Você está na página 1de 10

Planejamento tributario

 Primeiro se apura os tributos e depois se contabiliza;


 Depende de fatores além da contabilidade: sistema tributário nacional
– renda, propriedade, circulação, industrialização e receita (como
tributa); Estado, união e municípios (quem tributa); Lucro real, lucro
presumido e simples nacional (regimes de tributação).
 Regime tributário X Porte (EPP, ME)
 Débito e crédito são diferentes aqui
 Obrigação principal é o tributo, e a acessória é a explicação.
 390726 orientações, 63 tributos e 241 obrigações acessórias.
Excesso de legislação -> brecha na legislação
 Somente reduzir a carga tributária não é um planejamento tributário,
sempre deve ser LÍCITO.
Contabilidade tributária
Ramo da contabilidade responsável pelo gerenciamento dos tributos,
adaptando ao dia a dia as obrigações tributárias. Hoje há uma linha
teórica para alterar o termo para gestão tributária. A gestão DEVE ser
executada de forma independente da contabilidade.
Funções
o Apuração com exatidão do resultado tributável;
o Orientação sobre o registro contábil das provisões correta e
oportunamente;
o Escrituração dos documentos fiscais (obrigação acessória);
o Preenchimento das guias de recolhimento;
o Orientação fiscal para todas as unidades da empresa;
o Supervisão e treinamento constantes.

Escrituração fiscal
A escrituração é uma obrigação acessória e consiste em um banco de
dados com os registros de todas as transações fiscais, esses registros são
representados por livros fiscais.
Tipos de pessoas das transações: contribuintes, não contribuintes,
industriais, comerciais, de serviços, órgão público, autarquias, varejo,
atacado, produtor rural e pessoa física. Localidade: interno, externo,
interestadual, triangulação, com circulação, sem circulação.
O que aconteceu? Comprou (transação); De quem? Atacado (pessoa);
De onde, para onde? SP (localidade).
O imposto o sistema calcula, o gestor está muito além disso: é necessário
imaginar os cenários mais benéficos para a empresa. Se a mercadoria
está isenta, não vai existir o ICMS, mas a obrigação acessória continua
existindo.
Tipos, portes e regimes
Tipos de empresa, o que ela faz – atividade (prestadores de serviços,
prestadora ed serviço ICMS, comércio, indústria, financeiras e rural) cada
tipo tem sua legislação e obrigatoriedade.
Tipos de porte: por nº de funcionários (ME até 9 funcionários e indústria
até 19; EPP de 10 a 19 e indústria de 20 a 99; EMP de 50 a 99 e
ind. 100 a 499; EGP acima de 100 e ind. acima de 500). Por
faturamento LC 123/2006: ME até 360000,00 anuais; EPP de
360000,00 até 4800000,00.
Tipos de regimes: depende da legislação, da atividade, do faturamento e
da empresa. Além dos 3 que já vimos, existe também o isento e
arbitrado.
Atual situação tributária do Brasil
Arcabouço tributário. Arrecadação muito complexa, alguns pagam +
impostos do que “precisa”. O tributo é importante para as empresas e
para o Governo, então nós contadores precisamos prestar as informações
corretas ao mesmo tempo em que a empresa paga o mínimo de imposto.
Nossa taxa de tributos é de 1º mudo, mas no quesito “repasse” dos
impostos para a sociedade somos os últimos. A chave é entender a
complexidade para fazer o planejamento. Existe a liberdade limitada dentro
da lei, onde o contribuinte pode “escolher” pagar menos de forma lícita.
Nós temos que prever o fato gerador, assim geramos economia nos
tributos. Existem duas espécies de elisão: induzidas pela lei e resultantes
de lacunas.
Elisão reduz de maneira lícita; evasão reduz de maneira ilícita e elusão é
legal, mas abusivo.

Liberdade, previsibilidade e complexidade.


3 objetivos: evitar o fato gerador, reduzir o fato gerador e postergar o fato
gerador.

O melhor regime é aquele que a empresa paga menos tributos de maneira


legal, mas o planejamento não se resume a comparar os regimes. Antes é
importante saber se a empresa pretende aumentar o faturamento, se
pretende incluir nova atividade ou se pretende incluir um novo sócio.
Crenças limitantes
 Empresa pequena deve ser simples? Não, depende de vários
fatores.
 Lucro real é mais perigoso? Não, mas vai exigir melhor controle da
empresa e da contabilidade.
 Planejamento tributário chama atenção da receita? Ela já sabe de
tudo!
ISS
Municipal, periodicidade mensal. Lei complementar nº 116 (geral). Lei de
Vargiha nº 4021. ISS é devido no local do estabelecimento do prestador,
exceto nos incisos I a XXV (nesses casos, o ISS é devido para o
município onde foi prestado o serviço).
Preciso saber: local da empresa, local onde foi prestado o serviço e qual
tipo é. O mesmo serviço pode ter alíquotas distintas (varia entre 2% e
5%). A base de cálculo é o valor do serviço, e no caso de construção
civil, o valor do material pode ser deduzido. Transporte intramunicipal ISS
e transporte intermunicipal ICMS.
Simples nacional
É um regime “simplificado” e “unificado” de recolhimento dos impostos.
Mas é UM regime e três entes tributantes, portanto três necessidades
diferentes, o que torna o SIMPLES extremamente COMPLEXO. Em 2006,
chega o SN para atender as ME e as EPP (lei complementar 123). Oito
tributos dentro de 14 fora. Foram criadas faixas de tributação por receita .
E ai nota-se que a tributação deveria ser diferente para torna-la mais
igualitária, ou seja, separar ind. e serviços, então se conclui que a
igualdade tributária não existe sem complexidade.
Se fatura até R$ 4800000,00 em um ano sendo EPP, você pode optar.
Se for ME apenas até R$ 360000,00. A partir daqui começam as
exceções (capítulo II, art. 3º e parágrafo 4º); inciso I ao VII somente
impedimento societário; inciso VIII exclui pela atividade.
Cálculo
1º passo: qual atividade? Anexo I de comércio; II de ind. e III, IV
(exeção INSS) e o V (fator R) são para serviço.
2º passo: Qual a receita bruta dos últimos 12 meses? Para descobri a
faixa e as alíquotas. Anote.
3º passo: Receita bruta 12 meses multiplicado pela alíquota (se não tiver
12, faz proporcional).
4º passo: pega o saldo anterior e subtrai a parcela de dedução.
5º: pega o saldo “2” e divide pela RB 12 meses e multiplica por 100,
essa é a alíquota efetiva. Ai sim multiplica essa alíquota pela receita do
mês.
INSS patronal
S/ folha de pagamento, empresa que paga. 20% patronal; 5,80% terceiros
e varia% RAT x FAP. Só paga se for real ou presumido.

Gestao publica
Conceitos e definições
 O fim da administração pública é o interesse público ou o bem da
coletividade. Tem por finalidade prestar serviço aos cidadãos.
 A adm. Pública é composta por um conjunto de órgãos e entidades.
 Designa os serviços e entidades incumbidos de concretizar as
atividades. A adm. Pública é a gestão bens e interesses da
comunidade no âmbito federal, estadual ou municipal.
O Estado
É constituído por três elementos “povo, território e governo”. O estado é
uma pessoa jurídica de direito público, nos termos do arts. 40 e 41 do
código civil.
Forma de Estado
 Estado unitário: existe apenas um poder política central;
 Estado federado: caso, no mesmo território coexista poderes políticos
distintos.
No Brasil, temos uma adm. pública federal; estaduais; distrital e municipais,
caracterizando-se uma “descentralização política” norteada pela convivência
num mesmo território de diferentes entidades políticas autônomas,
distribuídas regionalmente. Não existe subordinação entre os entes no
Brasil, a relação é caracterizada pela coordenação.

Poderes do Estado
Tripartição de poderes. São poderes da União, independentes e harmônicos
entre si, o legislativo, executivo e o judiciário, três funções distintas.

Evolução histórica
Patrimonialista: até o final do séc. XIX, não havia distinção entre a
administração dos bens públicos e particulares. Nepotismo e corrupção.
Burocrático: surge o capitalismo e a democracia. Sistema impessoal, formal
e racional.
Gerencial: se contrapõe ao burocrático, concepção de Estado e sociedade
democrática pluralista. Executada de forma descentralizada e transparente.
Princípios
No art. 37 é definido que a administração pública deverá obedecer os
princípios da legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e
eficiência.

 Transparência: a sociedade tem o direito de pedir conta a todo


agente público quanto a sua administração.
 Legalidade: toda e qualquer atividade administrativa deve ser
autorizada por lei. Não o sendo, é ilícita. Estado de direito.
 Impessoalidade: a atividade administrativa deve ser dirigida a todos,
sem discriminação de QUALQUER natureza.
 Moralidade: o administrador público deve averiguar suas ações e
distinguir o honesto do desonesto.
 Publicidade: princípio informador torna obrigatória a divulgação oficial
dos atos praticados pela administração.
 Eficiência: a entidade deve ser capaz de produzir com qualidade a
custos baixos. Eficácia é a maximização dos resultados.
Reconhecidos
o Supremacia do interesse público: benefício da coletividade. O
interesse público é a prioridade.
o Poder-dever: o poder tem para o agente público o significado de
dever para com a comunidade. Quem o detém está na obrigação de
exercitá-lo.
o Finalidade: se o agente público pratica atos em conformidade com a
lei, encontra-se, indiretamente com a finalidade que está embutida
na própria norma.
o Autotela: a adm. pública tem possibilidade de revisar seus próprios
atos, devendo anulá-los quando ilegais ou revoga-los quando
conveniente.
o Razoabilidade: o poder público está obrigado a cada ato que edita,
mostra a pertinência em relação aos fatos.
Autarquias especiais
Agência reguladora: entidade administrativa da adm. pública criada para
exercer a regulação e fiscalização sobre a prestação de um determinado
serviço.
Agência executiva: é apenas um título, um status atribuído a uma autarquia
ou a uma fundação pública. É por ato do presidente que ocorre.
Parcerias público-privados
São contatos que visam á implementação ou gestão, total ou parcial, de
obras, serviços ou atividades de interesse público. O parceiro privado
assume a responsabilidade pelo financiamento e exploração do serviço.

Modalidades: concessão patrocinada, as tarifas cobradas dos usuários da


concessão não são suficientes para pagar o investimento do privado. Assim
o poder público complementa a remuneração por meio de contribuições
regulares.
Concessão administrativa, quando não é possível ou conveniente cobrar do
usuário, a remuneração da empresa é feita inteiramente pelo poder público.

É vedado a celebração de contrato público-privado se o valor do contrato


for inferior a dez milhões de reais e se a prestação do serviço for inferior
a 5 anos ou que tenha como objetivo único o fornecimento de mão de
obra. A contratação é precedida de licitação na modalidade concorrência.
Planejamento do setor público
No serviço público só posso fazer o que a lei me autoriza (diferente do
privado que posso fazer o que a lei não proíbe). A determinação do
planejamento é constitucional (Art. 174).
Peças orçamentárias
Plano Plurianual
 Competência: poder executivo.
 Objetivos: traçar as diretrizes e metas para um período de 4 anos.
 Contém todos os programas e ações que serão realizados.
 Até 31/08 do 1º ano de mandato para mandar o plano, entra em
vigor 1º de janeiro do próximo ano.

Lei da Diretriz Orçamentária


 Competência: executivo.
 Dispõe as metas e prioridades do PPa e assim orienta a elaboração
da LOA.
 Equilíbrio entre receita e despesa.
 Transferência de recursos públicos.
 Anexo de metas e riscos fiscais.
 Deve ser enviada até 19/04, anual. Aprovada até 30/06.

Lei Orçamentária Anual


 Prevê a receita e fixa a despesa.
 Executar a LOA: arrecadar o que foi previsto e gastar o que foi
autorizado.
 Deve obedecer alguns princípios orçamentários.
 Até 31/08, entra em vigência no ano seguinte.

Tipos de orçamento (modo de elaboração)


 Legislativo: elaboração, votação e aprovação são competência do
poder legislativo, cabendo ao poder executivo a execução.
 Executivo: tudo é competência do executivo
 Misto: elaboração e execução do poder executivo, votação e controle
do legislativo.
Políticas públicas
Formulação: as políticas públicas objetivam o bem comum, por isso
precisam ser estruturadas de maneira funcional e sequencial. O ciclo leva
em conta a participação de todos.
Formação da agenda: caracteriza-se pelo planejamento. Consiste em
perceber os problemas existentes que merecem maior atenção. Aqui são
analisados os dados, a emergência e os recursos disponíveis.
Formulação da política: apresentação de soluções ou alternativas, é o
momento de definir as linhas de ação.
Tomada de decisão: define o curso de ação, recursos e prazo.
Implementação: é o ato. Os recursos são direcionados para a execução.
Avaliação: crucial, deve ser realizada em todos os ciclos. Aqui se controla
e supervisiona a realização da politica, o que possibilita a correção de
possíveis falhas. Análise de desempenho e resultados.
Estrutura do programa
 Órgão responsável
 Unidade responsável
 Denominação: expressa os propósitos do programa em uma palavra
ou frase-síntese.
 Problema: necessidade não atendida ou situação indesejável
 Objetivo: conciso, evitar a generalidade. É o resultado que se deseja
alcançar.

Tipos
 Finalísticos: resultam bens ou serviços diretamente ofertados à
sociedade cujos resultados sejam mensuráveis.
 De apoio às politicas publicas e áreas especiais são voltados aos
serviços típicos de Estado.

Ações
 Atividade: modo contínuo e permanente, necessário a manutenção do
governo.
 Projeto: limitadas no tempo, concorre para expansão ou
aperfeiçoamento da ação de governo.
 Operação especial: despesas que não contribuem para manutenção,
expansão ou aperfeiçoamento e tampouco resulta um produto.
Licitação
A licitação é um processo administrativo que visa assegurar igualdade de
condições a todos que queiram realizar um contrato com o poder público.
A lei estabelece critérios de seleção das propostas mais vantajosas para o
interesse público. Lei nº 8666/93 e nº 10520/02.
Modalidades: concorrência; tomada de preços; convite; concurso; leilão. É
dispensável a licitação em contratações de pequeno valor, situação de
emergência, ausência de interessados, aquisição de componentes em
garantia, por licitação frustrada e imóvel destinado a administração. O edital
deve ser publicado com antecedência, para habilitação dos interessados
exigem-se diversos documentos.
Classificação dos tributos
Fiscais: arrecadar valores para manutenção do Estado; extrafiscais:
orientados por interesses políticos, econômicos, sociais ou ambientais;
parafiscais: arrecadar p/ inst. que atuam paralelamente ao Estado.

Tributos vinculados: o fato gerador consiste na descrição de uma atuação


estatal. Tributos não vinculados: o fato gerador não implica numa atuação
estatal.
Ciclo PDCA
Planejamento não imutável. PDCA é um ciclo, pode e deve ser
aprimorado. 4 fases: planejar, fazer, checar e agir.
Controle
Controle interno: realizado no âmbito da própria adm. da entidade. Forma
integrada e responsabilidade solidária.
Controle externo: órgão fiscalizador em adm. Controle judiciário sobre os
atos do executivo.
Controle externo popular: contas à disposição p/ exame e poderá ser
questionada pela população.
A fiscalização contábil, financeira e orçamentária da União é exercida pelo
congresso nacional com o auxilio do tribunal de contas e controle interno
de cada poder.

Você também pode gostar