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I.

INTRODUÇÃO
Como é feito o ensaio de granulometria? Qual resultado esperar destes ensaios para a curva
granulométrica? A análise granulométrica consiste na determinação das partículas que
constituem as amostras. Determinar as dimensões das partículas e suas proporções relativas de
ocorrência de forma a se obter o traçado da curva granulométrica de um determinado solo.
O relatório apresentado é importante para entender como é feito o processo para determinar o
tipo de um solo. Nele contém as etapas para descobrir o solo ensaiado. Para isso, são feitos os
seguintes ensaios: O ensaio de granulometria.
II.Objectivos
II.I. Objectivos gerais
 Conhecer as características físicas do solo;
 Reduzir o volume dos vazios.

II.II. Objectivos específicos


 Executar os ensaios CBR;
 Determinar as variáveis resultantes do ensaio;
 Avaliar o grau de Resistência de um solo compactado;
 Conhecer a distribuição granulométrica do agregado;
 Aplicar o ensaio granulométrico;
 Apresentar os cálculos respetivos dos ensaios e representa-los através de uma curva;
 Permitir quantificar o tamanho dos grãos do solo.
1. Preparação de amostras do solo
1.1. Objetivo
 Recolher amostras para os ensaios de
I. Teor de humidade.
II. Analise granulométrica.
III. Ensaio de compactação (CBR).

1.2. Recolha da amostra


Amostragem é o procedimento de coletar amostra de terra, de modo que esta amostra seja a
mais representativa do terreno onde vai ser implantada a obra.
Amostra representativa é definida como uma pequena quantidade ou um subconjunto de algo
maior.

1.2.1. Importância da recolha de amostra


 Conhecer o solo, antes da implantação da obra;
 Conhecer a sua capacidade de resistência;
 O seu teor de humidade.

1.3. Tipos de amostras


 Amostras deformadas e Indeformadas.

1.3.1. Amostras deformadas


Conservam todos os constituintes minerais do solo, inclusive, se possível, sua humidade natural,
mas não conservam sua estrutura original que é alterada pelo processo de extração.

1.3.2. Amostras indeformadas


Conservam todos os constituintes minerais do solo, inclusive, se possível, sua humidade natural,
mas não conservam sua estrutura original que é alterada pelo processo de extração.

1.3.3. Método de recolha


Sua coleta é feita pela cravação (e posterior retirada) de um cilindro metálico no solo, ou pela
escultura de uma forma prismática (como o cubo), executada no local de amostragem. Cuidados
especiais com seu acondicionamento para transporte até o laboratório onde serão analisadas são
tomados para evitar perda de umidade e deformação (incluindo ruptura) da amostra. Esses
detalhes incluem o uso de sacos plásticos, banho de parafina, forma de recipientes para
transporte, material de acondicionamento, etc.
1.4. Preparação da amostra
1.4.1. Aparelhagem utilizada (para preparação com secagem previa)
 almofariz com mão de gral recoberta de borracha;
 repartidor de amostras;
 balança com capacidade até 20 kg, sensível a 1 g;
 peneira de malha quadrada de 75 mm;
 peneira de malha quadrada de 4,75 mm (peneira nº 4);
 peneira de malha quadrada de 2 mm (peneira nº 10);
 tampa e fundo para o conjunto de peneiras;
 bandejas galvanizadas, com 50x30x6 cm.

NB: Nas peneiras mais finas, existe uma dupla nomenclatura. Quando uma peneira é designada
pelo número, esse número se refere a quantidade de malhas por polegada.

1.4.2. Preparação com secagem previa

Passos utilizados para a preparação da amostra

NB: Com a amostra (mínimo de 10 kg), procede-se do seguinte modo:

1º. Espalhar toda a amostra de solo em uma ou mais bandejas ou tabuleiros, colocando-as em
local bem ventilado a fim de permitir a evaporação das águas livres nela existentes.

O ambiente de laboratório é preferível, com ventiladores para circular ar sobre a amostra.


Também se recomenda o uso de lâmpadas infravermelhas colocadas a cerca de 50 cm da
amostra. No caso de solos predominantemente argilosos, recomenda-se um destorroamento
contínuo, à medida que a amostra perca água, a fim de evitar a formação de aglomerados de
argila seca, de desagregação difícil. Embora algumas normas mencionem secagem ao sol, solos
orgânicos podem ser alterados por calcinação, se forem assim desidratados.

2º. Fazer uma homogeneização cuidadosa após essa secagem prévia, destorroando com a mão de
gral.

3º. Separar a amostra em quatro frações, por peneiramento: a - fração retida na peneira de 75
mm; b - fração que passa na peneira de 75 mm e fica retida na peneira nº 4 (4,75 mm); c -
fração que passa na peneira Nº4 e fica retida na peneira nº10 (2,0 mm); d - fração que passa na
peneira nº 10 3.4 usando o almofariz e a mão de gral, desmanchar os torrões existentes em cada
fração, isoladamente, com o cuidado de não triturar partículas individuais.

O solo foi separado em frações para facilitar esta operação de desagregação, e garantir uma
rigorosa eliminação de torrões (também chamados grumos).

4º. reunir as frações já desagregadas, homogeneizando-as (primeiro com as mãos e a seguir pela
dupla passagem no repartidor de amostras). Nenhuma fração poderá ser descartada.

Terminadas estas operações, a amostra está pronta para dela serem tomadas partes para a
execução dos diversos ensaios.

Cada “parte” retirada da amostra total também é chamada amostra (ou amostra parcial), e a
quantidade de material difere para cada tipo de ensaio. Toda amostra, para qualquer ensaio, deve
ser representativa. Para evitar tendências, a quantidade requerida para estas amostras (parciais)
deve ser sempre obtida por quarteamento ou pelo uso repetido do repartidor de amostras. Por
exemplo: temos uma amostra de dez (10) kg. e necessitamos pelo menos 250 g para executar um
determinado ensaio. Ao passar toda a amostra (já homogeneizada) pelo repartidor, teremos duas
porções de 5 kg, aproximadamente. Passando uma destas pelo repartidor, obtemos duas de 2,5
kg, repetindo tal procedimento, obtemos amostras em torno de 1,25 Kg, 600 g, e finalmente 300
g, que é quantidade suficiente para executar o ensaio.

Deve ser dedicada atenção especial à homogeneização da amostra total, que é feita antes da
retirada de amostras para ensaios específicos. A vibração produzida por transporte ou
movimentação dos recipientes pode provocar segregação de partículas de tamanhos diferentes,
demoras podem criar diferenças na umidade de setores da amostra, etc. Retirar uma pequena
amostra sem ter garantido a homogeneidade da amostra total pode produzir (e frequentemente o
faz) amostras tendenciosas. Frações da amostra total em que tenha havido separação por
peneiramento (fracionamento) e que não sejam utilizadas, devem ser jogadas fora e nunca
juntadas de novo à amostra original.
1.4.3. Condições para que uma amostra seja representativa

 Ter sido colhida corretamente* de outra amostra representativa;


 Ter tamanho suficiente para o fim a que se destina.

No caso de amostra previamente preparada, a homogeneização antes da coleta é obrigatória.

Amostras indeformadas não podem ter preparação, que as deformaria. Também não se faz
preparação de amostras que deverão descrever a estrutura do solo, construída em um trabalho de
campo

1.5. Materiais usados em todos ensaios

Os materiais usados em todos ensaios são:

 Balança de precisão;
 Recipientes metálicos com e sem tampa;
 Estufa elétrica capaz de manter temperatura de 105ºC a 110ºC;
 Balança;
 Serie de peneiras (4, 10, 20, 40, 60, 80, 140, 200);
 Estufa;
 Proveta;
 Almofariz e mão com borracha;
 Perneira n°.4 (4,8mm);
 Molde cilíndrico de 1000 cm³, com base e colarinho;
 Soquete cilíndrico pequeno (2,5kg);
 Extrator de amostras; Cápsulas para determinação de umidade.

2. ENSAIO DE TEOR DE HUMIDADE

2.1. Teor de humidade

É a relação entre a massa de água e a massa das partículas sólidas, presentes em um determinado
volume de solo, expressa em percentagem.
2.1.1. Objetivos

 Sabermos a quantidade de água no solo;


 E também, a fins da compactação.

A determinação do teor de humidade existente na amostra de solo pode ser definida de várias
formas, como: Estufa Padrão e Speedy Test.

2.1.2. Material a ser utilizado:

 Balança de precisão;
 Recipientes metálicos com e sem tampa;
 Estufa elétrica capaz de manter temperatura de 105ºC a 110ºC.

Durante a moldagem ou a compactação do corpo de prova são retiradas amostras para a


determinação do teor de umidade; nesta ou em qualquer outra situação é recomendável a
obtenção de, no mínimo, três valores.

A secagem do solo pode ser feita na estufa elétrica padrão, EEP, na estufa de raios
infravermelhos, ERIV ou no forno micro-ondas, FMO; a EEP é a estufa recomendada na norma
brasileira e nas internacionais, enquanto, a ERIV e o FMO são procedimentos alternativos, para
uma estimativa rápida do teor de umidade e que depois deve ser confirmada com a EEP.

2.2. Estufa padrão

Com a porção de solo colocada na cápsula ela é imediatamente tampada e levada para o
dessecador onde permanecerá até o término da operação de moldagem; em seguida, ainda
fechada é feita a pesagem para a determinação da massa do solo úmido mais a massa da cápsula,
M + Mc.

As cápsulas abertas, mas com a tampa em baixo, são levadas para a estufa lá permanecendo pelo
tempo necessário para a retirada da água; a temperatura da estufa elétrica padrão deve
permanecer 29 dentro do intervalo de 105 a 110º C. Apenas como ordem de grandeza uma
amostra arenosa leva 6 horas para secar e a de um solo argiloso precisa de 12 horas na estufa.
As cápsulas, logo depois de retiradas da estufa, são tampadas e levadas para o dessecador onde
permanecem até atingir a temperatura ambiente. Com a mesma balança usada na primeira
pesagem é medida a massa do conjunto, Ms + Mc, de sólidos e cápsula.

Fig 1 (Balança)

3. ENSAIO GRANULOMÉTRICA

3.1. Análise Granulométrica

É a determinação da faixa de tamanhos das partículas presentes em um solo, expressa como uma
percentagem do peso total seco.

3.1.2. Objectivos de análise granulométrica

 É conhecer a distribuição granulométrica;


 Permitir quantificar cada tipo do solo presente na estrutura geral de um determinado solo.

3.1.3. Materiais a ser utilizado

 Balança;
 Serie de peneiras (4, 10, 20, 40, 60, 80, 140, 200);
 Estufa;
 Proveta.

A balança serve para medir a massa da amostra do solo.

Fig 2 (Balança)
Peneira servem para deixar passar as substâncias reduzidas a pequenos fragmentos.

Fig 3 (Peneiras)

Estufa serve para realizar a secagem de amostras de solo.

Fig 4 (Estufa)

Proveta serve para medição de líquidos para os mais variados fins.

Fig 5 (Proveta)
3.2. Ensaio por peneiramento

O método usado para determinar a comparação granulométrica de partículas solidas de maior


dimensão. Nesse ensaio usamos os seguintes solos (pedregulho e areia).

3.2.1. Processo de peneiramento

A separação dos sólidos, de um solo, em diversas frações é o objetivo do peneiramento. Este


processo é adotado para partículas (sólidos) com diâmetros maiores que 0,075mm (#200). Para
tal, utiliza-se uma série de peneiras de abertura de malhas conhecidas, determinando-se a
percentagem em peso retido ou passante em cada peneira.

Este processo divide-se em peneiramento grosso, partículas maiores que 2 mm (#10) e


peneiramento fino, partículas menores que 2mm. Para o peneiramento de um material granular,
a amostra é, inicialmente, secada em estufa e seu peso determinado. Esta amostra será colocada
na peneira de maior abertura da série previamente escolhida e levada a um vibrador de peneiras
onde permanecerá pelo tempo necessário à separação das frações. Quando o solo possui uma
porcentagem grande de finos, porém não interessa a sua distribuição granulométrica, faz-se,
primeiramente, uma lavagem do solo na bandeja, seguido da secagem em estufa do material
retido e posterior peneiramento. Este procedimento leva a resultados mais corretos do que fazer o
peneiramento direto, da amostra seca.

3.3. PROCEDIMENTOS DE ENSAIO DE PENEIRAMENTO

1º Passo:

 Secagem da amostra do solo pela temperatura ambiental;


Fig 6 Fig 7

2º Passo:

 Pesa-se a quantidade da amostra do solo que passou da peneira 10;

Fig 8

3º Passo:

 A amostra pesada é colocada numa bandeja e lavada;


Fig 9

4º Passo:

 Depois de ser lavada a amostra do solo é colocada numa estufa a temperatura de 110C
para a secagem, durante 12 horas;

Fig 10

5º Passo:

 Procede-se ao peneiramento a amostra seca nas peneiras (4,75; 2,00; 0,84; 0,177; 0,105;
0,074 mm de diâmetro);
Fig 11 Fig 12

6º Passo:

 Pesa-se as frações da amostra retida em cada peneira;

Fig 13 Fig 14

7º Passo:

 Calcula-se as percentagens do material retido em cada uma das peneiras, em relação ao


peso da amostra total seca. Ilustrados nos anexos posteriores.

4. ENSAIO DE COMPACTAÇÃO

A compactação é mais usada na construção de taludes rodoviários, barragens de terra ou


quaisquer outras estruturas.
4.1. Compactação

É o processo manual ou mecânico que visa reduzir o volume de vazios do solo.

4.1.1. Objectivos da compactação

 Aumentar o contato entre os grãos;


 Reduzir o volume de vazios;
 Aumentar a resistência.

4.1.2. Materiais a ser utilizado

 Almofariz e mão com borracha;


 Perneira n°.4 (4,8mm);
 Balança;
 Molde cilíndrico de 1000 cm³, com base e colarinho;
 Soquete cilíndrico pequeno (2,5kg);
 Extrator de amostras; Cápsulas para determinação de umidade;
 Estufa.

4.2. ENSAIO CBR

E um método usado, que consiste em avaliar a resistência do solo a penetração em uma brita
padrão, ou seja, compara as propriedades mecânicas deste solo a uma brita padrão.

4.2.1. Como realizar o ensaio CBR

1º Passo: Compactação de corpo de prova

Pesa-se 21 kilos da amostra onde realizou-se o ensaio, os corpos de prova são compactados com
energia de compactação modificada a referir: 55 golpes por camadas, sendo necessário 5
camadas para o ensaio.
Fig 15 Fig 16

2º Passo: Expansão

Feito o processo de compactação as amostras são imersas em água por um período de 4 dias.
Sobre as amostras e posicionando um medidor de deslocamento que pode ser um relógio
comparador, (analógico/digital) ou um reflectómetro. Sendo realizada uma mediada a cada 24h.

Fig 17

3º Passo: Resistência a penetração:

Finalizado o processo de expansão os corpos de prova são drenados por 30 minutos e


posteriormente levados para prensa de ensaio CBR/Marshall, sendo realizada as medidas de
resistência a penetração do cilindro a velocidade de 1,27 mm/min durante 10min. Assim obtemos
os dados de penetração (mm) por carga (N) pressão (MPA).
Para a realização do ensaio CBR é necessário utilizar a prensa que são encontradas em dois
modelos principais. Prensa CBR manual e a prensa CBR elétrico automático.

5. CONCLUSÃO

O ensaio de granulometria, pode ser aplicado para classificar o solo por possuir partículas de
diferentes dimensões. O ensaio permite definir em percentagem o tamanho dos grãos

Durante os ensaios granulométricos no laboratório, percebi que as utilizações das normas


técnicas são de suma importância para um resultado mais exato do solo, esses procedimentos
também me mostraram como uma amostra de solo qualquer pode apresentar grãos de todas as
dimensões possíveis, visíveis a olho nu. E isso permite verificar se aquele solo pode ou não ser
utilizado para uma determinada obra de engenharia.

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