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J. Roberto S. Nascimento
Objetivos da Aula
• Definir limite de funções;
1 Velocidade Instantânea
Considere o seguinte problema:
Exemplo 1. Uma bola é solta a partir do ponto de observação no alto da Torre CN, em Toronto, 450 m
acima do solo. Desprezando a resistência do ar, encontre a velocidade da bola após 5 segundos.
Solução: De acordo com a Lei de Galileu, temos que a posição da bola s(t), medida em metros, e em
função do tempo t, medido em segundos, é dada pela equação:
s(t) = 4, 9t2 .
A partir desses dados, conseguimos notar que sempre que os intervalos de tempo em torno de t = 5
ficam cada vez menores, as velocidades médias se aproximam da velocidade 49m/s. Então, esperamos que
exatamente em t = 5 segundos, a velocidade seja cerca de 49m/s.
Definimos a velocidade instantânea no instante t0 , como sendo o número real para o qual os valores
das velocidades médias se aproximam, sendo essas calculadas em intervalos de tempo cada vez menores,
começando em t0 . No caso do nosso exemplo, a velocidade instantânea da bola, no instante t = 5, é de
49m/s.
Dizer que tomamos intervalos de tempo cada vez menores e próximos de um instante t0 , pode ser
escrito como t → t0 (Lê-se: t tende a t0 ). Na próxima seção, utilizaremos as noções discutidas aqui para
determinarmos o limite de uma função.
1
Cálculo I Aula no 01
x f (x) x f (x)
0, 9 1, 9 1, 1 2, 1
0, 99 1, 99 1, 01 2, 01
0, 999 1, 999 1, 001 2, 001
0, 9999 1, 9999 1, 0001 2, 0001
Observando os valores encontrados nas tabelas, podemos conjecturar que, quando x se aproxima de 1,
os valores de f (x) se aproximam de 2, e assim, escrevemos:
x2 − 1
lim = 2.
x→1 x − 1
x f (x) x f (x)
0, 9 2, 31 1, 1 1, 71
0, 99 2, 0301 1, 01 1, 9701
0, 999 2, 003001 1, 001 1, 997001
0, 9999 2, 00030001 1, 0001 1, 99970001
podemos observar que, quando x se aproxima de 1, f (x) assume valores muito próximos de 2. Desse modo,
podemos intuir que
lim (x2 − 5x + 6) = 2.
x→1
x−1
Exemplo 4. Estime o valor de lim .
x→1 x2 − 1
x−1
Solução: Observe que a função f (x) = não está definida em x = 1. Então, como fizemos antes,
x2 − 1
vamos considerar pontos próximos de 1. E assim, obtemos as seguintes tabelas:
x f (x) x f (x)
0, 9 0, 526316 1, 1 0, 476190
0, 99 0, 502513 1, 01 0, 497512
0, 999 0, 500250 1, 001 0, 499750
0, 9999 0, 500025 1, 0001 0, 499975
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Cálculo I Aula no 01
x−1
Figura 1: Gráfico da função f (x) =
x2 − 1
sen x
Exemplo 5. Faça uma estimativa para lim .
x→0 x
sen x
Solução: Primeiro, note que f (x) = é par, pois
x
sen(−x) − sen x sen x
f (−x) = = = = f (x).
−x −x x
Logo, utilizando o fato de f (x) ser par e uma calculadora, construímos a seguinte tabela:
x f (x)
±1, 0 0, 84147098
±0, 5 0, 95885108
±0, 4 0, 97354586
±0, 3 0, 98506736
±0, 2 0, 99334665
±0, 1 0, 99833417
±0, 05 0, 99958339
±0, 01 0, 99998333
±0, 005 0, 99999583
±0, 001 0, 99999983
Deste modo, podemos inferir que
sen x
lim = 1,
x→0 x
e essa afirmação pode ser vista no gráfico de f abaixo:
senx
Figura 2: Gráfico da função f (x) =
x
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Dessa forma, podemos propor uma definição “intuitiva” de limite, como segue:
Definição 1 (Definição Intuitiva (Imprecisa) de Limite ). Suponha que f (x) esteja definida quando x
está próximo de p (Isso significa que f está definida em algum intervalo aberto que contenha p, exceto
possivelmente no próprio p). Então escreveremos:
lim f (x) = L,
x→a
e diremos
“o limite de f (x) quando x tende a p é L”,
se pudermos tornar os valores de f (x) arbitrariamente próximos de L (tão próximos de L quanto quisermos),
tornando x suficientemente próximo de p (por ambos os lados de p), mas não igual a p.
Observação 1. Podemos também utilizar a notação
f (x) → L se x → p,
Veremos no exemplo a seguir que esta definição proposta NÃO é adequada para o que queremos, sendo
necessária uma definição que exija “um pouco mais” do comportamento da função.
π
Exemplo 6. Analise lim sen .
x→0 x
π
Solução: Note que f (x) = sen não está definida em x = 0. Então, procedendo como anteriormente,
x
utilizamos a seguinte tabela:
x f (x)
1 0
0, 1 0
0, 01 0
0, 001 0
0, 0001 0
0, 0000001 0
π
Dessa forma, pela definição que propusemos, teríamos que lim sen = 0. Mas, observando as
x→0 x
tabelas a seguir,
x f (x) x f (x)
2/101 = 0, 19801... 1 2/103 = 0, 19417... −1
2/1001 = 0, 001998... 1 2/1003 = 0, 001994... −1
2/10001 = 0, 00019998... 1 2/10003 = 0, 00019994... −1
2/100001 = 0, 0000199998... 1 2/100003 = 0, 0000199994... −1
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Solução: Para determinarmos o limite pedido, notamos, intuitivamente, que se tomarmos x próximo de 3,
mas x 6= 3, temos que lim f (x) = 5. Porém, buscamos um modo de verificar essa afirmação, e assim tornar
x→3
mais precisas as frases “x suficientemente próximo de p” e “f (x) arbitrariamente próximo de L” contidas na
definição 1.
Sendo assim, devemos nos fazer a seguinte pergunta:
“Quão próximo de p deve estar x, para que f (x) difira de L por menos de uma quantidade pré-fixada?”
“Quão próximo de 3 deve estar x, para que f (x) difira de 5 por menos de uma quantidade pré-fixada?”
Quando falamos de proximidade de dois números, falamos de distância entre eles, que é justamente o
módulo da diferença entre os mesmos, ou seja, nossa indagação pode ser reescrita como o seguinte problema:
Fixado um ε > 0 arbitrário, é possível encontrar um número δ > 0 tal que, todo x ∈ Df que
satisfaça a desigualdade 0 < |x − p| < δ garanta que |f (x) − L| < ε?
Fixado um ε > 0 arbitrário, é possível encontrar um número δ > 0 tal que, todo x ∈ Df que
satisfaça a desigualdade 0 < |x − 3| < δ garanta que |f (x) − 5| < ε?
A partir desse momento, vamos analisar o exemplo dado. Suponha que ε = 0, 1. Ou seja nosso
questionamento agora é: exibir δ > 0 tal que
Mas e se tomássemos ε = 0, 01? Afirmamos que δ = 0, 005 serviria ao nosso propósito (Verifique!). E
se ε = 0, 001? (Conjecture você e verifique).
Observe, no entanto, que para respondermos positivamente à questão principal, precisaríamos garantir
que, dado um ε > 0 arbitrário, é possível exibir um δ > 0 (que certamente dependerá de ε) que garanta
que
0 < |x − 3| < δ ⇒ |f (x) − 5| < ε.
ε
Afirmamos então que, dado um tal ε > 0 arbitrário, basta que tomemos δ = ! De fato, observe que:
2
ε ε ε
0 < |x − 3| < ⇒ − <x−3<
2 2 2
⇒ ε < 2x − 6 < ε
⇒ |(2x − 1) − 5| < ε,
como gostaríamos.
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ε
A questão que se coloca agora, é: como sabíamos (ou suspeitávamos) que δ = serviria ao nosso
2
propósito? Estimar um tal δ, geralmente é uma tarefa difícil, mas no caso deste nosso exemplo, uma
simples manipulação algébrica nos dá a indicação. Observe:
|(2x − 1) − 5| < ε ⇔ |2x − 6| < ε
⇔ |2|.|x − 3| < ε
ε
⇔ |x − 3| < .
2
ε
Então, encontramos que δ = servirá!
2
Desse modo, podemos definir limite de maneira mais precisa, através da seguinte definição:
Definição 2 (Limite de Uma Função). Seja f uma função definida em um intervalo aberto que contenha
o número p, exceto possivelmente no próprio p. Então, dizemos que o limite de f quando x tende a a
é L, e escrevemos
lim f (x) = L,
x→p
se sempre que tomarmos valores para x suficientemente próximos de p, mas não iguais a p, pudermos tornar
os valores de f (x) tão próximos de L quanto quisermos, isto é, dado um número ε > 0, existe um número
δ > 0 (que certamente dependerá de ε) tal que
se x ∈ Df , 0 < |x − p| < δ então |f (x) − L| < ε.
Um fato importante a ser destacado na Definição 2 é a frase: “x for suficientemente próximo de p, mas
não igual a p”, pois f nem sequer precisa estar definida em p para que se tenha o limite L (e o exemplo
2 ilustra esse fato), pois o que importa é o comportamento de f próximo ao ponto p. Nos gráficos abaixo
podemos destacar três situações em que o limite L de f , quando x tende a p, existirá:
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0 < |x − p| < δ
−δ < x − p < δ, x 6= p
p − δ < x < p + δ, x 6= p,
mostrando que x pertence ao intervalo aberto (p − δ, p + δ), mas x 6= p. E ainda
|f (x) − L| < ε
−ε < f (x) − L < ε
L − ε < x < L + ε,
mostrando que f (x) pertence ao intervalo aberto (L−ε, L+ε). Desse modo, podemos reescrever a definição
2 como:
Definição 3. A expressão lim f (x) = L significa que, para qualquer ε > 0, podemos encontrar δ > 0 tal
x→p
que, se x ∈ Df e x ∈ (p − δ, p + δ), x 6= p, então f (x) ∈ (L − ε, L + ε).
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Exemplo 8. Vamos mostrar que lim c = c (O limite da função constante é a própria constante).
x→p
|f (x) − c| = |c − c| = 0 < ε,
para qualquer ε > 0. Logo, podemos escolher δ como sendo qualquer número real positivo.
(i) Conjectura sobre o valor de δ. Suponha que existe δ tal que, se 0 < |x−p| < δ, então |f (x)−p| < ε.
Sendo assim,
|f (x) − p| = |x − p| < ε.
Assim, escolheremos δ = ε.
Contudo, provar a existência de limites pela definição não é um trabalho muito fácil na maioria das vezes,
e necessita de resultados mais elaborados, além de que foge ao objetivo de um curso inicial de cálculo 1.
Pensando nisso, exibiremos nas próximas seções alguns resultados que podem facilitar o cálculo de limites.
existam, então:
1. lim [f (x) ± g(x)] = lim f (x) ± lim g(x). (O limite da soma é a soma dos limites)
x→p x→p x→p
2. lim [cf (x)] = c lim f (x). (O limite do produto de uma função por uma constante é o produto da
x→p x→p
constante pelo limite da função);
3. lim [f (x).g(x)] = lim f (x) · lim g(x). (O limite do produto é o produto dos limites);
x→p x→p x→p
lim f (x)
f (x) x→p
4. Se g(x) 6= 0 e lim g(x) 6= 0, então lim = . (O limite do quociente é o quociente dos
x→p x→p g(x) lim g(x)
x→p
limites).
Exemplo 10. Utilizando as propriedades dos limites, verifique que lim x2 = p2 , para qualquer p ∈ R.
x→p
Solução: Sabemos, pelo exemplo 9, que lim x = p. Logo, tomando f (x) = x e g(x) = x, segue da
x→p
propriedade (4) que
lim x2 = lim (x · x) = lim x · lim x = p.p = p2 .
x→p x→p x→p x→p
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lim x2 = 22 = 4,
x→2
lim x = 2,
x→2
lim 10 = 10.
x→2
Segue que
x2 − 1
Exemplo 12. Calcule lim .
x→−5 x2 + 1
e que,
lim x2 + 1 = lim x2 + lim 1 = (−5)2 + 2 = 25 + 1 = 26 6= 0.
x→−5 x→−5 x→−5
Então,
lim x2 − 1
x2 − 1 x→−5 24 12
lim 2 = 2 = = .
x→−5 x + 1 lim x + 1 26 13
x→−5
Até agora, os os valores de lim f (x) coincidiram com f (p), e os métodos para calcular limite apresen-
x→p
tados até aqui utilizam muito esse fato. Contudo, existem exemplos em que o limite existe, mesmo que a
função não esteja definida no ponto p (Veja o exemplo 2).
x2 − 1
Exemplo 13. Retornemos ao exemplo 2. Sabemos que f (x) = não está definida em x = 1 e,
x−1
intuitivamente, sugerimos que lim f (x) = 2, porém é necessário verificarmos essa afirmação. Para isso,
x→1
notamos um padrão na tabela apresentada no mesmo exemplo
x f (x) x f (x)
0, 9 1, 9 = 1 + 0, 9 1, 1 2, 1 = 1 + 1, 1
0, 99 1, 99 = 1 + 0, 99 1, 01 2, 01 = 1 + 1, 01
0, 999 1, 999 = 1 + 0, 999 1, 001 2, 001 = 1 + 1, 001
0, 9999 1, 9999 = 1 + 0, 9999 1, 0001 2, 0001 = 1 + 1, 0001
o que sugere alguma relação entre as funções f e g(x) = x + 1. Observando os dois gráficos
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x2 − 1
(a) Gráfico da função f (x) = (b) Gráfico da função g(x) = x + 1
x−1
x2 −1
Figura 7: Comparações dos gráficos das funções f (x) = x−1 e g(x) = x + 1.
podemos notar que, nos pontos próximos de 1, as duas funções assumem os mesmos valores, isto é,
f (x) = g(x) para x próximos de 1. A diferença está no fato de que g está definida em x = 1, e
Então, o limite de g coincide com o limite que sugerimos ser o de f . Isto se dá pelo seguinte teorema
Teorema 2. Sejam f e g duas funções. Se existir δ > 0 tal que f (x) = g(x) para a − δ < x < a + δ,
x 6= a e se lim g(x) existir, então lim f (x) também existirá, e
x→a x→a
Isto é, quando a função f não estiver definida no ponto p, mas existir uma função g que seja igual a f
nos pontos vizinhos de p e que possua limite quando x tende a p, então o limite de f quando x tende a p
existe e coincide com o limite de g, quando x tende a p.
Exemplo 14. Calcule:
x2 − 4
lim .
x→2 x − 2
lim x − 2 = 0.
x→2
Então, vamos tentar utilizar o Teorema 2. Desse modo, devemos encontrar uma função g(x) tal que
f (x) = g(x) em todo ponto próximo de 2, tal que lim g(x) exista. Pela definição da função f , notamos
x→2
que
2
x −4 (x − 2)(x + 2)
f (x) = = .
x−2 x−2
Como consideramos pontos x próximos de 2, mas diferentes de 2, então temos que x − 2 6= 0. Dessa forma,
podemos fazer:
x2 − 4 −2)(x
(x + 2)
= = x + 2, x 6= 2.
x−2 x−
2
Logo, considerando g(x) = x + 2, temos que f (x) = g(x) para todos os pontos próximos de 2, exceto o 2.
Sabemos que lim (x + 2) = 4. Então, pelo Teorema 2, temos que
x→2
x2 − 4
lim = lim x + 2 = 4.
x→2 x − 2 x→2
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3 Funções Contínuas
Definição 4. Uma função f : Df → R é contínua em p ∈ Df se
lim f (x) = f (p).
x→p
Observação 2. Para que f seja contínua em p ∈ Df , devem ser satisfeitas as seguintes condições:
(1) lim f (x) existe
x→p
Exemplo 15. As funções f, g : R → R, dadas por f (x) = c e g(x) = x, são contínuas em todo a ∈ R.
Solução: Seja a um número real qualquer. Então
lim f (x) = lim c = c = f (a).
x→a x→a
E também
lim g(x) = lim x = a = g(a).
x→a x→a
Logo, as funções constante e identidade são contínuas.
Observação 3. Uma função é contínua se ela é contínua em todos os pontos de seu domínio.
Geralmente, podemos reconhecer o gráfico de uma função contínua como sendo um gráfico que possamos
traçá-lo em cada intervalo do seu domínio “sem tirar o lápis do papel”.
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(i) Polinomiais;
(ii) Racionais;
(iii) Exponenciais;
(iv) Trigonométricas;
(v) Potências;
(vi) Logarítmicas.
3x2 + 2x
(b) lim ;
x→3 5x − 10
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(g) lim ln x.
x→25
Solução: Utilizando o teorema 3, sabemos que todas essas funções são contínuas, isto é, os valores dos
limites coincidirão com os valores das funções nos pontos. Portanto:
3x2 + 2x
(b) Fazendo f (x) = , temos que 5.3 − 10 = 5 6= 0. Logo, 3 ∈ Df . Dessa forma,
5x − 10
(g) lim ln x = ln 25 = ln 52 = 2 ln 5.
x→25
x2 + ln x − 6 sen x
(b) lim ;
x→5 x2 − 16x
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2x − cosx + 1
(c) lim ;
x→0 2x − 1
(d) lim ex (tg x + sec x);
x→2π
Solução:
(a) Escrevendo
x2 − 6x + 2 f (x)
h(x) = 3
= ,
x − 4x + 5 g(x)
onde
f (x) = x2 − 6x + 2 e g(x) = x3 − 4x + 5,
podemos entender f (x) e g(x) como soma de funções
dadas por:
f1 (x) = x2 g1 (x) = x3
f2 (x) = −6x g2 (x) = −4x
f3 (x) = 2 g3 (x) = 5
Note que as funções f1 (x), f2 (x),f3 (x), g1 (x), g2 (x) e g3 (x) são contínuas. Então, pelo Teorema 4
(i), temos que f (x) e g(x) são contínuas. Sendo assim,
e
lim g(x) = (−2)3 − 4.(−2) + 5 = 5.
x→−2
Os próximos limites serão calculados diretamente, sem explicitar todos os passos do cálculo.
(b) Considere
x2 + ln x + −6 sen x f (x)
h(x) = 2
= .
x − 16x g(x)
Note que f (x) e g(x) são funções contínuas, pois são soma e diferença de funções contínuas. Agora,
perceba que
g(5) = 52 − 16.5 = 25 − 80 = −55 6= 0
Logo, pelo teorema 4 (v), temos que
g(0) = 2.0 − 1 = −1 6= 0,
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(d) Consideremos
h(x) = ex (tg x + sec x) = f (x).g(x),
onde f (x) = ex e g(x) = (tg x + sec x). Como f (x) e g(x) são contínuas, então segue do teorema
4(iv), que
lim ex (tg x + sec x) = e2π (tg(2π) + sec(2π)) = e2π (0 + 1) = e2π .
x→2π
em que f (x) = x2 − 6x, g(x) = 3x − 5 e h(x) = x − 10. Note que f (x), g(x) e h(x) são contínuas,
pois são soma de funções contínuas. Logo, segue do teorema 4(iv), que
lim (x2 − 6x)(3x − 5)(x − 10) = (32 − 6.3)(3.3 − 5)(3 − 10) = (−9).4.(−7) = 252.
x→3
lim x − 3 = 0.
x→3
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1
= lim √ √ √ √
x→2 ( 3 x)2 + 3 x 3 2 + ( 3 2)2
1
= √ .
334
(c) Utilizando os teoremas 2 e 4, obtemos que
√ √ √ √ √
x− 1 ( x − 1)( 2x + 3 + 5)
lim √ √ = lim √ √
x→1 2x + 3 − 5 x→1 ( 2x + 3)2 − ( 5)2
√ √ √
( x − 1)( 2x + 3 + 5)
= lim
x→1 2x + 3 − 5
√ √ √
( x − 1)( 2x + 3 + 5)
= lim
x→1 2x − 2
√ √ √
( x − 1)( 2x + 3 + 5)
= lim
x→1 2(x − 1)
√ √ √
x−1 2x + 3 + 5
= lim lim .
x→1 x − 1 x→1 2
Agora, note que
√ √
x−1 x−1
lim = lim √ √
x→1 x−1 x→1 ( x)2 − ( 1)2
√
x−1
= lim √ √
x→1 ( x − 1)( x + 1)
1
= lim √
x→1 x+1
1
= ,
2
e √ √ √ √ √
2x + 3 + 5 2.1 + 3 + 5 2 5 √
lim = = = 5.
x→1 2 2 2
Logo, √ √ √
x− 1 5
lim √ √ = .
x→1 2x + 3 − 5 2
Resumo
Faça um resumo dos principais resultados vistos nesta aula, destacando as definições dadas.
Aprofundando o conteúdo
Leia mais sobre o conteúdo desta aula nas seções 2.1 a 2.5 do livro texto.
Sugestão de exercícios
Resolva os exercícios das 2.1 a 2.5 do livro texto.
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