Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
VILA VELHA
ANO 2006
Introdução
Cada vez mais o acirramento da competição provocado pela globalização das economias, pelas
fusões de empresas e pelo maior grau de exigência dos consumidores, está cevando as empresas a
buscarem novas alternativas para assegurar ou ampliar suas vantagens competitivas.
Este trabalho visa mostrar as vantagens da utilização do SCM, assim como seus objetivos, sua
funcionalidade e os programas que o utilizam.
É uma ferramenta que, usando a Tecnologia da Informação (TI) possibilita a empresa gerenciar a
cadeia de suprimentos com maior eficácia e eficiência. Envolve os processos de controle,
coordenação e integração do fluxo de informações financeiras e logísticas, desde a produção da
matéria prima até a entrega do produto ao cliente final.
Supply Chain Management (SCM - Gestão da Cadeia de Suprimentos) tem representado uma nova
e promissora fronteira para empresas interessadas na obtenção de vantagens competitivas de forma
efetiva e pode ser considerada uma visão expandida, atualizada e, sobretudo, holística da
administração de materiais tradicional, abrangendo a gestão de toda a cadeia produtiva de uma
forma estratégica e integrada. SCM pressupõe, fundamentalmente, que as empresas devem definir
suas estratégias competitivas e funcionais através de seus posicionamentos (tanto como
fornecedores, quanto como clientes) dentro das cadeias produtivas nas quais se inserem. Assim, é
importante ressaltar que o escopo da SCM abrange toda a cadeia produtiva, incluindo a relação da
empresa com seus fornecedores e clientes, e não apenas a relação com os seus fornecedores.
SCM também introduz uma importante mudança no paradigma competitivo, na medida em que
considera que a competição no mercado ocorre, de fato, no nível das cadeias produtivas e não
apenas no nível das unidades de negócios (isoladas), como estabelece o tradicional trabalho de
PORTER (1980). Essa mudança resulta num modelo competitivo baseado no fundamento de que
atualmente a competição se dá, realmente, entre "virtuais unidades de negócios", ou seja, entre
cadeias produtivas. Atualmente, as mais efetivas práticas na SCM visam obter uma "virtual unidade
de negócio", providenciando assim muito dos benefícios da tradicional integração vertical, sem as
comuns desvantagens em termos de custo e perda de flexibilidade inerentes à mesma.
Funcionalidade
O sistema inclui processos de logística que abrangem desde a entrada de pedidos de clientes até a
entrega do produto no seu destino final , envolvendo aí o relacionamento entre documentos ,
matérias-primas, equipamentos, informações, insumos, pessoas, meios de transporte, organizações,
tempo etc.
Objetivos
Um objetivo básico na SCM é maximizar e tornar realidade as potenciais sinergias entre as partes
da cadeia produtiva, de forma a atender o consumidor final mais eficientemente, tanto através da
redução dos custos, como através da adição de mais valor aos produtos finais (VOLLMANN &
CORDON, 1996).
Uma das maiores vantagens do SCM é a variabilidade, ou seja, a habilidade de gerenciar mudanças,
as empresas precisam e devem entender que mudanças são inevitáveis, e o SCM pode ser mais
adaptável e ágil em face de mudanças nos negócios.
O SCM agrega vantagens competitivas às empresas que fazem parte da cadeia de fornecimento,
pois, além de encontrar os melhores parceiros para cada fase do processo produtivo todos estarão
focados no mesmo objetivo: encantar e atingir a excelência de atendimento ao cliente. Por outro
lado isso só será possível se todos estiverem interagindo neste mesmo objetivo (O Cliente).
Diante do exposto até aqui, pode-se inferir o papel e importância do SCM. Porém, resta
compreender seus três objetivos principais:
1º) Redução de Custos – busca-se, através de um melhor gerenciamento da cadeia logística como
um todo (integrando todos os elos da cadeia produtiva), conseguir reduzir custos através da
eliminação de atividades desnecessárias, evitando-se desperdícios.;
2º) Agregar Valor – embora o cliente final possa não perceber a integração existente na cadeia
produtiva, cada elo da mesma está sempre buscando níveis de qualidade e eficiência que
possibilitem ofertar um produto em que o cliente perceba um valor agregado maior, seja em função
da maior qualidade resultante, seja através da disponibilização mais rápida do produto aos mesmos
(atendendo aos requisitos de espacialidade e temporalidade);
3º) Vantagem Estratégica – operando-se numa visão integrada por toda a cadeia produtiva,
consegue-se obter um diferencial competitivo importante, seja através de uma estratégia de redução
de custos, seja através de uma estratégia de diferenciação.
Flexibilidade gerencial
A SCM possui uma alta flexibilidade gerencial, como sendo a habilidade para mudar decisões
estratégicas em respostas às mudanças externas e internas do ambiente competitivo. Ela pode
propiciar às empresas a capacidade de reverter, modificar ou alterar decisões feitas em períodos
anteriores, oferecendo a maior capacidade de resposta a uma variedade de possíveis resultados
oriundos da incerteza do mercado (Kulatilaka,1988)
Fase I
Fase II
A integração desses três elementos-chaves é uma das principais metas do SCM e somente com ele
esta integração consegue ser a mais abrangente possível.
Portanto, a existência da flexibilidade gerencial agrega valor e auxilia no aumento dos ganhos da
cadeia de suprimentos integrada devido a capacidade da flexibilidade de interferir e mudar o
planejado. O conceito de flexibilidade gerencial deve ser para atender as características da SCM.
Aplicação
O Supply Chain Management foi projetado com elementos que permitem que suas aplicações
estejam integradas com todas as outras aplicações ERP ou pode ser instalado isoladamente, "stand
alone" quando necessário.
A integração da cadeia Clientes e Fornecedores são completos. São soluções que auxiliam na
previsão e controle da demanda, no planejamento fino de produção, nas compras, distribuição em
ambiente "multi-site", na programação finita da produção bem como nas execuções do chão de
fábrica. Para o planejamento muito complexo o SCM possui uma capacidade a mais, baseada em
planejamento de alta performance. As simulações gráficas ajudam a analisar os efeitos de planos
alternativos na área financeira, na capacidade de produção e estoques.
Mais do que uma simples análise, este sistema pode identificar rapidamente o impacto de qualquer
mudança, refazendo planos e corrigindo ações. O SCM aumenta a visibilidade e o poder de controle
da empresa, porque otimiza e coordena as atividades num eficiente e unificado processo para todo e
qualquer segmento de empresa.
Podemos citar como exemplo da aplicação do S.C.M no mercado, o aço usado numa porta de
automóvel.
Uma companhia mineradora escava o solo que contém minério de ferro e depois extrai somente o
ferro da terra. O minério de ferro é então vendido a uma usina siderúrgica, onde ele é processado
com outros materiais para formar outros lingotes de aço. Os lingotes de aço são vendidos a outra
empresa siderúrgica, onde são fundidos, laminados em laminas longas e finais, e temperados. Esses
rolos de metal são então vendidos a um fornecedor do setor automobilístico especializado em fazer
portas. O metal laminado é recordado e estampado, e usado com outros materiais para compor uma
porta de um carro completa. A porta é então vendida ao fabricante de automóveis, onde é montada
com outros componentes para produzir um automóvel completo.
O automóvel é então vendido a uma revendedora, que executa algum trabalho de preparação final,
como, por exemplo, acrescentar frisos nas laterais do carro. O consumidor final compra então o
automóvel do revendedor, o elo final na cadeia de suprimentos.
Oportunidades
Embora seja um conceito em evolução, cuja utilização ainda se restringe a um conjunto de empresas
mais avançadas, o SCM já está na agenda da maioria dos gerentes das grandes empresas
internacionais. Artigos na imprensa especializada, como a Fortune, estão anunciando o SCM como
a nova fonte de vantagens competitivas. Nos encontros de profissionais, o conceito passou a ter um
destaque especial.
O enorme interesse pelo tema é totalmente justificado em função tanto dos exemplos de sucesso já
conhecidos, quanto do nível de complexidade e descoordenação da grande maioria dos canais de
distribuição hoje existentes. A Miliken, maior produtora de tecidos dos EUA é uma das primeiras
empresas a adotar o conceito de SCM ainda nos anos 80, conseguiu extraordinários resultados no
seu projeto com a Seminal, fabricante de confecções, e a Wal-Mart, maior rede varejista americana.
Em pouco mais de 6 meses do início do processo de colaboração, baseado na troca de informações
de vendas e estoque entre os membros do canal, a Miliken conseguiu aumentar suas vendas em
31%, ao mesmo tempo em que aumentava em 30% o giro de estoques dos produtos comercializados
naquele canal.
Conclusão
Inicialmente, pode-se concluir que aquelas organizações que quiserem conquistar vantagens
competitivas significativas precisarão passar por profundas mudanças culturais para satisfazer seus
clientes através da adoção de programas de SCM, pois sem tais mudanças culturais não se consegue
êxito na sua implementação
Nos estudos realizados, chega-se à conclusão de que, mesmo entre as empresas que afirmam adotar
programas de SCM, não existe unanimidade sobre o conceito e a forma de implementá-lo. Percebe-
se, claramente, que a única convergência diz respeito à questão da necessidade de mudança cultural,
para conseguir vantagens competitivas.
Outra variável fundamental do SCM é a velocidade, pois esta governa o acesso a um bom banco de
dados, planejando e gerenciando grupos de fornecimento e os executando-os.
Bibliografia
BALLOU, H.R., Logística Empresarial. 1. Ed. São Paulo: Editora Atlas, 1993
LAMBERT, R., COOPER, M., PAGH. C. Supply Chain Management: implementation issues and
research opportunities. The International Journal of Logistics Management, vol.9, nº 2, 1998.
http://www.ind.puc-rio.br
http://www.guiadelogistica.com.br/ARTIGO232.htm
http://www.comexnet.com.br/suplly.htm
SCM - SUPPLY CHAIN MANAGEMENT
1. INTRODUÇÃO
Nestes tempos modernos em que a exigência de consumo atingiu o limite extremo, o SCM -Supply
Chain Management permite às empresas alcançarem melhores padrões de competitividade. O
sistema inclui processos de logística que abrangem desde a entrada de pedidos de clientes até a
entrega do produto no seu destino final, envolvendo aí o relacionamento entre documentos,
matérias-primas, equipamentos, informações, insumos, pessoas, meios de transporte, organizações,
redução de estoque aumentando a rotatividade do seu inventário. Este tipo de processo reduz o
tempo, proporciona o compartilhamento de previsões de vendas, diminuição de custos, agiliza as
entregas, otimiza a produtividade e visualiza melhor o processo da eficiência da cadeia logística.
Tudo visando à satisfação do cliente em longo prazo.
2. OBJETIVOS
Uma das maiores vantagens do SCM é a variabilidade, ou seja, a habilidade de gerenciar mudanças,
as empresas precisam e devem entender que mudanças são inevitáveis, e o SCM pode ser mais
adaptável e ágil em face de mudanças nos negócios.
O SCM agrega vantagens competitivas às empresas que fazem parte da cadeia de fornecimento,
pois, além de encontrar os melhores parceiros para cada fase do processo produtivo todos estarão
focados no mesmo objetivo: encantar e atingir a excelência de atendimento ao cliente. Por outro
lado isso só será possível se todos estiverem interagindo neste mesmo objetivo (O Cliente).
Diante do exposto até aqui, pode-se inferir o papel e importância do SCM. Porém, resta
compreender seus três objetivos principais:
1º) Redução de Custos – busca-se, através de um melhor gerenciamento da cadeia logística como
um todo (integrando todos os elos da cadeia produtiva), conseguir reduzir custos através da
eliminação de atividades desnecessárias, evitando-se desperdícios.;
2º) Agregar Valor – embora o cliente final possa não perceber a integração existente na cadeia
produtiva, cada elo da mesma está sempre buscando níveis de qualidade e eficiência que
possibilitem ofertar um produto em que o cliente perceba um valor agregado maior, seja em função
da maior qualidade resultante, seja através da disponibilização mais rápida do produto aos mesmos
(atendendo aos requisitos de espacialidade e temporalidade);
3º) Vantagem Estratégica – operando-se numa visão integrada por toda a cadeia produtiva,
consegue-se obter um diferencial competitivo importante, seja através de uma estratégia de redução
de custos, seja através de uma estratégia de diferenciação.
3. CONCEITOS
Membros secundários são aqueles que participam indiretamente, basicamente através da prestação
de serviços aos membros primários, não assumindo o risco da posse do produto. Exemplos mais
comuns são as empresas de transporte, armazenagem, processamento de dados e prestadores de
serviços logísticos integrados. As estruturas dos canais de distribuição vêm se tornando mais
complexas ao longo dos anos.
Por outro lado, o aumento da competição e a cada vez maior instabilidade dos mercados levou a
uma crescente tendência à especialização, através da desverticalização / terceirização. O que muitas
empresas buscam neste processo, é o foco na sua competência central, repassando para prestadores
de serviços especializados a maioria das operações produtivas. Uma das principais conseqüências
deste movimento foi o crescimento da importância dos prestadores de serviços logísticos.
Em suma, o SCM é uma abordagem sistêmica de razoável complexidade, que implica em alta
interação entre os participantes, exigindo a consideração simultânea de diversos trade-offs.
Por outro lado, um fabricante que ofereça uma baixa disponibilidade e tempo de entrega
inconsistentes, tende a forçar o atacadista a carregar mais estoque de segurança a fim de ser capaz
de oferecer um nível aceitável de serviço para o varejista.
Neste caso, um menor custo logístico para o fabricante seria alcançado às custas de outros membros
do canal, resultando provavelmente numa cadeia de suprimento menos eficiente e eficaz. Uma
maneira de evitar este trade-off indesejado entre os membros do canal seria através da mudança da
estrutura, ou através da adoção de novos procedimentos ou tecnologias.
4. APLICAÇÃO
O Supply Chain Management foi projetado com elementos que permitem que suas aplicações
estejam integradas com todas as outras aplicações ERP ou pode ser instalado isoladamente, "stand
alone" quando necessário.
A integração da cadeia Clientes e Fornecedores são completos. São soluções que auxiliam na
previsão e controle da demanda, no planejamento fino de produção, nas compras, distribuição em
ambiente "multi-site", na programação finita da produção bem como nas execuções do chão de
fábrica. Para o planejamento muito complexo o SCM possui uma capacidade a mais, baseada em
planejamento de alta performance. As simulações gráficas ajudam a analisar os efeitos de planos
alternativos na área financeira, na capacidade de produção e estoques.
Mais do que uma simples análise, este sistema pode identificar rapidamente o impacto de qualquer
mudança, refazendo planos e corrigindo ações. O SCM aumenta a visibilidade e o poder de controle
da empresa, porque otimiza e coordena as atividades num eficiente e unificado processo para todo e
qualquer segmento de empresa.
4.1 OPORTUNIDADES
Embora seja um conceito em evolução, cuja utilização ainda se restringe a um conjunto de empresas
mais avançadas, o SCM já está na agenda da maioria dos gerentes das grandes empresas
internacionais. Artigos na imprensa especializada, como a Fortune, estão anunciando o SCM como
a nova fonte de vantagens competitivas. Nos encontros de profissionais, o conceito passou a ter um
destaque especial.
O enorme interesse pelo tema é totalmente justificado em função tanto dos exemplos de sucesso já
conhecidos, quanto do nível de complexidade e descoordenação da grande maioria dos canais de
distribuição hoje existentes. A Miliken, maior produtora de tecidos dos EUA é uma das primeiras
empresas a adotar o conceito de SCM ainda nos anos 80, conseguiu extraordinários resultados no
seu projeto com a Seminal, fabricante de confecções, e a Wal-Mart, maior rede varejista americana.
Em pouco mais de 6 meses do início do processo de colaboração, baseado na troca de informações
de vendas e estoque entre os membros do canal, a Miliken conseguiu aumentar suas vendas em
31%, ao mesmo tempo em que aumentava em 30% o giro de estoques dos produtos comercializados
naquele canal.
Em 1998, suas vendas cresceram de US$ 7,7 bilhões para US$ 12,3 bilhões, enquanto o lucro saltou
de US$ 518 milhões para US$ 944 milhões. O sucesso da Dell é tão grande que a empresa foi
classificada como a de melhor desempenho no setor de tecnologia de informação pela revista
Business Week em 1998. A Dell é certamente uma das empresas que mais avançou no conceito de
SCM, ao estabelecer um esquema de distribuição direta, oferecendo customização em massa e um
grau tão avançado de parceria nas terceirizações que pode ser chamado de integração virtual.
Uma série de estudos realizados nos EUA nos últimos anos tem confirmado as oportunidades de
ganho com a adoção do SCM. Um estudo da Mercer Consulting mostrou que as empresas que
conseguem implementar as melhores práticas de SCM tendem a se destacar em relação à redução
dos custos operacionais, melhoria da produtividade dos ativos e redução dos tempos de ciclo. Um
outro estudo recente realizado pelo MIT identificou como principais benefícios do SCM a redução
de custos de estoque, transporte e armazenagem, melhoria dos serviços em termos de entregas mais
rápidas e produção personalizada, e crescimento da receita devido à maior disponibilidade e
personalização. As empresas analisadas no estudo indicaram ganhos impressionantes: redução de
50% nos estoques; aumento de 40% nas entregas no prazo; redução de 27% nos prazos de entrega;
redução de 80% na falta de estoques; aumento de 17% na receita.
4.3 IMPLEMENTAÇÃO
Considerando os enormes benefícios que podem ser obtidos com a correta utilização do conceito de
SCM, surpreende verificar que tão poucas empresas o tenham implementado. As razões para tanto
são basicamente duas. A primeira deriva da relativa novidade do conceito, ainda em formação e
pouco difundido entre os profissionais; e a segunda com a complexidade e dificuldade de
implementação do conceito. SCM é uma abordagem que exige mudanças profundas em práticas
arraigadas, tanto a nível dos procedimentos internos, quanto a nível externo, no que diz respeito ao
relacionamento entre os diversos participantes da cadeia.
Resumidamente, estes sete processos-chave têm como objetivos principais: -Desenvolver equipes
focadas nos clientes estratégicos, que busquem um entendimento comum sobre características de
produtos e serviços, a fim de torná-los atrativos para aquela classe de clientes; - Fornecer um ponto
de contato único para todos os clientes, atendendo de forma eficiente a suas consultas e requisições;
- Captar, compilar e continuamente atualizar dados de demanda, com o objetivo de equilibrar a
oferta com a demanda; - Atender aos pedidos dos clientes sem erros e dentro do prazo de entrega
combinado; - Desenvolver sistemas flexíveis de produção que sejam capazes de responder
rapidamente às mudanças nas condições do mercado; - Gerenciar relações de parceria com
fornecedores para garantir respostas rápidas e a contínua melhoria de desempenho; - Buscar o mais
cedo possível o envolvimento dos fornecedores no desenvolvimento de novos produtos.
As equipes servem para quebrar as barreiras organizacionais e devem envolver todos aqueles que
participam das atividades relacionadas com a colocação e distribuição dos produtos no mercado. As
empresas de maior sucesso estendem sua atuação para além de suas fronteiras organizacionais,
envolvendo participantes externos que são parceiros na cadeia de suprimentos.
O fato é que as organizações têm tantas peculiaridades e diferem em tantos aspectos umas das
outras que não faz sentido pensar em uma solução única para todas as situações. O conjunto de
funções-chave que, em geral, estão representadas nas equipes é: logística, suprimento/compras,
fabricação, administração de estoque, serviço ao cliente e sistemas de informação. Outras funções
que participam ocasionalmente são marketing, vendas, promoções e pesquisa e desenvolvimento. À
frente deste processo de gerenciamento por equipes estão geralmente profissionais de logística ou
comprar/suprimento.
No entanto, para liderar um processo como este qualquer executivo deve funcionar como um
facilitador e integrador das diversas exigências e interesses, muitas vezes conflitantes. Para ser
capaz de assumir este papel, qualquer profissional deveria ampliar seu entendimento das demais
funções do negócio. Existe um conjunto de características que tendem a contribuir para o sucesso
das equipes de SCM: 1. Estabelecimento de objetivos e metas claras em áreas-chave (tempo de
entrega, índices de disponibilidade, giro de estoques, entrega no prazo); 2. Determinação do papel
de cada membro da equipe na perseguição dos objetivos; 3. Estabelecimento de uma estratégia de
implementação; 4. Formalização de medidas quantitativas de desempenho para medir os resultados
alcançados.
Embora a montagem de equipes seja importante, a utilização de todo o potencial só irá ocorrer se a
empresa conseguir se interligar aos participantes externos na cadeia de suprimento. Estes
participantes incluem fornecedores, distribuidores, prestadores de serviço e clientes.
Dada a natureza colaborativa que deve possuir a cadeia de suprimento, torna-se crucial selecionar
os parceiros corretos. O que se deseja são empresas que não apenas sejam excelentes em termos de
seus produtos e serviços, mas que sejam sólidas e estáveis financeiramente. A relação de parceria na
cadeia estendida deve ser vista como um arranjo de longo prazo. Muito importante também é
lembrar que a cadeia de suprimento estendida necessita um canal de informações que conecte todos
os participantes. A maioria das grandes empresas possui os requisitos tecnológicos para fazer a
extensão. O problema é que elas os estão utilizando forma incorreta.
Idealmente, a informação que se torna disponível quando o consumidor efetua a compra deveria ser
imediatamente compartilhada com os demais participantes da cadeia, ou seja, transportadoras,
fabricantes, fornecedores de componentes e de matéria-prima.
Dar visibilidade às informações do ponto de venda em tempo real ajuda todos os participantes a
gerenciar a verdadeira demanda de mercado de forma mais precisa, o que permite reduzir o estoque
na cadeia de suprimento de forma substancial. Pelo que foi visto anteriormente, fica evidente que a
implementação do conceito de SCM exige mudanças significativas tanto nos procedimentos
internos quanto nos externos, principalmente no que diz respeito ao relacionamento com clientes e
fornecedores.
No Brasil, o principal esforço para implementação do conceito está sendo feito no âmbito do
movimento ECR Brasil. Liderando o processo estão os fabricantes de produtos alimentícios e
bebidas por um lado, e os supermercados do outro. Embora seja enorme o potencial de redução de
custos na cadeia, um conjunto de mudanças profundas precisa ser efetuado. No caso dos
supermercados, por exemplo, existe um amplo conjunto de antigas práticas que estão muito
arraigados e que podem ser considerados como barreiras ao bom andamento de projetos de SCM.
5. CONCLUSÃO.
Inicialmente, pode-se concluir que aquelas organizações que quiserem conquistar vantagens
competitivas significativas precisarão passar por profundas mudanças culturais para satisfazer seus
clientes através da adoção de programas de SCM, pois sem tais mudanças culturais não se consegue
êxito na sua implementação
Nos estudos realizados, chega-se à conclusão de que, mesmo entre as empresas que afirmam adotar
programas de SCM, não existe unanimidade sobre o conceito e a forma de implementá-lo. Percebe-
se, claramente, que a única convergência diz respeito à questão da necessidade de mudança cultural,
para conseguir vantagens competitivas.
Outra variável fundamental do SCM é a velocidade, pois esta governa o acesso a um bom banco de
dados, planejando e gerenciando grupos de fornecimento e os executando-os.
6. BIBLIOGRAFIA
( 1 ) FLEURY, P. F. Supply chain management: conceitos, oportunidades e desafios de
implementação. Tecnologística, n.39, fev.1999
( 2 ) BALLOU, H.R., Logística Empresarial. 1. Ed. São Paulo: Editora Atlas, 1993
( 5 ) LAMBERT, R., COOPER, M., PAGH. C. Supply Chain Management: implementation issues
and research opportunities. The International Journal of Logistics Management, vol.9, nº 2, 1998.