Na construção civil uma das primeiras e principais etapas é a preparação
do terreno, para que este possa receber a estrutura da obra. A mesma se da pela terraplenagem que consiste em deixar a área nivelada e para isso são feitos cortes, remoção de excesso de terra e por vezes o aterramento que resume-se na retirada de solos das zonas de empréstimo para colocar em espaços íngremes que serão usados para a construção. Entretanto, com toda essa movimentação de terra para deixar o terreno adequado, o solo vai ficar num estado fofo e heterogêneo, sendo assim, mais instavél. Visando fornecer melhorias para esses aspectos a compactação é uma técnica construtiva bastante utilizada para tornar o solo mais resistente através da redução do volume dos vazios entre as partículas deste, seja pela aplicação de pressão, impacto ou vibração feita por maquinários que são eles rolos compactadores liso e rolo compactador pé de carneiro, compactador vibratório e placas vibratórias. Esse processo mecânico ou manual tem outros benefícios além do aumento da resistência ao cisalhamento e a erosão, sendo estes o aumento da capacidade de resistência à água, redução da permeabilidade, dilatação e contração, evita o recalque do solo, reduz sua sedimentação, assim como o aumento mecânico da densidade do mesmo. De maneira sucinta a compactação dos solos no campo é executada inicialmente com a movimentação da terra (terraplenagem) e em seguida a aplicação de umidade que é feita por um caminhão pipa, lembrando que a quantidade de água jogada é específica para cada caso, em seguida com o solo já úmido o próximo passo é a homogeneização por um trator disco e por último a compactação que pode ser feita por um rolo compactador. Para que esse procedimento tão vital a vida útil e segurança das construções seja feito adequadamente é necessário o uso de controle tecnólogico para conhecer através de ensaios as propriedades, permeabilidade, resistência entre outras características do solo. O ensaio de laboratório usado é o de compactação (Proctor), divulgado em 1933 pelo engenheiro Ralph R. Proctor, este revela que : "A densidade com que um solo é compactado sob uma determinada energia de compactação depende da umidade do solo no momento da compactação.". Há três tipos de ensaio de Proctor: Normal, Intermediário e Modificado, diferenciando-se apenas pelo número de golpes com o soquete. A realização consiste basicamente em compactar com golpes uniformemente camadas de uma massa de solo num cilindro com volume conhecido. Assim é possível traçar a curva de compactação onde podemos descobrir a massa específica aparente seca máxima e a umidade ótima. O ensaio anterior leva ao ensaio auxiliar que é o de CBR ou ISC - Índice de Suporte Califórnia que foi feito para verificar se o solo é resistente a aplicação de carregamento. A realização desse ensaio consiste na penetração de uma sonda num solo compactado dentro de um cilindro que é colocado na prensa CBR. A norma de referência para o ensaio é a NBR 9895. Com os resultados das análises feitas em laboratório, que nortearam as ações dentro de campo, pode ser feito o controle tecnológico de compactação no campo, sendo utilizados os ensaios de Teor de Umidade pelo método de Speedy para controlar o teor de umidade do solo e o ensaio de Densidade "In Situ" que consiste em retirar uma amostra do solo compacto para verificar se a densidade aprensentada é a mesma dos resultados do laboratório. Dessa forma, se todos os passos da compactação seguirem os ensaios do controle tecnológico bem como as normas da ABNT o resultado final vão ser obras de qualidade e seguras, sem o desagradável e por vezes preocupante surgimento de patologias.