e urbana.
Prerrogativas do MP como custus legis - 179 - Vista dos autos depois das partes - Será
intimado de todos os atos do processo - poderá produzir provas (pedir perícia, arrolar
testemunha, etc…) - E tem legitimidade recursal (pode recorrer mesmo não sendo parte/
mesmo caso do terceiro que tem interesse na causa).
Se o MP não for intimado em processo em que deve intervir - art. 279 - NULO o processo. -
Nulidade é pela falta de INTIMAÇÃO e não falta de manifestação do MP - se a intimação foi
regular e o MP se omitiu, NÃO há nulidade.
Nulidades previstas no CPC são sempre relativas - pas de nullité sans grief - Se as partes não
demonstrarem prejuízos e o ato atingir sua finalidade a nulidade será convalidada, será
superada a nulidade.
Art. 276 do CPC - Quando a Lei prevê determinada forma sob pena de nulidade a decretação
não pode ser requerida pela parte que deu causa - Parte não pode se valer da própria torpeza.
Art. 278 - Parte que percebe ato processual nulo deve se manifestar na PRIMEIRA
OPORTUNIDADE sob pena de preclusão - presunção de que não houve prejuízo.
Comunicação dos atos processuais - citação, intimação e cartas - citação só acontece para o
réu, e só no início do processo. - Não existe a notificação no CPC.
Art. 280 - As citações e intimações são nulas (se não atingirem sua finalidade e for
demonstrado prejuízo) quando não observam as prescrições legais. - prescrição no sentido de
previsão legal.
Art. 279, §2º - A nulidade por não intimação do MP só poderá ser decretada quando, após
intimado o MP ele se manifestar sobre existência ou não de prejuízo. - Juiz percebe que o MP
não foi intimado e deveria ter sido - Juiz não decreta de cara a nulidade - Ele intima o MP que
se manifestará sobre a existência de prejuízo - Se o MP disser que não há, segue o processo
sem anulação dos atos.
Sempre que houver prejuízo é porque o ato não atingiu a sua finalidade.
INTERVENÇÃO DE TERCEIROS
Terceiro Não é parte - deve ser alguém que não figura nem no polo ativo nem no passivo -
Depois do CPC/15 a Nomeação a Autoria foi retirada como intervenção de terceiros - art. 337
e 338, agora é defesa preliminar na contestação (ilegitimidade do réu - sucessão de partes).
-Denunciação da Lide
-Chamamento ao processo
-Assistência
-Amicus Curiae
-Desconsideração da personalidade Jurídica
ASSISTÊNCIA
Interesse Jurídico - deve provar que existe uma relação entre a parte que será assistida e o
assistente, e que a sentença poderá influir nessa relação entre a parte e o terceiro.
Ex. Ação com pedido de despejo, assistente é o sublocatário, será prejudicado com o despejo.
DENUNCIAÇÃO DA LIDE
Palavra chave é Direito Regressivo, direito de cobrar o dispêndio com que a parte teve de
arcar. - Art. 125, I e II - Parte poderia entrar com uma outra ação para cobrar seu direito
regressivo, mas pega um atalho, coloca a pessoa contra quem tem direito de regresso na ação,
com o intuito de repassá-la a responsabilização em caso de derrota.
Art. 125, I - Evicção, Ex. A vende imóvel para B, C entra com ação afirmando ser o real dono
do imóvel, se B perder tem direito de regresso contra A - Denuncia a lide a A para garantir
que dentro do processo o Juiz já reconhece a responsabilidade de C e ressarcir A.
Art. 125, §1º - Direito regressivo em regra se persegue por ação autônoma, e também quando
a denunciação for indeferida, deixar de ser promovida, ou não for permitida (Ex. no JEC não
tem) - Isso não significa que o condenado perde o direito de regresso! apenas que deverá ser
feito por ação autonoma. - Antes do CPC/15 sem a denunciação não tinha regresso. Hoje a
parte escolhe entre a ação autônoma e a denunciação.
Art. 129, caput - Denunciante foi vencido - Juiz passa a analisar a denunciação da lide,
fixado/reconhecido o direito de regresso a execução pode ser feita em face do renunciante e
do denunciado. - P.U - Se o denunciante for vencedor, não é preciso julgar a denunciação,
não há direito de regresso a ser avaliado - Nesse caso o denunciante deve pagar as verbas de
sucumbência do denunciado. - Paga as custas do denunciado pois a denunciação não foi
analisada.
CHAMAMENTO AO PROCESSO
Se existem vários fiadores não há litisconsórcio necessário - Autor pode ajuizar em face de
apenas um fiador, que por sua vez poderá chamar os outros fiadores ao processo.
Consequência - Art. 132 - A sentença vira título executivo para o réu que satisfaz a dívida,
em face do devedor principal ou de cada um dos co-devedores chamados ao processo, para
cobrar suas cotas-parte. Assim não é preciso entrar com ação autônoma de conhecimento em
face dos outros devedores (o que não quer dizer que este direito seria extinto se não houvesse
o chamamento, é uma forma de dar celeridade ao processo).
Art. 1698, CC - (Alimentos Avoengos) Verba alimentar exigida dos avós (Pai e Mãe não tem
condições) - Essa dívida alimentar deve ser partilhada entre os avós paternos e maternos - Se
ajuizado apenas em face de um lado, a Lei cria possibilidade de forma anômala de
chamamento ao processo (Advém da Lei material e não processual - Não respeita as regras
do CPC) - Traz ao processo, mas aqui entram como litisconsortes.
Art. 101, CDC - Oriundo da relação de consumo, fornecedor é autorizado chamar ao processo
sua seguradora (Seria denunciação da lide, mas o CDC chama de chamamento ao processo,
de forma atécnica). - Outra forma anômala.
AMICUS CURIAE
Amigo da lide, do tribunal, auxilia o processo e não o assistido (uma das partes) - Amicus
não tem interesse jurídico/direto - o interesse é diante da relevância e repercussão social da
matéria discutida no processo. - Devem ser matérias de grande repercussão e interesse social.
- Pessoa que pretende intervir como AC deve ter representatividade, deve representar um
grupo/ associação/ órgão (Pode ser MP, OAB, DP).
A intervenção do AC pode ser solicitada de ofício pelo Juiz! - E na decisão que solicitar ou
admitir (essa decisão é irrecorrível - art. 138), o Juiz deve fixar os poderes do AC. - Como se
manifesta, o que pode requerer, etc…
E se não admitir - Decisão será irrecorrível? - Art. 1.015 - Lista das decisões interlocutórias
agraváveis - Inciso IX - Decisão que admite ou inadmite intervenção de terceiros cabe agravo
- Qual norma vale? - STF se posicionou dizendo que a regra específica se aplica -> Admissão
do AC não caberá agravo, e a Inadmissão? -> Segundo o STF também será irrecorrível, STF
estendeu o artigo 138.
§1º e 3º do art. 138 - AC não autoriza interposição de recurso - Não tem legitimidade recursal
em regra - Exceto Embargos de Declaração e da decisão que julga o incidente de resolução de
demandas repetitivas (IRDR).
Execução do credor vs. devedor (devedor é PJ) - A PJ tem sócios, pessoas naturais, em regra
o patrimônio da PJ é separado/independente do patrimônio dos sócios. - Muitas vezes esses
patrimônios se misturam, e excepcionalmente será possível atingir um patrimônio por dívida
de outro patrimônio.
Artigo 136, CPC - Pode ser que seja necessária produção de prova para demonstrar os
requisitos do art. 50 - Incidente de desconsideração é decidido em decisão interlocutória.
Desconsideração pode ser pedida no segundo grau - Se a decisão do incidente for exarada
pelo relator - Agravo Interno.
CONTESTAÇÃO
Primeira manifestação do réu nos autos, a contestação tem prazo - 15 dias, art. 335, CPC -
Em regra o réu é citado para comparecer à audiência de conciliação (334) se não houver
acordo o prazo para contestação passa a contar do primeiro dia útil posterior a audiência -
Juiz pode entender que não é caso de conciliação, citará o réu para oferecer contestação. -
Neste caso de citação para contestação, o prazo começa a contar do primeiro dia útil posterior
à juntada nos autos do comprovante citatório. art. 231, 224 e 335, III. (Diferente no Dir.
Penal, onde conta da própria citação).
Audiência pode não acontecer por vontade das partes, neste caso o primeiro dia será o útil
posterior à juntada da petição do réu que expõe seu desinteresse na audiência - 335, II.
Litisconsórcio - Para cancelar a audiência por vontade das partes, todos os litisconsortes
devem se manifestar em contrário - 334, §6º - Prazos de contestação para cada réu
litisconsorte, VAI CONTAR DE FORMA INDEPENDENTE, não será caso de prazo comum
aos litisconsortes.
Se o Juiz entender que não é caso de autocomposição, em litisconsórcio passivo - Art. 231,
§1º - O dia será a última data a que se refere os incisos I a IV - PRAZO COMUM. - a partir
da juntada do último comprovante citatório!
Estrutura da Contestação - Réu pode apresentar sua defesa processual (em preliminares de
contestação) - E de mérito, específica quanto aos fatos (341) e pedidos (336) da inicial.
Art. 336 - Incumbe ao réu alegar na contestação toda matéria de defesa - Não pode apresentar
as preliminares e a de mérito em momentos diferentes - NÃO haverá outra oportunidade, não
pode guardar na manga - princípio da eventualidade.
Art. 342 - Só poderá o réu trazer novas alegações após a contestação se - relativas a fato
superveniente.
-Se deveriam ter sido reconhecidas de ofício pelo Juiz.
-Se por expressa autorização legal puderem ser formuladas à qualquer tempo e em qualquer
grau.
(Ex. incompetência absoluta, impedimento - parcialidade absoluta, prescrição e decadência).
RECONVENÇÃO
O que o réu deseja ao contestar, a maneira com que ele vence, é pela improcedência dos
pedidos do autor, réu geralmente não articula pedido próprio, apenas rebate os pedidos do
autor. Se além de se defender o réu também quer atacar, ou ajuíza ação autônoma, ou faz o
pedido de reconvenção.
A resposta do autor à Reconvenção - Art. 343, §1º - Autor é intimado para apresentar
resposta em 15 dias. (mesmo prazo da contestação)
A reconvenção do réu deve ser apresentada no prazo da contestação - 343, §6º - pode
apresentar reconvenção independentemente da contestação. - Apesar de o caput dizer que
deve ser apresentado dentro da contestação. Se a ação for extinta, pode continuar a
reconvenção!!! - não está subordinada - Para apresentar reconvenção deve haver uma ação,
mas a desistência da ação não acaba com a reconvenção. - 343, §2º.
REVELIA
Art. 344 - Revelia acontece quando o réu não contesta a ação - Contestação intempestiva é
como não apresentar.
Efeitos - Presunção de verdade das alegações do autor (relativa). - Réu revel continua
podendo produzir prova, para afastar essa presunção.
Não produzirá esse efeito nas situações do art. 345 - Ex. Contestação de um dos réus no
litisconsórcio passivo, outro réu continua sendo revel, mas não se aplica o efeito de presunção
de veracidade. - Porém, existem outras consequências para a revelia - art. 346 - Prazos contra
réu revel correm sem intimação CASO NÃO TENHA ADVOGADO - Quando habilitar
procurador nos autos corre normalmente.
Após a contestação vem a réplica? - Para o professor não deveria por questão de isonomia,
apenas se ao réu fosse permitida a tréplica. - Após a contestação vêm as providências
preliminares - Permitido ao autor pois o réu está inovando - intimação do autor para falar
sobre as preliminares, sobre os fatos extintivos, modificativos ou extintivos de direito trazidos
pelo réu e sobre documentos novos (sempre que surgem documentos novos é intimada e
aberto prazo de 15 dias para a parte contrária). Providências preliminares só deveriam caber
nessas circunstâncias, hoje a réplica é usada de forma geral, Juiz nem olha o processo, apenas
intima o autor sobre a contestação.
Art. 355 - Regulam o julgamento antecipado dos pedidos - Pode ser total ou parcial - 356 -
Magistrado poderá julgar antecipadamente alguns (ou todos) dos pedidos antes da instrução -
poderá fazer isso quando não há necessidade de produção probatória, ou quando o réu for
revel e não pedir provação de prova - 349. - Causa está madura para ser julgada no 355 (todos
os pedidos) e haverá resolução do mérito - Será sentença.
356 - Julgamento antecipado parcial - Acontece uma cisão processual. Ex. Dano moral e
material nos pedidos - Esse dano moral não precisa de prova - Juiz pode julgar
antecipadamente o mérito em relação a esse dano, e determinar o prosseguimento (com
instrução) da ação em relação aos outros pedidos. - Será feito por decisão Interlocutória de
mérito - Novidade do CPC/15 - Permite o uso de recurso - 1.015, II e 356, §5º - Recorrível
via agravo de instrumento!!!
DESPACHO SANEADOR
Juiz não pode julgar antecipadamente, nenhum ou alguns dos pedidos - Será necessária a
produção de prova, e para isso o processo deve estar organizado - Deve resolver/julgar as
questões processuais pendentes (problemas de competência por exemplo), a instrução focará
no mérito da questão, aqui são resolvidas as questões processuais que não necessitam de
produção de prova.
Diante do vínculo com a produção probatória, o Juiz aqui delimita os fatos controvertidos
sobre os quais se produzirá prova. Meios de prova são livres desde que morais e legais, parte
usará para provar sua versão dos fatos. O fato incontroverso, não contestado, é aceito
tacitamente pela contraparte, é presumido verdadeiro, e sobre ele não se produzirá prova.
ônus da prova - A obrigação de provar, em regra é da parte que alega - 373, I e II - Partes,
mediante acordo podem modificar essa distribuição do ônus da prova, e também o juiz pode
distribuir de forma diversa - Juiz fará isso pelo interesse em uma instrução mais adequada ao
processo (réu precisa provar sua alegação por meio de documento que está com o autor) - E
fará essa distribuição na fase de saneamento.
Juiz também definirá aqui os meios de prova que serão manejados dentro do processo,
lembrar que os meios são livres, desde que não sejam ilegais ou imorais.
Art. 357, §4º - Cabe ao Juiz definir os meios de prova, se determinar a prova testemunhal
deverá fixar o prazo de no máximo 15 (discricionariedade do magistrado para conceder
menos de 15) dias para que as partes apresentem o rol de testemunhas. - Não se pode trazer
testemunha secreta, deve ser indicada antecipadamente, até para fazer a contradita da
testemunha! (diminuir para a condição de informante).
Art. 357, §3º- Audiência para saneamento em cooperação - A critério do Juiz ao invés de
simplesmente tomar uma decisão sobre as circunstâncias do saneamento, pode intimar as
partes para audiência conjunta. - §5º neste caso o prazo para arrolar testemunhas será até a
data da audiência, para apresenta-las. - Intimação das testemunhas não é mais feita pelo
judiciário, é o advogado da parte que arrolou que deve intimar e comprovar que intimou,
existe a possibilidade de arrolar sem intimar, mas o advogado fica responsável por levar a
testemunha à audiência. - Consequências - 455, §2 º - Se arrola a testemunha sem intimação e
ela não comparece - presunção de desistência. Se foi intimada e falta injustificadamente -
advogado pode pedir para que seja conduzida a força.
455, §4º LER - Exceções de testemunhas que devem ser intimadas pelo Judiciário.
AIJ - Onde é produzida a prova oral , testemunha, exposição do perito, assistente técnico,
depoimento do autor e do réu. - AIJ pode ser adiada por convenção das partes, não
comparecimento justificado de pessoa que deveria comparecer, e atraso injustificado do
inicio por mais de 30 minutos.
Art. 362, §2º - Juiz pode dispensar a produção da prova se o advogado que requereu faltar
injustificadamente.
Art. 365 - Audiência pode ser gravada, inclusivo por advogado (§6º) sem prévia autorização
do Juiz, e o magistrado não poderá impedir.
Depois da produção de prova, vem o prazo para debates orais dentro da audiência - Podem
ser substituídos por razões finais escritas. Deverão ser apresentados em prazos sucessivos de
15 dias, terminou o prazo do autor, deflagra automaticamente o do réu. (E depois do réu o do
MP se intervir).
Art. 313 - Suspensão do processo - Morte, convenção das partes, arguição de impedimento ou
suspeição, admissão do incidente de resolução de demandas repetitivas, Ler inciso V.
Art. 314 - Durante a suspensão não se pode praticar atos processuais.
487, I - Há resolução do mérito quando são apreciados os pedidos, quando decidir de ofício
ou a requerimento se ocorreu decadência ou prescrição, ou quando homologa o pedido da
reconvenção, a transação, ou a renúncia formulada na ação ou na reconvenção. - Julgamento
do mérito gera COISA JULGADA quando não há mais possibilidade recursal - Art. 502 -
Coisa julgada material (formal seria quando não há resolução do mérito, pode entrar com
outra ação).
Art. 485 - Circunstâncias da extinção sem resolução do mérito - Não impede de entrar de
novo com nova ação discutindo a mesma coisa, coisa julgada formal. - Existência de coisa
julgada material é fundamento para extinção sem julgamento do mérito - 485, V - Assim
como litispendência e perempção. - VIII - Autor pode desistir da ação e o Juiz homologa -
§5º, 487 - Pode desistir ATÉ a sentença, enquanto não homologada a desistência, o autor
pode voltar atrás, reconsiderar. - §4º, Se o réu oferece contestação é preciso ter o
consentimento do réu! - Réu tem interesse, pois se o autor desistir da ação, gera coisa julgada
formal - Autor pode entrar com a ação de novo - Se o réu vence, não será importunado de
novo.
Decisão que indefere a inicial é SENTENÇA - Havendo apelação o próprio juiz pode se
retratar em 15 dias (art. 331) - Havendo improcedência liminar do pedido (332) se interposta
a apelação, o juiz também poderá se retratar. - 485, §7º - Se houver sentença de extinção sem
resolução do mérito, também poderá o juiz se retratar se houver apelação!
Art. 496 - Reexame/ Remessa necessária - Sentença só terá valor, só pode ser exigida, quando
confirmada no segundo grau - Não é recurso obrigatório, mas condição de exequibilidade. -
Acontece em sentença contra os entes federativos, e suas autarquias e fundações. - julgar total
ou parcialmente procedente os embargos à execução fiscal (cobrança de crédito líquido, certo
e exigível da Fazenda Pública). Se não houver recurso voluntário, não haverá a remessa,
objetivo de análise em segundo grau já foi alcançado. - Exceções - Não há que se falar em
remessa necessária em sentença contra a União, autarquias e fundações inferior a 1.000
salários mínimos. - Inferior a 500 sal-min contra o Estado, capitais (dos Estados) e DF -
Inferior a 100 contra o Município. Também não ocorre nos casos do §4º, art. 496 LER -
sentença fundada em súmula de tribunal superior - acórdão do STJ e STF em julgamento de
recurso repetitivo - entendimento firmado em IRDD e em incidente de assunção de
competência. - Entendimento ou orientação vinculante do próprio ente público (não pode se
contradizer).
Coisa Julgada - Ação rescisória tem sua razão de ser o ataque da coisa julgada, da decisão de
mérito transitada em julgado. - 2 requisitos - Deve ser fundamentada em - 966, I a VIII:
I - se verificar que foi proferida por força de prevaricação, concussão ou corrupção do juiz;
II - for proferida por juiz impedido ou por juízo absolutamente incompetente;
III - resultar de dolo ou coação da parte vencedora em detrimento da parte vencida ou, ainda, de
simulação ou colusão entre as partes, a fim de fraudar a lei;
IV - ofender a coisa julgada;
V - violar manifestamente norma jurídica;
VI - for fundada em prova cuja falsidade tenha sido apurada em processo criminal ou venha a
ser demonstrada na própria ação rescisória;
VII - obtiver o autor, posteriormente ao trânsito em julgado, prova nova cuja existência ignorava
ou de que não pôde fazer uso, capaz, por si só, de lhe assegurar pronunciamento favorável;
VIII - for fundada em erro de fato verificável do exame dos autos.
§2º - No caso de AR por prova nova, o prazo de 2 anos passa a contar do descobrimento da
prova nova! - No prazo máximo de 5 anos!
JURISDIÇÃO
O Direito Processual está a serviço do direito Material - Temos regras claras de como
resolver o conflito de interesses - Chama o Judiciário para resolver os conflitos - Poder-dever
do Judiciário de solucionar conflitos de Interesse - JURISDIÇÃO.
Tem a característica da inércia - Para que o órgão do judiciário atue, ele deve ser provocado. -
A maneira de provocar, é a ação, por meio da petição inicial (art. 319 LER), requisitos da
Inicial, fatos, fundamentos e pedido certo e determinado! - Certo é o que não é presumido,
deve haver correlação entre o pedido e a sentença (congruência)
322, §1º - Excepcionalmente o Juiz pode se manifestar sem o pedido do autor - Juros,
correção monetária e verbas de sucumbência (incluindo honorários).
§2º - Exceção - Pode cumular pedidos de procedimentos diferentes se o autor abrir mão do
rito especial, e perseguir todos os pedidos no rito comum.
Art. 329 - I - Os pedidos podem ser alterados e aditados até a citação, sem consentimento do
réu - Réu toma conhecimento da ação na citação. - II - Até a decisão de saneamento, se o réu
consentir, e resguardado o contraditório, com 15 dias para se manifestar.
Deve conter a inicial a opção do autor pela audiência de conciliação, não obriga o juiz a não
marcar, mas é o primeiro passo para o não ocorrimento consensual da audiência, quando
ambas as partes não querem.
Deve conter o valor da causa - art. 291 - Toda ação tem valor da causa - è indicado na inicial
e na reconvenção (contestação e recurso não têm valor da causa). - Art. 82 - Custas são
calculadas sobre o valor da causa, honorários sobre os da condenação!!! - Valor da causa
corresponde ao pedido.
Art. 292 - Incisos trazem algumas formas de calcular o valor da causa - Ex. alimentos - Autor
soma as parcelas de alimentos correspondentes a um ano.
Magistrado, após analisar os critérios do 319, o magistrado se perceber que a inicial esta
PROCESSUALMENTE perfeita, vai receber a inicial, proceder com a citação do réu (Mesmo
que o autor tenha desistido da audiência, ainda assim o réu deve ser citado da audiência, pois
o não ocorrimento consensual depende da vontade de ambas partes - Réu se manifesta sobre a
audiência por simples petição - 334, §5º - 10 dias antes da audiência).
Se a inicial não corresponde aos criterios do 319 - intima o autor para emendar em 15 dias. -
Juiz tem necessariamente de identificar os defeitos. - Se não emendada, a petição será
indeferida, que é causa de extinção do processo sem julgamento do mérito.
IMPROCEDÊNCIA LIMINAR -> Juiz pode receber a inicial e sem nem citar o réu, julgar
todos os pedidos do autor improcedentes. Réu nem sabe que há processo contra ele. - Art.
332 - Nas causas que dispensam fase instrutória se o pedido:
I - enunciado de súmula do Supremo Tribunal Federal ou do Superior Tribunal de Justiça;
II - acórdão proferido pelo Supremo Tribunal Federal ou pelo Superior Tribunal de Justiça
em julgamento de recursos repetitivos;
III - entendimento firmado em incidente de resolução de demandas repetitivas ou de
assunção de competência;
IV - enunciado de súmula de tribunal de justiça sobre direito local.
§1º - Também pode quando desde logo o Juiz percebe a decadência ou prescrição dos
pedidos.
Improcedência Liminar - REJEITA PEDIDO - Tem resolução do mérito! - Gera coisa julgada
quando transitar em julgado. - Contra a improcedência liminar cabe apelação. Se a
improcedência liminar for parcial, rejeitou apenas alguns pedidos - Não extingue o processo,
será decisão interlocutória de mérito, cabendo agravo. - Na improcedência liminar TOTAL -
também cabe retratação em 5 dias se houver apelação.
ATOS PROCESSUAIS
Art. 212 e 216 - Realizados em dias úteis - Não conta em sábado, domigo e feriados definidos
em lei.
Atos deve ocorrer das 6 as 20 horas. - Cada tribunal pode fixar seu horário de funcionamento
dentro destes limites - Quando o ato deve ser praticado por petição em autos não eletrônicos,
deve respeitar o horário de funcionamento da vara/tribunal. - Art. 213 - pode ocorrer o ato em
qualquer horário até meia-noite do último dia do prazo.
Pode haver citação ou atos em sábados e domingos, após as 20 horas (fora do horário) - As
Citações, intimações e Penhoras SIM!!!
Prazos também se contam em dias úteis - 219.
Interrupção de prazo - Quando cessa a causa de interrupção, volta o prazo integral, “zera” o
prazo.
Suspensão - Terminada a causa suspensiva, temos apenas o que “sobrou” do prazo.
Art. 220 - Suspensão de prazos entre 20 de dezembro e 20 de janeiro.
Art. 223 - Trata da preclusão - Perda de prazo extingue o direito de exercer o ato processual -
Preclusão é automática, não depende de decisão judicial. - Não incide preclusão para o Juiz -
art. 226.
Contagem - Prazos correm a partir da citação ou da intimação em regra. - Art. 231 - dia do
começo do prazo:
I - a data de juntada aos autos do aviso de recebimento, quando a citação ou a intimação for
pelo correio;
II - a data de juntada aos autos do mandado cumprido, quando a citação ou a intimação for
por oficial de justiça;
III - a data de ocorrência da citação ou da intimação, quando ela se der por ato do escrivão ou
do chefe de secretaria;
IV - o dia útil seguinte ao fim da dilação assinada pelo juiz, quando a citação ou a intimação
for por edital;
V - o dia útil seguinte à consulta ao teor da citação ou da intimação ou ao término do prazo
para que a consulta se dê, quando a citação ou a intimação for eletrônica;
VI - a data de juntada do comunicado de que trata o art. 232 ou, não havendo esse, a data de
juntada da carta aos autos de origem devidamente cumprida, quando a citação ou a intimação
se realizar em cumprimento de carta;
VII - a data de publicação, quando a intimação se der pelo Diário da Justiça impresso ou
eletrônico;
VIII - o dia da carga, quando a intimação se der por meio da retirada dos autos, em carga, do
cartório ou da secretaria.
IX - o quinto dia útil seguinte à confirmação, na forma prevista na mensagem de citação, do
recebimento da citação realizada por meio eletrônico.
Para fins de contagem, junta o 231 e o 224 - Exclui na contagem o dia do início que vimos
anteriormente.
DOBRA DE PRAZO - Contece pra a DP, MP e advocacia pública. - Art. 186, §3º -
Escritórios de faculdade e entidades de assistência jurídica gratuita em convênio com a DP -
Há discussão se isso se aplica só as faculdades públicas, ou também às privadas.
Art. 229 - No litisconsórcio, caso os litisconsortes tenham 1 - advogados diferentes, 2 - que
não sejam do mesmo escritório e 3 - em processo que não seja eletrônico - TERÁ prazo em
dobro.
AUDIÊNCIA DE CONCILIAÇÃO
Art. 334 - Foi inserida no rito comum como a regra, juiz cita o réu para a audiência
§4º - Não será realizada - Quando não se admite a autocomposição - Juiz que define.
Antes de abrir o prazo de contestação para o réu ocorre a audiência, em regra o prazo da
contestação corre justamente após a audiência - 335.
Se a audiência não ocorre na forma do parágrafo §4º - Juiz simplesmente cita o réu para
contestar.
Por vontade das partes - Ambas as partes precisam se manifestar expressamente. Ato
bilateral. - Em litisconsórcio §4º, I - Todos têm que se manifestar - §5º - Autor indica o
desinteresse na inicial, réu se manifesta por petição simples, apresentada até 10 dias antes da
audiência. Audiência estará marcada, nesta hipótese, para ser cancelada pela manifestação
bilateral das partes, no dispositivo anterior ela nem é marcada.
Parte que não quer ir à audiência, não quer ser multada, e perdeu o prazo - pode constituir
representante, por meio de procuração específica, com poderes de negociar e transigir. - §9º -
É obrigatória a presença de advogado na audiência, Código de Ética - Advogado não pode
atuar na condição de advogado e de preposto, assim este representante não poderá ser o
advogado constituído, se ele for representar, precisa substabelecer outro advogado.
Ação de conhecimento - Parte quer que o Judiciário reconheça seu direito. Já na Ação de
execução o Direito já está estabelecido, em um TÍTULO, Não existe execução sm título -
Pode ser judicial ou extrajudicial (lista do 784, ex. cheque).
Para ser título executivo extrajudicial é necessãrio ser certo, líquido e exigível (ex. título não
vencido ou prescrito, não é exigível). - 784, II - Escritura pública e documentopúblico - deve
estar assinado pelo devedro - Para o documento particular (III) - São dois critérios - Além da
assinatura do devedor, deve haver 2 testemunhas.
PATRIMONIALIDADE
A satisfação do credor vem sempre do patrimônio do devedor, ninguém paga a dívida com o
corpo.
Penhora - Ordem judiciária sobre o patrimônio do devedor, para serem usados no futuro para
satisfazer o crédito.
Bens impenhoráveis - 833 -
I - os bens inalienáveis e os declarados, por ato voluntário, não sujeitos à execução;
II - os móveis, os pertences e as utilidades domésticas que guarnecem a residência do
executado, salvo os de elevado valor ou os que ultrapassem as necessidades comuns
correspondentes a um médio padrão de vida;
III - os vestuários, bem como os pertences de uso pessoal do executado, salvo se de elevado
valor;
IV - os vencimentos, os subsídios, os soldos, os salários, as remunerações, os proventos de
aposentadoria, as pensões, os pecúlios e os montepios, bem como as quantias recebidas por
liberalidade de terceiro e destinadas ao sustento do devedor e de sua família, os ganhos de
trabalhador autônomo e os honorários de profissional liberal, ressalvado o § 2º ; (as formas
de renda/susteto do devedro são impenhoráveis)
V - os livros, as máquinas, as ferramentas, os utensílios, os instrumentos ou outros bens
móveis necessários ou úteis ao exercício da profissão do executado;
VI - o seguro de vida;
VII - os materiais necessários para obras em andamento, salvo se essas forem penhoradas;
VIII - a pequena propriedade rural, assim definida em lei, desde que trabalhada pela família;
IX - os recursos públicos recebidos por instituições privadas para aplicação compulsória em
educação, saúde ou assistência social;
X - a quantia depositada em caderneta de poupança, até o limite de 40 (quarenta) salários-
mínimos; lei 8009 - bens de família também são impenhoráveis.
XI - os recursos públicos do fundo partidário recebidos por partido político, nos termos da
lei;
XII - os créditos oriundos de alienação de unidades imobiliárias, sob regime de incorporação
imobiliária, vinculados à execução da obra.
§2º - Para execução de alimentos é possível penhorar salários e valores abaixo de 40 salmin
da poupança.
Art. 835 - Ordem da Penhora - §1º - Prioritariamente é feita a penhora de dinheiro, se não
houver dinheiro vem ou outros bens, segundo as circuntancias do caso, o Juiz também pode
alterar a ordem:
I - dinheiro, em espécie ou em depósito ou aplicação em instituição financeira;
II - títulos da dívida pública da União, dos Estados e do Distrito Federal com cotação em
mercado;
III - títulos e valores mobiliários com cotação em mercado;
IV - veículos de via terrestre;
V - bens imóveis;
VI - bens móveis em geral;
VII - semoventes;
VIII - navios e aeronaves;
IX - ações e quotas de sociedades simples e empresárias;
X - percentual do faturamento de empresa devedora;
XI - pedras e metais preciosos;
XII - direitos aquisitivo
s derivados de promessa de compra e venda e de alienação fiduciária em garantia;
XIII - outros direitos.
§ 1º É prioritária a penhora em dinheiro, podendo o juiz, nas demais hipóteses, alterar a
ordem prevista no caput de acordo com as circunstâncias do caso concreto.
Art. 854 - Juiz não faz a penhora de dinheiro de ofício, será sob requerimento do exequente, e
sem notificação do executado (para que não suma com o dinheiro). Limita-se o bloqueio das
contas no limite do crédito perseguido na execução, após o bloqueio ai sim comunica ao
credor (poderá opor que por exemplo, o dinheiro na conta é seu salário. - Após o prazo de 5
dias para manifestação do devedor, o juiz decidirá se mantém o bloqueio e converte em
penhora, ou se desbloqueia os valores, baseados na sua penhorabilidade.
Art. 921 do CPC - Circunstâncias que geram a suspensão da execução - mesmas causas de
suspensão da ação de conhecimento e também:
EMBARGOS
Embargos não têm efeito suspensivo automático/de lei - Pode ser conferido o efeito
suspensivo se o embargante requerer, e estiverem presentes os requisitos da tutela de
urgência, e houver prévia caução, penhora ou depósito do juízo. O efeito suspensivo dos
embargos trava a execução enquanto são decididos os embargos.
Prazo para pagamento voluntário deflagra o prazo sucessivo de 15 dias para impugnar
(passados os 15 dias do pagamento voluntário, começam os 15 dias para impugnar
automaticamente, independentemente de penhora ou de nova intimação). - Impugnação é
apresentada nos próprios autos do cumprimento de sentença.
Fundamentos da impugnação - §1º:
I - falta ou nulidade da citação se, na fase de conhecimento, o processo correu à revelia;
II - ilegitimidade de parte;
III - inexequibilidade do título ou inexigibilidade da obrigação;
IV - penhora incorreta ou avaliação errônea;
V - excesso de execução ou cumulação indevida de execuções;
VI - incompetência absoluta ou relativa do juízo da execução;
VII - qualquer causa modificativa ou extintiva da obrigação, como pagamento, novação,
compensação, transação ou prescrição, desde que supervenientes à sentença.
TUTELA PROVISÓRIA
Tutela jurisdicional é dada por meio de uma decisão, de um exercício de jurisdição - Quando
o processo se encerra temos a tutela definitiva, mas ao longo do processo se surgem alguns
quesitos, a pretensão pode ser decidida de forma provisória. - É uma decisão de pedido (não
pode ser de ofício) que ao fim do processo ou pode ser cassada, ou transformada em tutela
definitiva.
Não se entra com liminar, se entra com ação/pedidos, a liminar é uma decisão judicial em
sede de tutela provisória. - art. 9º - Contraditório, antes de o judiciário tomar a decisão precisa
ter o contraditório. Diante de sua manifestação, ele decide o pedido. Existe a possibilidade
excepcional de o magistrado tomar decisão sem ouvi-lo - é a decisão liminar - P.U art. 9º - I,
II e III - Tutela provisória de urgência autoriza a decisão liminar.
II - Pode tomar decisão liminar em tutela provisória de evidência se atendidos os quesitos do
art. 311 - P.U.
Cabe o agravo de instrumento contra a interlocutória que defere ou indefere a tutela
provisória. Tutela provisória pode vir tanto de interlocutória quanto de sentença - caberá
apelação.
Alimentos provisórios, liminar de reintegração de posse - São exemplos de tutela provisória,
se vierem em decisão interlocutória - caberá agravo.
Tutela provisória pode ser concedida sem liminar (sem deixar de ouvir a outra parte). Será
uma decisão de tutela provisória, fora da sede liminar.
No sistema atual a tutela provisória se divide em evidência e urgência.
Requisitos da urgência - art. 300 - Probabilidade do Direito (fumus boni iuris) e perigo de
dano ou risco ao resultado útil do processo (periculum in mora).
Requisitos de evidência - 311 - Independente da demonstração dos requisitos anteriores! Não
se exige urgência/necessidade. - Aqui é necessário o direito concreto/evidente/claro, não é
uma fumaça!!! - O juiz simplesmente adianta a tutela definitiva, diante dos requisitos:
311:
I - ficar caracterizado o abuso do direito de defesa ou o manifesto propósito protelatório da
parte;
II - as alegações de fato puderem ser comprovadas apenas documentalmente e houver tese
firmada em julgamento de casos repetitivos ou em súmula vinculante;
III - se tratar de pedido reipersecutório fundado em prova documental adequada do contrato
de depósito, caso em que será decretada a ordem de entrega do objeto custodiado, sob
cominação de multa;
IV - a petição inicial for instruída com prova documental suficiente dos fatos constitutivos do
direito do autor, a que o réu não oponha prova capaz de gerar dúvida razoável.
Parágrafo único. Nas hipóteses dos incisos II e III, o juiz poderá decidir liminarmente.
Tutela provisória pode ser pedida a qualquer momento, em qualquer grau, e por qualquer
parte. (réu, autor, recorrente, recorrido). - CPC 932 - Cabe ao relator analisar a tutela
provisória nos recursos.
Pedido de tutela provisória pode ser feito de forma incidente ou antecedente. Incidente - se
aplica tanto na urgência quanto na evidência - Pedido feito dentro da inicial, ou entre a inicial
e a tutela definitiva é a feita dentro do processo. - É o mais comum, a regra.
CPC/15 - Pedido antecedente, preparatório - Só se aplica na urgência. A urgência aqui é tão
forte que não se pode esperar nem entrar com a ação. - Presentes os requisitos do art. 300 e
não sendo possível propor a ação para fazer o pedido da forma comum, geral -> a alternativa
é o pedido de tutela provisória antecedente, que depois é regularizado e trazido para o
processo.
É tão diferente que o CPC dá rito próprio para esse pedido - art. 303 e 304 - Antecipada
antecedente - 305 - cautelar antecedente.
Antecipada antecedente: Preparatório, exige do autor uma petição inicial incompleta - diante
de uma inicial incompleta o Juiz manda emendar, neste caso do 303 o Juiz decide a tutela
provisória de urgência antecipada antecedente e depois pede para emendar! - depois pede
para corrigir as questões processuais - Legislador permitiu que nesse caso o sujeito entre
como uma peça processual incompleta e tenha o seu pedido analisado mesmo assim, diante
da grande urgência. - 303, §1º - Após deferida a tutela, o autor adita, deixa a peça
processualmente perfeita.
Estabilização da tutela - art. 304, §1º - Estabilização decorre obrigatoriamente na antecipada
antecedente, não existe na tutela de evidência, nem na tutela de urgência incidente, e nem na
tutela de urgência cautelar, apenas na antecipada antecedente - Se tornará estável se
deferida (por interlocutória) e não é recorrida por agravo de instrumento - Consequência -
Estabilidade - 304, §1º - EXTINÇÃO DO PROCESSO PELA ESTABILIZAÇÃO - É
forma nova de extinção do processo, não é nem por resolução do mérito e nem sem resolução
do mérito, é pela estabilização. - é SITUAÇÃO ESPECIAL, EXCEPCIONAL. - §2º - Da
decisão que extingue o processo pela estabilização NÃO CABE RECURSO pois a forma de
atacá-la é por uma nova ação!!! - Não se trata de ação rescisória, é específica para
rever/invalidar/anular a sentença que extinguiu o processo pela estabilização - Ação deve ser
intentada em até 2 anos da ciência da decisão que extinguiu o processo - §5º.
CAUTELAR ANTECEDENTE
Urgência diz respeito a um direito processual, há perigo ao resultado útil do processo, não
entra com a ação, e apenas com o pedido cautelar antecedente, para evitar o dano.
Art. 306 - Réu será citado para em 5 dias contestar apenas o pedido cautelar antecedente - Se
o processo continua, e o juiz defere o pedido cautelar, o autor deve corrigir a inicial, entrar
com o pedido principal - 308 - em 30 dias - Teremos NOVA contestação, para o réu agora
contestar o pedido principal. Dentro deste rito há duas oportunidades de contestação do réu.
Cessa a eficácia da tutela antecedente (tanto cautelar quanto antecedente) se - 309 - O autor
não formula o pedido principal no prazo (Aqui se refere a cautelar - 30 dias). - Se a tutela de
urgência antecipada não for efetivada/cumprida, por culpa do autor, dentro de 30 dias - Se o
pedido principal formulado for indeferido pelo Juiz ou for extinto o processo sem julgamento
do mérito.
RECURSOS
Art. 494 e ss - Recurso ataca decisão judicial - em geral para reformar ou invalidar uma
decisão. Podem haver recursos específicos como os embargos de declaração que tem por
objetivo sanar um vício.
Reformar - Objetivo de mudar o entendimento que foi proferido, para demonstrar que houve
apenas um equívoco do julgador.
Invalidação - É pedida quando a decisão tem um vício, não pode seguir no ordenamento. Ex.
sem fundamentação.
Art. 994 - 9 recursos -> Apelação, Agravo, Agravo Interno, Emb. Declaração, Resp, Rext,
Recurso Ordinário, Agravo em Resp e Rext, e Embargos de Divergência.
2º Grau - Decisão monocrática - Relator decide sozinho no âmbito dos tribunais - De regra,
contra a monocrática cabe o agravo interno - 932 - Decisões que podem ser tomadas
monocraticamente.
Acórdão - 204 - No julgamento pelo órgão colegiado.
Nos tribunais também pode haver a decisão de Presidente ou Vice - Ex. admissibilidade do
recurso especial - Quando acórdão fere lei federal, cabe Resp - Será julgado pelo STJ - SE
ADMITIDO - Recurso será interposto diante do presidente ou vice do tribunal, que decidirão
sobre sua admissibilidade.
PRINCÍPIOS
Taxatividade - Recursos estão previstos no 994 do CPC, parte não pode criar recurso (Nos
JEC’s há também o recurso inominado).
Princípio da proibição da Reformatio in Pejus - Se apenas uma parte recorreu, não pode ser
piorada a situação desta!!! - Pode não dar provimento, mas não pode piorar. Com exceção do
efeito Translativo - Se for matéria que o tribunal poderia reconhecer de ofício
- Efeitos dos recursos - Adiar a coisa julgada, enquanto for possível interpor recurso não se
fala em coisa julgada e transito em julgado.
Efeito devolutivo - Devolve a análise da matéria impugnada para outro órgão julgador (em
regra).
Efeito Suspensivo - De regra os recursos - 995 - Não possuem em regra o efeito suspensivo -
Exceto a apelação - 1.012 - tem efeito suspensivo, a não ser nas hipóteses dos parágrafos do
1.012. - O efeito suspensivo faz com que a decisão impugnada não surta efeitos, hoje em
regra as decisões surtem efeito enquanto pende o julgamento do recurso. - É possível requerer
que seja reconhecido o efeito suspensivo, se demonstrados os requisitos do P.U do art. 995 -
Decisão é capaz de gerar dano grave de difícil ou impossível reparação e é provável o
deferimento do recurso (requisitos da tutela de urgência). - Ex. 987, §1º - Se interpostos da
decisão acerca do incidente de resolução de demandas repetitivas - terão efeito suspensivo -
hipótese prevista expressamente no CPC.
Efeito Expansivo - Pode atingir outros sujeitos além dos que interpuseram recurso - 1.005 -
Recurso interposto por um dos litisconsortes a todos aproveita salvo se forem distintos ou
opostos os interesses. - P.U - Na solidariedade passiva o recurso interposto por um devedor
aos outros aproveita quando as defesas opostas ao credor forem comuns.
REQUISITOS DE ADMISSIBILIDADE
Por mais absurda que seja a decisão se a parte não atender a esses requisitos, não haverá
recurso, se dividem em Subjetivos (Intrínsecos) e Objetivos (extrínsecos).
Subjetivos: Legitimidade, Interesse Recursal e Inexistência de Fato Impeditivo.
Objetivos: Adequação, Recorribilidade, Forma, Motivação, Preparo e Tempestividade.
Art. 994 e 996 - Legitimidade - Quem pode interpor recurso? - A parte vencida (seja porque
não ganhou nada, porque perdeu, ou porque ganhou em parte, se estiver insatisfeito, pode
recorrer), o MP como parte e Custus Legis e o Terceiro prejudicado - P.U - Terceiro deve
demonstrar o Nexo causal, que a decisão proferida está afetando direito do qual é titular ou
que pode defender em juízo como substituto processual.
Interesse recursal - Utilidade ou necessidade do recurso - Ex. Parte que ganhou tudo na
ação, não teria interesse no recurso, ele seria inútil, não tem como ganhar mais nada.
Inexistência de fato impeditivo - Fatos Impeditivos -> Desistência do recurso (998) - Não
precisa da concordância nem do autor, nem do litisconsorte passivo.
Renúncia ao recurso (999) - Abre mão do direito de interpor recurso, também não precisa da
concordância da outra parte.
Aceitação da decisão (1000) - Seja de forma tácita ou de forma expressa (Ex. Juiz da decisão
e a parte peticiona “Ciente da decisão e concordo com todos os termos”) Tácita - Não pode
praticar ato incompatível com a vontade de recorrer.
REQUISITOS OBJETIVOS
Adequação - Ex. Da sentença cabe apelação, deve ser utilizado o recurso adequado.
Recorribilidade - Em regra no processo de conhecimento para caber agravo a decisão deve
conter matéria contida no 1.015 - Se não, a decisão não será recorrível neste primeiro
momento. - Deverá ser atacada depois em preliminar de apelação!
Forma - Apelação é interposta perante o Juiz de primeiro grau, que será dirigida ao TJ ou
TRF - Agravo - 1.016, IV - Deve trazer nome e endereço completo dos advogados do
agravante e do agravado, é interposto direto no tribunal.
Motivação - Deve trazer as razões recursais, o “por quê” do recurso.
Parte tem que recolher as custas iniciais para ajuizar uma ação. - No recurso falamos em
preparo recursal, e também porte de remessa e retorno (ir e voltar do tribunal) - Isto se não
tiver gratuidade!
Se for beneficiário (gratuidade), o preparo está afastado.
É pago na hora de interpor o recurso (ou opor os embargos). - Se o requisito não é cumprido,
pagamento não comprovado, será considerado deserto o recurso - É requisito de
admissibilidade. §1º - Dispensado nos recursos do MP, recursos da FP e daqueles que gozam
de isenção legal (beneficiário, professor) e também União, DF, Estados, Municípios e suas
resp. autarquias e fundações - Não recolhem preparo!!!
§2º e 4º - Insuficiência do recolhimento do preparo - Recolhe em valor inferior ao devido -
Não comprovação - Não comprova nada. Insuficiência - Recorrente intimado na pessoa do
advogado para recolher o remanescente em 5 dias - 54 simulado - §4º - Se não houver
comprovação, recorrente é intimado na pessoa do advogado para RECOLHER O VALOR
EM DOBRO - Se não o fizer, não cabe nova intimação (se comunica com o §2º - não pode
intimar de novo para pagar o valor que falta).
Se o processo é em autos eletrônicos não existe o pagamento de porte de remessa e retorno!!!
- Mas não dispensa o pagamento do preparo.
Provando o recorrente que há justo impedimento para o pagamento até o prazo do recurso -
relator poderá não aplicar a pena de deserção, mediante decisão irrecorrível - Será concedido
o prazo de 5 dias para efetuar o preparo.
§7º - Equívoco no preenchimento da guia das custas, - Não aplicará a deserção - Relator
deverá, em caso de dúvida quanto ao recolhimento, intimar o recorrente para sanar o vício em
5 dias.
É uma forma de interposição - Segunda chance de quem não interpôs recurso a tempo -
Parte que não conseguiu interpor, vai veicular, em sede de contrarrazões, vai poder oferecer o
recurso adesivo. - Art. 997, §1º e 2º - Recurso adesivo, para existir, deve haver o recurso
principal/independente de uma das partes. - Vedação à reformatio in pejus - na sentença de
PARCIAL PROVIMENTO recorrem as duas partes - Uma perde o prazo, no prazo de 15 dias
de contrarrazões do recurso da outra parte, a parte que perdeu prazo pode entrar com recurso
adesivo junto de suas contrarrazões. Requisitos para o recurso adesivo: Parte não recorreu de
forma independente (no prazo) - No prazo das contrarrazões - Sucumbência recíproca
(procedência parcial - ambos tem interesse em recorrer) - Só é admitido na APELAÇÃO
RESP E REXT Não há que se falar em recurso adesivo em agravi (instrumento e interno ) ou
embargos. - Recurso adesivo fica subordinado ao recurso independente da outra parte, se o
principal for inadmitido, ou desistido, adesivo também será inadmitido. - Interposição do
recurso adesivo segue os requisitos do princiapl - apelação - interposta frente o Juiz de direito
(primeeiro grau coma folha das razões dirigida ao tribunal), Resp - Perante o pres. ou vice do
TJ ou do TRF (com folha das razões dirigida ao STJ).
RECURSOS EM ESPÉCIE
1009 a 1014 do CPC - Apelação ataca sentença (decisão do Juiz de 1º grau que coloca fimno
procedimento comum). - Preliminares de apelação - usadas para atacar decisão interlocutória,
proferida na fase de conhecimento, da qual não cabe agravo de instrumento.
Se houver urgência - Poderá caber o agravo de instrumento, mesmo fora das hipóteses do art.
1.015 - TAXATIVIDADE MITIGADA!!!
1.009, §3º - Se qualquer decisão do 1.015 sair na sentença - Ataca com apelação! -
Unirrecorribilidade. - Matéria não importa, e sim o tipo de decisão. Ex. Gratuidade revogada
na sentença.
§5º, 1.013 - Na sentença, se o Juiz concede, revoga ou confirma tutela provisória - impugna
através de apelação - repete a regra anterior!
Procedimento - 1.010 - Regra - Interposto o recurso de apelação (prazo de 15 dias) - A outra
parte é intimada (pelo Juiz) para oferecer contrarr também em 15 dias - Folha de interposição
é oferecida perante ao juiz, já com a folha das razões - Juiz envia para o Tribunal após o
prazo das contrarr/ das manifestações das partes (não analisa a admissibilidade - Isto será
analisado NO TRIBUNAL - TJ ou TRF) - Se o Juiz de primeiro grau faz a análise de
admissibilidade, cabe RECLAMAÇÃO, estaria usurpando competência do tribunal.
Apelado nas Contrarr impugna decisão interlocutória que foi proferida antes da sentença, da
qual não coube agravo de instrumento - As interlocutórias podem ter sido proferidas contra
quem ganhou o processo (não tem interesse na apelação) - Mas como a outra parte recorreu,
cabe decidir as interlocutórias nas Contrarr. - Ou seja, pode apresentar preliminar de apelação
em sede de Contrarr - Outra parte (autor do recurso de apelação) será intimada para se
manifestar no prazo de 15 dias (contraditório fica fechadinho).
Procedimento do recurso adesivo (sucumbência recíproca) - Somente o Réu apela, Intimação
do apelado (perdeu prazo) que apresentará além das Contrarr o recurso adesivo - Haverá
intimação para que o apelante apresente Contrarr do recurso adesivo (15 dias também).
EFEITO SUSPENSIVO
Apelação em regra tem efeito suspensivo (exceção entre os recursos do CPC/15 - exceto art.
1.012 - Quando não tem efeito suspensivo o apelado pode dar início ao cumprimento
provisório (não transitou em julgado) da sentença.
1.012: 1- Sentença homologa divisão ou demarcação de terras
2- condenar a pagar alimentos
3- extingue sem resolução de mérito,
4- extingue embargos à execução (embargos já não tem efeito suspensivo em regra, apelação
da decisão que os extingue não poderia ter)
5- julga procedente o pedido de instituição de arbitragem
6- sentença que confirma, concede ou revoga tutela provisória (quando decidido em sentença,
pois aqui caberá apelação sem efeito suspensivo automático)
MESMO NAS HIPÓTESES do 1.012, é possível pedir o efeito suspensivo, desde que cumpra
os requisitos se probabilidade do provimento do recurso e que a sentença pode gerar dano
grave de difícil ou impossível reparação. - Quem analisa esse pedido é o relator, antes mesmo
de analisar o mérito do recurso!
AGRAVO DE INSTRUMENTO
Ataca a decisão interlocutória, a que não extingue a execução, a que não acaba com o
processo de conhecimento comum. - Além disso é preciso se encaixar no art. 1.015:
1- Decisão sobre tutela provisória (a não ser que venha na sentença).
2- Mérito do processo (decisões parciais de mérito, parte do mérito que não é decidida na
sentença).
3- Procedimento especial na ação de exigir contas - Réu não prestou de forma voluntária, o
Juiz pode mandar o prestar, mas o processo continua (decidiu mérito na interlocutória).
4- Rejeição do pedido de convenção de arbitragem (pacto compromissório) - Ex. No negócio
partes combinam que tal litígio advindo daquele negócio deverá ser resolvido por arbitro, réu
traz na preliminar de apelação a cláusula compromissória! - Quer a extinção do processo sem
resolução de mérito. - Juiz REJEITA - Não há nada no contrato que fale em pacto
compromissório - Processo continua - Agravo de instrumento.
4- Incidente de desconsideração da personalidade jurídica (modalidade de intervenção de
terceiros)Independentemente da decisão, se acolhe ou rejeita.
5- Decisão que Rejeita ou Revoga a gratuidade de justiça - A decisão que concede NÃO
CABE AGRAVO, apenas a que nega, ou que uma vez concedido revoga. - Gratuidade pode
ser pedida a qualquer momento, cuidar que quando rejeitada/revogada no recurso,
obviamente não cabe agravo.
6- Decisão que determina exibição ou posse de documento ou coisa.
7- Decisão que exclui litisconsorte. - Pluralidade de sujeitos nos polos - Alegação de
ilegitimidade passiva ou ativa - Se o processo continua (sobrou gente no polo passivo e ativo)
- É interlocutória e cabe agravo.
8- Decisão que rejeita o pedido de limitação do litisconsórcio. - Juiz pode pedir a limitação
do litisconsórcio facultativo com o condão de facilitar a rápida solução do litígio ou para
facilitar a defesa no cumprimento de sentença.
9- Admite ou inadmite intervenção de terceiros (chamamento, denunciação, incidente, amicus
curiae e assistência). - Inciso do incidente fala da decisão que julga se desconsidera ou não.
10- Decisão que concede, modifica ou revoga o efeito suspensivo nos Embargos do
Executado (requisitos da tutela provisória + prévia garantia do Juízo).
11- Decisão da distribuição dinâmica do ônus da prova. - Juiz pode inverter quando é mais
fácil a uma parte provar que a outra. - Aqui só cabe o agravo quando é por decisão do juiz,
NÃO quando é por convenção da Parte.
12- Cabe agravo em outros casos conforme disposto em lei.
13- 1.037, §3º - Em recursos repetitivos STF ou STJ pega 2 ou mais recursos extraordinários
que falam da matéria discutida para representar a controvérsia - Sobrestamento dos demais
recursos que versem sobre a mesma matéria - CPC autoriza que a parte peça a distinção
(afirmar que o processo deve continuar pois é diferente dos processos afetados/selecionados
pelo tribunal superior) - Da decisão que resolve o pedido de distinção -> cabe agravo de
instrumento se for no primeiro grau, e agravo interno se no 2º.
P.U. - Cabe agravo de instrumento contra qualquer decisão interlocutória proferida em:
1- Processo de execução.
2- Fase de cumprimento.
3- Fase de liquidação.
4- Processo de inventário.
NÃO PRECISAM SE ENCAIXAR NO 1.015 AS DECISÕES INTERLOCUTÓRIAS
NOS PROCEDIMENTOS ACIMA.
TAXATIVIDADE MITIGADA - Entendimento do STJ - Quando é processo de
conhecimento o rol do 1.015 continua sendo taxativo, mas em determinadas situações de
urgência pode se excepcionar - Já que não será possível esperar para impugnar na preliminar
de apelação.
PRAZO - 15 dias - Regra Geral.
Art. 1.018 - Prazo de 3 dias da interposição, agravante junta aos autos (do processo de
primeiro grau) cópia do recurso, do comprovante da interposição e do rol de documento que
instruíram - Permite a RETRATAÇÃO do Juiz. - Se os autos são físicos esta juntada é
OBRIGATÓRIA. - Permite o contraditório.
Se o AGRAVADO, comprova em contrarr, que o agravante descumpriu esta determinação
em processo físico -> gera a inadmissibilidade do recurso!!!
1.019 - Provimento do agravo negado em decisão monocrática do relator - mesmas situações
que a apelação.
No prazo de 5 dias o Relator pode conceder o efeito suspensivo, ou a antecipação de tutela
recursal.
Relator intima ainda o agravado a oferecer Contrarr, facultando a juntada de documentos. -
Determina também, quando for o caso, a intimação do MP para intervir em 15 dias.
Após isto, CPC determina que o agravo seja julgado em até um mês.
Existem outras hipóteses de cabimento do agravo interno espalhadas pelo CPC - JA CAIU -
Art. 1.030 §2º do CPC e 1.030, I e III do CPC - No RESP e no REXT temos duplo exame de
admissibilidade, interpõe primeiro perante ao pres. ou vice do tribunal que proferiu o acórdão
- Depois envia para o STJ/STF onde haverá novo exame de admissibilidade. - Da decisão do
pres. ou vice, que inadmite o RESP ou REXT está fundada em julgamento de recursos
repetitivos ou repercussão geral -> Caberá AGRAVO INTERNO. - De regra se fundada de
forma diversa cabera o agravo em RESP e o agravo em REXT - Mas nesse caso específico, é
AGRAVO INTERNO.
Atacam qualquer decisão judicial, visam suprir o vício da omissão, contradição, obscuridade
ou erro material.
Pode ser usada para fins de pré-questionamento (requisito do RESP e REXT) demonstrar que
o tribunal se manifestou sobre a Lei Federal ou norma constituconal discutida no REXT ou
REXP, caso não se manifeste, parte pode juntar os embargos de declaração para cumprir esse
requisito.
Omissão: Falta de fundamentação 485, ou deixar de se manifestar sobre tese firmada em
casos repetitivos, ou incidente de assunção de competência que se aplique ao caso.
PRAZO
FUNGIBILIDADE RECURSAL
Embargos de dec. podem ser recebidos como agravo interno (tem objetivo de invalidar, ou
reformar a decisão, e não sanar vício) deve intimar o recorrente para em 5 dias ajustar os
requisitos - alterar as razões e cumprir as exigências do 1.021.
Embargos atacam qualquer decisão judicial, interrompem o prazo para correr qualquer outro
recurso - volta a contar do 0 a partir da intimação do julgamento dos embargos. - Ex. Em
tribunal, juiz prolata decisão contraditória, que concede os danos morais, mas não os
materiais, autor entende que a decisão fere Lei Federal, Réu entra com embargos de
declaração. - Até julgar os embargos, quando for intimado, o réu poderá aí interpor RESP,
mesmo que o autor não tivesse interposto, assim, ED não tem efeito suspensivo, mas
interrompe o prazo para que a parte embargante interponha qualquer recurso. Se o Tribunal
acolhe os embargos, entende que não caberia os danos morais, Autor fez direto o RESP, mas
recorreu apenas da parte da decisão que não condenou o réu em danos materiais - AUTOR
VAI PODER ALTERAR O RECURSO - Já que a decisão recorrida foi modificada!!! - Não
discutirá fatos, tão somente violação da Lei, Autor não sabe que o Réu entrou com ED até
que seja julgado. - 1.024, §4º. - Só poderá alterar o recurso quanto ao que foi modificado
pelos ED. - Impugnada também os danos morais. - Se os ED são rejeitados, ou não
modificam o julgado, o recurso interposto antes da publicação dos ED não precisa ser
ratificado.
Interpõe o RO perante pres. ou vice do tribunal recorrido, com razões para o STJ ou STF.
RESP e REXT - Regulados no CPC a partir do 1.029 - CPC não fala do cabimento, isso é a
CF, CPC fala do procedimento). - RESP cabe quando o acórdão do TJ ou TRF fere lei
federal, ou há divergência de entendimento entre tribunais.
REXT - Decisão de tribunal que fere a Const (STF é guardião) ou entendimento de turma
recursal (Não caberia RESP nesta caso, pois tem que ser decisão do TJ ou TRF).
Ambos tem os mesmos requisitos de admissibilidade dos outros recursos, mas com um “plus”
- Pré-questionamento. - Matéria alegada tem que violar direito (não discutem fato), ou viola
norma federal ou norma constitucional, e se omissa a decisão frente a essas questões, cabe o
ED para suprir o requisito. - AMBOS exigem o ESGOTAMENTO da via recursal - Se a
decisão de 2º grau foi proferida monocraticamente, deverá haver primeiro o agravo interno.
APENAS o Rext exige a REPERCUSSÃO GERAL (matéria discutida transcende os
interesses das partes, importância econômica, social, jurídica).
AMBOS tem duplo juízo de admissibilidade, primeiro o feito pelo pres. ou vice do tribunal
que proferiu a decisão recorrida, frente a quem é interposto o recurso, e depois pelo próprio
STJ/STF. - Recebido o recurso no tribunal recorrido, será intimado o recorrido para oferecer
contrarr (15 dias) - Após, é feito o primeiro juízo de admissibilidade - se o prs. ou vice
inadmite o recurso - Cabe agravo em RESP ou REXT - SALVO se a decisão do pres. ou vice
estiver fundada em julgamento de recurso repetitivo, ou repercussão geral (caberá agravo
interno). - Se o mesmo acórdão fere lei federal e norma constitucional - FAZ OS 2
RECURSOS, da parte que feriu Lei - RESP, da parte que feriu const. - REXT. - Se ambos
forem inadmitidos - da decisão que inadmite o RESP - Agravo em RESP, da decisão que
inadmite o REXT, agravo em REXT. - Vai primeiro para o STJ e depois para o STF -
Interposição de RESP e REXT admitem o juízo de retratação.
EMBARGOS DE DIVERGÊNCIA
Interpostos contra acórdão proferido pelo STJ ou STF, quando a decisão DIVERGE do
entendimento de outro órgão fracionário do próprio tribunal superior que deu a decisão. Ex.
1ª turma do STJ, decide A no meu caso, já a 2ª turma em caso anterior, proferiu entendimento
X - Parte quer aplicar o entendimento X ao seu caso como acórdão paradigma - entra com
Embargos de Divergência.
PROCEDIMENTOS ESPECIAIS
Art. 539 a 770 - Determinadas ações que têm sequência de atos específica. Ex. Ação de
consignação e pagamento, réu não é citado p/ audiência de conciliação.
Busca liberar o devedor que quer cumprir a obrigação, mas ocorre uma situação do artigo 335
do CC - Devedor não quer ficar com a mora ou com os riscos da coisa - faz consignação em
pagamento.
A consignação tem lugar:
I - se o credor não puder, ou, sem justa causa, recusar receber o pagamento, ou dar
quitação na devida forma;
II - se o credor não for, nem mandar receber a coisa no lugar, tempo e condição devidos;
III - se o credor for incapaz de receber, for desconhecido, declarado ausente, ou residir
em lugar incerto ou de acesso perigoso ou difícil;
IV - se ocorrer dúvida sobre quem deva legitimamente receber o objeto do pagamento;
V - se pender litígio sobre o objeto do pagamento.
Ação é intentada pelo devedor, pode ser de coisa ou de quantia em dinheiro. - É possível,
quando a obrigação for de pagar em dinheiro, fazer a consignação extrajudicial em
estabelecimento bancário oficial, ou pode entrar direto com a ação, é escolha do devedor.
Consignação de coisa - Só judicialmente. - mediante ação.
Se fizer extrajudicialmente, e o credor recusa, o devedor deve procurar a via judicial, com a
recusa não fica liberado da obrigação.
Procedimento extrajudicial - Devedor deposita a quantia no banco, no local do pagamento,
credor é cientificado por carta (Com AR, que retorna), que tem 10 dias contados do retorno
do AR para recusar de forma expressa a quantia. - Se co credor concorda - credor levanta a
quantia e devedor esta liberado da obrigação. Se o credor perde prazo, fica inerte - Devedor
está liberado, e a quantia fica à disposição do credor. - Se recusa expressamente dentro do
prazo de 10 dias a contar do retorno do AR - devedor não está desobrigado, deverá entrar
com ação de consignação em pagamento, no prazo de um mês (prazo computado em mês não
é dias úteis), contado da data do depósito - Instruindo a inicial com o comprovante do
depósito e da recusa.
Quanto mais cedo o depósito, melhor - por causa da mora. - Se a ação for julgada procedente,
contará como data do pagamento a data do depósito, se depositou no mesmo dia que o
pagamento deveria ter sido feito, não há mora nenhuma. - Se perder o prazo de um mês, ainda
poderá entrar com a ação, mas o depósito feito no banco ficará sem efeito, à disposição do
devedor. - Neste caso precisa requerer novo depósito na via judicial - Devedor ficará em
mora desde o dia do pagamento, até o dia do depósito na via judicial.
Competência da consignação - Local do Pagamento, considera-se efetuado o pagamento na
data do depósito. (salvo se a demanda for julgada improcedente, se o devedor perde o prazo
de um mês, passa a contar a data do novo depósito).
Prestações sucessivas ou periódicas - Pagamento mensal, ou prestações, não se dá de uma vez
só, vencida uma parcela, e há recusa do credor em receber - NÃO PRECISA fazer uma açãoo
dierente para cada parcela que for vencendo, consignando a primeira, as que forem vencendo
durante o processo, podem ser consignadas, sem maiores formalidades, desde que feitas em 5
dias do vencimento de cada uma (ao invés de depositar pro credor, consigna as parcelas).
Petição Inicial terá requisitos variado conforme o caso fático:
1- Devedor entrou diretamente na via judicial (seja por que é coisa, ou por que quis fazer a
consignação de dinheiro judicialmente, ou ainda porque após feito extrajud. e após a recusa, o
devedor perdeu o prazo de 1 mês). - Será preciso requerer na inicial um pedido de depósito, a
ser efetuado em 5 dias contados do deferimento do Juiz. (Se não for efetuado em 5 dias -
Extinção do processo sem resolução de mérito.
2 - Entrou primeiro extrajudicialmente, mas houve recusa, respeitou o prazo de um mês - Não
será necessário o pedido de depósito, basta requerer a juntada do comprovante e do depósito!
- Aqui o réu (credor) não é citado para audiência de conciliação ou mediação, é citado para
fim específico - contestar ou levantar o depósito!
Contestação do Réu - Alegar que não houve, ou que foi justa a recusa! - Que o depósito não
se efetuou no prazo ou no local do pagamento. - Ou que o depósito não foi integral (nesse
caso o réu precisa indicar o montante que entende devido - Juiz também faculta ao réu fazer a
complementação no prazo de 10 dias. Credor pode levantar a quantia depositada, liberando
parcialmente o devedor, e prosseguindo a ação quanto a quantia controvertida. - Sentença que
concluir que o depósito não é integral, deverá indicar quando possível o montante devido,
assim o credor pode executar nos próprios autos, se for necessário faz a liquidação antes.
Consignação movida por dúvida de quem é o legítimo credor - É preciso na ação colocar
como réu todos os credores - 548 - Se nenhum credor comparecer, depósito se converte em
arrecadação de coisas vagas (coisa que não pertence à ninguem). - Se compareceu um Juiz
decide se terá ou não legitimidade. Se compareceu mais de um, depois de declarado o
depósito e extinta a obrigação, continuando o processo entre os credores em procedimento
comum.
AÇÃO MONITÓRIA
Art. 700 a 702 do CPC - Quando o credor tem prova escrita sem eficácia de título executivo,
para exigir a obrigação do devedor capaz.
Ex. Cheque prescrito, contrato sem assinatura de 2 testemunhas - Não tem como executar.
Não é tão devagar quanto uma ação de cobrança, uma obrigação de fazer que segue
procedimento comum. Mas também não é tão rápida quanto um cumprimento de sentença,
uma execução.
Se o Juiz se convence da idoneidade da prova escrita, já expede mandado de pagamento para
o réu cumprir em 15 dias - Se o réu não cumprir nem oferecer defesa - Já forma título judicial
- Vai p/ cumprimento de sentença.
Súmulas anteriores foram incorporadas ao CPC/15 - Cabe qualquer forma de citação,
inclusive edital, cabe ação monitória contra a FP.
Qualquer obrigação enseja a ação monitória!!! - É preciso ter a prova escrita para ingressar
com a ação!!! - Se negócio foi feito por negócio oral, é possível a redução em termo escrito,
por meio de produção de prova anterior à ação. Ex. 2 testemunhas de um contrato oral - leva
as duas testemunhas para produção antecipada de prova e reduz a prova oral à prova escrita -
381.
Petição Inicial, requisitos - Independentemente do tipo de obrigação, é preciso atribuir seu
valor. Ex. Valor da quantia atualizada com memória de cálculo se a obrigação for de pagar
quantia certa. Entregar coisa fungível, infungível, móvel ou imóvel - Indicar o valor atual da
coisa reclamada, ou o proveito econômico ou conteúdo patrimonial da obrigação de fazer/
não fazer. - Se não tiver, indefere a inicial, além dos outros requisitos da petição inicial (330).
Credor ingressa com a prova escrita - 3 possibilidades - 1. indeferir a inicial, 2. intimar o
autor para emendar a inicial e adaptar ao procedimento comum (Juiz precisa se convencer da
prova escrita para expedir o mandado, se não se convencer, não é caso de indeferimento -
manda pro procedimento comum), 3. JUiz se convence da idoneidade, segue o procedimento
especial do 701 - Juiz manda expedir mandado para o réu cumprir a obrigação no prazo de 15
dias, se cumprido, benefício de honorários taxativos em 5%, e não precisa recolher custas!!! -
ou então oferece EMBARGOS MONITÓRIOS no mesmo prazo de 15 dias para
cumprimento da obrigação.
MEIO DE DEFESA DA AÇÃO MONITÓRIA - EMBARGOS MONITÓRIOS.
Se o réu não toma nenhuma dessas atitudes - Inerte - Forma-se o título executivo judicial,
independente de qualquer formalidade!!! - Vai para o cumprimento de sentença. - Caberá
para o réu ação rescisória nesta hipótese. Se o réu for a FP e ficar inerte, antes da formação
do título judicial, observa-se a remessa necessária do 496!!!
916 - No prazo dos embargos à execução o executado pode ao invés de entrar com ED,
parcelar o débito (adianta 30% e o resto em até 6 parcelas). - SE APLICA À AÇÃO
MONITÓRIA.
Embargos Monitórios - 702 - Vão ser nos mesmos autos, e independe de garantia do juízo
(mesmo prazo de 15 dias do cumprimento). - Matéria de defesa é a mesma do procedimento
comum - Ilegitimidade, inexistência do débito, etc… - MAS se alegar excesso de cobrança,
réu deve indicar o valor correto e demonstrativo discriminado e atualizado do débito. - Se não
cumprir e o excesso de cobrança for o único argumento de defesa - Rejeição liminar dos
embargos, se houver outras matérias de defesa, Juiz recebe os embargos mas não analisa o
excesso de cobrança!
Uma vez opostos os embargos a decisão de cumprimento (em 15 dias) fica suspensa até o
julgamento em primeiro grau. Autor fica intimado para responder aos embargos monitórios
em 15 dias. - EMBARGO MONITÓRIO TEM EFEITO SUSPENSIVO.
É permitida a RECONVENÇÃO na Ação Monitória (mas não pode reconvenção da
reconvenção) - Se os embargos forem parciais - Juiz pode autuar em apartado - Gera o título
em relação à parcela incontroversa, e continua o litígio pela parcela controvertida.
MULTAS - Quando o autor ajuíza de maneira indevida a ação monitória, ou quando o réu de
má-fé oferece os embargos - Até 10% do valor da causa.
Tem que haver processo em andamento, que causou constrição ou ameaça de constrição de
bem de terceiro. Para desfazer ou inibir a constrição, deve fazer os embargos de 3º - Pode ser
oferecido no processo de conhecimento. Ex. Ação de cobrança. - Embargos podem ser
preventivos (inibir) ou repressivos (desfazer).
Situações - 1- Cônjuge ou companheiro da parte, defendendo bens próprios ou meação. Ex.
Bem comum do casal é penhorado, por processo onde o marido é o executado - Esposa pode
defender sua meação com embargos de terceiro. Se bem particular da mulher for penhorado -
pode defender pelos embargos de 3º também. - Quando defende a meação, precisa observar o
843 - Se o bem for indivisível - Embargos neste caso, não impedem a contrição,
resguarda apenas a meação em relação ao produto da alienação do bem indivisível.
2- Adquirente que perdeu seu bem pois a alienação foi considerada fraude à execução - 792 -
Venda é declarada ineficaz - Adquirente está perdendo seu bem, volta o bem para pagar o
exequente.
3- Quem sofre constrição de bens por conta de desconsideração da personalidade jurídica,
caso não tenha participado do incidente. - Ex. Sócio A não foi citado, não participou do
incidente, se tiver constrição de seus bens particulares - pode se defender por embargos de 3º.
4- Credor de garantia real, para impedir a expropriação judicial do objeto da garantia, caso
não tenha sido intimado dos atos de expropriação.
Requisitos - Demonstrar a condição de terceiro e a prova sumária da posse (caso seja terceiro
possuidor), e seu domínio caso seja proprietário, arrolando documentos e rol de testemunhas -
prova da posse documental pode ser difícil, por isso é facultado produzir prova da posse em
audiência preliminar, designada pelo juiz.
Partes - 677, §4º - Embargante: é o terceiro, Embargado: quem se beneficia com o ato de
constrição. - Se o bem constrito foi indicado pelo executado/devedor!!! - Causa o
litisconsórcio passivo dos adversários da ação que gerou a constrição (Ex. Executado e credor
da ação de execução, ambos no polo passivo dos embargos de terceiro.) - Se o embargado
constituiu advogado na ação que deu inicio a constrição, será normalmente citado, caso não
tenha, citação pessoal (geralmente vai ser o réu da ação de início, pois o autor precisa de
advogado para entrar com a ação).
Art. 678 - Liminar específica nos embargos de terceiro - Permite que o terceiro pagante peça
a reintegração provisória, ou a manutenção provisória da posse - Constrição é perder ou
ameaça de perder - Juiz pode condicionar a ordem de manutenção ou reintegração provisória
à caução do juízo.
De regra não tem audiência, embargado é citado para oferecer contestação aos embargos em
15 dias, findo o prazo, segue o procedimento comum.
680 - Embargante quando é credor com garantia real - Devedor que indicou o bem para
penhora - Embargado é citado para apresentar contestação - As única coisas que se podem
alegar nessa hipótese, é: 1- que o devedor comum é insolvente, alega que deve ser mantido o
bem constrito, pois o devedor comum, tanto do embargante quanto do embargado, é
insolvente e não tem bens para pagar a dívida.
2- Título é nulo ou não obriga terceiros. - Embargante afirma ter garantia real, mas caso isso
não tenha sido averbado no registro do imóvel, não será oponível a terceiros (no caso o autor
da ação inicial), Basicamente o embargado alega que não tinha como saber da garantia, ou
porque é nula, ou porque não foi dada publicidade, ou porque a garantia é sobre outro bem.
681 - Se procedentes os embargos, caso já feita a constrição, será cancelado o ato, e se
mantém o terceiro no bem, ou é reintegrado, de forma definitiva.
Hoje é procedimento especial, assim como nos embargos de terceiro - É preciso ter um
processo em curso, e também é forma de defesa de um terceiro - Na Oposição o terceiro
entende que a coisa disputada no processo não pertence nem ao autor, nem ao réu, e sim a ele
(terceiro). - Terceiro oferece Oposição contra AMBOS - Terceiro é opoente e autor e réu são
opostos - Prazo - Até a sentença do processo principal (e não até o transito como nos E3).
Competência - Distribuição por competência, Opoente pede para distribuir para a mesma vara
do processo inicial.
Basta que o Terceiro seja proprietário apenas em parte - SEMPRE oferecerá oposição
CONTRA AMBOS.
Ação de ex. contas - Só pode ser movida por aqueles que tem direito de exigir contas de
outrem. Ex. Pessoa outorga poderes para que outra faça a administração de seus bens, como
apartamentos alugados por exemplo. - Administrador rece a receita e paga as despesas, além
de fazer investimentos - AMPLOS PODERES - Se o outorgado deixa de prestar as contas, ou
se o proprietário encontra o patrimônio de maneira diversa da que deixou. - Pode mover ação
de exigir contas - É possível que não seja pelo procedimento especial - Hoje é APENAS
quem tem o direito de EXIGIR que pode mover.
Procedimento: Movida por quem tem direito de exigir - Traz as razões que fundamentam a
necessidade de exigir contas, de forma detalhada, com documentos comprobatórios - Réu
dessa ação é citado para, em 15 dias, prestar as contas, ou oferecer contestação. - Se prestar
as contas, o autor é intimado para se manifestar (15 d) - Autor poderá impugnar as contas,
MAS NÃO PODE SER DE MANEIRA GENÉRICA - Deve dizer qual lançamento
específico não concordou. - 55 §2º.
Se o réu contestar. Ex. alega que não tem obrigação de prestar contas, ou se fica inerte - Juiz
que diz se o réu deve ou não prestar as contas. - Se julgar procedente este pedido procedente,
entender que o réu deve prestar contas - SERÁ UMA DECISÃO INTERLOCUTÓRIA DE
MÉRITO. - Inicia a segunda fase do processo - de prestação das contas em si.
Se o Juiz entende que o réu não deve prestar contas - Aqui é sentença e caberá apelação.
Mas se julga procedente o processo continua.
Se o réu fica inerte - 355 - Julgamento antecipado do mérito.
Ação tem 2 objetivos - Pode ser apenas para que apresente as contas, como também para
determinar a existência de SALDO. - Réu presta contas, ou ainda, não apresenta e o autor
apresenta em seu lugar. Ao final da segunda faso o Juiz julga AS CONTAS EM SI - Se foi
verificado um rombo, uma divergência nas contas, a diferença, o saldo, deve ser ressarcido -
Dentro do procedimento o Juiz apura o saldo e gera título executivo para o autor exigir.
AÇÕES POSSESSÓRIAS: